Hora do Planeta - Especial Jornal Correio da Paraíba

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Paraíba - Sábado, 29 de março de 2014

Campanha alerta sobre aquecimento global

Das 20h30

ÀS

21h30

Ações ao redor do mundo simbolizam adesão


Hora de apagar todas as luzes Campanha Hora do Planeta mobiliza população mundial Não é por economia, apesar do consumo de energia diminuir quando se apagam as luzes. A Hora do Planeta 2014 conclama o poder de pessoas unidas para salvar o planeta. Parece história de super-herói? Pois é justament e essa imagem que traz a campanha deste ano, com o Homem Aranha à frente da mobilização. Tratase do primeiro super-herói a juntar-se ao maior movimen-

to mundial contra o aquecimento global e disseminar a mensagem da campanha. A Hora do Planeta é promovida pela Rede WWF e no Brasil é realizada desde 2009. O Sistema Correio de Comunicação com a Fundação Solidariedade aderiu à campanha pelo terceiro ano consecutivo e, neste ano, tem o apoio do Governo do Estado da Paraíba e a Gráfica JB, que acreditam no esforço coletivo pela preservação da vida.

À luz de velas Os alunos do Século Colégio e Curso, em João Pessoa, receberam velas personalizadas e trabalharam a temática em sala de aula. Eles ficaram uma hora de cada turno com as luzes apagadas e sem utilizar ar condicionado.

Ação exclusiva no Portal Correio Quem acessar o Portal Correio neste sábado estará especialmente convidado a apagar as luzes das 20h30 até às 21h30, na hora do Planeta. Uma ação exclusiva incentiva o internauta a participar da ação mundial em combate ao aquecimento global e pela preservação ambiental. Clique e confira! www.portalcorreio.com.br

Da Nova Zelândia ao Taiti A Hora do Planeta já começou na Nova Zelândia, no lado da Linha Internacional que marca a Mudança de Data. Monumentos de todo o mundo apagarão suas luzes na Hora do Planeta, hoje, às 20h30 do horário local de cada país – começando pela Nova Zelândia e terminando no Taiti.

EXPEDIENTE Editora Geral - Sony Lacerda | Diretora Comercial - Glícia Rangel | Jornalista Responsável - Márcia Dementshuk | Programação Visual - Sebastian Fernandes Gráfica - Egídio oliveira | Fotografia - Arquivo Fotográfico Jornal Correio da Paraíba | Apoio - Governo do Estado da Paraíba e Gráfica JB

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... João Pessoa Estação Ciência, Paço Municipal

... Brasília Catedral Metropolitana, Biblioteca Nacional

... Rio de Janeiro Cristo Redentor

... Paris, França Torre Eiffel

... No Vaticano Basílica de São Pedro

O apagar das luzes em... ... Na Turquia Mesquita Azul, Museu Hagia Sophia

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... Moscou, Rússia Kremilin

... Bangkok, Tailândia Templo budista Wat Arun

... Dubai, Emirados Árabes O prédio mais alto do mundo Burj Khalifa

... Nova York, EUA Empire State Building e Times Square

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Produzir e preservar O modelo de desenvolvimento atual é repensado por líderes do universo corporativo do mundo inteiro. Em nível mundial, as Organizações das Nações Unidas (ONU) incentivam a comunidade empresarial à produção sustentável pelo programa do Pacto Global, o qual defende 10 princípios voltados aos direitos humanos e preservação ambiental. Na Paraíba, empresas voltam-se ao tripé da sustentabilidade - ser economicamente viável; ser socialmente justo; ser ambientalmente correto – e acumulam resultados positivos. O presidente do World Business Council for Sustainable Development (WBSCD – Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável), Peter Bakker, assegura que “empresas não conseguem ser bem sucedidas em sociedades falidas”. Ele sugere que os líderes empresariais precisam ter mais coragem, criatividade

e uma agenda bem definida e clara que considere a totalidade do que o conceito da palavra “sustentabilidade” envolve. A Gráfica JB e o Grupo Patamuté estão entre as empresas que decidiram direcionar suas trajetórias rumo ao equilíbrio ambiental. Algumas ações adotadas têm como consequência a diminuição dos danos ao meio ambiente causados pelo processo de produção. “Esta já não é mais uma tendência futura. É mais do que atual. O consumidor tem um olhar diferente para as marcas que se posicionam pela conservação dos recursos naturais e as empresas só têm benefícios ao assumirem uma postura de agentes de preservação. Isso e, já tem clientes que exigem essa postura, como fator competitivo para ela também!”, afirmou o analista de Marketing e Relações com o Mercado da Gráfica JB, Alessandro Pinon.

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Gráfica reverte impactos negativos Em três meses, a Gráfica JB utiliza em média 1.700 kg de tinta (as latas são pesadas por quilo) e cerca de 170 toneladas de papel para entregar aos clientes um produto final de qualidade: material impresso, conforme informações Fitzgerald Medeiros, especialista em papel da Gráfica JB. Ao visualizar a quantidade total da matéria-prima necessária para a produção, o primeiro impacto pode trazer uma interpretação negativa pelo viés sustentável, considerando o fato de que papel vem de árvores e a base das tintas em geral é o petróleo. Mas a empresa conseguiu reverter esse impacto. Em média, para produzir uma tonelada de papel são ne-

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cessárias 1,6 toneladas de madeira seca (em torno de 20 árvores de eucalipto adultas). Esses valores variam um pouco, conforme o fabricante. O diferencial na Gráfica JB foi ter assumido o compromisso de somente utilizar papel produzido de madeira de reflorestamento: 95% de todo papel consumido provém de arvores cultivadas em sistema de manejo florestal sustentável e certificadas internacionalmente. “Esse procedimento nos garantiu o Certificado da Forest Stewardship Council (FSC – “Conselho de Manejo Florestal), uma organização não governamental que apoia o manejo ambientalmente correto das florestas do mundo. E

o nosso cliente pode manter a certificação em seus impressos agregando às suas empresas o valor ambiental do selo”, explicou Alessandro Pinon, da Gráfica JB. Na gráfica, as toneladas de papel ganham a cor que garante o conteúdo dos impressos e este é um outro fator positivo no negócio. A Gráfica adquiriu o selo Huber Green, que garante que as tintas usadas são à base de óleo vegetais, o que ajuda a reduzir a poluição atmosférica e o efeito estufa. “A matéria-prima das tintas, normalmente é o petróleo o qual, além de ser um combustível fóssil, deixa na tinta aquele cheiro característico. Hoje usa-

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Pacto Global

A plataforma desenvolvida pelo Pacto Global está baseada na criação de valores de longo prazo para a sociedade. Sugere que a empresa incorpore em suas práticas de negócios valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Hoje são mais de 5.200 organizações signatárias articuladas por 150 redes ao redor do mundo. No Brasil, são 593 participantes. Na Paraíba, 11 instituições estão comprometidas com os princípios do Pacto Global, entre elas, o sistema Correio de Comunicação, primeira empresa no Nordeste a aderir o programa.

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A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório

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Contribuição social: legado para as gerações No Grupo Patamuté, um conglomerado empresarial orignário de Cajazeiras, no Sertão paraibano, a meta é, além da lucratividade, contribuir como cidadãos. “Esse é o princípio norteador que faz da empresa uma organização estável. Queremos ddeixar um legado às gerações”, revelou a diretora Administrativa da Alumital, uma das empresas do grupo, Karynne Abrantes. A Fiação Patamuté retira da natureza mais de 600 toneladas por mês de retalhos de tecidos. São sobras compradas de pequenas confecções. Os retalhos são processados e dão origem a fios que irão compor a trama de tecidos para redes, cobertores, eoutros produtos. As outras empresas do grupo também têm essa visão.

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Reutilização do alumínio Cerca de 40 toneladas de sucata de alumínio são reutilizadas por mês na Alumital, no segmento da construção civil. “A Alumital repassa a sucata do alumínio para a refusão, processo que dá origem aos perfis de aluminio que irão compor esquadrias (portas, janelas, fachadas) e outros produtos. “Compramos o alumínio de captadores de sucata e de sobras de serralherias. O processo de captação de material reciclável incrementa a produção e ajuda o meio ambiente ao mesmo tempo. Se não captássemos teríamos que operar com produtos apenas da fase final do processo industrial sem nenhuma contribuição sócio-ambiental”, explicou Karynne Abrantes.

Assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos

As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva

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As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente

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A abolição efetiva do trabalho infantil Eliminar a discriminação no emprego. Meio Ambiente As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais; Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis. As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

“Triple Botton Line”

“People”, “Planet”, “Profit”. Em tradução literal, “Pessoas”, “Planeta”, “Lucro”. O tripé da sustentabilidade é formado por esses três fundamentos. O conceito foi criado nos anos 1990 por John Elkington, cofundador da organização não governamental internacional SustainAbility. O modelo representa a expansão do sistema de negócios tradicional - voltado somente para o crescimento financeiro - para um novo modelo que passa a considerar a performance ambiental e social da companhia. É a base considerada pela ONU na mobilização da comunidade empresarial pelo Pacto Global.

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Uso sustentável requer plano Avanços na organização das Unidades de Conservação na Paraíba A soma das 16 áreas áreas silvestres protegidas na Paraíba, mais o Jardim Botânico, em João Pessoa, ultrapassa os 77 mil hectares, um número grande, mas que representa menos de 1% da área total do Estado. As Unidades de Conservação estaduais (UCs) são espaços respaldados por lei, contudo, nenhum deles tem um Plano de Manejo concluído, o que organiza seu uso sustentável. O Estado já iniciou os processos para a organização em quatro Unidades e o Parque Estadual Mata do Pau Ferro, em Areia, será o primeiro a ter um Plano de Manejo formado. As UCs na Paraíba foram instituídas por volta do ano 2000. De acordo com a consultora da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Heloísa Luz, a formação de uma Unidade de Conservação é um procedimento complexo e envolve uma série de pesquisas. “O trabalho fica mais fácil quando temos o apoio de universidades que desenvolvem pesquisas nas regiões e registram informações sobre o bioma, sobre a vida social no entorno ou a economia da região, mas as pesquisas são raras”, lamenta Heloísa Luz. Depois de ser decretada por lei, a Unidade de Conservação requer a formação de um Conselho Gestor Consultivo formado por cerca de 20 instituições relacionadas à área, que estará representando a sociedade para debater os temas para a formação do Plano de Manejo. E ainda, para a UC se manter, é necessário uma gestão administrativa, a definição de regras e fiscalização pelo órgão gestor. “É um jeito de fazer com que a região se mantenha por seus próprios meios, que as pessoas que moram ali saibam usufruir de acordo com a capacidade natural do bioma e orientem os visitantes a preservar o local”, explica Heloísa Luz.

Parque estadual Marinho de areia VerMelha (Cabedelo)

MonuMento natural Vale dos dinossauros (sousa)

Parque estadual Mata do Pau Ferro (areia)

Área de Proteção aMbiental de taMbaba (litoral sul)

A exploração turística não está ocorrendo conforme a finalidade desta UC que é direcionada à contemplação da vida marinha nos corais. Entretanto, os serviços estão regularizados conforme cada atividade, respeitando as normas (venda de bebidas e alimentos, transporte de passageiros). Com a regulação da UC será instalado o Conselho Gestor Consultivo; a área vai ser zoneada para assegurar a conservação dos corais: será delimitada a zona de embarque e desembarque, a zona de natação, entre outras normas.

É a UC que está mais adiantada em termos organizacionais. Já tem o Conselho Gestor formado e está em processo de construção das ações do Plano de Manejo, o que irá definir as condições de uso do parque. A característica do entorno é a presença de associações de mulheres que trabalham com a produção de flores, polpa de frutas e turismo.

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Recebeu investimentos federais e estaduais para a revitalização encerrada no ano passado. Já tem o Conselho Gestor e tem uma gestão administrativa instalada, mas falta o Plano de Manejo. A importância científica do local aumentou depois de encontrado um fóssil de dinossauro na Bacia do Rio do Peixe. A região já é conhecida pelas pegadas de dinossauros preservadas há milhares de anos.

Está entre as maiores UCs da Paraíba, com 11.500 hectares e abrange três municípios do Litoral sul, Conde Alhandra e Pitimbu. O foco principal da regularização está na Praia de Coqueirinho, muito frequentada por turistas e exposta ao descarte de lixo e degradação da vegetação da orla. O Conselho Gestor já está formado e trabalha-se para realização do Plano de Manejo.

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Agenda pós-2015 dará continuidade aos ODM ONU conduz consultas abertas para delimitar metas sucessoras aos Objetivos do Milênio

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Reduzir a fome e a pobreza

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Atingir o ensino básico universal

Igualdade entre os sexos e autonomia da mulher

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Reduzir a mortalidade na infância

O prazo final para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) é no dia 31 de dezembro de 2015. Os ODM fizeram e continuam fazendo diferença real na vida de muitas pessoas, no instante em que o posicionamento daqueles que têm o poder de gerar mudanças se direciona para o cumprimento das metas.

Melhorar a saúde materna

Combater HIV/AIDS, malária e outras doenças

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Garantir a sustentabilidade ambiental

Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

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Com o prazo final se extinguindo, a ONU já iniciou debates em todo o mundo com governos e com a sociedade civil para construir uma nova agenda para o desenvolvimento social sustentável. A agenda pós-2015 está ligada ao resultado da Rio+20 – a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável – que foi realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro, Brasil. O documento final, “O futuro que queremos”, pediu a criação de um Grupo Aberto de Trabalho (OWG), intergovernamental, sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para desenvolver propostas. Acompanhe a consulta global: www.onu.org.br/meumundo Os cidadãos podem votar nas seis questões de desenvolvimento que têm mais impacto em suas vidas.

Ranking mundial de desempenho ambiental aponta o Brasil em 77º lugar O Índice de Desenvolvimento Ambiental, realizado por pesquisadores das Universidades de Yale e Colúmbia, ambas nos Estados Unidos, em parceria com o Fórum Econômico Mundial, avaliou 178 países em diversas categorias relacionadas ao tema. O Brasil demonstrou omissão nas questões do saneamento básico, do desmatamento e da tendência

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de aumento da intensidade de carbono na economia. Os dois grandes temas considerados na pesquisa foi: “Proteção da saúde humana das ameaças da natureza”, que inclui questões como saneamento básico e impactos da poluição do ar e da água; e “Vitalidade dos ecossistemas”, que engloba, entre outros fatores, leis de proteção

da biodiversidade e impactos da matriz energética no meio ambiente. A Suíça aparece como o líder do ranking, seguida por Luxemburgo, Austrália, Singapura e República Tcheca. Entre as grandes potências, a Alemanha é a melhor classificada, em sexto lugar. O Reino Unido está em 12º, o Japão, em 26º, a França,

em 27º, e os Estados Unidos, em 33º. Já os países emergentes apresentaram modestas melhoras no ranking, mas ainda ocupam baixas posições. A Rússia aparece em 73º, o Brasil, em 77º, a China, em 118º e a Índia aparece bem ao fim da lista, em 155º. As cinco piores nações do ranking foram a Somália, Mali, Haiti, Lesoto e Afeganistão.

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