2 minute read

Homem tirou a vida a dois polícias de Edmonton

A polícia de Edmonton diz que dois agentes foram baleados e mortos, enquanto respondiam a um conflito familiar num complexo de apartamentos. O chefe da polícia, Dale McFee, disse que o agente Travis Jordan, de 35 anos, e Brett Ryan, de 30, foram baleados por um homem quando entraram no edifício e se aproximaram do apartamento.

“Não posso dizer-vos como estamos devastados com as suas perdas”, disse o chefe da polícia aos jornalistas na quinta-feira, 16 de março, enquanto figuras como o presidente da Câmara, Amarjeet Sohi e o ministro da Segurança Pública de Alberta, Mike Ellis, marcaram presença.

Advertisement

“Neste momento, tudo indica que eles não tiveram oportunidade de disparar as suas armas de fogo.” McFee disse que outros oficiais levaram os agentes feridos para o hospital, mas já não havia nada a fazer.

O suspeito, segundo avança a polícia, terá cometido suicídio.

A mulher do suspeito foi também levada para o hospital em estado grave, mas estável, acrescentou McFee.

O chefe da polícia de Edmonton disse que o serviço policial está devastado e que as condolências têm vindo a chegar de outras forças de todo o país, como a Ontario Provincial Police.

O primeiro-ministro Justin Trudeau publicou uma mensagem no Twitter. “Todos os dias, os agentes da p olícia correm perigo para manter as pessoas seguras. A notícia de que dois polícias de Edmonton foram mortos no cumprimento do seu dever lembra-nos dessa realidade”.

Trudeau enviou condolências aos amigos, colegas e familiares.

A última vez que agentes de Edmonton foram mortos no terreno foi no ano de 2015, quando Daniel Woodall, um investigador de crimes de ódio, foi alvejado várias vezes ao tentar entrar numa residência. Antes disso, o agente Ezio Faraone foi baleado e morto enquanto respondia a um assalto à mão armada em 1990.

Quer tenha sido a pressão para se conformar ou medo de ter as suas experiências validadas, alguns canadianos de ascendência chinesa dizem ter enfrentado certas barreiras quando se trata de falar sobre o racismo anti-Asiático. Esta é a conclusão de um novo relatório da ‘Factor-Inwentash’, da Faculdade de Trabalho Social da Universidade de Toronto e o Conselho Nacional Canadiano-Chinês - Toronto Chapter, que procurou realçar as experiências em primeira mão dos membros das comunidades asiáticas de Toronto antes e durante a pandemia da Covid-19. Os resultados são semelhantes aos de outros estudos realizados noutros locais no Canadá nos últimos três anos.

Chamado “2020 em retrospectiva: Conversas Intergeracionais sobre o Racismo Anti-Asiático durante a pandemia da Cov id-19”, o relatório foi publicado a meio do mês do março e centra-se nas experiências de mais de 30 pessoas de diferentes idades, incluindo novos imigrantes e os nascidos no Canadá.

Os participantes descreveram dificuldades em falar de racismo com a família, sentimentos de desespero ou impotência, descritos no relatório c omo ‘Wu Nai’ em chinês e ainda casos em que foram fisicamente atacados ou insultados, tais como ser-lhes dito para voltarem à China, “Mesmo que as pessoas não encontrassem atos racistas óbvios e flagrantes, foram afetadas pelo racismo anti-Asiático de muitas formas diferentes”, disse IzumiSakamoto, professor associado da Universidade de Toronto e co-autor do relatório.. As notícias de ódio anti-Asiático aumentaram no Canadá e nos Estados Unidos des de o início da pandemia da Covid-19, afetando algumas das principais cidades do Canadá.

“A população dos EUA é cerca de 10 vezes superior à do Canadá, mas temos uma maior proporção de ataques”, disse Amy Go do Cons elho Nacional para a Justiça Social do Canadá chinês. “Fomos acusados de trazer a SARS, tal como a Covid, para o Canadá . Somos definitivamente vistos como estrangeiros, é por isso que nos dizem para voltarmos à China”, acrescentou.

Entre os apelos à ação, o relatório apela a uma maior sensibilização e educação em torno do racismo anti-asiático, ao financiamento das comunidades de bas e e a uma maior representação na gestão de topo e a nível do conselho de administração.