Revista Movimento Médico Nº 07

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Fotos: Chico Carlos

CAPA

Parlamentares no momento da discussão do projeto

Movimento grande do lado de fora da Assembléia legislativa

Representantes do Cremepe e do Simepe acompanharam a votação

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dente da Alepe, o deputado Romário Dias interveio e chamou as lideranças partidárias para uma breve reunião em plenário. Em seguida, avisou que projetos seriam votados naquela tarde. O líder da bancada da oposição, Isaltino Nascimento (PT), acabou retirando a matéria antes da votação e alegou a falta de diálogo com o Governo do Estado em busca de uma solução negociada. Foi contestado pelos deputados Pedro Eurico (PSDB) e Sílvio Costa (PMN), que afirmaram que a emenda não tinha sustentação legal e constitucional para ser aprovada. O clima ficou ainda mais tenso. Depois de mais duas horas de debates, os deputados aprovaram, por unanimidade, o projeto de lei nº 1258, com substitutivo do deputado Sebastião Oliveira (PL), que garante os mesmos direitos do PCCV aos trabalhadores da saúde que tenham atividade no SUS fora da Secretaria Estadual de Saúde. O PCCV estipula ajustes salariais e regras para crescimento na carreira dos médicos que vão continuar com uma tabela salarial

diferente da dos outros profissionais de nível superior O então presidente do Sindicato dos Médicos/PE, André Longo, comentou a importância da aprovação do projeto enviado pelo Executivo à Assembléia Legislativa e reafirmou que o PCCV não é o ideal, no entanto, é um avanço para os médicos da carreira SUS. “A unificação das gratificações em nosso salário-base foi conseguida após muitos anos de luta e nunca passou pelo confronto com as demais categorias profissionais do serviço público, reconhecendo a luta de todos por melhores condições de trabalho e salários” acrescentou. Fim de tarde. Depois da votação, reina a tranqüilidade. Servidores públicos se retiram. As manifestações e o clima de agitação foram esquecidos nas galerias da Alepe. Não há vencidos, nem vencedores. A luta pela valorização dos servidores no Serviço Público é permanente e deve ser pautada pelo entendimento, liberdade e autonomia sindical de cada entidade. *Chico Carlos é jornalista


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