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“Abusadores no ativo devem ser afastados”

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Diocesanas Diretor Suspeito

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“Há um caso complicado em que um diretor da comissão diocesana é apontado como alegado abusador e o senhor bispo em causa está consciente dessa situação”, revelou, ontem, o presidente da comissão independente. Pedro Strecht respondia a José Souto Moura, presidente da Equipa das Comissões Diocesanas e Castrense.

u O presidente da comissão de estudo dos abusos sexuais de menores por membros da igreja, Pedro Strecht, defendeu, ontem, que os padres no ativo identificados em casos já prescritos devem ser afastados. “Para os abusadores no ativo não chega retiros espirituais, não chega retiros transitórios. Pedimos outras coisas, obviamente afastava-os”, disse. O relatório final da comissão não avança o total de abusadores, mas na documentação entregue junto da Conferência Episcopal Portuguesa são identificados os suspeitos. Laborinho Lúcio,

Memorial às vítimas também membro do grupo de trabalho, referiu que “em resultado da lista de abusadores cabe agora à Igreja a investigação”. Por sua vez, o psiquiatra Daniel Sampaio disse que a Igreja Católica deve assumir o tratamento psicológico e psiquiátrico das vítimas. Sobre o direito a indemnizações financeiras, Pedro Strecht adiantou que “nenhuma das vítimas falou diretamente em ser indemnizado”, reconhecendo que do “ponto de vista jurídico são levantadas algumas dificuldades”. Face à JMJ, em agosto, Ana Nunes de Almeida, também da comissão, defendeu que os abusos deviam ser lembrados.

O presidente da comissão, Pedro Strecht, avançou ontem que “não serão precisos cinco milhões de euros para fazer um memorial às vítimas de abusos”.

Padre Condenado

A comissão de investigação dos arquivos das dioceses divulgou que há um bispo que reintegrou um padre “condenado no estrangeiro por atividade sexual inadequada e ilegal com dois rapazinhos de 11 e 13 anos”.

Aposição da Igreja face ao relatório demolidor apresentado pela comissão independente para o estudo dos abusos sexuais de menores na instituição não nos deixa tranquilos. A dimensão dos números e a leitura dos testemunhos de quem viveu horrores às mãos de sacerdotes, que reproduzimos nestas páginas, exigia outro tipo de resposta. Não se pode passar o tempo a pedir perdão pelo imperdoável. Que medidas estão a ser tomadas para evitar novos casos? Que compensação está a ser estudada para as vítimas? Vão ser indemnizadas? Em quanto? E quem são os bispos que encobriram os abusadores? Vão continuar por aí? Diz o presidente da Conferência Episcopal, D. José Ornelas, que o relatório produzido pela comissão será objeto de análise a 3 de março. Mas há alguma coisa para analisar? O trabalho notável desenvolvido pela equipa coordenada por Pedro Strecht é clarinho como a água. Basta ler os testemunhos dramáticos de quem foi abusado para conhecer a dimensão da tragédia. “Apalpava-nos as maminhas”, “tocava-me em todo o lado”, “sentou-me no colo, abraçou-me, beijou-me, acariciou-me”, “violou-me pela segunda vez”, “encostou o seu pénis ao meu corpo”. Esta foi a realidade vivida por milhares de crianças às mãos de padres ou em instituições da Igreja Católica portuguesa. O que é que há para analisar? Qual é a dúvida?

A Igreja diz que vai analisar o relatório. Mas qual é a dúvida?

20.ª JORNADA

SportingFCPorto

Ao intervalo: 0-0

Estádio José Alvalade (Lisboa)

18h00 • 39.528 espectadores

FC PORTO IMPÕE-SE A UM SPORTING CHEIO DE SURPRESAS

MINUTO 61

Ugarte tentou desarmar Uribe, mas desviou a bola de Gonçalo Inácio; o colombiano isolou-se depois dos ressaltos e tudo se tornou simples: enquadrou-se com a baliza e rematou com o pé direito para a esquerda de Adán, A vitória estava lançada e o jogo transformado a favor dos campeões.