Correio Criança - Edicao 113 - 1 de fevereiro de 2014

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Diversão e cultura para a gurizada - Nº 113 - 1 de fevereiro de 2015

s o d a l o c A es . . . a i r e s s o h n so

Como é a escola ideal? Debata com seus coleguinhas e professores. Juntos podemos torná-la realidade - Págs. 4 e 5


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Paraíba, 1 de fevereiro de 2015

Vende-se limonada!

Xandinho passava as tardes das férias assistindo televisão. Até que um dia ele viu um desenho onde os personagens montaram uma barraca para vender limonada. Teve uma ideia: “Vou fazer limonada pra vender!” Só que Xandinho tem 9 anos e não sabia como preparar o suco, não tinha mesa, jarra, copos, nem limão... E agora?! - Mãe! Eu quero vender limonada. Vamos armar uma barraquinha na frente do salão onde a senhora trabalha? Posso oferecer para os clientes. A mãe de Xandinho, Cleysy Coutinho, achou que era maluquice do menino... “Ora, vender suco...” Mas o lho insistiu tanto, que Cleysy resolveu dar ouvidos. Fez o suco, montou uma mesinha, providenciou uma toalha, copos descartáveis e sugeriu que tivesse uns bolinhos também, caso algum cliente também estivesse com fome.

As vendas começaram dia 12 de janeiro e foi um sucesso! O irmão de Xandinho, Igor, de 6 anos, ajuda no atendimento. “O copo custa R$ 1,00 e o suco com o bolinho sai por R$ 2,00. Teve um dia que ganhamos R$30,00 com as vendas!”, comemorou Xandinho. Ele entendeu também que teria que usar parte do dinheiro para fazer mais suco e mais bolinhos para o dia seguinte. “Agora eu vi como as pessoas trabalham”, disse ele. “Mas para mim é como se eu estivesse brincando. Divirto-me muito mais do que se estivesse assistindo TV”, concluiu. Quando as aulas começarem ele para com a brincadeira. “Tenho que estudar. E estou pensando o que vou fazer com o dinheiro que ganhei: vou dar um pouquinho pra minha mãe, pra minha avó, que ajudou a fazer o suco, pro meu irmão, que ajudou a vender e depois eu vejo!”

O nome de Xandinho é Alexandre Magno Candido da Cruz Filho. Ele vai fazer 10 anos na semana que vem

Isto era um videogame? Este foi um dos primeiros vendidos no Brasil, em 1977. Não tinha joystick!

No Museu da Cidade de São João do Cariri, na Paraíba, encontramos esta relíquia, a segunda versão “mais moderna” do jogo, agora com joystick! CORREIO CRIANÇA Participe do Correio Criança. Mande o seu texto ou desenho pelo E-mail: correiocrianca@correiodaparaiba.com.br, ou envie para: Correio Criança - Av. Dom Pedro II, 623 – Centro, João Pessoa - PB - CEP 58013-420. Ou deixe-os diretamente na portaria.

Suplemento infantil quinzenal do Editora Geral Sony Lacerda | Jornalista Responsável Márcia Dementshuk (DRT-RS 8376) | Fotos Arquivo Jornal Correio Comercial Glícia Rangel | Programação visual e diagramação Klécio Bezerra | Conselho Editorial: Professores, Ana Paula Hollanda, Claudia Savino, Kátia Cilene | Psicólogo João Bezerra Guedes Jr. | Crianças Gabi Magliano, Caio Lucas Nobrega, Bruno Emídio Colaboradores Especiais Chico Augusto, Robério Eloy e Vânia Flor | Gráfica Egídio Oliveira | Contato correiocrianca@correiodaparaiba.com.br

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HOJE Último d ia

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No Espaço Cultural, em João Pessoa É hora de saber mais sobre as estrelas! A Estação Cabo Branco inicia o curso básico de astronomia. São 30 vagas para todas as pessoas a partir de 10 anos de idade. Com uma linguagem didática, o aluno vai conhecer a história da Astronomia, as principais constelações, a Terra e os seus movimentos, bem como aprender a operar os equipamentos de observação dos astros. Inscreva-se na recepção do Auditório da Estação Cabo Branco.

Agitada Gang in Concert Muitas brincadeiras com a plateia, com as performances dos palhaços Atichim, Palhaço Picolé, Palhaço Pipi e Palhaço Dadá ainda um grupo de bailarinos e DJ Thiago Henriques.

Início: 03 de fevereiro até 03 de março Ministrante: Marcos Jerônimo Inscrições: Podem ser feitas até a véspera do curso. Fones: 3214-8270, 3214-8303

Sempre às 17h Preços variados

No Teatro Santa Catarina, em Cabedelo João e Maria e a Fantástica Fábrica de Doces Baseado no conto dos irmãos Grimm, conta a história dos irmãos que se perderam em uma oresta, encontraram uma linda casa de doces e tiveram muitas surpresas.


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a l o c s e a é Essa s o h n o s s u e dos m

em distantes da cidade, onde viv es ar lug em é At . las co es il, hoje, tem ndições sejam um pouco co Em todas as cidades do Bras as s, ze ve às , ra bo em ar, onde estud ente. os agricultores, as crianças têm ito melhores do que antigam mu o sã s de ida tun or op as as s... M difíceis, faltando água, classe

Crianças que pensam grande O repórter teen do Correio Criança, Caio Nóbrega, de 15 anos, entrevistou estudantes e suas mães para descobrir como é a escola dos sonhos. Veja o que ele descobriu!

Yasmin Cabral, 8 anos “Ah, eu imagino uma escola com um espaço gigante para eu brincar com meus amigos. Um parque de diversão” Fotos: Mano de Carvalho

Fernanda Cabral, mãe de Yasmin, pedagoga “Uma escola que integre questões de formação cidadã, conhecimentos pedagógicos e que envolva todo o lado afetivo, físico e social da criança. Que transmita conhecimentos voltados à sociedade, demonstre o quanto é importante as relações de respeito entre as pessoas e que forme um consciência política.”

Marcos Henri, 7 anos

“Eu queria que tivesse um pula gigante, e uma área de bem grande para eu jogar bo meus amigos. Queria um gigante dentro da escola, o alunos pudessem disputar a das de futebol.”

Valquíria Franco, mãe de Henri, funcionária púb

“Eu penso em uma escol sino bilíngüe, com toda uma para práticas esportivas. É pr as crianças tenham conheci áreas ainda não existentes n como as situações que enfren nosso dia a dia, as contas da importância de se ter um tra


m pulae futebol ola com estádio onde os as parti-

e Marcos blica

la com ena estrutura preciso que imento de na escola, ntamos no a família, a abalho...”

nia era analfabeta lô Co il as Br do o çã la Popu

ra , rei de Portugal, veio pa VI ão Jo de rte co a o nd Qua da nova de 99% dos habitantes ais m , 08 18 em il as Br am o m ler nem escrever, er bia sa o nã s) do to e as terra (qu as na de três milhões de pesso rca ce iam Viv s. eto ab alf an s trazidos da África. A po vo cra es am er ço ter um colônia e il pessoas. ais ou menos em 800 m m a er na íge ind ão laç pu do. pobres e carentes de tu Eram todos analfabetos, pese era mais fácil controlar Dom João percebeu qu o iona uma sociedade e nã nc fu o m co m bia sa o nã soas que eles não ir escolas. Por exemplo, tru ns co em se es er int e tev biam a de impostos, não sa lhi co re i re o to an qu sabiam em troca ham direito de receber tes. que, por trabalharem, tin médico, se cassem doen to en im nd ate um o rn do gove cação”. E nem se falava em “edu

do Estatuto da Criança e nte educação Adolescente (ECA) gara

estatuto no Brasil para ga Em 1990 foi aprovado um Ele o ECA. as crianças a estudar. É rantir o direito de todas o conjuna Constituição do Brasil, diz e qu no o ad se ba s: tá es s por todos os brasileiro ida gu se r se m ve de e qu to de leis o asseguda sociedade e do Estad , ília m fa da r ve de é e qu ipal. educação. Isso é o princ rar à criança o direito à

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Brasil sem escolas , não ncia do Brasil, em 1822 Na época da Independê do ia de no país. Na provínc da rsi ive un a um nh ne havia cavam apenas três escolas que Piauí, por exemplo, havia uma da outra. 100 quilômetros distantes 89, a a a república, em 18 Quando foi proclamad ainda : 80% dos brasileiros im ru va ua in nt co ão aç educ eram analfabetos. o Gomes) e 1898, de Laurentin (Fonte: Livros 1808, 1822

Cidadania e trabalho esnão é só ensinar a ler, ar uc ed e qu tra os m A O EC a criança importante explicar para É . as nt co r ze fa e r ve ue, cre um estado e o país. Q e, ad cid a um a” ion nc como “fu por um os de sermos atendidos tem e qu os eit dir s do m alé uma , de estudar, de termos os m isa ec pr do an qu médico bém temos “deveres”. em pracinha pra brincar, tam a, devemos escolher qu inh ac pr da r ida cu os m Deve mos paador, o presidente, deve rn ve go o , ito efe pr o rá iro se bra, pois esse é o dinhe co o rn ve go o e qu as gar as tax nstruir a pracinha! que vai ser usado pra co está scalizar se o governo  a er nd re ap os m ve E de isas que heiro para construir co se realmente usando o din eguimos fazer isso tudo ns co só E . ar us am ss todos po ! tivermos conhecimento

Vinícius Aquino, 10 anos “Eu só co sonhando com uma Vila Olímpica, seria maravilhosa: piscinas, quadra de vôlei, basquete e uma pista de atletismo. Como aquelas que estão fazendo no Rio de Janeiro para as Olimpíadas!” Michelle Aquino, mãe de Vinícius, psicóloga “Seria legal que os alunos pudessem aprender mais sobre as relações de amizade, solidariedade, convivência em sociedade e sobre a natureza. Uma escola com uma grande área verde onde as crianças pudessem sentir prazer de estar com a natureza e que não se estimulasse uma competitividade, mas que abrangesse outros conhecimentos.”

João Gabriel Oliveira, 9 anos “Eu queria que nas minhas aulas de Educação Física, o meu professor fosse o jogador Hulk.” Rosa Oliveira, professora “Uma escola que atendesse não só as necessidades de aprendizado, mas a educação alimentar e práticas esportivas. Hoje em dia não é possível que as crianças tenham apenas aula de Português ou Matemática. Precisa inserir conceitos de cidadania nas atividades corriqueiras, que seja natural aprender!”


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Assim nasce uma história É engraçado ver como as histórias surgem... Em 2011, a escritora Anna Claudia Ramos visitou uma escola de surdos bilíngue em Porto Alegre e cou muito emocionada em ver como as crianças trabalharam o conteúdo de seus livros. Ela saiu dali resolvida: “Ainda escreverei um livro sobre as crianças que não escutam”. Em 2013, a autora foi para a Fliporto, a Festa de Literatura em Pernambuco, e quando conversava com uma amiga, ouviu ums história engraçada. Seu irmão, Aldo, quando criança, falava muito, demais. Era um tagarela! Quando sua mãe reclamava ele dava a desculpa: elas ‘saíam’ da sua boca quando a abria! Rá, rá, rá! E ele não controlava, não? De repente, Anna Cláudia teve uma ideia. “E se eu juntasse o Aldo com uma menina que não escuta? Ele poderia falar até a língua car dura e ela não iria entender nada!” Foi aí que surgiu a história contada em “O Menino das Palavras”. Aldo conheceu uma menina que era surda e aprendeu que havia outras formas de se comunicar. A vida dos dois amigos mudou demais. Veja no livro!

Anna Claudia Ramos escreveu O MENINO DAS PALAVRAS. A edição é de Susanna Florissi, a amiga de Anna, irmã de Aldo! Editora Galpãozinho.

Tubarão-cobra é um fóssil vivo Este tubarão lembra uma cobra! É uma espécie super rara e vive nos oceanos há cerca de 80 milhões de anos! Ele tem cerca de 300 dentes... Que tal levar uma mordida? Este animal é visto em águas de mais de 1,2 mil metros de profundidade, mas foi sgado por anzóis de pescadores na Austrália a cerca de 700 metros. Os cientistas disseram que é muito incomum alguém conseguir pescá-lo. Sabe-se que havia tubarões como ele há 80 milhões de anos porque já foram encontrados fósseis dessa espécie. (Fósseis são animais que morreram e caram petricados ao longo de milhares de anos.) Por isso são considerados fósseis vivos!


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OBA, OBA! As aulas voltaram e com elas muitos sentimentos e emoções. Hora de preparar todos os materiais escolares. Vamos ver se você não esqueceu nada? Encontre no caça palavras os materiais que você irá precisar.

Professora Camila Carvalho Mande um e-mail para: falecorreiocrianca@gmail.com

www.saladadeatividades.com.br


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FOLIA DE RUA

Tem carnaval pra criançada! Por: Caio Nóbrega

Há 23 anos divertindo as crianças, o bloco Muriçoquinhas do Miramar vaai colorir a “Via Folia Epitácio Pessoa” no próximo dia 9. Vai ter brincadeira e papo sério: o tema deste ano é “Lugar de Criança é na Escola”, reforçando que ir às aulas é o principal. Muito frevo e marchinha irão animar os mais de 400 mil pequenos foliões que são esperados no bloco, que este ano homenageia Ariano Suassuna escritor Paraibano que faleceu no ano de 2014. Concentração: 09 de fevereiro às 17h na Praça das Muriçocas. Participe!

Outros blocos também prometem agitar a criançada, conra: Dindin de Manga 03 de fevereiro Concentração: Em frente ao posto Tropicana às 17h.

Agitada Gang 07 de fevereiro Concentração: Epitácio Pessoa, em frente à Academia Corpo Livre às 17h.

Agora que você já sabe todas as datas, vem curtir a Folia de Rua 2015!

Por João Jr. psicologojp@yahoo.com.br

Se você gosta de desaos viciantes no melhor estilo puzzle, PeggleBlast é o seu jogo. Gráco colorido, simples e músicas de arrasar em mais um game gratuito multiplataforma da EA e Popcap, produtores do famoso Plants VS Zombies. Você poderá jogá-lo no seu

celular, Facebook, tablet, iPad ou console. O principal objetivo é eliminar as gemas laranjas antes que suas chances acabem, simples, não é? Só que não... O nível de diculdade aumenta em cada fase. É preciso calcular corretamente o trajeto para atingir o máximo de pedras possíveis

e recuperar uma bola extra ao acertar no balde que ca se movimento embaixo da tela. Mas não se preocupe, existem poderes especiais para ajudar as missões, além da gema verde que tem sempre um super-poder e da roxa que dá pontuação extra.

Você sabia que...

O Peggleé um belo jogo que estimula a criança a raciocinar, trabalhando a lógica para desvendar onde a bola deve ser lançada para acertar o alvo, sem tornar a missão impossível de ser completada, diminuindo a frustração que muitos jogos puzzle podem trazer para crianças menores.


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