com a verdade (aletheia). Sabemos que os modos contemporâneos de conhecimento apontam para os caminhos de que não há uma verdade única e absoluta, uma vez que os saberes são circunstanciados. Portanto, o (conhecimento) é construído mediante as
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verdadeiro, visto que os conhecimentos dos sofistas são relativistas e despreocupados
relações que tecemos com o mundo em sua complexidade, frente ao momento histórico e à diversidade de condicionantes sociais existentes. Entretanto, o relativismo dos sofistas, conforme o olhar socrático, corresponde à ausência de compromisso com o saber genuíno, associando a prática sofista a interesses imediatizados e não aos caminhos que oportunizassem a autonomia do pensar e a conquista do conhecimento verdadeiro. Os sofistas ensinavam aos seus discípulos que não pode haver conhecimento verdadeiro, mas só um conhecimento provável, por causa de sua origem sensível, e que não existe uma lei moral absoluta, mas somente leis convencionais. O fim supremo da vida é o prazer: esta é a única meta apropriada à dimensão rigorosamente empírica do conhecimento. (MONDIN, 2003, p. 40)
A seguir, estão dispostos os quadros de Protágoras e Górgias, dois dos principais sofistas e suas contribuições mais expressivas ao pensamento filosófico grego.
Protágoras, nascido em Abdera na década entre 491 e 481 a. C., morreu por volta do fim do século V. Criador do axioma “O Homem é a medida de todas as coisas, daquelas que são por aquilo que são e daquelas que não são por aquilo que não são” (princípio http://4.bp.blogspot.com/-fFbWrjVzJao/Tc5sBUi7p4I/ AAAAAAAAAFQ/7MSFGJbnWEA/s1600/protagoras.png
do homo mensura). (REALE; ANTISERI, 2003, p. 76)
Górgias, nascido em Leôncio na Sicília aproximadamente em 487-380 a. C., considerado um dos grandes oradores da Grécia, aprofundou o subjetivismo relativista de Protágoras a ponto de defender o ceticismo absoluto e afirmava que: a) Nada existia; http://www.anistor.gr/english/enback/e024. htm
b) Se existisse, não poderia ser conhecido; c) Mesmo que fosse conhecido, não poderia ser comunicado a ninguém. (COTRIN, 2006, p. 85)
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