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UM GRANDE CLÁSSICO QUE DUROU ATÉ FINAL

golo de Uribe não fez bem ao espetáculo mas clarificou o jogo. Imperou a lei do campeão

Não utilizados: Cláudio Ramos, Rodrigo Conceição, Namaso, Gonçalo Borges e Bernardo Folha

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REMATES CANTOS FALTAS FORAS-DE-JOGO

GOLOS: 0-1 MATEUS URIBE (61’); 0-2 PEPÊ

1-2 CHERMITI (90’+7) PENÁLTIS: Nada

ARBITRAGEM

ArturSoaresDias 4

(PORTO)

Assistentes: PAULO SOARES e PEDRO RIBEIRO

Quarto árbitro: NUNO ALMEIDA

Vídeo-árbitro: LUÍS GODINHO

Vídeo-árbitro assistente: RUI TEIXEIRA

TEMPO EXTRA 2+7

Um grande jogo, lançado com base em muitas mudanças na equipa do Sporting, concedeu ao FC Porto o privilégio de sair de Alvalade com os três pontos e manter a pressão sobre a liderança da Liga. Em duelo no qual os treinadores investiram muito na relevância estratégica, Rúben Amorim foi mais longe, ao apostar em Bellerín, Fatawu e Chermiti, em detrimento de Esgaio, Nuno Santos e Paulinho; Sérgio Conceição colocou Pepê mais perto de Taremi na zona central, com André Franco a titular, numa posição que parecia mais adequada a Eustáquio (estava no banco). O campeão venceu o clássico, outra vez com contribuição leonina – desperdício do ataque verde e branco nos primeiros 45 minutos e primeiro golo inadvertidamente oferecido aos dragões, pela infelicidade de Ugarte, que traiu Gonçalo Inácio, abrindo alas à vitoriosa caminhada de Uribe.

O mote do que seria o clássico foi dado cedo. Na primeira parte, evoluíram duas equipas sem subterfúgios, que se acautelaram em termos táticos para o que iam encontrar mas jogaram de peito aberto, entre as precauções e o risco; a necessidade de manter equilíbrio estrutural e o desejo de criar fraturas que conduzissem à desestabilização da solidez adversária. Foi essa ideia comum de não especular e ser autêntico na expressão dos objetivos definidos previamente que tornou o jogo interessante, nalguns casos bem jogado, quase sempre com emoção. O Sporting em nenhum momento exprimiu outra intenção que não fosse ganhar, enquanto o FC Porto, mais fiel às escolhas ha-

ESTREANTES. Os leões Bellerín e Chermiti e o dragão André Franco jogaram pela primeira vez um clássico bituais, revelou argumentos para manter a coesão e ser perigoso no ataque ao reduto leonino.

Ao intervalo, feitas as contas, o empate aceitava-se, apesar do sinal mais sportinguista. O jogo tinha sido equilibrado mas, mesmo com mais situações de golo para os da casa – Edwards (20’ e 45’+1), Trincão (23’) e Chermiti (41’) podem queixar-se de desperdício –, foi do FC Porto a mais flagrante, quando Taremi, isolado diante de Adán, atirou à barra, e Marcano, na recarga, com a baliza deserta, cabeceou ao lado – 33 minutos.

O segundo tempo foi diferente.

O espetáculo baixou de qualidade, na mesma proporção em que evoluiu a força do controlo azul e

Exibição superior de PEPÊ, mais perto de Taremi, no eixo central. Um grande jogo, coroado com belo (e decisivo) golo

AÇÕES. Trincão estava a ser o jogador mais ‘ausente’ do clássico, com pouca bola, até sair aos 34’, por opção

Elevada qualidade do jogo na primeira parte; imposição portista depois do intervalo; confirmação de Chermiti como titular

Desperdício dos ataques nos primeiros 45 minutos; quebra leonina depois do golo de Uribe; opções de Rúben que não resultaram branco, facto acentuado depois do golo de Uribe, aos 61 minutos. A ganhar, com o adversário em constantes alterações (nem todas com sucesso), o FC Porto sentiu-se confortável e impôs a sua lei. Chermiti empatou aos 90’ mas o golo foi anulado por fora-de-jogo; e foi Pepê a dar o golpe de misericórdia, com um toque de classe em forma de chapéu sobre Adán, que tornou indiferente a cabeçada vitoriosa e espetacular de Chermiti, 7’ depois dos 90’.

DIAS. Manafá não era opção em jogos na Liga desde 30/12/2021 (alinhou 31’ contra o Benfica)

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