Filosofia

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Seguindo em nosso passeio pela Filosofia Antiga, chegamos a Sócrates, um marco do pensamento filosófico ocidental. Ainda hoje, seus ensinamentos constituem pauta de fervorosos debates, tanto em centros acadêmicos, quanto à mesa de um bar, haja vista a atualidade de seus ensinamentos.

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/84/UWASocrates_gobeirne.jpg

Sócrates nasceu na cidade de Atenas (469-399 a. C.), filho de um escultor (So-

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fronisco) e uma parteira (Fenareta), simples e modesto quanto aos recursos financeiros, fora convocado a participar de várias campanhas militares, destacando-se por sua coragem e heroísmo. Contudo, o fato mais marcante de sua vida deu-se quando, em visita ao oráculo de Delfos, Sócrates foi considerado como o homem mais sábio entre seus concidadãos. Sócrates, então, se pôs a refletir e verificou que sua sabedoria reside em reconhecer a impossibilidade de se conhecer tudo e que há muito a ser desvelado pelo homem ao longo de sua vida. O estilo de Sócrates assemelhava-se, exteriormente, aos dos sofistas, embora não “vendesse” seus conhecimentos. Desenvolvia o saber filosófico em praças publicas, conversando com os jovens, sempre dando demonstrações de que era preciso unir a vida concreta ao pensamento. Unir o saber ao fazer, a consciência intelectual à consciência pratica ou moral.

Tanto quanto os sofistas, Sócrates abandonou a preocupação dos filósofos pré-socráticos em explicar a natureza e se concentrou na problemática do homem. No entanto, contrariamente aos sofistas, Sócrates opunha-se, por exemplo, ao relativismo em relação à questão da moralidade e ao uso da retórica para atingir interesses particulares. (COTRIN, 2006, p. 86)

A Maiêutica e a Ironia foram constitutivos do seu método de investigação filosófica. O método socrático, dialético, consistiu na realização constante de perguntas ao interlocutor, a tal ponto que se reconhece que o saber tido como absoluto não passa de uma compreensão, ou pseudo saber. Logo, o sujeito põe-se ao exercício da


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