IX Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo

Page 1

I X B IA U





Nuevas GeografĂ­as Contextos iberoamericanos Novas Geografias Contextos Ibero-americanos New Geographies Ibero-American Contexts


IX Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo Nuevas Geografías Contextos iberoamericanos IX Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo Novas Geografias Contextos Ibero-americanos 9th Ibero-American Architecture and Urbanism Biennial New Geographies Ibero-American Contexts Ministerio de Fomento / Ministério do Fomento / Ministry of Development Ministra de Fomento / Ministra do Fomento / Minister of Development Ana María Pastor Julián Secretario de Estado de Infraestructuras, Transportes y Vivienda / Secretário de Estado de Infra-estruturas, Transportes e Habitação / Secretary of State for Infrastructure, Transport and Housing Rafael Catalá Polo

CONSEJO RECTOR / CONSELHO ADMINISTRATIVO / GOVERNING COUNCIL Ministerio de Fomento / Ministério do Fomento / Ministry of Development Director General de Arquitectura, Vivienda y Suelo / Director-Geral de Arquitectura, Habitação e Território / Director-General of Architecture, Housing and Land Juan Van-Halen Rodríguez Subdirector General de Arquitectura y Edificación / Subdirector-Geral de Arquitectura e Edificação / Deputy Director General for Architecture and Building Francisco Javier Martín Ramiro Ministerio de Asuntos Exteriores y de Cooperación / Ministério dos Assuntos Exteriores e da Cooperação / Ministry of Foreign Affairs and Cooperation Directora de Relaciones Culturales y Científicas. Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID) / Directora de Relações Culturais e Científicas. Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) / Director of Cultural and Scientific Relations. Spanish Agency for International Development Cooperation (AECID) Itziar Taboada Aquerreta ICEX España Exportación e Inversiones / ICEX Espanha Exportação e Investimentos / ICEX Spain Trade and Investment Consejera Delegada / Conselheira Delegada / CEO Mª del Coriseo González-Izquierdo Revilla


Fundación ICO - Museo ICO / Fundação ICO - Museu ICO / ICO Foundation - ICO Museum Directora / Directora / Director Mónica de Linos Escofet Consejo Superior de los Colegios de Arquitectos de España (CSCAE) / Conselho Superior das Ordens de Arquitectos de Espanha (CSCAE) / Higher Council of Spanish Architects' Guilds (CSCAE) Presidente / Presidente / Chair Jordi Ludevid I Anglada Fundación Arquia / Fundação Arquia / Arquia Foundation Presidente / Presidente / Chair Javier Navarro Martínez Ministerio de Relaciones Exteriores y Culto de la Nación Argentina / Ministério das Relações Exteriores e Culto da Nação Argentina / Ministry of External and Religious Affairs of the Argentine Nation Gobierno de Santa Fe / Governo de Santa Fé / Government of Santa Fe Gobernador de la Provincia de Santa Fe / Governador da Província de Santa Fé / Governor of the Province of Santa Fe Dr. Antonio J. Bonfatti Municipalidad de Rosario / Município de Rosário / Municipality of Rosario Intendente Municipalidad de Rosario / Presidente da Municipalidad de Rosário / Mayoress of Rosario Bq. Mónica Fein Universidad Nacional de Rosario / Universidade Nacional de Rosário / National University of Rosario Rector / Reitor / Rector Prof. Darío Maiorana Colegio de Arquitectos de la Provincia de Santa Fe / Ordem dos Arquitectos da Província de Santa Fé / Institute of Architects of the Province of Santa Fe Presidente / Presidente / Chair Edgardo R. Bagnasco Colegio de Arquitectos de la Provincia de Santa Fe. Distrito 2 Rosario / Ordem dos Arquitectos da Província de Santa Fé. Distrito 2 Rosário / Institute of Architects of the Province of Santa Fe, District 2, Rosario Presidente / Presidente / Chair Aureliano José Sarúa Coordinador General de las Bienales / Coordenador-Geral das Bienais / Biennial Co-ordinator General Carlos Baztán Lacasa


COMITÉ EJECUTIVO / COMITÉ EXECUTIVO / EXECUTIVE COMMITTEE Ministerio de Fomento / Ministério do Fomento / Ministry of Development Subdirección General de Arquitectura y Edificación / Sub-direcção geral de Arquitectura e Edificação / Directorate General for Architecture, Housing and Land Francisco Javier Martín Ramiro Subdirector / Subdirector-Geral / Deputy Director Eduardo Aragoneses Domínguez Raquel García Guijarro Ministerio de Asuntos Exteriores y de Cooperación / Ministério dos Assuntos Exteriores e da Cooperação / Ministry of Foreign Affairs and Cooperation Departamento de Cooperación y Promoción Cultural (AECID) / Departamento de Cooperação e Promoção Cultural (AECID) / Cultural Co-operation and Promotion Department (AECID) Guillermo Escribano Manzano Jefe / Chefe / Head Cristina del Moral Ituarte Consejo Superior de los Colegios de Arquitectos de España (CSCAE) / Conselho Superior das Ordens de Arquitectos de Espanha (CSCAE) / Higher Council of Spanish Architects' Guilds (CSCAE) Alfonso Toribio Gutiérrez Consejero de Asuntos Culturales / Conselheiro de Assuntos Culturais / Director of Cultural Affairs Fundación Arquia / Fundação Arquia / Arquia Foundation Gerardo García-Ventosa López Director / Director / Director Comisarios IX BIAU / Curadores IX BIAU / Curators IX BIAU Francisco Burgos y Ginés Garrido (España / Espanha / Spain) Gobierno de Santa Fe / Governo de Santa Fé / Government of Santa Fe Arq. Silvana Codina Secretaria de Arquitectura y Proyectos Especiales de la Provincia de Santa Fe / Secretaria de Arquitectura e Projectos Especiais da Província de Santa Fé / Secretariat of Architecture and Special Projects of the Province of Santa Fe Martín Bulos Secretario de Turismo / Secretário do Turismo / Secretary of Tourism Maria Julia Reina Municipalidad de Rosario / Município de Rosário / Municipality of Rosario Arq. Pablo Barese Secretario de Planeamiento de la Municipalidad de Rosario / Secretário do Planeamento da Municipalidade de Rosário / Secretary of Planning of the Municipality of Rosario Andrea Basso Silvina Turra Diego Sebben Facultad de Arquitectura, Planeamiento y Diseño. Universidad Nacional de Rosario / Faculdade de Arquitectura, Planeamento e Design. Universidade Nacional de Rosário / Faculty of Architecture, Planning and Design, National University of Rosario Arq. Dra. Ma. María Isabel Martínez de San Vicente Decana / Reitora / Dean Javier Elías Javier Povorzenic


Colegio de Arquitectos de la Provincia de Santa Fe / Ordem dos Arquitectos da Província de Santa Fé / Institute of Architects of the Province of Santa Fe Edgardo R. Bagnasco Presidente / Presidente / Chair Coordinador y comisario argentino IX BIAU Rosario 2014 / Coordenador e comissário argentino IX BIAU Rosário 2014 / Argentinian Co-ordinator and Commissioner IX BIAU Rosario 2014 Colegio de Arquitectos de la Provincia de Santa Fe. Distrito 2 Rosario / Ordem dos Arquitectos da Província de Santa Fé. Distrito 2 Rosário / Institute of Architects of the Province of Santa Fe, District 2, Rosario Aureliano José Sarúa Presidente / Presidente / Chair Luis Reggiardo Delegado Nacional de Argentina IX BIAU / Delegado Nacional de Argentina IX BIAU / Argentinian National Delegate IX BIAU Nicolás Campodónico COORDINACIóN GENERAL (ESPAÑA) / COORDENAçãO-GERAL (ESPANHA) / CO-ORDINATOR GENERAL (SPAIN) Coordinación general / Coordenação-geral / Co-ordinator General Carlos Baztán Lacasa SECRETARÍA PERMANENTE / SECRETARIADO PERMANENTE / PERMANENT SECRETARIAT Gloria Gómez Muñoz Leyre Salgado Almazán Consejo Superior de los Colegios de Arquitectos de España Paseo de la Castellana 12 28046 Madrid. España biau@arquinex.es SECRETARÍA ROSARIO, ARGENTINA / SECRETARIADO ROSARIO, ARGENTINA / SECRETARIAT ROSARIO, ARGENTINA Luciana Colasurdo Secretaria Colegio de Arquitectos de la Provincia de Santa Fe. Distrito 2 Rosario PRENSA / IMPRENSA / PRESS Beatriz Tejada Agustin Indelangelo Laura Cortés WEB http://www.bienalesdearquitectura.es Conpas


COMISARIADO / CURADORIA / CURATORSHIP

JURADOS / JÚRIS / JURIES

Comisarios / Curadores / Curators Francisco Burgos y Ginés Garrido (España / Espanha / Spain)

Obras / Obras / Works Francisco Aires Mateus (Portugal) Solano Benítez (Paraguay) Anita Berrizbeitia (Venezuela) Francisco Burgos & Ginés Garrido (España) Gerardo Caballero (Argentina) Francisco Pardo (México)

EXPOSICIóN / EXPOSIçAO / EXHIBITION Concepto y diseño / Conceito e design / Concept and Design Pablo Oriol, Fernando Rodriguez (FRPO Rodriguez & Oriol Arquitectos) Pablo Sequero, Guillermo Avanzini, Teresa Carro, Paloma Vallejo, Inés Olavarrieta Producción y montaje / Produção e montagem / Production and Setting Up Sebastián Weisz

Publicaciones / Publicações / Publications Ricardo Blinder (Argentina) Miguel Mesa (Colombia) Jeannette Plaut (Chile) Trabajos de Investigación / Trabalhos de Investigação / Research Work Teresa Caldeira (Brasil) Isabel Martínez San Vicente (Argentina) Louise Noelle (México) Asesores / Assessores / Consultants Pablo Altikes (Chile) Fernanda Canales (México) Martín Cobas (Uruguay) Julio César Diarte (Paraguay) Ana María Durán (Ecuador) Cristina Guedes (Portugal) Sandra Gutiérrez Poizat (El Salvador) João Mendes (Portugal) Alvaro Puntoni (Brasil) Francisco Rodríguez (Puerto Rico) Luis Tavares (Portugal) Henry Vicente (Venezuela) Videourbana Ángel Borrego (España) Tania Ruiz (Colombia) Premio Iberoamericano de Arquitectura y Urbanismo / Prémio Ibero-americano de Arquitectura e Urbanismo / Ibero-American Prize for Architecture and Urban Planning Francisco Aires Mateus (Portugal) Solano Benítez (Paraguay) Anita Berrizbeitia (Venezuela) Ricardo Blinder (Argentina) Ángel Borrego (España) Francisco Burgos & Ginés Garrido (España) Gerardo Caballero (Argentina) Teresa Caldeira (Brasil) Isabel Martínez San Vicente (Argentina) Miguel Mesa (Colombia) Louise Noelle (México) Francisco Pardo (Mexico) Jeannette Plaut (Chile) Tania Ruiz (Colombia)


DELEGADOS Y COMITÉS DE SELECCIóN / DELEGADOS E COMITÉS DE SELECçãO / DELEGATES AND SELECTION COMMITTEES ARGENTINA Delegado / Delegado / Delegate Nicolás Campodonico Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Eduardo Maestripieri Mariano Clusellas Ines Moisset Marcelo Villafañe Pablo Prone Alejandro Delucchi

CENTROAMÉRICA / AMÉRICA CENTRAL / CENTRAL AMERICA Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicaragua y Panamá Delegada / Delegada / Delegate Sandra Gutiérrez Poizat Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Rolando Barahona-Sotela Ana Alemán de Paredes Erik Wolfschoon

BOLIVIA / BOLíVIA

COLOMBIA / COLÔMBIA / COLUMBIA

Delegado / Delegado / Delegate Rolando Aparicio

Delegado / Delegado / Delegate Mauricio Rojas

Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Renzo Borja Godoy Patricia Dueri

Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Francisco Ramírez Mauricio Gaviria

BRASIL / BRAZIL

CHILE Delegado / Delegado / Delegate Pablo Altikes

Delegado / Delegado / Delegate Álvaro Puntoni Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Otavio Leonídio Bruno Santa Cecília Sergio Moacyr Marques Fabiano Sobreira Paulo Henrique Paranhos CARIBE / CARAíBAS / THE CARIBBEAN Cuba, Puerto Rico, República Dominicana Delegado / Delegado / Delegate Francisco Rodríguez Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee José Antonio Choy María Isabel Oliver Marcos Barinas Uribe

Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee David Assael David Basulto Sebastián Gray Tomás Villalón Pola Mora


ECUADOR / EQUADOR

PERÚ / PERU

Delegada / Delegada / Delegate Ana María Durán Calisto

Delegado / Delegado / Delegate Lucho Marcial

Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Florencio Compte Kenny Espinoza Ana María León Juan Pablo Malo José María Sáez Baquero

Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Paulo Dam Rosana Agios Lucho Rodríguez Claudia Delgado PORTUGAL

ESPAÑA / ESPANHA / SPAIN Delegados / Delegados / Delegates Fuensanta Nieto Enrique Sobejano Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Sol Madridejos Rafael Aranda MÉXICO / MEXICO Delegada / Delegada / Delegate Fernanda Canales Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee José Luis Cortés Delgado Alejandro Hernández Gálvez Mario Ballesteros PARAGUAY / PARAGUAI Delegado / Delegado / Delegate Julio César Diarte Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Ricardo Meyer Luis Alberto Boh

Delegada / Delegada / Delegate Cristina Guedes Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee João Mendes Ribeiro Luís Tavares Pereira URUGUAY / URUGUAI Delegado / Delegado / Delegate Martín Cobas Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Adrián Durán Thomas Sprechmann VENEZUELA Delegado / Delegado / Delegate Henry Vicente Comité de selección / Comité de selecção / Selection Committee Azier Calvo Alessandro Famiglietti Lorenzo González Casas


OTROS CONCURSOS / OUTROS CONCURSOS / OTHER COMPETITIONS Concurso Pabellón Temporal / Concurso Pavilhão Temporário / Temporary Pavilion Competition

Concurso de viviendas / Concurso de habitações / Housing Competition

Jurados / Membros do Júri / Judges

Asesores / Assessores / Consultants José Adolfo Dotta Cristian Leonard Van Poepelen

Ginés Garrido (Comisario de la IX Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo / Comissário da IX Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo / Curator of the 9th IberoAmerican Biennial Exhibition of Architecture and Urban Planning) Juan Andres Villalba (Gobierno de la Provincia de Santa Fe / Governo da Província de Santa Fé / Government of the Province of Santa Fe) Guillermo Adrian Castiglioni (Municipalidad de Rosario / Município de Rosário / Municipality of Rosario) Mariano Leguizamon (Facultad de Arquitectura, Universidad Nacional De Rosario / Faculdade de Arquitectura, Universidade Nacional de Rosário / Faculty of Architecture, National University of Rosario) Carlos Guido Malamud (Colegio de Arquitectos de la Provincia De Santa Fe / Ordem dos Arquitectos da Província de Santa Fé / Institute of Architects of the Province of Santa Fe) Miguel Ángel Brambilla (Colegio de Arquitectos Distrito 2, Rosario / Ordem dos Arquitectos. Distrito 2 Rosário / Institute of Architects, District 2, Rosario) Asesores / Assessores / Consultants Ruben Miguel Sarti Víctor Manuel Citta Giordano

Concurso de estudiantes / Concurso de estudantes / Competition for students Jurados / Membros do Júri / Judges Isabel Martínez de San Vicente (Decana de la Facultad de Arquitectura, Planeamiento y Diseño. Universidad Nacional de Rosario / Directora da Faculdade de Arquitectura, Planeamento e Design. Universidade Nacional de Rosário / Dean of the Faculty of Architecture, Planning and Design, National University of Rosario) Cristina Gómez (Vicedecana de la Facultad de Arquitectura, Planeamiento y Diseño. Universidad Nacional de Rosario / Vice-directora da Faculdade de Arquitectura, Planeamento e Design. Universidade Nacional de Rosário / Vice-Dean of the Faculty of Architecture, Planning and Design, National University of Rosario) Javier Elías (Secretario de Extensión de la Facultad de Arquitectura, Planeamiento y Diseño. Universidad Nacional de Rosario / Secretário de Difusão da Faculdade de Arquitectura, Planeamento e Design. Universidade Nacional de Rosário / Outreach Registrar of the Faculty of Architecture, Planning and Design, National University of Rosario)


Ana María Pastor Julián

«A menudo, el espacio tiene la misión de significar el tiempo y la historia»

Ministra de Fomento / Ministra do Fomento / Minister of Development

Jorge Luis Borges «Historias de jinetes», en Evaristo Carriego (1930)

La Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo es una iniciativa del Gobierno de España que cada dos años, desde 1998, viene convocando en una ciudad de la comunidad iberoamericana a los profesionales de ambas disciplinas para dar a conocer lo mejor de su producción. Tras este tiempo ha alcanzado ya la madurez como foro de permanente debate. En su novena edición, que se celebra en Rosario, Argentina, la Bienal reflexiona sobre el papel del arquitecto o del diseñador urbano en el contexto social y cultural en el que desarrolla su actividad, sobre el clima y sobre las tecnologías disponibles en el amplio y diverso ámbito iberoamericano. El espíritu cosmopolita se puede apreciar en muchas de las muestras de la arquitectura iberoamericana reciente seleccionadas por la Bienal, que sin perder nada de su ambición innovadora e universal, están comprometidas con las culturas de las personas a las que sirven, con el ambiente y los lugares en los que se construyen. Hoy, como ocurrió hace sesenta años, cuando la obra de los pioneros del movimiento moderno iberoamericano captaron la atención del MoMA de Nueva York, o de las más influyentes revistas, la arquitectura iberoamericana concita el interés de la crítica y de los medios académicos y especializados de todo el mundo, pues en nuestros países se está produciendo un conjunto de obras que son muestra de la vitalidad y potencia de nuestras arquitecturas, que a su vez constituyen la mejor representación de la pujanza de esta comunidad, con fuertes lazos entre sí en lo cultural. Nos parece que la Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo sigue cumpliendo con su misión de ser útil a la arquitectura pero sobre todo a los ciudadanos. Porque permite dar a conocer voces nuevas de una arquitectura cargada de visión transformadora, atenta a la responsabilidad ambiental y sensible al lugar donde se produce; acostumbrada a construir con los medios disponibles. También, nos ofrece la oportunidad de poner la lupa sobre determinadas trayectorias profesionales, otorgándoles el reconocimiento mundial que se merecen. O de difundir los trabajos de investigación, las publicaciones o los resultados de concursos para estudiantes. Por todo ello, desde el Ministerio de Fomento del Gobierno de España, agradecemos la colaboración de cuantos hacen posible la Bienal. Las instituciones públicas y profesionales españolas que la promueven con nosotros, y difunden este certamen desde hace casi veinte años, la Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo, el Consejo Superior de los Colegios Oficiales de Arquitectos de España y la Fundación Arquia. También,


“Frequentemente, o espaço tem a missão de significar tempo e história”

“The mission of space is often to give meaning to time and to history”

Jorge Luis Borges “Historias de Jinetes”, in Evaristo Carriego (1930)

Jorge Luis Borges ‘Stories of Horsemen’ in Evaristo Carriego (1930)

A Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo é uma iniciativa do Governo de Espanha que de dois em dois anos, desde 1998, convoca para uma cidade da comunidade ibero-americana os profissionais de ambas as disciplinas para darem a conhecer o melhor da sua produção. Transcorrido este tempo, o evento alcançou a maturidade como fórum ineludível de permanente debate. Na sua nona edição, que decorrerá em Rosário, na Argentina, a Bienal reflecte sobre o papel do arquitecto e do urbanista no contexto social e cultural em que desenvolvem a sua actividade, sobre o clima, e sobre as tecnologias disponíveis no vasto e diversificado universo ibero-americano. O espírito cosmopolita pode-se apreciar em muitos dos exemplos recentes da arquitectura ibero-americana seleccionados pela Bienal, que, sem nada perderem da sua ambição inovadora e universal, estão comprometidos com as culturas das pessoas a quem servem, com o ambiente e os lugares onde se constroem. Hoje, como sucedeu há sessenta anos, quando a obra dos pioneiros do movimento moderno ibero-americano captou a atenção do MoMA de Nova Iorque ou das mais influentes revistas, a arquitectura ibero-americana atrai um inusitado interesse da crítica e dos meios académicos e especializados de todo o mundo, porque estão a surgir, nos nossos países, todo um conjunto de obras que são prova da vitalidade e do potencial das nossas arquitecturas, que por sua vez constituem a melhor representação da pujança desta comunidade, dinâmica no âmbito económico e com fortes laços que a unem no âmbito cultural. É nosso parecer que a Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo continua a cumprir a sua missão de ser útil à arquitectura, mas sobretudo aos cidadãos: porque permite dar a conhecer novas vozes de uma arquitectura carregada de visão transformadora, atenta à responsabilidade ambiental e sensível ao lugar onde se produz, e habituada a construir com os meios disponíveis. Simultaneamente, proporciona-nos a oportunidade de observar de perto determinadas trajectórias profissionais, outorgando-lhes o reconhecimento mundial que merecem, e difunde trabalhos de investigação, publicações e resultados de concursos para estudantes. Por tudo isto, o Ministério do Fomento do Governo de Espanha agradece a colaboração de todos quantos tornam possível a Bienal. As instituições públicas e profissionais espanholas que connosco promovem e difundem este certame há quase vinte anos, a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, o Conselho Superior das Ordens Oficiais de Arquitectos de Espanha e a Fundação Arquia. E também, como é evidente, a extensa rede de delegados nacionais da Bienal, os

The Biennial Ibero-American Exhibition of Architecture and Urban Planning is an initiative of the Government of Spain which, every two years since 1998, has been bringing together, in a city of the Ibero-American community, the professionals of both disciplines in order to increase awareness of the best of their production. After all this time, it has already reached maturity as a forum for ongoing debate. On this ninth occasion, when the venue is Rosario, Argentina, the Exhibition reflects on the rôle of the architect or urban planner in the social and cultural context in which their work is done, on the climate, and on the technologies that are available in the wide and varied Ibero-American scene. The cosmopolitan spirit can be discerned in many of the examples of recent Ibero-American architecture selected by the Exhibition, which, without losing any of their innovative and universal ambition, are committed to the cultures of the people whom they serve, to the environment and the places in which they are built. Today, as happened sixty years ago, when the work of the pioneers of the modern Ibero- American movement captured the attention of the MoMA of New York, and of the most influential reviews, Ibero-American architecture is arousing the interest of the critics and the academic and specialized media of the whole world, because in our countries a group of works are being produced which are proof of the vitality and power of our architectures, which in turn constitute the best representation of the strength of that community, with strong ties among its members, in everything related to culture. It appears to us that the Biennial Ibero-American Exhibition of Architecture and Urban Planning continues to fulfil its mission of being useful to architecture, but especially to the citizens. Because it introduces new voices in an architecture which is charged with transforming vision, attentive to environmental responsibility, sensitive to the place where it is produced and accustomed to building with the available means. It also gives us the opportunity to focus on certain professional careers, and to grant them the worldwide recognition that they deserve. Or to disseminate research work, publications or the results of competitions for students. For all of these reasons, from the Ministry of Development of the Government of Spain, we express our thanks for the collaboration of all those who have made this Biennial Exhibition possible: the Spanish public and professional institutions who promote it with us, and who have been disseminating this competition for almost twenty years, the Spanish Agency for International Co-operation for Development, the Higher Council of Architects’


cómo no, a la extensa red de delegados nacionales de la Bienal, a los jurados y al conjunto de profesionales movilizados para su organización, que me gustaría personificar en los Comisarios de la presente edición, los arquitectos Francisco Burgos y Ginés Garrido. Felicitamos a todos los arquitectos participantes, por la calidad de sus trabajos, muy particularmente a aquéllos que han resultado premiados. Y por último, felicitamos y agradecemos muy sinceramente la acogida de este evento a las instituciones argentinas, locales, regionales y nacionales comprometidas en su realización, el Ministerio de Relaciones Exteriores y Culto de la Nación Argentina, el Gobierno de Santa Fe, la Municipalidad de Rosario, la Universidad Nacional de Rosario, y el Colegio de Arquitectos de la Provincia de Santa Fe, particularmente su Distrito 2 Rosario.

12

IX BIAU


membros dos júris e todo o conjunto de profissionais mobilizados para a sua organização, que gostaria de individualizar nos Comissários da presente edição, os arquitectos Francisco Burgos e Ginés Garrido, pois o seu trabalho é garantia da excelência dos resultados. Felicitamos todos os arquitectos participantes, pela qualidade dos seus trabalhos, muito particularmente aqueles que foram premiados. E, finalmente, congratulamo-nos e agradecemos muito sinceramente o acolhimento deste evento às instituições argentinas, locais, regionais e nacionais, envolvidas na sua realização: o Ministério de Relações Exteriores e Culto da Nação Argentina, o Governo de Santa Fé, a Municipalidade de Rosário, a Universidade Nacional de Rosário e a Ordem de Arquitectos da Província de Santa Fé, particularmente o seu Distrito 2 Rosário.

Associations of Spain and the Arquia Foundation. Also, of course, the extensive network of national delegates of the Exhibition, the juries and all the professionals who mobilized to organize it, of whom I should like to mention specially the Commissioners for this event, the architects Francisco Burgos and Ginés Garrido. We congratulate all the participating architects for the quality of their work, and particularly those who have received prizes. And finally, we congratulate and thank very sincerely the Argentinian local, regional and national institututions for their hosting of this event, as well as the Ministry of Foreign and Religious Affairs of the Argentine Nation, the Government of Santa Fe, the Municipality of Rosario, the National University of Rosario, and the Architects’ Association of the Province of Santa Fe, particularly its Rosario District 2.

IX BIAU

13


Mónica Fein

Rosario, sede de la IX BIAU 2014

Intendenta Municipal de Rosario / Presidente da Municipalidad de Rosário / Mayoress of Rosario

Asumimos la elección de Rosario como sede de la IX Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo como reconocimiento a las políticas urbanas que viene desarrollando la ciudad en un proceso de continuidad inédito en el país y la región. Esta construcción colectiva ha sido posible a partir de la participación ciudadana en democracia y se ha convertido en un proyecto integrador, que responde al objetivo de dar respuesta al interés común de los ciudadanos. Acoger esta Bienal, que por primera vez se va a llevar a cabo en nuestro país, supone que la ciudad se convierta en el foco de debate y difusión de los valores de la Arquitectura y el Urbanismo de los países de Iberoamérica, siendo la oportunidad para la difusión de la situación actual y prospectiva de la arquitectura y del urbanismo en la comunidad iberoamericana. Esta Bienal abordará en nuestra ciudad aspectos de particular relevancia como el reconocimiento de trayectorias profesionales y de obras significativas, publicaciones del sector, premiación de trabajos de investigación e ideas de arquitectos y estudiantes a través de concursos en la red. Pero será sin duda además la oportunidad para que la ciudadanía en su conjunto participe con entusiasmo de este evento que se desarrollará en un espacio público altamente caracterizado de la ciudad, el Parque Nacional a la Bandera, la franja joven y los espacios culturales desplegados en la costa central. Con esto también Rosario se consolida año tras año como sede de congresos, jornadas, simposios y actividades relacionadas que la han posicionado como una importante plaza en la materia, a nivel nacional e internacional. Esta afianzada trayectoria resume el interés y capacidad que tiene nuestra ciudad para organizar importantes actividades y eventos capaces de contribuir, como en este caso, a la formación de un pensamiento crítico y a una política cultural integrada en materia de arquitectura y urbanismo, articulando un espacio permanente de reflexión y debate, y promoviendo el interés y la participación de distintos segmentos sociales en la protección del territorio, en la construcción de la ciudad y en la inserción de la arquitectura como factor de oportunidad y referencia.


Rosário, sede da IX BIAU 2014

Rosario as the venue for the IXth BIAU in 2014

Assumimos a escolha de Rosário como sede da IX Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo como o reconhecimento das políticas urbanas que a cidade tem vindo a desenvolver, num processo de continuidade inédito no país e na região. Esta construção colectiva foi possível a partir da participação cidadã, em democracia, e converteuse num projecto integrador, que reflecte o objectivo de dar resposta ao interesse comum dos cidadãos.

We consider the choice of Rosario as the venue for the IXth Biennial Ibero-American Exhibition of Architecture and Urban Planning as the recognition of the urban policies which the city has been developing in a process of continuity unprecedented in the country and in the region. This collective construction has been possible as a result of the citizens’ participation in democracy, and has become an integrative project which achieves the objective of responding to the common interest of the citizens.

Acolher esta Bienal, que pela primeira vez se realiza no nosso país, pressupõe que a cidade se transforme num centro de debate e difusão dos valores da Arquitectura e do Urbanismo nos países da Ibero-América, constituindo uma oportunidade para divulgar a situação actual e prospectiva da arquitectura e do urbanismo na comunidade ibero-americana. No nossa cidade, a Bienal abordará aspectos de particular relevância, como o reconhecimento de trajectórias profissionais, de obras significativas e de publicações do sector, a atribuição de prémios a trabalhos de investigação e ideias de arquitectos e estudantes através de concursos em rede. Mas, para além de tudo isto, constituirá sem dúvida a oportunidade para que a cidadania, no seu conjunto, participe com entusiasmo neste evento, que se localizará num espaço público de fortes características da nossa cidade, o Parque Nacional à Bandeira, o sector jovem e os espaços culturais que se estendem pela costa central. Com esta iniciativa, Rosário consolida-se também, ano após ano, como sede de congressos, jornadas, simpósios e acções associadas, que posicionam a cidade como um importante centro nesta matéria, a nível nacional e internacional. Esta trajectória segura sintetiza o interesse e a capacidade da nossa cidade para organizar importantes actividades e eventos capazes de contribuir, como neste caso, para a formação de um pensamento crítico e para uma política cultural integrada em matéria de arquitectura e urbanismo, articulando um espaço permanente de reflexão e debate, e promovendo o interesse e a participação de diversos segmentos sociais na protecção do território, na construção da cidade e na inserção da arquitectura como factor de oportunidade e referência.

The hosting of this Exhibition, which for the first time will be taking place in our country, will result in the city’s becoming the focus of debate and dissemination of the values of the architecture and urban planning of the countries of IberoAmerica, and this will be the opportunity to broadcast information about the current and prospective situation of architecture and urban planning in the Ibero-American community. The Exhibition in our city will deal with aspects of particular relevance, such as the recognition of professional careers and significant works, publications of the sector, and the awarding of prizes for the research work and ideas of architects and students after competitions over the Internet. But it will doubtless also be the opportunity for all of the citizens to participate enthusiastically in this event which will take place in a public space that is highly characteristic of the city, the Parque Nacional a la Bandera, the young fringe, and in the cultural areas that are spread out along the central coast. Rosario is becoming established, year after year, as a venue for congresses, conferences, symposia and related activities which have positioned it as an important national and international forum for this purpose. That secured trajectory sums up our city’s interest and ability in organizing important activities and events which are capable of contributing, as in this instance, to the formation of critical thinking and a comprehensive cultural policy on architecture and urban planning, creating a permanent area for reflection and debate, and encouraging the interest and participation of different segments of society in the protection of the territory, the construction of the city and the incorporation of architecture as a creator of opportunity and a reference.


IX Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo Nuevas Geograf铆as Contextos iberoamericanos IX Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo Novas Geografias Contextos Ibero-americanos 9th Ibero-American Architecture and Urbanism Biennial New Geographies Ibero-American contexts

Ministerio de Relaciones Exteriores y Culto de la Naci贸n Argentina


I X B IA U


Índice / Índice / Contents

20 Nuevas geografías / Novas geografias / New Geographies Francisco Burgos y Ginés Garrido 22 Premio Iberoamericano de Arquitectura y Urbanismo / Prémio Ibero-americano de Arquitectura e Urbanismo / Ibero-American Prize for Architecture and Urban Planning 24 Acta del jurado / Acta do Júri / Minutes of the Jury 26 Fruto Vivas 28 Hacia una arquitectura de masas / Rumo a uma arquitectura de massas / Towards an Architecture of the Masses Fruto Vivas 37 Proyectos de arquitectura / Projetos de arquitectura / Architecture Works 38 Club Táchira, 1954 46 Casa El Tarantín, 1976 54 Árbol para vivir, 1990 62 Panorama de Obras / Panorama de Obras / Overview of Works 64 Casa M Estudio aire (Juan Germán Guardati, Román Renzi y Virginia Kahanoff) 74 Complejo «El Mangaleta» Marco Rampulla 84 Edificio Sucre 4444 Javier Esteban, Romina Tannenbaum y Mario Tannenbaum 94 Hostería Varvarco DINAMO ARQUITECTURA (Lorena Eguiguren, Juan Marcos Basso, Carlos Franzán, Ignacio López Varela y Carlos Menna); Matías Forsetti, Fernando Páramo, Verónica Güichal, Valeria Petrini y Soledad Lozano 104 Casa de fim de semana spbr arquitetos


114 Conjunto Habitacional Jardim Edite MMBB e H+F arquitetos

254 Casa Talavera Arnaldo Acosta y Adriana Valet

124 Praça das Artes Brasil Arquitetura (Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz com Luciana Dornellas) e Marcos Cartum / Secretaría Municipal de Cultura

264 Casa Las Mercedes Lukas Fúster

134 Sede da Inspetoria do CREA-PB MAPA 144 Colegio Alianza Francesa Jean Mermoz Guillermo Hevia García y Nicolás Urzúa Soler 154 Centro de Desarrollo Infantil El Guadual Daniel Feldman e Iván Quiñones 164 Jardín infantil Santo Domingo Savio Plan B arquitectos 174 Hospital Paramétrico de Puyo PMMT (Patricio Martínez y Maximià Torruella) 184 El «B». Auditorio en Cartagena selgascano 194 Espacio Transmisor del Túmulo Dolmen Megalítico de Seró Toni Gironés 204 Viviendas sociales en Vallecas Guillermo Vázquez Consuegra 214 Biblioteca Casa de las Ideas CRO studio 224 Centro Académico y Cultural San Pablo, Fundación A. Harp-Helú Taller de Arquitectura Mauricio Rocha 234 Edificio Alfonso Reyes Gabriela Etchegaray y Jorge Ambrosi 244 La Tallera Siqueiros Frida Escobedo

274 Vivienda BOCETO Luis Alberto Elgue Sandoval y Cynthia Solís Patri 284 Colegio Santa Elena de Piedritas Carlos Andrés Restrepo y Elizabeth Milagros Añaños 294 Casa CZ Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira 304 Escola de Leça do Balio ANC arquitectos (Teresa Maria Dias Novais Gonçalves) 314 Habitações em Valadas João Luís Carrilho da Graça 324 Percurso pedonal assistido da Baixa ao Castelo de S. Jorge João Pedro Falcão de Campos 334 Reconversão do Convento das Bernardas Eduardo Souto de Moura 344 Teatro Thalia Gonçalo Byrne, Patrícia Barbas e Diogo Lopes 354 Sierra Ballena I Pablo Héctor Ferreiro, Saturnino Armendares, Joaquín Ignacio Leunda, Roberto Félix Dufrechou y Andrés Gómez Muñoz 364 Exposición / Exposição / Exhibition 382 Publicaciones / Publicaçoes / Publications Trabajos de investigación / Trabalhos de investigação / Research Videourbana


Nuevas geografías / Novas geografias / New Geographies

Francisco Burgos y Ginés Garrido Burgos & Garrido Arquitectos Asociados Comisarios / Curadores / Curators

La geografía de Iberoamérica está sufriendo una transformación formidable, compleja y contradictoria, y de consecuencias globales, en la que conviven al tiempo atraso y modernidad. El crecimiento económico y la estabilidad política sostenida de la mayoría de los países que forman la comunidad Iberoamericana, el incremento de las relaciones culturales entre ellos, y el desplazamiento de una parte importante del comercio mundial del Atlántico al Pacífico están modificando la geografía del continente. Esta transformación necesita del desarrollo de infraestructuras de transporte, energéticas y urbanas de una escala inédita hasta ahora, que, además, construyen un nuevo paradigma geográfico en Latinoamérica, que ha pasado de tener como directriz principal la conexión Norte Sur y la de cada uno de los países Iberoamericanos con otros en el exterior, a otra transversal en sentido Este Oeste, del Atlántico al Pacífico, y una relación cada vez más fluida entre las ciudades, las regiones, los países y sus ciudadanos, aunque existen aún grandes inequidades. En el extremo opuesto de la escala, las geografías específicas de cada lugar, el contexto social y cultural, el clima, la tecnología disponible alcanzan cada vez más una importancia crítica para la arquitectura, el territorio y las ciudades. Estas consideraciones han estado siempre en las arquitecturas más valiosas, pero hoy los procesos globales y su consecuente homogeneidad cultural y formal impiden con frecuencia desvelar y valorar aquello más cercano. Aun así y precisamente por ello es cada vez más necesario encontrar las arquitecturas que se adapten mejor a cada contexto y extraigan de él sus cualidades. La IX Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo querría situarse en estos dos extremos, que parecen lejanos pero que son la cara y el envés de la misma moneda y ambos consecuencia de la globalización. Esta Bienal quisiera reflexionar sobre la relevancia del papel del arquitecto y del diseñador urbano en estos nuevos territorios de escalas continentales y, al tiempo, indagar de qué modo el arquitecto puede entender hoy lo específico de cada lugar como un instrumento para producir la mejor arquitectura. La IX BIAU aspira a encontrar y mostrar los mejores proyectos de arquitectura y de diseño urbano que incorporen los contextos, las demandas sociales, tecnológicas y climáticas en la escala de la arquitectura, pero también señalar aquellas iniciativas y estrategias territoriales y urbanas que ayuden a construir nuevas geografías que incorporen las exigencias de las infraestructuras, resuelvan las tensiones económicas, valoren las ecologías únicas de Iberoamérica y sean capaces de añadir valores urbanos, territoriales y culturales y puedan ser un vehículo de mayor cohesión social.

20

IX BIAU


A geografia da Ibero-América está a sofrer uma imensa transformação, complexa e contraditória, e de consequências globais, em que simultaneamente convivem atraso e modernidade. O crescimento económico e a estabilidade política sustentada da maioria dos países que formam a comunidade ibero-americana, o incremento das relações culturais entre eles e o deslocamento de uma importante parte do comércio mundial do Atlântico para o Pacífico estão a transformar a geografia do continente. Esta transformação exige o desenvolvimento de infraestruturas de transporte, energéticas e urbanas de uma escala inédita até agora, que, para além do mais, estabelecem um novo paradigma geográfico na América Latina, que deixou de ter como directriz principal a ligação Norte/Sul e a de cada um dos países ibero-americanos com outros no exterior, para passar a ter um outro eixo, transversal, no sentido Este/Oeste, do Atlântico ao Pacífico, e uma relação cada vez mais fluida entre as cidades, as regiões, os países e os seus cidadãos, embora existam ainda grandes iniquidades.

The geography of Ibero-America is undergoing a transformation that is formidable, complex, contradictory and with global consequences, in which backwardness and modernity co-exist. The economic growth and sustained political stability of the majority of the countries which compose the Ibero-American community, the increase in the cultural relations among them, and the shift of a large part of world trade from the Atlantic to the Pacific are changing the geography of the continent. This transformation necessitates a development of transport, energy and urban infrastructures on an unprecedented scale which, in addition, is constructing a new geographic pattern in IberoAmerica which has changed from having, as its main guidelines, first, the North/South connection and secondly the connection of each of the Ibero-American countries with other countries abroad, to another ,transversal, connection in the East/West direction, from the Atlantic to the Pacific, with relationships which are more and more fluid between the cities, the regions, the countries and their citizens, although great inequalities still exist.

No extremo oposto da escala, as geografias específicas de cada lugar, o contexto social e cultural, o clima, a tecnologia disponível, têm cada vez mais uma importância crucial para a arquitectura, o território, as cidades. Estas considerações sempre estiveram presentes nas arquitecturas mais valiosas, mas, hoje em dia, os processos globais e a sua consequente homogeneidade cultural e formal impedem frequentemente a revelação e a valorização daquilo que está mais próximo. Ainda assim, e precisamente por isso, é cada vez mais necessário encontrar as arquitecturas que melhor se adaptem a cada contexto e dele extraiam as suas qualidades.

At the other end of the scale, the specific geographies of each place, the social and cultural context, the climate and the available technology are all acquiring an importance for architecture, the territory and the cities which is more and more critical. These considerations have always been present in the most valuable architectures, but, today, global processes and the resulting cultural and formal homogeneity frequently prevent what is closest to us from being revealed and appreciated. Even so, that is precisely why it is more and more necessary to find the types of architecture which adapt themselves best to each context and derive their qualities from that context.

A IX Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo gostaria de se situar nestes dois extremos, que parecem distantes mas que são o verso e o reverso da mesma moeda e ambos consequência da globalização. Esta Bienal pretende reflectir sobre a relevância do papel do arquitecto e do urbanista nestes novos territórios de escalas continentais e, ao mesmo tempo, questionar de que modo pode o arquitecto entender hoje a especificidade de cada lugar como um instrumento para produzir a melhor arquitectura.

The IXth Biennial Ibero-American Exhibition of Architecture and Urban Planning would like to position itself at these two extremes, which seem so distant but which are the two sides of the same coin, and are both the result of globalization. This Biennial Exhibition wanted to reflect on the relevance of the rôles of the architect and the urban designer in these new territories of continental dimensions, and, at the same time, investigate into how , today, the architect can understand the specifics of each place as a means of producing the best architecture.

A IX BIAU ambiciona encontrar e mostrar os melhores projectos de arquitectura e de desenho urbano que incorporem os contextos, as reivindicações sociais, tecnológicas e climáticas na escala da arquitectura, mas também assinalar aquelas iniciativas e estratégias territoriais e urbanas que ajudem a construir novas geografias, que incorporem as exigências das infraestruturas, resolvam as tensões económicas, valorizem as ecologias únicas da Ibero-América e sejam capazes de acrescentar valores urbanos, territoriais e culturais, e possam ser um veículo para uma maior coesão social.

The IX BIAU aspires to find and show the best projects of architecture and urban design which incorporate the contexts and the social, technological and climatic requirements into the scale of the architecture, but also to show those territorial and urban initiatives and strategies that help to construct new geographies which incorporate the demands of the infrastructures, resolve the economic tension, value the unique ecologies of Ibero-America and are capable of adding urban, territorial and cultural values and of being a vehicle of better social cohesion.

IX BIAU

21


Premio Iberoamericano de Arquitectura y Urbanismo / PrĂŠmio Ibero-americano de Arquitectura e Urbanismo / Ibero-American Prize for Architecture and Urban Planning

Fruto Vivas



Acta del jurado / Acta do Júri / Minutes of the Jury

Madrid, 11 de mayo de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid Miembros del Jurado Francisco Aires Mateus [Portugal] Solano Benítez [Paraguay] Anita Berrizbeitia [Venezuela] Francisco Burgos & Ginés Garrido (1 voto) [España] Gerardo Caballero [Argentina] Francisco Pardo [México] Teresa Caldeira [Brasil] Isabel Martínez San Vicente [Argentina] Louise Noelle [México] Ricardo Blinder [Argentina] Miguel Mesa [Colombia] Jeannette Plaut [Chile] Tania Ruiz [Colombia] Ángel Borrego [España] Actúa como Secretaría del Jurado la Secretaría Permanente de la BIAU (sin voz ni voto) La Secretaría Permanente traslada a los miembros del Jurado el listado de los candidatos seleccionadas por los respectivos comités nacionales en base a los candidatos propuestos y que son los que se recogen en la siguiente lista. Nuno Portas [Portugal] Joao Luis Carrilho da Graça [Portugal] Antonio Vázquez de Castro [España] Guillermo Vázquez Consuegra [España] Fruto Vivas [Venezuela] Augusto Leopoldo Pantarotto [Argentina] Jorge Mario Jaúregui [Argentina] Carlos E. Betancourt [Puerto Rico] Peter Gieseman [Guatemala] Teresa Guisbert de Mesa [Bolivia] Alvaro Gustavo Medeiros [Bolivia] Miltón Barragán [Ecuador] Ovidio Wappenstein [Ecuador] Tras examinar las propuestas, el Jurado acuerda por unanimidad conceder el Premio Iberoamericano de Arquitectura y Urbanismo de la IX BIAU al arquitecto venezolano FRUTO VIVAS por su consecuente trayectoria de más de 60 años en el oficio de la arquitectura, tanto a nivel proyectual como docente; dejando un sólido legado en la investigación de temas referentes a la innovación y la sustentabilidad en la construcción, tanto en el ámbito público como en el privado. En Madrid, a 11 de mayo de 2014

24

IX BIAU


Madrid, 11 de Maio de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Madrid, 11 May, 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Membros do Júri

Members of the Jury

Francisco Aires Mateus [Portugal] Solano Benítez [Paraguai] Anita Berrizbeitia [Venezuela] Francisco Burgos & Ginés Garrido (1 voto) [Espanha] Gerardo Caballero [Argentina] Francisco Pardo [México] Teresa Caldeira [Brasil] Isabel Martínez San Vicente [Argentina] Louise Noelle [México] Ricardo Blinder [Argentina] Miguel Mesa [Colômbia] Jeannette Plaut [Chile] Tania Ruiz [Colômbia] Ángel Borrego [Espanha]

Francisco Aires Mateus [Portugal] Solano Benítez [Paraguay] Anita Berrizbeitia [Venezuela] Francisco Burgos & Ginés Garrido (1 vote) [Spain] Gerardo Caballero [Argentina] Francisco Pardo [Mexico] Teresa Caldeira [Brazil] Isabel Martínez San Vicente [Argentina] Louise Noelle [Mexico] Ricardo Blinder [Argentina] Miguel Mesa [Colombia] Jeannette Plaut [Chile] Tania Ruiz [Colombia] Ángel Borrego [Spain]

Actua como Secretária do Júri a Secretária Permanente da BIAU (sem voz nem voto)

The Permanent Secretary of the BIAU acts as Secretary for the Jury (without voice or vote)

A Secretária Permanente transfere para os membros do Júri a listagem de candidatos seleccionados pelos respectivos comités nacionais com base nos candidatos propostos e que são os que se apontam na seguinte lista.

The Permanent Secretary gave the members of the Jury the list of the candidates selected by the respective national committees from the candidates proposed: they are those included in the following list.

Nuno Portas [Portugal] João Luís Carrilho da Graça [Portugal] Antonio Vázquez de Castro [Espanha] Guillermo Vázquez Consuegra [Espanha] Fruto Vivas [Venezuela] Augusto Leopoldo Pantarotto [Argentina] Jorge Mario Jaúregui [Argentina] Carlos E. Betancourt [Porto Rico] Peter Gieseman [Guatemala] Teresa Guisbert de Mesa [Bolívia] Alvaro Gustavo Medeiros [Bolívia] Miltón Barragán [Equador] Ovidio Wappenstein [Equador]

Nuno Portas [Portugal] Joao Luis Carrilho da Graça [Portugal] Antonio Vázquez de Castro [Spain] Guillermo Vázquez Consuegra [Spain] Fruto Vivas [Venezuela] Augusto Leopoldo Pantarotto [Argentina] Jorge Mario Jaúregui [Argentina] Carlos E. Betancourt [Puerto Rico] Peter Gieseman [Guatemala] Teresa Guisbert de Mesa [Bolivia] Alvaro Gustavo Medeiros [Bolivia] Miltón Barragán [Ecuador] Ovidio Wappenstein [Ecuador]

Após examinar as propostas, o Júri decide por unanimidade conceder o Prémio Ibero-americano de Arquitectura e Urbanismo da IX BIAU ao arquitecto venezuelano FRUTO VIVAS, pela sua consequente trajectória de mais de 60 anos no ofício da arquitectura, tanto a nível projectual como docente, deixando um sólido legado na investigação de temas referentes à inovação e à sustentabilidade na construção, tanto no âmbito público como no privado.

After examining the proposals, the Jury unanimously agreed to award the Ibero-American Prize for Architecture and Urban Planning of the IX BIAU to the Venezuelan architect FRUTO VIVAS, for his consistency in his career of more than 60 years as a professional architect, both in projects and in teaching, which has left a solid legacy of research into subjects connected with innovation and sustainability in construction, both public and private.

Em Madrid, aos 11 de Maio de 2014

Madrid, 11 May, 2014

IX BIAU

25


Fruto Vivas

Foto Efraín Vivas

Fruto Vivas nace en La Grita, Páramo de La Negra, estado de Táchira, Venezuela, el 21 de enero de 1928. Durante su etapa de estudiante de arquitectura trabaja como calígrafo, pintor de anuncios de carretera, diseñador y ayudante de su primer maestro, José Agüero. Antes de concluir sus estudios de arquitectura proyecta y construye la Iglesia del Divino Redentor en La Concordia, San Cristóbal. En 1955, después de graduarse en la Universidad Central de Venezuela, gana el concurso para diseñar y construir el Club Táchira en Colinas de Bello Monte, a propósito de cuya membrana lleva a cabo una investigación en colaboración con Eduardo Torroja. En los años siguientes proyecta y lleva a término diversos proyectos experimentales que exploran la industria de la prefabricación, los sistemas de estructuras estéreas de acero, así como la construcción en barro y madera mediante técnicas populares. En 1958 viaja a la U.R.S.S. y la República Popular China para conocer sus planes de vivienda. A su vuelta trabaja como arquitecto en la Oficina Municipal de Planeamiento Urbano de Caracas, donde desarrolla propuestas para un Plan de Vivienda Popular hasta 1961. En 1966 se desplaza a La Habana, donde dirige el Centro de Investigaciones Técnicas y trabaja en torno a la construcción de viviendas con bagazo de caña, arcilla expandida, paneles cerámicos de grandes dimensiones y materiales reciclables. En 1974 construye para sí mismo El Tarantín, una casa ultraligera de chapa plegada envuelta en vegetación concebida como un prototipo de su idea “Árbol para vivir”. Durante los años siguientes desarrolla una intensa actividad como asesor, conferenciante y profesor invitado en diversas ciudades y universidades de Latinoamérica. Para ello viaja a Ecuador, Perú, Méjico, Panamá, Nicaragua y Cuba, entre otros países. En 1987 el conjunto de su obra es reconocido con el Premio Nacional de Arquitectura de Venezuela. En 1991 construye el Árbol para vivir en Lecherías, realizado en tiempo récord con una estructura modular de puentes elevados de marcos portantes. Años después diseña y dirije la ejecución del Pabellón de Venezuela en la Expo Hannover 2000, Alemania, cuyo desarrollo y construcción estructural realiza en colaboración con Frei Otto. A lo largo de su trayectoria ha sido miembro fundador del Consejo de Desarrollo Científico y Humanístico de la Universidad Central de Venezuela y de la Escuela de Arquitectura de la Universidad Católica Andrés Bello de Caracas, así como profesor honorario de la Universidad de los Andes, Mérida, Venezuela; la Universidad Autónoma de Santo Domingo, República Dominicana; la Universidad de Veracruz, México; la Universidad del Cuzco, Perú, y la Universidad Centro Occidental Lisandro Alvarado (UCLA), Barquisimeto, estado Lara, Venezuela.

26

IX BIAU


Fruto Vivas nasce em La Grita, Páramo de La Negra, Estado Táchira, Venezuela, a 21 de Janeiro de 1928. Durante o período em que é estudante de arquitectura trabalha como calígrafo, pintor de anúncios de rua, desenhador e ajudante do seu primeiro mestre, José Agüero. Antes de concluir os estudos de arquitectura projecta e constrói a Igreja do Divino Redentor, em La Concordia, San Cristóbal. Em 1955, depois de se licenciar pela Universidade Central da Venezuela, ganha o concurso para desenhar e construir o Clube Táchira em Colinas de Bello Monte, para cuja membrana leva a cabo uma investigação em colaboração com Eduardo Torroja. Nos anos seguintes projecta e leva a bom termo diversos projectos experimentais, que exploram a indústria da préfabricação, os sistemas de estéreo-estruturas de aço, assim como a construção em barro e madeira recorrendo a técnicas populares.

Fruto Vivas was born in La Grita, Páramo de La Negra, Táchira State, Venezuela, on 21 January, 1928. During his period as a student of architecture, he works as a calligrapher, painter of street advertisements, designer and assistant to his first maestro, José Agüero. Before completing his studies in architecture, he plans and constructs the Church of the Divine Redeemer in La Concordia, San Cristóbal. In 1955, after graduating from the Central University of Venezuela, he wins the competition to design and build the Táchira Club in Colinas de Bello Monte, and carries out research into its membrane in collaboration with Eduardo Torroja. In the years that follow, he plans and completes various experimental projects which explore the prefabrication industry, systems of steel space frames, and building in mud and wood using popular techniques.

Em 1958 visita a U.R.S.S. e a República Popular da China para se inteirar dos seus planos de habitação. No regresso, trabalha como arquitecto no Gabinete Municipal de Planeamento Urbano de Caracas, onde desenvolve propostas para um Plano de Habitação Popular até 1961. Em 1966 desloca-se a Havana, onde dirige o Centro de Investigações Técnicas e trabalha em torno da construção de casas com bagaço de cana-de-açúcar, argila expandida, painéis cerâmicos de grandes dimensões e materiais recicláveis. Em 1974 constrói para si mesmo El Tarantín, uma casa ultraleve de chapa dobrada envolta em vegetação, concebida como um protótipo da sua ideia “Árvore para viver”. Durante os anos seguintes desenvolve uma intensa actividade como assessor, conferencista e professor convidado em diversas cidade e universidades da América Latina. Para isso viaja para o Equador, Peru, México, Panamá, Nicarágua e Cuba, entre outros países. Em 1987, o conjunto da sua obra é reconhecido com o Prémio Nacional de Arquitectura da Venezuela. Em 1991 constrói o edifício Árbol para vivir, em Lecherías, edificado em tempo recorde com uma estrutura modular de pontes elevadas de caixilhos portantes. Anos mais tarde desenha e dirige a execução do Pavilhão da Venezuela para a Expo Hannover 2000, na Alemanha, cujo desenvolvimento e construção estrutural realiza em colaboração com Frei Otto.

In 1958 he travels to the U.S.S.R. and the People’s Republic of China to learn about their housing plans. On his return he works as an architect in the Municipal Office of Urban Planning of Caracas, where until 1961 he makes proposals for a Plan for Popular Housing. In 1966 he moves to Havana, where he directs the Centre for Technical Research and works on the construction of homes using sugarcane leafage, expanded clay, large ceramic panels and recyclable materials. In 1974 he builds, for himself, ‘El Tarantín’, an ultra-light house made of folded sheeting wrapped in vegetation, conceived as a prototype of his idea ‘A Tree for Living’. During the years that follow he is intensely active as adviser, lecturer and guest teacher in several cities and universities in IberoAmerica, and travels to Ecuador, Peru, Mexico, Panama, Nicaragua and Cuba, among other countries. In 1987 his work in its entirety is recognized through the Venezuelan National Prize for Architecture. In 1991 he builds the ‘Tree for Living’ in Lecherías, constructed in record time, using a modular structure of supporting macroframes. Years later, he designs and directs the building of the Venezuelan Pavilion at Expo Hannover 2000, Germany, whose structural development and construction are carried out in collaboration with Frei Otto.

Ao longo da sua trajectória foi membro-fundador do Conselho de Desenvolvimento Científico e Humanístico da Universidade Central da Venezuela e da Escola de Arquitectura da Universidade Católica Andrés Bello, de Caracas, assim como professor honorário da Universidade dos Andes, Mérida, Venezuela; da Universidade Autónoma de Santo Domingo, República Dominicana; da Universidade de Veracruz, México; da Universidade de Cuzco, Peru, e da Universidade Centroocidental Lisandro Alvarado (UCLA), Barquisimeto, Estado Lara, Venezuela.

During his career he has been founding member of the Council for Scientific and Humanistic Development of the Central University of Venezuela and of the School of Architecture of the Andrés Bello Catholic University of Caracas, and honorary professor of the University of the Andes, Mérida, Venezuela, the Autonomous University of Santo Domingo, Dominican Republic, the University of Veracruz, Mexico, the University of Cuzco, Peru, and the Lisandro Alvarado Western Centre University (UCLA), Barquisimeto, Lara State, Venezuela.

IX BIAU

27


Hacia una arquitectura de masas

Fruto Vivas Extracto del texto publicado en Boletín de Arquitectura número 56 Universidad José Antonio Echeverría La Habana, Cuba. Septiembre de 1966

«Al principio fue el alarife…» Las huellas del viento, Alejo Carpentier

Ha pasado un ciclón destechando las casas más humildes del pueblo, portales, tejas, zinc, cartones, puntales y las cosas queridas: el retrato del niño en el parque, la abuela en su última foto, la cama, la ropa, un poco de la íntima alegría, lo creado con esfuerzo y cariño, días de sudor, días de ensueño, volaron tras las ráfagas arteras del viento huracanado, las vaqueras, las polleras, las naves de tabaco, la cosecha reciente sobre el suelo. Pero el pueblo, ese mismo, encendido en coraje como un ciclón, más poderoso que todos los ciclones que conoce la historia, pone en pie su esperanza y así como el maíz tumbado sobre el viento, levanta con orgullo sus últimas espigas y vuelve a erguirse. Las casas del mismo modo vuelven a levantarse con un encanto mágico, el encanto que tiene la fuerza creadora de un pueblo en pie de guerra contra todas las contingencias. Las sillas de mimbre vuelven a mecer los portales de un millón de sonrisas, llena la algarabía que inunda todo el paisaje de una inmensa alegría. Pero el pueblo rehace su mundo con lo que tiene en la mano y remienda las huellas del viento con cartones de asfalto, con latas de zinc. No le importa ni le teme al bloqueo imperialista que cree que puede cerrarle las puertas al futuro y con fe profunda en su revolución, la nuestra, la de todos, avanza incansable entre su conga, lleno de música ancestral, al hombro el garand y en sus manos desnudas las huellas del trabajo que forja su esperanza. Güines, Güiria de Melena, el Cajío, Batabanó y tantos lugares que como ayer, cuando el Flora, vuelven a darnos pruebas de lo que es un pueblo cuando toma en sus manos las riendas de su propio futuro, nos dejan ver que el pueblo es arquitecto por naturaleza y él mismo, con lo que tiene, crea su espacio, envuelve y cobija su alegría poniéndola al abrigo del viento y construye portales con tímidas barandas que limitan al niño y al abuelo de la angustia de la calle, del camión, y pone sus balances de mimbre frescos y airosos para desde allí ver pasar sus cálidos días, saludar a sus amigos y conocer sus enemigos. Allí aprende a amar, a conocerse y los portales son un río de miradas y de sonrisas o recriminaciones; y la ciudad cobra dignidad bajo el sol encandilante, la vida íntima se agrupa tras las celosías donde la brisa fresca y la luz difuminada hacen descansar la pupila y atrás el corredor, el patio, el hogar, la vida y el amor. Por ello afirmo que el pueblo es arquitecto por naturaleza, fue él quien dio ese encanto a las viejas calles de La Habana, donde el viento está domesticado por las angostas vías y un bosque de columnas nos envuelve en su sombra como si fuera un palmar. Toda la poesía de techos rojos y rejas y balaustres que nos acompañan por toda la América Hispana, corredores de columnas panzudas, patios de limoneros y granados, plazas, mercados, iglesias, balcones envueltos de celosías y en cada sitio una huella propia dentro de todas las constantes que determinan el clima: quién sino el pueblo hizo posible lo que nos atrae y anima en las viejas calles de Puerto Cabello, Venezuela, bajo los balcones envueltos de persianas de azul almagre y blanco, en medio de la sombra

28

IX BIAU


de los almendros, o bien en la Alameda de Ciudad Bolívar, frente al Orinoco, donde un corredor de más de seis metros sobre el suelo tiene el más grande balcón de la arquitectura colonial latinoamericana. Es un balcón cerrado de romanillas con más de un kilómetro de largo desde donde, por encima de los árboles, se ve la majestad de Angostura para coger la brisa que sopla sobre el río. En Maracaibo, donde las casas exhiben sus puertas a mitad, sus calles angostas en medio del colorido más espectacular, con los pequeños poyos de ventanas, volados sobre la calzada, envuelta en finos tamices de madera, pero con el resto de la ventana abierta, como si se ocultara a la vista de las antiguas caballerías o coches para dejar pasar toda la brisa por lo alto de la ventana. Y adentro, sus patios envueltos de persianas con enredaderas de exótica belleza, como imitando radiadores gigantes para mejorar el fogaje de la brisa y atenuar el polvo de las dunas cercanas. Desde lejos el corazón de Maracaibo se ve lleno de pirámides rojas por donde el aire caliente se escapa y la casa traspira del mismo modo que traspira el aire en un sombrero de Panamá, o en uno chino o goajiro. Igualmente en los pueblos de Paraguaná, en la costa desértica venezolana, las casas sin ventanas con techo y paredes de barro —ya que no llueve nunca—, pintadas de blanco, la luz se filtra por diminutos boquetes como aspilleras de una fortaleza y el sol encandilante pasa por donde el viento en huracán constante silba y succiona el aire caliente… de nuevo el pueblo se ingenia para sacar partido a la inclemencia y vence al sol, al viento y a la lluvia. En medio del desierto los patios están llenos de aguacates, almendros y melones de agua, y una sombra de enredaderas se esconde de la brisa arenosa. Del mismo modo podríamos detenernos en Cartagena o en Balboa, Colón o Masaya, hasta llegar a México, donde unas manos indígenas de pura estirpe maya o azteca nos hablan de un Barroco que nada envidia a Praga con sus arcadas frente a San Nicolás de Malastrana, en una huella tan antigua como aquella está presente y constante… Quién sino el pueblo fue capaz de tal maravilla. Vigilantes las ruinas de Montalbán o de Cholula ven llenarse el panorama de cúpulas y es Valladolid, Santiago de Compostela o Ávila lo que los conquistadores trasplantan sobre la fría laguna de Tenochtitlán, pero las manos indígenas filtran y dan colorido en el paisaje y las chamarras de coloritmos delirantes se mueven entre columnas y corredores de antigua artesanía al igual que Quito, Ambato o el Cuzco, donde la mole incaica de Machu Picchu — presente en todos los rostros de varias narices agudas y ojos alargados, en el vestido—, pasa como una vara mágica poniendo un nuevo encanto en los balcones mayorquinos, del Marqués de Torre Tagle, de Lima o en las augustas catedrales doradas de fulgurante plateresco. Son manos guaraníes las que en Brasil llenan de arabescos y cerámica la arquitectura popular de Santos, Belorizonte o Pernambuco, donde pueden palparse todas las constantes de La Habana Vieja. Al contemplar los restos de villorrios que aún quedan en medio de la selva o a la orilla de los ríos o lagunas, un enjambre de hombres harapientos llamados indígenas mora en Sinamaica, Venezuela, sobre los palafitos de madera, envueltos en esteras de enea que se arrollan a medida que va cayendo el sol con un fototropismo propio del bosque

tropical, y sobre la laguna, un urbanismo ingenuo y puro, cruzado por infinitos puentes entre bongós de madera labrada, nos muestra el mismo espectáculo que hizo que Alonso de Ojeda nos llamara: «Pequeña Venecia». Allí el sol no calienta las calles, puesto que ellas son el río manso que entre manglares entra al mar y hay un orden extraño en las casas, que se agrupan como los niños en una ronda dándose las manos y mirándose las caras, y he aquí una constante que nos hace remontar a la más antigua forma urbana de América. Son los colonialistas españoles, ingleses, holandeses y franceses, los primeros que al pisar tierra americana, a través de los años, van sacando partido inteligente a los espacios arquitectónicos y urbanos creados por el pueblo en su lucha por subsistir. Los españoles toman su arquitectura de las regiones nórdicas de España y las trasplantan con su urbanismo inteligente, humano, y es la Plaza de Valladolid lo que nos llega de México o Bogotá. De igual modo la escuela moruna que venía de Cashba o del Cairo pasa por Córdoba, Sevilla, y es el Alcázar, el Generalife, la Alhambra, lo que en todo ese encanto penetra en nuestras puertas y se extiende, y en cada lugar cobra valores propios, formas propias. Del mismo modo los ingleses, holandeses y franceses llegados a Georgetown, Bahamas, Bonaire, Trinidad, Haití o Guadalupe se adaptan a una arquitectura tropical de amplios corredores llenos de romanillas, esteras despegadas del suelo, que serán constantes a lo largo del Trópico de Nueva Guinea, Angola, Kenia, Filipinas, Malasia, Tahití, tomando todos los valores regionales que las culturas ancestrales habían cultivado. Posteriormente los monopolios de la Shell, la Standard Oil, los consorcios del caucho en Venezuela y Brasil, desarrollan para su Senior y Junior Staff una arquitectura tropical que aloja cómodamente a la jauría que viene a saquear nuestro suelo; por eso dicen que ellos son los latifundistas, con sus espléndidas mansiones coloniales o los primeros barrios de la Shell en Maracaibo o de la compañía francesa que inició el Canal de Panamá, o los ricos comerciantes del oro y del caucho de Ciudad Bolívar o Manaos, o las bonitas casas coloniales de Nueva Orleans, los que nos muestran los más bellos ejemplares de una arquitectura creada y levantada por el pueblo partiendo desde las formas más ingenuas y folclóricas hasta las de más elevada cultura, dentro de una gran lógica urbana y con una arquitectura de amplia poesía que hoy nos maravilla y hace meditar. Pero de estas soluciones a nuestros días han pasado unos cuarenta años y hoy nos quedan sus casonas envejecidas y los portales que poco a poco van desapareciendo a lo largo de todo el continente. Nos hacen enfrentar un caos urbano producido por la explosión capitalista, la especulación de la tierra y la rapiña de la usura que han dejado en nuestras jóvenes ciudades un saldo muy deplorable al lado de lo que nos queda del pasado. A veces una falsa importación de valores estéticos en un trasplantar de edificios absurdos o ciudades que han perdido el control de su desarrollo, convirtiéndose en un lento cáncer donde el automóvil y la velocidad acorralan al hombre hasta lograr una total despeatonización, arrastrando al individuo a la pérdida de las IX BIAU

29


relaciones interpersonales características de las ciudades de antaño y que hoy apenas si quedan vestigios en la provincia. Mucho se ha escrito sobre el urbanismo moderno, muchos intentos hay de mostrar en pequeños ejemplos cómo debemos afrontar el problema urbano, pero la realidad es otra, los programas urbanos y de vivienda en América Latina, y en muchos países, obedecen a planes de política electorera sin que haya un concatenamiento con el avance de la técnica, la cultura y la participación del hombre en la realidad urbana. El hombre es en este caos un espectador: ve construir palacios y barrios lujosos o de bajo costo y luego la necesidad lo arrastra a esas viviendas que nada tienen que ver con su idiosincrasia, con su cultura, sus tradiciones, su proceso dialéctico, es decir, el habitante no cuenta, la vivienda la resuelven los urbanistas a espaldas del pueblo, sin que él participe en nada. Él es acomodado al azar en aquel ajedrez y su vida sufre una conmoción violenta al verse ubicado por la necesidad en un espacio extraño, con vecinos a los que tendrá que esperar muchos años para llegar a conocer y crear un nuevo equilibrio comunal a través del cual darse los buenos días, en un acto hipócrita de cortesía de salón muy distinto a unos buenos días en el barrio natal, donde todos sabían quién era quién. Unas veces son los especuladores de la tierra, otras los politiqueros los que crean la ciudad, pero a fin de cuentas es el pueblo el que recibe el golpe principal y la relación hombre-ciudad desaparece generando verdaderos autómatas envueltos en la mayor neurosis colectiva registrada en la historia. Tal es el caso de Caracas, São Paulo, Río de Janeiro, México, Buenos Aires y podríamos nombrar sin miedo a equivocarnos a todas nuestras jóvenes capitales, para leer allí el caos más criminal, donde el pueblo, ahogado por las contradicciones de un modo de producción en progresiva descomposición, va creando anillos de miseria en busca de trabajo y va siendo expulsado de la periferia urbana y allí, en un cordón de altísima densidad, va

30

IX BIAU

estrangulando lentamente a las ciudades llevándolas a lo que podríamos llamar un estado de sitio. Son las favelas de Río, los ranchos de Caracas, las callampas de Santiago, con un denominador común: el hombre. ¿Y cómo los politiqueros del «mundo libre» enfrentan el problema? Sencillamente desconociendo al pueblo, aquella masa creadora de la vida urbana, única razón de ser de la ciudad. Para ellos aplican unos índices de densidad, otros de rentabilidad, etcétera, y ya está, venga a meter a la gente como en las gavetas de archivos gigantes, donde el niño empieza a ver un mundo diametralmente opuesto al que conocimos nosotros en los cascos antiguos de las viejas ciudades: el niño, prisionero de un espacio invivible, en un balcón blindado como jaula de pájaros, es decir, en prisión colectiva, donde la apatía y la ausencia de relaciones interpersonales caracterizan al nuevo habitante. Pero sería injusto dejar de anotar los intentos por resolver el problema. Ha habido proyectos serios para acometer las grandes tareas urbanas. En todas partes del mundo abundan los planes y los planos, pero lo que se hace es tan pequeño, tan insignificante al empuje con el que crecen y se desarrollan las ciudades, que las soluciones, muchas de gran seriedad en sus planteamientos, no llegan ni siquiera a dejarse sentir dentro del caos actual. Por otra parte, el imperialismo mueve todos los resortes, y apoyado en sus intereses, va hipotecando la vida de los pueblos con gruesos planes de vivienda para personas con condiciones miserables, en el más tenebroso subdesarrollo, alejándolos del desarrollo independiente e imponiéndoles ad eternum la supeditación a la metrópoli y entonces es allí donde aparece esa frase que define los planes del imperialismo para la vivienda: «Morirse de hambre en una casa nueva es también morirse de hambre» y donde no pueden hacer inversiones meten sus «Cuerpos de paz» o «Puercos de paz», a enseñar a los desamparados a remendar sus miserias como queriéndoles decir que ellos serán pobres toda la vida y que no les queda otro recurso que aprender a aguantar hambre decentemente. [...]


Rumo a uma arquitectura de massas

Fruto Vivas Excerto do texto publicado em Boletín de Arquitectura, n.º 56 Universidade José Antonio Echeverría Havana, Cuba. Setembro de 1966

“No princípio foi o alarife…” Las huellas del viento, Alejo Carpentier

Passou um ciclone e arrancou os telhados das casas mais humildes do povo, portais, telhas, zinco, cartões, escoras e as coisas queridas: o retrato do menino no parque, a avó na sua derradeira fotografia, a cama, a roupa, um pouco da alegria íntima, aquilo que foi criado com esforço e carinho, dias de suor, dias de sonho voaram com as rajadas caprichosas do vento ciclónico, vacarias, capoeiras, celeiros de tabaco, a colheita recente ainda no chão. Mas o povo, esse mesmo, inflamado de coragem como um furacão, mais poderoso do que todos os ciclones que a história conhece, põe de pé a sua esperança e, tal como o milho tombado pelo vento, levanta com orgulho as suas últimas espigas e volta a erguer-se. Do mesmo modo, as casas voltam a levantar-se com um encanto mágico, o encanto que tem a força criadora de um povo em pé de guerra contra todas as contingências. As cadeiras de vime voltam a embalar os portais com um milhão de sorrisos, volta a algaraviada que inunda toda a paisagem com uma imensa alegria. Mas o povo refaz o seu mundo com o que tem à mão e remenda as marcas do vento com caixotes de asfalto, com latas de zinco. Não lhe importa nem teme o bloqueio imperialista, que crê que poderá fechar as portas do futuro, e com uma profunda fé na sua revolução, a nossa, a de todos, avança incansável ao ritmo da sua conga, cheio de música ancestral, com o garand ao ombro e nas suas mãos nuas as marcas do trabalho que forja a esperança. Güines, Güiria de Melena, o Cajío, Batabanó e tantos outros lugares – que tal como ontem, quando passou El Flora – voltam a dar-nos provas do que é um povo quando toma nas mãos as rédeas do seu futuro, permitem-nos ver que o povo é arquitecto por natureza e que ele próprio, com o que tem, cria o seu espaço, envolve e protege a sua alegria pondo-a ao abrigo do vento, e constrói portais com tímidas cercas que separam a criança e o avô da angústia da rua, do camião, e instala as suas cadeiras de baloiço de vime frescas e airosas para daí ver passar os dias cálidos, saudar os amigos e reconhecer os seus inimigos. Aí aprende a amar, a conhecer-se, e os portais são um rio de olhares e de sorrisos ou de recriminações; e a cidade recupera a dignidade sob o sol ofuscante, a vida íntima abriga-se por trás das gelosias, onde a brisa fresca e a luz disseminada fazem descansar a pupila e, por trás, o corredor, o pátio, o lar, a vida e o amor. Por isso afirmo que o povo é arquitecto por natureza, foi ele quem deu esse encanto às velhas ruas de Havana, onde o vento está domesticado pelas estreitas vias e um bosque de colunas nos envolve na sua sombra como se fosse um palmar. Toda a poesia de telhados vermelhos, de grades e balaústres que nos acompanham por toda a América Hispana, corredores de colunas pançudas, pátios de limoeiros e romãzeiras, praças, mercados, igrejas, varandas envoltas em gelosias e em cada sítio uma marca própria dentro de todas as constantes que o clima

IX BIAU

31


determina: quem, senão o povo, tornou possível tudo o que nos atrai e anima nas velhas ruas de Puerto Cabello, Venezuela, debaixo das varandas envoltas em persianas brancas e azul-ocre, por entre a sombra das amendoeiras, ou na Alameda de Ciudad Bolívar, diante do Orinoco, onde um corredor a mais de seis metros sobre o solo tem a maior varanda da arquitectura colonial latino-americana. É uma varanda fechada por venezianas com mais de um quilómetro de comprimento, a partir da qual, por cima das árvores, se vê a majestade de Angostura, para usufruir da brisa que sopra sobre o rio. Em Maracaibo, onde as casas exibem as suas portas pela metade, as suas ruas estreitas no meio do colorido mais espectacular, com os pequenos assentos de janela, salientes sobre a calçada, envolta em finos tamises de madeira, mas com o resto da janela aberta, como que ocultando da vista as antigas cavalarias ou carros para deixar passar toda a brisa pelo alto da janela. E dentro, os seus pátios envoltos em persianas com trepadeiras de exótica beleza, como imitando radiadores gigantescos para melhorar o sufoco da brisa e atenuar o pó das dunas próximas. De longe, o coração de Maracaibo vê-se cheio de pirâmides vermelhas, por onde escapa o ar quente, e a casa transpira do mesmo modo que o ar perspira por um chapéu panamá, ou um chinês ou goajiro. Do mesmo modo, nas povoações de Paraguaná, na costa desértica venezuelana, nas casas sem janelas, com paredes e telhados de barro – já que nunca chove –, pintadas de branco, a luz filtra-se por diminutas entradas, como balestreiros de uma fortaleza, e o sol encandeante passa por onde o vento em furação constante assobia e suga o ar quente… Mais uma vez, o povo discorre com engenho e arranja-se para tirar partido da inclemência e vence o sol, o vento e a chuva. No meio do deserto, os pátios estão cheios de abacateiros, amendoeiras e melancias, e uma sombra de trepadeiras esconde-se da brisa arenosa. Do mesmo modo, poderíamos deter-nos em Cartagena ou em Balboa, Colón ou Masaya, até chegar ao México, onde umas mãos indígenas de pura estirpe maia ou asteca nos falam de um Barroco que nada inveja a Praga, com as suas arcadas diante de São Nicolau de Malá Strana, onde uma marca tão antiga como aquela está presente e constante… Quem, senão o povo, foi capaz de tal maravilha? Vigilantes, as ruínas de Montalbán ou de Cholula vêm encher-se de cúpulas o panorama, e é Valladolid, Santiago de Compostela ou Ávila o que os conquistadores transplantam para a fria lagoa de Tenochtitlán, mas as mãos indígenas filtram e dão colorido a esta paisagem e as samarras de “coloritmos” delirantes movimentam-se entre colunas e corredores de antigo trabalho artesão, como em Quito, Ambato ou o Cuzco, onde a corpulência inca de Machu Picchu – presente em todos os rostos de vários narizes agudos e olhos oblongos, ou nas vestimentas – passa como uma varinha mágica, dando um novo encanto às varandas maiorquinas do Marquês de Torre Tagle, de Lima, ou às augustas catedrais douradas de fulgurante plateresco. São mãos guaranis as que no Brasil enchem de arabescos e cerâmica a arquitectura popular de Santos, Belo Horizonte ou Pernambuco, onde se podem sentir todas as constantes da velha Havana. Ao contemplar os 32

IX BIAU

restos de vilórias que ainda restam no meio da selva, ou na margem de rios ou lagos, um enxame de homens esfarrapados chamados indígenas mora em Sinamaica, Venezuela, sobre palafitas de madeira, envoltas em esteiras de taboa que se enrolam à medida que o sol vai caindo, com um fototropismo próprio do bosque tropical, e sobre a lagoa, um urbanismo ingénuo e puro, cruzado por infinitas pontes entre canoas de madeira lavrada, mostranos o mesmo espectáculo que fez com que Alonso de Ojeda nos chamasse “Pequena Veneza”. Ali o sol não aquece as ruas, visto que elas são o rio manso que entra no mar entre manguezais e há uma ordem estranha nas casas, que se agrupam em roda como as crianças, dando as mãos e olhando-se os rostos, e eis aqui uma constante que nos faz remontar à mais antiga forma urbana da América. São os colonialistas espanhóis, ingleses, holandeses e franceses os primeiros que ao pisar terra americana, ao longo dos anos, vão tirando partido inteligente dos espaços arquitectónicos e urbanos criados pelo povo na sua luta pela subsistência. Os espanhóis retomam a sua arquitectura das regiões nortenhas de Espanha e transplantam-nas com o seu urbanismo inteligente, humano, e é a Praça de Valladolid o que nos chega do México ou de Bogotá. Identicamente, a escola moura que vinha da casbá ou do Cairo, passa por Córdova, Sevilha, e é o Alcázar, o Generalife, a Alhambra o que em todo esse encanto penetra nas nossas portas e se propaga, e em cada lugar adopta valores próprios, formas próprias. Da mesma forma, os ingleses, holandeses e franceses chegados a Georgetown, às Bahamas, a Bonaire, a Trinidad, ao Haiti ou Guadalupe adaptam-se a uma arquitectura tropical de amplos corredores cheios de venezianas, de esteiras desprendidas do chão, que serão constantes ao longo do Trópico da Nova Guiné, Angola, Quénia, Filipinas, Malásia, Taiti, retomando todos os valores regionais que as culturas ancestrais tinham cultivado. Posteriormente, os monopólios da Shell, da Standard Oil, os consórcios do cautchu na Venezuela e no Brasil desenvolvem para o seu senior and junior staff uma arquitectura que aloja comodamente a matilha que vem saquear os nossos solos; por isso afirmam que são eles, os latifundiários, com as suas esplêndidas mansões coloniais, ou os primeiros bairros da Shell em Maracaibo, ou da companhia francesa que iniciou o Canal do Panamá, ou os ricos comerciantes do ouro e do cautchu de Ciudad Bolívar ou de Manaos, ou as belas casas coloniais de Nova Orleães, são eles que nos mostram os mais belos exemplares de uma arquitectura criada e levantada pelo povo, partindo das formas mais ingénuas e folclóricas até às de cultura mais elevada, dentro de uma grande lógica urbana e com uma arquitectura de ampla poesia que hoje nos maravilha e faz meditar. Mas desde estas soluções até aos nossos dias passaram uns quarenta anos e o que nos resta hoje são os seus casarões envelhecidos e os alpendres que pouco a pouco vão desaparecendo ao longo de todo o continente. Fazem-nos enfrentar um caos urbano produzido pela explosão capitalista, a especulação dos terrenos e a rapina


da usura que deixaram nas nossas jovens cidades um saldo deplorável, ao lado do que nos resta do passado. Por vezes, é uma falsa importação de valores estéticos num transplante de edifícios absurdos ou cidades que perderam o controlo do seu desenvolvimento, convertendo-se num lento cancro onde o automóvel e a velocidade encurralam o homem até conseguir uma total despeatonização, arrastando o indivíduo para a perda das relações interpessoais características das cidades de outrora e de que hoje, se sobram vestígios, é apenas na província. Muito se escreveu sobre o urbanismo moderno, há muitos ensaios para mostrar, em pequenos exemplos, como devemos enfrentar o problema urbano; mas a realidade é outra: os programas urbanos e de habitação na América Latina, e em muitos países, obedecem a planos de política eleitoralista, sem que haja uma concatenação com o avanço da técnica, da cultura e a participação do homem na realidade urbana. O homem é neste caos um espectador: vê construir palácios e bairros luxuosos ou de baixo custo e depois a necessidade arrasta-o para essas moradas que nada têm a ver com a sua idiossincrasia, com a sua cultura, as suas tradições, o seu processo dialéctico, ou seja, o habitante não conta, a habitação é resolvida pelos urbanistas de costas viradas para o povo, sem que este participe em nada. O povo é acomodado ao acaso nesse xadrez e a sua vida sofre um violento choque ao ver-se instalado pela necessidade num espaço estranho, com vizinhos que esperará muitos anos antes de chegar a conhecer e a criar um novo equilíbrio comunal através do qual dar os bonsdias, num acto hipócrita de cortesia de salão muito

diferente de um bom-dia no bairro natal, onde todos sabiam quem era quem. Umas vezes são os especuladores de terrenos, outras vezes são os politiqueiros os que criam a cidade, mas no fim de contas é o povo quem recebe o golpe principal e a relação homem/cidade desaparece, gerando verdadeiros autómatos envolvidos na maior neurose colectiva registada na história. É o caso de Caracas, São Paulo, Rio de Janeiro, Cidade do México, Buenos Aires, e poderíamos nomear sem medo de nos enganarmos todas as nossas jovens capitais, para ler ali o caos mais criminoso, onde o povo, afogado pelas contradições de um modo de produção em progressiva decomposição, vai criando anéis de miséria em busca de trabalho e vai sendo expulso para a periferia urbana e ali, num cordão de altíssima densidade, vai lentamente estrangulando as cidades, levando-as ao que poderíamos chamar um estado de sítio. São a favelas do Rio, os ranchos de Caracas, as callampas de Santiago, com um denominador comum: o homem. E como enfrentam o problema os politiqueiros do “mundo livre”? Muito simplesmente desconhecendo o povo, aquela massa criadora de vida urbana, única razão de ser da cidade. Aplicam-lhe uns índices de densidade, outros de rentabilidade, etc., e já está, toca de meter a gente como em gavetas de arquivos gigantescos, onde a criança inconsciente começa a ver um mundo diametralmente oposto daquele que nós conhecemos nas zonas históricas das velhas cidades: a criança, prisioneira de um espaço “invivível”, numa varanda blindada como uma gaiola de pássaros, ou seja, numa prisão colectiva onde a apatia e a ausência de relações inter-pessoais caracterizam o novo habitante. [...]

IX BIAU

33


Towards an Architecture of the Masses

Fruto Vivas Extract from the text published in Boletín de Arquitectura número 56 Universidad José Antonio Echeverría Havana, Cuba. September 1966

“In the beginning was the master builder…” The marks of the wind, Alejo Carpentier

A cyclone has passed, ripping off the roofs of the humblest houses in the pueblo, gates, tiles, tin roofs, cardboard boxes, posts and precious things: the portrait of the child in the park, the grandmother in her last photo, the bed, the clothes, a little of the private happiness, what had been created with effort and love, days of sweat, days of reverie, flew away with the artful blasts of the hurricane wind, cattle sheds, hen-houses, the tobacco sheds, the recent harvest dashed to the ground. But the village, that same village, its courage fired up like a cyclone, stronger than all the cyclones in history, lifts up its hope and, as the corn prostrated by the wind, proudly raises its last ears and stands erect again. The houses, too, are raised up again as by a magic charm, the charm that has the regenerative force of a people at war against all eventualities. The wicker chairs come back to rock the entrances with a million smiles, full of rejoicing which floods the whole landscape with an immense joy. But the villagers rebuild their world with what is to hand, and repair the marks of the wind with cartons of asphalt, with tins of zinc. They neither care about nor fear the imperialist embargo which thinks it can close their passage to the future, and with a deep faith in their revolution, our revolution, everyone’s, they advance indefatigable among their conga, full of ancestral music, Garand on shoulder, and on their bare hands the marks of the work which forges their hope. Güines, Güiria de Melena, el Cajío, Batabanó and so many places which, as yesterday, with the Flora, give us more proof of what a pueblo is when it takes in its hands the reins of its own future, lets us see that the pueblo is an architect by nature, and itself, with what it has, creates its space, envelops and wraps up its happiness, sheltering it from the wind and constructing arcades with timid railings which keep the child and the grandfather from the anxiety of the street, of the truck, and placing its fresh and airy wicker rocking chairs from which to watch the hot days pass by, greet its friends and identify its enemies. There it learns to love, to get to know, and the arcades are a river of looks and smiles or recriminations; and the town gains dignity beneath the dazzling sun, intimate life draws together behind the lattices where the fresh breeze and faded light give rest to the pupils, and behind the corridor, the patio, the hearth, life and love. That is why I assert that the pueblo is by nature an architect, and was the one that gave that charm to the old streets of Havana, where the wind is tamed by the narrow streets and a forest of columns envelops us in its shade as if it were a palm grove. All the poetry of red roofs and bars and balusters which accompany us everywhere in Hispanic America, corridors of tubby columns, patios of lemon and pomegranate trees, squares, markets, churches, balconies wrapped in latticework, and everywhere with its own footprint within all the constants that define the climate: who, if not the pueblo, made possible what attracts and

34

IX BIAU


enlivens us in the old streets of Puerto Cabello, Venezuela, under the balconies surrounded by shutters of blue, red ochre and white, in the midst of the shade of the almond trees, or in the Alameda of Ciudad Bolívar, opposite the Orinoco, where a corridor more than six metres above the ground has the largest balcony of all the Ibero-American colonial architecture? It is a balcony, more than one kilometre long and closed with louvred doors, from which, above the trees, one can see the majesty of Angostura and catch the breeze which blows over the river. In Maracaibo, where the houses exhibit their half-doors, their narrow streets in the middle of the most spectacular colouring, with the little window benches, projecting over the road, wrapped in fine, wooden screens but with the rest of the window open, as if wishing to hide from the view of the old cavalries or carriages while allowing all the breeze to enter through the upper part of the window. And within, their patios enveloped in shutters with creepers of an exotic beauty, as if in imitation of giant radiators to increase the sultriness of the breeze and attenuate the dust from the nearby dunes. From a distance, the heart of Maracaibo seems full of red pyramids through which the hot air escapes, and the houses perspire in the same way that the air perspires in a Panama hat, or in a Chinese or goajiro hat. In the same way, in the pueblos of Paraguana, on the Venezuelan desert coast, in the windowless houses with white-painted roofs and walls of mud — because it never rains — the light filters through tiny openings resembling the loopholes of a fortress, and the dazzling sun passes where the wind whistles in a constant hurricane and sucks the hot air… again the pueblo devises ways of taking advantage of the inclemency and conquers the sun, the wind and the rain. In the middle of the desert the patios are full of avocados, almonds and watermelons, and a shade of vines hides one from the sandy breeze. In the same way we can stop in Cartagena or in Balboa, Colon or Masaya, before arriving in Mexico, where indigenous hands of pure Maya or Aztec lineage speak to us of a Baroque style which has no need to envy Prague, with its arcades opposite San Nicolás de Malastrana. In a footprint as old as that of the Native Americans, it is present and constant … who if not the pueblo could have been capable of such a marvel? The watching ruins of Montalban and Cholula see the panorama fill itself with domes, and it is Valladolid, Santiago de Compostela and Avila that the conquerors transplant on to the cold lake of Tenochtitlan, but indigenous hands filter and add colour to the landscape, and jackets with delirious ‘colourhythms’ move between columns and corridors of ancient crafts as in Quito, Ambato or Cuzco, where the Inca bulk of Machu Picchu — present in all the faces of several sharp noses and elongated eyes, and in the dress — passes like a magic wand putting a new charm on the Majorcan balconies, of the Marquis of Torre Tagle, of Lima or in the august golden cathedrals of shining plateresco style. It is the Guarani hands, which in Brazil fill with arabesques and ceramic the folk architecture of Santos, Belorizonte or Pernambuco, where all the constants of the Old Havana can be felt. Looking at the remains of villages that still remain in the jungle or on the banks of rivers or lakes, a

swarm of ragged men called indigenous dwell in Sinamaica, Venezuela, on wooden stilt houses, wrapped in mats of bulrush that are wound as the sun goes down with a phototropism characteristic of the rainforest, and on the lake, a naive and pure urbanism, crossed by innumerable bridges between carved wooden bongos, shows us the same spectacle that made Alonso de Ojeda call us: 'Little Venice'. There, the sun does not heat the streets, since they are the gentle river which enters the sea through mangroves, and there is a strange order in the houses, which are grouped like children in a circle holding hands and looking at each other’s faces, and there is here a constant that takes us back to the oldest urban form of America. It was the Spanish, English, Dutch and French colonialists, the first ones to step on American soil, who, over the years, took intelligent advantage of the architectural and urban spaces created by the people in their struggle to survive. Spanish people take their architecture of the northern regions of Spain and transplant it with their intelligent, human urban planning, and Plaza de Valladolid is what reaches us from Mexico or Bogota. Similarly the Moorish school that came from Cashba or Cairo passes through Córdoba, Seville, and it is the Alcázar, the Generalife, the Alhambra, which in all that charm enters our doors and extends, and in every place takes on its own values, its own forms. Similarly the English, Dutch and French who arrived in Georgetown, Bahamas, Bonaire, Trinidad, Haiti and Guadeloupe adapted themselves to tropical architecture with wide corridors full of romanillas (louvred doors), detached floor mats, which will be constant throughout the Tropic of New Guinea, Angola, Kenya, Philippines, Malaysia, Tahiti, taking all the regional values that ancient cultures had cultivated. Subsequently the Shell monopolies, Standard Oil, the rubber consortia in Venezuela and Brazil, develop for their Senior and Junior Staff a tropical architecture that comfortably accommodates the pack coming to plunder our land; that is why they say they are the landowners, with their splendid colonial mansions or the first neighbourhoods of Shell in Maracaibo or of the French company that started the Panama Canal, or the wealthy gold and rubber merchants of Ciudad Bolivar or Manaus, or the beautiful colonial houses of New Orleans, the ones which show us the most beautiful examples of an architecture created and raised by the people starting from the most naive and folk forms and culminating in those of the highest culture, within a large urban logic and with an architecture of wide poetry that today makes us marvel and meditate. But from these solutions to our days some forty years have passed, and today there remain for us their ageing houses and arcades that are slowly disappearing throughout the whole continent. We are left facing an urban chaos produced by the capitalist explosion, land speculation and that predatory usury which left in our young cities a very deplorable legacy, compared with what is left to us from the past... Sometimes a false import of aesthetic values, in a transplant of absurd buildings or cities that have lost control of their development, becomes a slow cancer where the IX BIAU

35


car and speed corner the individual as far as total depedestrianization, dragging the individual to the loss of those interpersonal relationships so characteristic of the cities of yesteryear and of which, today, hardly any vestiges remain in the provinces. Much has been written about modern urban planning, there are many attempts to show with little examples how we should face the urban problem, but the reality is different; the urban and housing programmes of Ibero-America, and in many countries, are the result of election policies unconnected with the advance of technology, with culture, or with the participation of the individual in the urban reality. In this chaos, the individual is a spectator who sees palaces and luxury or low-cost neighbourhoods being built, and then necessity drags that individual to these homes which have nothing to do with his idiosyncrasy, his culture, his traditions or his dialectical process, in other words, the resident doesn’t matter, the urban planners will sort out the home behind the backs of the people, without their involvement in any aspect of it. He (the individual) is settled at random in that chessboard, and his life suffers a violent shock when he finds himself located by necessity in a strange space, with neighbours whom he has to wait many years to get to know and to create a new communal balance through which to say “Good morning”, a hypocritical courtesy very different from the “Good mornings” of the native neighbourhood, where everyone knew who was who. Sometimes it is the land speculators, sometimes the politicians who create the city, but ultimately it is the people who receive the main blow, and the relationship between individual and city disappears, generating real robots involved in the greatest collective neurosis ever recorded in history. Such is the case of Caracas, São Paulo, Rio de Janeiro, Mexico City, Buenos Aires, and we could name without hesitation all our young capitals, to read there the most criminal chaos, where the people, drowned by the contradictions in a way of production that

36

IX BIAU

is in progressive decomposition, are creating belts of poverty as they look for jobs, and are being expelled from the urban periphery, and there, in a cord of very high density, are slowly strangling the cities and leading them to what we might call a state of siege. They are the favelas of Rio, the ranchos of Caracas, the callampas of Santiago, with a common denominator: Man. And, how are the politicians of the 'free world' facing the problem? Simply by ignoring the people, that creative mass of urban life, the city’s only raison d’être. They apply rates of density and profitability, etc., and that's it, putting people as if in giant filing trays where the child begins to see a world which is the diametric opposite of the world that we knew in the old quarters of the old cities: the child, a prisoner in an unliveable space, on a balcony shielded as a birdcage, in other words, in a collective prison where apathy and the absence of interpersonal relationships characterize the new inhabitant. But it would be unfair not to note the attempts to solve the problem. There have been serious projects to undertake large urban tasks. Everywhere in the world there are many plans and blueprints, but what is being done is so small, so insignificant considering the force with which the cities are growing and developing, that the solutions, many of great seriousness in their approach, fail even to be felt in the current chaos. Moreover, imperialism pulls all the strings, and in support of its own interests, is mortgaging the lives of people with complicated housing schemes for people with miserable conditions in the darkest underdevelopment, moving them away from independent development and imposing on them, ad eternum, subordination to the metropolis, and then it is there that that phrase appears which defines imperialism's plans for housing: "Dying of starvation in a new house is also dying of starvation”, and where they can't make investments they put their ‘Peace Corps’ or ‘Peace Pigs’ to teach the defenceless to mend their miseries, as if wanting to tell them that they will be poor all their lives and have no other choice but to learn to bear hunger decently. [...]


Proyectos de arquitectura / Projetos de arquitectura / Architecture Works

Fruto Vivas

Foto EfraĂ­n Vivas

IX BIAU

37


Club Tรกchira, 1954


Testimonio del arquitecto Fruto Vivas y su encuentro con d. Eduardo Torroja (verano de 1955). Caracas 4 de abril de 2006

Testemunho do arquitecto Fruto Vivas e do seu encontro com D. Eduardo Torroja (Verão de 1955). Caracas, 4 de Abril de 2006

Haciendo un ejercicio de memoria escribo unas notas acerca de cómo se presentó la oportunidad de trabajar con uno de los más relevantes maestros de las técnicas constructivas.

Fazendo um exercício de memória, escrevo umas notas sobre como surgiu a oportunidade de trabalhar com um dos mais destacados mestres de técnicas construtivas. Aproximadamente em 1954, uma comunidade de imigrados oriundos do Estado Táchira – zona fronteiriça com a Colômbia, no ocidente da Venezuela – organizou uma associação cultural sob o nome Club Táchira, com sede num velho casarão situado numa urbanização caraquenha. Depois de procurarem uma localização estável para as suas actividades, conseguiram finalmente chegar à compra de uma colina alargada, com uma extraordinária vista sobre a cidade, e promoveram um concurso para a realização do projecto arquitectónico do clube, sob a presidência de um grande promotor, D. Antonio Salas. Eu era estudante do quarto ano de arquitectura da Universidade Central da Venezuela e acabei por ganhar o concurso a que se submeteu o projecto desta obra, lado a lado com os arquitectos mais destacados do país.

Para el año 1954, una comunidad de pioneros oriundos del estado Táchira —zona fronteriza con Colombia, al occidente de Venezuela—, organizaron una asociación cultural bajo el nombre de Club Táchira, con sede en una vieja casona situada en una urbanización caraqueña. Tras buscar una ubicación estable para sus actividades, lograron finalmente la compra de una colina alargada con una vista extraordinaria sobre la ciudad y promovieron un concurso para la realización del proyecto arquitectónico del club bajo la presidencia de un gran promotor, don Antonio Salas. Yo era estudiante de cuarto año de arquitectura de la Universidad Central de Venezuela y resulté ganador del concurso al que se sometió el proyecto de esta obra junto a los arquitectos más relevantes del país. La propuesta original estaba formada por una gran cáscara de hormigón, como un gran pañuelo que al caer tocaba el piso, dejando un arco de 76 metros de luz con vista total sobre la ciudad a través de un jardín colgante y nutrido de flora tropical venezolana, orquídeas y bromelias con riego nebulizado. En esta cáscara estarían localizadas todas las actividades primarias del club, oficinas de la junta directiva, salones de juego, pistas de baile, etc., con mezzaninas de madera colgantes. Continuando la pendiente de la colina, se abriría una extensa playa de arena blanca con una piscina olímpica de olas artificiales y un gran vitral en el piso para dar luz policromada a la pista de bolera, restaurantes y bares. Al final, la plataforma laminar de un conoide parabólico ofrecía vista sobre la ciudad para afirmar los valores culturales de la región. En el borde de la ladera se agregaron cuatro canchas de tenis con muros atirantados. Este último armazón dio comienzo a las áreas lúdicas del club mientras se proyectaba la gran cáscara. Para entonces yo conocía el trabajo del arquitecto español Eduardo Torroja y recomendé su contratación para el cálculo de la estructura. Una vez llegado a Venezuela, ambos nos reunimos con los ingenieros Nicolás Colmenares y Santos Estela para definir las características de la estructura. Es importante anotar que el arquitecto Oscar Niemeyer, quien para ese momento diseñaba el Museo de Arte Moderno en otra colina de la misma urbanización, compartió con nosotros las discusiones preliminares. Viajé a Madrid y en el viejo Instituto de la Construcción y del Cemento, el maestro Torroja desarrolló un modelo preliminar de la estructura que cumpliera los parámetros acordados en Caracas. Sustituyó la curva original propuesta por una más lógica que no tuviera problemas estructurales, ajustando todos los detalles físicos finales, como el lomo de un caballo sobre el cual pendulaban una serie de lemniscatas con una misma ecuación. Una vez concluida la forma se llegó a una solución de altísimo ingenio en el revestimiento, realizado en micro hormigón de 8 mm de espesor. En ese punto se elaboró el modelo a fin de someterlo a todas las cargas para su cabal sustentación. El maestro Torroja envío los planos de construcción y en 1957 se inauguró la primera etapa.

A proposta original consistia numa grande casca de betão, como um grande lenço que ao cair tocava o chão, deixando um arco de 76 metros de luz com vista total sobre a cidade através de um jardim suspenso transbordante de flora tropical venezuelana, orquídeas e bromélias com rega nebulizada. Nesta casca localizar-se-iam todas as actividades primárias do clube, escritórios da direcção, salões de jogos, pistas de dança, etc., com mezaninos de madeira suspensos. Seguindo a pendente da colina, abrir-se-ia uma extensa praia de areia branca com uma piscina olímpica de ondas artificiais e um grande vitral no chão para dar uma luz policromada à pista de bowling, restaurantes e bares. No final, a plataforma laminar de um conóide parabólico oferecia uma vista sobre a cidade para afirmar os valores culturais da região. No extremo da ladeira agregaram-se quatro courts de ténis com muros de contenção. Esta última estrutura deu início às áreas lúdicas do clube, enquanto se projectava a grande casca. Nessa altura, era-me já familiar o trabalho do arquitecto espanhol Eduardo Torroja e recomendei a sua contratação para o cálculo da estrutura. Uma vez chegado à Venezuela, reunimos ambos com os engenheiros Nicolás Colmenares e Santos Estela para definir as características da estrutura. É importante salientar que o arquitecto Oscar Niemeyer, que nessa altura estava a projectar o Museo de Arte Moderno para outra colina da mesma urbanização, partilhou connosco as discussões preliminares. Viajei para Madrid e, no velho Instituto de la Construcción y del Cemento, Mestre Torroja desenvolveu um modelo preliminar da estrutura que cumpria os parâmetros acordados em Caracas. Substituiu a curva original proposta por outra mais lógica, que não colocaria problemas estruturais, ajustando todos os pormenores físicos finais, como o lombo de um cavalo sobre o qual pendulavam uma série de lemniscatas com uma mesma equação. Uma vez concluída a forma, chegou-se a uma solução de altíssimo engenho para o revestimento, realizado em microbetão de 8 mm de espessura. Nesse ponto elaborou-se o modelo para ser submetido a todas as cargas, para sua sustentação cabal. Mestre Torroja enviou os planos de construção e em 1957 inaugurou-se a primeira etapa.

En enero de 1958 cambia el poder político en Venezuela y los nuevos directivos del Club desisten de la construcción, cambiando totalmente todo el planteamiento original del Club al situar un gran estacionamiento de automóviles en el lugar donde iba la gran cáscara.

Em Janeiro de 1958 o poder político muda de mãos na Venezuela e os novos directores do Clube desistem da construção, alterando totalmente toda a concepção original, instalando um grande parque de estacionamento de automóveis no local onde se situaria a grande casca.

Tenemos la esperanza de poder ver pronto realizada esta obra en Caracas, con una estructura diseñada hace más de cincuenta años, llena de la más pura lógica estructural y a la memoria de su creador, Eduardo Torroja.

Temos esperança de poder ver em breve realizada esta obra em Caracas, com uma estrutura projectada há mais de cinquenta anos, repleta da mais pura lógica estrutural e em memória do seu criador, Eduardo Torroja. IX BIAU

39


Testimony of the architect Fruto Vivas and his meeting with Eduardo Torroja (summer of 1955). Caracas, 4 April, 2006 After exercising my memory I am writing a few notes about how the opportunity presented itself to work with one of the most important maestros of construction techniques. In 1954, a community of pioneers who were natives of the state of Táchira — an area on the frontier with Colombia, to the west of Venezuela — organized a cultural association called the Táchira Club, in a large, old house situated in a residential area of Caracas. After looking for a more permanent location for their activities, they eventually managed to buy an elongated hill with an extraordinary view over the city, and organized a competition to carry out an architectural project of the Club, presided over by the important promoter Antonio Salas. I was a fourth-year student of architecture at the Central University of Venezuela, and emerged as the winner of the competition, to which the plan for these works was submitted, together with the country’s most important architects. The original proposal was for a large concrete shell like a large handkerchief, which on falling to the ground leaves a 76-metre arc of light with a complete view over the city through a hanging garden full of Venezuelan tropical flora, orchids and bromeliads irrigated by spray. The shell would house all the main activities of the Club, the offices of the board of directors, gaming rooms, dance floors, etc., with hanging mezzanines of wood. To continue the slope of the hill, an extensive beach of white sand would be opened, with an Olympic swimming-pool with artificial waves, and a large glass panel in the floor through which to illuminate the bowling alley, restaurants and bars with multicoloured light. At the end, the laminar platform of a parabolic conoid would provide a view over the city to affirm the cultural values of the region. Four tennis courts with cable-stayed walls would be added on the hillside. This latter shell opened on to the leisure areas of the Club while the large shell was being planned. By then I knew about the work of the Spanish architect Eduardo Torroja, and I recommended that he be contracted for the calculations for the structure. On his arrival in Venezuela, we both met the engineers Nicolás Colmenares and Santos Estela to define the characteristics of the structure. It is important to note that the architect Oscar Niemeyer, who at that time was designing the Museum of Modern Art on another hill in the same residential estate, joined us in the preliminary discussions. I travelled to Madrid, and in the old Instituto de la Construcción y del Cemento, Maestro Torroja built a preliminary model of the structure which conformed to the parameters agreed in Caracas. I replaced the curve originally proposed with one that was more logical and would not involve structural problems, adjusting all the final physical details, like a horse’s back on which were swinging a series of lemniscates with the same equation. Once the shape had been finalized, a highly ingenious solution was found for the cladding, which would be of 8 mmthick micro-concrete. At this point, the model was prepared in order to submit it to all the loads for its correct foundation. Maestro Torroja sent off the construction plans, and in 1957 the first stage was begun. In January, 1958, there was a change of political power in Venezuela, and the new directors of the Club desisted from its construction. Everything in the original plan for the Club was changed in order to site a large car park on the place where the large shell would have been. We hope that we shall soon be able to see this work completed in Caracas, with a structure designed more than fifty years ago, full of the purest structural logic, and dedicated to the memory of its creator, Eduardo Torroja. 40

IX BIAU

Club Táchira, 1954 Situación / Localização / Location Urb. Colinas de Bello Monte, Caracas. Venezuela Autor / Author Arq. Fruto Vivas Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Ing. Nicolás Colmenares & Ing Santos Estela (estructura / estrutura / structure) Colaboradores / Collaborators Ing. Eduardo Torroja Constructora / Construtora / Construction company S/I Promotor / Promoter Antonio Salas Créditos fotográficos / Photographic credits Efraín Vivas


IX BIAU

41


42

IX BIAU


IX BIAU

43


44

IX BIAU


IX BIAU

45


Casa El TarantĂ­n, 1976


Memoria descriptiva

Memória descritiva

La construcción de esta casa se produce en circunstancias muy particulares. Durante aquellos años duros de los sesenta, yo me encontraba en una grave situación política, perseguido por el régimen de entonces y con escasos recursos económicos. Para ese momento la municipalidad de Barquisimeto estaba otorgando terrenos a precios muy bajos y yo conseguí uno —costaba 5.000 Bs. y tenía que pagar 1.000 Bs. mensuales—, así que decidí comprarlo y comencé a vivir de forma clandestina en la ciudad, con el pseudónimo de «el señor Perdomo». Hice el proyecto, busqué a un gran amigo arquitecto, Enrique Hernández, para que me firmara los planos y mi esposa los llevó a la Alcaldía. Cuando la funcionaria vio los planos dijo: «Esos dibujos no son de Enrique Hernández, ¡son de Fruto Vivas!», pero como no había manera de comprobarlo, dieron el permiso de construcción.

A construção desta casa produziu-se em circunstâncias muito particulares. Durante aqueles duros anos sessenta, eu encontravame numa grave situação política, perseguido pelo regime de então e com escassos recursos económicos. Por essa altura, o município de Barquisimeto estava a ceder terrenos a preços muito baixos e eu consegui um deles – custava 5.000 bolívares e tinha de pagar 1.000 bolívares mensais; decidi comprá-lo e comecei a viver na cidade de forma clandestina, sob o pseudónimo de “Senhor Perdomo”. Fiz o projecto, procurei um grande amigo, o arquitecto Enrique Hernández, para que o assinasse e a minha mulher levou-o à autarquia. Quando a funcionária viu as plantas, disse: “Esses desenhos não são de Enrique Hernández, são de Fruto Vivas!”; mas como não havia forma de o comprovar, concederam a licença de construção.

Seguidamente compré los materiales y también una dobladora que llevé a un taller muy humilde, el dueño trabajó codo a codo conmigo, a cuya disposición puse la máquina.

De seguida, comprei os materiais, assim como uma máquina de dobrar, que levei a uma oficina mecânica muito humilde: o dono trabalhou lado a lado comigo e pus a máquina à sua disposição.

Hice mi casa ultraliviana, con marcos muy ligeros, láminas muy delgadas y en circunstancias sumamente difíciles. Durante el proceso constructivo sucedieron hechos muy pintorescos. Por ejemplo, cuando ya estaba montada la primera estructura aparecieron unas señoras preguntando qué era lo que se estaba edificando ahí. Yo les contesté: «Un aviso de la Pepsicola». Las señoras se fueron protestando, pero yo seguí. Cuando volvieron a los tres o cuatro días ya la casa tenía forma y me increparon de nuevo: «¿Pero usted no dijo que era un aviso de la Pepsicola?». «Claro —respondí—, el asunto es que la gente no nos deja trabajar, ésta es una iglesia, ¿usted no vio el letrero que está en la esquina?» —en efecto había un letrero que ponía: «Aquí se construirá la Iglesia de la Urbanización», que luego se ejecutó—. Así logré que se quedaran tranquilas y no me molestaran más. Cuando la casa ya estaba a punto de concluirse, llegó un grupo de muchachos curioseando. Mi hijo José Alí les dijo que se trataba de la Estación del Teleférico de Terepaima, cuyo cableado eléctrico se estaba levantando para ese momento, añadiendo que la dueña de los terrenos del cerro Terepaima era quien la estaba construyendo. Los muchachos se marcharon creyendo el cuento y en la ciudad se regó la voz de que allí se construiría la estación, con lo que se olvidaron de Fruto Vivas, hasta que un día, mudado finalmente a la casa, llegó el director de Corpoturismo y me abrazó gritando: «¡Fruto!, ¿cómo estás?», para encargarme el proyecto de un parque para Puerto La Cruz. Así se fueron enterando de quién era yo.

Fiz a minha casa ultraleve, com estruturas muito ligeiras, placas muito finas e em circunstâncias bastante difíceis. Durante o processo de construção, sucederam coisas muito pitorescas. Por exemplo, quando a primeira estrutura já estava montada, apareceram umas senhoras a perguntar o que se estava a construir ali. E eu respondi: “Um anúncio da Pepsi-Cola”. As senhoras foram embora, protestando, e eu prossegui. Quando regressaram, três ou quatro dias depois, já a casa tomara forma e repreenderam-me: “Mas afinal não tinha dito que era um anúncio da Pepsi-Cola?” “Claro”, respondi, “o problema é que as pessoas não nos deixam trabalhar, e isto é uma igreja, não viu o letreiro que está na esquina?” Com efeito, havia um letreiro que dizia: “Aqui será construída a Igreja da Urbanização”, que foi depois executada. Assim consegui que ficassem em paz e não me incomodaram mais. Quando a casa já estava a ponto de ser concluída, apareceu um grupo de rapazes, a meter o nariz. O meu filho José Alí disse-lhes que se tratava da Estação do Teleférico de Terepaima, cuja cablagem eléctrica estava a ser instalada por essa altura, acrescentando que era a dona dos terrenos do cerro de Terepaima quem a estava a construir. Os rapazes foram embora convencidos da história e na cidade correu o rumor que se construiria ali a Estação e com isso esqueceram-se de Fruto Vivas, até que um dia, finalmente mudado para a casa, chegou o director de Corpoturismo e me abraçou, gritando “Fruto, como estás?”, para me encarregar do projecto de um parque para Puerto La Cruz. Assim se foram dando conta de quem eu era.

Desde el punto de vista físico, esta es una casa ultraliviana, pues su peso es de unos 12 kilogramos por metro cuadrado. Se trata de «un rancho bien hecho» que pronto se convirtió en una gran curiosidad en la zona: una vivienda de lata con piso de bahareque muy comprimido, paredes a base de aglomerado de caña revestido por fuera en baquelita, con doble techo de zinc para climatizar y sembrado totalmente de plantas, sobre todo de parchitas, que la envolvían y le daban mayor frescura. En el exterior sembré unos árboles que ahora son gigantescos, con lo que actualmente esta propiedad está completamente inmersa en un bosque, es una casa ultratropical.

Do ponto de vista físico, esta é uma casa ultraleve, pois o seu peso é de cerca de 12 quilos por metro quadrado. Trata-se de “uma barraca bem feita”, que em pouco tempo se converteu na grande curiosidade da zona: uma casa de lata com pavimento de taipa muito comprimida, paredes à base de aglomerado de cana revestido por fora em baquelite com duplo telhado de zinco para climatizar e completamente rodeada de plantas, sobretudo passifloras, que a envolviam e lhe davam maior frescura. No exterior semeei umas árvores que agora estão gigantescas, com o que a propriedade actualmente está completamente submersa num bosque, é uma casa ultratropical.

IX BIAU

47


Descriptive report

El Tarantín, 1976

This house was built in very unusual circumstances. During the hard years of the 1960s I found myself in a serious political situation, harassed by the regime of that time, and with few financial resources. At that time the municipality of Barquisimeto was granting plots of land at very low prices, and I managed to obtain one —it cost 5,000 Bs. (Venezuelan Bolivars) and I had to pay 1,000 Bs. per month — so I decided to buy it, and began to live in the city secretly, using the pseudonym of ‘Mr. Perdomo’. I drew up the plan and looked for a good friend who was an architect, Enrique Hernández, so that he would sign the plans for my wife to take to the City Hall. When the official saw the plans he said: “These drawings are not by Enrique Hernández, they are by Fruto Vivas!”, but as there was no means of proving that, he issued the construction permit.

Situación / Localização / Location Barquisimeto, Estado Lara. Venezuela

I immediately bought the materials and also a bending machine, which I took to a very humble workshop whose manager, to whom I gave the machine, worked hand in hand with me. I made my ultra-light house, with very lightweight frames, very thin sheets, and in extremely difficult circumstances. Some very odd things happened during the construction. For example, when the first structure was assembled, some ladies appeared and asked what was being built there. I answered: “An advertisement for Pepsicola”. They went away complaining, but I continued. When they returned three or four days later, the house had already taken shape, and they rebuked me again: “But didn’t you say it was an advertisement for Pepsicola?” I replied:“Yes, the thing is, people don’t allow us to work. This is a church ‒ didn’t you see the notice on the corner?” — and there really was a notice, which read: “The Church for the Housing Estate will be constructed here” (and later, it was). In that way I quietened them down, and they didn’t disturb me any more. When the house was almost finished, a group of youths arrived and poked around. My son José Alí told them that it was the Terepaima Funicular Station, that the electric cabling was being installed, and that the owner of the land on the Terepaima hill was the person who was building it. The boys believed him, and went away, and in the city the word spread that the station was going to be built there, with the result that Fruto Vivas was forgotten, until one day, after I had finally moved in to the house, the director of Corpoturismo arrived and embraced me, exclaiming: “Fruto! How are you?” , and commissioned me for a park project for Puerto La Cruz. It was thus that they realized who I was. From the physical point of view, this is an ultra-light house, because its weight is about 12 kilograms per square metre. It was a ‘well-made ranch’ which would soon become a great curiosity in the area: a tin home with a floor of very compressed bahareque (constructive system made with interwoven reeds), walls based on sugarcane agglomerate coated outside with bakelite, a double roof of zinc for ‘air conditioning’, and strewn with plants everywhere, especially passion fruits, which enveloped it and made it cooler. Outside, I planted some trees which today are gigantic, so that, now, this property is completely embedded in a forest. It is an ultratropical house.

48

IX BIAU

Autor / Author Arq. Fruto Vivas Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Ing. Francisco Marin (estructura / estrutura / structure) Colaboradores / Collaborators S/I Constructora / Construtora / Construction company Fruto Vivas Promotor / Promoter Arq. Fruto Vivas Créditos fotográficos / Photographic credits Efraín Vivas


IX BIAU

49


50

IX BIAU


IX BIAU

51


52

IX BIAU


IX BIAU

53


Ă rbol para vivir, 1990


Árbol para vivir

Árvore para viver

Con esta propuesta arquitectónica nos proponemos desarrollar modelos de diseño capaces de adecuarse, como los árboles o los barcos, a las características de los movimientos telúricos; modelos portantes que no estén anclados al suelo, que puedan ser «autoerectibles» y e inmunes a los terremotos.

Com esta proposta arquitectónica pretendemos desenvolver modelos de desenho capazes de se adequar, como as árvores ou os barcos, às características dos movimentos telúricos; modelos portantes que não estejam ancorados no chão, que possam ser “auto-erectíveis” e imunes aos terramotos.

Sugerimos dos ejemplos de la industria que están a nuestro alcance: las grúas y los andamios tubulares, porque soportan la materia muerta en el proceso constructivo y son fáciles de armar, cambiar y transportar. Si hacemos circular agua a través de estas estructuras en caso de incendio y las convertimos en «hidroestructuras», las tornamos «incolapsables» por acción del fuego.

Sugerimos dois exemplos da indústria que estão ao nosso alcance: as gruas e os andaimes tubulares, porque suportam a matéria morta do processo construtivo e são fáceis de armar, alterar e transportar. Se fizermos circular água através destas estruturas em caso de incêndio e as convertermos em “hidro-estruturas”, tornamo-las “incolapsáveis” por acção do fogo.

Habitemos las grúas y llenémoslas de andamios; imitemos y emulemos las maravillas que en el mundo biológico crea la naturaleza, los árboles, los peces, los animales, que nos dan lecciones de optimización. Vayamos hacia las estructuras límite para construir con la materia óptima necesaria, con la forma de máxima eficiencia y demos a la edificación el carácter mutante propio de la vida, que la cuidad cambie como cambian los bosques, sin morirse, en un mundo dialéctico de íntima relación pero a la escala gregaria del hombre, donde sea posible el amor social en estructuras urbanas y en armonía con la naturaleza.

Habitemos as gruas e enchamo-las de andaimes; imitemos e emulemos as maravilhas que no mundo biológico a natureza cria, as árvores, os peixes, os animais, que nos dão lições de optimização. Avancemos até às estruturas-limite para construir com a matéria óptima necessária, com a forma de máxima eficiência e dêmos à edificação o carácter mutante próprio da vida; que a cidade mude como mudam os bosques, sem morrer, num mundo dialéctico de íntima relação, mas à escala gregária do homem, onde seja possível o amor social em estruturas urbanas e em harmonia com a natureza.

Si estos andamios colgantes los unimos a los biomateriales, podríamos realizar edificaciones de alta calidad bioclimática donde podamos vivir entre pájaros y mariposas, sentir el aroma de los jazmineros a través de la brisa que ellos mismos producen y desde los balcones, ver a los niños correr hacia el futuro posible para todos.

Se unirmos estes andaimes suspensos aos biomateriais, poderemos realizar edificações de alta qualidade bioclimática, onde poderemos viver entre pássaros e borboletas, sentir o aroma dos jasmins através da brisa que eles mesmos produzem e, das varandas, ver as crianças correr em direcção ao futuro possível para todos.

IX BIAU

55


Tree for Living

Árbol para vivir, 1990

With this architectural proposal we aim to develop design models that are able to adapt themselves, as trees or ships do, to the characteristics of terrestrial movements; supporting models which are not anchored to the ground, which can be ‘self-erecting’ and immune from earthquakes.

Situación / Localização / Location Lechería, Estado Anzoátegui. Venezuela

We suggest two familiar examples from industry: cranes and tubular scaffolding, because they support inanimate material during the process of construction, and are easy to asssemble, change and transport. If we circulate water through these structures when there is a fire, converting them into ‘hydrostructures’, we transform them into structures that are ‘uncollapsable’ by fire.

Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Ing. Celso Fortoul, Ing. Edgar Fortoul & Ing. Carlos Niebla (estructura / estrutura / structure)

Let’s stay in the cranes and let us fill up the scaffolding; let’s imitate and emulate the marvels that Nature creates in the biological world ‒ the trees, the fish, the animals which give us lessons about optimization. Let’s go towards the borderline structures to build with the necessary best material, with maximum efficiency, and let’s give to building the mutant character that is characteristic of life, which the city changes as the forests change, without dying, in a dialectical world of intimate relationships but on the gregarious scale of mankind, where social love is possible in urban structures and in harmony with Nature. If we joined this hanging scaffolding to biomaterials we could make constructions of high bioclimatic quality, in which we could live among birds and butterflies, smell the scent of the jasmins on the breeze which they themselves produce, and, from the balconies, see the children running towards the future that is possible for all of us.

56

IX BIAU

Autor / Author Arq. Fruto Vivas

Colaboradores / Collaborators Arq. Franco Gonella Constructora / Construtora / Construction company S/I Promotor / Promoter Corpoven Créditos fotográficos / Photographic credits Efraín Vivas


IX BIAU

57


58

IX BIAU


IX BIAU

59


60

IX BIAU


IX BIAU

61


Panorama de Obras / Panorama de Obras / Overview of Works

IX BIAU



ARG001

Casa M Estudio aire (Juan Germรกn Guardati, Romรกn Renzi y Virginia Kahanoff)


CASA M

CASA M

La implicancia espacial de las operaciones formales construye el argumento más contundente de esta obra.

A implicação espacial das operações formais constitui o argumento mais contundente desta obra.

Un simple volumen de base rectangular sufre un corte y un desplazamiento en horizontal. De este modo, el espacio se complejiza y la morfología sigue estando controlada. Dos medidas rigen las alturas de la vivienda: hasta los 2,2 m se definen los muros y las aberturas, y desde ahí hasta los 4.40 se crea el espacio de la cubierta. Así aparece una topografía sinuosa sobre la cabeza de los habitantes y un contraste con la planicie del suelo de la llanura pampeana. Todo esto se vuelve más dramático gracias a la manipulación de la iluminación natural que se filtra por los lucernarios distribuidos en todo el área.

Um simples volume de base rectangular sofre um corte e um deslocamento na horizontal. Deste modo, o espaço complexifica-se e a morfologia permanece controlada. Duas medidas regem a altura da moradia; até aos 2,20 m definem-se os muros e as aberturas e de aí até aos 4,40 m gera-se o espaço da cobertura. Surge assim um topografia sinuosa sobre a cabeça dos habitantes e um contraste com a planura do solo na planície da pampa. Tudo isto se torna mais dramático graças à manipulação da luz natural, que se filtra pelas lucarnas distribuídas por toda a área.

Desde la calle la casa se vuelve hermética, pero desde el interior la percepción encuentra un contrapunto. El programa de actividades privadas se desarrolla dentro de las cajas inferiores: dormitorios y baños se agrupan en el volumen mayor y cocina, lavadero y depósito en otros dos más pequeños. Las actividades públicas de la casa quedan delimitadas por el desfase que produce el techo y un cierre vertical de vidrio de diferentes opacidades (transparente hacia el fondo del lote y translúcido hacia los laterales).

Da rua, a casa torna-se hermética, mas do interior a percepção encontra um contraponto. O programa de actividades privadas desenvolve-se dentro das caixas inferiores: quartos de dormir e de banho agrupam-se no volume maior; e cozinha, lavandaria e depósito em dois volumes mais pequenos. As actividades públicas da casa estão delimitadas pelo desfasamento produzido pelo telhado e um fechamento vertical de vidro de diferentes opacidades (transparente no fundo do lote e translúcido nas zonas laterais).

El uso del hormigón a la vista conjuga estructura de sostén, estructura espacial y expresión de la vivienda. Este material se utiliza sobre todo en el exterior, pero al ser producto de la disposición de las piezas que constituyen el conjunto, termina formando parte de los límites del interior del área común. Así, nuevamente surge la oposición entre «lo rugoso y lo bruto» frente a «lo pulido y lo brillante» del vidrio y el yeso. La experiencia del espacio se produce con una materialización sintética pero rotunda a través de situaciones explícitamente diferenciadas y opuestas.

O uso de betão à vista conjuga estrutura de sustentação, estrutura espacial e expressão da moradia. Este material é utilizado principalmente para o exterior, mas em resultado da disposição das peças constitutivas do conjunto, acaba por fazer parte dos limites interiores da área comum. Assim se produz novamente a oposição entre “o rugoso e o bruto” e “o polido e brilhante” do vidro e do estuque. A experiência do espaço produz-se com uma materialização sintética mas rotunda, com situações explicitamente diferenciadas e opostas.

IX BIAU

65


HOUSE M

Casa M

The spatial consequences of the formal operations make the most convincing case for this work.

Situación / Localização / Location Rosario, Santa Fe, Argentina

A simple volume with a rectangular base suffers a cut and a horizontal displacement. In this way, the space becomes more complex and the morphology remains under control. Two measurements govern the heights of the residence: the walls and the openings up to 2.2 m, and from there up to 4.4 m the roof space is created. In this way, a sinuous topography appears above the heads of the inhabitants, and a contrast with the flatness of the pampas plains. All this becomes more dramatic thanks to the manipulation of the natural light, which is filtered by the skylights which are distributed around the whole area.

Autores / Authors Juan Germán Guardati, Román Renzi, Virginia Kahanoff

From the street the house becomes impenetrable, but from inside one’s perception finds a counterpoint. The programme of private activities is pursued inside the lower wells: bedrooms and bathrooms are grouped in the larger volume, and the kitchen, laundry room and storeroom are in two smaller ones. The public activities of the household are demarcated by the gap formed by the ceiling and a vertical glass partition of varying degrees of opacity (transparent near the bottom and translucent towards the sides).

Superficie / Superfície / Area 320 m2

The use of exposed concrete combines supporting structure, spatial structure and expression in the home. This material is used especially in the exterior, but, being a product of the arrangement of the parts which constitute the whole, it ends up forming part of the boundaries of the interior of the communal area. In this way, the contrast arises once again between “the coarse and crude” as opposed to “the polished and shiny” of glass and plaster. The experience of space is produced by a synthetic but emphatic materialization through situations that are explicitly differentiated and opposed.

66

IX BIAU

Equipo de proyecto / Equipe de projeto / Project team Gustavo Sattler, Damian Plouganou, Valeria del Vecchio Colaboradores / Collaborators Ing. Marcelo Soboleosky, Mariano Pellita Fecha / Data / Date 2009-2013

Créditos fotográficos / Photographic credits Walter Salcedo Contacto / Contato / Contact guardati@estudioaire.com.ar aire@estudioaire.com.ar www.estudioaire.com.ar


IX BIAU

67


68

IX BIAU


IX BIAU

69


70

IX BIAU


IX BIAU

71




ARG002

Complejo ÂŤEl MangaletaÂť Marco Rampulla


«El Mangaleta»

“El Mangaleta”

En un terreno en pendiente hacia el horizonte serrano se emplazan tres casas para alquilar y una piscina cumpliendo con el requerimiento del encargo inicial. La implantación responde al aprovechamiento del desnivel y en consecuencia a las vistas. Su materialidad surge de establecer las casas como «rocas» emergentes, haciendo eco del paisaje natural de la sierra, monte y piedra...

Num terreno em pendente virado para o horizonte serrano, situam-se três casas para alugar e uma piscina, cumprindo os requisitos do cliente. A implantação corresponde ao aproveitamento do desnível e, consequentemente, das vistas. A sua materialidade deriva de estabelecer as casas como “rochas” emergentes, fazendo eco da paisagem natural das serras, monte e pedra...

De esta analogía surge el ladrillo como envolvente y material en contacto con la tierra, pulido en su interior para ser habitado.

Desta analogia, surge o tijolo como envolvente e material em contacto com a terra, polindo o seu interior para serem habitadas.

IX BIAU

75


“El Mangaleta”

Complejo “El Mangaleta” (Casas de alquiler)

On a plot sloping towards the mountain horizon, three houses to let are sited, with a swimming pool, in accordance with the requirements of the initial commission. The siting takes advantage of the incline and, consequently, of the views. The appearance of the houses is the result of setting them up like emerging “rocks”, reflecting the natural scenery of the sierra, scrubland and stone...

Situación / Localização / Location Calle Pavón, Lote 14, Villa Icho Cruz Provincia de Córdoba, Argentina

From this analogy, bricks and mortar appear enveloping, and as material in contact with the soil, polished inside so as to be lived in.

Autor / Author Marco Rampulla Colaboradores / Collaborators Arq. Fernando Mattiuz Arq. Gustavo Lozano Constructora / Construtora / Construction company Dario Medina Propietario / Proprietário / Owner Eduardo Ciaffoni Fecha / Data / Date 2012-2013 Superficie / Superfície / Area 240m2 (3x80m2 c/u) + 42m2 (piscina) Presupuesto total / Orçamento total / Total budget $450.000 (Pesos argentinos) Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 $1.700 (Pesos argentinos) Créditos fotográficos / Photographic credits Lucas Carranza Contacto / Contato / Contact marcorampulla@hotmail.com

76

IX BIAU


IX BIAU

77


78

IX BIAU


IX BIAU

79


80

IX BIAU


IX BIAU

81


82

IX BIAU


IX BIAU

83


ARG003

Edificio Sucre 4444 Javier Esteban, Romina Tannenbaum y Mario Tannenbaum


Edificio Sucre 4444

Edifício Sucre 4444

El edificio se encuentra en un terreno de 17,50 x 42 m en una zona residencial de baja densidad de la Ciudad de Buenos Aires donde conviven casas y pequeños edificios, de manera que estos últimos han ido tomando cada vez mayor importancia al ir cambiando el perfil urbano. Al tomar en cuenta esta situación y la existencia de un gran árbol que se adentra en el lote, se tomó la decisión de retirar el edificio tres metros de la línea municipal, para disminuir así su impacto en la manzana.

O edifício encontra-se num terreno de 17,50 x 42 metros, numa zona residencial de baixa densidade da Cidade de Buenos Aires, onde convivem casas e pequenos edifícios, estando estes últimos a ganhar cada vez mais importância, alterando o perfil urbano. Tendo em conta esta situação e a existência de uma grande árvore que penetra no lote, tomou-se a decisão de recuar o edifício três metros em relação à linha municipal, diminuindo desta forma o seu impacto no quarteirão.

El programa de dieciséis departamentos de vivienda se organiza en dos bloques de cuatro pisos cada uno, unidos por circulaciones a cielo abierto, creando dos patios entre ellos y dejando libre la planta baja.

O programa de dezasseis apartamentos residenciais organiza-se em dois blocos de quatro andares cada um, unidos por circulações a céu aberto, criando dois pátios entre si e libertando o piso térreo.

Todas las vigas son de 45 cm de altura, las losas toman el nivel superior en los salones y dormitorios y el nivel inferior en los locales húmedos, balcones, vestíbulos y circulaciones. Todo ello permitió reducir las alturas de carpinterías de aluminio, madera y chapa a 2,25 m.

Todas as vigas são de 45 cm de altura, as lajes tomam o nível superior nas zonas de estar e de dormir e o nível inferior nos locais húmidos, terraços, halls e zonas de circulação. Isto permitiu reduzir a altura das carpintarias de alumínio, madeira e chapa a 2,25 m.

Las fachadas están compuestas por un sistema de vigas de hormigón visto y postigos plegadizos, que aportan al conjunto un carácter de uniformidad en constante movimiento.

As fachadas são constituídas por um sistema de vigas de betão à vista e venezianas dobráveis, que conferem ao conjunto um carácter de uniformidade em constante movimento.

IX BIAU

85


Sucre Building 4444 The building is situated on a plot measuring 17.50 x 42 m in a low-density residential area of the city of Buenos Aires where houses and small buildings co-exist in such a way that the latter have been acquiring more and more importance as they change the urban contours. Taking into consideration this situation and the existence of a large tree which is encroaching into the plot, it was decided to move the building three metres back from the municipal line, thereby reducing its impact on the block. The programme for sixteen sections of housing is arranged in two blocks of four floors each, linked by paths open to the sky, forming two patios between them, and leaving the ground floor free. All the beams are 45 cm in height, the slabs occupy the upper levels in the lounges and bedrooms and the lower levels in the humid areas, balconies, halls and paths. All of this allows the height of the aluminium, wood and sheeting work to be reduced to 2.25 m. The façades are composed of a system of exposed concrete beams and folding shutters, which lend to the whole a feeling of uniformity in constant movement.

Edificio Sucre 4444

Situación / Localização / Location Sucre 4444, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina Autores / Authors Arq. Javier Esteban Arq. Romina Tannenbaum Arq. Mario Tannenbaum Colaborador / Collaborator Ing. Ruben Novo (cálculo estructural) Constructora / Construtora / Construction company Promotor / Promoter Propietario / Proprietário / Owner Fideicomiso Sucre 4444 Fecha / Data / Date 2010-2013 Superficie / Superfície / Area 2.005 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget $10.000.000 (Pesos argentinos) Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 $ 4.987/m2 (Pesos argentinos) Créditos fotográficos / Photographic credits Cristobal Palma Contacto / Contato / Contact estudio@esteban-tannenbaum.com.ar www.esteban-tannenbaum.com.ar

86

IX BIAU


IX BIAU

87


88

IX BIAU


IX BIAU

89


90

IX BIAU


IX BIAU

91


92

IX BIAU


IX BIAU

93


ARG004

Hostería Varvarco DINAMO ARQUITECTURA (Lorena Eguiguren, Juan Marcos Basso,

Carlos Franzán, Ignacio López Varela y Carlos Menna); Matías Forsetti, Fernando Páramo, Verónica Güichal, Valeria Petrini y Soledad Lozano


Hostería Varvarco

Hospedaria Varvarco

Varvarco es una comisión de fomento que, fundada en 1973, cuenta en la actualidad con poco más de 600 habitantes, principalmente gente de campo (crianceros) y se encuentra localizada en el norte de la provincia de Neuquén. A escala micro regional es un punto estratégico de la Patagonia Argentina por su directa vinculación con un conjunto atractivos de espacios naturales y diversidad de productos turísticos. En los últimos años, Varvarco apuesta por consolidar su papel territorial como ‘Aldea de Montaña’ con servicios para el desarrollo turístico.

Varvarco é uma “comissão de fomento” fundada em 1973, que conta actualmente com pouco mais de 600 habitantes, principalmente gente do campo (criadores de gado). Encontra-se localizada no Norte da província de Neuquén. A escala microregional é um ponto estratégico da Patagónia argentina pela sua vinculação directa a um conjunto de atractivos naturais e diversidade de produtos turísticos. Nos últimos anos, Varvarco tem apostado em consolidar o seu papel territorial como Aldeia de Montanha, com serviços para o desenvolvimento turístico.

En este marco, la construcción del conjunto edilicio conformado por una hostería y cuatro cabañas (segunda etapa de construcción) se encuadra dentro de una serie de acciones para su reestructuración urbana y puesta en valor en dos escenarios: consolidar lo existente y promover nuevas áreas de expansión urbana, en las que la arquitectura se presenta como un eslabón más del motor de desarrollo de las comunidades. Esta matriz conceptual fue la base para la obtención del primer premio del «Concurso provincial de ideas y croquis preliminares para el desarrollo del espacio público de la localidad de Varvarco».

Neste enquadramento, a construção do conjunto edílico constituído pela hospedaria e 4 cabanas (segunda etapa de construção) enquadra-se no âmbito de uma série de acções para a reestruturação urbana e valorização em dois cenários: consolidar o existente e promover novas áreas de expansão urbana, onde a arquitectura se constitui como um elo mais do motor de desenvolvimento das comunidades. Esta matriz conceptual foi a base para a obtenção do primeiro prémio do Concurso Provincial de Ideias e Croquis Preliminares para o Desenvolvimento do Espaço Público da Localidade de Varvarco.

La hostería propone una arquitectura que valora en términos de implantación su relación con el paisaje. El edificio se extiende para ganar las visuales a la confluencia de los ríos Varvarco y Neuquén y reparar los espacios exteriores de los vientos predominantes, e incorpora a su esencia funcional y en su misión constructiva los valores ambientales de la Patagonia norte. En su conformación, el complejo edilicio prioriza la integración con el imponente paisaje e incorpora la trama de recorridos que se plantean en la aldea y que lo vinculan con el resto del conjunto urbano.

A hospedaria propõe uma arquitectura que valoriza, em termos de implantação, a sua relação com a paisagem. O edifício alonga-se para abranger as vistas da confluência dos rios Varvarco e Neuquén e proteger os espaços exteriores dos ventos dominantes. Incorpora a sua essência funcional e, na sua missão construtiva, os valores ambientais do Norte da Patagónia. Na sua configuração, o complexo edílico dá prioridade à integração na imponente paisagem e incorpora a trama de percursos que se adivinham na aldeia e que o vinculam com o resto do conjunto urbano.

Proyectado en una sola planta, el edificio respeta la escala y la horizontalidad del entorno circundante. Busca integrarse y apropiarse del paisaje en su extensión programática, donde todas las habitaciones y áreas públicas de la hostería cuentan con visuales directas al imponente paisaje proporcionado por la Cordillera de los Andes y el encuentro de los ríos Varvarco y Neuquén. Tanto las situaciones espaciales interiores como exteriores están protegidas y al resguardo de las inclemencias del clima, vientos predominantes y soleamiento.

O edifício, projectado com um piso único, respeita a escala e a horizontalidade do entorno que o circunda; procura integrar-se e apropriar-se da paisagem na sua extensão programática, em que todos os quartos e todas as áreas públicas têm vista directa para a imponente vista proporcionada pela Cordilheira dos Andes e a confluência dos rios Varvarco e Neuquén. As localizações espaciais, tanto interiores como exteriores, estão protegidas e ao abrigo do clima inclemente, dos ventos predominantes e da incidência solar.

Su definición material responde a las condiciones complejas que presenta su ubicación, tanto climáticas como territoriales. Se incorporan así el conjunto de potencialidades materiales que la zona ofrece adaptado a un sistema constructivo ajustado en sus luces y dimensiones, y preciso en sus relaciones.

A definição material responde às complexas condições impostas pela sua localização, tanto climáticas como territoriais. Incorpora o conjunto de potencialidades materiais que a zona oferece, adaptado a um sistema construtivo ajustado, nas suas luzes e dimensões, e preciso nas suas relações.

Finalmente, como afirma Carlos Martí Arís: «Cuando la obra tiene la propiedad de engendrar entorno suyo un espacio de silencio, promueve una mirada distinta sobre la realidad, una mirada despojada, abstracta, en la que el mundo se nos presenta bajo el signo de la contemplación».

Finalmente, como afirma Carlos Martí Arís, “Quando a obra tem a propriedade de engendrar no seu entorno um espaço de silêncio, promove um olhar diferente sobre a realidade, um olhar despojado, abstracto, em que o mundo se nos apresenta sob o signo da contemplação”.

IX BIAU

95


The Varvarco Inn

Hostería Varvarco

Varvarco is a development commission which, having been founded in 1973, currently has little more than 600 inhabitants, mainly country folk (migratory shepherds), and is situated in the north of the province of Neuquén. On the micro-regional scale, it is a strategic part of Argentine Patagonia because of its direct association with an attractive group of natural spaces and a diversity of touristic products. In recent years, Varvarco has chosen to consolidate its territorial role of ‘Mountain Hamlet’ with services for the development of tourism.

Situación / Localização / Location Argentina, Provincia de Neuquén, Varvarco

In this context, the construction of the complex of buildings comprising an inn and four cabins (the second stage of construction) fits within a series of actions for urban restructuring and enhancement in two scenarios: consolidating what exists and promoting new areas of urban expansion, in which architecture is presented as one more link in the engine of community development. This conceptual matrix was the basis for winning first prize in the “Provincial competition of ideas and preliminary sketches for the development of the public space in the locality of Varvarco”. The inn proposes a type of architecture, which values its relationship with the landscape in terms of establishment. The building extends to include in its field of vision the confluence of the Rivers Varvarco and Neuquén, and to arrange the exterior spaces against the predominant winds, and includes in its functional essence and in its constructional mission the environmental values of North Patagonia. In its configuration, the complex of buildings gives priority to integration with the imposing scenery and incorporates the weave of routes planned in the village to link it to the rest of the urban group. Intended to have a single floor, the building respects the scale and horizontality of the surroundings. It seeks to integrate into the landscape and to assimilate it in its programmed extension, in which all the rooms and public areas of the inn will have direct views of the imposing scenery provided by the Andes mountain range and the meeting of the Rivers Varvarco and Neuquén. Both interior and exterior spaces are protected and safe from the inclemency of climate, predominant winds and exposure to the sun. Its material definition responds appropriately to the complex conditions, both climatic and territorial, which result from its location. The set of material possibilities offered by the area is thus included, adapted to a constructional system, which is adjusted in its lights and dimensions, and precise in its relationships. Finally, as Carlos Martí Arís asserts: “When the work has the property of engendering its own silent space, it promotes a distinct view of reality, a view that is laid bare, abstract, in which the world is presented to us under the sign of contemplation.”

96

IX BIAU

Autores / Authors DINAMO ARQUITECTURA (Arq. Lorena Eguiguren, Arq. Juan Marcos Basso, Arq. Carlos Franzán, Arq. Ignacio López Varela, Arq. Carlos Menna); Arq. Matías Forsetti, Arq. Fernando Páramo, Arq. Verónica Güichal, Arq. Valeria Petrini, Arq. Soledad Lozano

Colaboradores / Collaborators Ing. Diego Martínez Ing. Hugo Calió Promotor / Promoter Ministerio de Desarrollo de la Provincia de Neuquén Fecha / Data / Date 20082013 Superficie / Superfície / Area 885m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget US$ 860.000 Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 US$ 972/m2 Créditos fotográficos / Photographic credits Maju Franzan (pp.97-99, 102-103) Dinamo Arquitectura (p.94, p. 101) Contacto / Contato / Contact info@dinamoarquitectura.com www.dinamoarquitectura.com



98

IX BIAU


IX BIAU

99


100

IX BIAU


IX BIAU

101


102

IX BIAU


IX BIAU

103


bra005

Casa de fim de semana spbr arquitetos (angelo bucci + Nilton Suenaga, Tatiana Ozzetti, Ciro Miguel, Eric Ennser, João Paulo Meirelles de Faria, Juliana braga, Fernanda Cavallaro y Victor Próspero)


Casa de fin de semana en São Paulo

Casa de fim de semana em São Paulo

São Paulo, metrópolis de 20 millones de habitantes, se encuentra a casi una hora del litoral. Sus habitantes pasan horas atrapados en el tráfico los días de diario y, en los fines de semana, especialmente en verano, los miles de personas que van a las playas congestionan también las carreteras.

São Paulo, metrópole de 20 milhões de habitantes, situa-se a cerca de uma hora do litoral. Seus habitantes passam horas em congestionamentos intensos durante a semana e, nos finais de semana, especialmente no verão, milhares de pessoas vão às praias causando congestionamento também nas estradas.

El lugar en el que está situada la casa de fin de semana es bastante céntrico: entre una arteria principal, la avenida brigadeiro Faria Lima, y un eje de infraestructuras metropolitanas (una vía rápida y una ferroviaria) construido en las márgenes del río Pinheiros. además, el terreno está situado exactamente bajo el área del aeropuerto, es decir, todos los vuelos procedentes de río de Janeiro sobrevuelan constantemente la zona.

Trata-se de um local bastante central, entre uma avenida arterial, avenida brigadeiro Faria Lima, e um eixo de infraestrutura metropolitana [via expressa e ferrovia] construída nas margens do rio Pinheiros. além disso, o terreno se situa exatamente sob a zona cônica do aeroporto, ou seja, todos os voos provenientes do rio de Janeiro constantemente sobrevoam a área.

Para evitar las largas retenciones de tráfico durante los fines de semana, nuestro clientes idearon este inesperado, aunque lógico, programa: una casa de fin de semana en la región central de São Paulo. Una piscina, un solarium y un jardín son los principales elementos de este proyecto. El resto es complementario: una habitación, un pequeño apartamento para el guardés, y un espacio para cocinar y recibir visitas. La altura máxima permitida por ley en esta parte de la ciudad es de seis metros. Por ello el nivel a seis metros de altura se consideró como la nueva «planta baja», ya que a esta altura siempre llega la luz del sol y por lo tanto se considera el lugar más agradable para estar. La piscina y el solarium se proyectaron como volúmenes paralelos entre los cuales se abre un vano de doce metros. Estructuralmente, la piscina funciona como contrapeso del solarium. El vano de 12 metros está acotado, por un lado, por una serie de vigas que sustentan la piscina y, por otro, por las vigas que sustentan el solarium, que también cuelgan hacia el piso inferior. Este edificio y todo el proyecto en general difiere de los proyectos arquitectónicos tradicionales en dos aspectos: en primer lugar, la metrópolis se convierte en un lugar que se puede disfrutar los fines de semana; y en segundo lugar, los elementos normalmente considerados como secundarios son aquí principales.

a fim de evitar ficarem presos ao volante durante os finais de semana, nossos clientes desenvolveram este inesperado, porém lógico, programa: uma casa de fim de semana na região central de São Paulo. Uma piscina, um solário e um jardim são os principais elementos deste projeto. O resto do programa é complementar: um quarto, um pequeno apartamento para o caseiro e um espaço para cozinhar e receber os amigos. a altura máxima permitida pela legislação nessa região da cidade é de seis metros. Sendo assim, o nível a seis metros de altura foi considerado o novo “nível térreo”, pois aqui sempre receberá luz do sol e, portanto, será o espaço mais atraente para estar. a piscina e o solário foram dispostos como volumes paralelos, e dois pilares foram locados no vão de 1 metro entre esses volumes. Estruturalmente, a piscina funciona como contrapeso do solário. O vão de 12 metros entre os dois apoios principais se depara de um lado com vigas que suportam a piscina e, de outro, com vigas que suportam o solário, que também penduram o piso inferior. O nível do solo fica livre de qualquer construção, a fim de alcançar o máximo de área ajardinada possível. Como resultado, há três camadas diferentes e três atmosferas diferentes: o nível do solo [jardim], o nível do apartamento e a cobertura [piscina]. Este edifício e o seu programa se diferem do foco dos projetos arquitetônicos tradicionais de duas formas: a metrópole se torna um lugar possível para estar e desfrutar dos fins de semana, e os elementos geralmente considerados secundários em uma casa tornam-se os principais.

IX BIAU

105


Week-End House in São Paulo

Casa de fim de semana em São Paulo

São Paulo, a metropolis of 20 million inhabitants, is situated almost one hour from the coast. On weekdays, its inhabitants spend hours stuck in traffic, and at week-ends, especially in summer, the roads are also clogged by the thousands of people who go to the beaches.

Situación / Localização / Location Local rua Iraci, 264, São Paulo, SP brasil

The place where the week-end house is situated is fairly central: between a main artery, the avenida brigadeiro Faria Lima, and an axis of metropolitan infrastructure (a fast track and a railway) constructed along the river Pinheiros. Moreover, the plot is directly beneath the airport area, in other words, the flights coming from río de Janeiro are constantly overflying the site. In order to avoid the long traffic jams during the week-ends,our clients thought up this unexpected but logical plan: a week-end house in the central part of São Paulo. The main elements in this project are a swimming-pool, a solarium and a garden. The rest is complementary: a bedroom, a small flat for the guard, and an area for cooking and receiving guests. In this part of the city the maximum height permitted by law is six metres. So the level at a height of six metres is regarded as the new “ground floor”, because at that height the sunlight always comes in, so it is considered as the most pleasant place to be. The swimming-pool and solarium were planned as parallel volumes, between which there would be an opening measuring twelve metres. Structurally, the swimming-pool functions as a counterbalance to the solarium. The 12-metre opening is closed on one side by a series of beams which support the swimmingpool, and on the other side by the beams which support the solarium, and also project themselves downwards. This building and the whole project in general differ from the traditional architectural projects in two ways: first, the metropolis becomes a place which can be enjoyed at weekends, and secondly, elements which are normally considered as secondary are, here, the principal ones.

Autor / Author angelo bucci (spbr arquitetos) Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Nilton Suenaga, Tatiana Ozzetti, Ciro Miguel, Eric Ennser, João Paulo Meirelles de Faria, Juliana braga, Fernanda Cavallaro, Victor Próspero (spbr arquitetos) Estructura / Estrutura / Structure Ibsen Puleo Uvo Cimientos / Fundações /Foundations apoio assessoria e Projeto de Fundações - José Luiz de Paulo Eduardo Perforaciones / Sondagem / Drilling Engesolos Engenharia de Solos e Fundações Instalaciones / Instalações / Installations JPD Projetos de Instalações - Jairo Paixão Daniel, Joel Paixão Daniel, Jamir Paixão Daniel, Jaime Paixão Daniel Paisajismo / Paisagismo / Landscaping raul Pereira Iluminación / Iluminação / Lighting reka - ricardo Heder Arquitecto responsable / Arquiteto responsável pela obra / Responsible architect José antonio Queijo Felix Ebanistería / Marcenaria / Woodwork Móveis aEME - agostinho alves Moreira Fundición / Serralheria / Casting Carlos augusto Stefani [Tatão] Cristalería / Vidros / Glasswork STW vidros - Ivan Fontenele Constructora / Construtora / Construction company Theobaldo bremenkamp, reinaldo Francisco ramos [renner] Propietario / Proprietário / Owner Sérgio Cardoso, Glória Kalil Fecha / Data / Date 2010-2013 Área del terreno / Área do terreno / Area of plot 269,50 m² Área construída / Constructed area 183,40 m² Presupuesto total / Orçamento total / Total budget r$ 1.100.000,00 / U$ 430.681,00 / € 312.053,00 Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 r$ 4.786,00 m² / U$ 2.061,00 / € 1.493,00 Créditos fotográficos / Photographic credits Nelson Kon Contacto / Contato / Contact spbr@spbr.arq.br www.spbr.arq.br

106

IX BIAU



108

IX BIAU


IX BIAU

109


110

IX BIAU


IX BIAU

111


112

IX BIAU


IX BIAU

113


bra006

Conjunto Habitacional Jardim Edite MMbb (Fernando de Mello Franco, Marta Moreira e Milton braga) H+F arquitetos (Eduardo Ferroni e Pablo Hereùú)


Conjunto Habitacional Jardim Edite

Conjunto Habitacional Jardim Edite

El Conjunto Habitacional Jardim Edite fue concebido para ocupar el lugar de la favela del mismo nombre situada en uno de los puntos más significativos relacionados con el reciente crecimiento del sector financiero y de servicios de São Paulo: el cruce entre las avenidas Engenheiro Luís Carlos berrini y Jornalista roberto Marinho, junto al puente colgante que actualmente es uno de los nuevos lugares emblemáticos de la ciudad.

O conjunto Habitacional do Jardim Edite foi projetado para ocupar o lugar da favela de mesmo nome que se situava nesse que é um dos pontos mais significativos para o recente crescimento do setor financeiro e de serviços de São Paulo: o cruzamento das avenidas Engenheiro Luís Carlos berrini e Jornalista roberto Marinho, junto à ponte estaiada, novo cartão postal da cidade.

Para garantizar la integración del conjunto de viviendas sociales con sus vecinos ricos, el proyecto articuló la verticalización del programa de vivienda sobre una base constituida por tres equipamientos públicos –el restaurante Escuela, la Unidad básica de Salud y la Guardería– orientados hacia la comunidad de vecinos así como hacia el público de las grandes empresas localizadas en el entorno de manera a incluir el conjunto dentro de la economía y el día a día de la región.

Para garantir a integração do conjunto de habitação social à sua rica vizinhança, o projeto articulou a verticalização do programa de moradia a um embasamento constituído por três equipamentos públicos – restaurante Escola, Unidade básica de Saúde e Creche – orientados tanto para a comunidade moradora como para o público das grandes empresas próximas, inserindo o conjunto na economia e no cotidiano da região.

El pavimento de la cubierta de todos los equipamientos conecta, a modo de terreno elevado sobre la propiedad residencial, todos los edificios de viviendas en cada manzana. De esta manera se le ofrece a los residentes una reserva de intimidad en medio de la escala metropolitana del área circundante. El proyecto tiene un área total construida de 25.500 m2. Las 252 Unidades Habitacionales constan de 50 m2 cada una. El restaurante Escuela ocupa 850 m2, la Unidad básica de Salud, 1.300 m2 y la Guardería, 1.400 m2.

O pavimento de cobertura desses equipamentos, como um térreo elevado do condomínio residencial, interliga todos os edifícios habitacionais em cada quadra, conferindo à convivência dos moradores uma adequada reserva em meio à escala metropolitana da área circundante. O projeto possui uma área total construída de 25.500 m², com 252 Unidades Habitacionais de 50 m². O restaurante Escola tem 850 m², a Unidade básica de Saúde, 1300 m², e a Creche, 1400 m².

IX BIAU

115


residential Group ‘Jardim Edite’

Conjunto Habitacional Jardim Edite

The residential Group ‘Jardim Edite’ was designed to occupy the site of the favela (slum) of the same name at one of the most significant spots in connection with the financial and services sector of São Paulo: the crossroads of the avenidas Engenheiro Luís Carlos berrini and Jornalista roberto Marinho, next to the suspension bridge which is currently one of the new symbolic places of the city.

Situación / Localização / Location av. Luís Carlos berrini con av. Jornalista roberto Marinho, brooklin, São Paulo, brasil

In order to ensure the integration of this social housing among its rich neighbours, the project designed the verticalization of the housing programme above a base consisting of three public establishments – the restaurant School, the basic Health Unit and the Nursery School – orientated towards the community of neighbours as well as towards the population of the large companies in the locality, in order to include the housing group within the economy of the region and its daily life. The paving of the roofs of all the establishments, like a high piece of land above the residential property, connects all the housing buildings in each block. In this way, the residents are provided with a preserve of intimacy in the midst of the metropolitan scale of the surrounding area. 2

The project has a total constructed area of 25,500 m . The 252 residential units are of 50 m2 each. The restaurant School occupies 850 m2, the basic Health Unit, 1,300 m2 and the Nursery School, 1,400 m2.

Autores / Authors MMbb: Fernando de Mello Franco, Marta Moreira, Milton braga H+F: Eduardo Ferroni, Pablo Hereñú Colaboradores / Collaborators Eduardo Martini, adriano bergemann , andré rodrigues Costa, Cecilia Góes, Eduardo Pompeo, Giovanni Meirelles, Giselle Mendonça, Gleuson Pinheiro, Guilherme Pianca, Lucas Vieira, Maria João Figueiredo, Marina Sabino, Martin benavidez, Naná rocha, rafael Monteiro, Tiago Girao (MMbb) Tammy almeida, Joel bages, Natália Tanaka, Diogo Pereira, Gabriel rocchetti, Danilo Hideki, Thiago benucci, Mariana Puglisi, Luca Mirandola, Thiago Moretti, Luisa Fecchio, bruno Nicoliello, renan Kadomoto, Carolina Domshcke (H+F arQUITETOS) Estructura / Estrutura / Structure Kurkdjian e Fruchtengarten Engenheiros associados (2008) Projetal Projeto Estrutural e Consultoria (2010) Cimientos / Fundações / Foundations MaG Projesolos Engenheiros associados (2008) Portella alarcon Engenheiros associados (2010) Perforación / Sondagem / Drilling Geosolo Geotecnia e Engenharia de Solos Instalaciones / Instalações / Installations PHE Projetos Hidráulicos e Elétricos Paisajismo / Paisagismo / Landscaping Suzel Márcia Maciel (2008) ricardo Vianna - bonsai Paisagismo (2010) Constructora / Construtora / Construction company KaLLaS Engenharia Promotor / Promoter ayuntamiento de São Paulo - Secretaría Municipal de Vivienda (Sehab/Habi); Luiz Fernando Fachini Fecha / Data / Date 2008-2013 Superficie / Superfície / Area 25.714 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget r$ 45.000.000,00 Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 r$ 1.750,00 m² / US$ 792,14 m² / € 578,53 m² Créditos fotográficos / Photographic credits Nelson Kon Contacto / Contato / Contact mmbb@mmbb.com.br www.mmbb.com. brhf@hf.arq.br www.hf.arq.br

116

IX BIAU


IX BIAU

117


118

IX BIAU


IX BIAU

119


120

IX BIAU


IX BIAU

121


122

IX BIAU


IX BIAU

123


BRA007

Praça das Artes Brasil Arquitetura (Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz com Luciana Dornellas) e Marcos Cartum / Secretaría Municipal de Cultura


Adentrándose en las entrañas

Adentrando entranhas

Hay proyectos que se imponen dominando grandes espacios libres, lugares agradables visibles a distancia, y también hay otros que se acoplan a lugares adversos, espacios mínimos, terrenos constreñidos por construcciones ya existentes, sobras de áreas urbanas, proyectos en los que son las dificultades las que marcan las pautas de su desarrollo. El caso de la Praça das Artes es uno de ellos. Un proyecto que nace de dentro afuera, nace en las entrañas y se forma a partir de ellas; se presenta a la ciudad y denuncia su origen: la quiebra de un modelo urbanístico en parcelas que ya no es útil, que ya no funciona en la vida de la metrópoli. Queremos cuestionar lo obsoleto, lo que no tiene utilidad ni función, lo que ha caducado en nuestro viejo urbanismo configurador de la ciudad del siglo XIX y que se ha ido deteriorando hasta llegar al anacronismo actual. Por ello, y a modo de denuncia, no hemos ocupado los vacíos en las plantas bajas, ni siquiera con columnas. Nuestros nuevos edificios se apoyan en los límites de los terrenos.

Há projetos de arquitetura que se impõem soberanos em grandes espaços livres, situações aprazíveis e visíveis à distância, e há também outros projetos que se acomodam em situações adversas, espaços mínimos, nesgas de terrenos comprimidos por construções preexistentes, sobras de áreas urbanas, projetos em que os parâmetros para seu desenvolvimento são ditados pelas dificuldades. O caso da Praça das Artes se enquadra dentre estes últimos. Um projeto que nasce de dentro para fora, nasce das entranhas e se conforma a partir delas; se apresenta à cidade e denuncia de onde veio: da falência de um modelo urbanístico de lotes que já não serve, já não funciona na vida da metrópole. Buscamos entender o que estava obsoleto, sem uso e função, o que tinha caducado em nosso velho desenho urbano configurador da cidade do século XIX, e que foi se deteriorando até o anacronismo dos dias de hoje. Por isso mesmo, como denúncia, não ocupamos os vazios no rés do chão, nem mesmo com colunas. Nossos novos edifícios se apoiam nas bordas dos terrenos.

Esto nos ayuda a pensar en una arquitectura construida a partir de adversidades y restricciones, una arquitectura que no necesita un terreno arrasado como pedestal. Lo que nos lleva a tomar una determinada decisión conceptual es, precisamente, la naturaleza del lugar; entenderlo como espacio resultante de los diversos factores sociopolíticos que han ido formando la ciudad durante décadas, o siglos. Se trata de comprender el lugar no sólo como un objeto físico sino como un espacio de tensión, de conflicto de intereses, de infrautilización o incluso de abandono. Todo cuenta.

Isso nos ajuda a pensar em uma arquitetura que se faz a partir de adversidades e restrições, que não precisa da terra arrasada como pedestal. O que nos leva a uma escolha e decisão conceitual é, precisamente, a natureza do lugar. É sua compreensão enquanto espaço resultante de fatores sócio-políticos ao longo de décadas – ou séculos – de formação da cidade. Compreender o lugar não somente como objeto físico, mas como espaço de tensão, de conflitos de interesses, de subutilização ou mesmo abandono, tudo importa.

Si, por un lado, el proyecto debe responder a la demanda de un programa de nuevos usos relacionados con las artes escénicas, también debe responder de manera clara y transformadora a una situación física y espacial ya existente, un barrio con una vida intensa y un vecindario muy presente. Debe también regenerar espacios degradados y crear otros nuevos de convivencia a partir de la geografía urbana, de la historia local y de los valores contemporáneos de la vida pública. Podemos decir que, en este caso, proyectar es captar e inventar el lugar a la vez, en una misma acción.

Se, por um lado, o projeto deve responder à demanda de um programa de diversos novos usos ligados às artes musicais e do corpo, deve também responder de maneira clara e transformadora a uma situação física e espacial preexistente, com vida intensa e com uma vizinhança fortemente presente. Mais ainda, deve regenerar espaços degradados, criar novos espaços de convivência a partir da geografia urbana, da história local e dos valores contemporâneos da vida pública. Podemos dizer que neste caso, projetar é captar e inventar o lugar a um só tempo, numa mesma ação.

A partir del centro de la manzana, el edificio se desarrolla en tres direcciones –el Valle del Anhangabaú, la Avenida São João y la Rua Conselheiro Crispiniano– como un pulpo que extiende sus tentáculos ocupando espacios. Un conjunto de edificios, cuya área total es de 28.500 m², de hormigón aparente pigmentado y suspendido sobre los pasos urbanos, es el elemento principal que establece un nuevo diálogo con el resto de edificios en la manzana y en el entorno general.

A partir do centro da quadra o novo edifício se desenvolve em três direções – Vale do Anhangabaú, Avenida São João e Rua Conselheiro Crispiniano, como um polvo a estender seus tentáculos e ocupar espaços. Um conjunto de edifícios em concreto aparente pigmentado, com área total de 28.500,00 m², suspenso sobre as passagens urbanas, é o elemento principal que estabelece um novo diálogo com os edifícios remanescentes da quadra e do entorno.

El antiguo Conservatorio Dramático Musical de São Paulo, encajado en el corazón de una región degradada del centro urbano, constituye un importante marco histórico y arquitectónico a la vez que acoge una sala de conciertos especial, que no se usaba desde hacía décadas. Con el proyecto de la Praça das Artes este espacio ha sido restaurado y rehabilitado, y se ha vinculado a un complejo de nuevas construcciones y otros espacios y de estar en las que se ubican las Escuelas de Música y Danza, los Cuerpos Artísticos del Teatro Municipal, la orquesta sinfónica, las corales y el ballet de la ciudad, aparte de un centro de documentación, restaurantes, parkings y áreas de convivencia.

O antigo Conservatório Dramático Musical de São Paulo, incrustado no coração de uma região degradada do centro da cidade, é um importante marco histórico e arquitetônico e abriga uma rara sala de recitais, que há décadas estava inutilizada. O Projeto Praça das Artes restaurou e reabilitou este edifício, e vinculou-o a um complexo de novas construções e espaços de circulação e estar que abrigam as instalações para o funcionamento das Escolas de Música e Dança, e dos Corpos Artísticos do Teatro Municipal – orquestra sinfônica, corais e balé da cidade, além de centro de documentação, restaurantes, estacionamentos e áreas de convivência.

La implantación de este equipamiento cultural, además de atender a la necesidad histórica de dotar al Teatro Municipal de un espacio, desempeña un papel estratégico en la recalificación del área central de la ciudad en la que el peatón sea el protagonista. A partir de un rico y complejo programa de uso, centrado en las actividades profesionales y educativas de la música y la danza, el proyecto tiene un marcado carácter público, con vocación de impulsar la convivencia y la vida urbana.

A implantação desse equipamento cultural, além de atender à histórica carência de espaços para o funcionamento do Teatro Municipal, desempenha papel estratégico na requalificação da área central da cidade, priorizando o pedestre. A partir de um rico e complexo programa de uso, focado nas atividades profissionais e educacionais de música e dança, ele marca fortemente seu caráter público, indutor da convivência e da vida urbana.

IX BIAU

125


Deep into the Entrails There are some projects which impose themselves by dominating large, open spaces, pleasant to see from a distance, and there are others which are connected with unfavourable places, minimal spaces, plots which are constrained by already- existing constructions, surpluses from urban areas, projects in which the patterns of their development are marked by their difficulties. The case of the Praça das Artes is one of the latter kind. A project which was born inside out, which was born in the entrails and is formed from them; is introduced to the city and denounces its origin: the bankruptcy of an urban model of plots which is no longer useful, which no longer functions in the life of a metropolis. We want to question what is obsolete, what has no usefulness or function, what has become out of date in our old town planning that shaped the city of the XIXth century and has continued to deteriorate until it reached the present anachronism. That is why, by way of complaint, we have not occupied the emptiness of the ground floors, not even with pillars. Our new buildings stand on the boundaries of those plots. This helps us to think about a type of architecture which is constructed out of adversity and restrictions, an architecture which does not need a flattened plot as a pedestal. What brings us to take a specific conceptual decision is precisely the nature of the place; understanding it as a space resulting from the various socio-political factors that have been shaping the city for decades, or for centuries. It is a question of understanding the place not only as a physical object but also as an area of tension, of conflict of interests, of under-utilization or even of abandonment. Everything counts. If, on the one hand, the project has to satisfy the demand for a programme of new uses related to the scenic arts, it also has to respond in a clear and transforming way to the physical and spatial situation, which already exists, a district with an intense life and a community that is very present. It also has to regenerate deteriorated spaces and create other, new and convivial ones starting from the urban geography, the local history and the values of contemporary public life. We may say that, in this case, planning is capturing and inventing the place at the same time, in the same action. From the centre of the block, the building extends in three directions – the Valle del Anhangabaú, the Avenida São João and the Rua Conselheiro Crispiniano – like an octopus that occupies spaces by extending its tentacles. A group of buildings with a total area of 28,500 m², of pigmented, exposed concrete suspended above the urban walkways, it is the main element opening a new dialogue with the other buildings in the block and in the surroundings in general. The old Conservatory of Drama and Music of São Paulo, fitted into the heart of a run down area of the centre of the city, constitutes an important historical and architectural framework, at the same time sheltering a special concert hall that had not been used for decades. With the Praça das Artes project, this space has been restored and renovated, and has been linked with a group of new constructions and other spaces in which are situated the Schools of Music and Dance, the Artistic Corps of the Municipal Theatre, the symphony orchestra, the city’s choirs and ballet, a documentation centre, restaurants, car parks and communal areas. The introduction of these cultural amenities, as well as dealing with the historical need to provide space for the Municipal Theatre, plays a strategic rôle in the reclassification of the central area of the city, where the principal player will be the pedestrian. With a rich and complex programme, centred on the professional and educational activities of music and dance, the project has a distinct public character, and is aimed at promoting conviviality and urban life. 126

IX BIAU

Praça das Artes Situación / Localização / Location Brasil, São Paulo-SP, Av. São João 281 Autores / Authors Brasil Arquitetura: Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz, con Luciana Dornellas Marcos Cartum (Secretaría Municipal de Cultura) Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Anne Dieterich, Beatriz Marques de Oliveira, Felipe Zene, Fred Meyer, Gabriel Grispum, Gabriel Mendonça, Pedro del Guerra, Thomas Kelley, Victor Gurgel, Vinícius Spira Colaboradores / Collaborators Cícero Ferraz Cruz, Fabiana Fernandes Paiva, Anselmo Turazzi, Carol Silva Moreira Becarios / Aprendices / Interns André Carvalho, Júlio Tarragó, Laura Ferraz Estructura / Estructura / Structure FTOyamada Servicios de construcción / Building services PHE Engenharia Luminotecnia / Luminotécnia / Lighting technology Ricardo Heder Cimientos / Fundações / Foundations Infraestrutura Sistemas de aire / Sistemas de air / Air systems TR Thermica Acústica-Escénica / Acoustics-Scenery Acústica & Sônica Paisajismo / Paisagismo / Landscaping Raul Pereira Paisagismo Tapiz / Tapestry Edmar de Almeida Constructora / Construtora / Construction company Promotor / Promoter Propietario / Proprietário / Owner Secretaria Municipal de Cultura – São Paulo Fecha / Data / Date 2006-2012 Superficie / Superfície / Area 28.500 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget R$ 136.000.000,00 Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 R$ 4.700,00 m2 Créditos fotográficos / Photographic credits Nelson Kon Contacto / Contato / Contact www.brasilarquitetura.com


IX BIAU

127


128

IX BIAU



130

IX BIAU


IX BIAU

131




BRA008

Sede da Inspetoria do CREA-PB MAPA (Luciano Andrades, AndrĂŠs Gobba, Matias Carballal, Silvio Lagranha, Mauricio Lopez, Alvaro Mendes e Rochelle Castro)


Un edificio permeable

Um edifício permeável

Un edificio que se cubre por una piel permeable, una plaza abierta.

Um edifício recoberto por uma pele permeável, uma praça aberta.

La piel de hormigón prefabricado que lo envuelve no se asemeja a las usualmente espejadas de los edificios institucionales, impermeables e impenetrables. En cambio, su transparencia y liviandad brindan a todo el conjunto las cualidades para representar la imagen de un país contemporáneo y democrático. Se presenta así como alternativa a una problemática local y reflejo de un fenómeno global: la materialización del límite entre lo público y lo privado a través de planos ciegos transforman la imagen de la ciudad y su vivencia.

A pele de betão pré-fabricado que o envolve não se assemelha às habitualmente espelhadas dos edifícios institucionais, impermeáveis e impenetráveis. Pelo contrário, a sua transparência e leveza conferem a todo o conjunto as qualidades necessárias para representar a imagem de um país contemporâneo e democrático, apresentando-se assim como alternativa a uma problemática local que reflecte um fenómeno global: a materialização do limite entre o público e o privado através de planos cegos que transformam a imagem da cidade e a sua vivência.

Al interior, los patios públicos juegan un papel esencial. Cubiertos por paneles de vidrio en las principales áreas de circulación, son completamente permeables y quedan abiertos sobre el jardín y el espejo de agua.

Interiormente, os pátios públicos detêm um papel principal: cobertos por painéis de vidro nas principais áreas de circulação e completamente permeáveis e abertos sobre o jardim e o espelho d’água.

El programa se distribuye en dos niveles. El piso superior alberga las funciones administrativas, divididas en dos secciones que se conectan mediante una pasarela metálica. Mientras, el piso inferior contiene las funciones públicas e incluye un espacio multipropósito capaz de recibir 150 personas. El vestíbulo principal funciona completamente abierto a la vía pública, al quedar conectado y delimitado por los patios abiertos a doble altura.

O programa distribui-se em dois níveis:

Un espacio interior ambiguo, un espacio público que se infiltra en un edificio de límites difusos.

Um espaço interior ambíguo, um espaço público que se infiltra num edifício cujos limites estão diluídos.

* Localizado en Campina Grande, el edificio alberga la sede del Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Paraíba.

* Localizado em Campina Grande, o edifício alberga a sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Paraíba.

O piso superior acolhe as funções administrativas, divididas em duas secções interligadas por um passadiço metálico. Entretanto, o piso inferior acolhe as funções públicas, incluindo um espaço multifuncional com capacidade para 150 pessoas. O hall principal funciona em completa abertura à via pública, conectado e delimitado por pátios abertos com duplo pé-direito.

IX BIAU

135


A Permeable Building

CREA. Sede de Inspectoria del CREA-PB

A building covered by a permeable skin, an open plaza.

Situación / Localização / Location Campina Grande, Paraíba, Brasil

The skin of prefabricated concrete which envelops it does not resemble the usually shiny ones of institutional buildings, impermeable and impenetrable. Instead, its transparency and lightness provide the whole group with the qualities that represent the image of a contemporary and democratic country. In this way it presents itself as an alternative to a local problem and a reflection of a global phenomenon: the materialization of the boundary between the public and the private through blind plans which transform the image of the city and its experience. Inside, the public patios have an essential role. Covered by glass panels in the main thoroughfares, they are completely permeable, and open out on to the garden and the water mirror. The programme is arranged on two levels. The upper floor houses the administrative functions, which are divided into two sections connected by a metal gangway. Meanwhile, the lower floor contains the public functions, and includes a multi-purpose space which can receive 150 people. The main foyer is completely open to the public road, to which it is connected and bounded by the double-height, open patios. It is an ambiguous interior space, a public space that infiltrates itself into a building with vague boundaries.

* Situated in Campina Grande, the building houses the headquarters of the Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Regional Council of Engineering and Agronomy) of Paraíba.

Autor / Author MAPA Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Luciano Andrades, Matías Carballal, Rochelle Castro, Andrés Gobba, Mauricio López, Silvio Machado, Álvaro Méndes, Sebastian Caram, Gerard Rouillier, Pablo Courreges, Emiliano Etchegaray, Alexis Arbelo, Pamela Davyt, Belén García, Gabriel Giambastiani, Jaqueline Lessa Fiscalización de obra / Fiscalização da obra / Control of Works Vilanova Arquitetos: Marcus Vinicius, Fabiano Melo, Camila Vilar Estructura / Estrutura / Structure Tecnon (estructura global / estrutura global / overall structure) Valls Engenharia (estructura brises / estrutura brises / building shades structure) Paisajismo / Paisagismo / Landscaping Plante Bem Paisagismo, Lourinaldo Pinto Renders / Rendering MAAMMedia Equipo de concurso / Equipa do concurso / Tendering team Emiliano Etchegaray, Belén García, Gabriel Giambastiani, Aldo Lanzi, Sebastián Martínez, Nicolás Rudolph, Ken Sei Fong Constructora / Construtora / Construction company AHP Construções e empreendimentos Promotor / Promoter Propietario / Proprietário / Owner Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Paraíba Fecha / Data / Date 2010-2012 Superficie / Superfície / Area 780 m2 Créditos fotográficos / Photographic credits Leonardo Finotti Contacto / Contato / Contact montevideo@mapaarq.com portoalegre@mapaarq.com

136

IX BIAU


IX BIAU

137


138

IX BIAU


IX BIAU

139


140

IX BIAU


IX BIAU

141


142

IX BIAU


IX BIAU

143


CHI009

Colegio Alianza Francesa Jean Mermoz Guillermo Hevia García y Nicolás Urzúa Soler


Colegio Alianza Francesa Jean Mermoz

Colégio Aliança Francesa Jean Mermoz

El proyecto es la remodelación de un colegio existente y la construcción de nuevos programas, con el fin de modernizar la infraestructura y darle una nueva cara a la institución.

O projecto consiste na remodelação de um colégio existente e na construção de novos programas, a fim de modernizar a infraestrutura e dar uma nova cara à instituição.

El colegio existente es un conjunto de pabellones de dos aguas donde su principal cualidad son los patios que se generan entre ellos, la altura interior de los recintos y la generosidad de sus aleros.

O colégio existente é um conjunto de pavilhões de duas águas, sendo a sua principal qualidade os pátios que se formam entre eles, a altura interior dos recintos e a generosidade dos seus beirais.

Dado que el Colegio existe y se encuentra funcionando, toda la construcción se llevó a cabo durante los dos meses de verano, que corresponden al periodo de vacaciones.

Dado que o colégio existe e está a funcionar, toda a construção foi levada a cabo durante os dois meses de Verão, que correspondem ao período de férias.

Este hecho de vuelve un dato fundamental para el proyecto, haciendo que la construcción y el montaje de los diferentes elementos, sean el aspecto que define el diseño del colegio.

Este facto torna-se um dado fundamental do projecto, fazendo com que a construção e a montagem dos diferentes elementos sejam o factor que define o desenho do colégio.

Se toma la decisión de trabajar sólo con estructuras metálicas y en seco, mientras que los diferentes materiales de revestimiento, serán serializados y producidos en maestranzas, de modo que la construcción, se reduzca a un montaje de piezas de similar formato, que economice los costos y tiempos de trabajo.

Toma-se a decisão de trabalhar apenas com estruturas metálicas e a seco, enquanto os diferentes materiais de revestimento serão serializados e produzidos em oficinas, de modo a que a construção seja reduzida a uma montagem de peças de formato similar, economizando custos e tempos de trabalho.

El proyecto tendrá por lo tanto 3 escalas de acción en base a diferentes elementos.

O projecto terá portanto 3 escalas de acção, com base em diferentes elementos.

La primera busca dar un orden al colegio en función de los 4 patios existentes, transformándolos en 4 momentos fundamentales y diferentes del proyecto. Serán 4 lugares con diferentes atmósferas, acorde a sus usuarios y las actividades que ellos realizan. Juegos para los niños, cancha de deportes para el primer ciclo, espacios de conversación para el segundo ciclo y una plaza abierta para el tercer ciclo.

A primeira procura dar uma ordem ao colégio em função dos 4 pátios existentes, transformando-os em 4 momentos fundamentais e diferentes do projecto. Serão 4 lugares com diferentes atmosferas, de acordo com os seus utilizadores e as actividades que aí realizem. Jogos para os mais pequenos, campo de desportos para o primeiro ciclo, espaços de conversa para o segundo ciclo e um espaço aberto para o terceiro ciclo.

La segunda escala dice relación con los pabellones propiamente tales y se piensa en base a 2 elementos constructivos. El primero es una nueva envolvente en base a placas continuas y serializadas de metal perforado, que permiten un montaje rápido y en seco. El diseño de cada fachada se obtiene a partir de diferentes motivos franceses, como viñedos o campos de lavanda, que permitirán mirar hacia el exterior desde las salas de clases y al mismo tiempo aparecerán, retroiluminados, durante la tarde y la noche, definiendo y diferenciando cada fachada. El segundo elemento son una serie de lucarnas sobre las cubiertas, de manera de transformar las salas mediante un nuevo espacio, otorgándoles luz y ventilación natural, además de generar la nueva cara reconocible del colegio. La tercera escala serán los elementos que están en relación al cuerpo humano y su proximidad. Un nuevo sistema de acceso a las clases con puertas de colores y gráficas, un orden de celosías delante de las ventanas de manera de generar privacidad en las salas sin perder vistas ni luminosidad y nuevos suelos de colores para generar calidez y diferenciación en el interior. La nueva construcción, un Pabellón de Psicomotricidad, es un espacio libre y fluido para que los niños realicen actividades y juegos en un lugar interior. El pabellón se define por su estructura, una viga puente habitable, de rápido montaje y que se abre hacia el patio de juegos. Sobre el pabellón se descuelga una viga superior que será el soporte de columpios. Su interior se configura mediante una envolvente de madera que alberga un mueble para el almacenaje de los diferentes elementos de la sala y que genera, al mismo tiempo, una gran banca en toda su extensión, generando calidez y una nueva escala para los niños.

A segunda escala está em relação com os pavilhões propriamente ditos e é pensada com base em 2 elementos construtivos. O primeiro é uma nova envolvente de placas contínuas e serializadas de metal perfurado, que permitem uma montagem rápida e a seco. O design de cada fachada obtém-se a partir de diversos motivos franceses, como vinhedos ou campos de lavanda, que permitirão olhar para o exterior a partir das salas de aula mas que ao mesmo tempo serão visíveis, retro-iluminados, de tarde e de noite, definindo e diferenciando cada fachada. O segundo elemento é uma série de lucarnas nas coberturas, de maneira a transformar as salas mediante um novo espaço, fornecendo-lhes luz e ventilação natural, além de gerar a nova cara reconhecível do colégio. A terceira escala serão os elementos que estão em relação com o corpo humano e a sua proximidade. Um novo sistema de acesso às aulas, com portas coloridas e gráficas, um sistema de gelosias diante das janelas, de modo a gerar privacidade nas salas, sem perder a vista nem a luminosidade, e novos soalhos de cores para gerar calidez e diferenciação no interior. A nova construção, um Pavilhão de Psico-motricidade, é um espaço livre e fluido para que as crianças possam realizar actividades e jogos num espaço interior. O pavilhão é definido pela sua estrutura, uma viga-ponte habitável, de rápida montagem, que se abre para o campo de jogos. Sobre o pavilhão está suspensa uma viga superior que será o suporte de baloiços. O seu interior é configurado através de uma envolvente de madeira, que alberga um móvel para armazenagem dos diferentes elementos da sala e que, simultaneamente, lança um comprido banco em toda a sua extensão, criando calidez e uma nova escala para as crianças. IX BIAU

145


Jean Mermoz School (Alliance Française)

Colégio Aliança Francesa Jean Mermoz

This was a question of re-modelling an existing school and including new programmes, with the aim of modernizing the infrastructure and bringing the institution’s image up to date.

Situación / Localização / Location Av. España 777, Curicó, Región de Maule, Chile

The existing school is a group of pavilions with gabled roofs, and whose main characteristics are the patios between them, the interior height of the enclosures and the generosity of their eaves. Given that the School exists and is operational, all the building was done during the two summer months, coinciding with the holiday period. That fact became fundamental for the project, because the building and the assembly of the different elements determine the appearance which is characteristic of the school’s design. So the decision was taken to work only with metallic structures and dry construction, while the different cladding materials were made in series and produced in armouries, so the construction was reduced to the assembly of pieces of similar format, to economize on costs and time. The project therefore considered three different scales of action. The first sought to bring a new order to the school, starting from the four existing patios and transforming them into the four essential and different places of the project. They would be spaces with different atmospheres, according to their users and their activities: games for the children, a sports court for the junior pupils, areas for conversation for the middle-school pupils and an open square for the older children. The second scale established a relationship between the pavilions themselves, and was considered in relation to two constructional elements. The first was a new covering of continuous plates and series of perforated metal, allowing rapid and dry assembly. Each façade was designed with different French motifs, such as vineyards or lavender fields; through them one can look from the classrooms towards the outside, while they will appear back-lit during the evening and night, defining and differentiating each façade. The second element consists of a series of skylights in the roofs, to transform the rooms with a new space, to provide them with natural light and ventilation, as well as emphasizing a new recognizable aspect for the school. Finally, the third scale consists of elements related to the human body and its proximity: a new system of access to the classrooms with doors of colours and charts; an arrangement of trellises in front of the windows to provide privacy in the rooms without losing views or light; and new, coloured floors to provide warmth and differentiation inside. The new building, a pavilion for psychomotor activity, is a free and fluid space in which the children can perform activities and play games indoors. The pavilion is defined by its structure, a girder inhabitable bridge of rapid assembly, which opens on to the games patio. From the pavilion, an upper beam comes down to support the swings. Its interior is formed from a wooden covering which houses a piece of furniture used for storing different items for the room, creating at the same time a large bench along all its length, which transmits warmth and a new scale for the children.

146

IX BIAU

Autores / Authors Guillermo Hevia García Nicolás Urzúa Soler Ingeniería estructural / ALPA Ingeniería (Ing. Alfonso Pacheco) Constructora / Construtora / Construction company Luis Farias Promotor / Promoter Propietario / Proprietário / Owner Corporación Educacional Alianza Francesa Fecha / Data / Date 2011-2012 Superficie / Superfície / Area 1.450 m2 (Remodelación / Remodelação / Remodeling) 210 m2 (Nuevo pabellón / Novo pavilhão / New pavilion) Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 290 US$/m2 (Remodelación / Remodelação / Remodeling) 590 US$/m2 (Nuevo pabellón / Novo pavilhão / New pavilion) Créditos fotográficos / Photographic credits Nicolás Saieh Contacto / Contato / Contact www.hevia.cl


IX BIAU

147


148

IX BIAU


IX BIAU

149


150

IX BIAU


IX BIAU

151


152

IX BIAU


IX BIAU

153


COL010

Centro de Desarrollo Infantil El Guadual Daniel Feldman e Iván Quiñones


Centro de Desarrollo Infantil El Guadual

Centro de Desenvolvimento Infantil El Guadual

El Centro de Desarrollo Infantil El Guadual (CDI) en el municipio de Villa Rica – Cauca en la región pacífica colombiana, es el primero de una serie de centros desarrollados dentro de la estrategia nacional de atención integral para la primera infancia («de cero a siempre»), coordinada por la Alta Consejería Presidencial para Programas Especiales de la Presidencia de la República de Colombia donde se aplica una metodología proyectual participativa.

O Centro de Desenvolvimento Infantil El Guadual (CDI) no município de Villa Rica – Cauca, na região colombiana do Pacífico, é o primeiro de uma série de centros desenvolvidos no âmbito da estratégia nacional de atenção integral para a primeira infância (“de zero a sempre”), coordenada pelo Conselho Superior Presidencial para Programas Especiais da Presidência da República da Colômbia, onde se aplica uma metodologia projectual participativa.

El Guadual fue diseñado y construido con participación directa de la comunidad de Villa Rica a través de talleres de diseño participativo, mano de obra local, visitas guiadas a la obra y proyectos paralelos que resaltan las cualidades culturales y étnicas propias para el beneficio del edificio y la comunidad como el de la protección del cerramiento, siembra de huertas o transferencia de conocimiento en el uso de materiales como la guadua.

El Guadual foi desenhado e construído com a participação directa da comunidade de Villa Rica através de oficinas de desenho participativo, mão-de-obra local, visitas guiadas à obra e projectos paralelos que salientam as qualidades culturais e étnicas próprias para benefício do edifício e da comunidade, como o da protecção do fechamento, a sementeira de hortas ou a transferência de conhecimento do uso de materiais como a guadua, uma planta da família do bambu.

Se aprovecha la arquitectura misma como herramienta de iluminación y ventilación pasiva que responde activamente a las condiciones climáticas del lugar sin necesidad de utilizar sistemas mecánicos ni eléctricos para garantizar el confort. Sus espacios no solo deben responder a un uso, un programa y un clima, sino también deben proponer una manera de apoyar el proceso educativo de las nuevas generaciones al crear retos y obstáculos que fomenten el desarrollo motriz, cognitivo, y más importante, el individual. Los espacios del CDI intentan recrear situaciones domésticas que obliguen a los usuarios a tomar decisiones sobre como llevar a cabo su educación, las cuales proponen un entendimiento del ser humano como individuo capaz de tomar decisones, y en ese sentido, capaz de dirigir su existencia una vez tenga que enfrentar los diferentes retos de la vida.

Aproveita-se a própria arquitectura como instrumento de iluminação e ventilação passiva que responde activamente às condições climáticas do lugar, sem necessidade de utilizar sistemas mecânicos ou eléctricos para garantir o conforto. Os espaços não só devem corresponder a um uso, um programa e um clima, como também devem propor uma maneira de apoiar o processo educativo das novas gerações, ao criar desafios e obstáculos que fomentem o desenvolvimento motor, cognitivo e, mais importante, o individual. Os espaços do CDI procuram recriar situações domésticas que obriguem os usuários a tomar decisões sobre como levar a cabo a sua educação, decisões que sugerem um entendimento do ser humano como indivíduo capaz de tomar decisões, e nesse sentido, capaz de orientar a sua existência quando tiver de enfrentar os diferentes desafios da vida.

Desde su diseño hasta su construcción es una muestra de como a través de la construcción de piezas urbanas multifuncionales, se pueden crear nuevos polos urbanos donde la educación, cultura, salud, y familia se pueden congregar para generar desarrollos.

Desde o seu desenho até à sua construção, a obra é uma mostra de como, através da construção de peças/obras urbanas multifuncionais, se podem criar novos pólos urbanos, onde a educação, a cultura, a saúde e a família se podem congregar para gerar desenvolvimento.

Compuesto por diez aulas, salón múltiple, ludoteca, comedor, enfermería, administración, lavandería y zonas recreativas, el CDI propone una nueva manera de construir obras públicas por medio de participación del sector público, privado, ONG y comunidad.

Composto por dez salas de aulas, um salão polivalente, ludoteca, refeitório, enfermaria, administração, lavandaria e zonas de recreio, o CDI propõe uma nova maneira de construir obras públicas por meio da participação dos sectores público, privado, ONG e comunidade.

IX BIAU

155


The El Guadual Centre for Children’s Development

Centro de Desarrollo Infantil El Guadual

The El Guadual Centre for Children’s Development in the municipality of Villa Rica – Cauca, in the Colombian Pacific region, is the first in a series of centres developed as part of the national strategy of comprehensive care in early childhood (“from zero and for ever”), co-ordinated by the High Presidential Council for Special Presidential Programmes of the Republic of Colombia, and in which a participative methodology is applied.

Situación / Localização / Location Colombia, departamento del Cauca, Municipio Villa Rica, Barrio 3 de Marzo

El Guadual was designed and built with the direct participation of the community of Villa Rica, through workshops of participative design, local labour, guided visits to the works and parallel projects emphasizing cultural and ethnic characteristics for the benefit of the building and the community, such as the protection of the enclosure, the planting of vegetable gardens or the transfer of knowledge about the use of materials such as guadua. The architecture itself is exploited as a passive means of lighting and ventilation which responds actively to the climatic conditions of the place without the need for mechanical or electrical systems to guarantee comfort. Its spaces not only have to conform to a use, a programme and a climate, they also have to provide a way of supporting the educational process in the new generations by presenting challenges and obstacles which foster motor, cognitive and, most importantly, individual development. The Centre’s different areas try to re-create domestic situations which oblige the children to take decisions about how to further their education, and which provide an understanding of the human capacity to take individual decisions, implying the ability to direct one’s existence as soon as one has to confront life’s different challenges. From its design to its construction, it is an example of how, through the construction of multi-functional urban elements, one can create new urban poles where education, culture, health and family can come together to generate development. Consisting of ten classrooms, a multi-purpose lounge, a play centre, a dining-room, an infirmary, administration, laundry and recreational areas, the Centre posits a new way of building public works using the participation of public and private sectors, charitable organizations and the community.

156

IX BIAU

Autor / Author Daniel Feldman, Iván Quiñones Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Plan Padrino Alta Consejería Presidencial para Programas Especiales. Presidencia de la República de Colombia. María Cristina Trujillo de Muñoz Colaboradores / Collaborators Gabriel Cano, Andrés Ortega, Eugenio Ortiz. Sandra Pineda Fundación Plan Maria Alejandra Montoya Adriana Carpintero Constructora / Construtora / Construction company Fundacion Compartir Leonardo Mesa Promotor / Promoter Instituto Colombiano de Bienestar Familiar (ICBF) Diana Rodríguez Fecha / Data / Date 2013 Superficie / Superfície / Area 1.823m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget U$ 1.600.000 USD Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 U$ 877 USD Créditos fotográficos / Photographic credits Iván Quiñones Contacto / Contato / Contact ivanquinones@presidencia.gov.co http://www.deceroasiempre.gov.co/Apoyo/Paginas /PlanPadrino.aspx


IX BIAU

157


158

IX BIAU


IX BIAU

159


160

IX BIAU


IX BIAU

161


162

IX BIAU


IX BIAU

163


COL011

JardĂ­n infantil Santo Domingo Savio Plan B arquitectos (Carlos Federico Mesa Rico y Juan Felipe Mesa Rico)


Jardín infantil Santo Domingo Savio

Jardim infantil Santo Domingo Sávio

a. Adaptación a la topografía y al barrio

a. Adaptação à topografia e ao bairro

Ante la presencia de un suelo inclinado (22% de pendiente) y rocoso, este proyecto optó por una estrategia modular que pudiera adaptarse a la topografía para así evitar el uso costoso de dinamita capaz de romper las rocas existentes. Por este motivo, el proyecto se organiza en tres niveles que se conectan mediante rampas cubiertas, y se articula con el barrio existente para evitar demoliciones y cumplir con una estricta normativa de retiros y distancias mínimas.

Perante a presença de um solo inclinado (22% de declive) e rochoso, este projecto optou por uma estratégia modular que pudesse adaptar-se à topografia, evitando o uso dispendioso de dinamite para partir as rochas existentes. Por este motivo, o projecto dispõe-se em três níveis, interligados por rampas cobertas, e articula-se com o bairro existente, evitando demolições e cumprindo uma estrita norma de afastamentos e distâncias mínimas.

b. Modularidad y crecimiento

b. Modularidade e crescimento

Una estrategia modular de piezas flexibles permite configurar el jardín infantil alrededor de una cabeza compacta de tres niveles y una cola superior y longitudinal de un solo nivel. El espacio de la cabeza, en el que se ubican los niños más pequeños, gira en torno a un patio introvertido; mientras que el espacio de la cola, en el que se ubican los más mayores, constituye una terraza longitudinal de juegos y de observación del paisaje.

Uma estratégia modular de peças flexíveis permite configurar o jardim infantil em torno de uma “cabeça” compacta de três níveis e uma “cauda” superior e longitudinal de um nível. O espaço da cabeça, onde se congregam as crianças mais pequenas, gira em torno de um pátio introvertido, e o espaço da cauda, onde se congregam as crianças mais velhas, define-se por um terraço longitudinal de jogos e observação da paisagem.

c. Materiales y acabados

c. Materiais e acabamentos

Las construcciones del Barrio Santo Domingo normalmente son viviendas de autoconstrucción en ladrillo rojizo y cubiertas planas de hormigón para permitir su crecimiento vertical en el tiempo. Poco a poco, estas edificaciones van creciendo en altura y su aspecto rojizo va cambiando por revocos y pinturas de colores diversos, cuyos habitantes disfrutan e interpretan como intervenciones de mayor calidad. Dada la situación anterior, se trataba de que el proyecto evidenciara sus cambios de niveles, escalonamientos y diversidad e irregularidad geométrica, así como el acabado de los muros de granito lavado mediante tonalidades azul y verde, con la intención de que la nueva infraestructura pública se reconozca fácilmente, pero que a su vez se articule de manera orgánica con la vida del barrio.

As construções do Bairro Santo Domingo são normalmente casas de autoconstrução em tijolo avermelhado e coberturas planas de betão que permitem o crescimento vertical no tempo. Pouco a pouco, estas edificações vão crescendo em altura e vão trocando o seu aspecto avermelhado por rebocos e pinturas de diversas cores, ao gosto dos seus habitantes, que as entendem como obras de maior qualidade. Devido à situação prévia, quisemos que o projecto evidenciasse os seus diferentes níveis, escalonamentos e a sua diversidade e irregularidade geométrica, assim como o seu acabamento em muros de granito lavado em tonalidades de azul e verde, com a intenção de que a nova infraestrutura pública se reconheça facilmente, mas simultaneamente se articule de forma orgânica com a vida do bairro.

IX BIAU

165


Santo Domingo Savio Kindergarten

Jardín Infantil Santo Domingo Savio

a. Adaptation to the topography and to the district

Situación / Localização / Location Colombia, Medellín, Barrio Santo Domingo Savio 2, Carrera 28E #108ª-40

Faced with the presence of ground that was sloping (22% of slope) and rocky, this project opted for a modular strategy that could be adapted to the topography in order to avoid the costly use of enough dynamite to break the existing rocks. The project was therefore arranged on three levels, interconnected by means of covered ramps, and joined to the existing district to avoid demolition and to comply with strict regulations governing removals and minimum distances. b. Modularity and expansion A modular strategy of flexible parts allows the kindergarten to be arranged round a compact, three-level volume and an upper, longitudinal tail on a single level. The main volume area, for the youngest children, rotates round an inward-looking patio, while the tail area, for the older children, constitutes a longitudinal area for games and landscape observation. c. Materials and finishes The constructions in the District of Santo Domingo are normally self-construction homes in reddish brick and with flat, concrete roofs to allow subsequent vertical extension. Little by little, these buildings are growing in height and their reddish appearance is being changed for plasters and paintings of various colours, the inhabitants enjoying these, and interpreting them as modifications of better quality. In view of this situation, it was a question of allowing the project to show its changes of levels, stepped formations and geometric diversity and irregularity, and also the finish of the walls of washed granite with tones of green and blue, with the intention of creating a new public infrastructure that was easily recognizable, but which, in turn, connects organically with the life of the district.

Autores / Authors Plan B arquitectos Carlos Federico Mesa Rico, Juan Felipe Mesa Rico Colaboradores / Collaborators Juan Pablo Giraldo, Juan Camilo Ramirez, Miguel Martos, Carlos Blanco Constructora / Construtora / Construction company Consorcio Jardín Santo Domingo Promotor / Promoter Propietario / Proprietário / Owner Alcaldía de Medellín (programa «Buen comienzo») / Autarquia de Medellín (programa “Buen comienzo”) / Medellín Council (‘Good start’ programme) Fecha / Data / Date 2009-2012 Superficie / Superfície / Area 1.500 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget $4,500,000,000 (Pesos colombianos) US$ 2,200,000,000 Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 $3.000.000 (Pesos colombianos) Créditos fotográficos / Photographic credits Sergio Gómez Contacto / Contato / Contact planb.arq@gmail.com www.planbarquitectura.com

166

IX BIAU


IX BIAU

167


168

IX BIAU


IX BIAU

169


170

IX BIAU


IX BIAU

171


172

IX BIAU


IX BIAU

173


ECU012

Hospital Paramétrico de Puyo PMMT (Patricio Martínez González y Maximià Torruella Castel)


El Hospital Paramétrico, una arquitectura de urgencia

O Hospital Paramétrico, uma arquitectura de urgência

El hospital paramétrico no es un sistema constructivo basado en la construcción modular ni un sistema prefabricado de módulos o elementos constructivos, sino un proceso intelectual basado en el análisis profundo de la métrica y los parámetros que definen los equipamientos sanitarios de gran complejidad, como los hospitales. Este sistema permite solapar y optimizar con garantías todos los procesos, para hacerlos más eficientes y permitir reducir notablemente el tiempo del proceso del diseño, construcción, equipamiento y puesta en marcha de un hospital con todas las prestaciones y a medida del cliente.

O hospital paramétrico não é um sistema construtivo baseado na construção modular nem um sistema pré-fabricado de módulos ou elementos construtivos, mas sim um processo intelectual baseado na análise profunda da métrica e dos parâmetros que definem os equipamentos sanitários de grande complexidade, como os hospitais, e que nos permite solapar e optimizar com garantias todos os processos, tornando-os mais eficientes e permitindo assim uma grande redução dos tempos do processo de desenho, de construção, equipamento e entrada em funcionamento de um hospital com todas as prestações e à medida do cliente.

La primera experiencia real llevada a cabo del hospital paramétrico se ha realizado en El Puyo, una pequeña población ecuatoriana a las puertas de la Amazonia en la que se daban todos los supuestos de partida para desarrollar este concepto de hospital. El Puyo era una zona con un gran déficit de infraestructuras sanitarias, pero contaba con la voluntad por parte del gobierno de solucionar el problema con carácter de emergencia. Por tanto, existía la necesidad de encontrar una empresa capaz construir un hospital provincial de aproximadamente 14.000 m2 en un tiempo récord.

A primeira experiência real do hospital paramétrico levada a cabo realizou-se em El Puyo, uma pequena povoação equatoriana às portas da Amazónia, onde existiam todos os pressupostos subjacentes com base nos quais se desenvolveu este conceito de hospital. El Puyo era uma zona com um grande déficit de infraestruturas sanitárias, mas que contava com a vontade do governo de resolver o problema com carácter de urgência; existia portanto a necessidade de encontrar uma empresa capaz de construir em tempo recorde o hospital provincial, de aproximadamente 14.000 m2.

Esa necesidad se convirtió en una oportunidad para poner en práctica todo aquello que habíamos desarrollado en el ámbito teórico (junto a Makiber, del Grupo ACS). Y fue entonces cuando la oportunidad se convirtió en responsabilidad: la de diseñar, construir, equipar y poner en marcha aquel hospital en menos de un año, mediante la puesta a prueba del modelo de hospital paramétrico.

Esta necessidade converteu-se numa oportunidade para pôr em prática tudo aquilo que tínhamos desenvolvido no âmbito teórico em conjunto com a Makiber, do Grupo ACS, e foi então que a oportunidade se converteu em responsabilidade: a responsabilidade de desenhar, construir, equipar e pôr em funcionamento aquele hospital em menos de um ano, pondo à prova o modelo do hospital paramétrico.

Desde un punto de vista más técnico el hospital del Puyo está compuesto por 21 pabellones decalados entre sí, con cubierta inclinada, que quedan cosidos mediante dos pasillos principales, uno técnico y otro más público. Al atravesarlos de manera longitudinal, dichos pabellones se articulan de manera especializada según tres tipologías: aquellos que por sus condicionantes funcionales tan sólo necesitan acceso desde el pasillo público; los que lo necesitan sólo desde el técnico; y los que necesitan el acceso desde ambos. Esta organización mediante pabellones permite que todas las estancias del hospital, sin excepción, dispongan de iluminación y ventilación natural gracias a los patios que se intercalan entre las barras, lo que garantiza una gran eficiencia energética desde el punto de vista de la iluminación y la climatización, además de un gran confort para el usuario.

De uma perspectiva mais técnica, o Hospital de El Puyo é composto por 21 pavilhões desalinhados entre si, com cobertura inclinada e unidos por dois corredores principais: um técnico e outro público, que ao atravessar os pavilhões de forma longitudinal os especializam em três tipologias: aqueles que, pelas suas condicionantes funcionais, apenas necessitam de acesso a partir do corredor público; os que o necessitam apenas a partir do corredor técnico; e os que necessitam de acesso a partir de ambos os corredores. Esta organização em pavilhões permite que todos os espaços interiores do hospital, sem excepção, disponham de luz e ventilação naturais graças aos pátios que se intercalam entre os blocos, o que nos garante uma grande eficiência energética do ponto de vista da iluminação e da climatização, além de proporcionar um grande conforto para o usuário.

La imagen final de la edificación se confía a la contundencia geométrica de la estructura, vinculada a los condicionantes funcionales que articulan y particularizan la malla de pabellones inicial, para crear así un mar de cubiertas desiguales que protejan bajo ellas la actividad sanitaria. La edificación utiliza los testeros de los pabellones para configurar las fachadas principales sin más recursos formales que aquellos que vengan condicionados por los requerimientos funcionales.

Confiámos a imagem final da edificação à contundência geométrica da estrutura vinculada às condicionantes funcionais que articulavam e particularizavam a malha de pavilhões iniciais, gerando assim um mar de coberturas desiguais que protegiam sob si a actividade sanitária. A edificação utiliza as frentes dos pavilhões para configurar as fachadas principais, sem mais recursos formais do que os condicionados pelos requerimentos funcionais.

A día de hoy, el hospital del Puyo es el primer ejemplo realizado y acabado con éxito de este modelo parametrizado de arquitectura hospitalaria, en el que se ha conseguido como objetivo de partida el que sea diseñado, construido y puesto en marcha en menos de un año, con una superficie de 14.000 m2. En estos momentos, se están construyendo dos más, uno en Guinea Ecuatorial y otro en Angola, mientras se está en proceso de estudio de nuevos emplazamientos.

Actualmente, o Hospital de El Puyo é o primeiro exemplo realizado e concluído com êxito deste modelo parametrizado de arquitectura hospitalar, em que se conseguiu o objectivo estabelecido à partida de ser desenhado, construído e posto em funcionamento em menos de um ano, com uma superfície de 14.000 m2. Neste momento há mais dois hospitais em construção: um na Guiné Equatorial e outro em Angola, para além de estarem em processo de estudo várias outras localizações.

IX BIAU

175


The Parametric Hospital, Architecture for an Emergency

Hospital Paramétrico de Puyo

The parametric hospital is not a constructional system based on modular building, nor is it a prefabricated system of modules or constructional elements, but an intellectual process based on a thorough analysis of the metric and the parameters, which define very complex healthcare facilities such as hospitals.This system enables all the processes to overlap and to be optimized with guarantees, making them more efficient and resulting in a considerable reduction in the time taken for design, construction, equipping and commissioning of a hospital with full services and in accordance with the client’s requirements.

Situación / Localização / Location Avenida 9 de Octubre s/n. Puyo, provincia de Pastaza. Ecuador

The first experience of a genuinely parametric hospital was in El Puyo, a small Ecuadorian settlement on the threshold of the Amazon where all the conditions existed for the development of this concept of hospital. El Puyo was an area where there was a serious shortage of healthcare infrastructures, but where the government had a strong desire to resolve the problem urgently. There was therefore the need to find a company that was able to build a provincial hospital of approximately 14,000 m2 in record time. That need became an opportunity to put into practice everything that we had developed theoretically (together with Makiber, of the ACS Group). And it was then that the opportunity became a responsibility: that of designing, building, equipping and commissioning that hospital in less than one year, putting the model of the parametric hospital to the test. From a more technical point of view, the hospital of El Puyo is composed of 21 pavilions that are offset against each other, with sloping roofs, and joined together by two main gangways, one technical and the other more public. As these cross longitudinally, the pavilions are organized into three types: those which for functional reasons only require access from the public gangway; those which need it only from the technical gangway; and those which need access from both. This organization into pavilions enables all the rooms of the hospital, without exception, to enjoy natural lighting and ventilation thanks to the patios which are inserted between the elements, which ensures very efficient use of energy for lighting and air conditioning, as well as a high level of comfort for the user. The final appearance of the building is the result of the geometric severity of the structure, linked to the functional factors which form and characterize the initial mesh of pavilions, creating a sea of unequal roofs which protect the medical activity taking place below them. The building uses the pavilion walls to give shape to the main façades, with no more formal resources than those which are due to functional requirements. Today, the hospital of El Puyo is the first example of this parameterized model of hospital architecture to be undertaken and successfully completed, in which the objective ‒ of designing, constructing and commissioning in less than one year with an area of 14,000 m2 ‒ was achieved Two more are now being built, one in Equatorial Guinea and the other in Angola, and new sites are now being studied.

176

IX BIAU

Autores / Authors Patricio Martínez González, Maximià Torruella Castel Colaboradores / Collaborators BIS Arquitectes Grupo JG Ingenieros Consultores J/T Ardèvol Associats; Valeri Consultors Constructora / Construtora / Construction company Promotor / Promoter Makiber, SA Fecha / Data / Date 2012-2013 Superficie / Superfície / Area 15.710,00 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 25.195.554,58 € Créditos fotográficos / Photographic credits Sebastián Crespo Contacto / Contato / Contact info@pmmtarq.com www.pmmtarq.com


IX BIAU

177


178

IX BIAU


IX BIAU

179


180

IX BIAU


IX BIAU

181


182

IX BIAU


IX BIAU

183


ESP013

El «B». Auditorio en Cartagena selgascano


El «B»

O “B”

Estar en un límite: «... a pleno sol (se alimenta de sol) o a la sombra (se alimenta de sombra) o en el límite de la sombra y el sol.» H. Michaux

Estar num limite: “...em pleno sol (alimenta-se de sol) ou à sombra (alimenta-se de sombra) ou na separação da sombra e do sol.” H. Michaux

El «B» es esta larga construcción, cuerpo, que vive de la herencia, de la continuidad de tratamiento de un sitio: EL puerto de Cartagena, que no es otra cosa que puerto de Cartagena, limite de una ciudad al mar. Todo allí le es propio, propio del puerto, de todo puerto queremos decir: la inmaculada rectitud de la línea del cantil (recto), el mar invariablemente calmo (plano), el artificialmente horizontal plano del muelle (plano), el cielo como fondo variable para este plano (¿plano sobre plano?), todo basado en un artificio para representar lo más sencillo y por sencillo lo más natural, el plano más enormemente artificial que se equipara a lo más natural.

O “B” é esta longa construção, corpo, que vive da herança, da continuidade de tratamento de um sítio: O porto de Cartagena, que não é outra coisa senão porto de Cartagena, limite de uma cidade com o mar. Tudo ali lhe é próprio, próprio do porto, de todo o porto, queremos dizer: a imaculada rectidão da linha do paredão (recto), o mar invariavelmente calmo (plano), o plano do cais artificialmente horizontal (plano), o céu como fundo variável para este plano (plano sobre plano?), tudo baseado num artifício para representar o mais simples, e porque simples o mais natural, o plano mais enormemente artificial que se equipara ao mais natural.

El muelle de Alfonso XII tiene 1.000 metros, un kilómetro justo, y nosotros nos suponemos en la parte final. A todo lo largo existe una franja de 20 metros, paralela a la línea del cantil, respetada por las construcciones. Por esta franja se puede realizar el más agradable paseo de la ciudad, procesión diaria, siguiendo la inmutable línea del cantil. Y este paseo es lo que nosotros favorecemos, es lo que introducimos al interior del edificio, en una continuidad dimensional que parece excavar una playa artificial, pero que realmente es continuidad de historia, porque la antigua playa de El Batel se situaba exactamente allí, en el mismo sitio. Lo artificial es el puerto no la playa. Esta recuperada playa-rampa nos va sumergiendo lentamente por debajo de la línea del mar, con la presencia continua de la línea horizontal del muelle. Aquí ya no pertenecemos al exterior sino que nos pertenecemos a nosotros mismos, nosotros en movimiento, nosotros paseantes, y para nosotros trabajamos la escala de los 210 metros que nos han reservado como parcela. Trabajamos el contraste con la fachada exterior provocado por el corte en la cota cero del terreno, y nos seguimos sirviendo de la dictadura del muelle pero justo por oposición a ella. La hermosa monotonía ortogonal del puerto ya no la admitimos en el interior, la dureza del puerto ya no la admitimos al interior, sino que queremos algo completamente opuesto: translúcido, delicado, ligero, acuático, algo que tenga que ver con aquello que definía Luigi Nono como «espacio de música acuática». Cada elemento o detalle de este proyecto es otro proyecto en si mismo, pero como cada proyecto obedece a lo que le rodea, todos pertenecen por tanto a una globalidad no buscada, sino deducida, que es la que forma el carácter del «B». Todo material, tanto el aluminio como el plástico, se ha fabricado por extrusión con una sola sección de pieza extruida, que en sus variaciones de colocación y color aparecen como múltiples piezas. Se colocan siempre paralelas al cantil para acentuar la idea de horizontalidad, para conseguir un rectángulo todavía más largo y tendido de lo que ya es, pero extruido como un churro sólo en su escala cercana, porque en su conjunto parece el resultado de la acumulación de distintos elementos, apilados ordenadamente en el puerto. Memoria de un uso. Es este un cuerpo muy falso al exterior y muy falso al interior, uno como antagónico del otro, tanto como esas personas que aparentan ser muy tranquilas y realmente están paralizadas por el continuo movimiento interior de su sistema nervioso; antagonismo que se manifiesta claramente en la convivencia entre planta baja y alta que es un perfecto ejemplo de anacoluto: no hay concordancia entre ellas. Su única relación es que ambas viven del puerto. Porque, insistimos, todo el proyecto vive de la idea y la memoria de lo que es un puerto, de lo que allí sucede y de lo que allí sucedía.

O cais Alfonso XII tem 1000 metros, um quilómetro certo, e nós supomo-nos na parte final. A todo o comprimento existe uma faixa de 20 metros, paralela à linha do paredão, respeitada pelas construções. Por esta faixa realiza-se o passeio mais agradável da cidade, procissão diária, seguindo a imutável linha do paredão. E é este passeio que favorecemos, é o que introduzimos no interior do edifício, numa continuidade dimensional que parece escavar uma praia artificial, mas que na realidade é continuidade da História, porque a antiga praia de El Batel se situava exactamente ali, nesse mesmo sítio. O artificial é o porto, não a praia. Esta recuperada praia-rampa vai-nos lentamente submergindo abaixo da linha do mar, com a presença contínua da linha horizontal do cais. Aqui já não pertencemos ao exterior, mas sim a nós mesmos, nós em movimento, nós passeantes, e é para nós que trabalhamos a escala dos 210 metros que nos reservaram como parcela. Trabalhamos o contraste com a fachada exterior provocado pelo corte na cota zero do terreno e continuamos a servir-nos da ditadura do cais, mas justamente por oposição a ela. A bela monotonia ortogonal do porto já não a admitimos no interior, a dureza do porto já não a admitimos dentro, pelo contrário, queremos algo completamente oposto: translúcido, delicado, ligeiro, aquático, algo que tenha que ver com aquilo que Luigi Nono definia como “espaço de música aquática”. Cada elemento ou pormenor deste projecto é outro projecto em si mesmo, mas como cada projecto obedece àquilo que o rodeia, todos pertencem portanto a uma globalidade, não procurada, mas antes deduzida, que é a que forma o carácter do “B”. Todo o material, tanto o alumínio como o plástico, foi fabricado por extrusão com uma só secção de peça extrudada, que nas suas variações de colocação e cor surgem como peças múltiplas. Colocam-se sempre paralelas ao paredão para acentuar a ideia de horizontalidade, para conseguir um rectângulo ainda mais longo e tendido do que o que já é, mas extrudado como um “churro” só na sua escala próxima, porque no seu conjunto parece o resultado da acumulação de diferentes elementos, ordenadamente empilhados no porto. Memória de um uso. Este é um corpo muito falso em relação ao exterior e muito falso em relação ao interior, um como que antagónico do outro, tanto como aquelas pessoas que aparentam ser muito tranquilas e na verdade estão paralisadas pelo incessante movimento interior do seu sistema nervoso; antagonismo que se manifesta claramente na convivência entre planta baixa e alta, que é um perfeito exemplo de anacoluto: não há concordância entre elas. A sua única relação é que ambas vivem no porto. Porque, insistimos, todo o projecto vive da ideia e da memória do que é um porto, do que ali sucede e do que ali sucedia. IX BIAU

185


The “B”

EL «B». Auditorio en Cartagena

To be on a boundary: “...in full sunlight (one is nourished by the sun) or in the shade (one is nourished by shade) or on the boundary between the shade and the sun.” H. Michaux

Situación / Localização / Location Paseo de Alfonso XII s/n. 30202 Cartagena, España

The “B” is this long structure, object, which lives off the heritage, the continuity in the treatment of a place: THE port of Cartagena, which is nothing other than Cartagena port, the boundary of a city with the sea. Everything there is typical of it, typical of the port, of every port we want to say: the perfect straightness of the quayside (straight), the invariably calm sea (flat), the artifically horizontal flatness of the quay (flat), the sky as changing background to this flatness (flat on flatness?), everything based on an artifice to represent the simplest thing and the most natural thing as simple, the most enormously artificial flatness which equates to the most natural. The Alfonso XII dock is 1,000 metres long, exactly one kilometre, and we imagine that we are near the its end. All along it there is a 20 metre-wide strip, parallel to the quayside, respected by the constructions. Along this strip one can take the city’s most pleasant walk, a daily procession, following the immutable line of the quayside. And this walk is what we are promoting, what we are putting inside the building, in a dimensional continuity which seems to excavate an artificial beach, but which is really a continuation of history , because the former beach of El Batel was on that exact spot. What is artifical is the port, not the beach. This recovered beach/ramp is slowly submerging us beneath the line of the sea, with the continuous presence of the horizontal line of the dock. Here, we no longer belong to the outside, but to ourselves, ourselves in movement, ourselves walking, and it is for ourselves that we are working on the scale of the 210 metres which they have reserved as a plot for us. We are working on the contrast with the outside façade, caused by the contrast with the zero altitude of the land, and we continue to serve the dictatorship of the quay but precisely because of opposition to it. We no longer allow the beautiful orthogonal monotony of the port to enter inside, neither do we allow the hardness of the port to come in ‒ we want something completely different: translucent, delicate, light, aquatic, something which has to do with what Luigi Nono defined as a “space of aquatic music”. Every element or detail of this project is another project in itself, but as every project is the result of what surrounds it , all belong to a totality which is not sought but deduced, which is the one which forms the character of the “B”. All the material, both aluminium and plastic, was manufactured by extrusion, with each extruded piece in one single section, which in their variations of colour and position look like multiple pieces. They are always arranged parallel to the quayside to accentuate the idea of horizontality, in order to achieve a rectangle which is even longer and more stretched than it is already, but extruded like a churro only when viewed close up, because, overall, it seems the result of the accumulation of distinct elements, tidily piled up in the port. This is an object which is very false outside and very false inside, as if one was antagonistic towards the other, just like those individuals who seem to be very quiet, but who in reality are paralysed by the continuous interior movements of their nervous systems; an antagonism which can be clearly seen in the coexistence between ground floor and upper floor, which is a perfect example of anacoluthon: there can be no agreement between them. Their only connection is that, for both, their livelihood is the port. Because, we insist, the whole project lives because of the awareness and the remembrance of what a port is, of what happens there and what used to happen there. 186

IX BIAU

Autores / Authors selgascano Jose Selgas, Lucia Cano Colaboradores / Collaborators Lara Resco, José de Villar, Lorena del Río, Blas Antón, Miguel San Millán, Carlos Chacón, Julián Fernandez, Beatriz Quintana, Jaehoon Yook, Jeongwoo Choi, Laura Culiañez, Bárbara Bardín Ayudante de arquitectura / Assistentes de Arquitectura / Architectural Assistant Antonio Mármol, Joaquín Cárceles, Rául Jiménez Cálculo de estructuras / Engenharia de estruturas / Structural calculations Fhecor Ingeniero de mecánica, electricidad y fontanería (MEP) / Engenharia mecânica, eléctrica e hidráulico-sanitária (MEP) / Mechanical, Electrical, Plumbing (MEP) Engineer JG Ingeniero acústico / Engenharia acústica / Acoustic Engineer Arau Acustica Arquitecturas de textiles / Arquitectura têxtil / Textil Arquitectures Lastra y Zorrilla Plásticos / Plastic manufacturer Polimertecnic Asientos del auditorio / Assentos do Auditório / Auditorium seating Figueras Pavimentos / Floors manufacturer Prialpas Iluminación / Iluminação / Lighting manufacturers Idealux Talleres Zamora Fachadas / Paredes / Wall manufacturers ATA Aislamientos Tecnicos Agroalimentarios Constructora / Construtora / Construction company Dragados Intersa Propietario / Proprietário / Owner Ayuntamiento de Cartagena / Município De Cartagena / Cartagena Council Fecha / Data / Date 2002-2011 Superficie / Superfície / Area 18.500 m2 / 5.628 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 34.500.000 € Créditos fotográficos / Photographic credits Iwan Baan Contacto / Contato / Contact selgascano1@gmail.com www.selgascano.net


IX BIAU

187


188

IX BIAU


IX BIAU

189


190

IX BIAU


IX BIAU

191




ESP014

Espacio Transmisor del Túmulo Dolmen Megalítico de Seró Toni Gironés


Espacio Transmisor del Túmulo / Dolmen Megalítico del año 2.800 A.C. en Seró – Artesa de Segre (Lleida). 2007 - 2012

Espaço Transmissor do Túmulo/Dólmen Megalítico do ano 2.800 A.C. em Seró – Artesa de Segre (Lleida). 2007–2012

En el mes de enero de 2007, los trabajos de construcción de una de las tuberías de la red de riego del sistema Segarra-Garrigues provocaron la aparición inesperada de los restos de una construcción prehistórica de hace 4.800 años en el municipio de Seró ( Artesa de Segre, Lleida ). El rasgo más excepcional de este descubrimiento fue el carácter megalítico de las losas de piedra arenisca, y especialmente su profusa decoración geométrica esculpida en bajorrelieve. Losas que, a su vez, eran fragmentos de antiguas estatuas-estelas reaprovechadas de un monumento escultórico anterior. Los terrenos de dos huertos abandonados junto a la plaza de la báscula del pueblo son el lugar donde se proyecta y construye un pequeño equipamiento cultural con polivalencia de usos y espacios. Una construcción realizada con materiales propios de la zona que a su vez es topografía, al salvar el desnivel de una planta entre la plaza y los huertos. Una sucesión de rampas suaves con límites ligeros y elásticos de acero corrugado sugieren los tránsitos y escalan las diferentes condiciones del espacio público proyectado: plataforma de arcilla y tierra entre la plaza y el horizonte prepirenaico; plano acantilado como mirador sobre la cámara de las estelas, desde donde se localiza la zona del descubrimiento; espacio recogido en esquina orientado a poniente, con sol de invierno y cobertura vegetal en verano; sitios para sentarse con piedras recicladas del muro de uno de los huertos; pavimentos porosos y drenantes que ofrecen inercia térmica a la cubierta y acogen a su vez los paisajes propios de cada estación, las sombras de dos almeces recuperados... y la memoria del antiguo lugar con el rebrote espontáneo de las acelgas. En el interior, el espacio del vino ofrece el producto de las cooperativas locales y funciona al tiempo como bar del pueblo. O también una sala polivalente, que alterna el uso cotidiano como centro social con la introducción a los contenidos de un espacio museo inmediato, donde se documenta el hallazgo y se muestran las piezas del ajuar de la tumba megalítica… Finalmente, iniciamos el tránsito hacia las milenarias estelas. Un recorrido en espiral cuadrangular y con una pendiente casi inapreciable ... Rodeados por piezas cerámicas caladas que dejan pasar la luz tamizada, el aire, el olor del campo, la niebla... va bajando la intensidad lumínica, el pavimento cerámico se va disgregando y al llegar a la cámara la luz cenital focaliza la mirada sobre la superficie grabada de cada una de las piedras... Paréntesis de tiempo en un silencio de contemplación precisa, en un plano horizontal de polvo de arcilla que muestra la huella que deja al pasar cada visitante... tranquilamente y en sentido inverso iniciamos la salida sin posibilidad de cruce con otros... Poco a poco se intensifican la luz y los sonidos, hasta que el horizonte de un campo de trigo nos viene a encontrar y nos retorna a los parajes agrícolas propios de la comarca.

No mês de Janeiro de 2007, os trabalhos de construção de uma das canalizações da rede de irrigação do sistema SegarraGarrigues provocaram o inesperado surgimento dos restos de uma construção pré-histórica de há 4.800 anos no município de Seró (Artesa de Segre, Lleida). A característica mais excepcional desta descoberta foi o carácter megalítico das lousas de arenito e, muito especialmente, a profusa decoração geométrica esculpida em baixo-relevo. Lousas estas, que, por sua vez, eram fragmentos de antigas estátuas-estelas reaproveitadas de um monumento escultórico anterior. Os terrenos de duas hortas abandonadas junto à praça da báscula da aldeia constituíram-se como o lugar onde se projectou e construiu um pequeno equipamento cultural com polivalência de usos e espaços. Uma construção realizada com materiais próprios da zona e que, por sua vez, se constitui como topografia para ultrapassar o desnível entre a praça e as hortas. Uma sucessão de suaves rampas com limites ligeiros e elásticos de aço corrugado sugerem os trajectos e escalonam as diferentes condições do espaço público projectado: …plataforma de argila e terra entre a praça e o horizonte pré-pirenaico, plano escarpado como miradouro sobre a câmara das estelas, a partir do qual se localiza a zona do descobrimento, espaço recolhido em esquina orientado a poente, com sol no Inverno e cobertura vegetal no Verão, sítios para sentar-se feitos com pedras recicladas do muro de uma das hortas, pavimentos porosos e drenantes que oferecem inércia térmica à cobertura e que, por seu turno, acolhem as paisagens próprias de cada estação, as sombras de dois lódãos recuperados… e a memória do antigo lugar com o renascer espontâneo das acelgas. No interior, o espaço do vinho oferece o produto das cooperativas locais e funciona por sua vez como o bar da povoação. Também uma sala polivalente, que alterna o uso quotidiano como centro social com a introdução aos conteúdos de um espaço-museu imediato, onde se documenta o achado e se mostram as peças do espólio do túmulo megalítico… Finalmente iniciamos o trajecto em direcção às estelas milenares… Um percurso em espiral quadrangular com um declive quase imperceptível, rodeados por peças em cerâmica perfurada que deixam passar a luz tamizada, o ar, o cheiro do campo, a névoa… Vai diminuindo a intensidade da luz, o pavimento cerâmico vai-se desagregando e, ao chegar à câmara, a luz zenital focaliza o olhar sobre a superfície gravada de cada uma das pedras, …parêntese de tempo, num silêncio de contemplação precisa, num plano horizontal de pó de argila que mostra a pegada que cada visitante deixa ao passar… Tranquilamente, e em sentido inverso, iniciamos a saída sem possibilidade de cruzamento com outros…, pouco a pouco, luz e sons intensificam-se, até que o horizonte de um campo de trigo vem ao nosso encontro e nos devolve às paragens agrícolas próprias da comarca.

IX BIAU

195


Transmitting Space of the 2,800 B.C. Megalithic Tumulus / Dolmen at Seró – Artesa de Segre (Lleida). 2007 - 2012

Espacio Transmisor del Túmulo / Dolmen Megalítico de Seró (2.800 A.C.)

In January, 2007, the construction work on one of the pipes in the irrigation network of the Segarra-Garrigues system resulted in the unexpected appearance of the remains of a prehistoric construction, 4,800 years old, in the municipality of Seró (Artesa de Segre, Lleida). The most unusual aspect of this discovery was the megalithic character of the sandstone slabs, and particularly their profuse, geometric decoration which was sculpted in bas-relief. Stones which, in turn, were fragments of former statues-stelas made by re-using an earlier sculptural monument. The land of two abandoned vegetable gardens, next to the square where the town’s weighbridge was situated, is the site for the construction of a small cultural facility with multiple uses and areas. A construction project carried out with materials from the area itself, and which is also topographic, because it overcomes the difference in level (of one floor) between the square and the vegetable gardens. A series of gentle ramps with light and elastic corrugated-iron edges facilitates the transits, climbing between the different levels of the planned public space: a platform of clay and soil between the square and the the pre-Pyrenean horizon; plano acantilado as a vantage point over the chamber containing the stelas, whence the area of the discovery can be localized; a secluded space on a corner facing the sunset, with winter sun and vegetal covering in summer; places to sit down, made of stones re-cycled from the wall of one of the vegetable gardens; porous pavings and drains providing the roof with thermal inertia, in turn taking in the landscapes typical of each season, the shadows of two recovered nettletrees... and the remembrance of the former place with the spontaneous reappearance of the chard plants. Inside, the wine area offers the produce of the local co-operatives, at the same time serving as the town’s bar. Or also a polyvalent room, which alternates between daily use as a social centre and the introduction to the contents of an adjoining museum area, where the finding is documented and the funerary objects from the megalithic tomb are displayed. Finally, we begin the transit towards the millennial stelas. A route in a quadrangular spiral, with a barely noticeable slope. Surrounded by pierced ceramic pieces which let in the diffuse light, the air, the smell of the countryside, the fog... the light is fading, the ceramic paving is breaking up, and on arrival at the chamber, the light from above focuses one’s gaze on the engraved surfaces of the stones. A parenthesis of time in a silence of precise contemplation, in a horizontal plane of clay dust in which each visitor leaves their footprint…quietly, we move in the opposite direction, towards the exit, with no possibility of meeting others. Little by little, light and sounds intensify, until the horizon of a wheatfield comes to meet us and returns to us the region’s typical agricultural settings.

Situación / Localização / Location Carrer de Les Escoles. Seró (Artesa de Segre). Lleida, España. Coordenadas UTM: 343053m E; 4637684m N

196

IX BIAU

Autor / Author Toni Gironès Saderra (Estudi d’arquitectura Toni Gironès) Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Dani Rebugent (Estudi d’arquitectura Toni Gironès) Brufau i Cusó s.l.p. Boma Inpasa s.l.p. Estudi XV s.c.p. Oriol Vidal Ingenieria s.l.p. Pep Castells y Joan López (arqueólogos / archaeologists) Colaboradores / Collaborators Instal·lacions Vilana s.l. Fusteria Giribet s.l. Constructora / Construtora / Construction company Construcciones Orgèl·lia s.l. Construcciones Germans Gilabert s.l. Promotor / Promoter Ayuntamiento de Artesa de Segre Fecha / Data / Date 2007-2013 Superficie / Superfície / Area 3.615 m² (cubiertas y espacio exterior) 503 m² (edificación) Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 348.952,44 € Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 42 €/m² (cubiertas y espacio exterior) 390 €/m² (edificación) Créditos fotográficos / Photographic credits Aitor Estévez, Toni Gironès Contacto / Contato / Contact info@tonigirones.com www.tonigirones.com


IX BIAU

197


198

IX BIAU


IX BIAU

199


200 IX BIAU


IX BIAU

201


202 IX BIAU


IX BIAU 203


esp015

Viviendas sociales en Vallecas Guillermo Vรกzquez Consuegra


Viviendas sociales en el ensanche de Vallecas

Habitações sociais no ensanche de Vallecas

Frente a la manzana cerrada, propuesta por la normativa urbanística del ensanche de Vallecas, el proyecto plantea la construcción de dos bloques en paralelo. Las desiguales condiciones del entorno, así como la implantación urbana y la orientación de la parcela, aconsejan esta disposición pues permitirá construir mejores viviendas, con buenas vistas y mejor orientación.

Diante do quarteirão fechado proposto pela normativa urbanística do ensanche de Vallecas, o projecto planeia a construção de dois blocos em paralelo. As condições desiguais do entorno, assim como a implantação urbana e a orientação da parcela, aconselham esta disposição, que permitirá construir melhores habitações. Com uma boa vista e melhor orientação.

Los dos bloques, constituidos a su vez por otros dos también paralelos, se alinean con los bordes extremos de la parcela para conformar en su interior un gran espacio ajardinado.

Os dois blocos, constituídos por sua vez por outros dois blocos igualmente paralelos, alinham-se com os limites externos da parcela, configurando no seu interior um grande espaço ajardinado.

se plantean, por tanto, viviendas que se abren a las fachadas exteriores y otras que miran al jardín. Todas ellas son viviendas con dos fachadas, lo que garantiza la ventilación cruzada, así como la ventilación e iluminación natural para todas las piezas interiores de la casa.

projectam-se pois habitações que se abrem às fachadas exteriores e outras com vista para o jardim. Todas elas são habitações de duas frentes, o que garante a ventilação cruzada, assim como a ventilação e a iluminação naturais para todas as divisões da casa.

Las diversas situaciones exteriores de las viviendas implican, como es natural, envolventes bien distintas: muros tersos y continuos de hormigón pulido, perforados por ventanas alargadas en las fachadas exteriores, al tiempo que galerías corridas al interior del jardín, dispuestas para su mayor disfrute, y protegidas por elementos verticales de aluminio que dibujan un paisaje dinámico y cambiante.

As diversas situações exteriores das habitações provocam, como é natural, envolventes bastantes distintas. Muros lisos e contínuos de betão polido, perfurados por janelas alargadas nas fachadas exteriores, enquanto no interior do jardim, para seu maior usufruto, se dispõem galerias corridas, protegidas por elementos verticais de alumínio, que desenham uma paisagem dinâmica e cambiante.

Los aparcamientos y trasteros se localizan bajo rasante. el proyecto sitúa estos espacios bajo los bloques de viviendas al aceptar la enorme dificultad que ello conlleva y compartir el mismo entramado estructural, con el objetivo de liberar el espacio entre bloques y poder así construir un verdadero jardín, que incluye una plantación de árboles de gran porte.

estacionamento e arrumos localizam-se no subsolo. O projecto situa estes espaços por baixo dos blocos de habitações, aceitando a enorme dificuldade que isto representa, ao partilhar a mesma trama estrutural, com o objectivo de libertar os espaço entre os blocos e poder assim construir um verdadeiro jardim, englobando a plantação de árvores de grande porte.

Los dos bloques no son iguales. Uno de ellos recibe en su extremo un corte sesgado al asumir la geometría de la parcela, cuando mira a la rotonda de tráfico. en el otro, las operaciones de sustracción del volumen marcan el acceso al conjunto edificado.

Os dois blocos não são iguais. Um deles exibe no seu extremo um corte em viés, ao assumir a geometria da parcela, em frente da rotunda de trânsito. No outro, operações de subtracção do volume marcam o acesso ao conjunto edificado.

en la distribución de las viviendas se ha pretendido conseguir los espacios interiores más capaces y cualificados para la organización funcional obligada por el programa y la normativa, así como la mayor flexibilidad (espacial y estructural) para otras alternativas de uso de la vivienda.

pretendeu-se, na distribuição das habitações, conseguir espaços interiores mais capazes e qualificados para a organização funcional exigida pelo programa e pelas normativas, assim como maior flexibilidade (espacial e estrutural) para outras alternativas de uso da habitação.

IX BIAU 205


social Housing in the Vallecas peripheral Housing Development

Viviendas sociales en Vallecas

In contrast to the closed block, proposed by the urban planning regulations of the Vallecas housing development, this plan proposes the construction of two parallel blocks. The uneven conditions of the surroundings, the urban insertion and the orientation of the plot make this arrangement advisable because it will permit the construction of better homes, with good views and better orientation.

Situación / Localização / Location C/ peñaranda de Bracamonte (parcela 2.119 p.p. 1.03.) ensanche de Vallecas. Madrid, españa

The two blocks, in turn composed of two others, also parallel, are aligned with the edges of the plot to form a large landscaped space inside them. so the plan is for homes giving on to the outside façades and others giving on to the garden. All are homes with two façades, which guarantees cross ventilation, as well as natural ventilation and lighting throughout the interior of the house. The various external situations of the homes naturally involve very different coverings: smooth and continuous walls of polished concrete, perforated by elongated windows in the exterior façades, and running balconies arranged inside the garden to enhance its charm, and protected by vertical elements in aluminium, creating a dynamic, changing landscape. The car parks and storerooms are below ground. The project placed these spaces underneath the housing blocks while accepting the enormous difficulty which that involved and sharing the same structural pattern, with the aim of freeing space between the blocks and enabling the construction of a real garden that includes a large plantation of trees. The two blocks are not the same. One of them receives an undercut at its end, taking on the geometry of the plot as one looks at the traffic roundabout. In the other one, volume reduction operations characterize the entrance to the constructed group. The arrangement of the homes represents an attempt to obtain the interior spaces, which are the most suitable and best able to conform to the functional organization imposed by the programme and the regulations, and also the greatest flexibility (spatial and structural) for alternative uses of the home.

Autor / Author Guillermo Vázquez Consuegra Colaboradores / Collaborators Marcos Vázquez Consuegra, emilio Rodriguez Estructura / Estrutura / Structure edartec / eduardo Martínez Moya Instalaciones / Instalações / Installations Insur J.G Paisajismo / Paisagismo / Landscaping Teresa Galí (Arquitectura Agronomía) Constructora / Construtora / Construction company s.A. (2007-2008) OCA Construcciones y proyectos (2009-2012) Promotor / Promoter empresa Municipal de la Vivienda y suelo de Madrid, eMVs Fecha / Data / Date 2005-2012 Superficie / Superfície / Area 25.552 m² Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 13.184.730 € Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 516 €/ m² Créditos fotográficos / Photographic credits Duccio Malagamba Contacto / Contato / Contact publicaciones@vazquezconsuegra.com www.vazquezconsuegra.com

206 IX BIAU


IX BIAU 207



IX BIAU 209


210

IX BIAU


IX BIAU

211


212

IX BIAU


IX BIAU

213


MEX016

Biblioteca Casa de las Ideas CRO studio (Adriana Cuellar y Marcel Sanchez Prieto)


Biblioteca Casa de las Ideas

Biblioteca Casa de las Ideas

La biblioteca digital Casa de las Ideas se encuentra ubicada a lo largo del canal que atraviesa la colonia Camino Verde en Tijuana, México. Las edificaciones adyacentes, en su mayoría residencias y negocios construidas de manera informal, dan su cara hacia este mismo canal, donde se concentra una gran actividad pública, transporte y negocio tanto formal como informal. Dos retos caracterizan este terreno: el crimen y las inundaciones. La biblioteca es parte del plan de desarrollo urbano, una iniciativa de SEDESOL (Secretaría de Desarrollo Social), la cual proporciona no solo la canalización del río, sino la integración de una serie de espacios públicos, parques, espacios recreativos, centro comunitario y la biblioteca a lo largo de este. El objetivo es de mejorar la calidad de vida de sus residentes y combatir el crimen por medio del diseño de espacios cívicos, infraestructura y programas.

A biblioteca digital Casa de las Ideas encontra-se situada ao longo do canal que atravessa a zona habitacional Camino Verde em Tijuana, no México. Os edifícios adjacentes, na sua maioria residências ou comércios construídos de forma informal, estão virados para esse mesmo canal, onde se concentra uma grande actividade pública, de transportes e negócios, tanto formais como informais. Dois desafios caracterizam este terreno: o crime e as inundações. A biblioteca faz parte de um plano de desenvolvimento urbano, iniciativa da SEDESOL (Secretaria de Desenvolvimento Social), entidade que não só proporciona a canalização do rio, mas também a integração de uma série de espaços públicos, parques, espaços recreativos, centro comunitário e a biblioteca ao longo deste. O objectivo é melhorar a qualidade de vida dos seus residentes e combater o crime através da concepção de espaços cívicos, infraestruturas e programas.

La propuesta de la biblioteca constituye un espacio de solo 220 metros cuadrados. El reto espacial y el cuestionamiento sobre como una biblioteca digital puede contribuir a la ciudad, han generado una nueva tipología para la biblioteca: un espacio colectivo donde el aprendizaje y la interacción de la información va mas allá de la simple accesibilidad de estos servicios. Su arquitectura se abre a una serie de escenarios tanto al interior como al exterior. La forma del edificio ofrece una sala multiusos interna en diversas plataformas donde se pueden dar conferencias, obras de teatro, talleres, espacios de lectura y acceso a computadoras. La pendiente generada por los desniveles articula un vacío en su exterior en la parte posterior del edificio, donde se propone un foro al aire libre. Una cascada secuencial de espacios hace que el edificio de forma lisa y hermética se abra completamente al público aún cuando no esté en horario de función. La intención primordial es crear y hacer ciudad por medio de la forma de arquitectura que aporte y dé iniciativa a la convivencia cívica de sus espacios adyacentes.

A biblioteca proposta constitui um espaço de apenas 220 metros quadrados. O desafio espacial e a questão de como pode uma biblioteca digital contribuir para a cidade geraram uma nova tipologia para a biblioteca: um espaço colectivo onde a aprendizagem e a interacção da informação vão mais além do simples acesso a estes serviços. A sua arquitectura abre-se a uma série de cenários, tanto no interior como no exterior. A forma do edifício oferece uma sala multi-usos interna, em diversas plataformas, onde podem ter lugar conferências, peças de teatro, oficinas, ou configurar espaços de leitura e de acesso a computadores. A pendente gerada pelos desníveis articula um vazio no seu exterior, na parte posterior do edifício, onde se propõe um fórum ao ar livre. Uma cascata sequencial de espaços faz com que o edifício, de forma lisa e hermética, se abra completamente ao público, ainda que não esteja em horário de funcionamento. A intenção primordial é criar e fazer cidade por meio de uma forma de arquitectura que promova e faculte a iniciativa da convivência cívica dos seus espaços adjacentes.

IX BIAU

215


‘House of Ideas’ Library

Biblioteca Casa de las Ideas (Módulo Prep)

The digital library ‘House of Ideas’ is situated along the canal which crosses the Camino Verde colony in Tijuana, Mexico. The adjacent buildings, mainly residences and businesses built in a disorganized manner, look on to the same canal, on which a lot of public activity is concentrated ‒ of transport and of business, both formal and informal. Two challenges characterize this terrain: crime and floods. The library is part of the urban development plan which was an initiative of SEDESOL (the Department for Social Development), which provided not only the canalization of the river, but also the incorporation along it of a number of public spaces, parks, recreational areas, a community centre and the library. The aim is to improve the residents’ quality of life and combat the crime by designing civic areas, infrastructure and programmes.

Situación / Localização / Location Camino Verde 22190. Tijuana, Baja California, México

The library occupies an area of only 220 square metres. The spatial challenge and the question of how a digital library could contribute to the improvement of the city gave rise to a new typology for the library: a communal area in which learning and interaction with information go beyond the mere accessibility of these services. Its architecture opens up a number of possibilities, both inside and outside. The building’s shape houses an interior multi-use room including several platforms for lectures, stage plays, workshops, reading areas and access to computers. The slope resulting from the different levels leaves a space outside the back of the building, where there is an openair forum. This succession of spaces makes the building open out completely to the public, smoothly and hermetically, even outside its opening hours. The fundamental intention is to create a living city through the manner of dealing with the architecture and by having the initiative to contribute to civilized communal living in its adjacent areas.

Autores / Authors CRO studio: Adriana Cuellar, Marcel Sanchez Prieto Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Gabriela Bendeck, Arturo González Maldonado, Joseph Ruiz Tapia Ing. Fernando Arroyo Constructora / Construtora / Construction company Grupo LARC Promotor / Promoter SEDESOL – Secretaría de Desarrollo Social Propietario / Proprietário / Owner Tijuana Innovadora Fecha / Data / Date 2011-2013 Superficie / Superfície / Area 220 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget $1,600,000 pesos / US$130,000 Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 $7,000 pesos / US$550 Créditos fotográficos / Photographic credits Arturo González Maldonado + Joseph Ruiz Tapia + Marcel Sánchez Contacto / Contato / Contact ams@crostudio.net www.crostudio.net

216

IX BIAU


IX BIAU

217


218

IX BIAU


IX BIAU

219


220 IX BIAU


IX BIAU

221


222 IX BIAU


IX BIAU 223


MEX017

Centro Académico y Cultural San Pablo, Fundación A. Harp-Helú Taller de Arquitectura Mauricio Rocha


Restauración del Monasterio de Santo Domingo de Soriano con el título de «San Pablo»

Restauro do Mosteiro de Santo Domingo de Soriano, chamado de “San Pablo”

Ubicado a tan sólo una cuadra del zócalo de la ciudad de Oaxaca, entre las calles de Independencia y Hidalgo, se encuentra un conjunto de casas/edificios que forman parte del primer convento dominico de la ciudad.

Situado apenas a um quarteirão da praça principal de Oaxaca, entre as ruas Independencia e Hidalgo, encontra-se um conjunto de casas/edifícios que fazem parte do primeiro convento dominicano da cidade.

Hasta hace tres años, el ex convento de San Pablo consistía en una edificación prostituida por una serie de añadidos de poco valor histórico que repercutieron en el edificio no sólo de manera estética – dejando el edificio completamente ahogado dentro de estos agregados, si no porque afectaban directamente la estructura del edificio antiguo por la enorme cantidad de peso que éste tuvo que soportar.

Até há cerca de três anos, o ex-convento de San Pablo consistia numa edificação adulterada por uma série de acrescentos de pouco valor histórico, que tiveram no edifício repercussões não só de âmbito estético – deixando o edifício completamente afogado dentro desses acrescentos –, mas também porque afectavam directamente a estrutura do edifício antigo, pela enorme quantidade de peso que este teve de suportar.

Como primera parte del rescate, se alivió la estructura original, demoliendo la gran mayoría de pegotes. De esta manera se logró así recuperar prácticamente el 90% de los corredores altos y bajos del convento, parte de la iglesia y el total de la Capilla del Rosario. Desafortunadamente, el área resultante de las liberaciones era insuficiente para dotar al edificio las funciones culturales con las que fue concebido y que ha sido el motor para el rescate de este inmueble. Por lo tanto, fue necesario colocar en el lado oriente del conjunto una estructura metálica ligera y reversible, que hace referencia al carácter efímero de un andamiaje de obra y que a la vez conmemora la antigua crujía de celdas perdida en la apertura de la calle de Fiallo.

Como primeira parte da recuperação, aliviou-se a estrutura original, demolindo a grande maioria dos remendos. Desta forma conseguiu-se recuperar praticamente 90% dos corredores altos e baixos do convento, parte da igreja e a totalidade da capela do Rosário. Infelizmente, a área libertada resultante era insuficiente para atribuir ao edifício as funções culturais com as quais foi concebido e que foram a força motriz para o restauro deste imóvel. Foi portanto necessário colocar no lado oriente do conjunto uma estrutura metálica, ligeira e reversível, que faz referência ao carácter efémero de um andaime de obra e que por seu turno comemora a antiga galeria de celas, perdida com a abertura da rua Fiallo.

Este elemento contemporáneo crea, junto con el deambulatorio oriente, un espacio útil con una superficie de casi 700m2 dividido en 3 niveles. Esto satisface las necesidades de área requeridas para el funcionamiento de una biblioteca especializada y un área de exposiciones que deben estar bajo un clima estable y al resguardo de la intemperie.

Este elemento contemporâneo, em conjunto com o deambulatório oriental, cria um espaço útil com uma superfície de quase 700 m2, dividido em três níveis. Isto satisfaz as necessidades de área exigidas para o funcionamento de uma biblioteca especializada e uma área de exposições que devem estar sob um clima estável e ao abrigo da intempérie.

Para esto, este espacio se divide en dos zonas: una sala de lectura, que se ubica al interior de la intervención, en una relación directa con el patio del claustro y protegida de la intemperie por una fachada de cristal que siempre se encontrará bajo sombra gracias a una cubierta móvil. Y áreas de archivo/resguardo, que se concentrarán en el deambulatorio oriente aprovechando la condición masiva del convento. Se procura alojar la mayor parte del acervo directamente en el muro para no comprometer con peso innecesario la estructura del inmueble y proteger al acervo de la luz.

Para isso, este espaço divide-se em duas zonas: uma sala de leitura, que se situa no interior da intervenção, numa relação directa com o pátio do claustro e protegida da intempérie por uma fachada de vidro que estará sempre na sombra graças a uma cobertura móvel; e áreas de arquivo/resguardo, que se concentrarão no deambulatório oriental, aproveitando a condição maciça do convento. Procura-se alojar a maior parte do acervo directamente junto ao muro, para não comprometer com peso desnecessário a estrutura do imóvel e proteger o acervo da luz.

Hacia el exterior, y en lo que antes fue un estacionamiento público, se recuperó el atrio de la iglesia demoliendo todos los agregados recientes, al cual se puede acceder de e nuevo desde dos callejones que se reabrieron en sus dimensiones originales. Este espacio históricamente abierto en el corazón de manzana, tipología ajena a una ciudad como Oaxaca, funja ahora como punto de encuentro y distribución hacia los distintos edificios que forman parte del conjunto.

No exterior, no que antes fora um estacionamento público, foram demolidos todos os acrescentos recentes, recuperando-se assim o átrio da igreja, ao que se pode aceder de novo a partir de dois becos que se reabriram nas suas dimensões originais. Este espaço historicamente aberto no coração do quarteirão, uma tipologia alheia a uma cidade como Oaxaca, serve agora de ponto de encontro e de distribuição para os diferentes edifícios que fazem parte do conjunto.

IX BIAU 225


Restoration of the Monastery of Santo Domingo de Soriano, known as “San Pablo”

Centro Académico y Cultural San Pablo, Fundación Alfredo Harp-Helú [GA&A]

Only a block away from the main square of the city of Oaxaca, between Calle de Independencia and Calle Hidalgo, is this group of houses and buildings, which form part of the city’s first Dominican convent.

Situación / Localização / Location Oaxaca, Oax.

Until three years ago, the former convent of San Pablo was an edifice that had been defiled by a series of additions of little historical value which not only affected the building aesthetically — leaving it completely suffocated in the midst of these add-ons — but also directly affected the structure of the old building, given the enormous weight that it had to support. As the first phase of the retrieval, the original structure was relieved by demolishing the vast majority of the add-ons. In that way, it was possible to recover almost ninety per cent of the convent’s high and low corridors, part of the church and the entire Chapel of the Rosario. Unfortunately, the resulting freed area was not sufficient to provide the building with the cultural functions for which it had been designed, and which had been the main purpose of its rescue. It was therefore necessary to arrange, on the eastern side of the ensemble, a light and reversible metallic structure redolent of the ephemeral nature of site scaffolding, and which would at the same time recall the former bay of cells, lost at the opening of the Calle de Fiallo. This contemporary element creates, together with the eastern ambulatory, a useful space with an area of almost 700 m2 divided into three levels, which provides an area large enough to allow the functioning of a specialized library and an exhibition area, which need to be maintained at a constant temperature and protected from the elements. The space is therefore divided into two areas: an interior reading-room, directly connected to the patio of the cloister and protected from the elements by a glass façade, always in shade thanks to a retractable roof; and areas for filing and/or storage, concentrated in the eastern ambulatory to take advantage of the massive size of the convent. The greater part of the heritage was also placed directly in the wall so as not to endanger the building’s structure with unnecessary weight, and so as to protect it from the light. Outside, in what was formerly a public parking area, the atrium of the church was recovered after demolishing all the recent additions. Today, one may gain access to it from two alleyways, which have been re-opened with their original dimensions. This space, historically open in the heart of the block, a typology that is alien to a city like Oaxaca, now serves as a meeting and distribution point for the different buildings, which make up the group.

226 IX BIAU

Autor / Author Taller de Arquitectura Mauricio Rocha Concepto / Conceito / Concept María Isabel Grañen Porrúa, Sebastián Van Doesburg, Mauricio Rocha Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Mauricio Rocha, Gabriela Carrillo, Rafael Carrillo Colaboradores / Collaborators Alma Caballero, Erika Rivera, Dalia Gatica Anabel Gomez, Henny Dekeijzer, Thelma Seguí Maquetas / Maquetes / Models Francisco Ortiz, Iván Santillán, Gabriel Ruíz Restauración / Restauro / Restoration Project Gerardo López, Sebastian van Doesburg FAHH Ingeniería estructural / Engenharia de estruturas / Structural Engineering GRUPO SAI. Gerson Huerta Instalaciones / Instalações / Installations ICI instalaciones. Adolfo Toraño Supervision y gerencia de proyecto / Supervisão e gestão do projecto / Supervision and Project Management Grupo GA&A. Augusto Pi-Suñer, Adolfo Escárpita, Gilberto González, Rafael Cabrera Constructora / Construtora / Construction company Fundação Alfredo Harp-Helú, Oaxaca Propietario / Proprietário / Owner Fundação Alfredo Harp-Helú, Oaxaca Fecha / Data / Date 2006–2012 Créditos fotográficos / Photographic credits Taller de Arquitectura Mauricio Rocha Contacto / Contato / Contact www.tallerdearquitectura.com.mx



228 IX BIAU


IX BIAU 229


230 IX BIAU





mex018

ediďŹ cio Alfonso Reyes Gabriela etchegaray y Jorge Ambrosi


edifício Alfonso Reyes

edifício Alfonso Reyes

el edificio de ocho departamentos está ubicado en la esquina de la avenida Alfonso Reyes y la calle de Saltillo, en la colonia Condesa. el planteamiento del proyecto separa el edificio en el lindero largo, para así tomar la esquina en un solo gesto volumétrico de 17 metros de altura.

O edifício de oito apartamentos está situado na esquina da avenida Alfonso Reyes com a rua Saltillo, na zona Condesa. A concepção do projecto separa o edifício do limite longo, para assim desenhar a esquina num só gesto volumétrico de 17 metros de altura.

el resultante se expresa a través del ritmo estructural de la fachada en donde los vanos y balcones hacen el contrapunto que revela la aleatoriedad de los departamentos al interior del edificio. La composición de los vanos está planteada mediante la ausencia del muro de rigidez más que una perforación en la fachada. La estructura está resuelta mediante marcos rígidos de concreto que se ligan a los muros de block para en conjunto formar una fachada portante que soporta el edificio. en el sentido transversal, se divide en dos crujías estructurales, la primera (hacia el lindero largo) funciona como un núcleo rígido de servicios, circulaciones y cocinas que toman los momentos del edificio en ese sentido; y la segunda (hacia la calle) como una crujía ligera de losas aligeradas, tapancos de madera y muros ligeros. Los departamentos de uno y dos niveles se resuelven libremente al interior de la fachada en donde las dobles alturas y balcones establecen las relaciones con el exterior.

O resultado expressa-se através do ritmo estrutural da fachada, onde os vãos e as varandas estabelecem o contraponto que revela a aleatoriedade dos apartamentos no interior do edifício. A composição dos vãos é concebida mais através da ausência de um muro de rigidez do que pela perfuração da fachada. A estrutura foi resolvida mediante uma estrutura rígida de betão que se liga aos muros de blocos para, em conjunto, formar uma fachada de sustentação que suporta o edifício. No sentido transversal, o edifício divide-se em duas galerias estruturais: a primeira (virada para o limite longo) funciona como um núcleo rígido de serviços, circulações e cozinhas, que ocupam o edifício nesse sentido; e a segunda (virada para a rua) como uma zona ligeira de lajes aligeiradas, lofts de madeira e paredes leves. Os apartamentos de um ou dois pisos resolvem-se livremente no interior da fachada, onde as alturas duplas e varandas estabelecem as relações com o exterior.

IX BIAU 235


Alfonso Reyes Building

edifício Alfonso Reyes

The building, of eight floors, is situated at the corner of the avenida Alfonso Reyes and the calle de Saltillo, in the colonia Condesa. The project’s proposal was to divide the longest side of the building to occupy the corner in a single volumetric gesture 17 metres in height.

Situación / Localização / Location Alfonso Reyes #225, Zona Condesa. méxico DF, méxico

The result is expressed through the structural rhythm of the façade, in which the openings and balconies provide a counterpoint, which reveals the randomness of the eight floors inside. The composition of the openings is created due to the absence of the wall (of rigidity), more than as a perforation in the façade. The structure is determined by means of rigid concrete frames, which are joined to the block walls to form together a load-bearing façade, which supports the building. Transversally, it is divided into two structural bays: the first, towards the longest side, functions as a fixed nucleus of services, passageways and kitchens which absorb the moments of the building in that direction; the second, on the street side, as a bay of lightened slabs, wooden staircases and thin walls. The first and second floors end freely at the inside of the façade, so that the double heights and the balconies establish the relationships with the outside.

Colaboradores / Collaborators Gabriel Ortiz, miguel montor, Rubén Oliveros

Autores / Authors Gabriela etchegaray, Jorge Ambrosi

Constructora / Construtora / Construction company Promotor / Promoter Grupo FG2 Fecha / Data / Date 2011-2012 Superficie / Superfície / Area 1.300 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 686.436,02 € Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 623.99 € Créditos fotográficos / Photographic credits Luis Gordoa Contacto / Contato / Contact info@amet.mx www.amet.mx

236 IX BIAU


IX BIAU 237


238 IX BIAU


IX BIAU 239


240 IX BIAU


IX BIAU

241


242 IX BIAU


IX BIAU 243


MEX019

La Tallera Siqueiros Frida Escobedo


La Tallera Siqueiros

La Tallera Siqueiros

La Tallera Siqueiros genera una relación que reconcilia el museo y el taller del muralista con el entorno por medio de dos simples gestos: abrir el patio del museo a la plaza adyacente y rotar los murales desde su posición original para que puedan ser vistos desde el espacio público. Este espacio fue construido originalmente en 1965 y se convirtió en la casa y estudio del muralista David Alfaro Siqueiros durante sus últimos años.

La Tallera Siqueiros gera uma relação que reconcilia o museu e a oficina do muralista com o seu entorno através de dois simples gestos: abrir o pátio do museu à praça adjacente e rodar os murais da sua posição original para que possam ser vistos a partir do espaço público. Este espaço foi construído originalmente em 1965 e converteu-se em casa e estúdio do muralista David Alfaro Siqueiros durante os seus últimos anos.

La Tallera es «una idea que desde 1920 teníamos Diego Rivera y yo, es decir la creación de un verdadero taller de muralismo donde se ensayaran nuevas técnicas de pinturas, materiales, aspectos geométricos, perspectivas, etcétera». Así es como el propio Siqueiros definió este espacio de trabajo, hoy en día un museo, taller y residencia artística enfocado a la producción de arte y a la critica. Al abrir el patio, el museo cede un espacio para actividades comunes, al mismo tiempo que se apropia de la plaza. Los murales concebidos originalmente para estar al exterior funcionan como vínculo visual y programático con la plaza, al contener la cafetería, librería y tienda del museo; y a la vez separan la residencia para artistas. Al rotar los murales se ponen en juego los elementos simbólicos de la sintaxis arquitectónica de la fachada –considerando la condición de poliangularidad en la obra de Siqueiros– que cambia la habitual relación entre la galería y el visitante. La distribución de estos espacios como juego de planos en muros y murales se devela al cruzar una celosía perimetral que delimita el contexto urbano; una pieza escultórica horizontal que resguarda la obra de Siqueiros

La Tallera é “uma ideia que tínhamos, desde 1920, Diego Rivera e eu, ou seja, a criação de uma verdadeira oficina do muralismo, onde se ensaiassem novas técnicas de pintura, materiais, aspectos geométricos, perspectivas, etc.”. Foi assim que o próprio Siqueiros definiu este espaço de trabalho, actualmente museu, oficina e residência artística, focado para a produção artística e para a crítica. Ao abrir o pátio, o museu cede um espaço para actividades comuns, simultaneamente apropriandose da praça. Os murais, inicialmente concebidos para estar no exterior, funcionam como vínculo visual e programático com a praça, ao conter a cafetaria, a livraria e a loja do museu; e, por sua vez, separam a residência para artistas. Ao rodar os murais põem-se em jogo os elementos simbólicos da sintaxe arquitectónica da fachada – considerando a condição de multiangularidade da obra de Siqueiros – que altera a relação habitual entre a galeria e o visitante. A distribuição destes espaços como jogo de planos em paredes e murais revela-se ao cruzar uma gelosia perimétrica que delimita o contexto urbano: uma peça escultórica horizontal que resguarda a obra de Siqueiros.

IX BIAU 245


The ‘Tallera Siqueiros’

La Tallera Siqueiros

The ‘Tallera Siqueiros’ creates a relationship which reconciles the museum and the muralist’s studio with the surroundings by means of two simple actions: opening the patio of the museum on to the adjacent square, and rotating the murals from their original position so that they can be seen from the public area. This space was originally made in 1965, and became the house and studio of the muralist David Alfaro Siqueiros in his last years.

Situación / Localização / Location Cuernavaca, Morelos

The ‘Tallera’ is “an idea which Diego Rivera and I have had since 1920, and it was to create a veritable studio for muralism where new painting techniques, materials, geometric aspects, perspectives, etcetera, could be tried out.” That is how Siqueiros himself defined this workplace, today a museum, studio and artists’ residence focused on the production of art and on criticism. By opening up the patio, the museum gives up a space for group activities whilst appropriating the square. The murals, originally intended to be outside, serve as a visual and programmatic link with the square, because it contains the cafeteria, bookshop and museum shop; and at the same time they separate the residence for artists. The rotation of the murals brings into play the symbolic elements of the architectural syntax of the façade – taking into consideration the polyangular aspect of Siqueiros’ work – to change the usual relationship between the gallery and the visitor. The distribution of these spaces as interplay of planes in walls and murals is revealed when one crosses a perimeter lattice, which delimits the urban context: a horizontal, sculptural piece, which protects the work of Siqueiros.

Autor / Author Frida Escobedo Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Frida Escobedo, Rodolfo Díaz Cervantes, Adiranne Montemayor, Adrian Moreau, Daniela Barrera, Fernando Cabrera, Luis Arturo García Castro Supervisión de obra / Supervisão da obra / Supervision of work Fernando Cabrera, Javier Arreola, Frida Escobedo Consultoría proyecto ejecutivo / Consultoria do projecto executivo / Executive project consultancy BulAu (Carlos Coronel / Héctor de la Peña) Diseño de mobiliario / Design de mobiliário / Furniture design Frida Escobedo Producción de mobiliario / Produção de mobiliário / Furniture production Klinai Constructora / Construtora / Construction company Francisco Álvarez Uribe (fase / phase 1) Grupo Mexicano (fase / phase 2) Promotor / Promoter Sala de Arte Público Siqueiros Propietario / Proprietário / Owner Sala de Arte Público Siqueiros-La Tallera Fecha / Data / Date 2010-2012 Superficie / Superfície / Area 2600 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget $28,400,000 Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 $13,398 Tallera $1,059 Plaza / Praça / Square $26,491 Librería / Livraria / Bookshop $31,166 Cafetería / Cafetaria / Cafeteria $11,019 Bodega / Armazém / Bodega $5,821 Casa / House Créditos fotográficos / Photographic credits Rafael Gamo Contacto / Contato / Contact info@fridaescobedo.net www.fridaescobedo.net

246 IX BIAU


IX BIAU 247


248 IX BIAU


IX BIAU 249


250 IX BIAU


IX BIAU

251




PAR020

Casa Talavera Arnaldo Acosta Aguirre y Adriana Vallet Vidal


Casa Talavera

Casa Talavera

La casa está ubicada en un lote suburbano en las cercanías de Ciudad del Este a 300 Km. de Asunción.

A casa está situada num lote suburbano, próximo de Ciudad del Este, a 300 km da cidade de Assunção.

El terreno se caracteriza por la frondosa vegetación propia del lugar y por un importante desnivel, que son las principales determinantes del proyecto.

O terreno é caracterizado pela frondosa vegetação própria do lugar e por um significativo desnível, constituindo ambos as determinantes principais do projecto.

Dos volúmenes perpendiculares entre sí, se insertan en el claro del terreno. El primero, que alberga al estar-comedor y servicio, despegado a 60 cm. del nivel de calle, está estructurado por dos vigas vierendel de 25 m. de longitud , se apoya en el punto de cambio de nivel natural del terreno y en el segundo volumen, que se asienta en la tierra y que alberga a los dormitorios.

Dois volumes perpendiculares entre si inserem-se na clareira do terreno. O primeiro, que alberga as salas de estar, de jantar e zonas de serviço, destaca-se 60 cm do nível da rua e está estruturado por duas vigas de vierendel de 25 m de longitude, apoiando-se no ponto de mudança de nível natural do terreno; o segundo volume assenta sobre terra e alberga as zonas de dormir.

El cerramiento de los laterales del primer volumen, se da por una sucesión de paneles de ladrillos vistos, separadas 20 cm. de la estructura de las vigas, lo que permite filtrar la luz natural, resaltar la textura y la calidez del ladrillo y dejar a la vista el funcionamiento de la estructura.

O fechamento dos laterais do primeiro volume faz-se através de uma sucessão de painéis de tijolo à vista, separados 20 cm da estrutura das vigas, o que permite filtrar a luz natural, realçar a textura e a calidez do tijolo e deixar à vista o funcionamento da estrutura.

En el cruce de ambos volúmenes, se interrumpe el ritmo de los paneles, dejando libre el paso a la terraza, que se constituye en el espacio principal de la casa y desde donde se dialoga con el verde del entorno, a la altura de las copas de los árboles que se caracterizan por su gran porte.

No cruzamento de ambos os volumes interrompe-se o ritmo dos painéis, deixando livre o acesso ao terraço, que se constitui no espaço principal da casa e a partir de onde se dialoga com o verde do entorno, à altura das copas das árvores que se caracterizam pelo seu grande porte.

IX BIAU 255


Casa Talavera

Casa Talavera

The house is situated on a suburban plot in the vicinity of Ciudad del Este, 300 km from Asunción. The terrain is characterized by the luxuriant vegetation, which is typical of the region, and by a sharp incline, both determining factors in the project.

Situación / Localização / Location Paraná Country Club - MZ RP5 lot. 05 Ciudad del Este. Paraguay

Two volumes, perpendicular to each other, are inserted into a clearing in the terrain. The first, which houses the livingroom/dining-room and the service area, is raised 60 cm above street level; its structure consists of two 25 metre-long Vierendeel beams, whose support is found at the natural point of level change between the land and the second volume, which is set on the ground and houses the bedrooms. The lateral closure of the first volume consists of a series of panels of exposed bricks, 20 cm away from the structure of the beams, thus allowing natural light to filter in, highlighting the texture and warmth of the brick and leaving the structural functioning exposed. At the junction of the two volumes, the rhythm of the panels is interrupted to leave open the passage to the terrace, which thus becomes the main area of the house, from which one may dialogue with the greenery of the surroundings; at the height of the tree canopies, they are characterized by their large size.

Autor / Author Arnaldo Acosta Aguirre, Adriana Vallet Vidal Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team Luis C. Rivarola, Julian Candia, Lorenzo Caire Colaboradores / Collaborators Miguel Brugada, Alberto Muñoz, Sebastian Aquino Constructora / Construtora / Construction company Ramón Cena Construcciones Promotor / Promoter Fernando Talavera Fecha / Data / Date 2011-2013 Superficie / Superfície / Area 320 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget US$166.000 Créditos fotográficos / Photographic credits Arnaldo Acosta Contacto / Contato / Contact arnaldo@acostavallet.com.py info@acostavallet.com.py www.acostavallet.com.py

256 IX BIAU


IX BIAU 257


258 IX BIAU


IX BIAU 259


260 IX BIAU


IX BIAU

261


262 IX BIAU


IX BIAU 263


par021

Casa Las Mercedes Lukas FĂşster


Casa Las Mercedes

Casa Las Mercedes

El proyecto de la Casa Las Mercedes consistió en intervenir en una casa chorizo, una tipología de vivienda paraguaya en la que todos los espacios se encuentran unidos entre sí, además vincularse con un espacio intermedio común, la galería. Esta tipología permite que los espacios sean polivalentes para ampliar la diversidad de usos que puede ofrecer la construcción. La propuesta adopta y potencia esta interconexión espacial al ampliar las aberturas entre estancias y alturas en un solo volumen, separado virtualmente en el estado preexistente.

O projecto da Casa Las Mercedes consistiu em intervir numa casa “chorizo” (tipologia de casa paraguaia onde todos os espaços estão unidos entre si e se vinculam, além do mais, com um espaço intermédio comum que é a galeria). Esta tipologia permite que os espaços sejam polivalentes, ampliando a diversidade de usos que se pode dar à construção.

El estado en el que se encontraba la vivienda, construida en los años cuarenta del pasado siglo, aproximadamente, era bastante deplorable por la humedad contenida, generada por numerosas goteras, y un techo al borde del colapso, debido a la presencia de cupi’i (termitas) en el maderamen. La intervención debía realizarse con un presupuesto mínimo (tres veces menor al precio de referencia por metro cuadrado), lo que implicaba recuperar materiales, reutilizar todo lo existente e introducir incluso materiales de descarte reciclados. Se procedió a desarmar el techo con el cuidado de recuperar las tejas, tejuelitas y maderamen (para recuperar los pedazos no afectados). Se eliminó el revoco en toda la obra, excepto en la fachada, para permitir que respirasen los muros y se demolieran gran parte de los muros interiores, para dejar así los arranques preexistentes. Las aberturas fueron recuperadas en su totalidad. Y las instalaciones fueron realizadas de nuevo, externas, para no dañar los muros preexistentes. El nuevo techo fue colocado de manera tradicional (techo de tejas de un agua), con la salvedad de que forma medio paraboloide; aunque se mantuvo la altura de asiento de los tirantes, el apoyo o cumbrera se colocó de forma ascendente hasta 1,60 m sobre la altura original, en un gesto que permite ampliar la altura de la casa, introducir luz natural y crear un nuevo entrepiso y acceso a una terraza y/o huerta exterior, sin perder por ello la configuración espacial de la casa original. Esta estrategia constructiva se realiza por medio de una viga de redondos con sección variable que sirve de caballete y de unión entre los tirantes. Y también permite introducir luz indirecta al separar el techo de los muros originales. El gran espacio creado, donde transcurre todo el programa de la vivienda (cocinar + comer + trabajar + descansar + dormir + aseo), solo se encuentra dividido por un muro giratorio de pallets de 2,40 x 2,60, que contiene la televisión para optimizar la polivalencia de dicho espacio. anexo a la casa antigua, se construyó un espacio que contiene los servicios higiénicos, el lavadero y un estudio taller. Este espacio se construye con medidas dictadas por la preexistencia, pero en clave contemporánea. El techo es una losa de hormigón que funciona como terraza y/o huerta, los muros y el piso exterior son de ladrillos recuperados de la demolición, los vidrios son de descarte y el único pilar de apoyo se realiza con madera recuperada de la demolición, mediante un sistema constructivo que enhebra maderos de descarte a compresión con una varilla de 16 mm (pretensados por dos probetas de hormigón armado). El resultado final es una «casa chorizo» con espacialidades adecuadas a una forma de vida contemporánea sin descartar el genius loci preexistente en la construcción y en el paisaje circundante.

a proposta adopta esta interconexão espacial e potencia-a, ampliando as aberturas entre espaços e alturas, criando um só espaço separado virtualmente pela preexistência. O estado em que a moradia, construída aproximadamente nos anos 1940, se encontrava era bastante deplorável pela humidade contida, gerada por numerosas infiltrações e por um telhado à beira do colapso pela presença de “cupi’i” (térmitas) no madeirame. a intervenção deveria realizar-se com um orçamento mínimo (3 vezes menor do que o preço de referência por m2), o que implicava recuperar materiais, reutilizar tudo o que existia e introduzir materiais descartados reciclados. procedeu-se à desmontagem do telhado, com o cuidado de recuperar telhas, ripas e madeirame (reabilitando as partes não afectadas). Eliminou-se o reboco em toda a obra, excepto na fachada, para permitir que as paredes respirassem, e demoliram-se zonas de parede interior, deixando os arranques preexistentes. as aberturas foram recuperadas na totalidade, o mesmo acontecendo com alguns pavimentos. Canalizações e outras instalações foram realizadas de novo, externamente, para não danificar as paredes existentes. O novo telhado foi colocado à maneira tradicional de um telhado de telhas de uma água, com a excepção de que forma um meio parabolóide (manteve-se a altura de assentamento de tirantes, mas o apoio/cumeeira foi colocado de forma ascendente, até 1,60 m acima da altura original), num gesto que permite ampliar a altura da casa, introduzir luz natural e criar um piso intermédio e acesso a um terraço/horta exterior, sem perder a espacialidade da casa original. Esta estratégia construtiva realiza-se por meio de uma “viga” de barras com secção variável que faz de cavalete de telhado e de união entre os tirantes. permite também introduzir luz indirecta ao separar o telhado das paredes originais. O grande espaço gerado, onde decorre todo o programa da casa (cozinhar, comer, trabalhar, descansar, dormir, limpeza) apenas se encontra dividido por uma parede giratória de paletes recuperadas de 2,40 x 2,60 m, que contém a televisão para optimizar a polivalência do referido espaço. Em anexo à casa antiga, construi-se um espaço que contém os quartos de banho, a lavandaria e um estúdio/oficina. Este espaço construiu-se com medidas ditadas pela preexistência, mas em termos contemporâneos. O telhado é uma laje de betão que funciona como terraço/horta, as paredes e o revestimento exterior são em tijolo recuperado da demolição, os vidros são recuperados e o único pilar de apoio realizou-se com madeira recuperada da demolição com um sistema construtivo que insere madeira descartada por compressão mediante uma barra de 16 mm com pré-tensionamento em duas provetas de betão armado. O resultado final é uma casa “chorizo” com espaços adequados a uma forma de vida contemporânea, sem descartar o genius loci preexistente na construção e na paisagem circundante.

IX BIAU 265


Las Mercedes House

Casa/Taller Las Mercedes

The Casa Las Mercedes project consisted of intervening in a chorizo house, a typology of paraguayan home in which all the spaces are joined together, as well as being connected to a common intermediate space, the gallery. This typology allows the spaces to be polyvalent, thus widening the diversity of uses provided by the building. The proposal adopts and increases this spatial interconnection by widening the openings between parlors and heights into one single volume, virtually separated in the pre-existing state.

Situación / Localização / Location Valois rivarola 843. asunción, paraguay

The home, whose approximate date of construction was in the 1940s, was found in a deplorable state because of the humidity it contained, caused by numerous leaks, and because its roof was on the point of collapsing, due to the presence of termites in the woodwork. There was a minimal budget for the intervention (one third of the reference price per square metre), so it was necessary to recover materials, re-use all the existing ones, and even introduce materials that had been discarded and then recycled. The roof was dismantled, and great care was taken to recover the tiles, shingles and woodwork (to retrieve the unaffected pieces). The rendering was removed from the whole building except the façade, to allow the walls to breathe, and most of the interior walls were demolished, leaving the original beginnings. all the openings were recovered. and the installations were fitted again, outside, so as not to damage the pre-existing walls. The new roof was arranged in the traditional manner (a tiled, monopitch roof), except for its half-paraboloid shape; although the height of the seating of the tie-beams was maintained, the support or ridge ascended to 1.60 m above the original height, an action which enabled the height of the house to be increased, more natural light to enter, and the creation of a new mezzanine and access to a terrace and/or exterior vegetable garden, without losing the spatial configuration of the original house. This constructional strategy is implemented by means of a beam composed of reinforcing bars of variable cross-section which serves as a base and a joint between the tie-beams. and it also allows the entry of indirect light by separating the roof from the original walls. The large space created, where all the activity of the household takes place (cooking + eating + working + relaxing + sleeping + toilet), is divided only by a revolving wall of 2.40 x 2.60 pallets, which contains the television, so as to optimize the polyvalence of the space. Next to the old house an area was constructed to house the sanitary facilities, the laundry and a studio/workshop. It was built in accordance with the dimensions imposed by the pre-existing structure, but in a contemporary style. The roof is a concrete slab which functions as a terrace and/or vegetable garden, the walls and the exterior floor are of brick recovered from the demolition, the glasswork is from discarded glass, and the single supporting pillar is made of wood recovered from the demolition, using a constructional system which threads discarded wood under compression with a 16 mm-rod (pre-stressed by two reinforced concrete cylinders). The final result is a chorizo house whose spatialities are suitable for a contemporary way of life without detracting from the genius loci pre-existing in the building and in the surrounding landscape. 266 IX BIAU

Autor / Author Lukas Fúster Colaboradores / Collaborators patricia Troche, Carla Bento da Silva Constructora / Construtora / Construction company Promotor / Promoter Propietario / Proprietário / Owner Lukas Fúster Fecha / Data / Date 2011-2012 Superficie / Superfície / Area 137 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 80.000.000 Gs. US$20.000. 13.500 € Créditos fotográficos / Photographic credits Lukas Fúster, Tamara Napout, Jessica Goldenberg, anita Vigo Contacto / Contato / Contact lukasfuster@gmail.com arq.lukasfuster.blogspot.com



30%

pe

e ent ndiie

50

%

p

d en

ien

te

intervenci贸n sobre existente intervenci贸n ci贸n nueva nuev

268 IX BIAU

pen

die

nte

orig

ina

l


IX BIAU 269


270 IX BIAU


IX BIAU

271


272 IX BIAU


IX BIAU 273


PAR022

Vivienda BOCETO Luis Alberto Elgue Sandoval y Cynthia SolĂ­s Patri


BOCETO

ESBOÇO

En un tiempo donde todo es desechable... donde casi todo es consumo rápido y desecho, para luego volver a consumir y desechar; donde el sector de la construcción es responsable de gastar aproximadamente el 65% de los recursos naturales, el 40% de la energía y generar el 50% del total de los residuos del planeta. A la cantidad de energía que se requiere para calentar hornos industriales, para producir cemento, acero, cal, material cerámico, vidrio, aluminio, etc., se le suma la cantidad de energía necesaria para la ejecución de las obras, además la que se requiere para transportar los materiales de un continente a otro, y finalmente la que se consume en los edificios.

Num tempo em que tudo é descartável… em que quase tudo é consumo rápido e dejecto, para logo a seguir voltar a consumir e a deitar fora; onde o sector da construção é responsável pelo gasto de aproximadamente 65% dos recursos naturais e 40% da energia e por gerar 50% do total de resíduos do planeta. À quantidade de energia imprescindível para aquecer os fornos industriais que produzem cimento, aço, cal, material em cerâmica, vidro, alumínio, etc., soma-se a quantidade de energia necessária para a execução das obras, além da exigida para transportar os materiais de um continente para o outro e, finalmente, a que se consome nos edifícios.

Se plantea la alternativa de la reutilización de materiales de desecho y de recuperación como un desafío particular y colectivo, como exploración de posibilidades para mitigar ese impacto de daño ambiental descrito.

Considerámos a alternativa de reutilização de materiais reciclados e recuperados como um desafio particular e colectivo; como exploração de possibilidades para mitigar esse prejuízo ambiental descrito.

Se produce entonces una suerte de alquimia, para convertir ese material ignorado, ese escombro estorbo, en el protagonista principal de la obra, en material resucitado entre los muertos, vuelto a nacer para que vigorosamente reescriba en complicidad con la luz una historia cargada de dignidad y optimismo...

Produz-se então uma espécie de alquimia, para converter esse material ignorado, esse escombro/estorvo, em protagonista central da obra, material ressuscitado de entre os mortos, renascido para vigorosamente reescrever, em cumplicidade com a luz, uma história carregada de dignidade e de optimismo…

El encargo consiste en un espacio híbrido: vivienda/taller, habitación/trabajo, vida/sustento, en el que cada parte puede funcionar independientemente o como una mono pieza... una unidad productiva urbana.

A encomenda consiste num espaço híbrido: moradia/oficina, habitação/trabalho, vida/sustento; onde cada parte pode funcionar independentemente ou como uma monopeça… uma unidade produtiva urbana.

El proyecto surge de la demolición y desmantelamiento total de una construcción existente (ladrillos, maderamen, tejas, tejuelas, aberturas, artefactos eléctricos y sanitarios, etc.), aunque dejando en pie algunas paredes y utilizando en su totalidad estos materiales recuperados en la nueva obra. En el caso del ladrillo, se asume la porosidad matérica implícita en el uso de estos materiales recuperados y sin selección, razón por la cual se entiende la obra con la idea de un dibujo a mano alzada de trazo grueso, como un boceto; para renunciar de manera intencionada a una «buena terminación».

O projecto surge da demolição e desmantelamento total de uma construção existente (tijolos, madeiras, telhas, azulejos, aberturas, equipamentos eléctricos e sanitários, etc.), deixando de pé algumas paredes e utilizando na totalidade estes materiais recuperados na nova obra. No caso do tijolo, assumindo claramente a porosidade matérica implícita no uso destes materiais recuperados e sem selecção; razão pela qual assumimos a obra com a ideia de um desenho feito à mão, a traço grosso, como um esboço; renunciando intencionalmente ao “bom acabamento”.

Se identifican las paredes existentes con el revoco y color para dejar al descubierto la piel porosa nueva. Se ensayan criterios de arquitectura bioclimática, al proponer unos poros de respiración en el ladrillo común hueco para circulación natural de aire que, empotrados en los muros y losas, se orientan hacia los vientos dominantes, con lo que se reduce el uso de aparatos de aire acondicionado. Estos poros proyectan además mosaicos de luz en el piso según avance el día, como marcas del paso del tiempo en el espacio.

Identificámos as paredes existentes com reboco e cor; deixando a descoberto a nova pele porosa. Ensaiámos critérios de arquitectura bioclimática; propondo uns poros de respiração em tijolo comum oco, encaixados em paredes e lajes para circulação natural do ar, orientados no sentido dos ventos dominantes; com isto reduzimos o uso de aparelhos ar condicionado. Estes poros, além do mais, projectam no chão mosaicos de luz consoante o dia avança, como marcas da passagem do tempo no espaço.

El sistema de extracción de aire caliente funciona por convección, con la utilización de ventanas bajas para la entrada de aire y altas para su salida. También se proponen unos paneles difusores de luz retráctiles para la iluminación natural por doble rebote en placas y techo, con lo que se logra la disminución del uso de iluminación artificial durante el día.

Um sistema de extracção do ar quente por convecção, com a utilização de janelas baixas para a entrada de ar e altas para a saída. Também propusemos painéis retrácteis difusores de luz, para iluminação natural por ricochete em placas e tecto, conseguindo assim diminuir o uso de iluminação artificial durante o dia.

Ante la imposibilidad de cortar los vidrios templados recuperados, se empotran en pisos o muros, para ajustar así la medida según cada necesidad. Para la carpintería de madera fueron usados residuos de embalajes tipo palés. La gran mayoría de los artefactos de iluminación fueron reutilizados de la construcción demolida. El coste total de la obra fue de 13.000 dólares americanos por 140 m2 construidos, lo que supone mucho menos de la mitad del coste de una construcción tradicional en Paraguay.

Perante a impossibilidade de cortar os vidros temperados recuperados, encaixamo-los em pisos ou paredes, ajustando assim a medida segundo a necessidade. Para a carpintaria de madeira foram usados resíduos de embalagens, tipo paletes. A grande maioria dos artefactos de iluminação foram reutilizados da construção demolida. O custo total da obra é de 13.000 USD por 140 m2 construídos, o que significa muito menos da metade do custo de uma construção tradicional no Paraguai.

El edificio ofrece una doble lectura en su imagen: por su condición hermética, de día absorbe las imágenes de la vegetación circundante mediante su sombra, como una pantalla de proyección que va mutando a lo largo de las horas; por la noche y bajo los efectos de la luz, la piel vibra y los poros de respiración proyectan sombras a modo de trazos, como si de un boceto se tratara.

A imagem do edifício tem uma dupla leitura: pela sua condição hermética, de dia absorve as imagens da vegetação circundante por sombra, como um ecrã de projecção que vai mudando ao longo das horas; à noite, sob os efeitos da luz, a pele vibra e os poros de respiração projectam sombras como um tracejado, como se de um esboço se tratasse… IX BIAU 275


SKETCH A time when everything is disposable… when almost everything is for rapid consumption and disposal, and is then to be consumed and disposed of again, when the construction industry is responsible for using approximately 65% of all natural resources and 40% of the energy, and for generating 50% of all the planet’s waste. To the amount of energy which is required to heat industrial furnaces, to produce cement, steel, lime, ceramic material, glass, aluminium, etc., must be added the amount of energy needed for the execution of the works, as well as that required for the transport of the materials from one continent to another, and finally that which is consumed inside the buildings. It has been suggested that, as an alternative, discarded materials could be recovered and re-used, and this is regarded as a challenge for individuals and for groups, as an exploration of possible ways of mitigating this damage to the environment. So a magical alchemy occurs, converting this unheeded material, this obstructive debris, into the star player, into material brought back from the dead, born again so that it can vigorously re-write, in complicity with the light, a story charged with dignity and optimism… The assignment consists of a hybrid area: home/workshop, room/work, life/sustenance, in which each part can function independently or as a one-piece… a productive urban unit. The project arises from the demolition and complete dismantling of an existing construction (bricks, woodwork, tiles and pieces of tile, vents, electrical and sanitary appliances, etc.), but leaving some walls standing, and using all the recovered materials in the new work. In the case of the brick, the material porosity implicit in the use of these recovered materials is accepted because they are not selected, so the work is regarded with the idea of a broad-brush drawing, like a sketch; deliberately refusing a “good finishing”. The existing walls are identified with rendering and colour so as to leave the new, porous skin exposed. Criteria of bioclimatic architecture are tested, by proposing breathing pores in the common hollow brick for the natural circulation of air. Embedded in the walls and slabs, they are orientated towards the prevailing winds,allowing the use of air-conditioning equipment to be reduced. These pores also project mosaics of light on to the floor as the day advances, marking the passage of time. The system to extract hot air functions by convection, using low windows for the entry of the air and high ones for its exit. Retractable light-diffusing panels are also proposed for natural lighting by ‘double bouncing’ off panels and ceiling, thus reducing the use of artificial light during the day. Given the impossibility of cutting the recovered tempered-glass pieces, they are embedded in floors or walls to adjust their dimensions as required. For the carpentry in wood, packing residues of the pallet type were used. Most of the lighting equipment from the demolished building was re-used. The total cost of the works was 13,000 U.S. dollars for 140 m2 constructed, which was much less than half the cost of traditional construction in Paraguay. The image of the building can be interpreted in two ways: its hermetic aspect, by day absorbing the images of the surrounding vegetation through its shadows, like a screen projection which changes hour by hour; and by night, under the effects of the light, with its skin vibrating and its breathing pores projecting shadows as brush-strokes, as if a sketch was being created. 276 IX BIAU

BOCETO Situación / Localização / Location Calle Teniente Héctor Vera 1.666 casi Avenida San Martin Ciudad de Asunción, Paraguay Autores / Authors Luis Alberto Elgue Sandoval, Cynthia Solís Patri Colaborador / Collaborator Cecilia Román Diseño Interior e iluminación / Design de Interiores e Iluminação / Interior & Lighting design Estudio ELGUE y Asociados Provisión de vidrios templados recuperados / Fornecimento de vidros temperados recuperados / Supply of recovered tempered glass Casa Marco Constructora / Construtora / Construction company Estudio ELGUE y Asociados Promotor / Promoter Propietario / Proprietário / Owner Particular Fecha / Data / Date 2012-2013 Superficie / Superfície / Area 140 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget US$ 13.000 Créditos fotográficos / Photographic credits Luis Alberto Elgue, Marcelo Sandoval Contacto / Contato / Contact lelgues@hotmail.com


IX BIAU

277


278 IX BIAU


IX BIAU 279


280 IX BIAU


IX BIAU

281


282 IX BIAU


IX BIAU 283


PER023

Colegio Santa Elena de Piedritas Elizabeth Milagros Añaños Vega y Carlos Andrés Restrepo Plata


Escuela Santa Elena de Piedritas

Escola Santa Elena de Piedritas

Santa Elena de Piedritas es una escuela ubicada en un caserío en la costa norte del Perú, que se inserta en un paisaje desértico donde la precariedad y la aridez del clima fueron los puntos de partida para abordar el encargo. El proyecto consiste en la ampliación de cuatro módulos de la escuela y el diseño de exteriores. Una de las premisas fue construir una estrategia para habitar el desierto, un pequeño paisaje donde los niños y pobladores de Piedritas pudieran llegar a construir memoria. Existe un déficit de infraestructura pública en ciudades cercanas al lugar como Lobitos y Talara, por lo que el papel de la escuela para la comunidad de Piedritas tenía que ser la de catalizador de capital social. Bajo estas premisas, el proyecto asumió el reto de incluir a los distintos actores de la comunidad en los distintos procesos de gestión y construcción de la escuela. Desde la concepción del proyecto se elaboraron talleres participativos en los que se identificaron las oportunidades y debilidades del entorno. Los resultados de estos talleres pusieron en evidencia la importancia de la sombra y de los patios para las actividades en el exterior que sugiere el programa educativo. Por otro lado, se debía pensar en una estrategia de implantación que incluyera la infraestructura existente y la potenciara, así como entender sus deficiencias espaciales, materiales y contemplar las posibles ampliaciones a futuro.

Santa Elena de Piedritas é uma escola situada num casario na costa norte do Peru, inserida numa paisagem desértica onde a precariedade e a aridez do clima foram os pontos de partida para abordar o encargo. O projecto consistiu na ampliação dos quatro módulos da escola e na configuração do exterior. Uma das premissas foi estabelecer uma estratégia para habitar o deserto, uma pequena paisagem onde as crianças e os habitantes de Piedritas possam chegar a construir memória. Existindo um déficit de infraestruturas públicas nas cidades próximas do local, como Lobitos e Talara, o papel da escola para a comunidade de Piedritas tinha de ser o de um catalizador de capital social. Sob estas premissas, o projecto assumiu o desafio de incluir os diversos agentes da comunidade nos diferentes processos de gestão e construção da escola. Logo desde a concepção do projecto, elaboraram-se oficinas participativas, onde se identificaram as oportunidades e debilidades do entorno. Os resultados destas reuniões puseram em evidência a importância da sombra e dos pátios para as actividades no exterior sugeridas pelo programa educativo. Por outro lado, era necessário pensar numa estratégia de implantação que incluísse a infraestrutura existente e a potenciasse, entendendo as suas deficiências espaciais, materiais, e que contemplasse possíveis ampliações no futuro. Grelha/ Rua de sol e sombra

Grilla/ Calle de sol y sombra Este elemento estructura los vacíos y los módulos existentes, delimitando patios temáticos que posibilitan programas eventuales y múltiples ocupaciones. Las calles bajo el sol y sombra funcionan como conectores y espacios de ocio techados, y cuentan con diferente proporción según su ubicación dando la jerarquía a los ejes principales de circulación. Este elemento, de estructura de metal reciclado y cobertura en caña brava, es un sistema flexible que puede adaptarse para permitir el crecimiento.

Este elemento vai estruturando os vazios e os módulos existentes, delimitando pátios temáticos que possibilitam programas eventuais e ocupações múltiplas. As ruas debaixo de sol e sombra funcionam como elos de ligação e espaços de ócio cobertos, e têm uma diferente proporção segundo a sua localização, hierarquizando os eixos importantes de circulação. Este elemento, de estrutura de metal reciclado e cobertura em cana-brava, é um sistema flexível que pode adaptar-se, permitindo o crescimento. Módulos polivalentes

Módulos polivalentes Cuatro aulas se disponen en el terreno de acuerdo a su zonificación: dos aulas de pre-escolar se ubican al norte de la losa deportiva para crear un patio entre ellas, y un aula de primaria y otra multiusos se disponen respectivamente al oeste de las aulas existentes. Son células que actúan como contenedores de actividad, pero al mismo tiempo se plantean la posibilidad de dilatación a través de una de sus fachadas, para permitir así la versatilidad en su uso: escuela, reunión comunitaria.

Quatro salas de aula dispõem-se no terreno de acordo com o seu zoneamento: duas salas de aula do pré-escolar situam-se ao norte da área desportiva, gerando um pátio entre elas; uma sala de aula da primária e uma sala multi-usos dispõem-se respectivamente a oeste das salas de aula existentes. São células que actuam como contentores de actividade, mas que ao mesmo tempo encaram a possibilidade de dilatação através de uma das suas fachadas, permitindo versatilidade no seu uso: escola, reunião comunitária. Pátios temáticos

Patios temáticos Los patios recogen el imaginario de los niños para incorporar temáticas particulares que se alternan con diversos patrones de uso. Es un espacio en construcción alimentado a través de los talleres participativos realizados al inicio del proyecto. Los patios son síntesis del paisaje, e incorporan elementos del recorrido del autobús de la escuela, elementos de pesca como un barco encontrado en las playas de Talara, vegetación nativa y piezas recicladas convertidas en mobiliario que a la vez son juguetes.

Os pátios recolhem o imaginário das crianças, incorporando temáticas particulares que se alternam com diversos padrões de uso. É um espaço em construção, alimentado através das oficinas participativas realizadas no início do projecto. Os pátios são síntese da paisagem, incorporam elementos do percurso do autocarro da escola, elementos de pesca, como um barco encontrado nas praias de Talara, vegetação endémica e peças recicladas transformadas em mobiliário que por sua vez são brinquedos.

Apropiación y memoria

Apropriação e memória

El proyecto incorpora en diversas escalas el uso de materiales reciclados que provienen de depósitos de empresas en Talara, desechos minerales de otras construcciones y perfiles metálicos en desuso de las empresas de petróleo particulares de la zona. La decisión de emplear materiales reciclados no solo tiene sentido en términos de sostenibilidad, sino que incorpora memoria del lugar y sentido de pertenencia.

O projecto incorpora em muitas escalas o uso de materiais reciclados provenientes de depósitos de empresas em Talara, resíduos minerais de outras construções e perfis metálicos em desuso das empresas de petróleo particulares da zona. A decisão de empregar materiais reciclados não só faz sentido em termos de sustentabilidade, como incorpora a memória do lugar e o sentido de pertença. IX BIAU 285


The School of Santa Elena de Piedritas

Colegio Santa Elena de Piedritas

Santa Elena de Piedritas is a school in a hamlet on the north coast of Peru, inserted into a desert landscape where precariousness and the aridity of the climate were the starting points from which to approach the assignment. The project consisted of extending the four modules of the school, and design work on the exterior parts. One of the requirements was to develop a strategy for inhabiting the desert, a little landscape in which the children and the population of Piedritas could come to building memories. There was a shortage of public infrastructure in nearby cities such as Lobitos and Talara, so the School’s rôle in the community of Piedritas had to be that of a catalyst for the social capital. On this basis, the project accepted the challenge of including the different players of the community in the different processes of organizing and constructing the School. Starting from the design of the project, participative workshops were formed, in which the opportunities and the drawbacks of the surroundings were identified. These workshops revealed the importance of shade and of patios for the outdoor activities of the educational programme. It was also necessary to consider an implementation strategy which would include and exploit the existing infrastructure, while understanding its spatial and material deficiencies and considering possible future extensions.

Situación / Localização / Location Caserío de Piedritas, Talara, Piura, Perú

Grille/ Path of sun and shade This element organised the spaces and the existing modules, marking out thematic patios for future programmes and multiple activities. The sunny and shady paths serve as connectors and covered leisure areas, and have different proportions depending on their locations, in view of the hierarchy of the main axes of movement. This element, made of recycled metal covered with wild cane, is a flexible system that can be adapted to allow future extension. Multi-use modules Four classrooms are arranged on the site in zones: two preschool classrooms are situated to the north of the playground, with a patio between them, while a primary classroom and a multi-use room are sited to the west of the other classrooms. mThey are cells functioning as containers of activity, but at the same time, consideration is being given to the possibility of extending through one of the façades, thereby allowing versatility in its use: school or community meeting-room. Thematic patios The patios can capture the imagination of the children by incorporating particular themes which are alternated with different patterns of use. This is an area which is under construction, using ideas from the participative workshops of the project’s beginnings. The patios are syntheses of the landscape, and include parts of the route of the school bus, fishing items such as a boat that was found of the beach of Talara, native vegetation and recycled pieces converted into furniture, and which are toys at the same time. Appropriation and memory The project includes, on several different scales, the use of recycled materials from the warehouses of Talara companies, mineral waste from other constructions and disused metallic profiles from the oil companies in the area. The decision to use recycled materials not only makes sense in terms of sustainability, but also creates memories of the place and the sense of belonging to it. 286 IX BIAU

Autores / Authors Elizabeth Milagros Añaños Vega, Carlos Andrés Restrepo Plata Proyecto arquitectónico / Projecto arquitectónico / Architectural project Taller Cotidiano (Elizabeth Añaños) + Carlos Restrepo Gestión de proyecto / Gestão do projecto / Project Management Architecture for Humanity (Gretchen Mokry, T. Luke Young, Diego Collazos, Carolina Libardi) Supervisión de obra / Supervisão da obra / Supervision of the works Gestión social comunitaria / Gestão social comunitária / Social community management Architecture for Humanity (Jesús Porras, Eugenia Zoubtchenko) & Taller Cotidiano (Elizabeth Añaños) + Carlos Restrepo Financiación / Financiamento / Financing Enel Cuore Onlus Gestión local / Gestão local / Local Management EEPSA Construcción civil / Construção civil / Civil construction Corporación Huascaran SAC (Antonio Gil) Construcción proyectos comunitarios / Construção projectos comunitários / Community projects construction Madres y estudiantes de la Institución Educativa Santa Elena de Piedritas Residencia de obra / Residência da obra / Works Management Jimmy García Proyecto de ingeniería y especialidades / Projecto de engenharia e especialidades / Project of engineering and specialities José Caytuiro Consultor de ingeniería / Consultor de engenharia / Engineering consultant Emilio Rueda Promotor / Promoter Architecture for Humanity Propietario / Proprietário / Owner Escuela Santa Elena de Piedritas Fecha / Data / Date 2012-2013 Superficie / Superfície / Area 445 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget $134662 USD Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 $302 Créditos fotográficos / Photographic credits Jesús Porras Montesinos, Stanislas Naudeau, Carlos Restrepo, Elizabeth Añaños Vega Contacto / Contato / Contact elizabeth@tallercotidiano.com carlosrestrepo.arq@gmail.com


IX BIAU 287


288 IX BIAU


IX BIAU 289


290 IX BIAU


IX BIAU

291


292 IX BIAU


IX BIAU 293


POR024

Casa CZ InĂŞs Vieira da Silva e Miguel Vieira


Casa C/Z

Casa C/Z

El objetivo de este proyecto es que la casa se abra hacia el variado paisaje que se ve desde el punto más alto del terreno. Partiendo de un conjunto de cuatro volúmenes separados entre sí, y siguiendo la pauta de la arquitectura tradicional de adaptación al terreno, se proyectó el espacio resultante entre esos cuatro volúmenes como un espacio cuyas paredes serían la continuación de las fachadas exteriores y donde sólo el cristal separa el exterior y el espacio interior de la casa.

Esta casa pretende abrir-se sobre as variadas paisagens que do ponto mais alto do terreno se avistam. Partindo de um conjunto de volumes separados entre si, e seguindo a adaptação da arquitectura tradicional ao terreno, desenhou-se o espaço resultante entre os quatro volumes como espaço de estar, cujas paredes são a continuidade das fachadas exteriores e onde apenas o vidro faz a separação entre o exterior e o espaço interior da casa.

Según el viento predominante o la vista pretendida, la casa se abre hacia cualquier punto del paisaje, y su conexión y permeabilidad con el exterior es total.

Consoante o vento predominante ou a vista pretendida, a casa abre-se às várias paisagens e a sua ligação e permeabilidade com o exterior é total.

El volumen macizo en madera oscurecida se transforma en cuatro volúmenes cuando los grandes paños de cristal se abren, lo que permite su prolongación sobre las varias plataformas de la casa.

O volume maciço em madeira escurecida transforma-se em quatro volumes quando os grandes panos de vidro se abrem permitindo o prolongamento sobre as várias plataformas da casa.

Para la construcción del edificio se usó un sistema de prefabricación que fue concebido especialmente para lograr la calificación A+ en términos de eficiencia energética.

Utilizou-se um sistema de pré-fabricação para a construção deste edifício que foi concebido de forma a obter a classificação A+ do ponto de vista da sua eficiência energética.

IX BIAU 295


C/Z House

Casa C/Z

The aim of this project is to make the house open on to the varied landscape, which can be seen from the highest point of the plot. Starting from a group of four separated volumes, and following the traditional pattern of adapting the architecture to the terrain, the area between the four volumes was planned as a space whose walls would be the continuation of the exterior façades, and where the interior of the house was separated from the outside only by glass.

Situación / Localização / Location Beco da cerca, 2. 9940 São Roque do Pico Ilha do Pico - Açores. Portugal Autor / Author Inês Vieira da Silva, Miguel Vieira Colaboradores / Collaborators João do Vale Martins, Inês Martins

Depending on the prevailing wind or the view which is desired, the house can be opened on to any part of the landscape, and its permeability and connection with the exterior are total.

Becario / Estagiários / Intern Daniel Mentech

The solid volume in darkened wood is transformed into four volumes when the large sheets of glass are opened, which allows its continuation along the house’s various platforms.

Energías renovables / Energias renováveis / Renewable energies NaturalWorks - Engineering Consultants

To construct the building use was made of a system of prefabrication, which was specially designed to obtain the A+ classification for energy efficiency.

Paisajismo / Paisagismo / Landscaping Victor Beiramar Diniz Mobiliario / Mobiliário / Furnishing SAMI com Loja Nord Constructora / Construtora / Construction company Engiaço-Construções Técnicas Lda Fecha / Data / Date 2007-2011 Superficie / Superfície / Area 357 m2 Créditos fotográficos / Photographic credits FG + SG fotografia de arquitectura Contacto / Contato / Contact ines@sami-arquitectos.com www.sami-arquitectos.com

296 IX BIAU


IX BIAU 297


298 IX BIAU


IX BIAU 299


300 IX BIAU


IX BIAU

301


302 IX BIAU


IX BIAU 303


por025

Escola de Leรงa do Balio aNC arquitectos (Teresa Maria Dias Novais Gonรงalves)


Escuela para 200 niños de primaria y 40 niños de infantil en Leça de Balio

Escola para 200 crianças de 1º Ciclo do Ensino Básico e 40 crianças de Jardim de Infância em Leça de Balio

proyectar para la ciudad

Desenhar para a cidade

Situada junto a la escuela de 2º y 3er ciclo de primaria ya existente, la nueva escuela construida sobre la calle conforma la entrada al conjunto. Una rampa conduce a la escuela existente y organiza los movimientos de los alumnos de 2º y 3er ciclo en el exterior, mientras que dos bloques paralelos, cuyas dimensiones están definidas por la escuela existente, siguen la línea de la rampa para crear espacios de recreo en diferentes niveles y distintos usos. Los alpendres, la rampa de acceso, el bloque de conexión y la escalinata exterior mezclan la construcción con los espacios exteriores.

Localizada junto da escola dos 2º e 3º ciclo do ensino básico, já existente, a nova escola, sobre a rua, forma a entrada do conjunto. Uma rampa conduz à escola existente e organiza os movimentos dos alunos dos 2º e 3º ciclos no exterior, enquanto dois blocos paralelos, de dimensões definidas pela escola existente, acompanham a encosta e desenham espaços de recreio em diferentes níveis e de diferentes valências. os alpendres, a rampa de entrada, o corpo de ligação e a escadaria exterior, entrelaçam o construído com os espaços exteriores.

Moldear los espacios con luz natural

Modelar os espaços com a luz natural

La rampa se ve acentuada por cortes altimétricos en cada uno de los bloques que, en el interior, crean dos alturas: una más baja, para las aulas, y otra más alta, para los espacios comunes como la cantina, el gimnasio y la biblioteca.

A adaptação à encosta acentua-se por recortes altimétricos em cada um dos blocos, que no interior criam duas alturas de compartimentos: uma mais baixa para as salas de aula e outra mais alta para espaços comuns como o refeitório, ginásio e biblioteca.

En las aulas, orientadas al norte, el ambiente neutro se vuelve íntimo con ventanas bajas con vistas al paisaje. Los espacios comunes, que se prolongan en los patios de recreo, amplios y bañados por la luz sur, son deliberadamente cálidos. Un gran número de claraboyas completan el efecto recortado de la cubierta al puntuar con luz del cuadrante sur las salas y los espacios auxiliares, y con luz del cuadrante oriental los espacios de circulación y de servicios. Esta forma de moldear el espacio a través de la luz va más allá del diseño convencional de «escuela con pasillo en el medio», cuya métrica repetitiva se acentúa con el uso de aberturas de dimensiones siempre iguales.

Nas salas de aula, voltadas a norte, o ambiente neutro torna-se íntimo com as suas janelas baixas sobre a paisagem. Nos espaços comuns, banhados pela luz sul e em continuidade com os recreios, o espaço amplo é deliberadamente quente. Inúmeros lanternins completam o efeito recortado na cobertura e pontuam com luz do quadrante sul as salas e os seus espaços apoio, e do quadrante nascente as circulações e serviços. Esta modelação espacial, pela luz, redesenha a matriz convencional de ”escola corredor a meio” de métrica repetitiva que se acentua pelo uso de aberturas sempre com a mesma dimensão.

Crear un espacio de uso no definido

Criar um espaço de uso não definido

por el contrario, el espacio central, en el que se ubica la entrada y a través del cual se conectan los dos niveles internos, permite, debido a la generosidad de sus dimensiones, usos no definidos. En el exterior, este bloque de enlace revela su ambigüedad: bien se identifica con la rampa de acceso, bien sirve de prolongación del recreo cubierto. Aquí, las aberturas son las adecuadas a cada fachada.

Em contraste, o espaço central, que acolhe a entrada e liga os dois níveis interiores, permite, pela generosidade da sua dimensão, usos não definidos. No exterior, este corpo de ligação exprime a sua ambiguidade: ora se identifica com a rampa da entrada, ora prolonga o recreio coberto. Aqui, as aberturas são apropriadas a cada face.

Transmitir disponibilidad

Transmitir disponibilidade

Superficies con matices pétreos, como el hormigón de diferentes texturas y colores y la arena agregada, junto con otras superficies orgánicas, como la madera y el corcho, refuerzan la identidad familiar del edificio, sólido, seguro, disponible y accesible a cualquier experiencia.

Superfícies de conotações 'pétreas', como o betão de diferentes texturas e cor e a areia agregada, temperadas por superfícies de conotações orgânicas, como a madeira e a cortiça, reforçam a identidade familiar do edifício, sólido, seguro, disponível e sem reservas para todas as vivências.

IX BIAU 305


A school for 200 children at primary level and 40 at Infant level, in Leça do Balio planning for the city Situated next to the existing school for the 2nd and 3rd cycles of primary education, the new school, constructed on the street, forms the entrance to the group. A ramp leads to the existing school and organizes the outside movements of the pupils in the 2nd and 3rd cycles, whilst two parallel blocks, whose dimensions are determined by those of the existing school, follow the line of the ramp, forming play areas at different levels and with different uses. The canopies, the access ramp, the connecting block and the outside steps link the construction to the exterior spaces. Moulding spaces with natural light The slope of the ramp is accentuated by altimetric differences in each of the blocks which create two heights inside: a lower one for the classrooms and another, higher, one for communal areas such as the canteen, the gymnasium and the library. In the classrooms, which are orientated towards the north, the neutral atmosphere becomes intimate, with views of the landscape through the low windows. The communal areas, which extend into the playgrounds ‒ spacious, and bathed in light from the south ‒ are deliberately warm. A large number of skylights complete the sharpened effect of the roof by punctuating the rooms and auxiliary spaces with light from the southern quadrant, and the passageways and service areas with light from the eastern quadrant. This way of using light to mould spaces goes beyond the conventional design of “a school with a corridor down the middle,” the repetitive metrics of which are accentuated by the use of openings whose dimensions are always the same. Creating a space for indeterminate use By contrast, the central area, where the entrance is located and through which the two interior levels are connected, allows, thanks to its generous dimensions, indeterminate uses. outside, this linking block reveals its ambiguity: it is either identified with the access ramp or it serves as an extension of the covered playground. Here, the openings are appropriate to each façade. Transmitting availability Surfaces with ‘stony’ overtones, such as concrete of different textures and colours, or sand-aggregate, together with other ‘organic’ surfaces such as wood or cork, reinforce the ‘family’ identity of the building, solid, sure, available and accessible to every experience.

Escuela de Leça do Balio Situación / Localização / Location rua D. Frei Manuel de Almeida de Vasconcelos Matosinhos. portugal Autor / Author Teresa Novais Coordinador del proyecto / Responsável pelo projecto / Project Manager Luísa Meneses Equipo de proyecto / Equipa do projecto / Project team João pedro Fernandes, pedro Loureiro, Ana Bacelar Arquitectura paisajista / Arquitectura Paisagista / Landscape architecture Victor Beiramar Diniz Estructuras / Estruturas / Structures Newton, Consultores de Engenharia LDA Carlos Lino Instalaciones eléctricas / Instalações Eléctricas / Electrical installations Gpic, projectos, Instalações e Consultoria L.da Fernando Aires Instalaciones mecánicas / Instalações Mecânicas / Mechanical installations Get, Gestão de Energia Térmica, Lda raúl Bessa Instalaciones hidráulicas / Instalações Hidráulicas / Hydraulic installations Newton, Consultores de Engenharia LDA Fernanda Valente Consultoría para eficiencia energética / Consultoria em Eficiência Energética / Consultancy for Energy Efficiency Miguel Nery Constructora / Construtora / Construction company Norasil Propietario / Proprietário / Owner Ayuntamiento de Matosinhos Fecha / Data / Date 2008-2013 Superficie / Superfície / Area 2.736 m2 + 3.757 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 2.187.046,26 € Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 337,00 € Créditos fotográficos / Photographic credits Daniel Malhão Contacto / Contato / Contact atelier@anc-arquitectos.com www.anc-arquitectos.com

306 IX BIAU


IX BIAU 307


308 IX BIAU


IX BIAU 309


310

IX BIAU


IX BIAU

311


312

IX BIAU


IX BIAU

313


POR026

Habitações em Valadas João Luís Carrilho da Graça


Viviendas en Valadas, «L’and Vineyards Resort», Montemor-o-Novo, 2007-2011

Casas no “L’and Vineyards Resort”, Valadas, Montemor-o-Novo, 2007-2011

Las viviendas en «L’and Vineyards Resort» se integran en un conjunto turístico hotelero residencial cercano a Montemor-oNovo. El emplazamiento está marcado por el perfil sinuoso del valle que desemboca en un lago artificial, ocupado por una viña común que se utilizada para la producción vinícola. Estas condiciones favorecen la ocupación del terreno a base de pequeños núcleos aislados proyectados por diferentes arquitectos, con varios ambientes y relaciones visuales con el entorno.

As casas no “L’and Vineyards Resort” integram-se num conjunto turístico hoteleiro e residencial, perto de Montemor-o-Novo. O sítio é marcado por uma linha de vale sinuosa, que desemboca num lago artificial, ocupada por uma vinha comum para produção vinícola. Estas condições favorecem a ocupação do território por pequenos núcleos isolados, com ambientes e relações visuais com a envolvente distintos, com projectos de diferentes arquitectos.

Las casas diseñadas por Carrilho da Graça se organizan en dos núcleos situados en la ladera norte: uno en una colina más alta y otro, el primero en construirse, en el valle correspondiente. Al conjunto se llega a través de un recorrido que conduce al espacio central de distribución, que cuenta con un macizo rocoso ya existente: un terreno evoca la tipología del «monte alentejano» –conjunto de construcciones agrupadas en la cima de una elevación en torno a un espacio central común, no formalizado–. La distribución radial también se vio influida por la geometría circular del área de intervención. Cada una de estos siete estilizados volúmenes se desarrolla a lo largo de la parcela para integrarse con el terreno y el paisaje. Su volumen paralelepípedo está marcado por un torreón a modo de remate que reproduce el perímetro circular del conjunto, y permite así que cada casa tenga vistas al castillo de Montemor-o-Novo. De esta forma, se libera la mayor parte del área exterior del uso de la casa para crear patios abiertos con vistas desahogadas, para reducir el número y presencia visual de elementos divisorios entre las propiedades. Los principios que rigen el proyecto de las casas se han mantenido a pesar de tener diferentes tipologías y especificidades. Se ha buscado una matriz clara que se ha traducido en soluciones constructivas económicas y en principios organizativos que aglutinan múltiples funciones, sin comprometer la identidad y carácter unitario del conjunto. Se ha querido privilegiar el estilo y calidad de vida que las viviendas ofrecen. La entrada a cada parcela, peatonal o a través de un garaje privado, da acceso directamente al patio exterior, con piscina y pérgola, en contraste con la zona ajardinada y el paisaje rural. Las zonas sociales de la casa –entrada, sala de estar, comedor, cocina, lavadero y patio auxiliar– gozan de una posición central y se abren al espacio exterior a través de un gran vano acristalado, protegido del sol por la pérgola. De esta manera, se consigue una prolongación del interior al exterior no sólo visual, sino también vivencial. La circulación entre los espacios sociales de la casa es fluida, ya que no existe una compartimentación física del espacio. El único elemento que hace de separación entre la sala de estar y el comedor es la chimenea, de manera que ambos espacios disfrutan del calor y de la presencia visual del fuego. En los extremos se encuentran los núcleos privados: habitaciones, estudios e instalaciones sanitarias. Las habitaciones conectan con el exterior por medio de vanos más reducidos que atenúan los cambios de temperatura. Otra habitación (o estudio), con vistas desahogadas y sin barreras, ocupa la primera planta del torreón que remata el conjunto. La cubierta es una terraza en la que tomar el sol, estar y también un espacio de contemplación: una especie de belvedere con vistas privilegiadas al paisaje en el que se ve Montemor-o-Novo y su castillo a lo lejos.

As casas desenhadas por Carrilho da Graça organizam-se em dois núcleos na encosta Norte: um numa colina mais alta e outro, o primeiro a ser construído, na zona de vale correspondente. A chegada ao conjunto faz-se por um percurso que conduz ao espaço central de distribuição, com um maciço rochoso existente: um terreiro que evoca a tipologia do “monte alentejano” — conjunto de construções agrupadas no cimo de uma elevação, em torno de um espaço central comum, não formalizado. A implantação radial foi também influenciada pela geometria circular da área de intervenção. Cada uma destas 7 casas longilíneas desenvolve-se ao longo do limite do seu lote, integrada no terreno e na paisagem. A sua geometria paralelepipédica é pontuada por um torreão que a remata, recriando o perímetro circular do conjunto, e permite que cada casa tenha vistas sobre a paisagem e o Castelo de Montemor-o-Novo. Libertou-se, assim, o máximo de área exterior de usufruto da casa para a criação de pátios abertos com vistas desafogadas, reduzindo o número e presença visual de elementos divisórios entre propriedades. Com diferentes tipologias e especificidades, os princípios de concepção das casas foram sempre mantidos. Procurou-se uma matriz o mais clara possível, traduzida em soluções construtivas económicas, com princípios organizativos que comportassem múltiplas ocupações sem comprometer a identidade e carácter unitário do conjunto, privilegiando a vivência e o usufruto da qualidade de vida oferecida. A entrada em cada lote, pedonal ou através da garagem privativa, faz-se directamente para o pátio exterior, com piscina e latada, que contrastam com a área ajardinada e a paisagem rural. As áreas sociais da casa — entrada, salas de estar e de jantar, cozinha, lavandaria e pátio de apoio — detêm uma posição central, abertas ao pátio exterior através do grande vão envidraçado, protegido do sol pela latada, conseguindo-se uma extensão do interior para o exterior, não apenas visual mas vivencial. Existe grande fluidez de circulação entre os espaços sociais da casa, não existindo uma compartimentação física do espaço. A separação entre as salas de estar e de jantar é feita unicamente pela lareira, usufruindo ambas do calor e presença visual do fogo. Nos extremos localizam-se os núcleos privados: quartos, estúdios e instalações sanitárias. Os quartos relacionam-se com o exterior através de vãos reduzidos, minorando as trocas térmicas. O topo é ocupado por um quarto que excepcionalmente se abre para o Castelo, com uma vista desafogada e sem barreiras. O torreão que pontua cada casa é ocupado no primeiro piso por um quarto ou estúdio. A cobertura deste torreão é um terraço de sol, estadia e contemplação: um “belvedere” com vistas privilegiadas sobre a paisagem e Montemor-o-Novo com o Castelo, ao fundo.

IX BIAU

315


Homes in Valadas, “L’and Vineyards Resort”, Montemor-o-Novo, 2007-2011 The homes in L’and Vineyards Resort form part of a residential touristic/hotel group near Montemor-o-Novo. The site is distinctive because of the winding contours of the valley which opens into an artifical lake occupied by a communal vineyard which is used for the production of wine. The conditions favour a type of land occupation that is based on small, isolated settlements, planned by different architects, with different atmospheres and different visual relationships with the surroundings. The houses designed by Carrilho da Graça are arranged in two settlements situated on the northern slope: one on a higher hill and the other, the first to be built, in the corresponding valley. One arrives at the ensemble through a route which leads to the central distribution area, where there was an already existing rocky mass: a terrain which evokes the typology of the monte alentejano – a set of constructions grouped on the summit of an elevation round a communal central area, but not formalized. The radial distribution was also influenced by the circular geometry of the area of intervention. Each of these seven stylized houses unfolds along the plot and merges with the terrain and the landscape. Their parallelepiped volumes are noticeable for being rounded off by turrets which mimic the circular perimeter of the group, and enable each house to have views of the castle of Montemor-o-Novo. In this way, the greater part of the outside area is freed from the house’s use to create open patios with unobstructed views, reducing the number and visual presence of dividing elements between the properties. The principles governing the project for these houses have been maintained in spite of their having different typologies and specificities. A clear format was sought, one which could be converted into constructive, economical solutions and organizational principles which bring together multiple functions without compromising the identity and unitary nature of the ensemble. The objective was to give priority to the quality of life that the homes could provide. The entrance to each plot, on foot or through a private garage, gives direct access to the exterior patio, with its swimming pool and pergola, contrasting with the garden area and the rural landscape. The social areas of the house – entrance, lounge, dining-room, kitchen, laundry and ‘auxiliary’ patio – enjoy a central position and open on to the exterior space through a large glazed opening, protected from the sun by the pergola. The inside is thus extended to the outside in a way which is not only visual but also practical. Movement between the social areas of the house is fluid because the space is not physically compartmentalized. The only element separating the lounge from the dining-room is the fireplace, in such a way that both areas can enjoy the heat and the visual presence of the fire. At the ends are found the private areas: bedrooms, studies and sanitary facilities. The bedrooms connect with the outside by smaller openings which attenuate the changes in temperature. Another bedroom (or study), with unobstructed views and no barriers, occupies the first floor of the turret which rounds off the ensemble. The roof is a terrace for sunbathing, relaxing or contemplating: a kind of ‘belvedere’ with exceptional views over the landscape, in which one can see, in the distance, Montemoro-Novo and its castle. 316

IX BIAU

Viviendas en Valadas, «L’and Vineyards Resort» Situación / Localização / Location Montemor-o-Novo, Portugal Autor / Author João Luís Carrilho da Graça Colaboradores / Collaborators Francisco Freire, Paulo Costa, Yutaka Shiki, Paula Miranda, Isaac Maroto Cimientos, estructura e instalaciones / Fundações, Estrutura e Instalações / Foundations, Structure and Installations ENGLIS Arquitectura paisajista / Arquitectura Paisagista / Landscape Architecture PROAP, João Nunes Constructora / Construtora / Construction company NEOCIVIL Construções do Algarve SA Promotor / Promoter Sousa Cunhal, Turismo SA Fecha / Data / Date 2007-2011 Superficie / Superfície / Area 4.290 m2 Créditos fotográficos / Photographic credits FG+SG Fotografia de Arquitectura Contacto / Contato / Contact arquitectos@jlcg.pt


IX BIAU

317


318

IX BIAU


IX BIAU

319


320 IX BIAU


IX BIAU

321


322 IX BIAU


IX BIAU 323


POR027

Percurso pedonal assistido da Baixa ao Castelo de S. Jorge Jo達o Pedro Falc達o de Campos


Notas de autor

Notas de autor

La conexión con el río Tajo a través de los principales ejes ortogonales en dirección norte-sur es predominante en la organización de la Baixa Pombalina.

A ligação ao Rio Tejo, através dos principais eixos ortogonais de direcção Norte-Sul, é predominante na organização da Baixa Pombalina.

La dinámica de este espacio la configuran las conexiones esteoeste entre las colinas del castillo y la del Chiado entre las que destaca el eje viario de la Rua da Conceição, que une el castillo con el Chiado a través de la Rua da Madalena y la Calçada Nova de São Francisco.

São estruturantes na dinâmica deste espaço urbano as ligações Nascente - Poente entre as colinas do Castelo e do Chiado, com destaque para o eixo viário da Rua da Conceição, que liga o Castelo ao Chiado respectivamente através das Ruas da Madalena e da Calçada Nova de São Francisco.

El ascensor de Santa Justa garantiza la conexión mecánica entre la cota más alta del Chiado y la Baixa, y entre el Largo do Carmo y la Rua de Santa Justa. En la parte oriental de la ciudad, la conexión entre la Baixa y la colina de Alfama/Castillo siempre ha sido a través de sus calles, sobre todo de la Rua da Madalena, situada en la parte oriental de la red ortogonal de la Baixa.

O elevador de Santa Justa garante uma ligação mecânica entre a cota mais alta do Chiado e a cota da Baixa Pombalina, entre o Largo do Carmo e a Rua de Santa Justa. A nascente, a ligação entre a Baixa e a Colina de Alfama/Castelo sempre foi feita através das ruas existentes, com destaque para a Rua da Madalena localizada a Nascente da malha ortogonal da Baixa.

Actualmente, la obra del metro del arquitecto Siza Vieira permite salvar el desnivel existente entre la Baixa y el Chiado de forma subterránea, pero sigue sin existir una conexión mecánica entre la Baixa y la colina oriental. El metro acentuó la importancia de la Rua da Vitória como cruce transversal de la Baixa, ya que ocupa una posición central en esta red urbana.

No presente, a intervenção do Metro, da autoria do Arquitecto Siza Vieira, permitiu vencer de forma subterrânea o desnível existente entre a Baixa e o Chiado, ficando mais uma vez por fazer uma ligação mecânica da Baixa à sua Colina Nascente. O Metro veio acentuar a importância da Rua da Vitória como rua de atravessamento transversal da Baixa, uma vez que apresenta uma posição central nesta malha urbana.

En este contexto surge la intención de establecer un acceso peatonal asistido entre la Baixa y la colina del castillo. El objetivo del proyecto es articular las diferentes cotas de acuerdo a una estrategia integrada que ue facilite a la vez la subida a la colina, potencie la revitalización y la recalificación de su entorno. La ruta peatonal asistida de la Baixa al Castillo de San Jorge comprende un conjunto de intervenciones integradas que incluye: - la recalificación urbana de la Rua da Vitória como eje estructural de la ruta, lo que implica prolongar la intervención desde la Rua do Crucifixo a la Rua dos Fanqueiros; - y la reconversión del edificio situado en los números 170-178 de la Rua dos Fanqueiros, donde se ubican los ascensores públicos que conectan con el Largo Adelino Amaro da Costa a través de la planta baja del edificio adyacente, en la Rua da Madalena 147-155. La continuidad funcional resulta de la aplicación de un número reducido de materiales y del respeto por la lógica de los espacios urbanos que constituyen la Ruta en términos de escala, arquitectura y usos. Con todo ello se consigue un recorrido fácilmente identificable, a lo largo del cual la comodidad y la accesibilidad del peatón son una prioridad.

É neste contexto que surge a intenção de estabelecer um acesso pedonal assistido entre a Baixa e a colina do Castelo de S. Jorge. O projecto tem como objectivo a articulação de diferentes cotas segundo uma estratégia integrada que, facilitando a subida, potencie a revitalização e requalificação da envolvente. O “Percurso pedonal assistido da Baixa ao Castelo de S. Jorge” compreende um conjunto de intervenções integradas que incluem: - A requalificação urbana da Rua da Vitória como eixo estruturante do percurso, estendendo-se a intervenção desde a Rua do Crucifixo até à Rua dos Fanqueiros; - A reconversão do edifício com os nºs 170 -178 da Rua dos Fanqueiros onde se integram os elevadores públicos que fazem a ligação ao Largo Adelino Amaro da Costa através do piso térreo do edifício adjacente, na Rua da Madalena, 147-155; A continuidade funcional resulta da aplicação de um número reduzido de materiais, respeitando a lógica dos espaços urbanos atravessados, em termos de escala, arquitectura e usos do edificado, alcançando-se um percurso facilmente identificável onde o conforto e a acessibilidade do peão são uma prioridade.

IX BIAU 325


Author’s Notes The connection with the River Tajo through the main orthogonal axes, in the North-South direction, is predominant in the organization of the Baixa Pombalina. The dynamics of this area are formed by the East-West connections between the castle hills and that of the Chiado, among which the transit route of the Rua da Conceição, which joins the castle to the Chiado via the Rua da Madalena and the Calçada Nova de São Francisco, stands out. The lift at Santa Justa assures the mechanical connection between the highest point of the Chiado and the Baixa, between the Largo do Carmo and the Rua de Santa Justa. In the eastern part of the city, the connection between the Baixa and the Alfama/Castillo hill has always been through its streets, especially the Rua da Madalena, situated in the eastern part of the orthogonal network of the Baixa. Currently, the metro works of the architect Siza Vieira allow the incline between the Baixa and the Chiado to be overcome underground, but there is still no mechanical connection between the Baixa and the eastern hill. The metro accentuates the importance of the Rua da Vitória as a transverse crossing of the Baixa, because it occupies a central position in this urban network. This is the context of the idea of establishing assisted pedestrian access between the Baixa and the castle hill. The aim of the project is to join the different levels in accordance with a comprehensive strategy which facilitates the ascent of the hill at the same time as it advances the revitalization and redevelopment of its surroundings. The assisted pedestrian route between the Baixa and the Castillo de San Jorge includes a series of integrated interventions, including: - the urban redevelopment of the Rua da Vitória as a structuring axis of the Route, which involves extending the intervention from the Rua do Crucifixo to the Rua dos Fanqueiros; - the restructuring of the building situated at numbers 170-178 of the Rua dos Fanqueiros, where the public lifts are which connect with the Largo Adelino Amaro da Costa through the ground floor of the adjacent building, in the Rua da Madalena, nºs 147-155; Functional continuity is achieved by the application of a smaller number of materials and by respecting the logic of the urban spaces which constitute the Route, in terms of scale, architecture and uses. All of this results in a route which is easily identifiable, where priority is given to convenience and accessibility for the pedestrian.

Percurso pedonal assistido da Baixa ao Castelo de São Jorge, Lisboa Situación / Localização / Location Rua da Vitória, Lisboa Rua dos Fanqueiros, 170 a 178, Lisboa Rua da Madalena, 147 a 155, Lisboa Autor / Author João Pedro Falcão de Campos Colaboradores / Collaborators Filipa Mourão, Luísa Ramalho, Patrícia Cabaço, Cátia Venda, Francisco Vilaça, David Ferreira da Silva Cimientos y estructura / Fundações e Estrutura Foundations and Structure A2P. Estudos e Projectos Lda. João Appleton, Vasco Appleton Instalaciones eléctricas, instalaciones y equipamientos de seguridad y ascensores / Instalações Eléctricas, Instalações e Equipamentos de Segurança e Elevadores / Electrical Installations, Security Installations and Equipment and Lifts Joule, Projectos, Estudos e Coordenação, Lda. João Fernando Caetano Gonçalves Luís Miguel da Fonseca Caetano Gonçalves Climatización e instalaciones mecánicas / Avac e Instalações Mecânicas / Air Conditioning and Mechanical Installations José Galvão Teles, Engenheiros, Lda. Instalaciones hidráulico-sanitarias / Instalações Hidráulico-Sanitárias / Hydraulic/Sanitary Installations Campo d’agua, Engenharia e Gestão, Lda. Marta Azevedo Seguridad y salud / Segurança e Saúde / Health and Safety A2P. Estudos e Projectos Lda. Nuno Manuel Appleton, António Portugal Constructora / Construtora / Construction company Construtora UDRA lda Fitonovo, S.A. Promotor / Promoter Câmara Municipal de Lisboa Fecha / Data / Date 2009 - 2013 Superficie / Superfície / Area 1440 m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 2.300.000 + IVA Créditos fotográficos / Photographic credits José Manuel Rodrigues Contacto / Contato / Contact www.falcaodecampos.pt

326 IX BIAU


Rua Vit贸ria

IX BIAU 327


328 IX BIAU



330 IX BIAU


IX BIAU

331


332 IX BIAU


IX BIAU 333


Por028

reconvers達o do Convento das Bernardas Eduardo Souto de Moura


Convento de las Bernardas - Tavira

Convento das Bernardas - Tavira

Trabajar con Patrimonio no es un caso especial, sólo es necesario calcular un 20% de honorarios porque el grueso del proyecto ya está realizado. No necesita «cuidados intensivos» pero sí otro tipo de cuidados porque cada caso es cada caso, es decir, casa.

o Património não é um caso especial de projecto, precisa apenas de mais 20% de honorários, porque o tosco já lá está. Não precisa de “cuidados intensivos”, precisa apenas de outros cuidados, porque cada caso é um caso, quer dizer uma casa.

El Patrimonio no supone un problema para los partidos políticos porque todos dicen lo mismo, tanto la izquierda como la derecha: «Hay que defender el Patrimonio…, hay que defender el Patrimonio…». Tampoco es una fuente de gastos, ni una molestia u obstáculo, porque si así fuera no sería Patrimonio.

o Património não é um problema para os partidos, porque todos dizem o mesmo, da esquerda à direita: “Defender o Património…, defender o Património…”. Também não é uma fonte de despesas, um incómodo, um obstáculo, porque se o for, é porque não é Património.

El Convento de las Bernardas ya ha sido un monasterio y una fábrica, y ahora es una ruina disponible. Estas piedras van generalmente asociadas a proyectos como paradores, hoteles, museos, centros culturales… pero no tenemos suficiente cultura para tanto Patrimonio.

o Convento das Bernardas, foi Mosteiro, Fábrica, e agora ruína disponível. Geralmente

Esta vez, hemos pensado en algo diferente… ¿por qué no hacer casas?

associa-se estas pedras a programas como pousadas, hotéis, museus, centros culturais…; mas não há cultura que chegue para tanto Património. Desta vez fomos diferentes…, e porque não fazermos casas?

IX BIAU 335


Convent of Las Bernardas – Tavira

reconversão do Convento das Bernardas - Tavira

Working with our National Heritage is not a special situation ‒ it suffices to calculate fees of 20% because the bulk of the work has already been done. ‘Intensive care’ is not needed, but, instead, another kind of care is very much needed because each case is each case, in other words, houses.

Situación / Localização / Location rua Mártires da república e rua da Atalaia Tavira, Algarve. Portugal

our heritage does not represent a problem for the political parties because they all speak about it in the same way, both the parties on the Left and those on the right: “We have to protect our heritage…, we have to protect our heritage…”. Nor is it a source of expenditure, or a disturbance or obstacle, because if it were, it would not be heritage. The Convent of Las Bernardas has been a monastery and a factory, and is now an available ruin. Such stones are usually assoociated with projects such as paradores, hotels, museums, cultural centres… but we do not possess enough culture for so much heritage. This time, we have another idea… why not convert it into houses?

Autor / Author Eduardo Souto de Moura Coordinador / Coordenador / Co-ordinator Tiago Figueiredo Colaboradores / Collaborators Elisa Lindade, Ana rita Alves, Ana Fortuna, Tiago Coelho, João Pedro Mendes, Patrícia Sobral, ricardo Prata, Pedro oliveira, Isabel Neves, Diogo Guimarães, Cláudia romão, Jorge Domingues, Junko Imamura, Marta Pinho Estructuras / Estruturas / Structures A2P – Estudos e Projectos, Ltda. Promotor / Promoter EGI – Entreposto Gestão Imobiliária, S.A. Fecha / Data / Date 2006-2012 Superficie / Superfície / Area 8.164m2 / 10.992m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 12.000.000,00€ Créditos fotográficos / Photographic credits Luís Ferreira Alves Contacto / Contato / Contact geral@soutomoura.pt

336 IX BIAU


IX BIAU 337


338 IX BIAU


IX BIAU 339


340 IX BIAU


N

EAST AND WEST WING TYPOLOGY PLANS

IX BIAU

341


342 IX BIAU


IX BIAU 343


POR029

Teatro Thalia Gonçalo Byrne, Patrícia Barbas e Diogo Seixas Lopes


Teatro Thalia

Teatro Thalia

Dos generaciones de arquitectos han trabajado juntas en la reconversión de las ruinas de un teatro neoclásico en Lisboa. En su día el Teatro Thalia fue escenario de fiestas y óperas. Actualmente se han cubierto las ruinas con hormigón, cristal y acero en un espacio donde todo puede suceder.

Duas gerações diferentes de arquitectos reconverteram, juntos, as ruínas de um teatro neoclássico em Lisboa. Em tempos, o Teatro Thalia foi palco de festas e óperas. Agora, as suas ruínas foram cobertas por betão, vidro e aço num espaço onde quase tudo pode acontecer.

Situado junto al Jardín Zoológico, con este proyecto queremos rescatar este lugar del olvido y crear memorias futuras.

Junto ao Jardim Zoológico, o projecto resgata do esquecimento este lugar para criar memórias futuras.

El Teatro Thalia fue inaugurado en 1843 por el Conde de Farrobo. En el siglo XIX estaba en los alrededores de Lisboa, frente al palacio y jardines de la antigua Quinta das Laranjeiras [Finca de los Naranjos]. Amante de las artes, el Conde de Farrobo utilizaba el edificio para realizar espectáculos de teatro y ópera para sus amigos, aunque también fue escenario de extravagantes fiestas que organizaba para aristócratas y cortesanos. En 1862 un incendio destruyó el edificio y su exuberante decoración en talla, espejos y arañas. Ya por aquella época el Conde de Farrobo había perdido toda su fortuna; murió arruinado y en la miseria.

O Teatro Thalia foi inaugurado em 1843, pelo Conde de Farrobo. Ficava nos arredores da Lisboa do séc. XIX, em frente ao palácio e jardins da antiga Quinta das Laranjeiras. Amante das artes, o Conde de Farrobo usou o edifício para mostrar teatro e ópera aos seus amigos. E, também, para organizar festas extravagantes, entre luxos aristocráticos e membros da corte. Em 1862, um incêndio destruiu o edifício e toda a sua decoração exuberante em talha, espelhos e lustres. Nessa altura, já o Conde de Farrobo perdera a sua fortuna. Morreu falido e na miséria.

Durante casi 150 años el Teatro Thalia estuvo en ruinas. Cuando la ciudad creció hasta llegar a la zona del Teatro, se ubicó el Jardín Zoológico en los terrenos de la antigua Quinta das Laranjeiras. En 2008, el Ministerio de Ciencia, Tecnología y Educación Superior (actualmente Ministerio de Educación y Ciencia) encargó un estudio para reconvertir el Teatro Thalia en un espacio polivalente. El ministerio ocupa el antiguo palacio frente al teatro. Gonçalo Byrne Arquitectos y Barbas Lopes Arquitectos, ambos con sede en Lisboa, se encargaron de realizar el proyecto.

Durante quase 150 anos, o Teatro Thalia ficou em ruínas. Enquanto Lisboa se espraiou até ele, o Jardim Zoológico foi para os terrenos da antiga Quinta das Laranjeiras. Em 2008, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (agora Ministério da Educação e Ciência) encomendou um estudo para reconverter o Teatro Thalia num espaço polivalente. Esta instituição ocupa o antigo palácio, em frente ao teatro. Gonçalo Byrne Arquitectos e Barbas Lopes Arquitectos, ambos de Lisboa, fizeram o projecto.

Para consolidar las paredes existentes, en riesgo de colapso, se cubrió el exterior con hormigón desactivado. Las ruinas sirvieron de encofrado perdido mientras que con la piel de hormigón se reconstruyeron los volúmenes originales de la platea y el escenario. En su interior se dejaron las ruinas intactas con las marcas dejadas por el paso del tiempo. En el resto, una serie de mínimas infraestructuras conforman una arena adaptable a varios usos: exposiciones, conferencias, recepciones, conciertos y también representaciones escénicas.

Para consolidar as paredes existentes, em risco de colapso, o exterior foi coberto por betão desactivado. As ruínas serviram como cofragem perdida, enquanto a pele de betão reconstruiu os volumes originais da plateia e da cena do teatro. No interior, a ruína foi deixada intacta, com as marcas do tempo que passou. De resto, infraestruturas mínimas criam uma arena que pode ser adaptada a vários usos: exposições, conferências, recepções, concertos ou mesmo representações cénicas.

En un nuevo cuerpo, de una sola planta, se ubican las instalaciones auxiliares: portería, servicios y cafetería. Este pabellón acristalado delimita una pequeña plaza en la parte de atrás del edificio y enmarca la construcción primitiva del Teatro Thalia. Por otro lado, constituye la fachada que da a la Estrada das Laranjeiras. Los paneles de cristal del pabellón reflejan, con destellos dorados, su entorno.

Um corpo novo, de um só piso, recebe o programa de apoio: portaria, serviços e cafetaria. Este pavilhão envidraçado confina uma pequena praça nas traseiras do edifício e serve de moldura à construção primitiva do Teatro Thalia. Por outro lado, faz frente de cidade para a Estrada das Laranjeiras. Os painéis de vidro do pavilhão espelham, com reflexos dourados, o que está em seu redor.

La entrada se realiza por el atrio original, reconstruido en un estilo “neo-neoclásico” que incluye un friso acanalado hecho a base de moldes de espuma de poliestireno, así como nueva obra de cantería en piedra de lioz. En el exterior se restauraron el peristilo y las esfinges de mármol. En la fachada se restituyó la inscripción Hic Mores Hominum Castigantur: «Aquí serán castigadas las conductas de los hombres».

A entrada é feita pelo átrio original, reconstruído num estilo “neo-neo-clássico” que inclui um friso canelado, feito com moldes de esferovite, bem como novos trabalhos de cantaria em lioz. No exterior, o peristilo e as esfinges em mármore foram restaurados. Na fachada, foi reposta a inscrição “Hic Mores Hominum Castigantur.” Por outras palavras, “Aqui serão castigados os costumes dos homens”.

En la rehabilitación del Teatro Thalia se mezclan las partes nuevas y antiguas del edificio en un emplazamiento urbano con vistas al Jardín Zoológico. El proyecto devuelve la presencia del pasado con un espacio diseñado para la fantasía, la imaginación y la vida en la ciudad.

A reabilitação do Teatro Thalia combina as partes novas e antigas do edifício num lugar urbano com vistas para o Jardim Zoológico. O projecto devolve a presença do passado como um espaço para a fantasia, a imaginação e a vida na cidade.

IX BIAU 345


The Thalia Theatre

Recalificación del Teatro Thalia

Two generations of architects have worked together on the restructuring of the ruins of a neoclassical theatre in Lisbon. In its heyday the Thalia Theatre staged festivals and operas. Today, the ruins have been covered with concrete, glass and steel, and now all kinds of events can take place in the area.

Situación / Localização / Location Estrada das Laranjeiras 205. 1649-018. Lisboa, Portugal

With this project, situated next to the Zoological Gardens, we want to rescue this place from oblivion, and create memories for the future. The Thalia Theatre was inaugurated in 1843 by the Conde de Farrobo. In the 19th century it was on the outskirts of Lisbon, opposite the palace and gardens of the former Quinta das Laranjeiras (Finca de los Naranjos). A lover of the arts, the Conde de Farrobo used the building to stage theatrical events and operas for his friends, but it was also the scene of extravagant parties which he organized for aristocrats and courtiers. In 1862 a fire destroyed the building and its exuberation decor of carvings, mirrors and chandeliers. By that time the Conde de Farrobo had already lost his whole fortune; he died in poverty, a ruined man. For almost 150 years the Thalia Theatre was in ruins. When the city grew until it reached the area where the Theatre was, the Zoological Gardens were situated on the land of the former Quinta das Laranjeiras. In 2008, the Ministry of Science, Technology and Higher Education (today the Ministry of Education and Science) commissioned a study with the idea of converting the Thalia Theatre into a multi-purpose space. The Ministry occupied the former palace, opposite the Theatre. Gonçalo Byrne Arquitectos and Barbas Lopes Arquitectos, both with headquarters in Lisbon, undertook to carry out the project. To strengthen the existing walls, which were in danger of collapsing, the exterior was covered with de-activated concrete. The ruins served as permanent shuttering, whilst the original volumes of the auditorium and stage were reconstructed with the concrete skin. Inside, the ruins were left intact, with all the marks left on them by the passage of time. In the remaining area, a series of minimal infrastructures form an arena which can be used for various purposes: exhibitions, conferences, receptions, concerts, and also stage performances. In a new block, of a single storey, the auxiliary facilites are located: reception, services and cafeteria. This glass pavilion adjoins a small square at the rear of the building and frames the old Thalia Theatre building. On its other side, it constitutes the façade which gives on to the Estrada das Laranjeiras. The glass panels of the pavilion reflect their surroundings with golden flashes. Entry is through the original portico, reconstructed in a ‘neoneoclassical‘ style which includes a ribbed frieze made from moulds of polystyrene foam, and new masonry work in Lioz stone. Outside, the peristyle and the marble sphinxes have been restored. On the façade, the inscription Hic Mores Hominum Castigantur has been restored (“Here the Deeds of Men will be Punished”). In the restoration of the Thalia Theatre the new and old parts of the building are combined on an urban site with views of the Zoological Gardens. The project brings back the presence of the past, with a space designed for fantasy, imagination and civic life.

346 IX BIAU

Autores / Authors Gonçalo Byrne (Gonçalo Byrne Arquitectos, Lda) Patrícia Barbas e Diogo Seixas Lopes (Patrícia Barbas & Diogo Lopes Arquitectos, Lda.) Colaboradores / Collaborators Hugo Ferreira, Jan Vojtíšek, João Neves, Lígia Ribeiro, Luca Martinucci, Tânia Roque Estructuras / Estruturas / Structural project Afaconsult Aguas, alcantarillado y red de incendios / Águas, Esgotos e Rede de Incêndios / Water, Sewerage, and Fire Prevention Afaplan - Planeamento e Gestão de Projectos, S.A. Instalaciones eléctricas, telecomunicaciones y luminotecnia / Instalações Eléctricas, Telecomunicações e Luminotecnia / Eléctrical Installations, Telecommunications and Lighting Technology Raúl Serafim & Associados, Lda. Climatización, ventilación y certificado energético / Climatização, Ventilação e Certificação Energética / Air Conditioning, Ventilation And Energy Certification Natural Works - Projectos de Engenharia Unipessoal, Lda. Seguridad integrada / Segurança integrada / Comprehensive security Euro Q – Gestão, Engenharia e Representações, Lda. Constructora / Construtora / Construction company ACF - Arlindo Correia & Filhos, S.A. Promotor / Promoter Ministério da Educação e Ciência Fecha / Data / Date 2008-2012 Superficie / Superfície / Area 1.600,00 m² Presupuesto total / Orçamento total / Total budget 2.700.000,00 € Créditos fotográficos / Photographic credits DMF Contacto / Contato / Contact geral@byrnearq.com www.byrnearq.com info@barbaslopes.com www.barbaslopes.com


IX BIAU 347


348 IX BIAU


IX BIAU 349


350 IX BIAU


IX BIAU

351


352 IX BIAU


IX BIAU 353


URU030

Sierra Ballena I Estudio AFRa (Pablo Héctor Ferreiro, Saturnino Armendares, Joaquín Ignacio Leunda, Roberto Félix Dufrechou y Andrés Gómez Muñoz)


Edificio como naturaleza

Edifício como natureza

Los proyectos que estamos desarrollando en el lomo de la ballena, última estribación del macizo brasilero antes de sumergirse en el mar, representan uno de los desafíos mencionados respecto a los capitales excedentes y su impacto sobre el territorio.

Os projectos que estamos a desenvolver em Lomo de la Ballena, último contraforte do Planalto Brasileiro antes de submergir no mar, representam um dos desafios mencionados, no que diz respeito aos capitais excedentários e ao seu impacto no território.

Nuestra región pasa por una de esas épocas de bonanza cíclicas, y allí es donde la arquitectura debe asumir, del mejor modo posible, estas operaciones de generación de renta que urbanizan el territorio. La ballena es un sitio de extrema belleza situado en la dimensión oceánica de la bahía de Maldonado, y su condición de barranca está profundamente instalada en la memoria colectiva. Construir un edificio allí significó un desafío en términos de elegir las estrategias proyectuales que de algún modo lo asumieran, de alterar esa condición para producir una operación que honrara tal preexistencia. El proyecto atravesó ambas nociones que aquí ponen de manifiesto: en primer lugar, el código que regulaba la construcción en la barranca es el mismo que regula la construcción del frente marino, lo que entendimos equivocado: las estrategias para no crear un frente marino continuo entre el tejido y el mar no eran aquí recomendables, dado que el tejido, a diferencia del caso anterior, queda entre la calle pública y el mar, por lo que usar las mismas estrategias podría llevar a obstaculizar la maravillosa vista, patrimonio de lo público. Ir detrás de esa legitimidad del sitio nos hizo cuestionar la legalidad del código para poner en riesgo a los inversores el solicitar el cambio de norma, no para maximizar indicadores, sino para ir detrás de las mejores condiciones para la antropización del sitio que entendíamos menos perjudicial. Una vez obtenida esta nueva condición, las decisiones del proyecto edilicio debían poner de manifiesto la dimensión y la condición del sitio, desde esa idea de la naturaleza, la geografía o el lugar en su más profundo sentido, como primera arquitectura. El sistema de las viviendas fue pensado como la creación de espacios en la lógica de la barranca, entre un suelo estereotómico de roca, y un techo tectónico que recupera la condición vegetal preexistente.

A nossa região atravessa uma dessas épocas de bonança cíclica, e é aqui que a arquitectura deve assumir, do melhor modo possível, essas operações geradoras de rendimento que urbanizam o território. La Ballena é um lugar de extrema beleza, na dimensão oceânica da Baía de Maldonado, e a sua condição de ravina está profundamente enraizada na memória colectiva. Construir aí um edifício foi um desafio, em termos de escolher as estratégias projectuais que, de algum modo, assumissem a alteração dessa condição, desencadeando uma operação que honrasse tal preexistência. O projecto atravessou ambas as noções que esta apresentação põe em destaque. Em primeiro lugar, o código que regulava a construção na ravina era o mesmo que regula a construção na frente marítima, o que entendemos como um equívoco: as estratégias para não criar uma frente marítima contínua entre o tecido e o mar não eram recomendáveis aqui, uma vez que o tecido, diferentemente do caso anterior, se situa entre a estrada pública e o mar, e usar as mesmas estratégias poderia ter como resultado obstaculizar a vista maravilhosa, património público. Procurar essa legitimidade do sítio, fez-nos questionar a legalidade do código, pondo em risco os investidores ao solicitar a alteração da norma, não para maximizar indicadores mas para procurar as melhores condições para a antropização do lugar, as que entendíamos como menos prejudiciais. Uma vez obtida esta nova condição, as decisões do projecto municipal deveriam pôr em evidência a dimensão e a condição do local e esta ideia da natureza, da geografia ou do lugar como primeira arquitectura. O sistema de moradias foi pensado como a geração de espaços na lógica da ravina, entre um solo estereotómico de rocha e um telhado tectónico que recupera a condição vegetal preexistente.

Cualquier decisión de escala sobre el proyecto debía priorizar los elementos sugeridos por el paisaje ante la posibilidad de poner en evidencia referentes de la escala humana: las proporciones de los elementos vienen de esa dimensión, y una puerta o una ventana son alteraciones de ritmo del material en esa escala, más allá de dejar pasar personas o luz.

Qualquer decisão de escala sobre o projecto deveria dar prioridade aos elementos sugeridos pela paisagem, diante da possibilidade de pôr em evidência referentes da escala humana: as proporções dos elementos vêm dessa dimensão e uma porta ou uma janela são alterações de ritmo do material nessa escala, para além de deixarem passar pessoas ou luz.

La materialidad del edificio busca reutilizar el material removido en la obra, para significar de nuevo la piedra soporte de la barranca y recrear en techos y limites la vegetación que naturalmente retoma el predio, acostumbrada a vivir con escasez de agua y fuertes vientos.

A materialidade do edifício procura reutilizar o material removido na obra, reatribuindo significado à pedra suporte da ravina e recriando nos telhados e zonas limítrofes a vegetação que naturalmente se apropria da construção, habituada a viver com a escassez de água e os ventos fortes.

Vientos que, en su habitualidad, son tomados por el proyecto en su corte y en sus patios, para permitir generar dobles ventilaciones y resguardo.

Ventos que na sua frequência são tomados pelo projecto no seu corte e nos seus pátios, que permitem gerar duplas ventilações e resguardo.

Al contrario de lo que indican las reglas del mercado inmobiliario, parece valioso haber logrado un edificio que no es fácilmente reconocible y que, aun asumiendo todas las necesidades de este tipo de emprendimiento, en su vocación de barranca se integra como una reinterpretación de la preexistencia.

Contrariamente ao que indicam as regras do mercado imobiliário, parece-nos valioso ter conseguido um edifício que não é facilmente reconhecível, que mesmo assumindo todas as necessidades deste tipo de empreendimento, na sua vocação de ravina, se integra como uma reinterpretação da preexistência.

El proyecto de arquitectura busca retomar la condición proyectual clásica que en este lugar instalaran referentes como Bonet y Amato, para asumir complementariamente la nueva dimensión que la época propone, e integrar razón y naturaleza, buscando, como siempre, que la arquitectura asuma los desafíos de su época y su lugar.

O projecto de arquitectura procura retomar a condição projectual clássica que neste local instalaram referentes como Bonet e Amato, assumindo complementarmente a nova dimensão que a época propõe, integrando razão e natureza, procurando, como sempre, que a arquitectura assuma os desafios da sua época e do seu lugar. IX BIAU 355


A building as Nature The projects in which we are involved, on the back of ‘the Whale’, the last spur of the Brazilian massif before it plunges into the sea, represent one of the challenges that we mentioned in connection with surplus capital and its impact on the territory.

Sierra Ballena I Situación / Localização / Location Ruta Panorámica, Maldonado, Uruguay

Our region is passing through one of those cyclical periods of bonanza, and it is here that architecture must assume, as well as it can, the income-generating operations which urbanize the territory.

Autores / Authors Estudio AFRa Pablo Héctor Ferreiro, Saturnino Armendares, Joaquín Ignacio Leunda, Roberto Félix Dufrechou, Andrés Gómez Muñoz

‘The Whale’ is a place of extreme beauty, situated in the oceanic dimension of the bay of Maldonado, and its status as a rift is deeply rooted in the collective memory.

Colaboradores / Collaborators Diego Gómez, Francisco Facio, Lucía Chuburu

Constructing a building there is a challenge in terms of choosing the project strategies which could somehow accept it, altering that status to produce an operation that would do justice to such a pre-existence. The project cuts through both of the notions revealed here: first, the code which used to regulate building in the rift is the same as the one which regulates building on the sea-front, and we believe it is mistaken: the strategies to prevent the creation of a continuous sea-front between the urban fabric and the sea were not recommendable here, because the urban fabric, unlike the previous case, is between the public street and the sea, so the application of the same strategies could block the marvellous view, which is a public heritage. Trying to procure legitimacy of the site made us question the legality of the code to jeopardize the investors by seeking the change of regulations, not to maximize indicators, but to try to obtain the best conditions for the anthropization of the site which we believe would be less harmful. Once this new condition has been obtained, the decisions about the building project would have to show the dimensions and the condition of the site, from the idea of Nature, geography and the place in its deepest sense, as the primaeval architecture. The arrangement of the homes was conceived as the creation of spaces within the logic of the rift, between a sterotomic rocky soil and a tectonic roof which recovers the pre-existing vegetal state. Any decision of scale about the project had to give priority to the elements suggested for the landscape, given the possibility of showing models on the human scale: the proportions of those elements come from that dimension, and a door or a window are alterations of the rhythm of the material on that scale, as well as allowing people and light to pass through. The materiality of the building seeks to re-use material removed during the works, to bring out again the stone support of the rift and recreate in roofs and boundaries the vegetation which naturally re-occupies the land, being accustomed to living which little water and strong winds. Winds which, normally, are taken by the project in its court and in its patios, to create double ventilation and shelter. In contrast to what is shown by the rules of the property market, it seems useful to have achieved a building which is not easily recognizable, and which, even assuming all the needs of this kind of undertaking, in its vocation of rift, fits in as a re-interpretation of pre-existence. The architectural project seeks to re-assume the classical status of the project which models such as Bonet and Amato installed in this place, to assume also the new dimension that the period proposes, and to integrate reason and Nature, hoping, as always, that architecture will take up the challenges of its period and its place.

356 IX BIAU

Constructora / Construtora / Construction company Constructora Feltom Propietario / Proprietário / Owner Fideicomiso La Ballena Fecha / Data / Date 2010-2013 Superficie / Superfície / Area 1.500m2 Presupuesto total / Orçamento total / Total budget Arg $13.500.000 / US$ 1.730.769 / € 1.232.876 Costo m2 / Custo m2 / Cost m2 US$ 1.153 /m2 Créditos fotográficos / Photographic credits Federico Kulekdjian Contacto / Contato / Contact ferreiro@sion.com


IX BIAU 357


358 IX BIAU


IX BIAU 359


360 IX BIAU


IX BIAU

361


362 IX BIAU


IX BIAU 363


Exposición / Exposição / Exhibition

IX BIAU Galpón 13, río Paraná Rosario, Santa Fé, Argentina

FRPO Rodríguez & Oriol Arquitectos



01 Panorama / Panorama / Panorama 01. Casa M 07. Praça das Artes 13. El «B». Auditorio en Cartagena 19. La Tallera Siqueiros 25. Escola de Leça do Balio

366 IX BIAU

02. Complejo «El Mangaleta» 08. Sede da Inspetoria do CREA-PB 14. Espacio Transmisor del Túmulo 20. Casa Talavera 26. Habitações em Valadas

03. Edificio Sucre 4444 09. Colegio Alianza Francesa Jean Mermoz 15. Viviendas Sociales en Vallecas 21. Casa Las Mercedes 27. Percurso pedonal assistido da Baixa


04. Hostería Varvarco 10. Centro de Desarrollo Infantil El Guadual 16. Biblioteca Casa de las Ideas 22. Vivienda Boceto 28. Reconversão do Convento das Bernardas

05. Casa de Fim de Semana 11. Jardin Infantil Santo Domingo Savio 17. Centro Académico y Cultural San Pablo 23. Colegio Santa Elena de Piedritas 29. Teatro Thalia

06. Conjunto Habitacional Jardim Edite 12. Hospital Paramétrico de Puyo 18. Edificio Alfonso Reyes 24. Casa CZ 30. Sierra Ballena I

IX BIAU 367


02 Geografías / Geografias / Geographies 01. La planicie del suelo de la llanura pampeana / 02. un terreno en pendiente hacia el horizonte serrano / 03. una zona residencial de baja densidad de la Ciudad de Buenos Aires, donde conviven casas y pequeños edificios / 04. un punto estratégico de la Patagonia Argentina / 05. um local bastante central, entre uma avenida arterial e um eixo de infraestrutura metropolitana / 06. um dos pontos mais importantes para o crescimento recente do setor de serviços e finanças de Sao Paulo / 07. no coração de uma região degradada do centro da cidade / 08. localizado en Campina Grande, el edificio alberga la sede del CREA de Paraíba / 09. un conjunto de pabellones de dos aguas donde su principal cualidad son los patios que se generan entre ellos / 10. el municipio de Villa Rica – Cauca en la región pacífica Colombiana / 11. autoconstrucción en ladrillo rojizo y cubiertas planas de hormigón que permiten el crecimiento vertical en el tiempo / 12. una pequeña población ecuatoriana a las puertas de la Amazonia / 13. la inmaculada rectitud de la línea del cantil (recto), el mar invariablemente calmo (plano), el artificialmente horizontal plano del muelle (plano) / 14. los terrenos de dos huertos abandonados junto a la plaza de la báscula del pueblo / 15. las desiguales condiciones del entorno así como la implantación urbana y orientación de la parcela aconsejan esta disposición / 16. a lo largo

368 IX BIAU


del canal que atraviesa la colonia Camino Verde en Tijuana / 17. a tan sólo una cuadra del zócalo de la ciudad de Oaxaca dos retos caracterizan este terreno: el crimen y las inundaciones / 18. la esquina de la avenida Alfonso Reyes y la calle de Saltillo, en la colonia Condesa / 19. el espacio fue construido originalmente en 1965 / 20. un lote suburbano en las cercanías de Ciudad del Este / 21. vivienda paraguaya donde todos los espacios se encuentran unidos entre sí / 22. surge de la demolición y desmantelamiento total de una construcción existente / 23. un caserío en la costa norte del Perú… en un paisaje desértico / 24. sobre as variadas paisagens que do ponto mais alto do terreno se avistam / 25. junto da escola dos 2º e 3º ciclo do ensino básico, já existente, a nova escola, sobre a rua, forma a entrada do conjunto / 26. uma linha de vale sinuosa, que desemboca num lago artificial, ocupada por uma vinha comum / 27. espaço urbano as ligações Nascente Poente entre as colinas do Castelo e do Chiado / 28. Mosteiro, Fábrica, e agora, ruína disponível / 29. nos arredores da Lisboa do séc. XIX, em frente ao palácio e jardins da antiga Quinta das Laranjeiras / 30. el lomo de la ballena, última estribación del macizo brasilero antes de sumergirse en el mar

IX BIAU 369


03 Técnicas / Técnicas / Techniques 01. 2009-2013 07. 2006-2012 13. 2006-2011 19. 2010-2012 25. 2008-2013

370 IX BIAU

02. 2012-2013 08. 2010-2013 14. 2007-2013 20. 2011-2013 26. 2007-2011

03. 2010-2013 09. 2011-2012 15. 2013 21. 2011-2013 27. 2009-2013


04. 2008-2013 10. 2013 16. 2006-2013 22. 2012-2013 28. 2006-2012

05. 2010-2013 11. 2009-2012 17. 2011-2013 23. 2012-2013 29. 2008-2012

06. 2008-2013 12. 2012-2013 18. 2011-2012 24. 2007-2011 30. 2011-2013

IX BIAU

371


04 Escalas / Escalas / Scales 01. – / – 07. 60.718.301 $ / 2.098 $/m2 13. 46.575.000 $ / 2.518 $/m2 19. 2.165.588 $ / 834 $/m2 25. 2.952.046 $ / 455 $/m2

372 IX BIAU

02. 54.829 $ / 194 $/m2 08. 580.396 $ / 744 $/m2 14. 471.085 $ / 527 $/m2 20. 164.731 $ / 515 $/m2 26. – / –

03. 1.218.411 $ / 608 $/m2 09. – / 585 $/m2 15. 17.799.386 $ / 697 $/m2 21. 19.847 $ / 145 $/m2 27. 3.105.000 $ / 2.156 $/m2


04. 860.000 $ / 972 $/m2 10. 1.587.768 $ / 870 $/m2 16. 129.006 $ / 586 $/m2 22. 12.901 $ / 92 $/m2 28. 16.200.000 $ / 1.984 $/m2

05. 421.272 $ / 2.623 $/m2 11. 2.397.869 $ / 1.598 $/m2 17. 9.923.551 $ / 1.821 $/m2 23. 133.633 $ / 300 $/m2 29. 3.645.000 $ / 2.160 $/m2

06. 20.090.614 $ / 781 $/m2 12. 34.013.998 $ / 2.165 $/m2 18. 926.689 $ / 842 $/m2 24. – / – 30. 1.664.383 $ / 1.110$/m2

IX BIAU 373


05 Usuarios / Utilizadores / Users 01. 320 m2 07. 28.500 m2 13. 18.500 m2 19. 2.600 m2 25. 2.736 m2

374 IX BIAU

02. 282 m2 08. 780 m2 14. 3.615 m2 20. 137 m2 26. 4.290 m2

03. 2.005 m2 09. 1.660 m2 15. 25.552 m2 21. 137 m2 27. 1.440 m2


04. 885 m2 10. 1.823 m2 16. 220 m2 22. 140 m2 28. 8.164 m2

05. 183 m2 11. 1.500 m2 17. 5.450 m2 23. 445 m2 29. 1.600 m2

06. 25.714 m2 12. 15.710 m2 18. 1.300 m2 24. 357 m2 30. 1.500 m2

IX BIAU 375


06 Procesos / Processos / Processes 01. un simple volumen de base rectangular sufre un corte y un desplazamiento en horizontal / 02. las casas como “rocas” emergentes, haciendo eco del paisaje natural de las sierras / 03. retirar el edificio tres metros de la línea municipal, disminuyendo de esta manera su impacto en la cuadra / 04. una arquitectura que valora, en términos de implantación, su relación con el paisaje / 05. os elementos geralmente considerados secundários em uma casa tornam-se os principais / 06. o projeto articulou a verticalização do programade moradia a um embasamento constituído por três equipamentos públicos / 07. um projeto que nasce de dentro para fora, nasce das entranhas e se conforma a partir delas / 08. la materialización del límite entre lo público y lo privado a través de planos ciegos que transforman la imagen de la ciudad / 09. el proyecto tendrá por lotanto 3 escalas de acción en base a diferentes elementos / 10. diseñado y construido con participación directade la comunidad a través de talleres de diseño participativo / 11. una estrategia modular de piezas flexibles permite configurarel jardín / 12. un proceso intelectual basado en el análisis profundo de la métrica y los parámetros que definen los equipamientos sanitarios de gran complejidad / 13. trabajamos el contraste con la fachada exterior provocado por el corte en la cota cero del terreno / 14. una sucesión de rampas suaves con límites lige-

376 IX BIAU


ros y elásticos de acero corrugado, sugieren los tránsitos y escalan las diferentes condiciones del espacio público / 15. los dos bloques, constituidos a su vez por otros dos bloques igualmente paralelos, se alinean con los bordes extremos de la parcela / 16. crear y hacer ciudad por medio de la forma de arquitectura que aporte y dé iniciativa a la convivencia cívica de sus espacios adyacentes / 17. como primera parte del rescate, se alivió la estructura original, demoliendo la gran mayoría de pegotes / 18. tomar la esquina en un solo gesto volumétrico de 17 metros de altura / 19. genera una relación que reconcilia el museo y el taller del muralista con el entorno / 20. dos volúmenes perpendiculares entre sí, se insertan en el claro del terreno / 21. esta tipología permite que los espacios sean polivalentes ampliando la diversidad de usos que se pueda dar a la construcción / 21. esta tipología permite que los espacios sean polivalentes ampliando la diversidad de usos que se pueda dar a la construcción / 22. asumimos la obra con la idea de un dibujo a manoalzada de trazo grueso, como un boceto / 23. incluir a los distintos actores de la comunidad en los distintos procesos de gestión y construcción de la escuela / 24. um conjunto de volumes separados entre si, e seguindo a adaptação da arquitectura tradicional ao terreno / 25. reforçam a identidade familiar do edifício, sólido, seguro, disponível e sem reservas para todas as vivências / 26. conjunto de construções agrupadas no cimo de uma elevação, em torno de um espaço central comum, não formalizado / 27. articulação de diferentes cotas segundo uma estratégia integrada / 28. desta vez fomos diferentes… e porque não fazermos casas? / 29. o projecto devolve a presença do passado como um espaço para a fantasia, a imaginação e a vida na cidade / 30. generación de espacios en la lógica de la barranca, entre un suelo estereotómico de roca, y un techo tectónico que recupera la condición vegetal preexistente

IX BIAU

377


07 Sistemas / Sistemas / Systems 01. T 11-24 ºC / HR 76 % / P 1016 mm 07. T 16-30 ºC / HR 78 % / P 1901 mm 13. T 11-24 ºC / HR 59 % / P 301 mm 19. T 10-25 ºC / HR 28 % / P 820 mm 25. T 12-19 ºC / HR 77 % / P 1254 mm

378 IX BIAU

02. T 11-24 ºC / HR 62 % / P 725 mm 08. T 19-28 ºC / HR 81 % / P 785 mm 14. T 9-21 ºC / HR 66 % / P 369 mm 20. T 16-28 ºC / HR 77 % / P 1854 mm 26. T 11-23 ºC / HR 68 % / P 716 mm

03. T 14-23 ºC / HR 72 % / P 1076 mm 09. T 8-22 ºC / HR 76 % / P 734 mm 15. T 9-20 ºC / HR 59 % / P 369 mm 21. T 18-28 ºC / HR 71 % / P 1401 mm 27. T 13-21 ºC / HR 71 % / P 726 mm


04. T 7-22 ºC / HR 51 % / P 138 mm 10. T 13-25 ºC / HR – % / P 1711 mm 16. T 11-30 ºC / HR 64 % / P 600 mm 22. T 18-28 ºC / HR 71 % / P 1401 mm 28. T 13-22 ºC / HR 69 % / P 576 mm

05. T 16-30 ºC / HR 78 % / P 1901 mm 11. T 23-31 ºC / HR 68 % / P 1656 mm 17. T 13-30 ºC / HR 236 % / P 786 mm 23. T 18-28 ºC / HR – % / P 82 mm 29. T 13-21 ºC / HR 71 % / P 726 mm

06. T 16-30 ºC / HR 78 % / P 1901 mm 12. T 18-26 ºC / HR – % / P 4403 mm 18. T –-25 ºC / HR 28 % / P 820 mm 24. T 14-27 ºC / HR 84 % / P 3357 mm 30. T 22-29 ºC / HR 76 % / P 1080 mm

IX BIAU 379


08 Escenas / Cenários / Scenes 01. el uso del hormigón a la vista conjuga estructura de sostén, estructura espacial y expresión de la vivienda / 02. surge el ladrillo como envolvente y material en contacto con la tierra / 03. un sistema de vigas de hormigón visto y postigos plegadizos / 04. incorpora el conjunto de potencialidades materiales que la zona ofrece / 05. estruturalmente, a piscina funciona como contrapeso do solário / 06. o pavimento de cobertura desses equipamentos, como um térreo elevado / 07. um conjunto de edifícios em concreto aparente pigmentado / 08. la piel de hormigón prefabricado que lo envuelve no se asemeja a las usualmente espejadas de los edificios institucionales / 09. estructuras metálicas y en seco, los diferentes materiales de revestimiento, serán serializados / 10. transferencia de conocimiento en el uso de materiales como la guadua / 11. acabado en muros de granito lavado en tonalidades de azul y verde / 12. diseñado, construido y puesto en marcha en menos de un año / 13. todo material, tanto el aluminio como el plástico, se ha fabricado por extrusión con una sola sección de pieza extruida / 14. sitios para sentarse con piedras recicladas del muro de uno de los huertos, pavimentos porosos y drenantes que ofrecen inercia térmica a la cubierta / 15. al tiempo que al interior del jardín se disponen galerías corridas, protegidas por elementos verticales de aluminio / 16. las edificaciones adyacen-

380 IX BIAU


tes, en su mayoría residencias y negocios construidas de manera informal / 17. una estructura metálica ligera y reversible, que hace referencia al carácter efímero de un andamiaje de obra / 18. marcos rígidos de concreto que se ligan a los muros de block / 19. una celosía perimetral que delimita el contexto urbano; una pieza escultórica horizontal que resguarda la obra de Siqueiros / 20. resaltar la textura y la calidez del ladrillo y dejar a la vista el funcionamiento de la estructura / 21. recuperar materiales, reutilizar todo lo existente, e introducir materiales de descarte reciclados / 22. ese material ignorado, ese escombro/estorbo, es el protagonista principal de la obra / 23. estructura de metal reciclado y cobertura en caña brava / 24. volume maciço em madeira escurecida transforma-se em quatro volumes / 25. superfícies de conotações ‘pétreas’, temperadas por superfícies de conotações orgânicas / 26. procurou-se uma matriz o mais clara possível, traduzida em soluções construtivas económicas / 27. continuidade funcional resulta da aplicação de um número reduzido de materiais / 28. não precisa de “cuidados intensivos”, precisa apenas de outros cuidados / 29. as ruínas serviram como cofragem perdida, enquanto a pele de betão reconstruiu os volumes originais da plateia e da cena do teatro / 30. reutilizar el material removido en la obra, resignificando la piedra soporte de la barranca

IX BIAU

381


Publicaciones / Publicações / Publications Trabajos de Investigación / Trabalhos de Investigação / Research Works Videourbana

IX BIAU



Publicaciones / Publicações / Publications

Madrid, 11 de mayo de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid Miembros del Jurado Ricardo Blinder [Argentina] Miguel Mesa [Colombia] Jeannette Plaut [Chile]

Acta del jurado / Acta do Júri / Minutes of the Jury

Tras examinar las propuestas presentadas, el Jurado acuerda por unanimidad conceder las siguientes distinciones: Premio categoría libros Talca, cuestión de educacion José Luis Uribe Ortiz. Editorial Arquine. Chile Menciones categoría libros (sin orden de mérito) Rio metropolitano: guia para uma arquitetura Varios autores. Editorial Rio Books. Brasil Dreamhamar Ecosistema Urbano. Editorial Lugadero. España Dulces arenas cotidianas Andrés Jaque. Editorial Lugadero. Espana Dialogue Architecture Juan Herreros Arquitectos S.L.. Editorial. La Oficina Ediciones S.L. España La arquitectura es inevitable Ensayo incluido en Madrid ¿Im?posible. Varios autores. Editorial Mairea Libros. España Finalistas categoría libros (sin orden de mérito) Colección Conferencias Varios autores. Editorial Facultad de Arquitectura. Uruguay Semper: el estilo Juan Ignacio Aspiazu. Azpiazu Ediciones. Argentina Guía Candela Juan Ignacio del Cueto. Editorial Arquine. México La arquitectura como arte impuro Antón Capitel. Editorial Fundación Caja de Arquitectos. España Biblioteca Pública de Ceuta Varios autores. García de Paredes-García Pedrosa. España La Estación Marítima de Denia Fernando Casqueiro Barreiro. Editorial: Mairea Libros. España Guia de Arquitetura de Lisboa 1948-2013 Varios autores. Editorial A+A Books. Portugal Paisagem e patrimonio. Aproximações pluridisciplinares Isabel Lopes Cardoso. Dafne. Portugal Fernando Távora. Modernidade permanente José António Bandeirinha, William Curtis, Jorge Figueira, Manuel Mendes, Max Risselada, Daniele Vitale. Editorial Associação Casa da Arquitectura, Fundação Cidade de Guimarães, Família Távora, Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva. Portugal Premio categoría publicaciones periódicas Revista PLOT Collela, Lagrutta, Rodríguez. Editorial Piedra, Papel y Tijera S.A. Argentina Menciones publicaciones periódicas (sin orden de mérito) Bitácora Arquitectura Facultad Arquitectura UNAM. México Jornal Arquitectos Varios autores. Editorial. Ordem dos Arquitectos. Portugal

384 IX BIAU


Madrid, 11 de Maio de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Madrid, 11 May, 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Membros do Júri Ricardo Blinder [Argentina] Miguel Mesa [Colômbia] Jeannette Plaut [Chile]

Members of the Jury Ricardo Blinder [Argentina] Miguel Mesa [Colombia] Jeannette Plaut [Chile]

Depois de examinar as propostas apresentadas, o Júri decide por unanimidade conceder as seguintes distinções:

After examining the submissions, the Jury unanimously agreed to award the following distinctions:

Prémio categoria livros Talca, cuestión de educacion José Luis Uribe Ortiz. Editorial Arquine. Chile

Prize in the books category Talca, cuestión de educación (Talca, a Question of Education) José Luis Uribe Ortiz. Publisher Arquine. Chile

Menções categoria livros (sem ordem de mérito) Rio metropolitano: guia para uma arquitetura Vários Autores. Editorial Rio Books. Brasil Dreamhamar Ecosistema Urbano. Editorial Lugadero. Espanha Dulces arenas cotidianas Andrés Jaque. Editorial Lugadero. Espanha Dialogue Architecture Juan Herreros Arquitectos S.L. Editorial La Oficina Ediciones S.L. Espanha La arquitectura es inevitable Ensayo incluido en Madrid ¿Im?posible. Vários autores. Editorial Mairea Libros. Espanha Finalistas categoria livros (Sem ordem de mérito) Colección Conferencias Vários autores. Editorial Facultad de Arquitectura. Uruguai Semper: el estilo Juan Ignacio Aspiazu. Azpiazu Ediciones. Argentina Guía Candela Juan Ignacio del Cueto. Editorial Arquine. México La arquitectura como arte impuro Antón Capitel. Ed. Fundación Caja de Arquitectos. Espanha Biblioteca Pública de Ceuta Vários autores. García de Paredes-García Pedrosa. Espanha La Estación Marítima de Denia Fernando Casqueiro Barreiro. Editorial Mairea Libros. Espanha Guia de Arquitetura de Lisboa 1948-2013 Vários autores. Editorial A+A Books. Portugal Paisagem e património. Aproximações pluridisciplinares Isabel Lopes Cardoso. Dafne Editora. Portugal Fernando Távora. Modernidade permanente José António Bandeirinha, William Curtis, Jorge Figueira, Manuel Mendes, Max Risselada, Daniele Vitale. Editorial Associação Casa da Arquitectura, Fundação Cidade de Guimarães, Família Távora, Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva, Portugal Prémio categoria publicações periódicas Revistal PLOT Collela, Lagrutta, Rodríguez. Editorial Piedra, Papel y Tijera S.A. Argentina Menções publicações periódicas (sem ordem de mérito) Bitácora Arquitectura Facultad Arquitectura UNAM. México Jornal Arquitectos Vários autores. Editorial. Ordem dos Arquitectos. Portugal

Commended books (not in order of merit) Rio metropolitano: Guide for an architecture Several authors. Publisher Rio Books. Brazil Dreamhamar Ecosistema Urbano. Publisher Lugadero. Spain Dulces arenas cotidianas Andrés Jaque. Publisher Lugadero. Spain Dialogue Architecture Juan Herreros Arquitectos S.L. Publisher La Oficina Ediciones S.L. Spain La arquitectura es inevitable Critical essay. Encabo, Enrique; Esteban Maluenda, Inma. Publisher Mairea Libros. Spain Books finalists (not in order of merit) Colección Conferencias (Collection of Lectures) Several authors. Publisher Faculty of Architecture. Uruguay Semper: el estilo (Semper: Style) Juan Ignacio Azpiazu. Publisher Azpiazu Ediciones. Argentina Guía Candela Juan Ignacio del Cueto. Publisher Arquine. Mexico La arquitectura como arte impuro (Architecture as an Impure Art) Antón Capitel. Publisher Fundación Caja de Arquitectos. Spain Biblioteca Pública de Ceuta (Ceuta Public Library) Several authors. García de Paredes-García Pedrosa. Spain La Estación Marítima de Denia (The Maritime Station of Denia) Fernando Casqueiro Barreiro. Publisher Mairea Libros. Spain Guia de Arquitetura de Lisboa (Guide to the Architecture of Lisbon), 1948-2013 Several authors. Publisher A+A Books. Portugal Paisagem e património. Aproximações pluridisciplinares (Landscape and Heritage. Pluri-disciplianry approaches) Isabel Lopes Cardoso. Dafne. Portugal Fernando Távora. Permanent Modernity José António Bandeirinha, William Curtis, Jorge Figueira, Manuel Mendes, Max Risselada, Daniele Vitale. Publishers Associação Casa da Arquitectura, Fundação Cidade de Guimarães, Família Távora, Fundação Instituto Arquitecto: José Marques da Silva, Portugal Prize in the periodicals category PLOT periodical Collela, Lagrutta, Rodríguez. Publisher Piedra, Papel y Tijera S.A. Argentina Commended periodicals (not in order of merit) Bitácora Arquitectura (Architecture Logbook) Faculty of Architecture UNAM. Mexico IX BIAU 385


Indexnewspaper Varios autores. Target Parallel Lda RITA Revista Indexada de Textos Académicos Varios autores. Redfundamentos S.L. Premio categoría otros soportes app SCALAE Félix Arranz. Editorial SCALAE. España Menciones otros soportes (sin orden de mérito) Colección internacional de ebooks de Arquitectura + Arquitectos. Félix Arranz, director-editor. Editorial Scalae. España Las publicaciones seleccionadas en todas sus categorías son dignas de destacar de acuerdo a los criterios considerados por el jurado: calidad y coherencia del contenido, estructura interna, diseño gráfico y apuesta editorial. Además de ser en sí mismas un aporte al estado del arte. El espíritu crítico es algo que también ha buscado el jurado en las publicaciones. Este rasgo es especialmente visible, de modo diverso y constructivo, en los soportes impresos y digitales seleccionados que conjugan interés grafico con contenidos relevantes y útiles. El jurado quiere destacar los premios otorgados no solo por el valor intrínseco de esas publicaciones, sino también por la trayectoria a la que pertenecen: El libro Talca, recoge de modo gráfico y coherente el trabajo ejemplar de la Escuela de Arquitectura chilena, pero al mismo tiempo evidencia la trayectoria y el crecimiento de la editorial Arquine que ha venido siendo durante años una plataforma para la difusión de la arquitectura y su pensamiento en Iberoamérica y que últimamente ha expandido con éxito su campo editorial. La revista PloT, a pesar de ser relativamente nueva, se ha convertido en poco tiempo en sinónimo de calidad editorial y gráfica, y en un espacio más que generoso con las arquitecturas del cono sur. Su joven equipo directivo va constituyendo día a día un mejor espacio para el intercambio y el diálogo. Nuevos soportes han abierto diferentes campos de divulgación de la arquitectura, es así como la app Scalae es una muestra más de la agilidad intelectual y comunicativa de esta editorial que lleva años tendiendo puentes y ofreciendo su trabajo constante en múltiples soportes. Así lo demuestran también sus ebooks. En lo que se refiere a las menciones y a las publicaciones finalistas el jurado quiere explicar que son una muestra diversa de materiales y que su interés es variopinto. Tanto se ha querido destacar una interesante guía de arquitectura (esta bienal reunió muchas) como un buen libro sobre proyectos u obras, una provechosa colección de conferencias, una merecida traducción, o una delicada pieza teórica. Muchas de las publicaciones seleccionadas son dos o tres cosas al mismo tiempo y en eso también radica su interés, aunque no son comparables entre ellas si constituyen una constelación interesante de lo que hacemos los arquitectos para el beneficio común, para comunicar y enlazarnos. 386 IX BIAU


Indexnewspaper Vários autores. Target Parallel Lda RITA Revista Indexada de Textos Académicos Vários autores. Redfundamentos S.L. Prémio categoria outros suportes app SCALAE Félix Arranz. Editorial SCALAE. Espanha Menções outros suportes (Sem ordem de mérito) Colección internacional de ebooks de Arquitectura + Arquitectos Félix Arranz, director-editor. Editorial SCALAE

Jornal Arquitectos Several authors. Publisher Order of Architects. Portugal Indexnewspaper Several authors. Target Parallel Lda RITA Revista Indexada de Textos Académicos (Indexed Review of Academic Texts) Several authors. Redfundamentos S.L. Prize in the ‘other formats’ category app SCALAE. Félix Arranz. Publisher SCALAE. Spain Commended in ‘other formats’ (not in order of merit) Colección internacional de ebooks de Arquitectura + Arquitectos Félix Arranz, director-editor. Publisher SCALAE

As publicações seleccionadas em todas as categorias são dignas de destaque, de acordo com os critérios considerados pelo júri: qualidade e coerência do conteúdo, estrutura interna, design gráfico e aposta editorial. Para além de serem, por si mesmas, um contributo para o estado da arte.

The publications selected in all the categories were noteworthy because of the criteria considered by the jury: quality and coherence of content, internal structure, graphic design and editorial support. In addition, because they are in themselves a contribution to the state of the art.

O espírito crítico foi também um factor que o júri procurou nas publicações. Esse traço é especialmente visível, de maneira diversa e construtiva, nos suportes impressos e digitais seleccionados, que conjugam interesse gráfico e conteúdos relevantes e úteis.

Another thing that the jury looked for among the entries was a critical spirit. This characteristic was particularly visible, in different and constructive ways, in the selected printed and digital formats which combined graphical interest with relevant and useful content.

O júri pretende destacar os prémios atribuídos, não só pelo valor intrínseco dessas publicações mas também pela trajectória em que se inserem:

The jury wanted to emphasize that the prizes were awarded not only for the intrinsic value of the publications, but also for the career path which they reflect:

O livro Talca recolhe de forma gráfica e coerente o trabalho exemplar da Escola de Arquitectura chilena, mas ao mesmo tempo evidencia a trajectória e o crescimento da editorial Arquine, que tem vindo a perfilar-se, durante anos, como uma plataforma para a difusão da arquitectura e do seu pensamento na Ibero-América, e que ultimamente expandiu com êxito o seu campo editorial.

The book Talca graphically and coherently brings together the exemplary work of the Chilean School of Architecture, but shows at the same time the path and the growth of the publishers Arquine, who have for many years been a platform for the dissemination of architecture and architectural thinking in Ibero-America, and who have recently and successfully expanded the range of their publishing activities.

A revista PloT, apesar de relativamente recente, converteu-se em pouco tempo em sinónimo de qualidade editorial e gráfica, e num espaço mais de que generoso com as arquitecturas do cone sul. A sua jovem equipa de direcção vai dia a dia constituindo um espaço melhor para o intercâmbio e o diálogo.

The periodical Plot, despite being relatively new, has in a very short time become synonymous with editorial and graphical quality, providing a more-than-generous space for the architectures of the Southern Cone. Its young management team is creating, day by day, a better space for interchange and dialogue.

Novos suportes abriram diferentes campos de divulgação da arquitectura; assim, a App da Scalae configura-se como mais uma demonstração de agilidade intelectual e comunicativa desta editorial, que desde há anos vem lançando pontes e oferecendo o seu trabalho constante em múltiplos suportes. Como o demonstram também os seus e-books.

The new formats have opened up different areas for the propagation of architecture. The ‘App’ of Scalae is yet another example of the intellectual and communicative agility of this publisher, which has for many years been building bridges and constantly offering its work in multiple formats. This is also exemplified by its e-books.

No que diz respeito às menções e às publicações finalistas, o júri quer expressar que são uma mostra diversa de materiais e que o seu interesse é multifacetado. Tanto se quis destacar um interessante guia de arquitectura (esta bienal reuniu muitos), como um bom livro sobre projectos ou obras, uma produtiva compilação de conferências, uma tradução meritória ou uma delicada peça teórica.

With regard to the commendations and the publications which were finalists, the jury would like to explain that they represented a diverse exhibition of materials which were interesting in many different ways. The desire to highlight an interesting guide to architecture (and there were many in this biennial exhibition) was the same as the desire to highlight a good book about projects or works, a helpful collection of lectures, a meritorious translation, or a delicate theoretical piece.

Muitas das publicações seleccionadas são simultaneamente duas ou três coisas e também aí radica o seu interesse, e ainda que não sejam comparáveis entre si, constituem uma interessante constelação daquilo que nós, os arquitectos, fazemos para o benefício comum, para comunicar e para nos relacionarmos.

Many of the selected publications are two or three things at the same time, and therein also lies their interest, and although they are not comparable among themselves, they do constitute an interesting constellation of what we architects do for the common good, to communicate and to interconnect. IX BIAU 387


TALCA, CUESTIÓN DE EDUCACION “Talca, cuestión de educación” corresponde a un libro monográfico con las diversas prácticas académicas desarrolladas por la Escuela de Arquitectura de la Universidad de Talca durante los 14 años de existencia, proceso que ha tenido un reconocimiento internacional a través de diversas publicaciones y premiaciones. Además de contener una selección en más de 200 páginas de diseño, fotografía y contenido de lo más destacado de la producción arquitectónica resultado del trabajo de alumnos, profesores y ex alumnos de la Escuela de Arquitectura de la Universidad de Talca, es una recopilación que recorre diversas zonas del paisaje arquitectónico construido por esta escuela en el Valle Central de Chile. Pone énfasis en cinco innovaciones en la educación de arquitectura y en las más de 150 obras que han sido concebidas, gestionad as, diseñadas y construidas por los alumnos, las cuales son el resultado de una enseñanza que promueve la proactividad, la identificación de problemas y posibilidades para nuevos ámbitos de desempeño profesional, y que se busca la resolución de ellos teniendo a la innovación y la creatividad como ejes centrales de trabajo. La publicación pone en valor que los alumnos de la Escuela de Talca gestionan y construyen procesos que parten del entendimiento y el diálogo con el paisaje. Su condición rural le otorga un estudiante distinto, que entiende la materia y la relación de los objetos con el paisaje y el territorio, permitiendo desde la academia editar y curar un modelo propio, que incita a la construcción de dispositivos al servicio de las comunidades y de nuevas narrativas del paisaje donde se inserta. Lo anterior ha sido incorporado en la narrativa del libro, el cual prioriza la presentación de los diversos paisajes que caracterizan la zona, pasando por el paisaje urbano/rural de la ciudad de Talca, el ambiente de trabajo de la Escuela de Arquitectura y la nueva narrativa arquitectónica definida por la serie de obras construidas por sus alumnos y que dan forma al nuevo paisaje contemporáneo del Valle Central de Chile. Finalmente, la publicación cuenta con artículos de Miquel Adriá, Manuel Cuadra, Andrea Griborio, Justo Pastor Mellado, Juan Román y José Luis Uribe. REVISTA PLOT PLOT es una plataforma para la difusión de las prácticas y pensamientos que hacen al campo cultural de la arquitectura contemporánea. PLOT es idealista. Creemos en la necesidad y la posibilidad de renovar argumentos. Nos interesa construir sentido y proponer caminos alternativos para la crisis pragmática en la que se ve envuelta la crítica en las últimas décadas. Nos interesan los discursos en relación a la historia, la teoría y la crítica; a la tecnología, las comunicaciones y la ciencia; a la estética, la responsabilidad social y la política. Nos interesa pensar que los arquitectos no producimos objetos inertes sino atravesados por diversos vectores de sentido. Encontramos riqueza en la variedad de lo global y en lo transferible de la sensibilidad de lo singular. En los valores individuales que conforman lo colectivo. Nuestro mundo es enorme, complejo e interesante. PLOT está diseñada y editada en Buenos Aires. Se fundó a comienzos de 2010. Es bimestral y cada número cuenta con alrededor de 224 a 240 páginas organizadas en tres secciones: revista, práctica y teoría. app SCALAE Aplicación universal para dispositivos móviles (Android + Apple iOS + Amazon OS). newS · eBooks · poDcast · photoLab · aQuarium · videos · aGenda · coupOns · boletín · rodAlíes (blogs CAT) · intermodal (blogs ESP) · interNational (ENG stations) · ae>FB · ae>TWT · app maP · scalae… · …friends amigos amics · +

388 IX BIAU


TALCA, CUESTIÓN DE EDUCACION

TALCA, A QUESTION OF EDUCATION

“Talca, cuestión de educación” corresponde a um livro monográfico, com as diversas práticas académicas desenvolvidas pela Escola de Arquitectura da Universidade de Talca durante os seus 14 anos de existência, processo que obteve reconhecimento internacional através de diversas publicações e prémios. Além de conter uma selecção, em mais de 200 páginas de desenho, fotografia e conteúdo, do mais destacado da produção arquitectónica resultante do trabalho de alunos, professores e exalunos da Escola de Arquitectura da Universidade de Talca, trata-se de uma compilação que percorre diversas zonas da paisagem arquitectónica edificada por esta escola no Vale Central do Chile. O livro põe em destaque cinco inovações na formação em arquitectura e as mais de 150 obras que foram concebidas, geridas, desenhadas e construídas pelos alunos, as quais são resultado de um ensino que promove a pró-actividade, a identificação de problemas e possibilidades para novos âmbitos de desempenho profissional, e que procura a resolução de problemas tendo como eixos centrais de trabalho a inovação e a criatividade. A publicação destaca o facto de os alunos da Escola de Talca gerirem e construírem processos que partem do entendimento e do diálogo com a paisagem. A sua condição rural proporciona-lhe um estudante diferente, que entende a matéria e a relação dos objectos com a paisagem e com o território, permitindo, a partir da academia, editar e ponderar um modelo próprio, que incita à construção de dispositivos ao serviço da comunidade e de novas narrativas da paisagem onde se insere. Tudo isto foi incorporado na narrativa do livro, que dá prioridade à apresentação das diversas paisagens que caracterizam a zona, passando pela paisagem urbana/rural da cidade de Talca, o ambiente de trabalho da sua Escola de Arquitectura e a nova narrativa arquitectónica definida pela série de obras construídas pelos seus alunos e que dão forma à nova paisagem contemporânea do Vale Central do Chile. Finalmente, a publicação conta com artigos de Miquel Adriá, Manuel Cuadra, Andrea Griborio, Justo Pastor Mellado, Juan Román e José Luis Uribe.

‘Talca, a question of education’ is a monographic book about the development of the various academic practices of the School of Architecture of the University of Talca during its 14 years of existence, a process which has been internationally recognized through several publications and awards. As well as including, in more than 200 pages of design, photography and content, a selection of the most noteworthy architectural work produced by students, teachers and former students of the School of Architecture of the University of Talca, it is a compilation covering several areas of the architectural landscape constructed by that School in the Central Valley of Chile. It emphasizes five innovations in education in architecture, and in the more than 150 works conceived, managed, designed and constructed by the student, which wesre the result of teaching which promotes proactivity and the identification of problems and possibilities for new areas of professional achievement and seeks to solve them by using innovation and creativity as the central thrust of the work. The publication highlights the fact that the students of the Talca School manage and construct processes, which begin with an understanding of the landscape and a dialogue with it. Their rural nature makes them a distinct type of student who understands the subject and the relationship between objects and the landscape and territory, and who can, from academia, produce and improve their own model that encourages the construction of devices at the service of the communities and of new narratives about the landscape into which it is inserted. The foregoing has been included in the narrative of the book, which gives priority to a presentation of the various landscapes which characterize the area, including the urbano/rural landscape of the city of Talca, the working atmosphere of the School of Architecture and the new architectural narrative defined by the series of works constructed by the School’s students and which give form to the new, contemporary landscape of the Cenral Valley of Chile. Finally, the publication contains articles by Miquel Adriá, Manuel Cuadra, Andrea Griborio, Justo Pastor Mellado, Juan Román and José Luis Uribe.

REVISTA PLOT

‘PLOT’ MAGAZINE

PLOT é uma plataforma para a difusão das práticas e pensamentos que constituem o campo cultural da arquitectura contemporânea. PLOT é idealista. Acreditamos na necessidade e na possibilidade de renovar argumentos. Interessa-nos construir sentido e propor caminhos alternativos para a crise pragmática que tem envolvido a crítica nas últimas décadas. Interessam-nos os discursos em relação à história, à teoria e à crítica; à tecnologia, às comunicações e à ciencia; à estética, à responsabilidade social e política. Interessa-nos pensar que nós, os arquitectos, não produzimos objectos inertes, mas sim atravessados por diversos vectores de sentido. Encontramos riqueza na variedade do global e no transferível da sensibilidade do singular. Nos valores individuais que configuram o colectivo. O nosso mundo é enorme, complexo e interessante. PLOT é desenhada e editada em Buenos Aires. Foi fundada no início de 2010. É bimestral e cada número conta com cerca de 224 a 240 páginas, organizadas em três secções: revista, prática e teoria.

PLOT is a platform for the dissemination of the practices and thinking which constitute the cultural domain of contemporary architecture. PLOT is idealistic. We believe in the necessity and feasibility of renewing arguments.We are interested in constructing meaning and proposing alternative routes for the pragmatic crisis in which criticism has become enveloped in recent decades. We are interested in discussion about history, theory and criticism; about technology, communication and science;about aesthetics, social responsibility and politics. We like to think that the objects which we architects produce are not inert, but pierce through different vectors of meaning. We find richness in the variety of what is global and in what is transferable from the sensitivity of the singular. In individual values which make up collective value. Our world is enormous, complex and interesting. PLOT is designed and published in Buenos Aires. It was founded at the beginning of 2010. It is bi-monthly, and each issue has about 224 to 240 pages, arranged in three sections: magazine, practice and theory.

app SCALAE

app SCALAE

Aplicação universal para dispositivos móveis (Android + Apple iOS + Amazon OS). newS · eBooks · poDcast · photoLab · aQuarium · videos · aGenda · coupOns · boletín · rodAlíes (blogs CAT) · intermodal (blogs ESP) · interNational (ENG stations) · ae>FB · ae>TWT · app maP · scalae… · …friends amigos amics · …+

Universal application for mobile devices (Android + Apple iOS + Amazon OS). newS · eBooks · poDcast · photoLab · aQuarium · videos · aGenda · coupOns · boletín · rodAlíes (blogs CAT) · intermodal (blogs ESP) · interNational (ENG stations) · ae>FB · ae>TWT · app maP · scalae… · …friends amigos amics · …+

IX BIAU 389


Trabajos de investigación Categorías: Investigación aplicada y equipos

/ Trabalhos de investigação Categorias: investigação aplicada e equipas

/ Research Work Categories: Applied Research and Teams

Acta del jurado / Acta do Júri / Minutes of the Jury

Madrid, 10 y 11 de mayo de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid Asistentes Teresa Caldeira [Brasil] Isabel Martínez San Vicente [Argentina] Louisse Noelle [México] Tras la revisión de la documentación presentada los días previos a la celebración de las reuniones el Jurado acuerda al inicio de la sesión que la cantidad de los trabajos recibidos en la categoría de tesis impide llegar a un fallo en el tiempo previsto los días 10 y 11 de mayo. Por ese motivo, durante la sesión del Jurado en Madrid se evaluarán las otras dos categorías (Investigación aplicada y equipos de investigación), posponiéndose la decisión sobre la categoría de tesis que se hará pública una vez el Jurado haya revisado todo el material recibido. Tras el examen del material remitido de los 39 trabajos en la categoría de Investigación aplicada durante los días 10 y 11 de mayo, el Jurado acuerda conceder el Premio investigación aplicada al trabajo: 9BI-1485. Méjico PRISMA Anais Sandoval Salazar, Beatriz García Gomez, Alejandro Gzz Silva, Gerardo Gzz. de la Garza, Eunice Rmz. Gil, Guillermo Arrambide, Isabella Carranza Asimismo acuerda las siguientes Menciones en la categoría Investigación aplicada: Laboratorio Posconflicto: Hacer Ciudad + Programa de Vivienda Productiva en Guatemala & Centroamérica Un proyecto por URBANÍSTICA—Empresa Metropolitana de Vivienda y Desarrollo Urbano (EMVDU) y Asociación Centroamericana Taller de Arquitectura (a—c—t—a). Siendo una iniciativa colectiva, reconocemos una autoría colectiva: Dirección: Roberto Soundy y Álvaro Véliz; Subdirección: Rossana García Ovalle y Silvia García Vettorazzi; Gerencia Urbana: Ana Cintrón de Méndez; Programa de Vivienda: Eva Campos; Diseño General del CounterSite: Erick Mazariegos; Comunicaciones: Werner Solórzano; Participantes de Diseño: Frank Carrascoza, Gustavo González Silva, Hans Schwarz Bassila, Felipe Vásquez y Jorge Villatoro. 9BI-1012. España Urbe Ludens Angelique Trachana

390 IX BIAU


Madrid, 10 e 11 de Maio de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Madrid, 10 and 11 May, 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Assistentes Teresa Caldeira [Brasil] Isabel Martínez San Vicente [Argentina] Louisse Noelle [México]

Participants Teresa Caldeira [Brazil] Isabel Martínez San Vicente [Argentina] Louisse Noelle [Mexico]

Após rever a documentação apresentada nos dias prévios à realização das reuniões, o Júri delibera no início da sessão que a quantidade de trabalhos recebidos na categoria Tese impede que seja alcançada uma decisão dentro do tempo previsto, até aos dias 10 e 11 de Maio.

After reviewing the documentation presented prior to the holding of the meetings, the Jury agreed at the beginning of the session that the amount of work received in the thesis category precluded the reaching of a decision in the time foreseen on 10 and 11 May.

Por este motivo, durante a sessão do júri em Madrid avaliaram-se as duas outras categorias (Investigação aplicada e Equipas de investigação), adiando-se a decisão sobre a categoria Tese, que se tornará pública assim que o Júri tenha revisto todo o material recebido.

For that reason, during the sitting of the Jury in Madrid, the other two categories were evaluated (Applied Research and Research Teams), and the decision on the thesis category was postponed, and would be made known once the Jury had reviewed all the material received.

Depois de examinar o material recebido dos 39 trabalhos da categoria de Investigação aplicada durante os dias 10 e 11 de Maio, o Júri decide atribuir o Prémio investigação aplicada ao trabalho:

After examining the material of the 39 pieces of work submitted in the category of Applied Research, on 10 and 11 May, the Jury agreed to award the Prize for applied research to the following piece of work:

9BI-1485. México PRISMA Anais Sandoval Salazar, Beatriz García Gomez, Alejandro Gzz Silva, Gerardo Gzz. de la Garza, Eunice Rmz. Gil, Guillermo Arrambide, Isabella Carranza

9BI-1485. Mexico PRISMA Anais Sandoval Salazar, Beatriz García Gomez, Alejandro Gzz Silva, Gerardo Gzz. de la Garza, Eunice Rmz. Gil, Guillermo Arrambide, Isabella Carranza.

Além disso, atribui as seguintes Menções na categoria Investigação aplicada:

It also agreed on the following Distinctions in the category of applied research:

Laboratório Posconflicto: Fazer Cidade + Programa de Habitação Produtiva na Guatemala & América Central Um projecto de URBANÍSTICA – Empresa Metropolitana de Habitação e Desenvolvimento Urbano (EMVDU) e Associação Centro-americana Taller de Arquitectura (a— c—t—a). Sendo uma iniciativa colectiva, reconhecemos uma autoria colectiva: Direcção: Roberto Soundy e Álvaro Véliz; Sub-direcção: Rossana García Ovalle e Silvia García Vettorazzi; Gestão Urbana: Ana Cintrón de Méndez; Programa de Habitação: Eva Campos; Design geral do CounterSite: Erick Mazariegos; Comunicações: Werner Solórzano; Participantes no design: Frank Carrascoza, Gustavo González Silva, Hans Schwarz Bassila, Felipe Vásquez e Jorge Villatoro.

Post-conflict laboratory: City-Building + Productive Housing Programme in Guatemala & Central America A project by URBANÍSTICA—Empresa Metropolitana de Vivienda y Desarrollo Urbano (EMVDU) and Asociación Centroamericana Taller de Arquitectura (a—c—t—a). As it is a collective initiative, we recognize collective authorship: Directors: Roberto Soundy and Álvaro Véliz; Assistant Directors: Rossana García Ovalle and Silvia García Vettorazzi; Urban Management: Ana Cintrón de Méndez; Housing Programme: Eva Campos; Overall Design of the Countersite: Erick Mazariegos; Communications: Werner Solórzano; Participants in Design: Frank Carrascoza, Gustavo González Silva, Hans Schwarz Bassila, Felipe Vásquez and Jorge Villatoro.

9BI-1012. Espanha Urbe Ludens Angelique Trachana

9BI-1012. Spain Urbe Ludens Angelique Trachana

IX BIAU

391


364

Tras el examen del material remitido de los 31 trabajos en la categoría de Investigación aplicada, el Jurado acuerda conceder el Premio investigación desarrollada por equipos al trabajo: 9BI- 1537. Ecuador Densificación de la ciudad “Aproximación desde la Arquitectura” Aplicación multifamiliares del IESS-Cuenca, Ecuador. La primera etapa fue elaborada por diez arquitectos egresados de la 3ra Maestria de Proyectos arquitectónicos de Cuenca Ecuador: Ma. Ángeles Cuenca Rosillo Kenny Espinoza Carvajal Oscar Moscoso Orellana Jorge Ordóñez García Edgar Ortega Ortega Gastón Peñafiel Encalada Cristian Peñafiel Ortega Germán Pérez Solíz Iván Pérez Solíz Jaime Tenesaca Castro. La segunda etapa es la aplicacion de la investigacion de manera individual. Asimismo acuerda las siguientes Menciones Investigación desarrollada por equipos: 9BI-0578. España Aprendiendo de las Cuencas Nacho Ruiz Allén y Sara López Arraiza 9BI-0739. España Takatona II GRUPO DE INVESTIGACIÓN URSCAPES – (TIDES), Vicente Mirallave Izquierdo/ Director del ProyectoInvestigador, Flora Pescador Monagas/ Directora del Sector de Paisaje y Medio Ambiente, Ángel Casas Suárez/ Investigador, Jin Taira Alonso/ Investigador 9BI-1339. España Atributos Urbanos. Comparativa sobre dinámicas urbanas en el territorio andaluz y diversas regiones de Latinoamérica Marta Pelegrín, Fernando Pérez, Carlos García Vázquez, Plácido González Martínez Dado que no se encuadraban dentro de las dos categorías previstas por la convocatoria, se decidió otorgar dos menciones especiales a trabajos de investigación de corte histórico: 9BI-0953. Argentina Cuando Misiones era moderna. Reconstrucción de una aventura María Antonia Nosiglia, María Silvia López Coda, Lucía Cella, Lucía Bieule 9BI-1157. México Arqueología de la modernidad. La persistencia de las ideas Juan José Kochen, Lucía Villers, Alberto Odériz En Madrid, 11 de mayo de 2014

392 IX BIAU


Depois de examinar o material recebido dos 31 trabalhos da categoria de Investigação aplicada durante os dias 10 e 11 de Maio, o Júri decide atribuir o Prémio investigação desenvolvida por equipas ao trabalho:

After examining the material of the 31 pieces of work submitted in the category of Applied Research, the Jury agreed to award the Prize for research carried out by teams to the following piece of work:

9BI- 1537. Equador Densificación de la ciudad “Aproximación desde la Arquitectura” Aplicación multifamiliares del IESS-Cuenca, Ecuador. Autores: A primeira etapa foi elaborada por dez arquitectos licenciados do 3ª Mestrado de Projectos Arquitectónicos de Cuenca, Equador: Ma. Ángeles Cuenca Rosillo Kenny Espinoza Carvajal Oscar Moscoso Orellana Jorge Ordóñez García Edgar Ortega Ortega Gastón Peñafiel Encalada Cristian Peñafiel Ortega Germán Pérez Solíz Iván Pérez Solíz Jaime Tenesaca Castro. A segunda etapa consiste na aplicação da investigação de forma individual.

9BI- 1537. Ecuador Densification of the city ‘An Architectural Approach’ A multi-family application of the IESS (Ecuadorian Institute for Social Security) - Cuenca, Ecuador. Authors: The first stage was carried out by ten architects graduating from the 3rd Master’s Degree Course in Architectural Projects in Cuenca, Ecuador: Ma. Ángeles Cuenca Rosillo, Kenny Espinoza Carvajal, Oscar Moscoso Orellana, Jorge Ordóñez García, Edgar Ortega Ortega, Gastón Peñafiel Encalada, Cristian Peñafiel Ortega, Germán Pérez Solíz, Iván Pérez Solíz, Jaime Tenesaca Castro. The second stage was the application of the research in an individual manner.

Além disso, atribui as seguintes Menções na categoria Investigação desenvolvida por equipas:

It also agreed on the following Distinctions for Research carried out by Teams:

9BI-0578. Espanha Aprendiendo de las Cuencas Nacho Ruiz Allén e Sara López Arraiza

9BI-0578. Spain Aprendiendo de las Cuencas (Learning from Basins). Authors: Nacho Ruiz Allén and Sara López Arraiza

9BI-0739. Espanha Takatona II GRUPO DE INVESTIGACIÓN URSCAPES – (TIDES), Vicente Mirallave Izquierdo/ Director do Projecto – Investigador, Flora Pescador Monagas/ Directora do Sector de Paisagem e Meio Ambiente, Ángel Casas Suárez/ Investigador, Jin Taira Alonso/ Investigador

9BI-0739. Spain Takatona II GRUPO DE INVESTIGACIÓN URSCAPES – (TIDES), Vicente Mirallave Izquierdo/ Project Director-Researcher, Flora Pescador Monagas/ Director of Landscape and Environment Section, Ángel Casas Suárez/ Researcher, Jin Taira Alonso/Researcher

9BI-1339. Espanha Atributos Urbanos. Comparativa sobre dinámicas urbanas en el territorio andaluz y diversas regiones de Latinoamérica Marta Pelegrín, Fernando Pérez, Carlos García Vázquez, Plácido González Martínez

9BI-1339. Spain Atributos Urbanos (Urban Attributes). Comparison of urban dynamics in the Andalusian territory and various regions of Ibero-America Marta Pelegrín, Fernando Pérez, Carlos García Vázquez, Plácido González Martínez

Uma vez que não se enquadravam nas duas categorias previstas pela convocatória, decidiu-se atribuir duas menções especiais a trabalhos de investigação de cariz histórico:

As they did not fall within the two categories foreseen for the ceremony, it was decided to award two special distinctions to historical research work:

9BI-0953. Argentina Cuando Misiones era moderna. Reconstrucción de una aventura María Antonia Nosiglia, María Silvia López Coda, Lucía Cella, Lucía Bieule

9BI-0953. Argentina Cuando Misiones era moderna. Reconstrucción de una aventura. (When Misiones was modern. Reconstruction of an Adventure) María Antonia Nosiglia, María Silvia López Coda, Lucía Cella, Lucía Bieule

9BI-1157. México Arqueología de la modernidad. La persistencia de las ideas Juan José Kochen, Lucía Villers, Alberto Odériz

9BI-1157. Mexico Arqueología de la modernidad. La persistencia de las ideas (The archeology of modernity. The persistence of ideas) Juan José Kochen, Lucía Villers, Alberto Odériz

Madrid, a 11 de Maio de 2014

Madrid, 11 May, 2014

IX BIAU 393


Premio investigación aplicada PRISMA Durante la investigación se buscó junto con el municipio de Santa Catarina, Nuevo León que parte podría ser intervenida. Se tomó la zona de Cumbres de Santa Catarina y Cordilleras del Virrey y fue entonces que se comenzó el proceso de investigación y de inmersión por parte de los alumnos. De los resultados más significativos por parte de la comunidad fue la gran preocupación que tenían con respecto a la seguridad de la zona y otro gran hallazgo fue la identificación de los diferentes usuarios que se ven afectados. Cabe mencionar que el municipio de Santa Catarina es uno de los municipios más inseguros y con menor calidad de vida. Ahí se descubrieron varios fenómenos como el caso de las madres de familia que muchas de ellas está sin que hacer por las mañana y solo van y dejan a los hijos a la escuela y por las tardes les da miedo dejarlos salir y eso hace que se vivan problemas familiares complicados, por otra parte se pudo ver el gran miedo que se le tienen a los jóvenes de la comunidad por verlos como pandilleros y que se les acusaba en gran parte de tener a la colonia en situaciones deplorables por el grafiti y eso estéticamente tampoco ayudaba a la zona. Fue gracias a la investigación que se decidió centrarnos en la biblioteca José Manuel Cuevas ubicada en la entrada de la colonia y que esta continua a una gran área recreativa que se tiene abandonada. Las diferentes disciplinas como Arquitectura de Interiores, Diseño Gráfico, Diseño Industrial, Diseño en Modas, Animación, Arte Digital y Mercadotecnia comenzaron a hacer su propuesta y fue así que nació el concepto “Prisma” ya que se le quería dar a zona esa vitalidad y esa luz que tanto necesitaba. El proyecto actualmente se encuentra en una etapa de preproducción ya que se están buscando apoyos para llevarlo a cabo por parte del municipio de Santa Catarina.

Premio investigación desarrollada por equipos Densificación de la ciudad “Aproximación desde la Arquitectura” Aplicación multifamiliares del IESS-Cuenca Ecuador La presente investigación plantea como hipótesis primordial, identificar medios o factores precisos que determinen los procedimientos necesarios para densificar las ciudades, es decir, aumentar la densidad promedio de las urbes e intensificar las densidades de vivienda, de modo que puedan aplicarse a nuestra realidad y sobre todo se transformen en políticas gubernamentales para el crecimiento de las urbes. Un paso previo consiste en el análisis cronológico de la evolución histórica de las ciudades, revisando los nuevos conceptos urbanísticos planteados a inicios del siglo XX, que permiten tener una visión clara de los principios de re-ordenamiento y densificación de las “nuevas ciudades”, principios que sirven de base para la comparación y formulación de criterios futuros. una vez identificados estos factores la investigación centra su estudio en Sao Paulo, Bogotá, Medellín, Montevideo, Santiago, Quito, Guayaquil, Cuenca y Loja, para profundizar mucho más en la descripción de ejemplos “paradigmáticos” tanto de vivienda colectiva, como de asentamientos urbanos que hayan sido o sean relevantes en el contexto de cada ciudad. A través de la aplicación de una ficha técnica se recogen datos relevantes de cada conjunto y metrópoli, que permiten la elaboración de gráficos resúmenes, para la aplicación de una “Matriz de Valoración” en donde se comparan cada uno de los asentamientos según los parámetros establecidos. ésta comparación permite obtener resultados a través de los cuales se identifican condiciones que establecen una “Guía” de manera que, aplicando los principios detectados, pueda convertirse en la base para un modelo ideal de densificación de la ciudad.

394 IX BIAU


Prémio investigação aplicada

Prize for applied research

PRISMA

PRISMA

Durante a investigação procurou-se, em conjunto com o município de Santa Catarina, Nuevo León, que área poderia ser intervencionada. Tomou-se a zona de Cumbres de Santa Catarina e Cordilleras del Virrey e começou então o processo de investigação e de imersão por parte dos alunos. Entre os resultados mais significativos por parte da comunidade foi a grande preocupação verificada com a segurança da zona e outra grande descoberta foi a identificação dos diferentes usuários que se vêm afectados. Há que mencionar que Santa Catarina é um dos municípios mais inseguros e com menor qualidade de vida. Aí se descobriram vários fenómenos, como o caso das mães de família que, muitas delas, estão sem nada que fazer durante as manhãs para além de levarem os filhos à escola e que, pela tarde, têm medo de os deixar sair, o que faz com que se vivam problemas familiares complicados; por outro lado foi possível detectar o grande medo que existe perante os jovens da comunidade, por serem vistos como membros de gangues e acusados, em grande parte, de situações deploráveis na zona, como os graffiti, o que esteticamente também não ajuda a área. Foi graças à investigação que decidimos centrar-nos na Biblioteca José Manuel Cuevas, localizada na entrada da comunidade e contígua a uma grande área recreativa que se encontra abandonada. As diferentes disciplinas, como Arquitectura de Interiores, Design Gráfico, Design Industrial, Design de Moda, Animação, Arte Digital e Marketing, começaram a fazer as suas propostas e foi assim que nasceu o conceito “Prisma”, uma vez que se pretendia dar à zona essa vitalidade e essa luz de que tanto precisava. O projecto encontra-se actualmente numa etapa de préprodução, já que se procuram apoios por parte do município de Santa Catarina para o levar a cabo.

During the investigation, a search was made, together with the municipality of Santa Catarina, Nuevo León, for the part which could be worked on. The areas of Cumbres de Santa Catarina and Cordilleras del Virrey were selected, and it was then that the process of the students’ research and immersion began. One of the most significant observations of the community was the great concern for the safety and security of the area, and another important finding was the identification of the different users who would be affected. It is noteworthy that Santa Catarina is one of the most insecure municipalities, and one with the lowest quality of life. There, various phenomena were discovered, such as the case of many mothers who had nothing to do in the mornings apart from taking their children to school, and who were afraid to let them go out in the evenings, which caused complicated family problems. One could also notice a great fear of the youths of the community, who were regarded as gangsters and were accused of being mainly responsible for placing the colony in a deplorable situation because of graffiti, which did not help the area aesthetically either. As a result of the research it was decided to concentrate on the José Manuel Cuevas Library, which was situated at the entrance to the colony, and which leads to a large recreational area that is currently abandoned. The different disciplines such as Architecture of Interiors, Graphic Design, Industrial Design, Design in Fashion, Animation, Digital Art and Marketing began to make their proposals, and it was thus that the concept ‘Prisma’ was born, because there was a strong desire to give the area the vitality and light which it needed so much. The project is currently at the pre-production stage, because support for its implementation is being sought from the municipality of Santa Catarina.

Prémio investigação desenvolvida por equipas

Prize for research carried out by teams

Densificación de la ciudad “Aproximación desde la Arquitectura” Aplicación multifamiliares del IESS-Cuenca Ecuador

Densification of the City – ‘An Architectural Approach’. A multi-family application of the IESS (Ecuadorian Institute for Social Security), Cuenca, Ecuador

A presente investigação coloca como hipótese primordial identificar meios ou factores precisos que determinem os procedimentos necessários para densificar as cidades, ou seja, aumentar a densidade média das urbes e intensificar as densidades habitacionais, de modo a que possam aplicar-se à nossa realidade e sobretudo se transformem em políticas governamentais para o crescimento das urbes. Uma etapa prévia consiste na análise cronológica da evolução histórica das cidades, revendo os novos conceitos urbanísticos estabelecidos no início do século XX, que permitem ter uma visão clara dos princípios de reordenamento e densificação das “novas cidades”, princípios esses que servem de base para a comparação e formulação de critérios futuros. Uma vez identificados estes factores, a investigação centra o seu estudo em São Paulo, Bogotá, Medellín, Montevideu, Santiago, Quito, Guayaquil, Cuenca e Loja, para aprofundar muito mais a descrição de exemplos “paradigmáticos”, tanto de habitações colectivas como de assentamentos urbanos que tenham sido ou sejam relevantes para o contexto de cada cidade. Através da aplicação de uma ficha técnica, recolhem-se dados relevantes de cada conjunto e metrópole, que permitem a elaboração de resumos gráficos para a aplicação de uma “Matriz de Valorização”, onde se compara cada um dos assentamentos segundo os parâmetros estabelecidos. Esta comparação permite obter resultados através dos quais se identificam condições que estabelecem um “Guia”, de maneira a que, aplicando os princípios detectados, este possa converter-se na base para um modelo ideal de densificação da cidade.

The primordial hypothesis of this research is to identify specific means or factors which determine the procedures necessary to densify cities, that is to say, to increase the average density of the major cities and intensify the densities of housing, so that they can be applied to our reality and, especially, transformed into governmental policies for the growth of cities. A first step consists of the chronological analysis of the historical evolution of cities, reviewing the new urbanistic concepts proposed at the beginning of the 20th century, which provide one with a clear view of the beginnings of the re-ordering and densification of the “new cities”, beginnings which serve as a basis for comparison and the formulation of future criteria. Once these factors had been identified, the research focused its study on Sao Paulo, Bogotá, Medellín, Montevideo, Santiago, Quito, Guayaquil, Cuenca and Loja, to delve much deeper into the description of ‘paradigmatic’ examples of both communal housing and urban settlements which had been or still were relevant in the context of each city. Using a technical data sheet, relevant data were collected about each conglomeration or metropolis, which enabled graphic summaries to be prepared, for the application of an ‘Evaluation Matrix’ in which the settlements could be compared in accordance with fixed parameters. This comparison provided results from which to identify conditions for the establishment of a ‘Guide’, which could be converted by applying the principle detected into the basis for an ideal model of city densification.

IX BIAU 395


Trabajos de investigación Categorías:Tesis de maestría y doctorado

/ Trabalhos de investigação Categorias: Teses de mestrado e doutoramento

/ Research Work Categories: Master’s and doctoral theses

Acta del jurado / Acta do Júri / Minutes of the Jury

Madrid, 10 y 11 de mayo de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid Asistentes Teresa Caldeira [Brasil] Isabel Martínez San Vicente [Argentina] Louise Noelle [México] Tras la revisión de la documentación presentada los días previos a la celebración de las reuniones el Jurado acuerda al inicio de la sesión que la cantidad de los trabajos recibidos en la categoría de tesis impide llegar a un fallo en el tiempo previsto los días 10 y 11 de mayo. Para poder evaluar la totalidad 179 tesis se acuerdo en la sesión del Jurado que los Delegados y otros expertos realicen una evaluación previa de los trabajos entre los meses de mayo y junio, de manera que puedan hacer una preselección que se eleve al Jurado para la decisión final. Este comité previo de selección de tesis ha estado formado por: Pablo Altikes (Chile) Ana María Durán (Ecuador) Fernanda Canales (México) Martín Cobas (Uruguay) Alvaro Puntoni (Brasil) Julio César Diarte (Paraguay) Francisco Rodríguez (Puerto Rico) Sandra Gutiérrez Poizat (El Salvador) Luis Tavares (Portugal) Cristina Guedes (Portugal) João Mendes (Portugal) Henry Vicente (Venezuela) Isabel Martínez San Vicente (Argentina) Para facilitar la evaluación del material, se clasifican las tesis en las siguientes categorías: tesis de grado, tesis de maestría y tesis doctorales. Una vez evaluados los trabajos por este Comité previo, se realiza una selección de las mejores valoradas, resultado una lista de 44 tesis. Durante los meses de julio y agosto, los miembros del Jurado evalúan estos trabajos, llegándose finalmente a las siguientes consideraciones. Por la gran cantidad y calidad de las tesis presentadas y seleccionadas en la primera fase, de manera conjunta la organización de la BIAU y el Jurado decidieron considerar dos subcategorías en la categoría Trabajos de Investigación: Tesis de maestría y tesis doctorales otorgar de forma diferencia el premio de tesis de Master y el de Doctorado. Tras la evaluación de los trabajos en estas dos subcategorías, el Jurado acuerda conceder los siguientes premios y distinciones:

396 IX BIAU


Madrid, 10 e 11 de Maio de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Madrid, 10 and 11 May, 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Assistentes Teresa Caldeira [Brasil] Isabel Martínez San Vicente [Argentina] Louise Noelle [México]

Participants Teresa Caldeira [Brazil] Isabel Martínez San Vicente [Argentina] Louise Noelle [Mexico]

Após rever a documentação apresentada nos dias anteriores à realização das reuniões, o Júri decide, no início da sessão, que o volume de trabalhos recebidos na categoria Teses não permite chegar a uma decisão na altura prevista, os dias 10 e 11 de Maio.

After reviewing the documentation presented during the days prior to the meetings, the Jury agreed at the beginning of the session that the quantity of work received in the thesis category prevented the reaching of a decision in the period foreseen (on 10 and 11 May).

Para poder avaliar a totalidade das 179 teses, ficou decidido na sessão do Júri que uma avaliação prévia dos trabalhos seria realizada pelos Delegados e outros peritos entre os meses de Maio e Junho, de maneira a elaborar uma préselecção a apresentar ao Júri para decisão final.

To be able to assess all of the 179 theses, it was agreed during the meeting of the Jury that the Delegates and other experts would carry out an initial assessment of the work submitted between the months of May and June, so that they could make a pre-selection which would then be passed to the Jury for the final decision.

Este comité prévio de selecção de teses foi constituído por: Pablo Altikes (Chile) Ana María Durán (Equador) Fernanda Canales (México) Martín Cobas (Uruguai) Alvaro Puntoni (Brasil) Julio César Diarte (Paraguai) Francisco Rodríguez (Porto Rico) Sandra Gutiérrez Poizat (El Salvador) Luis Tavares (Portugal) Cristina Guedes (Portugal) João Mendes (Portugal) Henry Vicente (Venezuela) Isabel Martínez San Vicente (Argentina) Para facilitar a avaliação dos materiais, classificaram-se as teses nas seguintes categorias: teses de licenciatura, teses de mestrado e teses de doutoramento. Uma vez avaliados os trabalhos por este Comité prévio, realizou-se uma selecção dos mais valorizados, daí resultando uma lista de 44 teses. Durante os meses de Julho e Agosto, os membros do Júri avaliaram estes trabalhos, chegando finalmente às seguintes considerações: devido à grande quantidade e qualidade das teses apresentadas e seleccionadas na primeira fase, a organização da BIAU e o Júri decidiram, em conjunto, considerar duas subcategorias na categoria Trabalhos de Investigação: Teses de Mestrado e Teses de Doutoramento, outorgando de forma diferenciada o Prémio de Teses de Mestrado e o Prémio de Teses de Doutoramento. Depois da avaliação dos trabalhos nestas duas subcategorias, o Júri delibera conceder os seguintes prémios e distinções:

The committee for the pre-selection was composed of: Pablo Altikes (Chile) Ana María Durán (Ecuador) Fernanda Canales (Mexico) Martín Cobas (Uruguay) Alvaro Puntoni (Brazil) Julio César Diarte (Paraguay) Francisco Rodríguez (Puerto Rico) Sandra Gutiérrez Poizat (El Salvador) Luis Tavares (Portugal) Cristina Guedes (Portugal) João Mendes (Portugal) Henry Vicente (Venezuela) Isabel Martínez San Vicente (Argentina) To facilitate the evaluation of the material, the theses were classified into the following categories: first degree theses, master’s degree theses and doctoral theses. Once the work had been evaluated by the pre-selection committee, the best pieces were selected, resulting in a list of 44 theses. During July and August, the members of the Jury assessed those theses, and finally concluded that, owing to the large number and the high quality of the theses submitted and selected in the first phase, the BIAU’s organisers and the Jury should jointly decide to consider two sub-categories within the category of Research Work: Master’s Thesis and Doctoral Thesis, and to award in a differentiated manner the prize for the Master’s Thesis and that for the Doctoral Thesis. Following the assessment of the work in the two subcategories, the Jury agreed to award the following prizes and distinctions:

IX BIAU 397


Tesis de maestría Premio exaequo tesis de maestría A Estrada Comercial. Interpretação morfológica de um novo elemento urbano na metrópole de Lisboa Autor: João Silva Leite. Portugal El orden de lo imprevisible. La estructura de sucesos en 5 casas del s. XX Chile. Autor: Damián Plouganou. Argentina Menciones tesis de maestría Construir sobre lo construido. Aproximación a las estrategias de recuperación de pueblos abandonados en el pirineo aragonés Autor: Sixto Marín Gavin. España Redes, instituciones y Planificación. El caso del Instituto Regional y Urbano del Litoral (1955-1965) Autora: Alejandra Inés Monti. Argentina Tesis doctorales Premio exaequo tesis doctorales Después de Einstein: Una Arquitectura para una Teoría Autor: Pablo Jesús Gutiérrez Calderón. España Redes, Ritmos y Mosaicos. Modelo Interpretativo del Territorio Rural Cafetero de los Municipios del Área Metropolitana Centro Occidente – AMCO Autor: César Augusto Londoño Gómez. Colombia Menciones tesis doctorales En el límite de la arquitectura-paisaje: las Escuelas Nacionales de Arte de La habana Autora: María José Pizarro Juanas. España Las Huellas del Plan para Bogotá de Le Corbusier, Sert y Wiener Autora: Doris Tarchópulos. Colombia Heterotopia: Reframing Spatial Practices and Boundaries, c.1968-2008 Autor: Emanuel José Rocha Ferreira de Sousa. Portugal JR Soto. La construcción de un entorno desmaterializado Autora: Elizabeth García García, Venezuela El Jurado quiere dejar constancia de su agradeciendo a todos los participantes por su interés en esta edición de la Bienal Iberoamericana. En Madrid, 10 de septiembre de 2014

Premio exaequo tesis de maestría 9BI-0304. Portugal La Estrada Comercial. Interpretación morfológica de un nuevo elemento urbano en la metrópolis de Lisboa João Silva Leite Jurado: Presidente: Dr. João Pedro Costa / Vocales: Dra. Teresa Marat Mendes, Dr. Carlos Dias Coelho (orientador), Dra. Sofia Morgado (coorientadora). Facultad de Arquitectura. Universidade Técnica de Lisboa La “calle”, en el seno de la cultura occidental, es el elemento urbano más común en la producción de tejidos urbanos –estructurando y creando espacio público–, es un lugar privilegiado para 398 IX BIAU


Teses de mestrado Prémio ex aequo teses de mestrado A Estrada Comercial. Interpretação morfológica de um novo elemento urbano na metrópole de Lisboa Autor: João Silva Leite. Portugal

Master’s theses Prize ex aequo, master’s theses The Commercial Street. A morphological interpretation of a new urban element in the metropolis of Lisbon Author: João Silva Leite. Portugal

A ordem do imprevisível. A estrutura de ocorrências em 5 casas do século XX Chile. Autor: Damián Plouganou. Argentina

The order of the unpredictable. The structure of happenings in 5 XXth-century houses Chile. Author: Damián Plouganou. Argentina

Menções teses de mestrado Construir sobre o construído. Aproximação às estratégias de recuperação de aldeias abandonadas nos Pirenéus aragoneses Autor: Sixto Marín Gavin. Espanha

Distinctions, master’s theses Building on the already built. An approach to strategies for recovering abandoned towns in the Aragonese Pyrenees Author: Sixto Marín Gavin. Spain

Redes, instituições e Planificação. O caso do Instituto Regional e Urbano do Litoral (1955-1965) Autora: Alejandra Inés Monti. Argentina

Networks, Institutions and Planning. The case of the Regional and Urban Institute of the Seaboard (1955-1965) Author: Alejandra Inés Monti. Argentina

Teses de doutoramento Prémio ex aequo teses de doutoramento Depois de Einstein: uma Arquitectura para uma Teoria Autor: Pablo Jesús Gutiérrez Calderón. Espanha

Doctoral theses Prize ex aequo, doctoral theses After Einstein: an Architecture for a Theory Author: Pablo Jesús Gutiérrez Calderón. Spain

Redes, Ritmos e Mosaicos. Modelo Interpretativo do Território Rural Cafezeiro dos Municípios da Área Metropolitana Centro-Ocidental – AMCO Autor: César Augusto Londoño Gómez. Colômbia

Networks, Rhythms and Mosaics. An Interpretative Model of the Rural Coffee-Growing Territory of the Municipalities of the West Central Metropolitan Area) – AMCO Author: César Augusto Londoño Gómez. Colombia

Menções teses de doutoramento No limite da arquitectura-paisagem: as Escolas Nacionais de Arte de Havana Autora: María José Pizarro Juanas. Espanha

Distinctions, doctoral theses On the boundary of architecture/landscape: the National Art Schools of Havana Author: María José Pizarro Juanas. España

As marcas do plano para Bogotá de Le Corbusier, Sert e Wiener Autora: Doris Tarchópulos. Colômbia

Traces of the Plan for Bogota of Le Corbusier, Sert and Wiener Author: Doris Tarchópulos. Colombia

Heterotopia: Reframing Spatial Practices and Boundaries, c. 1968-2008 Autor: Emanuel José Rocha Ferreira de Sousa. Portugal

Heterotopia: Reframing Spatial Practices and Boundaries, c.1968-2008 Author: Emanuel José Rocha Ferreira de Sousa. Portugal

JR Soto. A construção de um entorno desmaterializado Autora: Elizabeth García Garcia. Venezuela

J.R. Soto.The construction of a de-materialized environment Author: Elizabeth García García, Venezuela

O Júri quer deixar expresso o seu agradecimento a todos os participantes pelo interesse demonstrado nesta edição da Bienal Ibero-Americana de Arquitectura e Urbanismo.

The Jury would like to express their thanks to all the participants for their interest in this Biennial IberoAmerican Exhibition.

Madrid, a 10 de Setembro de 2014

Madrid, 10 September, 2014

Prémio ex aequo teses de mestrado

Prize ex aequo, master’s theses

9BI-0304. Portugal A Estrada Comercial. Interpretação morfológica de um novo elemento urbano na metrópole de Lisboa João Silva Leite / Júri: Presidente: Doutor João Pedro Costa / Vogais: Doutora Teresa Marat Mendes, Doutor Carlos Dias Coelho (orientador), Doutora Sofia Morgado (co-orientadora). Faculdade de Arquitectura. Universidade Técnica de Lisboa A “rua”, dentro da matriz cultural ocidental, é o elemento urbano mais comum na produção de tecidos urbanos, estruturando e constituindo espaço público, local privilegiado para a sociabilização de indivíduos, mas também fundamental na organização e

9BI-0304. Portugal The Commercial Street. A morphological interpretation of a new urban element in the metropolis of Lisbon João Silva Leite / Jury: Chairman: Dr. João Pedro Costa / Members: Dr. Teresa Marat Mendes, Dr. Carlos Dias Coelho (orientator), Dr. Sofia Morgado (co-orientator). Faculty of Architecture. Technical University of Lisbon The “street”, in occidental culture, is the most common urban component in the creation of urban fabrics – structuring and creating public space – and is a favoured place for making individuals more sociable, playing a fundamental part in the IX BIAU 399


la sociabilización de los individuos y pieza fundamental en la organización y desarrollo de la propia ciudad. Sin embargo, el crecimiento pronunciado de la ciudad en los últimos años ha generado nuevas morfologías de tejidos urbanos no siempre reconocibles según los patrones establecidos. La ciudad ha tenido un crecimiento discontinuo, disperso, e incluso a veces se ha ido aglomerando junto a los principales ejes de movilidad, con los que se pretendía establecer relaciones de contigüidad. Los elementos clásicos de producción de tejido urbano dan lugar a diferentes interpretaciones según las cuales surgen nuevos elementos urbanos que componen nuevas formas de tejidos. En esta disertación se realiza un estudio tipo-morfológico de uno de estos nuevos elementos urbanos, la Estrada Comercial, y se toma como caso de estudio la N378, situada en el área metropolitana de Lisboa. Se trata de una infraestructura que se encuentra en proceso de metamorfosis urbana y que cumple un papel importante en la estructuración de tejidos urbanos. Asimismo, constituye un elemento de vínculo y un vehículo crucial para el desarrollo de varias dinámicas relevantes en el contexto actual de la Lisboa metropolitana. El estudio morfológico de este elemento, realizado a través de su tipología, permite una mejor compresión del fenómeno de emergencia de tejidos urbanos, el modo en el que se constituyen y cuáles son sus características esenciales. El conocimiento adquirido podrá permitir la creación de una base de referencia para la enseñanza y producción de nuevos tejidos urbanos contemporáneos más coherentes, comprensibles y jerarquizados. Podrá también contribuir a la mejoría de las necesidades sociales latentes en áreas más segregadas de los centros urbanos consolidados. 9BI-0993. Chile El orden de lo imprevisible. La estructura de sucesos en 5 casas del s. XX Damián Plouganou / Profesor Guía: Horacio Torrent. Pontificia Universidad Católica de Chile. Facultad de Arquitectura, Diseño y Estudios Urbanos. Escuela de Arquitectura. Magíster en Arquitectura Con el objetivo general de una revisión teórica en torno a uno de los temas fundacionales de la tradición disciplinar, como es la función y sus conceptos afines -utilidad, programa, acción, situaciónse propone la investigación de la casa en el siglo veinte, como germen de un proyecto moderno que introduce el interés particular por modificar la configuración utilitaria de los espacios domésticos, ya que, desde el medioevo, la organización funcional la casa se constituye a través de hábitos y costumbres que quedan por fuera del campo de acción del arquitecto. A partir de los años veinte, la disciplina adopta la casa como principal campo de acción y de experimentación. La noción de "suceso", central en el trabajo, se adopta como interpretación de este replanteo de los modos de vida domésticos que nace como resultado de un proyecto de arquitectura que interfiere y modifica la organización de las actividades heredada de la historia. El "suceso" es una acción de carácter efímero y generalmente casual, pero significativa, en el sentido que mueve a los participantes de su pasividad, quebrando la línea de la actividad cotidiana. Dentro del marco de la arquitectura, el "suceso" es una acción que, antes que en una realidad verificable, yace en la imaginación del arquitecto. El "suceso" es una acción proyectada; y en esa operación nace un sentido de habitar que parte del mismo orden arquitectónico. Este orden es lo que en la tesis se entiende como "estructura de sucesos"; y el sentido, al cual responde esta estructura, se rastrea en las 5 casas analizadas.

Premio exaequo tesis doctorales 9BI-0321. España Después de Einstein: Una Arquitectura para una Teoría Pablo Jesús Gutiérrez Calderón / Directores: Dr. Ignacio Vicens y Hualde, Dr. José Antonio Ramos Abengózar Universidad Politécnica de Madrid / Escuela Técnica Superior de Arquitectura / Dpto. Proyectos Arquitectónicos 400 IX BIAU


desenvolvimento da própria cidade. Contudo, nos últimos anos, o crescimento acentuado da cidade gerou novas morfologias de tecidos urbanos, nem sempre reconhecíveis à luz dos conceitos estabilizados. A cidade desenvolve-se através de um crescimento descontinuado, disperso, aglomerando-se, por vezes, junto dos principais eixos de mobilidade, procurando através destes estabelecer algumas relações de contiguidade. Os elementos clássicos de produção de tecido urbano ganham diferentes interpretações, surgindo novos elementos urbanos que compõem novas formas de tecidos. Esta dissertação realiza um estudo tipo-morfológico de um desses novos elementos urbanos, a Estrada Comercial, tomando como caso de estudo a N378, localizada na Área Metropolitana de Lisboa, infraestrutura que se encontra em processo de metamorfose urbana, desempenhando um papel importante na estruturação de tecidos urbanos. Este elemento afirma-se como agregador e veículo fulcral para o desenvolvimento de várias dinâmicas relevantes no contexto actual da Lisboa metropolitana. O estudo morfológico deste elemento através do seu tipo permite uma melhor compreensão do fenómeno, possibilitando uma melhor compreensão destas formas emergentes de tecidos urbanos, o modo como se constituem e quais as suas características essenciais. O conhecimento assim constituído poderá permitir a criação de uma base de referência para o ensino e produção de novos tecidos urbanos contemporâneos, mais coesos, legíveis, hierarquizadas e contribuindo ainda para uma melhoria das carências sociais latentes nas áreas mais segregadas dos centros urbanos sedimentados.

organization and development of the city itself. However, the marked growth of the city in recent years has generated new morphologies in urban fabric which are not always recognizable in terms of the established concepts. The growth of the city has been discontinuous and rambling, and at times has even been agglomerated next to the main axes of mobility, with which it intended to establish relationships of contiguity. The classical elements with which to create an urban fabric give rise to different interpretations, according to which new urban elements are appearing, and forming new kinds of fabrics. This dissertation includes a study, of a morphological nature, of one of these new urban elements, the Commercial Street, and the N378, situated in the metropolitan area of Lisbon, is taken as the case study. It is a case of an infrastructure in the process of urban metamorphosis, and which plays an important part in the structuring of urban fabrics. It also constitutes a linking element and a crucial vehicle for the development of various dynamics that are relevant in the current context of metropolitan Lisbon. The morphological study of this element, made from its typology, allows a better understanding of the phenomenon of the emergence of urban fabrics, of the manner in which they are formed, and of what their essential characteristics are. The knowledge gained will enable a reference base to be created for teaching and for the production of new, more coherent, understandable and hierarchic contemporary urban fabrics. It will also be able to contribute to the satisfaction of the latent social needs in the more segregated areas of consolidated urban centres.

9BI-0993. Chile A ordem do imprevisível. A estrutura de ocorrências em 5 casas do século XX Damián Plouganou / Professor Orientador: Horacio Torrent. Pontifícia Universidade Católica do Chile. Faculdade de Arquitectura, Design e Estudos Urbanos. Escola de Arquitectura. Mestre em Arquitectura Com o objectivo geral de uma revisão teórica em torno de um dos temas fundacionais da tradição disciplinar, como é a função e os seus conceitos afins – utilidade, programa, acção, situação – propõe-se a investigação da casa no século XX como gérmen de um projecto moderno que introduz o interesse particular em modificar a configuração utilitária dos espaços domésticos, já que, desde a época medieval, a organização funcional da casa se constitui através de hábitos e costumes que ficam fora do campo de acção do arquitecto. A partir dos anos 1920, a disciplina adopta a casa como principal campo de acção e de experimentação. A noção de “ocorrência”, central ao trabalho, adopta-se como interpretação deste replaneamento dos modos de vida domésticos, que nasce como resultado de um projecto de arquitectura que interfere e modifica a organização das actividades historicamente herdada. A “ocorrência” é uma acção de carácter efémero e geralmente casual, mas significativa, no sentido em que faz sair os participantes da sua passividade, quebrando a linha da actividade quotidiana. Dentro do quadro da arquitectura, a “ocorrência” é uma acção que, antes de existir numa realidade verificável, jaz na imaginação do arquitecto. A “ocorrência” é uma acção projectada; e nessa operação nasce um sentido de habitar que parte da mesma ordem arquitectónica. Esta ordem é o que na tese se entende como “estrutura de ocorrências”; e o sentido ao qual esta estrutura corresponde é rastreado nas cinco casas analisadas.

9BI-0993. Chile The order of the unpredictable. The structure of happenings in 5 XXth-century houses Damián Plouganou / Mentor: Horacio Torrent. Pontifical Catholic University of Chile. Faculty of Architecture, Design and Urban Studies. School of Architecture. Master’s Degree in Architecture With the general aim of carrying out a theoretical review of one of the founding themes of the disciplinary tradition, the function and its related concepts – utility, programme, action, situation – research is proposed into the house in the twentieth century, as the germ of a modern project which introduces a special interest in modifying the utilitarian configuration of domestic areas, because, since the Middle Ages, the functional organization of the house has been organized in accordance with habits and customs outside the field of action of the architect. From the nineteen-twenties onwards, the discipline adopted the house as the principal field of action and experimentation. The notion of “happening”, central in the work, is adopted as an interpretation of this reconsideration of ways of domestic living which resulted from an architectural project which interferes with and modifies the organization of activities which was inherited from history. The “happening” is an action that is ephemeral and usually coincidental, but significant in the sense that it shakes the participants out of their passivity, breaking the routine of the daily activity. In the context of architecture, the “happening” is an action which, before becoming a verifiable reality, exists in the architect’s imagination. The “happening” is a planned action; and in this operation is born a way of living which originates in the same architectural order. This order is what is understood in the thesis as “structure of happenings”; and the meaning of that structure is traced in the five cases analysed.

Prémio ex aequo teses de doutoramento

Prize ex aequo, doctoral theses

9BI-0321. Espanha Depois de Einstein: uma Arquitectura para uma Teoria Pablo Jesús Gutiérrez Calderón / Directores: Dr. Ignacio Vicens y Hualde, Dr. José Antonio Ramos Abengózar Universidade Politécnica de Madrid / Escola Técnica Superior de Arquitectura / Dpto. Projectos Arquitectónicos

9BI-0321. Spain After Einstein: An Architecture for a Theory Pablo Jesús Gutiérrez Calderón / Directors: Dr. Ignacio Vicens y Hualde, Dr. José Antonio Ramos Abengózar Polytechnic University Of Madrid / Higher Technical School Of Architecture / Architectural Projects Dept IX BIAU

401


En 1905, aparecen en la revista "Annalen der physik" tres artículos que revolucionarán las ciencias físicas y pondrán en jaque los asentados conceptos newtonianos de Espacio y Tiempo. La formulación de la Teoría de la Relatividad pone en crisis el valor absoluto de estos conceptos, y permite proponer nuevas reflexiones a propósito de su concepción dentro del campo de la física. Esta revolución ¿podría extrapolarse al campo de la arquitectura, donde Espacio y Tiempo tienen un papel protagonista? Entendiendo la complejidad del hecho arquitectónico y las innumerables variables que participan de su definición, se estudia en esta Tesis Doctoral un aspecto muy concreto: cómo un paradigma (la Teoría de la Relatividad) puede intervenir y modificar, o no, la arquitectura. Se plantea para ello ir al origen; desentrañar el momento de interacción entre la Relatividad y la teoría de la arquitectura, que permita determinar si aquella influyó sobre ésta en los escritos teóricos de las vanguardias aplicados a la arquitectura. La Tesis se estructura en tres capítulos y unas conclusiones. El primero expone el ámbito geográfico y cronológico donde se desarrolla la Teoría de la Relatividad con la repercusión teórica que tiene para el arte, en función de una nueva definición de espacio vinculado al tiempo, como evento que se desarrolla en un ámbito cuatridimensional. El segundo capítulo estudia los movimientos de vanguardia coetáneos a la eclosión de la relatividad. El tercer capítulo describe cómo la Teoría de la Relatividad llegó a ser fuente de inspiración para la teoría de la arquitectura. A modo de conclusión se descubre el legado teórico que nos ofrecerá Theo Van Doesburg y el legado construido de Erich Mendelsohn.

COL004-I. Colombia Redes, ritmos y mosaicos. Modelo interpretativo del territorio rural cafetero de los municipios del Área Metropolitana Centro Occidente – AMCO, Colombia César Augusto Londoño Gómez / Director: Xabier Eizaguirre Garaitagoitia. Universidad Politécnica de Cataluña / Co-director: Jorge Humberto Arcila Losada. Universidad Nacional de Colombia. Sede Manizales. Departamento de Urbanismo y Ordenación del Territorio. Universidad Politécnica de Cataluña La tesis formula un Modelo Interpretativo para el territorio rural del AMCO, en el contexto de la Región Cafetera, como aproximación para comprenderlo apostando por el estudio de las particularidades formales que en conjunto definen su identidad, con el fin de encontrar alternativas para proyectarlo desde los modelos de orden que en el mismo territorio subyacen. Los análisis generales del AMCO (Capítulo 1) incluyen la génesis, la estructuración histórica y las variables socioeconómicas, biofísicas y de la construcción territorial. El análisis morfológico y espacial en detalle de seis muestras del territorio del AMCO (Capítulo 2) evalúa los diferentes patrones de ocupación y los elementos que trascienden o se extienden en la escala más amplia, para aproximarse de manera sintética y múltiple al Modelo Interpretativo. En el Capítulo 3, se interpretan y sintetizan las categorías de elementos y estructuras, teniendo en cuenta los valores formales reproducibles por repetición o continuidad y las situaciones o estructuras singulares, mediante cinco categorías formales: estructuras de soporte, mosaicos, núcleos compactos, agrupaciones lineales y objetos de la dispersión. La síntesis de Usos y Costumbres (Capítulo 4) se centró en tres categorías de elementos de repetición que podrían ser reglamentadas a partir de las lógicas de construcción rural en el AMCO. La investigación permitió trascender la validación de los elementos hallados en otra área geográfica de la Región Cafetera colombiana, sistematizando los elementos territoriales encontrados en el Modelo Interpretativo para delimitar unidades homogéneas del Paisaje Cultural Cafetero en el Departamento de Caldas, demostrando el valor de la tesis como aproximación válida para territorios con características geográficas y productivas de similar condición a la estudiada (Anexo I). 402 IX BIAU


Em 1905, surgem na revista “Annalen der Physik” três artigos que revolucionarão as ciências físicas e porão em cheque os conceitos assentes newtonianos de Espaço e Tempo. A formulação da Teoria da Relatividade põe em crise o valor absoluto destes conceitos e permite propor novas reflexões a propósito da sua concepção dentro do campo da física. Poderia extrapolar-se esta revolução ao campo da arquitectura, onde Espaço e Tempo têm um papel protagonista? Entendendo a complexidade do facto arquitectónico e as inumeráveis variantes que participam na sua definição, nesta tese de doutoramento estuda-se um aspecto muito concreto: como pode um paradigma (a Teoria da Relatividade) intervir e modificar, ou não, a arquitectura. Considera-se para isso ir à origem: averiguar o momento de intersecção entre a Relatividade e a teoria da arquitectura, que permita determinar se aquela influenciou esta nos escritos teóricos das vanguardas aplicados à arquitectura. A tese estrutura-se em três capítulos e conclusões. O primeiro capítulo expõe o âmbito geográfico e cronológico em que se desenvolve a Teoria da Relatividade, com a repercussão teórica que esta tem para a arte em função de uma nova definição de espaço vinculado ao tempo, como evento que se desenrola num âmbito quadridimensional. O segundo capítulo estuda os movimentos de vanguarda contemporâneos à eclosão da relatividade. O terceiro capítulo descreve como a Teoria da Relatividade chegou a ser fonte de inspiração para a teoria da arquitectura. A modo de conclusão, desvela-se o legado teórico que nos oferece Theo van Doesburg e o legado construído de Erich Mendelsohn.

In 1905, in the journal ‘Annalen der physik’, three articles appeared which revolutionized the physical sciences and challenged the established Newtonian concepts of Space and Time. The formulation of the Theory of Relativity questioned the absolute value of these concepts, and allowed new reflections to be made about their conception in the field of physics. Could this revolution be extrapolated to the field of architecture, where Space and Time have a major rôle? While understanding the complexity of the architectural fact and the innumerable variables involved in its definition, this doctoral thesis studies a very specific aspect: whether or not a paradigm (the Theory of Relativity) can intervene in and modify architecture, and if so, in what way. To do that, it proposes returning to the origins – ascertaining the moment of interaction between Relativity and the theory of architecture, which would allow one to determine whether the former had an influence on the latter in the theoretical writings of the avant-garde when applied to architecture. The thesis is organised into three chapters and some conclusions. The first chapter expounds on the geographical and chronological settings in which the Theory of Relativity was developed, and on the theoretical repercussions that it has for art, in relation to a new definition of space linked to time, as an occurrence taking place in a four-dimensional environment. The second chapter studies the avant-garde movements that were coeval with the emergence of Relativity. The third chapter describes how the Theory of Relativity became a source of inspiration for the theory of architecture. By way of conclusion, the thesis reveals the theoretical legacy that Theo Van Doesburg can provide, and the constructed legacy of Erich Mendelsohn.

COL004-I. Colômbia Redes, ritmos y mosaicos. Modelo interpretativo do território rural cafezeiro dos municípios da Área Metropolitana CentroOcidental – AMCO, Colômbia César Augusto Londoño Gómez / Orientador: Xabier Eizaguirre Garaitagoitia. Universidade Politécnica da Catalunha / Co-orientador: Jorge Humberto Arcila Losada. Universidade Nacional da Colômbia. Sede Manizales. Departamento de Urbanismo e Ordenação do Território. Universidade Politécnica da Catalunha A tese formula um Modelo Interpretativo para o território rural da AMCO, no contexto da Região Cafezeira, como aproximação para a sua compreensão, apostando no estudo das particularidades formais que no conjunto definem a sua identidade, com a finalidade de encontrar alternativas para o projectar a partir dos modelos de ordem que subjazem a esse mesmo território. As análises gerais da AMCO (Capítulo 1) incluem a génese, a estruturação histórica e as variantes sócio-económicas, biofísicas e da construção territorial. A análise morfológica e espacial em pormenor de seis amostras do território da AMCO (Capítulo 2) avalia os diferentes padrões de ocupação e os elementos que transcendem ou se estendem na escala mais ampla para se aproximarem de maneira sintética e múltipla ao Modelo Interpretativo. No Capítulo 3 interpretam-se e sintetizam-se as categorias de elementos e estruturas, tendo em conta os valores formais reprodutíveis por repetição ou continuidade e as situações ou estruturas singulares, mediante cinco categorias formais: estruturas de suporte, mosaicos, núcleos compactos, agrupamentos lineares e objectos da dispersão. A síntese de Usos e Costumes (Capítulo 4) centrou-se em três categorias de elementos de repetição, que poderiam ser regulamentadas a partir das lógicas de construção rural na AMCO. A investigação permitiu transcender a validação dos elementos descobertos noutra área geográfica da Região Cafezeira colombiana, sistematizando os elementos territoriais encontrados no Modelo Interpretativo para delimitar unidades homogéneas da Paisagem Cultural Cafezeira no Departamento de Caldas, demonstrando o valor da tese como aproximação válida para territórios com características geográficas e produtivas de condição similar à estudada (Anexo I).

COL004-I. Colombia Thesis NETWORKS, RHYTHMS AND MOSAICS. An interpretative model of the rural coffee-growing territory of the municipalities of the West Central Metropolitan Area (AMCO), Colombia Director:Xabier Eizaguirre Garaitagoitia. Polytechnic University of Catalonia / Co-director: Jorge Humberto Arcila Losada. National University of Colombia (Sede Manizales) Department of Urban and Territorial Planning. Polytechnic University of Catalonia The thesis formulates an Interpretative Model for the rural territory of the AMCO, in the context of the Coffee-Growing Region, as an approach to understanding it by studying the formal specificities which together define its identity, with the aim of finding alternative ways of planning it from the underlying organisational models in the same territory. The general analyses of the AMCO (Chapter 1) include the origin, the historical structuring and the socio-economic and bio-physical variables and those of the territorial construction. The detailed morphological and spatial analysis of six examples of the territory of the AMCO (Chapter 2) evaluates the different patterns of occupation and the elements which go beyond or are extended on the wider scale, in order to approach the Interpretative Model in a synthetic and multiple manner. In Chapter 3, the categories of elements and structures are interpreted and synthesized, considering the formal values that can be reproduced by repetition or continuity, and the singular situations or structures, by the use of five formal categories: supporting structures, mosaics, compact cores, linear groups and dispersion objects. The synthesis of Uses and Customs (Chapter 4) focuses on three categories of repetition elements which could be regulated on the basis of the rationale of rural construction in the AMCO. The research allowed one to go beyond the validation of elements discovered in another geographical area of the Columbian Coffee-Growing Region, and to systemize the territorial elements found in the Interpretative Model to mark out homogeneous units of the Coffee-Growing Cultural Landscape in the Department of Caldas, demostrating the value of the thesis as a valid approach in territories whose geographic and productive characteristics are similar to those of the territory studied (Annexe I). IX BIAU 403


Videourbana

Acta del jurado / Acta do Júri / Minutes of the Jury

Madrid, 11 de mayo de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid Miembros del Jurado Tania Ruiz [Colombia] Ángel Borrego [España] Dadas la cantidad y la variedad de vídeos recibidos por Videourbana 2014, su evaluación ha sido un verdadero reto para el jurado. En un comienzo nos pareció que se revelaban en esta muestra tantos géneros como vídeos concursantes. Sin embargo, hemos acabado por delinear algunas tendencias de las cuales atestiguan en cierta medida las menciones especiales. Cabe señalar la recurrencia de temas como la pugna entre la vegetación y el asfalto, los personajes marginales pero ejemplares y la dimensión histórica de situaciones urbanas precisas. Parcialmente inducida por el límite de duración de dos minutes, pulula la apropiación de los códigos estéticos de la publicidad y del vídeo-clip. Abundan también los vídeos que al modo de un trailer, parecen anticipar un documental a venir. Siendo estos últimos muy prometedores, el jurado se ve tentado a recomendar que el premio de Videourbana se constituya en un futuro como un medio de ayuda a la producción. En su selección, el jurado ha privilegiado los vídeos que logran establecer un sistema de coherencia interna y comunicar una idea; excluyendo aquellos que constituyen meras demostraciones de proezas técnicas así como los de géneros didáctico o moralizador. El jurado de Videourbana 2014 ha seleccionado ocho obras como finalistas: El Saladillo El ultimo arenero Entropía La virgen de Rosa Patios Cuenca, Posadas Second Home Urbaton Entre ellas ha elegido un premio y siete menciones. Menciones Videourbana El Saladillo Juan Francisco Zini, Hernán Roperto, Pablo Zini. Argentina Trata humanamente el tema de la falta de integración y la imposición agresiva de grandes infraestructuras de conexión en la vida urbana contemporánea. Entropía Autora: Carina Mercado Confrontando diversas temporalidades y con un gran sentido del humor, Entropía representa metafóricamente las paradojas del ‘desarrollo’. La virgen de Rosa Autores: Francisco Diez y Soledad Ayala. Argentina Es el retrato de un personaje singular a través de una curiosa mezcla de fe, cultura popular, auto-gestión y apropiación del espacio público.

404 IX BIAU


Madrid, 11 de Maio de 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Madrid, 11 May, 2014 La Arquería de Nuevos Ministerios Paseo de la Castellana 67 Madrid

Membros do Júri Tania Ruiz [Colômbia] Ángel Borrego [Espanha]

Members of the Jury Tania Ruiz [Colombia] Ángel Borrego [Spain]

Dadas a quantidade e variedade de vídeos recebidos pela Videourbana 2014, a sua avaliação foi um verdadeiro desafio para o júri. Numa primeira fase, pareceu-nos que se revelavam nesta mostra tantos géneros como vídeos a concurso. No entanto, acabámos por delinear algumas tendências, das quais são testemunho, em certa medida, as menções especiais. Cabe assinalar a recorrência de temas, como a luta entre vegetação e asfalto, as personagens marginais mas exemplares e a dimensão histórica de situações urbanas precisas. Parcialmente instigada pelo limite de duração de dois minutos, prolifera a apropriação dos códigos estéticos da publicidade e do videoclip. Abundam também os vídeos que, à maneira de um trailer, parecem antecipar um futuro documentário. Sendo estes últimos muito prometedores, o júri vê-se tentado a recomendar que o Prémio Videourbana se constitua no futuro como um meio de ajuda à produção.

In view of the number and variety of the videos received for Videourbana 2014, evaluating them was a real challenge for the jury. At first it seemed that there were as many genres as competing videos. Nevertheless, in the end we managed to identify certain trends, which deserved special mention. There was a noticeable recurrence of themes such as the struggle between vegetation and asphalt, marginal but exemplary characters, and the historical dimension of specific urban situations. Partly induced by the two-minute time limit, there was abundant adoption of the aesthetic codes of advertising and of the video-clip. Also abundant were videos which, trailer-style, seemed to foreshadow a future documentary. These being very promising, the jury was tempted to recommend that the prize for Videourbana should be set up in the future, as a means of encouraging production.

Na sua selecção, o júri privilegiou os vídeos que conseguem estabelecer um sistema de coerência interna e comunicar uma ideia, excluindo aqueles que constituem meras demonstrações de proezas técnicas, assim como os de cariz didáctico ou moralizador. O júri da Videourbana 2014 seleccionou oito obras como finalistas: El Saladillo El ultimo arenero Entropía La virgen de Rosa Patios Cuenca, Posadas Second Home Urbaton

In its selection, the jury favoured those videos, which managed to establish a system of internal coherence and to communicate an idea and excluded those, which were merely demonstrations of technical prowess, as well as those of the didactic or moralizing type. The jury of Videourbana 2014 selected eight works as finalists: El Saladillo El ultimo arenero (The last Sand-Dealer) Entropía (Entropy) La virgen de Rosa (Rosa’s virgin) Patios Cuenca (Cuenca Patios), Posadas (Inns) Second Home Urbaton

Entre elas, elegeu um prémio e sete menções.

From these, it chose one prizewinner and seven commended works.

Menções Videourbana El Saladillo Juan Francisco Zini, Hernán Roperto, Pablo Zini. Argentina Trata humanamente o tema da falta de integração e a agressiva imposição das grandes infra-estruturas de conexão na vida urbana contemporânea.

Videourbana commendations El Saladillo Juan Francisco Zini, Hernán Roperto, Pablo Zini. Argentina A human treatment of the theme of lack of integration and the imposition of large connecting infrastructures in contemporary urban life.

Entropía Carina Mercado Confrontando diversas temporalidades e com grande sentido de humor, Entropía representa metaforicamente os paradoxos do “desenvolvimento”.

Entropía Carina Mercado Confronting different kinds of transience, and with great humour, Entropía metaphorically depicts the paradoxes of ‘development’.

La virgen de Rosa Francisco Diez e Soledad Ayala. Argentina É o retrato de uma personagem singular através de uma curiosa mistura de fé, cultura popular, autogestão e apropriação do espaço público.

La virgen de Rosa Francisco Diez and Soledad Ayala. Argentina The portrait of a singular character through a curious mixture of faith, popular culture, self-management and appropriation of public space. IX BIAU 405


Patios Cuenca Camila Moscoso, Pedro Astudillo, Pablo Cardoso y Emilia Lloret. Ecuador Ha sido seleccionado por su elegante catalogo de una tipología urbana modesta y a veces poco valorada que es el patio interior. Posadas Ezequiel Hilbert. Argentina Es un retrato poético, personal y explícito de una ciudad “cercada por el progreso”. Second Home Cristobal Palma y Francisco Jullian. Chile Enuncia con refinamiento la dimensión histórica de un conflicto catastral y sugiere la posibilidad de un documental de mayor extensión. Urbaton Matteo Locci. Argentina Muestra gran sentido del humor en la promoción de una actividad colaborativa de mejoramiento de barrios. Premio Videourbana Hemos otorgado el premio a El último arenero de Andrés Boubet Rivas (Chile) por la gran adecuación entre sus cualidades formales y conceptuales. El Último arenero describe eficazmente una situación con un mínimo de recursos. A nuestro parecer esta obra no solo habla de oficios, trabajos y situaciones que desaparecen sino que también permite lecturas múltiples; revelando -entre otraslo oculto que soporta la vida cotidiana y la verticalidad de la relación entre el individuo y la ciudad. El jurado felicita a la organización por el éxito de la convocatoria y agradece a los concursantes por su participación

El ultimo arenero Autor: Andrés Boubet Rivas Colaboradores: Danilo Carvajal, Sebastián León, Cristian Moreno El Vídeo muestra dos realidades urbanas, que coexisten en la principal avenida de la ciudad de Valparaíso, Chile. La primera en un escenario de superficie, bullicioso y activo; la segunda en una locación subterránea silenciosa y de intrincados túneles en el que “El último arenero” (74) realiza su ancestral oficio sobre el lecho del cauce de la Av. Argentina que dio origen a la ciudad. Cabe destacar un ingenioso sistema de iluminación por medio de espejos adoptado por el arenero. Durante el rodaje del documental se produjo la intervención del cauce para su reconstrucción. Nuestro personaje se ve forzado a abandonar su lugar de trabajo, sin embargo, la empresa constructora a cargo de las obras lo incorpora como colaborador por su vasto conocimiento en el área. El “Último arenero” es un reconocimiento a los oficios que subsisten en las grandes ciudades, tendientes a desaparecer producto de la modernidad

406 IX BIAU


Patios Cuenca Camila Moscoso, Pedro Astudillo, Pablo Cardoso e Emilia Lloret. Equador Foi seleccionado pelo seu elegante catálogo de uma tipologia urbana modesta e às vezes pouco valorizada que é o pátio interior.

Patios Cuenca Camila Moscoso, Pedro Astudillo, Pablo Cardoso and Emilia Lloret. Ecuador This work was selected because of its elegant catalogue of the interior patio as a modest and sometimes little-valued urban typology.

Posadas Ezequiel Hilbert. Argentina É um retrato poético, pessoal e explícito de uma cidade “cercada pelo progresso”.

Posadas Ezequiel Hilbert. Argentina A poetic, personal and explicit portrait of a city “fenced in by progress”.

Second Home Cristobal Palma e Francisco Jullian. Chile Enuncia refinadamente a dimensão histórica de um conflito cadastral e sugere a possibilidade de um documentário de maior extensão.

Second Home Cristobal Palma and Francisco Jullian. Chile A refined statement of the historical dimension of a conflict over rateable values. It suggests the possibility of a longer documentary.

Urbaton Matteo Locci. Argentina Demonstra um grande sentido de humor na promoção de uma actividade colaborativa de melhoramento de bairros.

Urbaton Matteo Locci. Argentina This work shows a wonderful sense of humour in its promotion of collaborative action to improve neighbourhoods.

Prémio Videourbana Outorgámos o prémio a El último arenero de Andrés Boubet Rivas (Chile) pela grande adequação entre as suas qualidades formais e conceptuais. El último arenero descreve eficazmente uma situação com um mínimo de recursos. No nosso parecer, esta obra fala não só de ofícios, trabalhos e situações que desaparecem, como também permite múltiplas leituras, revelando – entre outras coisas – o lado oculto que sustém a vida quotidiana e a verticalidade da relação entre o indivíduo e a cidade.

Videourbana prize We awarded the prize to El último arenero by Andrés Boubet Rivas (Chile) because of the careful matching between its formal and conceptual qualities. El Último arenero effectively describes a situation with a minimum of resources. It seems to us that this work is not merely about trades, jobs and situations which are disappearing it can also be interpreted at different levels, and it reveals, among other things, what is hidden in daily life and the verticality of the relationship between the individual and the city.

O júri felicita a organização pelo êxito da convocatória e agradece aos concorrentes a sua participação.

The jury congratulated the organization for the success of the convocation and thanked the competitors for their participation.

El ultimo arenero Autor: Andrés Boubet Rivas Colaboradores: Danilo Carvajal, Sebastián León, Cristian Moreno

El ultimo arenero (The last sand-dealer) Author: Andrés Boubet Rivas Collaborators: Danilo Carvajal, Sebastián León, Cristian Moreno

O vídeo mostra duas realidades urbanas que coexistem na avenida principal da cidade de Valparaíso, Chile. A primeira é um cenário de superfície, movimentado e activo; a segunda é um local subterrâneo, silencioso e de intrincados túneis, em que “O último areeiro” (74) realiza o seu ancestral ofício sobre o leito do curso de água da Av. Argentina que deu origem à cidade. De destacar o engenhoso sistema de iluminação através de espelhos adoptado pelo areeiro. Durante a rodagem do documentário procedeu-se à intervenção do leito com vista à sua reconstrução. O protagonista é forçado a abandonar o seu local de trabalho; no entanto, a empresa construtora encarregada das obras incorpora-o como colaborador, devido ao seu vasto conhecimento na área. “O último areeiro” é um reconhecimento de todos os ofícios que subsistem nas grandes cidades e que tendem a desaparecer em resultado da modernidade.

The video shows two urban realities, which co-exist in the main avenue of the city of Valparaíso, Chile. The first is a scene on the surface, very crowded and lively; the second is in a silent, subterranean place with intricate tunnels, in which ‘The Last Sand-Dealer’ (74) carries on his ancestral trade on the riverbed of the Ave. Argentina which spawned the city. Worthy of note is the ingenious lighting system, using mirrors, which was adopted by the sand-dealer. During the shooting of the documentary, work was carried out on the reconstruction of the riverbed. Our character found himself forced to abandon his place of work, but the construction company in charge of the works took him on as a collaborator because of his vast knowledge of the area. ‘The Last Sand-Dealer’ is an acknowledgement of the trades which subsist in large cities, and which are now tending to disappear as a result of modernity.

IX BIAU 407


Edita / Published by Ministerio de Fomento Consejo Superior de los Colegios de Arquitectos de España Traducción / Tradução / Translation Cládia Gonçalves Mercedes Pineda Q! estudio, traducciones de arquitectura Diseño / Design gráfica futura Impresión / Impressão / Printing Artes Gráficas Palermo ISBN 978-84-937270-6-2 NIPO 161-14-120-0 Depósito legal M-26298-2014 © Ministerio de Fomento © Consejo Superior de los Colegios de Arquitectos de España © de los textos: sus autores © dos textos: os seus autores © texts: authors © de las imágenes: sus autores © das imagens: os seus autores © images: authors

Cualquier forma de reproducción, distribución, comunicación pública o transformación de esta obra, solo puede ser realizada con la autorización de sus titulares, salvo excepción prevista por la Ley. Diríjase a CEDRO (Centro Español de Derechos Reprográficos) www.cedro.org si necesita fotocopiar o escanear algún fragmento de esta obra. / Qualquer forma de reprodução, distribuição, comunicação pública ou transformação desta obra só poderá ser realizada com a autorização dos detentores dos seus direitos, salvo excepção prevista na lei. Para fotocopiar ou digitalizar qualquer excerto desta publicação deverá dirigir-se ao CEDRO (Centro Español de Derechos Reprográficos) <www.cedro.org>. / Any form of reproduction, distribution, public communication or transformation of this book is only permissible with the owners' prior consent, except where exempted by law. Contact CEDRO (Spanish Reproduction Rights Centre) www.cedro.org if you need to photocopy or scan part of this book.





IX Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo IX Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo 9th Ibero-American Architecture and Urbanism Biennial


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.