2º ano D - Unidade I _ Contos pouco contados...

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CONTOS POUCO CONTADOS... Reescrita de Contos dos Irmãos Grimm 2ºano D – Unidade I



Índice

Introdução O camponês e o diabo Minha gente João sortudo O homem que saiu em busca do medo As três fiandeiras Um-olhinho, Dois-olhinhos e Três-olhinhos

Considerações finais


O camponês e o diabo Era uma vez um camponês, um dia ele viu um montão de fogo e quando se aproximou viu um diabinho preto sentado em um tesouro, ai o camponês perguntou: — Você está sentado em cima de um tesouro? — Estou sim, nesse tesouro há mais prata e ouro do que você viu vida. — Então é meu porque está em cima do meu campo — falou o camponês. — Tudo bem, pois dinheiro tenho de monte, mas ando mesmo com fome e quero frutos da terra. — E para que não haja desentendimentos vamos combinar o seguinte: o que nascer embaixo da terra vai ser meu e o que nascer em cima da terra será seu — disse o camponês. — Pode ser — disse o diabo que aceitou a proposta todo feliz. Mas o camponês era muito esperto e plantou nabos. Um ano depois o diabo voltou para buscar sua parte, mas só encontrou folhas verdes enquanto o camponês foi desenterrando seus nabos o diabo falou: — Tudo bem, mas agora o que nascer em cima será seu e o que nascer embaixo será meu.


Só que dessa vez o camponês plantou trigo. Um ano depois o diabo apareceu e veio buscar sua parte e encontrou o trigo, quando viu aquilo saiu por uma fresta enraivecido, o camponês disse: — É assim que se rouba um ladrão.

Trio: Diego Soares Oliveira, Larissa Namie Kogawa Rocheta e Nickolas Del Grande Mesquita.


Minha gente — Onde você vai? — A Walpe. — Eu a Walpe, você a Walpe. Muito bem, vamos além. — Você tem marido? Qual é o apelido? — Aparecido. — Seu marido Aparecido, meu marido Aparecido, eu a Walpe, você a Walpe. Muito bem, vamos além. — Você tem filho? Qual é o apelido? — Marcílio. — Seu filho Marcílio, meu filho Marcílio. Seu marido Aparecido, meu marido Aparecido, eu a Walpe, você a Walpe. Muito bem, vamos além. — Você tem empregada? Como é chamada? — Hermengarda. — Sua empregada Hermengarda, minha empregada Hermengarda. Seu filho Marcílio, meu filho Marcílio. Seu marido Aparecido, meu marido Aparecido, eu a Walpe, você a Walpe. Muito bem, vamos além. — Vocês têm peão? Que nome lhe dão? — Serapião que vive-no-chão.


— Seu peão Serapião que vive-no-chão, meu peão Serapião que vive-no-chão. Sua empregada Hermengarda, minha empregada Hermengarda. Seu filho Marcílio, meu filho Marcílio. Seu marido Aparecido, meu marido Aparecido, eu a Walpe, você a Walpe. Muito bem, vamos além.

Trio: Guilherme Xavier Santos, Henrique Mendes Brunato e Lorena Pessoa Silva.


João sortudo Depois de trabalhar por sete anos sem férias, seu patrão disse a ele: — Você trabalhou muito bem e seu tempo está acabando, merece uma recompensa. Dizendo isso deu a João uma pedra de ouro do tamanho de sua cabeça, quando João recebeu o presente partiu para a casa de sua mãe. Quando estava andando viu um cavaleiro com um cavalo muito lindo e disse: — Como é bom andar a cavalo, e não ter que carregar esse peso — o cavaleiro respondeu: — Então vamos fazer uma troca, o ouro pelo cavalo e se você quiser acelerar é só estalar a língua e dizer vamos, vamos! E logo João aceitou e foi estrada a fora, depois de um tempo viu um homem com uma vaca e disse: — Esse cavalo já não me serve, se eu tivesse uma vaca teria leite, queijo e manteiga fresquinhos e mataria minha fome. — Então vamos fazer uma troca — disse o dona da vaca — eu troco minha vaca pelo seu cavalo.


João aceitou e continuou seu caminho, logo ele percebeu que era uma vaca que já não dava leite e encontrou com um açougueiro que vinha trazendo um porquinho e disse: — Adoro carne de porco, estou com fome e ela ia me cair muito bem. O açougueiro logo aceitou e fez a troca com o João deu-lhe o porco em troca deu a vaca, mas logo à frente João encontrou outro homem e esse trazia um ganso e falou: — Só fiz boas trocas, como sou sortudo. — Você sabia que roubaram o porco do rei? — disse o dono do ganso — estou com medo que seja esse ai que você está carregando. João ficou apavorado, mas o homem aceitou fazer essa troca viu que ele era um homem de bem. Enquanto João ia andando pensava em todas as trocas que fez como ele era sortudo, até que encontrou um amolador de tesouras. — Você é um homem se sorte, tem uma profissão, sempre que põe a mão no bolso encontro dinheiro — disse João. — Mas isso é fácil, é só você virar um amolador assim como eu, para isso você precisa ter uma pedra de


amolar, eu posso trocar com você a minha pedra pelo seu ganso. João aceitou a troca e continuou sua viagem até a casa da sua mãe e no caminho foi pensando como ele era sortudo, quantas trocas boas ele tinha feito, chegando lá encontrou sua família e viveram

Trio: João Paulo Ferreira Silva, Laissa Ryie Yamashita e Matheus Campelo Senedese.



O homem que saiu em busca do medo Era uma vez um homem que tinha dois filhos, o mais velho era forte, inteligente e corajoso, já o mais novo era um bobalhão. Todos os dias ao anoitecer ele sentava no seu canto e ouvia as pessoas dizendo que aquilo dava arrepios, que aquela outra coisa deu arrepios e resolver perguntar ao seu pai: — Pai o que é se arrepiar? Seu pai e seu irmão riram, e seu pai responder: — Você quer saber o que é o arrepio, então vou lhe dar cinco moedas de prata e você pode sair em busca dos arrepios e só volte quando encontrar. Ele se arrumou e seguiu pela estrada até que encontrou um homem que disse: — O que você está fazendo? — Procurando me arrepia. — Venha comigo, vou te levar para minha casa. O homem comentou sobre um castelo mal assombrado e o que o rei daria a mão de sua filha em casamento para quem conseguisse dormir no castelo mal assombrado por três noites.


Chegando lá ele fez o acordo com rei que o levou até o castelo e deixou o jovem na sala ao lado de uma fogueira e partiu. Ele ficou ali sentado dizendo: — Ai se eu conseguisse me arrepiar, se eu conseguisse me arrepiar. Logo ele ouviu um barulho e surgiram dois gatos pretos com olhos vermelhos enormes que não paravam de para ele. — Pare com isso! — gritou ele com os gatos que não paravam, ele os pegou e atirou no rio e foi dormir. No dia seguinte o rei foi ver o que tinha acontecido e o rapaz falou: — Eu ainda não arrepiei. O rei falou que ainda precisa ficar lá por duas noite e ele disse que tudo bem. Naquela noite ele acendeu novamente a fogueira e ficava pensando como iria se arrepiar, até que ouviu um barulho e caiu só a metade de um corpo. — Ei espere ai, cadê a outra metade? Quando olhou foram caindo corpos e cabeças e ele montou todos e disse: — Vamos jogar uma partida de boliche?


Ele pegou uma das cabeças e jogaram até o dia clarear. No dia seguinte rei voltou e viu que estava tudo bem e que o rapaz ainda não tinha se arrepiado e aquela seria sua última noite. Na terceira noite ele sentou-se novamente na sala perto da fogueira e quando olhou viu seis homens carregando um caixão e disse: — Deve ser meu primo que morreu há alguns dias. Venha primo, venha. Os homens puseram o caixão no chão e ele foi até lá levantou a tampa e disse: — Nossa como está gelado, vamos que eu vou te esquentar. Colocou o corpo perto da fogueira e fez massagem e o morto foi esquentando e gritou: — Vou te estrangular! — Ah, é assim que você me agradece? Vai ver uma coisa. Logo deu uma surra nele e o colocou no caixão e fechou a tampa. No dia seguinte o rei foi ao castelo.


— Eu cumpri minha parte do combinado, mas eu não me arrepiei agora você vai cumprir sua parte? — Sim — disse o rei. O rei preparou uma linda festa de casamento para os dois e o jovem continuava dizendo: — Ai se eu conseguisse me arrepiar, ai se eu conseguisse me arrepiar... Sua esposa ouvindo aquilo pediu aos empregadas que fossem até o riacho e pegassem alguns peixes, enquanto seu marido dormia ela despejou o balde com água gelada e os peixes por cima dele, que acordou gritando: — Ah, minha querida, estou todo arrepiado.

Trio: Clarisse Petrini Figueiredo, Gabriela Alcanjo de Amorim Leal e Guilherme Tonello Sant´Anna.


As três fiandeiras Era uma vez uma moça preguiçosa que não gostava de fiar por mais que sua mãe reclamasse até que um dia sua mãe bateu nela e a moça ficou chorando na janela. Nesse momento estava passando a rainha e perguntou por que ela chorava tanto e sua mãe envergonhada não queria falar a verdade e disse que sua filha adorava fiar. A rainha ouvindo aquilo disse que a levaria para o castelo e se fiasse tudo o que pedisse ela se casaria com seu filho e logo se tornaria uma rainha. Chegando ao castelo a rainha mostrou três quartos cheios de linho cru e disse que ela teria que fiar, mas a moça sabia que não conseguiria. Passaram-se três dias e ela só chorava, até que um dia estava passando pela janela três moças, uma tinha o pé largo e chato, a segunda tinha o lábio inferior muito grande e a terceira tinha um polegar imenso, elas eram muito esquisitas, quando ouviram o seu choro perguntaram: — Por que você chora tanto? A preguiçosa contou e elas falaram que ajudariam desde que fossem convidadas para o casamento.


Elas entraram e começaram a fiar tudo e toda vez que a rainha entrava no quarto a moça escondia as três. Logo tudo tinha sido fiado da melhor forma. A rainha ficou muito feliz e marcou o casamento, mas antes a moça fez um pedido que queria convidar três primas distantes. No dia do casamento entraram aquelas moças esquisitas e o príncipe perguntou quem eram aquelas pessoas e a moça disse que eram suas primas e que ficaram assim de tanto fiar. O príncipe se assustou e disse que sua esposa nunca mais na vida iria fiar.

Trio: Gabriel da Silva Mezet, João Ricardo Gomes de Oliveira e Nuria Gonzales de Freitas.


Um-olhinho, Dois-olhinhos e Três-olhinhos Era uma vez um homem que tinha três filhas a primeira se chamava Um-olhinho, a segunda se chamava Dois-olhinhos e a terceira Três-olhinhos, mas a mãe e as irmãs não gostavam de Dois-olhinhos e falavam: —Você não é uma de nós! — e empurravam a irmã. As duas faziam de tudo para infernizar a vida de Dois-olhinhos e só davam farrapos para ele vestir e os restos da comida. Cada dia que passava Dois-olhinhos ficava mais triste e com mais fome. Um dia sentou-se com a cabra e começou a chorar e dois riachos de lágrimas em seu rosto, quando olhou para o lado viu uma moça que disse: — Por que está chorando dois olhinhos? — Como não posso chorar se minhas irmãs me tratam tão mal. — Está com fome? — Sim! — disse Dois-olhinhos. A moça sabia disse: — Cabrita, berre cabrita, ponha coisas de comer numa mesa bem bonita. Dois-olhinhos não acreditava no que via e logo fez o teste e deu certo.


— E para que você retire a mesa basta dizer — Cabrita berre cabrita e leve a mesa bem bonita. Dois-olhinhos agradeceu e todos os dias levava sua cabra para pastar e quando sentia fome fazia o pedido, todos os dias sua mãe e suas irmãs perguntavam se não ia comer e Dois-olhinhos respondia que não, no começo não estranhavam, mas logo Três-olhinhos que era a irmã mais velha e esperta falou para a mãe: — Dois-olhinhos está aprontando alguma coisa, acho muito estranho ela não querer comer mais, alguma coisa ela anda fazendo. A mãe falou para Um-olhinho seguir a irmã. Quando chegaram ao campo a irmã mais nova estava muito cansada, pois não estava acostumada a andar tanto e Dois-olhinhos disse para ela deitar em seu colo que ia cantar uma canção, logo Um-olhinho dormiu e Doisolhinhos pode comer a vontade seu banquete, quando ela acordou as duas foram embora. Mas a mãe das três moças não estava conformada e dessa vez mandou Três-Olhinhos, Dois-Olhinhos fez a mesma coisa cantou a canção, mas apenas dois dos três olhinhos dela se fecharam e Dois-olhinhos não percebeu e disse: — Cabrita, berre cabrita e ponha coisas de comer numa mesa bem bonita.


Quando acabou de comer pediu para que a mesa desaparecesse. Sua irmã acordou e foram para casa. Assim que encontrou com sua mãe Três-olhinhos tratou de contar tudo o que tinha visto, quando ela terminou a mãe pegou uma faca e enfiou no coração da cabrita que caiu morta no chão, Dois-olhinhos correu para o campo e começou a chorar, nesse momento apareceu à moça sabia que perguntou: — Por que está chorando? — Como não vou chorar, minha mãe matou a cabrita. — Pegue as tripas da cabrita e enterre-as no quintal. — disse a moça sabia. Dois-olhinhos voltou para casa e pediu a sua mãe que lhe desse qualquer pedaço de sua cabrita, podia ser até mesmo as tripas. As irmãs disseram: — Mãe de pra ela as tripas. Então Dois-olhinhos pegou e enterrou as tripas no quintal, no dia seguinte quando olharam tinha nascido uma linda árvore com frutos de ouro, as irmãs falaram que eram delas e toda vez que tentavam subir não conseguiam, os galhos balançavam e as derrubavam. Apenas Dois-olhinhos conseguia subir.


Elas ouviram um barulho e quando olharam era um príncipe que se aproximava, quando chegou bem perto ele perguntou: — Essa árvore pertence a qual de vocês? As duas irmãs falaram que era delas, então ele pediu que pegassem uma maçã para ele, elas tentavam, tentavam, mas não conseguiam. Até que ele viu Doisolhinhos e ficou encantado com tanta beleza e pediu para pegasse uma maçã para ele. Dois-olhinhos subiu e pegou a fruta. O príncipe encantado com tanta beleza convidou Dois-olhinhos para ser sua esposa, imediatamente ela aceitou e suas irmãs morreram de raiva. Muito tempo depois estava passando duas mendigas em frente ao palácio e a rainha estava só observando e quando olhou bem viu que eram suas irmãs, muito bondosa a rainha perdoou as duas e cuidou delas até o fim dos tempos.

Trio: Davi Silva Brandão, Giovanna Camila Zilio Oliveira e Valentina Trabaquim Branco.


Considerações finais

Apreciar

contos

pouco

conhecidos foi o disparador do nosso trabalho, crianças

possibilitou se

características (conteúdo

com

que

apropriassem dos

contos

temático,

as das

clássicos estrutura

composicional e estilo). Foram situações

propostas

algumas

desafiadoras,

onde

reescreveram contos e revisaram a escrita produzida. Nesse validar

de

trimestre

fato

puderam

seus

saberes

acumulados ao longo do 2º ano.

Professora Amanda Fortunato A. Sousa


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