Diario de Petropolis

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

56 anos

DIÁRIO DE PETRÓPOLIS

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cidade

Pontos cegos facilitam pichação de prédios A pichação que era um crime isolado hoje faz parte do artigo de Danos ao Patrimônio Publico. Elas podem ser desde pequenos rabiscos com canetinha até as mais elaboradas frases de ampla complexidade para o entendimento feitas com Spray. As pichações estão por todo o lugar: em paredes, muros, portões. E não há limite para esses vândalos, quanto mais arriscado for local para inserir sua marca melhor. Em Petrópolis essa realidade é presente tanto no Centro Histórico como nos distritos. A Guarda Municipal faz o acompanhamento principalmente do Centro através de câmeras de vigilância. Com elas é possível realizar inclusive os flagrantes. Outra ferramenta que tem ajudado a coibir esse tipo de atitude é o disque-denúncia da Guarda Municipal através do telefone 153. Os números relacionados a flagrantes de vândalos pichando o Patrimônio Público é relativamente pequeno, no entanto visivelmente percebe-se que essa prática ainda não foi totalmente erradicada. Segundo o comandante da Guarda Municipal Eliel Silveira, os vândalos picham para exibirem sua marca, para “demarcar território” e geralmente os lugares são os mais diversos, justamente para terem destaque e se mostrarem superiores perante os adversários ou gangues rivais. - O que o indivíduo quer

Fotos: Alan Alonso

O muro do Colégio Estadual Dom Pedro II é alvo fácil dos vândalos que emporcalham a cidade

é aparecer, quanto mais difícil o acesso, mais ele se sobressai sobre os outros – analisou. As pichações estão por toda parte, no Centro é possível encontrar a lateral do prédio dos Correios e toda a extensão do muro lateral e os fundos do Colégio Estadual Dom Pedro II totalmente marcados com dizeres desses vândalos. O comandante informou que a Rua Epitácio Pessoa, é justamente o local que separa os dois prédios e ali é um ponto cego onde as câmeras de vigilância não alcançam, por isso a área tem maior incidência desse tipo de poluição visual. De 2009 até 2011 foram registradas apenas nove

Cesta de compras registra queda de preço na cidade O custo da cesta de compras da cidade de Petrópolis ficou 0,72% mais barato em maio de 2011. Com este recuo, o valor médio da Cesta passou de R$ 440,51, em abril, para R$ 437,35, em maio. Nestes primeiros cinco meses do ano, apurou-se aumento de 5,55%, e nos últimos doze meses, a taxa ficou em 6,69%. O levantamento foi coordenado pelo SICOMÉRCIO (Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis) em parceria com a Fecomércio-RJ, entre os dias 01 e 31 de maio de 2011. O grupo Alimentação, que tem o maior peso na Cesta de Compras, apresentou recuo de 1,03%, enquanto o grupo composto por Artigos de Limpeza e Higiene Pessoal subiu 1,5% em maio. Em abril, essas variações haviam sido de 0,25% e de 1,9%, respectivamente. No mês, os itens que apontaram as maiores retrações de preços foram os seguintes: cenoura (-18,31%), laranja pêra (-16,04%), alface (-13,58%) e ovo de galinha (11,74%). Em contrapartida, batata e cebola, que registraram quedas intensas em abril, foram os itens que mais subiram de preço em maio, com reajustes de 32,57% e 17,2%, respectivamente.

acumulados no ano e nos últimos 12 meses Desde o início do ano, acumulou-se alta média de 5,55% no custo geral da Cesta de Compras consumida pelas famílias de Petrópolis. O valor ficou abaixo da taxa registrada em igual período do ano passado, quando os preços subiram 8,15%. Pelo quinto mês seguido, as famílias que recebem, mensalmente, de 3 a 5 salários mínimos apresentaram maior aumento acumulado de custos, com alta média de 6,41%. No período, tomate ficou 147,93% mais caro, seguido pela cebola (70,69%), pela cenoura (67,75%, apesar da queda no mês) e pela laranja pêra (42,89%, mesmo com o recuo verificado no mês). De maneira inversa, os itens que mais recuaram de preço foram: feijão (-11,72%) e carne bovina de primeira (-10,79%) e de segunda (8,94%). Os itens que acumularam as maiores altas nos preços foram os seguintes: laranja pêra (46,97%), frango (40,13%), ovo de galinha (23,97%, apesar da queda no mês), carne seca (22,34%) e óleo de soja (22,08%). Na contramão desses aumentos, estão: batata (-52,90%), cebola (-36,50%) e açúcar refinado (-10,88%).

ocorrências de pichações, e as ações foram caindo com o passar dos anos, em 2009 foram cinco registros, destes três na Catedral São Pedro de Alcântara. Já em 2010 este número caiu para três em lugares e horários distintos, o primeiro alvo foi a Praça Duque de Caxias no Centro, depois a Central de Monitoramento e por último a antiga Rodoviária Imperatriz Leopoldina. Em 2011 houve apenas um caso registrado em fevereiro. O último flagrante realizado pela Guarda Municipal foi em fevereiro deste ano, Eliel conta que já estavam a procura de uma pessoa que sempre fazia as mesmas pichações e essas “marcas”

servem para chegar até a pessoa que comete o crime. O homem foi detido, condenado e presta serviços comunitários. oito câmeras As oito câmeras distribuídas no Centro Histórico ajudam no monitoramento, mas elas também têm suas limitações, o equipamento que faz imagens da Rua Paulo Barbosa, por exemplo, tem alcance apenas até o abrigo Oscar Weinschenck. Para melhorar o desempenho da GM e coibir esses danos ao patrimônio entre outros, mais 20 câmeras serão instaladas na cidade trazendo mais segurança aos cidadãos. - Essas câmeras vão

para a Rua Teresa, os pontos cegos do Centro Histórico e Itaipava também – explicou Silveira. Mas os pontos cegos não são os únicos que atrapalham o monitoramento, outra dificuldade são as copas das árvores; as folhagens minimizam a visualização dos locais, para o comandante é preciso realizar a poda com frequência dessas árvores. Quem for pego em flagrante causando algum dano ao Patrimônio Público está violando o artigo 163 do Código Penal, por Dano ao Patrimônio onde destruir, inutilizar ou deteriorar pode levar a pena de um a seis meses de detenção ou multa. Muitos ainda acreditam que pichação e grafite é a mesma coisa, este último atualmente já é considerado como uma forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana, em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Eliel Silveira ressalta ainda que a pichação não pode ser confundida com grafite uma modalidade de desenho, onde os muros são pintados com caricaturas. Ele conta que uma denúncia chegou ao Batalhão da Guarda Municipal, dando conta que três jovens estavam pichando o muro dos fundos da Câmara dos Vereadores. - Quando chegamos os jovens não demonstraram

nenhuma reação. Um disse ter autorização do porteiro, como se tratava da Câmara entrei em contato com o presidente da Casa Legislativa Paulo Igor, para informar a situação, como os jovens realmente estavam fazendo um desenho no muro e o mesmo seria pintado em breve, o presidente pediu apenas que eles fossem identificados e liberados - disse.

Podas O presidente da Comdep, Anderson Juliano, informou por meio da assessoria de comunicação que as podas já são realizadas pela companhia na época adequada, sendo aos domingos no Centro Histórico por conta de menor trânsito. Para que a poda seja realizada, são necessários os laudos do Ibama e da Secretaria do Meio Ambiente que já foram disponibilizados. O presidente da Comdep informa ainda que atualmente está na época para poda e esse período será até o mês de agosto, por isso o serviço já começou a ser realizado neste mês de julho. Sobre as pichações em monumentos e/ou prédios públicos a Companhia esclarece que toda vez que informada sobre alguma pichação disponibiliza de imediato uma equipe para a limpeza.

Lei das sacolas faz aniversário de um ano em total esquecimento Basta entrar em qualquer supermercado para constatar que a lei que incentiva a não utilização de sacolas plásticas não “vingou”, pelo menos não no estado do Rio. De autoria do atual secretário Estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, a lei 5.502/2009 completa um ano de implantação no próximo dia 15. Aniversário de um ano de esquecimento. O texto da lei estipula desconto de R$0,03 a cada cinco mercadorias carregadas de qualquer outra forma que não com as sacolas plásticas, mas a medida ainda parece incapaz de exterminar velhos hábitos. O Diário de Petrópolis percorreu alguns dos principais mercados do Centro da cidade e verificou que as sacolinhas plásticas ainda estão em alta entre os consumidores petropolitanos. A balconista Marta Ferrari reconhece a importância da lei, mas admite que raramente leva sacolas reutilizáveis ao mercado. - Já trouxe as sacolas reutilizáveis, no começo. A lei é importante e acho que deveria haver uma maior conscientização. Infelizmente não pegou, acho que ainda vai demorar um pouco mais para esse tipo de comporta-

Os consumidores ainda utilizam muito as sacolas plásticas

mento se tornar um hábito entre a população - declarou, revelando desconhecer o desconto de R$ 0,03 oferecido a cada cinco mercadorias carregadas sem ser em sacos plásticos. A desinformação, aliás, é um dos motivos que faz com que a lei não pegue entre os consumidores.O desconto oferecido, considerado irrisório por muitos, e o costume de utilizar as sacolas para o acondicionamento do lixo doméstico, são fatores que também contribuem. - Já trouxe a sacola, mas não costumo trazer na maioria das vezes. Acho que se o desconto oferecido fosse maior, as pessoas iriam se interessar mais e seria mais

fácil de fazer com que trazer as sacolas de casa fosse um hábito- disse a costureira Ana Cristina Lima. - E como que a gente faz com lixo de casa? Vamos ter que comprar saco de lixo? Gastar dinheiro com uma coisa que temos acesso de graça? Isso eles não levam em conta- comentou a dona de casa Gláucia Maria Sampaio. Se não tornou-se costume, ao menos os mercados se esforçam para isso. Em todos os estabelecimentos percorridos foi possível encontrar cartazes com o texto da lei. O líder de caixa do supermercado Extra, da Rua Paulo Barbosa, explicou que apesar do incentivo para não utilização,

as sacolas plásticas ainda são a preferência. - Incentivamos, inclusive com o comunicado logo na entrada, mas as pessoas ainda não estão muito conscientizadas apesar da gente notar um aumento das pessoas que trazem essas bolsas de casa. A gente calcula algo em torno de 17 a 20 mil sacolas plásticas que saem do mercado por dia- informou. O mercado oferece, em todos os caixas, bolsas de pano pelo preço de R$2,69 De acordo com a Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj), são usados e descartados, em todo o estado, cerca de 200 milhões de sacolas plásticas por mês. Algo que preocupa, uma vez que muitos deles ajudam a entupir redes de água e esgoto, além de colocar em risco a fauna de rios e lagoas. Para se ter idéia dos prejuízos, um saco plástico leva 450 anos para se decompor na natureza. Exceção na multidão, a cozinheira Luisa da Silva entende que contribui fazendo sua parte. - Já trago as sacolas antes mesmo da lei. Além do desconto que oferecem, também faço minha parte para ajudar o meio-ambiente- considerou.

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