Revista DiverCidades Setembro / 2015

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ÍNDICE Palavra do Editor ................... 04 De Tudo um Pouco ................. 08 Arquitetura & Design ............ 12 Pessoas & Negócios Flávia Vasconcelos ........................ 14 Imprimix Macaé ........................... 16 Angélica Rebello ............................ 18 Ricardo Cardoso 10 Anos ............. 20 Maxclin ........................................... 22 Visconde Gourmet ....................... 24 Ultracor ......................................... 26

DO 38 CLUBE VINHO

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Redley Macaé ............................... 28 Empório Nutrição e Saúde ............ 30 Vóga Moda Feminina ..................... 32 Pedro Mattos de Carvalho ............. 34

TREKKING, A NATUREZA AOS NOSSOS PÉS

Saltare Moda Fitness ...................... 36 A Cidade Clube do Vinho ............................ 38 Trekking .......................................... 42 Paixão pela música .......................... 52 Festas de formatura de 3ºano ....... 60 Startups ........................................... 68

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PAIXÃO PELA MÚSICA

Perfil Dona Mavi ...................................... 72 Delícias de Família Coxinha de galinha da família Ferreira .......................... 78 Pessoas Mascote Animal .............................. 80 Leitora em Foco Iracema Maia ................................. 82

60 FORMATURA DE 3º ANO

Expediente Colaboradores desta edição A Revista DIVERCIDADES é uma pu- • Gianini Coelho, Leila Pinho, Alle Tavares, Fernanda Pinheiro, Luciene Rangel, Alice blicação da Formato Publicidade com Cordeiro, Cris Rosa e Júnior Costa. tiragem de 7.000 exemplares, com distribuição gratuita e dirigida. End.: Rua Dolores Carvalho Vasconcelos, 270 - Sala 1 - Glória - Macaé/RJ CEP: 27.937-600 - Tel.: (22) 3717-1000 • Direção geral: Gianini Coelho • Jornalista responsável: Leila Pinho Reg. profissional: MTB/MG 14.017 JP

• Fotografia: Alle Tavares • Foto da Capa: Regis Rodrigues - Trilhar Aventuras Publicidade • Gianini Coelho - Tel.: (22) 99985-5645 - www.divercidades.com E-mail: revista@divercidades.com • facebook.com/grupodivercidades •3


RECARREGANDO AS BATERIAS!

Luis Eduardo

PALAVRA DO EDITOR

pos que praticam o trekking e oferecem os serviços para realização das trilhas e caminhadas ecológicas. O Trilhar Aventuras, que já existe desde 1989, e fez a foto que ilustra a capa desta edição, a “Janela do Mar”. Um lago paradisíaco, a 600m de altitude, formado por uma queda d’água, ainda pouco conhecida e que tem uma vista privilegiada do nosso litoral. O outro grupo é o Ponto da Aventura, que organiza passeios todos os fins de semana e recebeu nosso jornalista Júnior Costa, que aceitou o desafio de fazer a sua primeira caminhada, a trilha do Arranchadouro, que fica entre o Frade e o Sana, lugar de belezas naturais incríveis, retratadas nas fotos da matéria, onde também identificamos os principais destinos dos praticantes do trekking em Macaé e na região.

Macaé vista de cima. O trekking proporciona cenários de imensa beleza para seus praticantes

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s tempos não estão fáceis, em função do momento delicado que se encontra o país, e, em especial, a nossa querida Macaé, por causa dos ajustes de contas nas operações da Petrobras e seus reflexos na economia. Toda esta situação, acaba refletindo no nosso dia a dia, nos deixando apreensivos e estressados com o futuro dos negócios e das nossas vidas. Dentro da política editorial da revista, de ver a vida de uma forma positiva, a DiverCidades buscou inspiração na Natureza para recarregar nossas forças nesta Mãe, que é a maior bateria do universo, criada por Deus, para nos servir de morada, refúgio e de exemplo nos momentos difíceis. Macaé é um lugar privilegiado por suas belezas naturais, principalmente, na região serrana, normalmente admirada à distância. Como o Pico do Frade,

ao pôr do sol, referência geográfica das nossas montanhas. Diante deste cenário e do crescente interesse das pessoas em ter mais contato com a natureza, resolvemos ilustrar nossa matéria de capa de setembro com grupos de macaenses que não se contentam em somente contemplar a serra de longe, mas querem um contato mais próximo e direto com a natureza, suas matas, suas pedras e cachoeiras, desbravando trilhas e conquistando momentos inesquecíveis, como este da foto acima, que mostra a cidade de Macaé, vista da trilha da Pedra da Roncadeira. O trekking é uma modalidade de esporte que vem conquistando cada vez mais adeptos entre as pessoas que querem associar atividade física, convívio social e um maior contato com a natureza. Em Macaé, identificamos dois gru-

Para completar a edição, ouvimos histórias de profissionais bem-sucedidos, apaixonados pela música, que conseguiram conciliar o sonho de ser músico, com a sua profissão de carreira. Falando em carreira, a festa de formatura do Ensino Médio tem ganhado mais destaque como evento social para os formandos e para suas famílias. A festa de formatura do Colégio Aprovado promete ser uma festa “top”, saiba porquê. No perfil, aproveitamos o mês de outubro, que comemora o dia do professor para contar a bela história de vida de Dona Mavi, professora de português que marcou gerações de alunos na cidade, com sua forma particular de ensinar e de formar cidadãos. No mais, é trabalhar duro, pensar positivo e desejar boa leitura a todos! Gianini Coelho Editor-chefe

ESPAÇO DO LEITOR

“ “

Mais uma vez, a revista está linda. Matérias bem escritas, variadas e que fazem parte do nosso dia a dia. Parabéns!” - Georgia Ribeiro Allen

Eu e Daniele Biglia participamos da mesma matéria, de alimentação saudável, sem sabermos. Foi uma surpresa. Parabéns, equipe DiverCidades. Vocês arrasaram em todos os detalhes.” - Helena Maltez Envie seu comentário para: jornalismo@divercidades.com ou facebook.com/grupodivercidades Erramos: 1. Na matéria Delícias de Família (Edição Julho/2015, pag. 79),

na receita do Bolo de Laranja, na parte do glacê para o recheio e cobertura, publicamos a quantidade de 6 laranjas, mas o correto são 12 laranjas.

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Alle Tavares

DE TUDO UM POUCO

UIARA MELO LANÇA SEU PRIMEIRO LIVRO

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levou 4 anos. “O meu objetivo com a escrita é proporcionar aos meus leitores uma forma de ‘válvula de escape’. Tento, em cada história, abordar questões relacionadas à nossa realidade, deixando os meus personagens mais humanizados”, fala a autora. O livro conta a história da jovem esperançosa Júlia Welask, que diante da monotonia do dia a dia encontra o amor, esse que dizem por aí estar ba-

nalizado, e faz dele a sua rotina e o seu destino ao lado de Otávio Rodrigues. Otávio, por sua vez, tem a chance de ser feliz com Júlia, mesmo depois de Zafhira e da descoberta da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA – doença degenerativa do sistema nervoso). Uiara fala com orgulho da participação na XVII Bienal Internacional do Livro Rio. A autora fez sessão de autógrafos no dia 10 de setembro, no Pavilhão Verde P-20, pela Editora Tribo das Letras.

Divulgação

macaense Uiara Melo, que já teve textos poéticos publicados em alguns livros, agora se aventura em voo solo com o lançamento do livro “Zafhira – quando o amor acontece”. Ela conta que para finalizar a obra

A escritora macaense Uiara posa orgulhosa ao lado do seu livro “Zafhira - quando o amor acontece”

A equipe responsável pela criação e direção da ONG Todas as Cores. Da esquerda para a direita: Luiz Felipe, Welington Coutinho, Anderson Junior, Simone Dias, Tiago Junior e Tiago Alves

ONG TODAS AS CORES INAUGURA SEDE NA BARRA DE MACAÉ

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Organização Não Governamental (ONG) “Todas as Cores” inaugurou sua primeira sede na Barra de Macaé, em agosto, com objetivo de atender a comunidade da Barra e região, e oferecer mais acesso à educação, cultura e lazer. Segundo a diretoria do projeto, o intuito é dar mais oportu-

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nidades aos moradores e valorizá-los. O local da sede foi reformado com doações de moradores, parceiros do projeto e empresários. Com 300m², a “Todas as Cores” estima atender, em média, 500 pessoas por mês com cursos de qualificação na área offshore, informática e administrativa, atividades

de esporte, cultura e lazer. Com o intuito de auxiliar, preferencialmente, crianças da rede pública de ensino, a ONG dispõe de uma biblioteca comunitária com acervo de mais de 2 mil livros. A diretoria da ONG, toda ela formada por jovens moradores da Barra, celebrou a abertura do local com muito otimismo e esperança. O discurso dos integrantes foi norteado pelo sentimento de serviço à comunidade e de futuros melhores para esse bairro tão tradicional de Macaé. Quem puder apoiar esse projeto com doações ou trabalho voluntário pode entrar em contato pelo telefone (22) 2770-4243 ou acessar o site www.todasascores.org.br www.divercidades.com


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ARQUITETURA & DESIGN

No projeto da casa de Ênio e Vera, Saulo fez a sala de jantar e estar mesclando materiais e tons neutros, mas com estilo, valorizando a personalidade do casal

SAULO MOREIRA

Arquiteto encontrou na decoração de interiores a motivação profissional

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ormado há cinco anos, o arquiteto Saulo Moreira já possui uma vasta cartela de clientes na cidade. Fã de decoração, ele é reconhecido por ter estilo próprio, mas sem deixar de respeitar o gosto e a personalidade de cada cliente. Natural de Macaé, Saulo estudou arquitetura em Vitória, onde a avó morava. Após se formar, resolveu retornar à cidade, pois achava que as oportunidades seriam melhores. “Achei que aqui poderia me destacar mais no mer-

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Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

cado, até por conhecer mais pessoas e ter a chance de trabalhar sozinho, ter os meus próprio projetos, meu reconhecimento”, comenta. Assim que voltou à cidade, Saulo começou a carreira trabalhando com um engenheiro até que, depois de um ano, decidiu seguir sozinho e resolveu apostar no ramo da decoração de interiores, o que o motiva e inspira no dia a dia. “Durante a faculdade, fiz estágios em escritórios mais voltados para arqui-

Saulo se especializou na área de decoração de interiores e usa da tecnologia 3D para apresentação dos seus projetos

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A comerciante Célia Peçanha teve sua cobertura toda reformada por Danielle. Materiais rústicos com sofisticação marcam o projeto que teve o acompanhamento da arquiteta

Neste projeto de Danielle, no Vale dos Cristais, o pé-direito alto dá destaque à sala de estar

Nesta área de lazer, Saulo utilizou vários tons de azul, como na pastilha da piscina, nos nichos e nas paredes, dando mais leveza ao ambiente, contrastando com os tons de madeira e o verde do gramado

A integração dos revestimentos porcelanato, pastilha e granito com os planejados dá destaque a esta cozinha

o que tem gerado até uma curiosidade – muitos acabam comprando a ideia e querem os detalhes exatamente como apresentados no 3D, com o mesmo revestimento e até papel de parede igual.

Ênio e Vera fizeram o projeto de reforma da casa com Saulo, que passou credibilidade e confiança no processo

tetura, mas o último em que trabalhei acabou sendo mais voltado para a área de decoração e acabei me encontrando. Lógico, também gosto de arquitetura, prefiro a parte residencial, mas me encontrei na decoração”, conta. ESTILO De acordo com Saulo, na área da decoração é difícil se prender a um estilo, porque depende muito do gosto do cliente. “A gente acaba sempre um pouco dependente do cliente, mas eu tento imprimir alguma característica minha, mesmo que seja nos detalhes, como um material que às vezes eu vejo e tento implantar em mais projetos ou uma iluminação diferente”, ressalta. O respeito ao cliente foi um dos diferenciais que o casal Ênio Costa Ferreira e Vera Lúcia de Almeida Ferreira encontrou no trabalho do arquiteto.

Saulo fez o projeto da sala, lavabo, sala de jantar, quarto de visita, cozinha, capela e área gourmet, além da decoração dos ambientes. “Saulo teve a sensibilidade de respeitar nossos princípios e valores. Esse foi o ponto mais importante para que fizéssemos o projeto com ele, foi o seu diferencial”, aponta Ênio. Segundo Vera, eles até encomendaram outros projetos, mas acabaram decidindo pelo do Saulo. “Ele entendeu a nossa visão de mundo e nos passou muita confiança e credibilidade”, completa. Outro diferencial do arquiteto é a apresentação dos projetos, sempre em 3D, além do papel, o que facilita a visualização por parte dos clientes. Segundo Saulo, dessa forma o cliente consegue ter uma percepção melhor do espaço, inclusive com revestimento,

“Hoje em dia, eu não consigo fazer um projeto sem o 3D do ambiente em paralelo. Acho importante porque a pessoa consegue ter uma visão melhor. A planta baixa é mais para localização, mas o que o cliente vai ver mesmo é sempre em 3D”, finaliza o arquiteto.

SAULO TEVE A SENSIBILIDADE DE RESPEITAR NOSSOS PRINCÍPIOS E VALORES. ESSE FOI O PONTO MAIS IMPORTANTE PARA QUE FIZÉSSEMOS O PROJETO COM ELE, FOI O SEU DIFERENCIAL”

ÊNIO COSTA FERREIRA • 13


PESSOAS & NEGÓCIOS

Diacuí fez o mapa astral de toda a família com Flávia. As informações serviram para ver a vida com um novo olhar

a ver o quanto me privava das coisas que eu queria fazer e não encontrava tempo. Foi quando fiz meu mapa astral com uma pessoa muito especial, que disse estar diante de uma terapeuta. Isso me deu um estalo. Eu precisava de algo novo para quebrar a monotonia dos dias”, comenta. Ainda relativamente nova no mercado, Flávia já experimenta o sucesso da nova escolha profissional e atende quase diariamente, desde crianças, adolescentes, adultos e até famílias. Para fazer o mapa astral, precisa da data, hora e o local em que a pessoa nasceu. Isso porque o mapa é o retrato do céu no instante em que a pessoa veio ao mundo.

Flávia abriu mão da segurança profissional como jornalista e empresária para se dedicar exclusivamente à nova profissão de astróloga e se sente realizada em ajudar as pessoas a se encontrar

FLÁVIA VASCONCELOS Astrologia como resposta para o autoconhecimento

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Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

busca constante pelo autoconhecimento tem feito crescer o interesse da humanidade pela influência da natureza e dos astros em suas vidas. A Astrologia – ciência que ajuda a compreender esta conexão – é uma das mais antigas ferramentas para as pessoas se conhecerem melhor e se apropriarem da própria inteireza. É puro mito acreditar que a Astrologia é um método de adivinhação ou apenas leitura de signo. Traz respostas íntimas sobre potenciais, questões emocionais e aspectos a serem tratados. É um trabalho sério e reconhecido. A astróloga Flávia Vasconcelos de Brito estuda o assunto há cinco anos e vivencia uma verdadeira transformação na vida dos seus clientes. “A minha formação foi com uma mestra, com mais de 30 anos de experiência. É um conhecimento que exige muita dedicação. Envolve mitologia, mecânica celeste, astronomia, psicologia, intuição e muito amor pelo ser humano”, explica. Jornalista e escritora, Flávia começou a se interessar pela Astrologia há cerca de dez anos, quando passou a se questionar sobre as escolhas que havia feito. “Eu não sabia porquê. Não estava deprimida, mas não voltava pra casa com a sensação de que o meu dia tinha valido a pena. Eu estava no automatismo de trabalhar, ganhar dinheiro, produzir e comecei 14 •

Uma das pessoas que já experimentou o serviço de Flávia é a empresária Diacuí Galvão. “Este ano, fiz o meu mapa astral natal com Flávia e aproveitei para fazer também o das minhas filhas Luíza e Sofia e do meu esposo. Com o conhecimento da leitura do mapa dos meus familiares, percebi o outro de uma forma melhor e segui nossas vidas com mais sabedoria e afeto”, revela Diacuí. O mapa astral natal tem aparência de uma mandala, dividida em 12 casas, que são as principais áreas da vida, tais como personalidade, dinheiro, talentos, filhos, saúde, casamento. Cada área desta tem a influência do Sol, da Lua e dos planetas do sistema solar, de Mercúrio a Plutão. “Interpreto a influência psicológica dos planetas e luminares, ou seja, a herança que ganhamos da Via Láctea ao nascer. As pessoas não estão acostumadas a se sentirem integradas ao todo, têm uma visão fracionada da existência”, diz. Além da carta natal, outros serviços da Astrologia são a revolução solar e a análise dos trânsitos e progressões planetárias. São as influências contínuas dos planetas e aspectos que fazem entre si, já que o universo vive em eterna movimentação. Segundo Flávia, é importante esclarecer que a Astrologia não tem nada a ver com religião. “A Astrologia é a ciência que ajuda as pessoas a se conhecerem melhor, se apropriarem da sua potência, ter consciência dos seus dons, dos seus talentos e das questões a serem superadas. A Astrologia ajuda a revelar estes pontos e a você dar conta de si mesmo”, conclui. Flávia Vasconcelos de Brito Tel.: (22) 98802-5746 E-mail: astrologiaflavia@gmail.com

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PESSOAS & NEGÓCIOS

A personalização de lembranças de festas infantis é um dos nichos de mercado atendido pela Imprimix

O proprietário da franquia Samuel, (à direita) com o gerente de produção André. A franquia da Imprimix Macaé oferece mais de 300 itens personalisáveis

IMPRIMIX

Há quatro anos em Macaé, gráfica conquista mercado com agilidade e qualidade de impressão

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gilidade, qualidade no atendimento e nos produtos oferecidos é tudo o que os clientes buscam em uma empresa. Para os produtos e serviços de uma gráfica, as exigências são ainda maiores. Nesse segmento, no entanto, devido ao processo de produção, muitas vezes agilidade não está relacionada à qualidade. O resultado são clientes insatisfeitos. De olho nesse mercado, a rede Imprimix nasceu há 17 anos com a missão de agilizar a vida das pessoas através de soluções gráficas inovadoras. Em 2011, o casal Samuel e Joanna Marques apostou na marca e lançou a franquia Imprimix em Macaé. “Escolhemos a empresa pelo know-how, pelo suporte que ela nos dá e pelo reconhecimento da marca no mercado”, conta Samuel. A qualidade e agilidade prometidas pela empresa são possíveis graças ao padrão adotado pela rede que entrega todos os materiais semiprontos, não exigindo do franqueado o trabalho de corte ou acabamento, o que agiliza a personalização e a entrega dos produtos para o cliente final. “Além disso, estou diariamente no atendimento ao público. Com isso, prestamos um serviço diferenciado, já que estou atento às necessidades de cada 16 •

Por: Alice Cordeiro • Fotos: Alle Tavares

cliente”, explica Samuel Marques, acrescentando que a empresa oferece mais de 300 produtos personalizáveis. Entre eles: convites de casamento, 15 anos, formaturas, cartões de visita, panfletos, crachás de PVC, pulseiras para eventos, ingressos para festas e shows. Dono da Ópera Club, o empresário Alexandre Pereira da França, de 31 anos, atesta a qualidade e segurança dos produtos oferecidos pela rede. “Trabalho com um produto que não pode ser falsificado. Por isso, utilizo os serviços da Imprimix que garante a segurança que preciso através dos sistemas específicos que impedem esse tipo de fraude”, revela o empresário, falando sobre o sistema ID Control. “Este é um serviço gratuito oferecido aos nossos clientes. Com ele, é possível consultar a autenticidade dos ingressos através de códigos de barras gerados na impressão. Para isso, disponibilizamos um software gratuito no qual o cliente precisa ter apenas um computador com leitor de código de barras”, explica.

A agilidade da entrega é um diferencial da gráfica para a artesã Sofia

prazos ainda mais reduzidos. “Alguns produtos poderão ser entregues em 24 horas. Acreditamos que isso beneficiará muito as mães e noivas que, muitas vezes, precisam de alguma peça com urgência. Entre os produtos que este equipamento poderá personalizar estão: forminhas de docinhos e cupcakes, quebra-cabeça, marmitinhas, adesivos e panfletos”, detalha Samuel. Cliente da Imprimix Macaé desde a sua inauguração, a artesã Sofia Matheus Chaves destaca a rapidez e a qualidade das peças confeccionadas. “Trabalho com muitas lembranças e, nesse segmento, o diferencial é a personalização. Além disso, a finalização das artes e a agilidade na entrega são características fundamentais para a satisfação dos meus clientes”, conta. Além da aprovação de seus clientes, a franquia de Macaé contou com o reconhecimento da sede e, em maio, foi premiada como Franquia Destaque do Mês. De acordo com o franqueado, entre os itens avaliados estão a qualidade no atendimento e o alcance das metas.

AGILIDADE PARA FESTAS INFANTIS E CASAMENTOS

Para Bruno Marzullo, um dos sócios da rede Imprimix, Macaé é uma cidade estratégica. “A unidade vem crescendo ano a ano, e com os lançamentos que foram feitos em 2015 e outros que chegarão em breve, acreditamos que estaremos solucionando muitas necessidades e agilizando a vida de muitas pessoas na cidade, o que faz parte de nossa missão”, promete.

O mundo mágico das festas infantis e os tão sonhados casamentos ganharão uma nova aliada em outubro, quando a empresa receberá uma máquina capaz de realizar diferentes personalizações com

Rua Tenente Coronel Amado - 198 - Centro - Macaé/RJ Tel.: (22) 2772-6950 - facebook/Imprimix Macae

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PESSOAS & NEGÓCIOS

A consultora de imagem e estilo Angélica oferece um serviço diferenciado no mercado de moda da cidade

ANGÉLICA REBELLO

Empresária aposta em consultoria de imagem e estilo como diferencial para as clientes da loja Armadio

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empre atenta às novidades que o mercado oferece, a proprietária da loja Armadio – multimarcas, localizada no Shopping Plaza Macaé, Angélica inova ao proporcionar às clientes o serviço de consultoria de imagem e estilo. Formada pela conceituada escola Dresscode International, com aulas ministradas pela renomada e pioneira consultora em imagem e estilo no Rio de Janeiro, Juliana Burlamaqui, a empresária apresenta um serviço diferenciado e personalizado, orientando na escolha e composição dos looks para diversas ocasiões. As clientes podem agendar um horário exclusivo com a consultora para serem atendidas na loja. Mais do que aprender a se vestir bem ou ter bom gosto na hora de escolher as peças, a consultoria ajuda a pessoa a conquistar autenticidade, credibilidade e autoconfiança, através de técnicas para harmonizar a identidade (o que somos)com a imagem (como nos enxergam), para que ao final dos encontros, a pessoa caminhe sozinha. O trabalho consiste em não apenas vender um produto, mas ajudar a cliente na hora de comprar roupas. “A ideia é que ela se sinta satisfeita com a compra, que saia com um pouco mais de conhecimento do que valoriza a sua silhueta”. A consultoria de imagem e estilo trabalha em etapas, como: análise de coloração pes18 •

Por: Cris Rosa• Fotos: Alle Tavares

soal e biotipo, análise de estilo, análise de guarda-roupa (closet cleaning), personal shopping (esta etapa não é obrigatória e consiste na compra de novas peças identificadas no closet cleaning e pontuadas no checklist da cliente. Baseado nele, a consultora leva a cliente às lojas da cidade para comprá-las), coordenação de guarda-roupa e visagismo. Nesta última etapa, a consultora encaminha a cliente a um profissional especializado para a coloração e corte de seu cabelo e maquiagem, conforme os resultados levantados durante o processo. “A maquiagem deixou de ser mera vaidade e se tornou parte do asseio pessoal. Eu encorajo a mulher a avançar e buscar um curso de automaquiagem”, pontua Angélica. Por fim, a cliente recebe um dossiê, que é o relatório detalhado e fotografado com todo o processo. A empresária lembra que as possibilidades dentro da consultoria de imagem e estilo são muitas, todas atentas às necessidades de cada pessoa. “A consultoria é para quem se preocupa com a mensagem que está sendo transmitida ao mundo através de suas roupas. Nós não temos controle sobre a percepção dos outros sobre nós. Uma impressão é construída em 15 segundos, portanto, alinhar identidade e imagem é o nosso objetivo. Os clientes potenciais são executivos, profissionais contemplando mudança de carreira ou promoções, pósmaternidade, noivas (em especial, a mala

Munique se sente mais segura na hora de combinar as peças para montar seu guarda-roupa

para lua de mel) e pessoas interessadas em conhecer e explorar melhor o seu estilo pessoal”, comenta. Outro ponto muito importante é o consumo consciente, fazer com que o cliente aprenda a comprar o que é relevante para o seu guarda-roupa e extraordinário para o seu biotipo e investir certo o seu dinheiro. “O guarda-roupa precisa ser equilibrado, não adianta ter 40 calças perdidas no armário, sem aproveitamento e coordenação”, completa. A analista de sistemas Munique Corte Real é cliente da Armadio e contratou, recentemente, o serviço de consultoria. Ela conta que sempre gostou de se vestir bem, mas tinha dificuldade em combinar as peças do seu guarda-roupa. “Desde criança gosto de me vestir bem, mas acho que essa questão ficou mais forte a partir da adolescência e, quando descobri que a Angélica fazia esse trabalho, achei interessante porque sempre tive curiosidade em aprender a combinar as peças. Hoje em dia, penso duas vezes antes de montar um look e já sei identificar cores que não caem bem em mim e o que valoriza mais o meu estilo”, conta Munique. A partir de outubro, a Armadio terá sua loja online e os clientes poderão solicitar uma sugestão de coordenação de look das peças compradas no site. Angélica Rebello oferece os seus serviços independente da loja e também para todas. As pessoas que se interessarem pelo programa completo ou apenas uma das etapas, as mais procuradas são: Personal Shopping e Mala para Viagem. Shopping Plaza Macaé, Loja 227 - Macaé/RJ Tel.: (22) 2757-5797 facebook/armadiooficial

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RICARDO CARDOSO

Eduardo Zavarize

PESSOAS & NEGÓCIOS

Ricardo conquistou o mercado de Macaé e região com o diferencial de surpreender seus clientes com novidades no bufê e nos serviços oferecidos

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om 18 anos de experiência, Ricardo Cardoso celebra 10 anos de sucesso em Macaé, cidade que o recebeu de braços abertos. Nesse período, mais do que abrilhantar festas e eventos com seu renomado bufê, Ricardo lançou tendências e estabeleceu seu padrão de qualidade, sendo hoje, referência para clientes e concorrentes. Natural do Rio de Janeiro, o empresário chegou à Macaé em 2005, quando fez seu primeiro evento corporativo. Por aqui, percebeu a demanda pelo serviço e decidiu fincar raízes. “Nessa época, empresas e cerimonialistas costumavam contratar profissionais da 20 •

Arquivo

Há 10 anos em Macaé, banqueteiro é referência em bom atendimento, inovação e requinte Por: Alice Cordeiro • Fotos: Arquivo

capital para grandes eventos. Cheguei trazendo na bagagem a experiência do Rio de Janeiro. Além disso, me apaixonei por Macaé e isso foi um incentivo a mais para adotar a cidade”, lembra. Primeira cliente corporativa de Ricardo, a gerente de Desenvolvimento de Negócios, Denise Fernandes, destaca a transparência e o empenho da equipe para que tudo dê certo nos eventos. “Sempre organizei eventos em multinacionais e tinha dificuldade de encontrar um bufê que fosse confiável e entregasse o serviço dentro do prazo. Participei de uma degustação e gostei muito do trabalho do Ricardo. Resolvi arriscar ao contratá-lo para a festa de fim de ano da empresa. O evento foi um sucesso e, desde então,

A apresentação impecável aliada ao cardápio sofisticado chamam a atenção nos eventos realizados por Ricardo

eu só trabalho com o Ricardo Cardoso”, conta Denise. De acordo com o banqueteiro, nesses 10 anos, o paladar do macaense evoluiu muito, está mais refinado www.divercidades.com


Gianini Coelno

A renovação constante do bufê de Ricardo faz com que ele seja contrato para eventos em toda a região Denise Fernandes foi uma das primeiras clientes de Ricardo no segmento de eventos corporativos para as empresas offshore Arquivo Raysa

Praia Campista. Com uma equipe especializada, composta por 14 profissionais fixos, Ricardo Cardoso tem capacidade para atender desde pequenos eventos, como mini wedding, até eventos de grande porte, como festas empresariais, casamentos, 15 anos ou eventos maiores. “Nossa equipe é outro diferencial, pois estamos preparados para tornar qualquer evento um sucesso, desde o cardápio até o serviço de garçons. Para isso, temos setores especializados como administrativo, financeiro, compras, segurança alimentar, operacional, maître próprio e cozinha própria”, destaca.

Beto, a debutante Raysa, Ricardo e Ana Christina. Esta festa de 15 anos foi o primeiro evento realizado por Ricardo em Macaé. Dez anos depois, Ana Christina contratou novamente Ricardo, agora para fazer o casamento de Raysa

e exigente. “Por isso, busco cada vez mais inovações e novidades. Tenho um canal aberto com grandes banqueteiros de São Paulo, que é minha maior referência, faço cursos e estou sempre de olho nas tendências gastronômicas para eventos de grande porte”, revela. A diretora financeira Ana Christina Golosov teve sua primeira experiência com Ricardo na festa de 15 anos de sua filha Raysa, hoje com 21 anos. “Na época, não conhecia o trabalho dele. Apesar disso, tive excelentes referências do Beto Brandão, decorador da festa. De cara, gostei do Ricardo e optei por dar uma chance. No mesmo período, o Espaço Ricardo Cardoso estava em construção e nossa festa inaugurou o local”, conta Ana, ressaltando que a festa foi um sucesso e, por anos, foi muito comentada na cidade.

Às vésperas de realizar o casamento da mesma filha, Ana conta que não pensou duas vezes ao decidir o bufê da festa. “Como mãe, também tenho grandes sonhos com relação ao casamento da minha filha, quero que seja ainda melhor que sua festa de 15 anos, por isso, o Ricardo foi um dos primeiros fornecedores a ser contratado”, revela. Com casamento marcado para novembro, Raysa Golosov concorda com a mãe “Ele foi perfeito nos meus 15 anos e tenho certeza que será no meu casamento. Já na degustação, ele mostrou quão maravilhoso será o nosso bufê. Além disso, em seus eventos, tudo é feito com muita fartura e requinte”, elogia. A partir de 2013, Ricardo optou por se dedicar mais à gastronomia e seus eventos, e hoje atende com seu serviço de bufê em novo endereço, na orla da

Toda essa infraestrutura possibilitou o atendimento a outras cidades da região, como Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Búzios e demais cidades vizinhas. Em Búzios, a procura é tanta que Ricardo montou uma base para atender com mais facilidade cerimonialistas e casais que escolham a cidade como pano de fundo para seus casamentos. “Nesses 10 anos, só pude chegar onde estou hoje graças ao apoio de muitas pessoas, entre elas, Angelina Lopes, Élida Martins, Beto Brandão, Leonardo “Cultura” e, em especial, minha fiel ‘escudeira’ e gerente Érika Carvajal, a quem considero como uma irmã. Todo esse reconhecimento deve-se ao nosso alto padrão de qualidade, desde a oferta de produtos diferenciados até a variedade oferecida. Por isso, sempre buscamos inovar para que nossos clientes e seus convidados surpreendam-se a cada evento”, finaliza Ricardo.

contato@ricardocardoso.com.br facebook/ricardocardosobuffet Tel.: (22) 2762-9587 / 98153-7606 • 21


PESSOAS & NEGÓCIOS

Uma equipe multidisciplinar é um dos diferenciais da Maxclin. Acima, o dentista Henrique, a fisioterapeuta Mariah e o dentista Maurício

MAXCLIN Dor de cabeça pode ter origem odontológica.

As dentistas Jaqueline, Márcia, Mariana, Mayra e Janaína atuam de forma integrada para tratar os problemas relacionados à oclusão, que podem gerar dor

Na MaxClin, uma equipe multidisciplinar realiza desde o diagnóstico até o tratamento do problema

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dor de cabeça é um mal extremamente comum e quase todo mundo já teve alguma experiência com esse tipo de incômodo. O que pode soar como incomum é o fato desse problema ter relação com os músculos da mastigação. É o que os dentistas chamam de dor de cabeça de origem odontológica. Segundo o dentista mestre em reabilitação oral Maurício Araújo, da MaxClin, a dor de cabeça de origem odontológica está associada, na maioria dos casos, aos fatores musculares. Todos os músculos da mastigação e da fonação estão entrelaçados na parte da cabeça e do pescoço. Por isso, o tratamento multidisciplinar é importante e faz toda a diferença na recuperação do bem-estar do paciente. Na MaxClin, dentistas de variadas especialidades, fonoaudiólogos e fisioterapeutas atuam no tratamento desses problemas do sistema mastigatório e auxiliam o paciente a ter mais qualidade de vida. Os profissionais da MaxClin relatam ser o estresse e a ansiedade os principais causadores do problema. A identificação dos sinais de pacientes que sofrem desse mal começa, quase sempre, na consulta com o clínico geral (dentista). Mas também é comum outros especialistas da área de saúde encaminharem o paciente para o dentista, quando é identificado que a cefaleia pode ter origem odontológica. Conforme explicam as dentistas Mayra

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Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

Elisa Seixas, Jaqueline Mateus (que também é ortodontista) e Janaína Aguiar, nesses casos, é comum perguntar aos pacientes se a articulação dói ou produz algum ruído na abertura e fechamento da boca e se a dor é mais forte após acordar. Esses questionamentos são feitos com o objetivo de investigar a origem do problema. E as respostas indicam qual é, especificamente, o motivo da dor. Em alguns casos mais graves é preciso solicitar alguns exames como radiografias, por exemplo. “Normalmente, a dor de cabeça de origem odontológica é mais comum na região temporal (lados esquerdo e direito da cabeça)”, pontua Mayra. Para os casos de mordida errada, uso excessivo de músculos da mastigação ou bruxismo, Maurício indica como tratamento o uso de placa miorrelaxante, um tipo de placa rígida que coloca a mandíbula em posição confortável. A ortodontista Márcia Coutinho também recomenda, em alguns casos, a aplicação de toxina botulínica (Botox) nos músculos da mastigação para esses pacientes. “O mau posicionamento dos dentes e das arcadas promove, além de problemas estéticos, problemas funcionais durante o ato de mastigar, que podem desencadear alguns casos de dores de cabeça”, explica Márcia Coutinho. “O uso de aparelhos ortodônticos é indicado para tratar esses casos e na MaxClin temos opções diferenciadas de aparelhos autoligados e alinhadores invisíveis”. De acordo com Jaqueline, os aparelhos ortodônticos fixos autoligados possuem a tecnologia mais avançada

A fonoaudióloga Aline recomenda exercícios orais para o fortalecimento dos músculos da língua

existente no mercado e proporciona ótimos resultados em um tempo menor de tratamento. Outra causa comum de cefaleia é a perda de dentes que pode provocar alterações na articulação da mandíbula. “Como tratamento é importante substituir os dentes perdidos por implantes dentários (próteses fixas de função semelhante aos dentes naturais)”, esclarece o implantodontista Henrique de Oliveira Ribeiro. “A abordagem fisioterapêutica para tratar esses problemas envolve: recursos da eletrotermofototerapia (TENS, ultrassom, infravermelho), alongamentos, exercícios específicos e terapia manual”, explica a fisioterapeuta especialista em ATM, Mariah Natalino. A fonoaudiologia também contribui no tratamento desses casos para que os músculos voltem a exercem as funções de forma adequada, com o posicionamento correto e uso apropriado de força. “No tratamento, utilizamos muitos exercícios orais. Trabalhamos o posicionamento, a mobilidade e movimentos para dar mais força à língua”, fala Aline Simões.

Rua Bariloche, 24 - Cavaleiros - Macaé/RJ Tel.: (22) 2773-4921 (22) 78115346 www.clinicamaxclin.com.br / facebook.com/maxclin Atendemos pacientes conveniados e particulares.

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João Henrique Ribeiro

PESSOAS & NEGÓCIOS

O espaço do Visconde Gourmet pode ser alugado para eventos corporativos e sociais através da parceria com a Leal Eventos

O cardápio é definido e supervisionado por Jorge Mora, gerente de alimentos e bebidas do Grupo Oasis

VISCONDE GOURMET Gastronomia diferenciada e com excelência no atendimento

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Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

om arquitetura privilegiada e localizado no Centro da cidade, o Visconde Gourmet, com apenas cinco meses de funcionamento, já se destaca pela proposta de oferecer aos clientes um cardápio self-service totalmente diferenciado na elaboração e finalização dos pratos. Como o próprio nome sugere, a culinária gourmet – termo de origem francesa – se refere a um estilo de gastronomia mais elaborada em relação à qualidade e preparação dos pratos, como explica a gerente do Visconde Gourmet e sócia da Leal Eventos, Márcia Leal. “Usamos a matéria-prima que todo mundo conhece, mas com elaboração e apresentação diferenciada e preço acessível”, conta. O cardápio é definido e supervisionado pelo chef executivo e gerente de alimentos e bebidas do grupo Oasis, Jorge Mora, do qual o restaurante faz parte e que, com o objetivo de diversificar seus 24 •

Para Janaína Britto, a preocupação em agradar o cliente a faz se sentir em casa

O cardápio de frutos do mar é uma especialidade do Visconde Gourmet

Para quem gosta de comida japonesa, o restaurante oferece uma grande variedade no bufê

negócios, viu na cidade de Macaé a possibilidade de um grande empreendimento.

“A variedade e a qualidade são alguns dos atrativos, mas acredito que o que torna o restaurante tão especial é o conjunto de fatores. A estrutura é ótima e o atendimento é diferenciado. Existe sempre uma preocupação em agradar o cliente. A gente se sente em casa mesmo”, destaca.

A execução fica por conta da chef Joeli Carvalho, que tem exclusividade na organização de festas e eventos do Visconde Gourmet. O restaurante também possui controle nutricional. Todos os dias, uma variedade de pratos é disposta aos clientes. Segundo Márcia Leal, cada dia é oferecida uma culinária específica – nacional e internacional, além dos já tradicionais pratos e do conhecido risoto. O bufê também conta com comida japonesa, churrasco e diversas opções de saladas e sobremesas especiais. Com um total de 26 funcionários, que compõem uma equipe qualificada e treinada, o Visconde Gourmet tem como diferencial a excelência no atendimento ao cliente. Janaína Britto Martins é umas das mais fiéis. Almoça todos os dias no local e só tem elogios.

A preocupação com o cliente não para por aí. No local, há ainda espaço VIP com telão disponível para workshops de empresas, aniversários e reuniões. A reserva deve ser feita com 24 horas de antecedência. Com gastronomia de primeira e preço justo, o Visconde Gourmet funciona de segunda-feira a sábado, das 11h às 15h. Funcionários públicos e da Petrobras ganham desconto. Rua Visconde de Quissamã, 702 - Centro - Macaé/RJ Tel.: (22) 2772-6191 facebook.com/ viscondegourmet relacionamento.viscondegourmet@gmail.com.br

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PESSOAS & NEGÓCIOS

A ultrassonografia de tireoide é um dos exames realizados pelo médico Luiz Chiareli

A clínica realiza ampla gama de exames como o Tilt Test, que investiga as causas de desmaios

ULTRACOR

Foco no atendimento humanizado e exames exclusivos

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Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

atenção que você e seus exames precisam. Esse é o lema da Ultracor, clínica de diagnósticos médicos, localizada no bairro Cavaleiros, que busca inovar e promover o resgate do atendimento humanizado.

dentro da articulação, permitindo um diagnóstico mais detalhado; eletroencefalograma adulto e infantil com sedação; ressonância magnética em pacientes com marca-passo e Tilt Test – exame complementar que procura encontrar uma causa para desmaios.

Em tempos em que falta tempo para tudo, a clínica se propõe a ser um espaço onde o paciente encontra todos os serviços médicos em apenas um lugar, com a comodidade e atenção que merece e um atendimento individualizado, baseado na maneira como os médicos antigos atendiam, conversando e conhecendo de forma mais ampla o paciente e o seu problema.

Laura destaca ainda que além destes, a clínica oferece exames cardiológicos como ecocardiograma, eletrocardiograma, Holter de 24 horas e de sete dias, teste ergométrico e avaliação de marca-passo, entre outros. “Já entre os exames radiológicos, estão a ultrassonografia geral e com Doppler, Doppler Vascular e a ressonância magnética”, conta.

Há cinco meses em funcionamento, a Ultracor inova trazendo para a cidade a realização de exames exclusivos. Segundo a radiologista e uma das proprietárias da clínica, Laura Alexandre, são procedimentos que, até então, não eram realizados na cidade, obrigando o paciente a buscar atendimento fora. “A Ultracor inova e traz esses exames. Agora, ninguém mais precisa sair de Macaé para realizar esses procedimentos em outro lugar”, aponta. São eles a Artrorressonância – exame em que o contraste é aplicado 26 •

Caroline e seu marido João aprovaram o atendimento humanizado da Ultracor

deseja fugir do trânsito das principais vias da cidade, além de ser um oásis de beleza e relaxamento. Caroline Marotta escolheu a clínica, inicialmente, pela localização. Mas ao conhecer a Ultracor, aprovou o atendimento. “Moro e trabalho nos Cavaleiros. Diante do excelente atendimento realizado pelo Dr. Luiz Tenório e com a possibilidade de realizar os exames na própria clínica, indiquei meu marido. A Ultracor além de contar com uma estrutura e equipamentos modernos, realiza uma grande variedade de exames, com o diferencial destes serem acompanhados diretamente pelos médicos. E ainda tem uma equipe capacitada e comprometida”, conta.

Sempre em busca do que há de melhor no mercado para oferecer aos paA equipe da clínica é formada pelo cientes, a Ultracor já está conveniada a dois planos de saúde – AMS Petrobras e cardiologista especializado em arritmia Bradesco Saúde. A expectativa é de que e avaliação de marca-passo, com formanovos convênios surjam ao longo do ano. ção pelo Incor São Paulo, Luiz Tenório, o neurologista e neurofisiologista André Situada em um espaço de 500m² Maia, o nefrologista Márcio Ximenes, Luiz e com 15 funcionários, a Ultracor foi Chiareli e Laura Alexandre, responsáveis pensada para ser um espaço que unis- pela área de radiologia e diagnóstico por se atendimento especializado e exames, imagem. O atendimento é realizado de aliado ao conforto e praticidade que os segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. pacientes buscam hoje em dia. Por isso, Rua Acapulco, 47 - Cavaleiros até o local escolhido para a clínica foi Macaé/RJ - Tel.: (22) 2762-2627 estratégico. Longe do Centro, a Praia www.ultracor.com.br dos Cavaleiros é uma opção para quem facebook.com/clinicaultracor www.divercidades.com


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Paulo Vilhena e a modelo brasileira Taila Berwig fotografaram com roupas da nova coleção, em Arraial do Cabo

REDLEY

Sob a direção de Carla Teixeira e com total apoio de seu marido, Augusto Teixeira, a loja completará 2 anos de muito sucesso no Shopping Plaza Macaé

Marca de alma solar completa 30 anos e a loja do Plaza Macaé traz Carlos Burle para lançar a coleção “Somos do Mar”

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onhecida como uma marca jovem e divertida, de estilo bem leve e praiano, a Redley se reinventa no seu aniversário de 30 anos e lança a coleção primavera/verão 2016 “Somos do Mar”. O garoto-propaganda da nova coleção é o ator Paulinho Vilhena, que posa ao lado da modelo francesa Philou Celaries. O ator, que tem todo o jeitão de garoto carioca e o hábito de praticar esportes como o surfe e stand up paddle, é o modelo perfeito para vestir a nova coleção que valoriza o estilo de vida descompromissado e divertido. Paulinho Vilhena posou para a Redley bem pertinho de Macaé, na cidade de Arraial do Cabo. Segundo a proprietária da Redley de Macaé, Carla Teixeira, a maior inspiração da marca é mesmo o mar. Estampas de prancha, remos de stand up paddle, mar, ondas e muito sol figuram em várias camisetas masculinas da marca. Em uma delas, a referência de famosas praias brasileiras como a do Postinho (RJ) e Pipa (RN) traduzem bem a ligação com 28 •

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

o oceano. “Paulinho Vilhena tem tudo a ver com essa coleção, que se inspira nos esportes aquáticos e ele adora surfar”, fala Carla. A loja do Shopping Plaza Macaé completará 2 anos em novembro, e já virou preferência de muitos jovens e adultos que gostam de se vestir com estilo, leveza, conforto e têm a alma solar. A Redley amadureceu junto com os seus clientes. “Hoje, a Redley investe não só no público jovem. A marca aposta em bons estilistas e produz moda para todas as faixas etárias”, diz Carla. ILUSTRE VISITA DE CARLOS BURLE

A inspiração em campeonatos de skate é uma das características da coleção primavera/verão 2016

A palestra “Surfando ondas gigantes” reuniu estudantes de várias idades. Carlos Burle falou sobre sua história, preparação, autoconhecimento, superação, trabalho em equipe e muito mais. A garotada ficou encantada com a simplicidade e a perseverança do surfista e tirou muitas selfies com o ídolo. “A palestra do Carlos Burle foi extremamante agregadora e muito bem recebida por todos, pois as pessoas se identificam com as experiências dele, que é um excelente profissional e conseguiu fazer um link dos desafios do surfe com a nossa realidade. A experiência de vida do Burle, suas dificuldades no início da carreira, a perseverança e pioneirismo no surfe de ondas gigantes, são verdadeiras inspirações para a mudança comportamental das pessoas”, ressalta Carla.

Parceria que já dura mais de 20 anos, a Redley trouxe o bicampeão mundial de surfe em ondas gigantes, Carlos Burle, para Macaé no dia 27 de agosto. Ele participou de dois eventos: uma palestra realizada pela Redley no colégio Carlos Burle conquistou os princiAprovado e, depois, de um intimista happy hour na Redley do Shopping Pla- pais títulos dentro do seu esporte, o za Macaé para lançamento da coleção surfe. Hoje, ele é um caçador de ondas gigantes, além de trabalhar promovendo “Somos do Mar”. www.divercidades.com


Carlos Burle fez uma sessão de autógrafos na loja da Redley no Plaza Macaé A palestra de Carlos Burle no colégio Aprovado reuniu estudantes de várias idades

A equipe da loja Redley Macaé é diferenciada, altamente qualificada e com atendimento de nível universitário

O artista plástico Marlon Muk (de boné), presenteou Carlos Burle com uma tela sua, que reproduz a famosa onda gigante surfada por Burle em Nazaré, Portugal

Kynnie é fã da marca e de Carlos Burle. No happy hour, vestiu Redley da cabeça aos pés

palestras para empresas. “A marca veio amadurecendo com o passar dos anos, eu também, e é legal porque nossos caminhos se convergem. A energia é boa, é a mesma. Eu gosto de qualidade de vida, procuro fazer as coisas com amor e gosto de sol e de praia, e a Redley gosta disso também”, fala Carlos Burle. A talentosa cantora Kynnie Williams, que ganhou notoriedade depois de participar do programa de TV The Voice Brasil, esteve no happy hour e acompanhou a palestra do surfista. “A Redley tem a ver com meu estilo. Os tênis da Redley são clássicos, hiper confortáveis e estilosos. Amo essa T-shirt que o Burle está usando com o nome da Redley, que faz uma referência à marca nos anos 80 e tenho uma igual. Estou sempre com ela. Combina com tudo. A marca é apaixonante!”, fala Kynnie. Ela adorou a palestra ministrada por Carlos Burle. “Estou começando uma carreira e ver que ele construiu um caminho e conquistar tudo o que conquistou, me motiva muito. A história dele é inspiradora. Fico muito feliz da Redley trazê-lo e se preocupar em semear cultura”, afirma Kynnie.

Carla e Augusto Teixeira receberam o surfista Carlos Burle no happy hour de lançamento da nova coleção

Shopping Plaza Macaé, Lojas 231/232 - Macaé/RJ Tel.: (22) 2757-5796 facebook/Redley Plaza Macaé instagram@redleyplazamacae • 29


PESSOAS & NEGÓCIOS

A linha de produtos saudáveis é grande e inclui marcas como as massas da família Gagliasso e os produtos da fazenda Vale das Palmeiras (do Marcos Palmeiras)

Lila acredita que o Empório também contribui para que os clientes usem a informação a favor da nutrição saudável

EMPÓRIO NUTRIÇÃO E SAÚDE

As propriedades nutricionais são mantidas nos congelados da Sônia

Loja de alimentos saudáveis oferece diversidade de produtos para todos os gostos e públicos

E

nquanto atendia seus pacientes no consultório, a endocrinologista e nutróloga Elizângela Araújo Terra Valente, mais conhecida como Lila, ouvia das pessoas reclamações sobre como era difícil encontrar, em Macaé, determinados alimentos como os indicados para quem segue dieta ou possui restrição alimentar. Nessas circunstâncias, a médica foi imaginando como seria criar local que suprisse essa necessidade e fosse referência para alimentação saudável. Assim surgiu o Empório Nutrição e Saúde, em março deste ano, uma loja de produtos naturais, orgânicos, integrais, para quem gosta de se alimentar de forma equilibrada e saudável. O perfil dos clientes interessados nas mercadorias é diverso e composto por pessoas que malham, diabéticos, hipertensos, gente com restrição alimentar ou que precisa emagrecer, entre outros. “Queremos que as pessoas se sintam acolhidas aqui, que entendam o objetivo de cada alimento e como aproveitar o que cada um tem de melhor”, diz Lila. Ela fala sobre a importância de usar a informação a favor da nutrição usando o exemplo do arroz basmati. “O arroz bas-

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Por: Leila Pinho• Fotos: Alle Tavares

mati tem alto poder de saciação e baixo índice glicêmico”, afirma Lila. A empresária explica ser muito comum as pessoas desconhecerem vários aspectos dos alimentos saudáveis e por isso, precisam de orientação para levar pra casa aquilo que realmente faz bem para cada um. O Empório está apostando em diversidade para atender aos variados públicos da alimentação saudável. Algumas marcas raras de encontrar em Macaé e região são vendidas no comércio, como produtos orgânicos da Fazenda Vale das Palmeiras (do ator Marcos Palmeiras) e massas da Família Gagliasso (do ator Bruno Gagliasso). Outro destaque vai para os congelados da Sônia, que não utilizam conservantes, têm linhas funcionais, light, pra controle de colesterol, etc. A forma de congelamento dessas refeições é super rápida e não rompe as células dos alimentos. Por isso, são mantidas as características organolépticas que são a textura, a aparência normal e, principalmente, as propriedades nutritivas. “Os congelados da Sônia são testados por nutricionistas e feitos, na grande maioria, com óleo de girassol. No descongelamento, dá pra perceber que as características do alimento foram preservadas”, explica Lila.

O Empório conta com vários produtos para a alimentação infantil

Uma das novidades da loja é a linha do Empório da Papinha, que são alimentos infantis orgânicos congelados como sopas e papinhas de frutas que alimentam crianças a partir do 4º mês de vida. Nessas mercadorias não há adição de conservante, corante ou estabilizante e os alimentos são ultra congelados para não perderem o sabor, tampouco as propriedades nutritivas. Lila ressalta que há diversos produtos saudáveis para as crianças, como salgadinhos orgânicos, biscoitos salgados, cookies, brownie, geleia, doces, entre outros. O público da academia também tem lugar cativo no comércio e encontra suplementos alimentares como o Bio Whey Protein, Bio Casein, colágeno hidrolisado, isocrisp, etc. Além da venda de alimentos, o Empório Nutrição e Saúde também conta com um espaço para lanches rápidos como tapioca, salgados integrais, cafés convencionais e orgânicos, e outras delícias da linha fitness. A proprietária da Empório Nutrição e Saúde destaca que está sempre atenta às novidades do mercado e ouve com atenção os pedidos dos clientes. “Na medida do possível, a gente tenta atender os anseios do consumidor e sempre contatamos fornecedores que possam ampliar a nossa linha de mercadorias”, finaliza Lila. Rua Prefeito Moreira Neto, 127 Centro - Macaé/RJ Tel.: (22) 2772-6617 facebook.com/ Empório-Nutrição-e-Saúde

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PESSOAS & NEGÓCIOS

Para Alessandra, o apoio do marido Marcelo foi fundamental para a realização do sonho

A modelagem e as estampas das roupas atraem a atenção de Magnólia

VÓGA

Jussara valoriza a qualidade das peças vendidas na Vóga

A nova loja multimarcas da mulher moderna que é pura elegância e sofisticação

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loja de roupas e acessórios femininos Vóga abriu suas portas em agosto deste ano, no Centro de Macaé, para mostrar que elegância e sofisticação têm novo endereço. À frente do negócio está a empresária Alessandra Guimarães. A carioca atuou por mais de 10 anos na indústria de petróleo e gás e, em Macaé, foi a primeira mulher a ser gerente de base da Bacia de Campos. Na adolescência, teve o seu primeiro contato com a moda como modelo. Ela fazia desfiles e já foi até miss da zona oeste do Rio de Janeiro. “Sempre gostei muito de moda e era um sonho antigo ter uma loja”, conta Alessandra. Para abrir a Vóga, ela contou com o apoio do marido Marcelo Paes Guimarães, com quem é casada há 9 anos. O casal de amigos Julio César Lemos e Maria Luiza, proprietários da Colcci Macaé, também deram aquele apoio para Alessandra. “Eles me ajudaram a encontrar esse ponto e sempre me deram dicas. Considero eles como meus padrinhos”, fala a empresária. A loja é uma multimarcas totalmente voltada para a mulher moderna e ao mesmo tempo clássica, a partir de vinte e pou-

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Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

cos anos. Nas araras da loja tem roupas das marcas Morena Rosa, Maria Valentina, Zinco, Lança Perfume e Lez a Lez, além de biquínis, sapatos, bolsas, cintos e bijuterias. “A Vóga tem esse conceito de elegância e sofisticação e sempre pensamos na mulher que quer estar em voga, ou seja, atual e na moda”, fala Alessandra. O ambiente da Vóga foi projetado pensando no perfil das clientes. A loja tem ambiente climatizado, decoração moderna e clean, com projeto assinado pela arquiteta Monique Ferraz. Na parte da frente da loja, atrás dos manequins, há uma estrutura que deixa a parte interna da loja mais reservada. Esse detalhe deixa as clientes muito mais à vontade para conhecer as peças. “Oferecemos um atendimento exclusivo, deixamos a cliente completamente confortável na loja. Nosso objetivo é acolher as mulheres e ajudá-las, montando um look completo, falando sobre as tendências e orientando sobre as peças que caem melhor no corpo delas”, explica Alessandra. A empresária conta com duas vendedoras com experiência em atendimento a esse perfil de público e conhecimento sobre moda. Além disso, Alessandra faz questão de estar presente no comércio todos os dias como forma

O conhecimento das vendedoras sobre as marcas é um dos pontos fortes do atendimento

de conhecer melhor as clientes e garantir sempre atendimento de qualidade. O atendimento é um dos pontos fortes da Vóga, afirmam as consumidoras da loja. “As vendedoras conhecem as marcas e os modelos. Elas sabem o que vai ficar bom na gente”, afirma a empresária Jussara Célem, de 51 anos. Jussara gosta de moda e busca acompanhar as tendências para andar sempre atual e bem vestida. Para o trabalho, ela busca sempre se vestir de forma mais discreta, mas sem perder a elegância. “Gosto também das marcas, são conhecidas e as peças de excelente qualidade”, afirma Jussara. Na opinião da administradora Magnólia Vieira, as roupas das marcas vendidas na Vóga são modernas e sofisticadas e casam bem com o estilo de vida dela. “Gosto porque são confortáveis, modelam o corpo e tem cada estampa linda. No dia da inauguração da loja comprei um vestido com a parte de cima off-white, com um decote lindo”, conta Magnólia. Para quem gosta de exclusividade, Alessandra esclarece que para cada peça das cinco marcas vendidas, a loja recebe apenas uma de cada tamanho. Rua Silva Jardim, 77 Centro - Macaé/RJ Tel: (22) 2772-0561 facebook/vogamacae

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Além de atender em Macaé aos sábados, Pedro também atua na Marinha do Brasil em Itacuruçá. Na foto, com sua filha e a esposa Tainara, que também cursa odontologia

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A equipe do cirurgião Pedro Mattos é formada pela irmã Carina, estudante de odontologia na UFF e a mãe Tânia

PEDRO MATTOS DE CARVALHO

Cirurgia ortognática busca o equilíbrio anatômico da face

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acaé ainda convive com a fama de ser uma cidade pequena, apesar de já oferecer produtos e serviços dignos das grandes capitais. No que se refere à área da saúde, a surpresa é ainda maior. Atualmente, o município já conta com atendimento de qualidade em inúmeras especialidades e realiza grandes cirurgias. É o caso da cirurgia ortognática, que já é realizada na cidade pelo especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Pedro Henrique Mattos de Carvalho e sua equipe. Segundo Pedro, a principal indicação da cirurgia ortognática é funcional. Isso porque ela é destinada à solução de problemas na maxila ou mandíbula, auxiliando em casos de ronco, apneia, transtorno articular e encaixe dos dentes. “Apesar do apelo estético, a principal finalidade é a parte funcional, que é modificada de maneira absurda. Primeiro, porque o que dá o equilíbrio a toda parte do sistema estomatognático é a oclusão, o encaixe dos dentes, que em alguns pacientes não existe ou acontece de maneira errônea, ocasionando transtornos articulares. Rotineiramente, os pacientes têm queixa de dor de cabeça, dor de ouvido, cansa34 •

Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares

ço, já que precisam fazer força para selar o lábio em um momento em que estariam relaxados”, explica. Era o caso de Jocimar Vasconcelos da Silva, que se queixava de dor de cabeça constante e dor de ouvido. Ele conta que, desde criança, sentia dores e mesmo tomando remédio nunca via melhora. Já adulto, Jocimar conseguiu um diagnóstico para as dores que sentia a vida inteira, mas precisava ir ao Rio de Janeiro para fazer o tratamento e, futuramente, a cirurgia. Foi quando conheceu Pedro, em Macaé e acabou sendo operado por ele na cidade, há cerca de um ano. De acordo com Pedro, o maior problema da cirurgia ortognática é a dieta. O paciente precisa ficar de 30 a 45 dias após a intervenção em dieta líquida e pastosa e, depois, de quatro a seis meses de dieta branda. Para Jocimar, essa foi uma das maiores dificuldades. Ele perdeu 12 quilos em apenas uma semana e hoje, depois de todo o sacrifício, está livre das dores. “Essa é uma cirurgia, de certa maneira, contemporânea, com o nível que se consegue ter hoje de controle de edema e da fixação funcionalmente estável. Hoje, a placa e parafuso utilizados permitem uma melhor fixação, a evolução é muito grande. Depois da recuperação cirúrgica, Jocimar está sendo tratado pela ortodontista Keyla Poubel, para sua recuperação total”, comenta Pedro.

Jocimar resgatou sua qualidade de vida e autoestima através da cirurgia ortognática

Natural de Macaé, Pedro fez faculdade fora da cidade e residência no hospital geral de Bonsucesso. Ao final do processo, foi convidado a integrar a equipe de professores da universidade. Depois de formado e já de volta à cidade, foi trabalhar no Hospital São Lucas, onde é responsável pelo setor de Bucomaxilo. Atualmente, também é atuante no mesmo setor na Unimed e em um ambulatório do Serviço Único de Saúde (SUS) no São João Batista, além de trabalhar na Marinha, atuando em Itacuruçá. Na família, a odontologia está no sangue. O pai, Jaime Cesar de Carvalho, também era dentista, além de ser delegado do serviço militar. A irmã, Carina Mattos de Carvalho, também cursa odontologia na UFF, em Niterói. “Eu trilhei o mesmo caminho, sob orientação, o que foi muito mais fácil. No início, eu fiquei um pouco reticente do que ia fazer, mas aos poucos as coisas foram acontecendo”, destaca. Pedro é pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, mestrando em Clínica Odontológica (Patologia Oral-UFRJ) e atua nas áreas de cirurgia oral, cirurgia ortognática, cirurgia de ATM, reconstruções para implantodontia, patologia maxilofacial, traumatologia e reconstruções faciais.

Rua Dr. Luis Belegard, 140 - Sala 104 - Centro - Macaé/RJ Tel.: (22) 99911-8287 / (21) 99135-8993 carvalho.ctbmf@gmail.com

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PESSOAS & NEGÓCIOS

A loja Saltare fica anexa à Âmbar, nos Cavaleiros, e é uma ótima opção na orla para as pessoas que praticam esporte conhecerem as novidades da moda fitness

SALTARE

Érica Mendes está à frente do negócio e mesmo grávida usa as roupas da Saltare no seu dia a dia

Mais que moda fitness, preocupação com o conforto e a beleza

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estir uma roupa apenas para ir à academia ou praticar algum exercício físico é coisa do passado. A busca pela saúde e pela beleza, cada vez mais em ascensão, já reflete uma mudança de comportamento no consumidor - que se traduz no vestuário - sobretudo das mulheres, que aproveitam o look para enfrentar outros compromissos do dia a dia. E é justamente com esse diferencial que a Saltare chega ao mercado de Macaé. Com o slogan “Você bonita sempre”, a ideia é oferecer às clientes mais que moda fitness, mas sim peças que atendam às necessidades do cotidiano, aliadas ao conforto e à beleza. De acordo com a proprietária Érica Mendes, a Saltare atende o perfil de uma mulher contemporânea, que é ocupada com a rotina diária, mas gosta de estar sempre bonita e bem vestida para qualquer ocasião. “Ou seja, mulheres dinâmicas com compromissos pessoais, profissionais e domésticos, que querem otimizar seu tempo. A mesma roupa que elas usam para malhar, cai bem para resolver ou-

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Por: Cris Rosa• Fotos: Alle Tavares

tras demandas da sua rotina diária, com uma boa apresentação e aparência”, destaca a empresária. A seleção das peças é feita pela própria Érica, com base no perfil das clientes. Com diferencial na modelagem, design e qualidade superior, as peças da Saltare se destacam também pelo acabamento e por estarem alinhadas com o que é tendência na moda nacional através de coleções lançadas, periodicamente, com temas específicos. Com o mercado fitness aquecido no país, a Saltare se preocupa em oferecer peças que valorizem a silhueta e deixem a mulher sempre arrumada. “São peças não só bonitas, mas com uma qualidade diferenciada. Apesar de ser moda fitness, não atende somente aquelas mulheres que estão indo malhar, correr ou praticar alguma atividade física. É uma moda atual, com estampas modernas e, o mais importante, multifuncional”, observa. Aline Corga é cliente fiel da Saltare e considera a loja um espaço excelente para quem busca produtos de qualidade. “A Saltare trabalha com marcas de excelente qualidade, com estamparias modernas e peças para todos os esti-

Aline aproveita os intervalos entre as suas aulas e da filha para conferir as novidades nas araras da loja

los e gostos, da dança ao fitness, para mães e filhas. Tudo em um só lugar”, aponta Aline. Localizada na Avenida Atlântica, anexa à Âmbar, em frente a Praia dos Cavaleiros, a loja Saltare se destaca ainda pela decoração contemporânea e equipe preparada para montar um look especial para as clientes. O horário de funcionamento também é um diferencial: das 8h às 22h.

Av. Atlântica, 2.828 - Anexa à Âmbar - Cavaleiros Macaé/RJ - Tel.: (22) 2763-7168 facebook/saltarefitness

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GASTRONOMIA

Os fundadores do clube celebram sua quarta edição. Da esquerda para a direita, Yuri e Elias Golosov, Didier, Luiz Carlos Durão, Nigel Massiah, Eduardo e Edson Zukeran, Yuri Matos, Eric Cure e João Miguel Sá

CLUBE DO VINHO DE MACAÉ

Grupo de amigos lança confraria para apreciar uma das bebidas mais antigas do mundo

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om sabores que variam entre equilibrado, frutado, marcante, encorpado; e aromas de cereja, ameixa, café, chocolate, frutas vermelhas, baunilha, entre outras infinitas características, o vinho tem despertado cada vez mais o interesse de brasileiros que buscam entender o universo de uma das bebidas mais antigas do mundo. Na contramão do baixo crescimento econômico, o consumo de vinhos e demais derivados da uva registraram um crescimento de 4,6% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Fazendo coro junto a estes consumidores, está um grupo de amigos que se reuniu para fundar o Clube do Vinho de Macaé, que tem como objetivo principal fortalecer a cultura sobre a bebida por meio de degustações conjuntas. 38 •

Por: Alice Cordeiro • Fotos: Gianini Coelho

“O clube nasceu quando percebemos que tínhamos em comum o gosto pelo vinho. Degustávamos cada um, separadamente, e vimos que seria mais interessante se fizéssemos isso em grupo. Ao perceber que a cidade não oferecia locais onde pudéssemos nos reunir em torno da bebida para apreciá-la e conhecer um pouco mais da sua história, optamos por fundá-lo”, conta o empresário Elias Golosov Júnior. Em sua quarta edição, a confraria foi fundada pelos amigos Luiz Carlos Durão, Elias Golosov Júnior, Yuri Golosov, Edson e Eduardo Zukeran, Didier Chasco, Nigel Massiah, Eric Golosov e João Miguel Sá, e, hoje, já conta com outros sete integrantes que se reúnem mensalmente. A seriedade do grupo é tão grande que está prestes a ganhar um estatuto que estipula suas regras, entre elas, a participação apenas de homens. Para entrar neste seleto clube, é

Os vinhos são harmonizados com pratos diferenciados, preparados por algum chef convidado

necessário ser convidado. O convite só acontece quando todos os confrades aceitam o novo integrante. “Buscamos trazer pessoas que possam agregar ao grupo, que tenham conhecimento e interesse pelo vinho. Não fazemos um convite apenas porque a pessoa é nossa amiga, mas sim por saber que ela vai acrescentar e beneficiar todo o grupo”, explica o diretor comercial Nigel Massiah, de 49 anos, que convidou seu irmão Bernardo Massiah. “Esta é minha primeira participação. Sou um grande apreciador do vinho. Busco um conhecimento técnico mais avançado e acredito que encontrarei aqui”, conta, com empolgação, o industriário Bernardo Massiah, de 48 anos. www.divercidades.com


das garrafas acontece durante o mês que antecede os encontros. Os demais integrantes só saberão o que será servido no momento do evento, quando abro a garrafa e faço uma explanação sobre a história e características do rótulo. Depois disso, iniciamos a degustação”, detalha o sommelier. NIVELAMENTO Por ser um grupo diverso, com homens de idades e culturas variadas, as primeiras reuniões serviram para nivelar o conhecimento dos confrades. De acordo com João Miguel Sá, as próximas serão voltadas ao conhecimento mais detalhado, apurando o sentido dos participantes para que possam entender o que estão bebendo. “Depois disso, faremos degustações temáticas, explorando em cada reunião um país específico”, acrescenta.

Um dos fundadores do clube, o sommelier João Miguel Sá faz a seleção e explicação dos rótulos

O tão sonhado conhecimento técnico é garantido por João Miguel Sá que, por ser sommellier, ganhou o cargo de presidente do clube. “Fico responsável pela seleção dos rótulos e pela harmonização com a comida que será servida. A seleção

Com 30 anos, o neurologista Eric Golosov Cure, conta que até os 27 anos, não consumia bebidas alcoólicas. “Nessa época, fui ao Chile com meus pais e minha irmã e fizemos um passeio em uma vinícola. Lá, provei pela primeira vez e fiquei fascinado pelos diferentes sabores do vinho. Não é como outras bebidas que, muitas vezes, servem para nos deixar bêbados. O vinho é algo mais profundo que pode ter inúmeros aromas e sabores, dependendo de quem o

O CLUBE NASCEU QUANDO PERCEBEMOS QUE TÍNHAMOS EM COMUM O GOSTO PELO VINHO. DEGUSTÁVAMOS CADA UM, SEPARADAMENTE E VIMOS QUE SERIA MAIS INTERESSANTE, SE FIZÉSSEMOS ISSO EM GRUPO”

ELIAS GOLOSOV JÚNIOR

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Com novos confrades, o grupo espera ampliar seu conhecimento pelo universo dos vinhos. Para o futuro, pretendem organizar festivais e trazer sommeliers renomados para a cidade

aprecia”, conta o médico, ressaltando o quão incrível é a descoberta de um aroma, um sabor ou uma nota. O mais novo integrante do grupo Yuri Golosov, de 25 anos, é filho de Elias Júnior e herdou do pai o gosto pelos vinhos. “Aos 21 anos, bebi minha primeira taça e, desde então, me interesso por esse universo que estimula nossas amizades, nosso paladar e acaba despertando nosso interesse pela gastronomia”, conta. PREÇO NÃO É SINÔNIMO DE QUALIDADE O engenheiro Luiz Carlos Durão, de 34 anos, também está envolvido com o universo do vinho há pouco tempo, aproximadamente cinco anos. Segundo ele, nessa época escolhia o vinho pelo preço. “Comecei com vinhos de R$20, R$30. Com o tempo e o conhecimento, deixei de selecioná-los pelo preço e passei a analisar os rótulos”, lembra, acrescentando que nem sempre o preço está atrelado à qualidade do produto. Os irmãos Edson e Eduardo Zukeran concordam com Luiz Carlos, acrescentando que já saborearam rótulos mais caros que outros e preferiram os mais baratos. Donos de adegas que contêm, 40 •

aproximadamente 70 e 130 rótulos, respectivamente, os irmãos concordam que o diferencial da bebida é o fato dela nunca ser a mesma. “O vinho sempre será diferente. Nunca será igual para duas pessoas que estejam saboreando o mesmo rótulo e, com o tempo, sofre variações. Assim, uma garrafa que abri hoje, pode ter sabores e texturas diferentes daqui há dois anos, por exemplo”, detalha o executivo Edson Zukeran. Intrigado com a variedade de sabores que um mesmo vinho pode ter, Eduardo passou a comprar vinhos de guarda. “A maioria dos vinhos são para consumo imediato, se passar muito tempo acabam virando vinagre. Já os vinhos de guarda têm grande potencial de envelhecimento, ficando melhores com o tempo. Com a gravidez da minha esposa, adotei o hábito de comprar estes tipos de vinho que serão degustados em ocasiões especiais, como o aniversário de 15 anos de minha filha, sua formatura e casamento. Isso, certamente, dará um sabor ainda mais especial ao vinho, pois ele foi guardado por tanto tempo para celebrar aquela ocasião”, explica o cardiologista. Bom entendedor de vinhos, o francês Didier Chasco, que está há nove anos

no Brasil, acredita que o clube ampliará seu conhecimento por vinhos de outras localidades. “Por nascer próximo a uma região vinícola, sempre consumi vinhos. Aqui, espero ampliar o conhecimento por vinhos da América Latina e acredito que isso será possível graças ao João que nos explicará sobre safras e uvas. Além disso, o clube nos proporciona momentos agradáveis”, conta o francês. Em sua primeira participação, Glauco Lopes parabeniza a inciativa do Clube do Vinho, pois, além de estudarem uma bebida saudável, os encontros promovem a integração das pessoas. “O vinho entrou em minha vida através do meu pai, que passou essa cultura para seus filhos. Aqui, podemos observar que ocorre o mesmo, pais e filhos, irmãos e amigos confraternizando em torno de uma bebida tão saudável”, aponta. BOA COMIDA E TAÇAS CHEIAS, MAS NÃO É UMA FESTA Para que a degustação seja feita por todos, geralmente é servida uma garrafa por integrante, sendo que cada um saboreia uma taça de cada rótulo. Além disso, como o vinho está diretamente atrelado a uma boa comida, o grupo contrata um chef por evento. Desta vez, eles aprenderam como preparar um www.divercidades.com


Apesar de ser restrito aos homens, a quarta edição da confraria foi destinada às esposas, que aprovaram a fundação do clube

bom churrasco com um consultor uruguaio, que serviu a picanha Black Angus, feita com carne de Angus negros criados soltos, o que garante mais sabor ao corte. Munidos de taças cheias, os participantes desmitificam a ideia de que o evento é uma festa. Para tranquilizar as esposas, que ficam em casa toda primeira terça-feira do mês, a quarta reunião do grupo foi dedicada a elas, que puderam participar e conhecer um pouco mais sobre o Clube do Vinho de Macaé. “Nossas reuniões são restritas à mesa, quando o sommelier abre a garrafa e explica seus sabores e notas. As trouxemos neste encontro para que elas possam ver que não é nada demais. Apenas um grupo de amigos envolvidos com o estudo do vinho”, reforça Nigel Massiah. “Além disso, fazemos com que elas também se interessem por esse universo para que possamos apreciar a bebida juntos”, acrescenta Luiz Carlos Durão. Casada com Eduardo Zukeran, a médica Marcela Zukeran, de 29 anos, apoia a formação do grupo. “O clube aproximou os componentes, virando um momento de confraternização. Além disso, é uma forma de se aprofundarem num universo em comum. Os encontros ocorrem cedo e têm como regra acabar até a meia-noite, o que nos tranquiliza. Além disso, restringem o consumo da bebida para aquele momento”, aprova a médica e também admiradora de vinhos, dando uma explicação mais detalhada sobre os vinhos de guarda comprados pelo seu marido. “Certamente, irei saborear cada garrafa com ele.” PRÓXIMOS PASSOS Mais do que se limitar ao grupo, o Clube do Vinho de Macaé tem como objetivo levar o conhecimento a outras pessoas, despertando o interesse da sociedade macaense. “Quando estivermos estruturados, iremos ter uma sede própria para que possamos tem um maior número de componentes, que deve chegar, no máximo, a 30 pessoas. Depois disso, pretendemos fazer eventos, trazendo sommeliers renomados, realizando festivais, e ministrar cursos. Tudo isso, destinado a pessoas que querem mais do que beber vinho, mas entender a bebida. Para isso, já estamos criando uma logomarca, lançaremos um site e teremos taças personalizadas”, conclui Luiz Carlos Durão. • 41


Luis Eduardo

MATÉRIA DE CAPA

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TREKKING, A NATUREZA AOS NOSSOS PÉS

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Praticantes do esporte descobrem nas caminhadas ecológicas as belezas naturais de Macaé e região Por: Júnior Costa • Fotos: Trilhar Aventuras / Ponto de Aventura

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omingo, cinco da manhã. Hora de acordar, arrumar a mochila, calçar um tênis confortável, vestir uma roupa leve e encarar uma trilha de 6km. Dentro da mochila roupa seca, barras de cereais, frutas, água, protetor solar, repelente, boné e câmera fotográfica.

Essa é a rotina dos amantes do trekking, uma modalidade esportiva e recreativa que vem atraindo cada vez mais adeptos em Macaé. No roteiro, trilhas por áreas descampadas, matas, riachos e picos. Alguns deles, inclusive, pontos turísticos da cidade e também da região. O contato com a natureza é o maior atrativo para os praticantes do esporte. Basta iniciar uma conversa com um deles, para logo ficar tentado a participar de uma aventura. Por isso, a revista DiverCidades saiu da sala com ar-condicionado, calçou o tênis, caiu da cama às cinco da madrugada e vivenciou um pouco desta experiência única, para dividir com seus leitores.

Na trilha da Pedra da Roncadeira, o grupo Trilhar Aventuras foi presenteado com o deslumbrante visual da serra macaense com a represa de Conceição de Macabu ao fundo

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COMECEI NO ESPORTE, HÁ DEZ ANOS, POR QUERER TER CONTATO COM A NATUREZA E ME APROXIMAR MAIS DELA. NOS ENCONTRAMOS TODOS OS FINS DE SEMANA E NOS FERIADOS PARA ATIVIDADES COMO TRILHAS, TREKKING E OUTRAS AVENTURAS...” ERIK JOHANSSON 44 •

Júnior Costa

Fábio Santos

A trilha do Arranchadouro, entre o Frade e o Sana é uma das opções feitas pelo grupo Ponto da Aventura

Erik Johansson (na frente), é o fundador do Ponto da Aventura e pratica o trekking há 10 anos

O destino, Arranchadouro, uma trilha de 6,11km, na localidade entre o Frade e o Sana, dois dos principais distritos da região serrana de Macaé. Foram 20 participantes guiados por Erik Johansson, fundador do grupo Ponto da Aventura. No caminho, o primeiro desafio, passar no meio de um pasto e por um grupo de vacas com cara de poucos amigos. Um peão precisou intervir e tocar parte do rebanho do caminho. Daí para frente, foi emoção e adrenalina. Esquivar de espinhos, pular nascentes, desviar de árvores e troncos caídos, se embrenhando na mata. Mas, a

primeira parada recompensou a metade do percurso. Uma pequena cachoeira, entre pedras e matas, de água cristalina. “Pessoal, aproveitem. Descansem, lanchem e tomem banho à vontade. Temos meia hora para aproveitar essa primeira parada. Depois disso, vamos seguir por dentro do rio até a próxima cachoeira”, avisa o nosso guia. Hora de voltar a caminhar. Dentro d’água, passando por pedras, galhos, espinhos e pedras escorregadias. Tombos e risadas foram inevitáveis. Escorregar por enormes pedras também fazia parte do pacote. A trilha sonora foi o baruwww.divercidades.com


Júnior Costa

Na modalidade watertrekking, os participantes atravessam trilhas na mata e passam por pedras em córregos e cachoeiras

lho da água e os pássaros cantando. Coube ao sol o desenho entre as árvores apontando o caminho a seguir. Uma hora depois, já estávamos na cabeceira da cachoeira com correnteza forte e convidativa. Achar a forma de descer entre a mata e não escorregar foi o maior desafio. De longe, parecíamos um bando de calangos ao sol se bronzeando, mas de perto, os mais corajosos viram a força da água e temperatura de fazer arrepiar antes mesmo de ter a pele molhada. O repórter, bem, esse preferiu registrar e admirar a coragem dos poucos que se atreveram a subir entre as pedras e sentar sob a queda d’água. “Comecei no esporte, há dez anos, por querer ter contato com a natureza e me aproximar ainda mais dela. Nos encontramos todos os fins de semana e nos feriados para atividades como trilhas, caminhadas, trekking e outras aventuras como slackline, andar de patins e skate”, explica Erik. • 45


Fábio Santos

Na trilha do Peito do Pombo, no Sana, os praticantes saem de madrugada para ver o sol nascer da pedra

MINHA PRIMEIRA TRILHA FOI PARA A CACHOEIRA DA ANDORINHA, NO SANA. NÃO ACREDITAVA MUITO QUANDO FALAVAM DO QUE VIAM LÁ. NÃO DÁ PARA EXPLICAR ESSA SENSAÇÃO, REALMENTE. É PRECISO IR ATÉ LÁ E VER DE PERTO” PEDRO MATHEUS FREITAS 46 •

Trekking é uma palavra de origem sul-africana e quer dizer caminhar junto aos trilhos. O conceito, no entanto, nos dias atuais, vai muito além do significado da palavra. A história acima, inclusive, deixa isso muito claro. Os encontros da turma do ‘Ponto de Aventura’ são organizados com antecedência, com calendário fechado e trilhas definidas com meses de antecedência.

Pombo, nós não conseguimos concluir a trilha. Isso aconteceu porque uma pessoa passou muito mal e voltamos. Ela era experiente e tinha ótimo condicionamento físico, mas comeu um bolinho de bacalhau e não conseguiu terminar a trilha. Tivemos que improvisar uma maca e trazê-la de volta. Nesse período todo, foi o único momento difícil pelo qual passamos”, relembra.

Além de ter história para contar, os participantes garantem fotos incríveis. Dez anos após começar sozinho, Erik disse que a motivação em continuar vem do crescimento do grupo e do contato constante com a natureza. Por isso, ele faz questão de compartilhar experiências com outras pessoas e tentar atrair novos adeptos. Porque, segundo ele, não há contraindicação.

Praticar o trekking em grupo é fundamental por situações como essas, segundo Erik. Em momento de dificuldade, lesão ou acidentes, estar em grupo faz a diferença. O discurso foi adotado depois de fazer uma trilha sozinho e à noite.

“O que me motiva é o contato com a natureza que é indescritível. Atualmente, o que tem motivado a propor atividades e trilhas diferentes é o crescimento do grupo. Ver pessoas se motivando, criando corrente, trazendo novos adeptos. Juntos, vamos planejando novos destinos”, comenta o guia. Em dez anos de experiência, o que não falta para Erik são histórias para contar. Sustos, no entanto, também fazem parte da memória do guia. “Uma vez, na subida para o Pico do Peito do

“Pouco antes de ter a ideia de criar o grupo, no início deste ano, subi o Pico do Peito do Pombo. Foi uma noite de lua cheia, cheguei ao topo por volta das quatro da manhã e vi o nascer do sol lá de cima. Foi um momento único, espetacular. Encarei o desafio de fazer a trilha sozinho, mas isso não deve ser feito”, alerta. A sensação de ver o nascer da manhã ou de testemunhar o surgimento da lua cheia fez com que Pedro Matheus Freitas, de 19 anos, entrasse para o grupo. Ele é o caçula da turma, fez apenas quatro passeios, mas foi o suficiente para se encantar e garantir que www.divercidades.com


Selfie Duan Siqueira

po é bom e sempre nos motivamos. Me sinto muito bem fazendo trekking porque saio de casa, conheço pessoas novas e ainda pratico atividdade física”, comenta Pedro. Essa sensação de liberdade e o contato direto com a natureza é o que liga os aventureiros de diversos grupos. As diversas histórias para contar ficam cravadas na memória. Quando isso é documentado então. Basta uma folheada no arquivo de 1989, para várias histórias surgirem e gargalhadas acontecerem.

Joanna faz medicina pela Uerj, no Rio de Janeiro, e tem rotina intensa de estudos

A cachoeira da Andorinha, no Sana, encanta seus visitantes. A caminhada é longa, mas compensa

não vai mais parar. Pedro disse que se soubesse como é bom ter contato com a natureza e ver de perto um amanhecer já teria iniciado a atividade há muito mais tempo. “Comecei para ter contato com a

natureza, assim como todos nós, creio. Minha primeira trilha foi para a Cachoeira da Andorinha, no Sana. Não acreditava muito quando falavam do que viam lá. Não dá para explicar essa sensação, realmente. É preciso ir até lá e ver de perto. A caminhada é longa, mas o gru-

É assim com Léo, Magoo e Caoca. Ou Leonardo Ramos, Carlos Magno e Luis Eduardo, como foram batizados e registrados. Porém, os nomes formais não são conhecidos pelas trilhas do Rio. Léo e Magoo são amigos desde a infância e Caoca surgiu ao longo da vida. São parceiros de trilha desde 1989, quando tiveram a ideia de criar o ‘Trilhar Aventuras’, grupo que já chegou a ter mais de 200 integrantes. Hoje, o Trilhar Aventuras está se reorganizando e possui 60 integrantes em atividade. Além de fazer os picos e trilhas mais conhecidas na cidade, também organiza passeios pela região, por todo o país e até para o exterior. A Pedra Riscada, em Lumiar; a Serra

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Luis Eduardo

Luis Eduardo

Léo, Magoo, Paulo e Caoca fazem parte do Trilhar Aventuras, grupo que existe desde 1989 Carlos Magno

Algumas trilhas exigem mais preparo dos participantes, como a da Pedra Riscada, em Lumiar

APESAR DE JÁ SER CONHECIDA PELOS MORADORES DA REGIÃO, A TRILHA DA JANELA DO MAR FOI CONQUISTADA PELA GENTE COM MUITO TRABALHO E PACIÊNCIA. FORAM QUATRO TENTATIVAS PARA CHEGARMOS AO OBJETIVO FINAL” LUIS EDUARDO, “CAOCA” 48 •

A “Janela do Mar”. Uma queda d’água de 50 m forma um lago no alto da Serra da Peroba, onde pode-se avistar o litoral

de Ibitipoca, em Minas Gerais; e a Torre Del Paine, no Chile, são alguns dos destinos já trilhados pelo grupo. Mas, o que estes amantes da natureza gostam mesmo é de desbravar novos roteiros na serra macaense, como a “Janela do Mar”, nome criado pelo grupo para o lago formado por uma cachoeira de, aproximadamente 50m, localizada no alto da Serra da Peroba, que tem 600m de altura. Local registrado na foto do grupo que acabou ilustrando a capa desta edição. Segundo Caoca, em dias claros, a cachoeira pode ser avistada de alguns pontos de Macaé. Pela foto, a sensação

que se tem é de uma piscina de águas transparentes com fundo infinito, mas com uma vista privilegiada da Serra do Carijó, ao lado esquerdo, e do litoral macaense ao fundo. “Apesar de já ser conhecida pelos moradores da região, a trilha da Janela do Mar foi conquistada pelo grupo com muito trabalho e paciência. Foram quatro tentativas para chegarmos até o objetivo final. Batizamos o feito de ‘Operação Quati’, em homenagem ao nosso guia local, que tinha como apelido o nome do bicho”, comenta Caoca. Histórias engraçadas, de tirar o fôlego, são com eles mesmo. Foi só perwww.divercidades.com


Luis Eduardo

Todo esforço tem sua recompensa. O contato direto com a natureza encanta os participantes, como nesta pedra aquecida pelo sol, na trilha da Pedra da Roncadeira

guntar se eles se lembravam da primeira trilha feita juntos para começar a sessão de gargalhadas. Caoca foi logo se lembrando da primeira vez, após três tentativas frustradas, de subir o Morro São João, pico rochoso de 816 metros de altitude, considerado como um vulcão extinto, capaz de ser visto de Macaé, Rio das Ostras e Cabo Frio. “Tentamos três vezes e nada. Andamos muito nas três oportunidades e nunca conseguimos chegar até o pico, nem perto dele. Uma vez, fiquei sabendo de um grupo do Rio que iria subir. Ficamos esperando, vigiando quando começariam a trilha. De repente, aparecem uns caras de bermuda, chinelo de dedo e camisa regata. Não acreditávamos que iriam chegar ao local onde não conseguimos. No início da trilha, eles afastaram uma moita e atrás dela estava o caminho certo para o Morro São João. Rimos muito e ficamos bravos ao mesmo tempo, mas conseguimos finalmente chegar até o pico”, recorda Caoca. Léo e Magoo também guardam uma história em especial. Foi durante a madrugada, no topo do Pico do Peito do Pombo. Léo conta que foi acordado pelo amigo apreensivo. Tinha visto uma coisa estranha próximo ao acampamento, com dois olhos brilhantes. “Magoo estava tremendo, agitado. Apontou para uma moita perto da trilha e disse que tinha uma ave que brilhava no escuro. Logo imaginei ser uma brincadeira dele. Olhei para a moita e também vi. Me arrepiei na hora, pois lembramos do filme Predador, que estava em cartaz na época e ficamos a noite toda em claro, sem coragem de dormir. Pela manhã, tomamos coragem e fomos ver o que era. Quando chegamos perto, vimos que era um plástico colorido, agarrado na moita, sendo balançado pelo vento e refletindo a luz da lua cheia”, lembraram aos risos. Mas é Magoo quem tem um carinho especial pelo Pico do Peito do Pombo. Afinal, foi durante a trilha Cachoeiras do Sana, que ele conheceu a esposa Alba Valéria. Os dois • 49


Luis Eduardo Fábio Santos

O Pico do Frade é uma das maiores referências da região serrana de Macaé. Esta é a sua face vista da trilha da Pedra da Roncadeira

O Peito do Pombo é uma formação rochosa intrigante e que chama muito a atenção, mesmo à distância O grupo Trilhar Aventuras também organiza viagens pela região e por todo o Brasil, como a trilha da Pedra Riscada, em Lumiar

continuam caminhando e desbravando juntos as trilhas e a vida. “Conheci minha esposa durante a organização da trilha para o Peito do Pombo. Estamos juntos até hoje e ela continua fazendo trilha comigo”, lembra Magoo. PICOS MAIS CONHECIDOS PICO DO FRADE Com 1.429m é o maior pico do município e o mais concorrido entre os trilheiros. A beleza natural da pedra pode ser vista do litoral macaense e, no passado, foi referência para navegantes, segundo a história da cidade. O Pico do Frade fica a 56 km do Centro. O tempo de trilha para chegar até o ponto mais alto é de três a cinco horas e o nível de dificuldade é considerado alto, de acordo com os guias. 50 •

PICO DO PEITO DO POMBO Visto por alguns ângulos, o pico tem o formato de um pombo pousado sobre uma rocha. Possui 1.120m de altitude e fica no Sana. Para chegar ao local é preciso seguir trilhas entre mata fechada e rios. O tempo estimado de percurso é de três a seis horas de caminhada em ritmo moderado e o nível é considerado entre médio e difícil. PICO DA BICUDA GRANDE O tempo estimado para chegar ao topo é de três horas. O pico possui aproximadamente 1.200m de altitude e, segundo o guia Erik Johansson, o nível de dificuldade da trilha é moderado, de caminhada leve, sem muitos obstáculos. PICO DA BICUDA PEQUENA Possui pouco mais de 1.100m de altitude e tem como característica a subida em campo aberto, alguns pontos de mata e riachos. O tempo de trilha é de três horas e o nível é considerado difícil.

MORRO SÃO JOÃO Possui 816m de altitude. Do topo, podem ser vistos os municípios de Rio das Ostras, Cabo Frio e Búzios. São cerca de 2 horas e 45minutos de caminhada na Mata Atlântica nativa O nível de dificuldade é moderado. Muitos rios e água de nascente refrescam o calor da caminhada. As saídas, sob agendamento, costumam ser às 7h, a partir da Fazenda São João, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural. PEDRA DA RONCADEIRA Possui pouco mais de 1.300m de altura e tem como característica o barulho que o vento faz ao bater na pedra. Parece um ronco de uma pessoa dormindo. Como venta muito no local, os guias recomendam atenção redobrada durante a trilha, com duração de cinco horas. A caminhada leva em média 1 hora e 40minutos e o nível de dificuldade é moderado. www.divercidades.com


Luis Eduardo

CONHECI MINHA ESPOSA DURANTE A ORGANIZAÇÃO DA TRILHA DO PEITO DO POMBO. ESTAMOS JUNTOS ATÉ HOJE E ELA CONTINUA FAZENDO TRILHA COMIGO” A chegada ao cume é sempre festejada como mais uma conquista do grupo Trilhar Aventuras, como na Pedra da Roncadeira

CONTATOS Ponto da Aventura www.facebook.com/pontodaventura

CARLOS MAGNO “MAGOO”

Trilhar Aventuras www.facebook.com/trilharaventuras

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COMPORTAMENTO

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MÚSICA, UMA ETERNA PAIXÃO www.divercidades.com


Marco Cola

Na foto ao lado, Adryano Lustoza mostra a sua guitarra autografada pelo saudoso amigo Celso Blues Boy. Acima, com a sua banda Sanctuarium, comemora onze anos de estrada

Profissionais de sucesso, apaixonados pela música têm no hobby uma válvula de escape do estresse diário

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uase todo adolescente já sonhou, um dia, ser músico e ter uma banda. Reunir os amigos para ensaiar na garagem da casa dos pais. Seguir os passos dos ídolos seja cantando ou tocando um instrumento musical. Usou roupas personalizadas e se imaginou tocando para uma multidão de fãs. Mas nem sempre a vida acontece do jeito que se imagina, e as necessidades e os compromissos acabam adiando os sonhos e redirecionando o destino e os planos, com cursinho, faculdade e emprego. No entanto, existem pessoas que, mesmo com essa mudança inesperada, mantém a paixão pela música viva, tocando com sua banda numa atividade paralela, tocando na noite ou em eventos específicos. Bancários, empresários, advogados ou engenheiros. Não importa o rumo profissional escolhido ou o estilo musical preferido, uma coisa os liga: a pai-

Por: Júnior Costa • Fotos: Alle Tavares

xão pela música. Outra característica que aproxima os músicos é o inexplicável. Isso mesmo! Tente perguntar a um músico qual a sensação em tocar ou cantar mesmo depois de dez, 12 horas de trabalho. Não foi difícil descobrir estes personagens na cidade, cada um possui uma história peculiar com a música, mas todos são ligados por essa sensação de amor pela mistura de letra, acordes e melodias. ADRYANO LUSTOZA, EMPRESÁRIO Adryano Lustoza foi um dos tantos que foi seduzido pelas dedilhadas de uma guitarra, se apaixonou e decidiu ter uma banda. Os dias são divididos entre os compromissos do seu negócio, de vendas e serviços de impressoras, que garante o seu sustento e o som das seis cordas de aço, sobre o corpo escultural de madeira, sua inseparável guitarra.

A MÚSICA É IMPRESSIONANTE. ELA FEZ COM QUE MEU ÍDOLO SE TORNASSE MEU AMIGO. FIZEMOS DIVERSAS ABERTURAS DE SHOWS PARA O CELSO BLUES BOY. DEPOIS DE UM TEMPO, DIVIDIMOS O MESMO PALCO. NO CAMARIM, COMBINÁVAMOS AS MÚSICAS QUE TOCARÍAMOS.”

ADRYANO LUSTOZA “Todos os integrantes da nossa banda, com exceção do vocalista, possuem atividades principais. São executivos de multinacionais e têm na música a sua válvula de escape. Como todos nós, a vontade de ter uma banda e viver de música, surgiu na adolescência. Acabou que o destino não quis assim e seguimos nossos caminhos, cada um com uma faculdade, carreira e compromissos, mas tendo a música como hobby. Apenas viver de música que ficou em segundo plano”, conta Adryano. Até que o destino não foi tão cruel assim com o empresário e seus amigos. Mesmo com cada um exercendo atividades diferentes, os cinco amigos formaram a Sanctuarium. Já são três DVDs gravados, agenda de shows e reconhecimento do público em 11 anos de carreira. “Quem ouve a Sanctuarium tocar, está vendo um clássico com a nossa rou• 53


Arquivo Evandro Monteiro

Evandro (de blusa preta ao fundo), divide sua paixão pela música entre as aulas de guitarra e a participação em duas bandas. Ao lado, com a banda Back in Blues

NUNCA CONSEGUIREI SER UM VERDADEIRO BLUESMAN. TENHO CONSCIÊNCIA DISSO. PORQUE NUNCA VOU CONSEGUIR ABANDONAR MINHA ESSÊNCIA DE HEAVY METAL. MAS O BLUES É OUTRA PAIXÃO ADOTADA DESDE NOVO E ME FAZ MUITO BEM” EVANDRO MONTEIRO 54 •

pagem, com muito carinho no preparo das músicas e dos arranjos. O nome da banda faz jus ao que fazemos com o palco, nosso santuário”, revela Adryano. O primeiro contato com a música foi em um circo assistindo a um show de Celso Blues Boy. Ídolo que anos mais tarde se tornou amigo e parceiro nas apresentações em Macaé e pelo país, em encontros de moto clubes. “A música é impressionante. Ela fez com que meu ídolo se tornasse meu amigo. Fizemos diversas aberturas de shows para o Celso Blues Boy. Depois de um tempo, dividimos o mesmo palco. No camarim, combinávamos

as músicas que tocaríamos. Ele se foi cedo, mas está muito vivo para nós porque foi um dos maiores guitarristas do mundo. Dividimos o palco pela primeira vez em 2010 e tenho orgulho de ter minha principal guitarra assinada por ele. Música é meu coração. Se parar de tocar acho que meu coração para também”, lembra emocionado. EVANDRO MONTEIRO, FUNCIONÁRIO PÚBLICO Outro personagem que foi seduzido pelas cordas de aço foi Evandro Monteiro. Imagine um jovem de 20 anos, trabalhando em um emprego de verão, com o objetivo de comprar uma www.divercidades.com


guitarra, mesmo sem saber tocar. Evandro passou por isso e decidiu comprar o instrumento após ouvir solos de rock, na década de 1980. Na fase áurea do estilo musical, o jovem foi influenciado pelo som de AC/DC, Black Sabbath, Iron Maiden, Led Zeppelin, Van Halen e antecessoras, como o Creedence. “Quando ouvi o som de uma guitarra pela primeira vez, sabia o que faria. Comprei minha primeira guitarra com 20 anos. Minha mãe me ajudou a pagar as últimas prestações. Era muito vagabunda comparada aos instrumentos de hoje em dia, mas deu para fazer um som legal”, lembra Evandro, que se sente um menino quando fala de música. Aliás, o instrumento não saiu das mãos dele um segundo sequer durante a entrevista. Mas pudera, a primeira, ele sabe muito bem como teve que fazer contas para comprar. “Fui caixa em um restaurante de uma prima por três meses. Juntei dinheiro durante esse período, no verão, para conseguir comprar minha guitarra. O engraçado disso tudo é que não sabia tocar. Era tudo na adivinhação porque também não tínhamos internet e acesso às notas. Quem tinha MTV (canal de música e clipes), na época, ainda tinha noção. Por isso, corríamos para a casa dos amigos que tinham o canal para aprender”, relembra. Pouco mais de 30 anos se passaram e Evandro continua com a expressão do adolescente que comprou a guitarra aos 20. Basta falar de música e o sorriso estica o rosto. Conseguiu viver de música por um tempo. Passou por várias experiências e bandas. Fez amigos, aprendeu e ensinou. Atualmente, continua se dividindo entre as funções de bancário, na agência da Caixa Econômica, no centro de Macaé, dando aulas de guitarra, ensaios e shows com as bandas Back in Blues e Jack Soul Vinil. O estilo, assim como os cabelos, mudou. O heavy metal do início de carreira deu lugar ao blues. Bem, não é que deu lugar, mas Evandro adotou o novo estilo e com ele segue nas duas bandas. “Nunca conseguirei ser um verdadeiro bluesman, tenho consciência disso. Porque nunca vou conseguir abandonar minha essência de heavy metal. Mas o blues é outra paixão adotada desde novo e me faz muito bem”, revela o músico e professor. GUSTAVO GUSMÃO, ADVOGADO Outro que viveu da música por alguns anos foi o advogado Gustavo Gusmão. Foram dez anos dedicados exclusivamente à música. Shows, viagens, cachês e brigas fizeram parte da rotina do músico que começou a se envolver com o teclado aos 12 anos. A influência veio de dentro de casa. O avô era violonista e a música estava sempre por perto. A música continua no dia a dia, porém com o cunho social. Há três anos, está na procuradoria da Prefeitura de Macaé. Presta consultoria técnica na área de licitações, convênios e contratos. É dele a responsabilidade de montar pareceres técnicos sobre as mais diversas contratações de produtos e serviços feitos pelo município. São mais de oito horas por dia sobre pilhas de processos, leis e normas jurídicas. Expediente encerrado, ele re • 55


nova a energia com o teclado e o piano vertical que tem desde menino. “Nasci em uma casa muito musical. Meus pais não são músicos, mas meu avô era violonista. Minha casa sempre tinha festas regadas a muita música. Na adolescência, me envolvi com pessoas interessadas em música. Até a faculdade era um hobby, mas ganhava dinheiro. Fiz parte da banda Domínio e vivi exclusivamente de música por dez anos, depois de concluir a faculdade”, conta Gustavo. De ganha pão e fonte de renda, a música passou a ser hobby e motivo para promover ações sociais na igreja, onde Gustavo se converteu. “Sou cristão e tenho um projeto com outras pessoas. Tocamos para arrecadar fundos a serem aplicados em

projetos missionários sociais. Há um ano, criamos a banda Real Nova com o foco de captar recursos. Estamos na segunda tiragem de duas mil cópias e ajudamos dois projetos sociais em Macaé. Somos profissionais liberais ou funcionários públicos. Ninguém vive da música. É um dom que Deus nos deu que é aplicado em ações sociais”, explica. Gustavo garante ter a música entranhada em seu DNA. Mesmo após um dia intenso de trabalho, ele garante que não há motivos para não tocar, se debruçar sobre o teclado ou o piano de casa. “Tenho sempre prazer de tocar, independente do cansaço do dia a dia. O músico sempre vai criar a oportunidade para tocar, seja na hora do almoço ou fim de semana. Estou sempre envolvido com música. Isso é o que motiva a

Gustavo é tecladista da banda Real Nova, que tem o foco em angariar recursos para ações sociais da igreja Thiago Castro

TENHO SEMPRE PRAZER DE TOCAR, INDEPENDENTE DO CANSAÇO DO DIA A DIA. O MÚSICO SEMPRE VAI CRIAR A OPORTUNIDADE PARA TOCAR, SEJA NA HORA DO ALMOÇO OU FIM DE SEMANA. ESTOU SEMPRE ENVOLVIDO COM MÚSICA”

Atualmente, Gustavo divide o tempo entre o eu estúdio, os palcos e a Procuradoria do Município

GUSTAVO GUSMÃO

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Arquivo Érick Rocha

Érick (de lilás a esquerda), com sua banda que faz cover de Black Sabath e Ozzy Osbourne. Contraste do som pesado do heavy metal com a carreira de engenheiro

continuar tocando, o prazer. Algumas pessoas possuem hobby por carros, viagens e nossa vocação é tocar, é estar nesse ambiente”, finaliza.

AS PESSOAS ME OLHAM E NÃO IMAGINAM QUE EU TOCO O INSTRUMENTO. QUANDO EU TINHA CABELO GRANDE, ATÉ DAVA PARA PERCEBER, MAS AGORA, ESTOU ESTOU COM CABELO CURTO POR CONTA DA PROFISSÃO”

ÉRICK ROCHA

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FORMAÇÃO DE NOVOS TALENTOS Quando o assunto é formar novos talentos, a referência em Macaé é o Carlos da Tom. Nome quase oficial de Carlos Alves, músico, instrumentista e professor, fundador da Tom Escola de Música. Com formação na Escola de Música Villa-Lobos e no Conservatório Brasileiro de Música, Carlos começou a carreira tocando na igreja. Atualmente, se divide entre os ensinamentos e apresentações ao lado de alunos. O perfil dos discípulos é o mais variado, segundo ele. “O público é muito variado. São alunos em busca de atividade extracurricular, jovens procurando exercitar ou ter um hobby e até profissionais à procura de aperfeiçoamento com objetivo de gravar um disco. Ensinamos de tudo aqui na escola. Do uso da voz aos instrumentos musicais”, comenta.

de música que ele quer cantar, o rock”, completa o professor. O engenheiro, cantor e guitarrista começou a relação com a música aos 8 anos. Um vizinho apresentou uma fita cassete com músicas do Iron Maiden e Sepultura, duas bandas de heavy metal. A mãe não gostou muito do som pesado que saía das caixas de som e proibiu o garoto de ouvir. Mas não teve jeito e, aos 12 anos, ele foi até uma loja e comprou um álbum. “Quando minha mãe viu que não tinha jeito, ela aceitou e comprou uma guitarra para mim. As pessoas me olham e não imaginam que gosto de rock e que toco o instrumento. Quando tinha cabelo grande até dava para perceber, mas agora estou com cabelo curto por conta da profissão”, revela.

Antes de prestar vestibular, Erick até pensou em viver de música, formar ERICK ROCHA, ENGENHEIRO uma banda, mas foi só uma fase. De volta à ativa, ele está sendo preparado A mais nova joia lapidada por Carlos é para enfrentar um desafio proposto o engenheiro Erick Rocha, de 31 anos. por Carlos. Guitarrista, ele tem uma banda com os amigos e se reúne aos fins de sema“Será um desafio participar de um na para colocar o hobby em prática. festival de chorinho. Carlos propôs isso, Como a banda precisava de um vocalis- ele está me preparando e vou encarar. ta, ele se candidatou e arranca elogios Minha área é o heavy metal. Fui inspido professor. rado por grandes nomes como Bruce Dickinson (vocalista da banda Iron Mai“Erick é um aluno interessante. É den), mas vamos tocar sim”, promete. músico, toca guitarra e nos procurou para ter aulas de canto. Ele evoluiu mui“Já dá para fazer um dueto com ele. to em um curto prazo. É um aluno com É um músico e está evoluindo bem. Estimbre de voz interessante, indo para o tará pronto até o dia da apresentação, agudo e isso é importante para o estilo sem dúvida”, afirma Carlos. www.divercidades.com


Erick (à esquerda) faz aulas da canto com Carlos, na Tom Musical

BACKSTAGE O nome faz referência aos bastidores de apresentações culturais. Teatro, cinema, música. Tudo o que rola fora do visto oficialmente acontece no backstage. Onde os artistas se encontram, trocam ideias, marcam encontros, parcerias e se atualizam. Usamos essa expressão para contar algumas curiosidades sobre a carreira dos nossos entrevistados nesta reportagem. Todos possuem, pelo menos, uma história curiosa nesse universo da música. Umas publicáveis, outras nem tanto. Algumas dolorosas e outras tantas hilárias que decidimos por compartilhar, claro, com autorização dos nossos personagens. Adryano Lustoza tem algumas boas histórias. Desde uma dor de barriga que fez um integrante da banda Sanctuarium descer do palco no meio da apresentação até parar no meio do show para trocar uma corda da guitarra. Mas, a que mais chamou a atenção foi a resposta que ele deu à pergunta se alguma namorada pediu para ele escolher entre a relação ou a música. “Bem, estou no meu segundo casamento. Isso responde a pergunta. Vamos para a próxima”, responde em meio a risadas. Evandro Monteiro teve um probleminha com uma fã. Não vamos revelar a data do show para não forçar a memória da esposa dele. Mas, foi um dia em que ele se sentiu um galã. “Estava tocando em um evento na Praia dos Cavaleiros, demos uma pausa e fui ao banheiro. Quando estava saindo fui agarrado e empurrado para dentro do banheiro. Uma mulher bêbada queria me agarrar à força, falava que me amava. Foi uma confusão danada. Estava acompanhado e ainda bem que minha companheira não viu”, conta. A mais inusitada foi vivida por Gustavo Gusmão. Ele e a banda tiveram a ideia de se refrescar em um rio, aproveitando um pneu furado do ônibus no percurso para mais um show. Só não imaginavam infestar o veículo com pulgas. “Estávamos a caminho de Madalena, município na Região Serrana do Rio, quando o pneu do ônibus furou. Enquanto esperávamos o conserto, vimos um rio e resolvemos tomar banho, nos refrescar. Descemos uma encosta e mergulhamos. Quando voltamos, estávamos todos cheios de pulgas. O ônibus ficou tomado e ficamos todos nos coçando. Fizemos o show, mas até hoje não sei o que fizeram com o ônibus”, relatou em meio às gargalhadas. • 59


TENDÊNCIA

Jamilson Fotógrafo

A FESTA VAI SER BOA!

O baile de formatura do Ensino Médio está ganhando características de festa “top”, com direito a várias atrações musicais e muitos convidados

Os formandos do 3º ano, do colégio Exame, jogaram o canudo pro alto e celebraram o fim do ensino médio, em grande estilo, em dezembro do ano passado no Tênis Clube

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

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Jamilson Fotógrafo

Jamilson Fotógrafo

Brenda (de vestido amarelo à esquerda) recorda com carinho e bom humor os momentos vividos com os colegas

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uando os canudos fazem piruetas no ar e os colegas e amigos se abraçam, dá aquela sensação de dever cumprido. O 3º ano do Ensino Médio chega ao fim e, junto com ele, a enorme vontade de comemorar a formatura que marca o fim do ciclo escolar e ao mesmo tempo o prenúncio da vida universitária. Depois de tanto estudo para passar no vestibular, a garotada quer mesmo é ir pra balada e aproveitar muito a festa com os amigos, os pais, a família e tudo o mais a que eles têm direito. Quem tem, hoje, mais de 30 anos pode achar incomum a festa de formatura de 3º ano. Mas, saiba, é cada vez mais recorrente entre as escolas privadas! Em muitos colégios, está virando uma tradição e, em alguns casos, a celebração ganha novas leituras e características de grandes produções. Esse é o caso da festa de duas turmas do 3º ano do colégio Aprovado, de Macaé, que está marcada para acontecer em dezembro deste ano. O evento está sendo produzido para cerca de 600 pessoas, com direito a banda de baile, DJ e MC. Enquanto os 60 formandos do Aprovado ficam na expectativa, os alunos que se formaram em dezembro do ano passado, pelo colégio Exame, olham para as fotos da celebração, cheios de saudades. Laryssa Ribeiro da Conceição Pontes, de 19 anos, fez parte dessa turma que já comemorou a formatura. Ela foi líder de turma no 2º ano e esteve muito envolvida na preparação e organização do evento.

“A festa é um momento único e acaba sendo uma despedida pra nós, formandos. A gente repensa sobre a trajetória que fez ao longo desses três anos e fecha com chave de ouro. Também tem as homenagens aos professores e, com tudo isso, a galera fica mais sentimental. Todo mundo se lembra da festa, é mesmo inesquecível”, fala Laryssa. A colega de Laryssa, Brenda Viana Nascimento, 18 anos, adora uma agitação e também não abriu mão da tradição de celebrar com o baile de formatura. Ela recorda com detalhes de toda a ornamentação e do ambiente montado no Tênis Clube (unidade Centro). “O traje era esporte fino e estavam todos muito elegantes. A nossa festa não tinha um tema, mas a decoração era em tons de dourado, branco e vermelho. Tinha muitas flores, uns arranjos lindos em marfim, dourado e vermelho. Teve um jantar tradicional e um cardápio mais jovial com crepe. Contratamos um DJ e também tinha uma mesa cheia de doces”, conta Brenda.

Para Laryssa, a festa simboliza um momento de despedida e leva todos os formandos a refletirem sobre os três anos que passaram

A FESTA É UM MOMENTO ÚNICO E ACABA SENDO UMA DESPEDIDA PRA NÓS, FORMANDOS. A GENTE REPENSA SOBRE A TRAJETÓRIA QUE FEZ AO LONGO DESSES TRÊS ANOS E FECHA COM CHAVE DE OURO”

Além das lembranças do glamour que a comemoração propõe, situações engraçadas ficam grudadas na memória. Segundo conta Brenda, logo no início do baile, os alunos programaram uma surpresa para os convidados. Cada formando entrava no salão, um por vez, ao som de alguma música que tivesse alguma relação com a história ou traço da personalidade daquele aluno. Eles faziam uma espécie de performance como se estivessem se apresentando para os convidados. Brenda tem LARYSSA RIBEIRO

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A formanda Mariana Bittencourt ainda não se deciciu sobre que maquiagem vai usar Segundo a cerimonialista Ana Paula Anjos, o clima de balada criado na festa do 3º ano é um dos atrativos que mais gera interesse nos alunos

TRABALHAMOS COM TUDO DE INOVAÇÃO. A FORMATURA DO 3º ANO DEIXOU DE SER SÓ UMA COLAÇÃO DE GRAU E O DIA DO BAILE VIROU UMA BALADA PARA OS FORMANDOS. PRA ENSINO MÉDIO, ESTA VAI SER UMA FESTA TOP, QUE SE APROXIMA DA FORMATURA UNIVERSITÁRIA” ANA PAULA ANJOS 62 •

uma explicação singular para o motivo da escolha da música de entrada dela. “Eu ajudava muito a galera na sala e o pessoal me chamava de mãezona. E eu tinha sempre muitas coisas pra fazer na escola e em casa também. O pessoal me chamava pra alguma atividade e eu falava que precisava ajudar minha mãe em casa e tudo o mais. Então, a galera escolheu pra mim a música das empreguetes por causa desse meu jeito de cuidar de tudo”, relata aos risos, Brenda. A FESTA VAI SER “TOP” A maior parte das festas de formatura do 3º ano, em Macaé, é mais simples. Mas nem por isso, menos especial ou divertida. O mercado de eventos é cheio de novidades e, assim como há alguns anos as comemorações eram incomuns e agora não são, pode acontecer o mesmo com o porte das produções. De tradicional e mais simples, as festas estão ganhando super produções e se tornando festas “top”, cheias de atrações musicais, com muitos convidados e atrativos diversos. A festa das turmas do colégio Aprovado que se formam esse ano são bem nesse estilo. Os números e características revelam que se trata de um “festão”. Serão cerca de 60 formandos com, aproximadamente, 600 convidados, três tipos de atrações musicais, seis horas de evento (vai das 22h às 4h) e grande estrutura a ser montada no Quenzas Hall. Segundo Ana Paula Anjos, cerimo-

nialista e diretora da Win Eventos (empresas contratada para organizar a festa), a celebração ganhou ares de grande produção. “Trabalhamos com tudo de inovação. A formatura do 3º ano deixou de ser só uma colação de grau e o dia do baile virou uma grande balada para os formandos. Pra Ensino Médio, essa vai ser uma festa “top” que se aproxima da formatura universitária”, fala Ana Paula. A cerimonialista explicita outros itens que dão a dimensão do evento. O serviço de bufê será completo com entradas, volantes, degustação, ilhas de sobremesa, ilhas de tapioca e open bar. Na parte musical, haverá um DJ, a banda Bicho Solto e ainda um MC famoso, cujo nome não foi revelado porque segundo Ana Paula, os alunos ainda estão escolhendo. Para controle do número de pessoas e do serviço de bebida alcoólica, os convidados receberão uma pulseira que identifica os menores e maiores de 18 anos. Em diversos outros aspectos, a festa segue um conceito de personalização, exemplo disso é a definição de uma temática e slogan para a celebração. Assim como no caso do MC, esses detalhes são mantidos em segredo. Outra curiosidade é o uso de backdrop (painel com inserção de logomarcas muito usado atrás de alguém que concede entrevista à imprensa, como os colocados atrás de jogadores de futebol). “A pista de dança vira uma balada, fica todo escura. Trabalhamos com muita iluminação em LED, tem efeitos especiais atrás do DJ, pulseiras em neon. www.divercidades.com


Para Ivana Mussi, a festa é uma forma de presentear o filho Artur pela dedicação nos estudos

Então, o clima é todo mesmo de uma balada. O fato de alguns alunos serem menores de idade torna o evento mais esperado porque muitos nunca foram a uma balada, até porque, não têm idade pra isso. Então, para alguns se torna a primeira balada”, esclarece Ana Paula. ENQUANTO O “DIA D” NÃO CHEGA, ELES IMAGINAM A garotada fala muito sobre o evento e a expectativa é grande, garante uma das alunas que faz parte da comissão organizadora das turmas do Aprovado, Mariana Ribeiro Bittencourt. De acordo com ela, a ansiedade maior dos estudantes está em torno da parte mais animada, a musical. “O show é o ápice da festa. Meus colegas estão falando muito sobre a atração musical, até porque tudo já está definido e a escolha do MC é a única coisa que está faltando pra gente fechar. Fica todo mundo ligado e quando sai uma música nova, a gente já diz que tem de tocar na formatura”, comenta Mariana. Já Pietro Augusto Arenale Sorage, de 17 anos, é mais comedido com relação ao evento. “Não é muito o meu estilo essa coisa de badalação. Mas acho que vai ser legal e divertido porque vai estar todo mundo da sala lá. A melhor parte pra mim é me divertir junto com os meus amigos”, opina Pietro. Faltando menos de três meses para a festa, o aluno Artur Mussi Luz, de 17 anos, sente o alvoroço em torno da celebração. Ele observa a participação ativa dos colegas dando opiniões e discutindo sobre como será o evento. O estudante também espera muito do show do MC e acredita que esse será o momento de maior agitação. “A gente passa muito tempo estudando, então acho que a festa é momento de espairecer e todo mundo quer festejar junto”, conta Artur. Devido à pressão do vestibular e à rotina intensa de dedicação na escola, a equipe da DiverCidades questionou Artur se a expectativa da comemoração não o atrapalha nos estudos. “No meu caso, não. Gosto de estudar e não me • 63


Para a coreógrafa Ivana Machado Mussi (55 anos), mãe de Artur, a festa não deixa de ser uma forma de presentear o filho depois de tanta dedicação com os estudos. “Tem alunos aqui que estudaram junto uma vida inteira, acho que vai ser muito bonito e estou me preparando para o lado emocional. Artur fala muito dos professores e acho que vai ser muito especial também para eles. Se os nossos filhos chegaram onde chegaram, também devemos agradecimento aos professores.” CUSTO, ARRECADAÇÃO E OS “PAITROCÍNIOS” Os filhos merecem e quem paga a conta são os pais, ou melhor, os “paitrocínios”! E não sai barato. Uma festa de formatura de 3º ano do Ensino Médio, em Macaé, dependendo do número de convidados e a escolha das atrações, pode ficar entre R$ 140 e R$ 200 por pessoa. Cada turma trabalha de uma forma mas, geralmente, os pais pagam pela comemoração em parcelas divididas ao longo do ano. Para a médica Ana Paula Sorage, mãe do formando Pietro, a iniciativa de fazer o evento é legal, mas ela tem ressalvas sobre os valores. “Acredito

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Arquivo Mariana Bittencourt

envolvi tanto na organização, até porque tem uma comissão de alunos e de mães que tomam conta de tudo”, fala o estudante.

A viagem para Porto Seguro fez parte das comemorações da formatura dos alunos do Aprovado

que algumas coisas são muito caras, tem alguns excessos, considerando a realidade do momento que estamos vivendo e o contexto de Macaé. Sei que é importante e vamos adorar a festa, mas as pessoas da minha família são simples, ainda mais o Pietro. Acho que a simplicidade de uma festa de formatura não diminui a importância dela”, opina Ana Paula Sorage. Assim como Ana Paula, o pai de Pietro, Augusto Cesar Sorage, também de-

monstra preocupação relativa aos gastos excessivos. Eles querem comemorar o momento com o filho, mas também pensam na importância de todos os alunos celebrarem junto, sem excluir ninguém. Se por um lado o valor é alto, os jovens usam da criatividade para levantar fundos para o “dia D”. É tradicional em turmas de universitários promover eventos e atividades com o objetivo de lucrar, o que foi transmitido para as turmas do Ensino Médio.

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Para o formando Pietro, se divertir junto com os amigos e a família (o pai Augusto, a mãe Ana Paula e a irmã Lorenza) será a melhor parte da festa

No colégio Exame, por exemplo, as turmas de Laryssa e Brenda fizeram rifas, festas, venderam muitos doces na escola e até um livro dourado pra juntar mais recursos. “A gente teve a ideia do livro de ouro e funcionava assim: cada dia um aluno levava o livro pra casa e tinha a função de pedir dinheiro pro pai, pra mãe e pra família. O problema era passar o livrinho pros outros. Era uma confusão porque ninguém queria pegar o livro”, recorda Laryssa, aos risos. No Aprovado, a escolha dos estudantes pelo MC teve uma condição, a de que os alunos teriam que arrecadar fundos para contratar o show. “Nós vendemos doces duas vezes por semana e vendemos muito. É muito difícil sobrar. Participamos da festa junina e também teve a venda de rifas, fora os micos”, conta Mariana Bittencourt. Os micos são ordens dadas aos estudantes para agir ou se vestir de determinada forma e quem não obedece tem que pagar uma taxa. Nos dias de mico, Artur Mussi quase sempre acabava desembolsando. “Eu sou meio tímido, sabe? O mico da troca de sexo (meninos tinham que se vestir de meninas e vice-versa) eu paguei, no mico do nem (tinha que usar roupas bregas) também”, conta. “Essa história de juntar dinheiro, acho maravilhosa. A responsabilidade deles de conseguir o recurso de outras formas é muito importante. E a gente ajuda fazendo doce para eles venderem. O ruim é que eles falam sempre em cima da hora”, fala aos risos, Ana Paula Sorage. FESTA, VIAGEM OU OS DOIS JUNTOS? É recorrente as turmas discutirem muito se vão comemorar a formatura com festa ou viagem. Alguns optam pela festa, outros pela viagem e ainda tem um terceira opção: a de celebrar com as duas coisas. Na turma da estudante Mariana, um grupo menor fez uma viagem para Porto Seguro (destino do nordeste conhecido por receber muitos jovens) em julho deste ano. Trinta e três adolescentes passaram 7 dias na praia e participaram de nada menos que 13 festas. Haja animação e fôlego! E sabe qual era o principal assunto do grupo, durante os passeios? A festa de formatura. “Lá, a gente só falava disso. A viagem foi muito legal. A galera estava super empolgada • 65


lha do vestido. Na loja dela, a demanda por vestidos de baile aumentam no último trimestre do ano. A preferência das formandas é por modelos que valorizem o corpo e com muito brilho. A estilista indica que as estudantes tentem antecipar a busca, pois assim conseguem encontrar mais opções e podem ainda pensar em encomendar um vestido. “Independente da escolha, acredito que a formanda deve buscar um vestido que respeite a sua personalidade, não usar um modelo porque esse é o estilo que a amiga vai usar e nem se preocupar em usar algo chamativo. Às vezes, menos pode ser mais. E o que vai chamar a atenção vai ser ela se sentir linda com a sua escolha”, orienta Camila.

A estilista Camilia Siqueira indica às formandas buscar um vestido que respeite a personalidade delas

AGORA, BATEU O DESESPERO. A GENTE FICA MUITO VOLTADA PRO VESTIBULAR E ESQUECE DE PROCURAR O VESTIDO. POR ENQUANTO, AS MENINAS DA MINHA SALA ESTÃO OLHANDO. NINGUÉM ALUGOU, AINDA” MARIANA BITENCOURT e a gente ficava conversando sobre as atrações, pensando como ia ser e bateu aquele sentimento de formando mesmo. A gente sentiu que está chegando ao fim”, recorda Mariana. . Já na sala de Pietro, os alunos estão planejando fazer um cruzeiro no fim do ano. De acordo com ele, a viagem ainda está sendo discutida. “A ideia é passar pelo litoral nordestino, 66 •

ir a Ilhéus, por exemplo. Mas isso ainda não está fechado. Acho que vai ser bem legal”, fala Pietro. A PRODUÇÃO DELAS Se a preparação do evento com toda a estrutura dá muito trabalho, para as formandas se prepararem não é muito diferente. As garotas se preocupam com o vestido, a maquiagem, o penteado, o sapato e os acessórios. De todos os itens do look de noite de gala, o vestido ganha a maior atenção delas. “A maior preocupação das meninas era sobre a cor e de não alugar o mesmo modelo de vestido que as outras. Acabou que todo mundo ficou sabendo como seria o vestido da outra, antes da festa acontecer”, conta Laryssa, às gargalhadas. Segundo recorda Brenda, sobre os penteados também ocorreu coisa parecida. As meninas se falavam para não usarem o mesmo penteado. “A preocupação de todas era de ser única. Ninguém queria ir igual à outra”, diz Brenda. Para a maquiagem, Mariana já sabe quem vai fazer, mas ainda não se decidiu sobre que cores vai usar nos olhos e nos lábios. Enquanto a definição não chega, ela vai pensando sobre as combinações possíveis. A três meses da celebração, ela ainda não escolheu o vestido. “Agora, bateu o desespero. A gente fica muito voltada pro vestibular e esquece de procurar o vestido. Por enquanto, as meninas da minha sala estão olhando. Ninguém alugou, ainda”, comenta. De acordo com a estilista Camila Siqueira, sócia da Blanc Noivas, as formandas deixam pra última hora a esco-

QUEM QUER FESTA, PRECISA SE PROGRAMAR Uma festa de formatura reúne muitos fornecedores, profissionais de diversas áreas e exige trabalho intenso para a preparação de tudo. Os adolescentes do Ensino Médio, por vezes, ficam perdidos sem saber como começar a planejar o evento. Segundo a cerimonialista Ana Paula Anjos, quanto mais cedo a turma começar a se programar, melhor. Confira algumas dicas de Ana Paula para o planejamento da festa do 3º ano: •Comece a discutir sobre a festa no 2º ano; •Defina uma comissão organizadora (de alunos ou de pais); •Verifique quantos formandos querem participar; •Faça uma lista de interesses da turma sobre detalhes da colação de grau e do baile; •Faça, pelo menos, três cotações de empresa especializada em formatura e analise aquela que mais se aproxima do interesse da turma, avaliando o custo-benefício; •Tenha atenção ao ler o contrato da formatura; •Exija reunião com a empresa contratada e esclareça todas as dúvidas; •Peça uma cópia do contrato que ficará com o representante da turma; •Estipule com a empresa contratada as datas das reuniões ao longo do ano e solicite atas de todas as decisões tomadas; •Estabeleça regras para a arrecadação de recursos extras no decorrer do ano. Depois de toda a organização, é hora de relaxar e curtir com os pais, amigos, colegas, professores e funcionários da escola. A festa vai ser boa, muito boa! www.divercidades.com


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TECNOLOGIA

A turma que criou a empresa de impressão 3D sonha em popularizar o acesso à tecnologia. Da esquerda para a direita, Adriana, Murilo, Flávio, e Bruno

UMA IDEIA NA CABEÇA E UMA STARTUP NA MÃO

C

omeça com uma boa ideia, pouco dinheiro para investir e muita vontade de fazer acontecer. Essa turma se inspira em ícones da tecnologia que revolucionaram a forma como nos relacionamos com as pessoas e o mundo, por meio dos aparatos high tech. 68 •

Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares

Assim surgiu a Solid Solutions, empresa de impressão 3D que fica em Rio das Ostras. O embrião do projeto brotou na cabeça de Murilo Medina, estudante de engenharia mecânica da UFRJ Macaé, de 19 anos, quando assistia a uma conferência pela internet, sobre impressão 3D. “Poder criar suas ideias, transformar num desenho e materializar isso é surpreendente. Essa capacidade de materializar coisas deixa a gente apaixonado”, fala Murilo. Divulgação Solid Solutions

Já ouviu falar em startup? Aqui em Macaé e região, tem gente botando fé nessas empresas que surgem a partir de ideias inovadoras

empresas inovadoras ligadas ao desenvolvimento de projetos, que geralmente envolvem equipes enxutas, muitos jovens e baixo capital de investimento.

São ainda pequenos, mas pensam grande. Eles planejam, testam e dão uma lição de estímulo para implantar o novo, acreditando quando o resto duvida. Aqui em Macaé e região tem grupos apostando firme em inovação, criando startups tecnológicas. As startups são

Um modelo de turbina da GE foi impresso com objetivo didático. Em empresas de inovação, testar e errar é parte do processo

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A Solid Solutions utiliza um tipo de plástico biodegradável, de várias cores, para imprimir os objetos

Empolgado, o universitário procurou auxílio para transformar o que estava na cabeça dele em realidade e no caminho encontrou Flávio Vallejo, engenheiro que fazia doutorado sobre impressão 3D, de 29 anos. Eles se uniram, convidaram o também estudante de engenharia mecânica Bruno Magdalão, de 21 anos, e criaram a Solid Solutions. Em 4 meses, eles se organizaram, compraram a impressora 3D, o mobiliário para o escritório e estão imprimindo vários objetos. O tipo de impressão que essa turma trabalha utiliza um plástico biodegradável, de cores diversas. Hoje, a empresa conta também com a estudante de administração Adriana Almeida, de 27 anos. Nesse universo de inovação, errar é parte do processo. Segundo explica Flávio Vallejo, muitas peças foram impressas em base de testes, seguindo a máxima do aprender fazendo. Atualmente, a equipe já atende demandas reais. “Fizemos o busto da Anna, do filme Frozen, suportes para controles de videogame, o logotipo de uma empresa e dois acessórios para câmera fotográfica Go Pro”, fala Bruno. Diferente da startup de impressão 3D, a iniciativa do engenheiro de produção, analista de sistemas e estudante de administração Glaydson Maurílio Nascimento Silva, de 40 anos, ainda está em andamento. Ele está gerando um software e aplicativo direcionado para consumidores e empresários. O ponto de partida para a criação surgiu de uma experiência própria em um restaurante de Macaé. Vendo uma pessoa reclamar sobre o serviço, ele se questionou se o dono da empresa receberia essa informação para melhorar o atendimento. Então, Glaydson pensou que aquele problema comum poderia ser amenizado se houvesse uma forma de fazer a opinião do cliente chegar a quem gerencia o negócio. Essa interface é a ideia central do Controle de Melhora de Qualidade, o software e aplicativo que ele está criando. Funciona assim: o cliente está na loja e quando recebe a conta há um QRCode para baixar o aplicativo. No aplicativo, há vários estabelecimentos credenciados ao sistema. Pelo GPS, o telefone identifica em que loja o cliente está, então ele é convidado a avaliar alguns aspectos do atendimento do local e recebe, em troca, um bônus para usar em alguns estabelecimentos credenciados. Para os empresários, a vantagem está em receber as avaliações dos clientes de forma organizada, com estatísticas e dados prontos para ajudar na tomada de decisões. • 69


ração. Nesse aspecto, eles acreditam estar inovando com a perspectiva de popularizar o acesso à tecnologia. Sistemas de bonificação e de opinião do consumidor também já existem, como o trivago (buscador de hotéis com avaliação dos clientes) e o Bonuz (aplicativo de bonificação das redes como Spoleto e Koni Store). Glaydson faz uma analogia para explicar o que há de inovador na iniciativa dele. “Já existia o sms (para envio de mensagens) e o mms (para envio de mídia). A grande sacada do WhatsApp foi juntar texto e mídia, tudo num lugar só. No meu projeto, estou fazendo a mesma coisa, juntando a parte de avaliação, bonificação e gestão num sistema só”, fala Glaydson.

Glaydson trabalha para finalizar o aplicativo que vai permitir clientes avaliarem empresas e ainda ganhar bônus

Segundo Glaydson, o software já está pronto, mas o aplicativo ainda não e deve ser finalizado até o fim deste ano. “Fiz contato com alguns estabelecimentos, informalmente, e vejo que são receptivos à ideia. Eles querem saber se a empresa deles tem bom valor e se interessam pela

A GRANDE SACADA DO WHATSAPP FOI JUNTAR TEXTO E MÍDIA EM UM SÓ LUGAR. NO MEU PROJETO, ESTOU FAZENDO A MESMA COISA. JUNTANDO A PARTE DA AVALIAÇÃO, BONIFICAÇÃO E GESTÃO NUM SÓ SISTEMA”

GLAYDSON MAURÍLIO 70 •

facilidade como tudo vai funcionar”, ressalta Glaydson. Ele vai buscar parceiros em Macaé, empresários de vários nichos do comércio para implantar o projeto. E adianta “o software está preparado para funcionar em qualquer lugar do país”. INOVAR É PENSAR FORA DA CAIXA Enquanto várias startups tecnológicas surgem em grandes centros do Brasil afora, Macaé e cidades da região vivem uma realidade ainda bem distante, com pouco ou nenhum incentivo. Os idealizadores da Solid Solutions e do Controle de Melhora da Qualidade estão pensando fora da caixa e já começam inovando porque enfrentam dificuldades, um mercado de incertezas, onde ainda não existe uma cultura de empreendimentos tecnológicos. “Tem uma frase do Jobs que gosto muito, ele diz que as pessoas não sabem do que precisam até que você mostre a elas”, fala Glaydson. “A demanda por impressão 3D aqui não existe porque as pessoas não conhecem e isso não faz parte do cotidiano delas. Então, temos que despertar o mercado”, pontua Flávio Vallejo. No contexto mundial, a tecnologia 3D não é tão nova assim. Foi criada em 1984 e, em alguns países, já é mais predominante no cotidiano de pessoas e empresas. No caso da Solid Solutions, os quatros jovens estão apostando na cara popular que estão dando à impressão 3D. Eles querem atingir pessoas, também, com necessidades comuns como impressão de objetos de deco-

MACAENSE PRODÍGIO, DE 17 ANOS, CRIA REDE SOCIAL Emanuel Salvatore, de apenas 17 anos, faz parecer quase um passatempo despretensioso a árdua tarefa de criar uma rede social. Ele, que é macaense, criou a socialfriends10.com que conta com mais de 800 mil usuários, grande parte deles da Europa. Impressionante, ele fez tudo isso sozinho e levou cerca de 4 anos para finalizar a rede. O garoto aprendeu linguagens de programação vendo vídeos e lendo tutoriais na internet, muitos deles em inglês, mesmo sem dominar a língua. E não parou por aí. Também criou o site megacloudy10. com, de armazenamento de arquivos. E já tem em mente a criação de outra rede social, voltada para animais. “Estou querendo botar um design show, já estou pensando onde vão ficar as funções e tudo o mais”, conta Emanuel. “Meu sonho é deixar a minha rede social no topo e fazer todo o mundo conhecer. Vou estudar ciências da computação e quero sair do Brasil. Vou para o Vale do Silício - região que fica na Califórnia (EUA), onde estão as grandes empresas de tecnologia do mundo como o Google, o Facebook e a Apple - quero buscar investidores lá”, diz Emanuel. Ele planeja sair do Brasil porque sente na pele a dificuldade de manter seus projetos e sonhos vivos. Os sites que ele criou são mantidos por ele e a família, com custos de hospedagem e servidor. Emanuel ainda não conseguiu uma forma de comercializar a rede social que criou e depende de mais recursos pra prosseguir. “Teve um dia que 100 mil pessoas tentaram entrar, ao mesmo tempo, na socialfriends10 e o servidor caiu. Eu acredito que cerca de R$ 25 mil em inwww.divercidades.com


A rede social criada por Emanuel tem mais de 800 mil usuários, a maior parte deles da Europa

vestimentos iam me ajudar a comercializar o site, mas conseguir esse valor aqui em Macaé é difícil.” Emanuel busca inspiração em Steve Jobs (co-fundador da Apple) para per-

sistir. “Ele criou a Apple na garagem de casa, quando também era jovem. O investimento dele era de risco. Ele enfrentou muitas dificuldades para conseguir o que queria. E, hoje, a Apple é a Apple”, finaliza.

MEU SONHO É DEIXAR A MINHA REDE SOCIAL NO TOPO E FAZER TODO O MUNDO CONHECER. VOU ESTUDAR CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO E QUERO SAIR DO BRASIL. VOU PARA O VALE DO SILÍCIO”

EMANUEL SALVATORE

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PERFIL

DONA MAVI

Alle Tavares

Elegante e com postura sempre impecável, MavI (à direita), acompanhada por Beatriz Silva e Magdala Moreira da Silva

À mestra, com carinho

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uem estudou no Colégio Estadual Luiz Reid, no Ginásio Macaé, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (Fafima) ou no Instituto Nossa Senhora da Glória (Castelo) entre os anos de 1964 a 1997, certamente compartilhou dos conhecimentos de português de Maria Victória de Souza Barcelos, eternizada nas lembranças de seus alunos como Mavi. A DiverCidades homenageia esta grande mestra, resgatando e registrando um pouco de sua história, contada através da família, de colegas de trabalho e de alunas que, de forma unânime, afirmaram ter sido ela o grande diferencial de suas vidas escolares. A figura poderosa, imponente, exigente e impecável de Mavi ainda povoa as lembranças daqueles que tiveram a grata oportunidade de convívio. Sem72 •

Por: Luciene Rangel • Fotos: arquivo de família

pre de aparência elegante, com português perfeito na ponta da língua e nas lições, a quissamaense, nascida em 1935, teve trajetória profissional e familiar de sucesso, tendo presença marcante por onde passou. Hoje, aos 80 anos, Mavi leva uma vida reservada ao âmbito familiar, realidade ainda mais acentuada nos últimos dez anos, quando foi diagnosticada com demência progressiva, que se iniciou por afasia crônica progressiva e evoluiu com característica de demência fronto-temporal (complexo de Pick). PRESENÇA DECISIVA “Falar de Mavi é fazer uma retrospectiva da minha história influenciada por essa grande mestra, que delineou meus passos nesse cenário da Língua Portuguesa. Como mestra, suas atitudes fizeram-me acreditar que os desafios nos levam a lugares altos. Conseguiu mudar

Eliana Vaz Coelho: “Mavi redirecionou minha vida”

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Com o companheiro Caio, ela tem vida conjugal de mais de 50 anos

meu olhar. Já havia escolhido a área de exatas e depois de ela apresentar-me o encanto da linguagem fiz a escolha certa da minha profissão: professora de língua portuguesa. E comecei a dar aula no Colégio Estadual Luiz Reid tendo Mavi como bússola para orientar meus primeiros passos. Além de transmitir conhecimento, educava-nos com suas atitudes firmes e justas... Verdadeira educadora!”, declarou Eliana Vaz Coelho, ex-aluna e colega de profissão de Mavi. E ela acrescentou: “Até hoje colho os frutos das sementes lançadas por ela em meu caminhar”, emocionou-se. Eliana foi aluna e colega de Mavi no Luiz Reid. Nos anos em que lecionou na Fafima, foi rendida por Mavi quando em licença-maternidade. E era para Eliana que a mestra encaminhava os alunos com necessidade de reforço em português. AMIZADE E RESPEITO E Eliana não está só em sua gratidão a Mavi. Engrossando coro, Rosane da Costa Porto, que foi aluna no curso normal de 1964 a 1966 no Luiz Reid, enfatiza que, no início, houve um certo temor, vencido, rapidamente, pela competência nos ensinamentos. “Em 64, cursava o primeiro ano do curso normal no Luiz Reid e português era dado por Mavi. No início foi difícil, pois ela tinha uma maneira muito particular de ensinar, mas, com o passar do tempo, percebemos que sua técnica era fabulosa e o temor deu lugar à gratidão”, recorda-se Rosane, que fez prova para magistério do Estado do Rio, com o português sendo decisivo para a aprovação. Rosane foi da primeira turma que fez, integralmente, o curso normal tendo Mavi como professora e destaca que, na época, um grupo de alunas, temendo a fama de Mavi de professora durona, exigente e que reprovava, optou por cursar o segundo grau em Barra de São João, enquanto ela adoecia toda vez em que era marcada uma prova. “No segundo ano, o temor passou transformando-se em respeito. Com o tempo, a segurança foi crescendo e por fim ficamos amigas. Mavi era justa e ensinava muito bem. Não tínhamos livros. Era preciso anotar tudo.” E Rosane, motivada pelas boas lembranças, recordou-se da turma, mencionando algumas colegas, como Claudia Márcia Vasconcelos, • 73


Alle Tavares

Família sempre unida: a matriarca, rodeada pelo marido, filhos Maria Cecília, Sávio e Caio, e netas Marina, Jéssica e Ana Clara

MINHA MÃE SEMPRE FOI EXIGENTE E PERFECCIONISTA EM TUDO O QUE FEZ. NÃO TENHO DÚVIDA QUE ELA FOI UMA MULHER À FRENTE DO SEU TEMPO, MODERNA. COLOCOU OS FILHOS PARA ESTUDAR FORA, VIAJAMOS MUITO, NOS MOSTROU OPORTUNIDADES E CAMINHOS.” MARIA CECÍLIA 74 •

que seguiu os passos da mestra; Alcione Franco; Maria Clara Galiza; Ligia Maria Gomes Martins; Milmar Madureira; Jane Portugal; Lucian Zarour; Maria da Glória Esteves; Vera e Regina Célem. RECONHECIMENTO E IMPORTÂNCIA Nesta mesma época, também cursando o normal no Luiz Reid, esteve Mariza Schueler de Souza, que teve aulas com Mavi no segundo e no terceiro anos e afirma ter sido a mestra, com seus ensinamentos, decisiva no concurso de magistério. “Minha turma passou a ter aulas de português com Mavi no segundo ano, o que foi uma mudança brusca. Ela era muito exigente. Sabia português como poucos e posso afirmar que o que sabemos da língua portuguesa é graças a ela. Quando concluímos o curso e fizemos o concurso para o magistério, isso em 1965, houve uma ressalva no Diário Oficial referente ao desempenho da nona região, pelo índice de aproveitamento em português, e isso graças a Mavi”, conta Mariza. Mariza, saudosa, com uma cópia do convite de formatura e fotografias da turma em mãos, recordou-se de suas colegas, destacando Hélvia Maria Souza Silva, Magali Pereira Agostinho, Maria Amélia Guedes, Lúcia Maria Coelho, Thais Wyatt, Ana Luiza Queiroz Mattoso, Cleilce Paula Machado, Dulcília Pereira, Angela Frossard e Elizabeth Lacerda Santos.

A Família Barcelos, que fez morada e tradição em Macaé

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Rosane e Gerlane (sogra e nora), passaram pelas mãos da mestra, pela qual guardam enorme carinho e respeito

TRAJETÓRIA IMPECÁVEL A primeira troca de olhares com Caio Barcelos, que acabou sendo seu marido, foi durante o casamento do “futuro” cunhado, em Quissamã, no ano de 1948. Após 15 anos de namoro, incluindo mudança para Campos em virtude dos estudos no Liceu de Humanidades, graduação em Letras Anglo-Germânicas no Rio, pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica em 1956 e retorno a Campos para atuação profissional, os jovens casaram-se em 1963. Logo, Mavi conseguiu transferência para Macaé, lecionando no Luiz Reid e iniciando sua trajetória impecável no magistério macaense, inclusive como sócia e docente do Ginásio Macaé, juntamente a José Carlos Cunha e outros colegas. Há uma passagem na carreira de Mavi que poucas pessoas sabem. Por anos ela ministrou curso informal de português para empregados da Petrobras e estrangeiros que chegavam no município para atuar no mercado offshore. FAMÍLIA UNIDA Da união com Caio nasceram Sávio, Vítor e Maria Cecília. Família sempre unida e harmoniosa, que frutificou nos netos Jéssica e Marina, filhas de Sávio e Cristiane; Ana Clara e João Vitor, filhos de Vítor. Isso sem falar no membro extra e de extrema importância para os Barcelos, Gracinha, que entrou na família há mais de 30 anos, passando de secretária a amiga de todas as horas. “Minha mãe sempre foi exigente e perfeccionista em tudo o que fez. Não tenho dúvida que ela foi uma mulher à frente de seu tempo, moderna. Colocou os filhos para estudar fora, viajamos muito, nos mostrou oportunidades e caminhos. Ao mesmo tempo em que mostrava um universo de possibilidades, era protetora, cultivava momentos em família como as refeições sempre feitas com todos à mesa. Era a primeira a acordar e a última a dormir”, relata Cecília, que vem dedicando boa parte de seu tempo, nos últimos anos, aos cuidados dos pais, sobretudo da mãe. Companheiro há quase 53 anos, Caio é enfático ao enaltecer as qualidades maternas, de esposa e profissionais de Mavi. “Como esposa, sempre foi muito companheira. Como mãe, muito dedicada e atenciosa. Como professora, era empenhada em fazer o melhor. Como empresária, atuando na São Cristóvão, fazia de tudo, da venda de passagens à • 75


SOU O QUE SOU PORQUE TIVE A OPORTUNIDADE DE TER D. MAVI COMO MESTRA. ELA ENSINOU QUE TUDO O QUE FAZEMOS TEM QUE SER FEITO COM CARINHO E POSTURA. HOJE, ENTENDO QUE O RIGOR, ERA UMA FORMA DE NOS DESAFIAR.” GERLANE MOTA BENJAMIN

PONTO FINAL Quando Mavi decidiu encerrar, em definitivo, sua trajetória em sala de aula, lecionava no Castelo. Já estava aposentada de sua matrícula no estado desde 1985, mas mantinha-se na ativa. Dividia seu tempo entre o magistério e uma nova paixão: a pecuária. Por toda a sua vida, o campo esteve presente. A família sempre teve fazenda e talvez essa tendência tenha sido adormecida por décadas para aflorar quando o fator tempo fosse mais farto. E foi a partir de sua aposentadoria que ela começou a participar de leilões de gado, a dedicar-se mais à fazenda de Quissamã, resgatando suas raízes, sua história. Na reta final de sua carreira profissional, já tendo passado por suas mãos algumas centenas de alunos, ao longo de quatro décadas de magistério, talvez ela tenha encontrado uma de suas maiores admiradoras. “Em 1997, era aluna de D. Mavi no Castelo. Estava no segundo ano quando ela anunciou que ia se aposentar. Àquela altura, sendo o segundo ano que já a tinha como professora, fiquei no mínimo triste, pois sabia que eu, minha turma e todas as futuras gerações deixaríamos de conviver com uma verdadeira mestra”, compartilhou Gerlane Mota de Araújo Benjamin, que confessou ter muitas lembranças do tempo de relacionamento com a professora de português que marcou sua vida. “Como aluna do Castelo, cresci ouvindo histórias de D. Mavi, conhecia sua

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contabilidade”, recorda-se ele, citando a empresa de transporte da família.

Mariza Shueler, ex-aluna, é grata pelos ensinamentos que ainda hoje fazem a diferença

fama de professora exigente. Sempre fui boa aluna, mas ela abalou minha segurança quando tirei minha primeira nota baixa. Fiquei arrasada e ela percebeu. Como estímulo, me presenteou com uma gramática e disse que eu tinha potencial. Ela nos desafiava para que déssemos nosso melhor e foi assim que meu temor transformou-se em admiração e gratidão”, disse a ex-aluna, afirmando: “Agradeço, no mínimo. Sou o que sou porque tive a oportunidade de ter D. Mavi como mestra. Ela ensinou que tudo o que fazemos tem que ser feito com carinho e postura. Hoje, entendo que o rigor era uma forma de nos desafiar. Como mãe, mulher, profissional e cidadã, muitas vezes me espelho nela, que foi e sempre será uma grande mestra”, finaliza Gerlane.

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DELÍCIAS DE FAMÍLIA

Célia, Juliana, Edison e Débora revelam os segredos da coxinha de galinha criada há 39 anos

FAMÍLIA FERREIRA Coxinha de Galinha

Bem recheado, de acordo com Célia, o salgado deve ser comido sem azeite e sem ketchup

Queridinho dos brasileiros, o quitute ganha versão ainda mais saborosa pelas mãos de Célia Ferreira

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nanimidade nacional, a coxinha de galinha é um dos salgadinhos mais desejados, seja nas lanchonetes, padarias, botecos ou nas festas. Mesmo em casamentos mais sofisticados, elas figuram como

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gados mais vendidos na lanchonete Buraco da Fechadura, inaugurada em 1979, na Galeria Carapebus, no centro de Macaé.

“As receitas tradicionais tinham muita massa e pouco recheio. Por isso, criei uma massa sem batatas e elaborei um Por: Alice Cordeiro • Fotos: Alle Tavares recheio de frango simples, mas muito toque retrô entre as atrações gastro- saboroso”, conta, ressaltando que utilinômicas. Apesar do sucesso, a receita za apenas o peito do frango – desfiado tradicional não agradava a empresária artesanalmente - para o recheio. Célia Maria Barbosa Ferreira, 65 anos, que, ao abrir sua primeira lanchonete Natural de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, em 1976, decidiu Célia cresceu sem precisar preparar modificá-la. Assim nasceu um dos sal- nada na cozinha. Apenas quando abriu www.divercidades.com


Coxinha de galinha da Célia

Fã de Célia, a família é só elogios. Além da coxinha, o empadão de frango, a farofa e a tortinha de limão estão entre suas receitas favoritas

enumeram os diferentes tipos de receita que, além de agradar aos familiares, fazem parte da cultura macaense. “Todas as receitas da loja foram criadas por ela. É comum encontrar amigos de infância que, sempre que podem, comem algum quitute. Um dia desses, uma cliente disse que estava há anos sem vir à Macaé e que não podia ir embora sem comer a coxinha. Ela trouxe o marido e o filho para provarem o salgado que fez parte de sua infância e atestou que o sabor continua o mesmo”, conta Juliana.

“Nossa mãe é muito cuidadosa com todas as receitas que cria. O incrível é que ela faz tudo de cabeça, seja criando alguma receita ou fazendo adaptações. Por isso as coisas ficam tão saborosas e especiais”, destaca Débora.

A empresária começou a cozinhar em 1976, quando abriu sua primeira lanchonete, no Rio de Janeiro

a lanchonete em sociedade com seu marido Edison Ferreira, começou a frequentar o ambiente. Apesar disso, os dons culinários afloraram e Célia se revelou uma cozinheira de mão cheia. “Quando vou à casa de um familiar, acabo indo para a cozinha, pois eles sempre pedem para comer algo, seja a coxinha, a farofa ou a tortinha de limão. E eu adoro estar na cozinha, é o meu lugar predileto da casa”, revela.

“A receita da coxinha de galinha tem um valor afetivo muito grande para nós duas. Ela fez parte da nossa infância. Lembro que usávamos a massa para modelar e, na adolescência, contávamos os dias para chegar sexta-feira, pois era quando podíamos saboreá-las”, lembra Juliana.

Revelar a receita do carro-chefe da empresa, não assusta a família. “Não tenho receio de passar a receita, pois o segredo maior está na forma que faço e no amor que tenho ao criar cada item do nosso cardápio”, finaliza Célia, acrescentando que o sabor fica ainda Fãs número um da empresária, as melhor se o salgado for consumido filhas Juliana e Débora não escondem puro, sem azeite e sem ketchup, e se o fascínio pelo dom da mãe. As duas for servido bem quentinho.

MASSA Ingredientes: •2 copos americanos de trigo; •2 copos americanos de água; •Sal a gosto (cerca de 1 colher rasa de chá); •1 colher sopa generosa de manteiga; •1 pitada de colorau, apenas para dar cor à massa. Preparo: Levar todos os ingredientes em uma panela funda e grossa em fogo baixo, mexer bem até soltar da panela, resultando em uma massa lisa e uniforme. É preciso mexer sem parar e com força, para não queimar. Jogar a massa ainda quente em uma superfície plana, como um mármore, untada com manteiga. Sovar a massa com a ajuda de um batedor. Separa a massa em três partes pra facilitar o manuseio. Trabalhar com a massa ainda quente ou morna. RECHEIO •2 kg de peito de frango; •2 colheres de sopa de manteiga; •2 cebolas grandes picadas bem pequenas; Preparo: Cozinhe o filé de frango em água com sal e desfie bem, de preferência com as mãos. Derreta a manteiga e acrescente a cebola picada até ficar transparente. Junte o frango e refogue. Como montar: Abra a massa com um rolo e utilize a boca de um copo como base de cada coxinha. Utilize a palma da mão como apoio para abrir a massa e acomodar o recheio. Depois de recheada, junte as pontas da massa e feche a coxinha com as pontas dos dedos até formar um biquinho não muito grosso. Empanar: •1 clara; •Farinha de rosca, Depois de prontas, passe as coxinhas na clara de ovo e depois na farinha de rosca para empanar. Frite em óleo não muito quente e sirva quentinha. •Quer ver como a Célia recheia as coxinhas? Acesse o vídeo em nosso site (www.divercidades.com) ou em nossa página no facebook (www.facebook. com/grupodivercidades) • 79


PESSOAS

Os animais abandonados são resgatados, cuidados e ficam aguardando a adoção voluntária

duro, para mudar o rumo de atitudes e ações como a descrita no início desta matéria. O grupo voluntário começou as atividades em novembro de 2013, logo depois que outro grupo, o PAM – Proteção Animal de Macaé, fechou as portas na cidade.

Gislaine, Tassiana e Rejane da Mascote Animal. Hoje, a instituição conta com oito protetores voluntários

MASCOTE ANIMAL

Projeto cuida de animais de rua e transforma a realidade de cães e gatos que são abandonados pelos donos

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uando Branco conseguiu abrir os olhos, não reconheceu o lugar onde estava. Deitado em um monte de lixo, sentia uma dor descomunal que irradiava por todo seu corpo. Suas patas, quebradas, não respondiam a nenhum estímulo. Cortes e escoriações transformaram a sua cor branca em uma mistura horrível de 80 •

Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares

vermelho sangue. Se continuasse mais tempo ali, jogado e esquecido, não duraria muito. Fora criado para ser um valente Pitbul de rinha, mas perdeu a luta e seu “dono” o abandonou como um mero papel de bala. Tentando criar uma nova consciência na estrutura social e histórica de Macaé, a Mascote Animal tem trabalhado

“Quando encontrei o Branco em um terreno baldio, ele, um Pitbull tão bonito, estava destruído. Levei-o para minha casa, depois para os cuidados da Dra. Paula Costa de Souza, que também é voluntária da Mascote Animal. Mais tarde, descobrimos tudo o que tinha acontecido. Levou uma surra do adversário e logo depois foi destruído pelo antigo dono. Foi deixado para morrer no meio de lixo. Todos os dias essa história se repete, e animais sofrem por maus tratos. Nosso objetivo é conscientizar a população, mostrar que os animais sentem dor, tristeza. E podemos fazer o bem, ajudando, educando as pessoas que muitas vezes não são más, somente não entendem ou não sabem o que fazer quando a sua cadela fica prenha, por exemplo”, explica a publicitária e estudante de ciências biológicas Rejane Esteves, uma das fundadoras do Mascote. Rejane é natural de Belo Horizonte, mas já mora em Macaé há 34 anos. Sua avó, dona Maria Madalena, ajudava os animais de rua em sua cidade mineira. Legado passado para a mãe de Rejane, Fátima Esteves que, juntas, www.divercidades.com


Arquivo Mascote Animal

simo de Melo como na rua Conde de Araruama, na clínica SOS Veterinária. São, mais ou menos, 20 adoções por mês. Para adotar um bichinho que esteja sob os cuidados da Mascote Animal, o adotante deve ter alguns requisitos: ser maior de idade, atestar o comprometimento de toda a família com a adoção e abrir a casa semanalmente aos voluntários do grupo, que monitoram o bem-estar do bichinho. A professora Leidimar Fernandes Dias dá uma importância especial ao trabalho voluntário. Acha que por meio dele os jovens aprendem o que é justiça e cidadania. Nascida na cidade de Colatina, no Espírito Santo, Leidimar conheceu a Mascote Animal por meio das redes sociais. No trabalho voluntário a pessoa doa seu talento, seu tempo. É preciso que se incentive o trabalho voluntário nos jovens, para criarmos uma sociedade mais justa e com verdadeiros cidadãos participativos’, comenta.

Leidimar já tinha adotado um gatinho em fevereiro e em julho se apaixonaou pela cadelinha Malú

Hoje, a Mascote Animal conta com o trabalho de oito protetores voluntários

ela e Rejane se mudaram para Macaé e passaram a desenvolver o voluntariado aqui na cidade.

ses lugares, observando o número de indivíduos e registrando a população. Existem animais que não se habituam com a adoção, acabam sofrendo dentro de apartamento, é o caso desses felinos das colônias, por exemplo. O método CED é ideal, pois inibe a procriação e minimiza os riscos à saúde da população”, complementa a assistente fiscal Luana Diniz, voluntária responsável pelos felinos da Mascote Animal.

“Hoje, estou com 15 cachorros em minha casa. Nosso trabalho é difícil, pois ainda não temos uma sede fixa. Agimos de forma contínua, mas com resultado ainda pequeno. Outro dia, jogaram um saco de lixo em meu jardim. Quando abri, vi um monte de gatinhos recém-nascidos. Nosso intuito é educar a população. Mostrar às pessoas que em vez de ‘jogar os bichos fora’, elas podem pedir ajuda, podem castrar seus animais”, comenta Rejane. Hoje, a Mascote Animal conta com oito protetores voluntários, além de pessoas que já adotaram animais cuidados pelo grupo e que continuam contribuindo com a causa, fazendo doações ou auxiliando a Mascote de algum modo. O grupo trabalha com o método internacional CED – captura, esterilização e devolução. A meta do grupo é de esterilizar 20 animais por mês. Com um trabalho segmentado, que envolve desde internação veterinária de animais muito debilitados até a fase de adoção e acompanhamento, os voluntários também monitoram as colônias felinas da região, que atualmente estão localizadas nos bairros Cajueiros, Centro e Visconde. “Primeiro, nós esterilizamos as fêmeas, depois os machos. Estamos sempre visitando es-

EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA Todos da Mascote Animal sabem que a educação da população é o quesito mais importante na equação que envolve mudanças e quebras dos atuais paradigmas sociais. Pensando nisso, o grupo cria campanhas voltadas a empresas da região, dando palestras aos funcionários sobre conscientização e educação humanitária. Em maio deste ano, a Mascote Animal foi convidada pelas ONGs que realizam a Feira de Responsabilidade Social a falar para quatro turmas de crianças sobre educação humanitária”. Acho que esse é um dos nossos principais trabalhos, estamos criando cidadãos mais preparados socialmente”, explica Luana. ADOÇÃO Todo mês, a Mascote Animal realiza uma feira de adoção de cães e gatos. Elas acontecem tanto na Praça Verís-

Leidimar adotou um gatinho em fevereiro e, em julho, voltou à feira de adoção e se apaixonou por uma cadelinha, a Malu. “Adotei Malu por acaso, fui a loja comprar areia higiênica e ao lado estava tendo feira de adoção da mascote Animal, tinha perdido uma cadela há um mês atrás, mas ao chegarmos lá, nos deparamos com duas cadelinhas filhotes lindas, meu marido ama animais e prontamente pegou e ficou fazendo carinho, aí não teve jeito, trouxemos Malu pra casa! Meus animais são castrados, a Malu quando chegar na época será castrada também”, reitera. E quanto àquele Pitbull do início de nossa matéria, o Branco? Pois é, foi adotado por uma professora de inglês, Érica Silva de Souza. “Já comemoramos um ano de muito carinho e cumplicidade. O Branco esperava apenas que alguém lhe entendesse, lhe ensinasse as boas maneiras e, acima de tudo, lhe ofertasse alimento e amor. Assim, nos entendemos todos os dias. Branco será para sempre meu primeiro cão e amigo! Acredito que por meio do amor podemos transformar o mundo onde vivemos, e este é o trabalho que a Mascote realiza”, finaliza Érica. Quem quiser apoiar o trabalho desenvolvido pela Mascote Animal, pode contatar o grupo pelo tel.: (22) 992284774, pelo e-mail mascoteanimal@ gmail.com ou buscar a Mascote Animal no facebook. Outro grupo que também atua na causa da proteção animal é a ONG Pró-Animal. Conheça o trabalho da ONG, buscando o Pró-Animal no facebook. • 81


Alle Tavares

LEITORA EM FOCO

A família dela, antes formada pelas duas filhas, genros e marido, está amentando já que Laiz (filha mais velha - esquerda) está grávida

Ao lado das outras vendedora, Iracema exerce a profissão há mais de 26 anos com muito prazer

IRACEMA MAIA,

quem conhece “CEMA” não esquece jamais la afirma ser tímida, mas quem a conhece pode até não notar tamanha a simpatia e o alto astral. Iracema Maia Batista Neves, chamada de Cema pelos mais próximos, é só sorriso e energia boa. Ela trabalha como vendedora há mais de 26 anos para Flávio Mancebo e Andrezza Ferraz, donos das lojas Immense e Divine, e nesse período fez muitas amizades. “Tenho vários clientes que fazem parte da minha história e são carinhosos comigo”, conta.

souros. E agora, a família está aumentando já que a filha mais velha, Laiz, está grávida. “É uma emoção muito grande. Minha netinha já tem até nome, vai ser Maitê”, conta Iracema.

Cema trabalha com prazer e se sente à vontade na loja. Além do jeito para atender, ela tem outras habilidades como a culinária. Em eventos de lançamento de coleção na Divine, o suco da Cema, o pink lemonade, costuma fazer sucesso. O suco é feito com limão, açúcar, um pouquinho de groselha que dá a cor rosa à bebida, e decorado com cubinhos de hortelã congelados. Fica bonito e refrescante. Além disso, a vendedora faz algumas massas e pizzas congeladas, muito apreciadas pelas clientes.

Ela está sempre voltando às origens. “Todo sábado vou para a chácara, lá fica a minha paz. Gosto de receber meus amigos e familiares sempre com uma comidinha boa”, conta. Nesse refúgio, ela passa suas horas de lazer e reúne a extensa família formada por 14 irmãos, todos vivos. “Minha mãe era muito acolhedora e eu também sou assim. Amo ficar com minha família.”

Nascida em Carapebus há 48 anos, ela vive desde a adolescência em Macaé, onde criou sua família com Cláudio Moacyr, o Cau. Com ele, a vendedora teve Laiz e Ana Angélica, seus dois te82 •

Com os 14 irmãos, Cema é só alegria e carinho Alle Tavares

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Por: Leila Pinho • Fotos: arquivo pessoal

A família significa para ela ambiente de acolhimento e amor. Cema não gosta muito de badalação, ela prefere mesmo é o calor e conforto do lar. Caseira convicta, ela conta com orgulho sobre a chácara que possui em Carapebus, onde está construindo uma casa para receber quem mais ama.

Na chácara, Iracema planeja montar um restaurante e área para eventos e praticar atividades que lhe dão muito prazer como cozinhar, decorar e preparar tudo para receber bem as visitas e convidados. Esporadicamente, ela realiza alguns eventos como almoços junto com uma equipe.

Para os clientes e amigos, Cema é só sorriso e energia boa

PINGUE-PONGUE Em Macaé, adoro ir... à praia. Um sonho... fazer meu lar em Carapebus. Uma frase... saúde é tudo. Filme... A culpa é das estrelas. Minha inspiração... o meu trabalho Comida predileta... a que é servida quentinha e fresquinha. Meu hobby... ir para a roça e receber quem eu amo. www.divercidades.com


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