2º ano B - Unidade I _ Contos pouco contados...

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CONTOS POUCO CONTADOS... Reescrita de Contos dos Irmãos Grimm 2ºano B – Unidade I



Índice

Introdução Irmãozinho e irmãzinha João Fiel O casamento da Dona Raposa

Doutor Sabe - Tudo Os doze caçadores O piolho e a pulga A filha esperta do camponês Considerações finais


Irmãozinho e irmãzinha Era uma vez um menino e uma menina que a mãe morreu, mas tinha uma madrasta muito má, então irmãozinho disse: — Nossa madrasta é muito má com a gente quando fazemos algo errado ela nos bate, e quando chegamos perto dela ela nos chuta e só nos dá migalhas de pão para comermos. — Então temos que morar na floresta — disse a irmãzinha. Os dois partiram para a floresta. — Estou com sede — falou a irmãzinha. Eles saíram para procurar água e acharam uma fonte que dizia: — Se você me beber virará um tigre! Então irmãzinha gritou: — Não beba irmãozinho, se beber virará um tigre imenso e irá rasgar minha pele toda. Mesmo com muita sede irmãozinho não bebeu, então partiram e acharam outra fonte, irmãzinha ouviu a fonte falar:


— Se você me beber irá virar um lobo! Irmãzinha gritou: — Não beba irmãozinho, se beber vivará um lobo e vai me comer! E irmãozinho não bebeu, continuaram andando até encontrar outra fonte, pois estavam com muita sede. Irmãzinha novamente ouviu a fonte dizer: — Se você me beber virará um cervo! Mas quando ela ia avisar já era tarde demais, porque o irmãozinho já tinha tomado à água e se transformado em um cervo, quando irmãzinha viu aquilo desmaiou de tanta tristeza. Quando ela acordou prometeu a ele que estaria sempre ao seu lado e saíram em busca de um lugar para morar, e no meio da floresta acharam uma casinha de madeira, a porta estava aberta então entraram. Logo eles arrumaram a casa e uma caminha para o cervo. Eles estavam muito felizes e sempre saíam para passear. Em uma manhã eles ouviram muito barulho e olharam pela fresta da janela, viram que o rei tinha


organizado uma caçada, o cervo com todo aquele barulho queria sair correndo, e irmãzinha disse: — Cuidado, você morrerá! — Eu não consigo mais ficar aqui preso, preciso ir – disse o cervo. Então combinaram que ela fecharia a porta e quando chegasse bateria e diria que era seu cervo preferido para que abrisse a porta, e assim ele foi e correu tanto que ninguém conseguiu pegá-lo, e isso aconteceu de novo até que um dia ele foi ferido e o rei que já estava observando disse que queria aquele cervo, mas queria ele vivo, então seu melhor caçador e ele o seguiram até a casa e encontraram a irmãzinha que era a moça mais bonita que já tinham visto. O rei logo se apaixonou e pediu ela em casamento, a moça aceitou, mas em troca teria que levar seu cervo preferido e ele teria que ser muito bem tratado. O rei e a irmãzinha se casaram e tiveram um filho, estavam muito felizes, mas a madrasta descobriu tudo e quis estragar a felicidade, foi até o castelo e colocou fogo no banheiro da rainha e ela morreu sufocada. A madrasta


colocou sua filha má no lugar da rainha e toda a noite a rainha virava um fantasma vinha dar mama para o bebê, um empregado da casa descobriu tudo e contou para o rei que na noite seguinte ficou só observando e viu que era tudo verdade. O rei mandou prender as duas e de castigo colocou fogo nelas, no mesmo instante aconteceu algo fantástico o fantasma da rainha se transformou em gente e o cervo virou um homem de novo e assim todos viveram felizes para sempre até o final dos seus dias.

Trio: Enzo Bigaram de Souza Caldeira, Guilherme Ferraz Salinas e Gustavo Barbosa Molina.


João Fiel Era uma vez um velho rei que estava doente e prestes a morrer disse: — Chamem o João Fiel! João era seu criado favorito porque sempre foi muito fiel. — Meu querido João, estou morrendo e meu filho é muito jovem então cuide bem dele para que eu morra em paz. E João respondeu: — Sim meu rei! O rei morreu em paz e quando seu filho cresceu mostrou o palácio inteiro menos a porta do quarto da princesa do telhado dourado. Quando João viu o quadro com a foto da princesa desmaiou de tanta paixão, mas foi dispensado dos seus serviços. João levou todas as coisas para o navio e se fingiu de mercador e começou a navegar até que um dia voltou a sua antiga moradia. Lá ele encontrou a princesa e disse: — Minha querida, naveguei muito e nunca te esqueci, trouxe tudo o que consegui para você.


Ela adorou toda aquela surpresa e fugiu com o João em seu navio, vivendo até hoje muito felizes.

Trio: Enrico Barranco, Gabriel Areão dos Santos e Rafael Yamaguchi Piza.


O casamento da Dona Raposa Era uma vez um velho raposo de nove caudas, ele achava que a esposa não era fiel, então se fingiu de morto. A Dona Raposa ficou muito triste e se trancou no quarto. Alguns

meses

depois

apareceram

alguns

pretendentes para se casar com ela. O primeiro raposo que chegou bateu na porta, a empregada abriu e ele falou: — Pretendo falar com a Dona Raposa — a empregada foi chamar, e ela perguntou: — Ele tem nove caldas? — Não! — respondeu a criada. — Então não me serve! A criada teve que manda-lo embora, depois apareceram outros pretendentes e que nenhum deles servia para Dona Raposa, até que um dia apareceu em sua porta um raposo de nove caldas, a criada foi correndo avisar. — Com esse eu vou me casar! — disse Dona Raposa.


Ouvindo aquilo o velho raposo que estava escondido vendo tudo saiu de baixo do banco e a Dona Raposa ficou aliviada, mas se passaram muitos anos e o velho raposo morreu de verdade. Novamente apareceram muitos pretendentes, até que um dia outro raposo de nove caudas apareceu. — Ele tem calça vermelha igual ao meu velho raposo? — perguntou a Dona Raposa. — Sim! — disse a criada. — Então me caso com ele! No dia da festa eles dançaram muito e se divertiram muito e não pararam de dançar e se divertir para o resto de suas vidas.

Trio: Beatriz Ferreira Gonçalo, Giulia Frade Polilo e Luisa Moniz Alves.


Doutor Sabe - Tudo Era uma vez um moleiro muito pobre. Um dia o moleiro foi vender suas vacas, algum tempo depois chegou um doutor que comprou suas vacas por duas moedas de prata. Na manhã seguinte, o moleiro foi pegar o dinheiro na casa do homem que tinha comprado, chegando lá ele abriu a porta e entrou, viu a mesa da sala cheia de comida das mais finas do reino, e perguntou ao doutor: — Como eu posso me tornar um doutor? — Fácil, é só comprar uma cartilha dessas com uma cara de galo. Com o dinheiro de suas vacas e da carroça você compra todas as roupas que um doutor precisa aí você pega uma tábua e mande pintar com seu nome que pode ser “Doutor Sabe-Tudo”. O camponês seguiu todas as dicas. Pouco tempo depois chegou um homem que disseram que alguém tinha roubado suas joias, esse homem era um dos mais ricos do reino e perguntou: — Você é o Doutor Sabe-Tudo? — Sim!


— Então vamos para minha casa, aconteceu um roubo, roubaram minhas joias. O Doutor disse que ia, mas que levaria sua esposa Greta. Chegando à casa do nobre homem depois de um tempinho eles foram comer. O primeiro criado trouxe o primeiro prato que era finíssimo, e o doutor disse para sua esposa: — Greta, esse é o primeiro! O doutor estava falando do primeiro prato, só que o criado achou que fosse o primeiro ladrão, ele saiu correndo naquele mesmo instante. Então o segundo criado entrou com outro prato, e o doutor disse para sua esposa: — Greta, esse é o segundo! O criado saiu correndo ainda mais assustado do que o primeiro. O terceiro não queria entrar de tanto medo, mas era esperto e quis testar a inteligência do doutor, pegou um prato de porco frito foi até a sala e perguntou: — O que tem debaixo dessa tigela? O doutor pegou sua cartilha a revisou e abriu na página do galo para disfarçar, depois de um tempo o


homem perguntou de novo, e agora não tinha mais saída, o doutor suando respondeu: — Porco frito! Mesmo assim ele quis testar de novo e perguntou se ele sabia de tudo deveria saber aonde ele tinha escondido as joias, e pediu que o esperasse atrás do castelo para conversarem. Os criados confessaram o roubo e também disseram onde estavam escondidas as joias, mas pediram ao doutor que não contassem e iriam pagar uma recompensa, o doutor concordou. Quando voltou ao castelo o homem rico perguntou sobre suas joias, o doutor contou onde estavam. O Doutor Sabe-Tudo recebeu duas recompensas, ficou muito famoso e todos viveram felizes para sempre.

Trio: Laura Siqueira Kawashima, Manuella Moraes de Laet, Matheus Freitas Felix.



Os doze caçadores Era uma vez um rei que estava quase morrendo e queria ver o filho antes de sua morte. O filho recebeu a noticia e teve d deixar a namorada, mas antes deu-lhe um anel para que sempre se lembrasse dele. Quando ele chegou ao castelo o rei disse: — Seja um bom rei! — fechou os olhos e morreu. Passaram-se os dias e ele não lembrava mais de sua antiga namorada, porém ela não parava de pensar nele e foi ficando muito triste, até que um dia pediu a seu pai que também era rei um presente. — Pai, meu namorado arrumou outra namorada e eu quero te pedir onze moças da minha altura, da mesma beleza para que me façam companhia. No dia seguinte chegaram às onze moças do mesmo modo em que tinha pedido. Assim ela e as onze moças foram até o castelo de seu antigo namorado. Chegando lá elas se apresentaram como doze rapazes caçadores, o rei nem desconfiou de nada e aceitou. Mas ele tinha um leão muito sábio e disse ao rei:


— São doze moças, elas estão te enganando. O rei não acreditou e o leão voltou a dizer: — Crie um desafio, coloque ervilhas pelo chão do salão se andarem sem escorregar são homens, mas se não pisarem firme são mulheres. O rei aceitou, porém um empregado ouvia tudo e era muito amiga delas e contou o plano do rei, elas estavam preparadas e quando foram ao salão pisaram firme. O leão continuou insistindo e pediu mais provas, mas novamente elas passaram pelos desafios, só que o leão falou para ele mexer nas coisas da comandante que teria uma surpresa, e quando ele foi até o quarto dela e começou a mexer achou o anel que tinha dado a sua antiga namorada, vendo aquilo ficou emocionado e percebeu tudo o que aconteceu. O rei pediu para chamar os caçadores e quando chegaram ele disse que sabia de tudo, se declarou e pediu sua antiga namorada em casamento, mandou celebrar a festa e viveram felizes para sempre. Trio: Alice Biasotto Caldeira Gomes, Amanda Pereira Castelli, e Beatriz Monteiro Viana.


O piolho e a pulga Era uma vez um piolho e uma pulga que moravam juntos, costumavam beber cerveja em uma casca de ovo, um dia o piolho morreu na água quente. A pulga correu para todos os lados e berrando, a porta ouvindo perguntou: — Por que é que você berra tanto pulga? — O piolho morreu escaldado! A porta ouvindo aquilo começou a ranger e bater, a vassoura ouvindo aquilo perguntou: — Por que você está rangendo tanto porta? — E eu não tenho motivo? O piolho morreu escaldado, a pulga pula e faz alarde. A vassoura começou a varrer sem parar, uma carroça que ia passando perguntou: — Por que é que você varre tanto? — E eu não tenho motivo? O piolho morreu escaldado, a pulga pula e faz alarde e eu varro para todo lado. A carroça começou a correr para todos os lados, e um monte de lixo que estava perto viu e perguntou:


— Por que você corre tanto? — E eu não tenho motivo? O piolho morreu escaldado, a pulga pula e faz alarde a vassoura varre para todo lado e eu corro. O lixo então começou a pegar fogo, uma árvore que estava perto viu e veio perguntar: — Por que você queima tanto? — E eu não tenho motivo? O piolho morreu escaldado, a pulga pula e faz alarde a vassoura varre para todo lado à carroça corre e eu queimo. A árvore vendo aquilo começou se sacudir para todos os lados até ficar pelada, uma menininha que estava passando viu aquilo e perguntou: — Por que você está assim? — E eu não tenho motivo? O piolho morreu escaldado, a pulga pula e faz alarde a vassoura varre para todo lado à carroça corre, o lixo queima e eu me chacoalho. A menininha resolveu quebrar seu cântaro e a cachoeira que via tudo perguntou: — Por que você quebrou seu cântaro?


— E eu não tenho motivo? O piolho morreu escaldado, a pulga pula e faz alarde a vassoura varre para todo lado à carroça corre, o lixo queima, a árvore se chacoalho e eu quebro em pedacinhos meu cântaro. Ouvindo

aquilo

a

cachoeira

resolveu

furiosamente, matando todos afogados.

Dupla: Elisa Nogueira de Sá e Laura Carvalho Sousa.

jorrar



A filha esperta do camponês Era uma vez um camponês que não tinha nada além de uma casinha e uma filha. Um dia a filha falou: — Pai nós deveríamos pedir ao rei um terreninho desses que acabamos de limpar ao rei. Quando o rei ficou sabendo que eram pobres logo deu um terreninho coberto com um capinzal para eles. Um dia quando o camponês estava carpindo o capinzal achou um pilão de ouro sem o socador e disse: — O rei foi tão bom conosco que deveríamos dar a ele este pilão — mas a filha foi completamente contra e disse: — Pai se nós dermos o pilão ao rei ele vai querer o socador, e nós não sabemos onde está. Mas o pai nem deu ouvidos a filha e foi levar o pilão ao rei. — Você não achou mais nada junto ao pilão? — perguntou o rei. — Não — respondeu o camponês. — Mas eu exijo o socador, eu te deixarei preso até que me diga onde está o socador. Quando os empregados iam levar água e pão ao camponês ouviam ele dizer:


— Ai se eu tivesse ouvido a minha filha, ai se eu tivesse ouvido minha filha. Então os empregados foram correndo avisar o rei, que mandou buscar o camponês imediatamente. — O que foi que sua filha lhe disse? — perguntou o rei. — Ela me disse para não lhe dar o pilão, pois você ia querer o socador também. — Se ela é tão esperta traga-me a moça — ordenou o rei. No dia seguinte a filha do camponês foi ao castelo e o rei perguntou: — Se você é tão esperta terá que adivinhar o que eu perguntar e ai eu solto seu pai e me caso com você. — Pode deixar — disse ela. — Venha ao meu encontro sem roupa e sem estar despida, sem montar e nem caminhando, sem ser pela estrada e nem fora dela, se você fizer isso tudo eu cumpro o combinado. Então ela foi para casa tirou todas as roupas e sentou em uma rede de pescador e se enrolou toda nela, de modo que não ficou despedi. Depois alugou um burro e amarrou à rede no rabo do burro que a puxava pelo caminho, ela não ia andando e nem montada. E como o


burro ia puxando ela ao longo do caminho pela carroça só o dedão dela tocava no chão, assim não vinha pela estrada e nem fora da estrada. Quando o rei viu como ela estava chegando daquele jeito e que cumpriu todas as exigências, soltou o pai dela e casou-se com ela dando todas as coisas reais para que tomasse conta. Passaram-se alguns anos, e um dia quando o rei estava caçando alguns camponeses que vendiam madeira estavam do lado de fora do palácio, algumas carroças eram puxadas por cavalos e outras por bois. Um camponês tinha três cavalos e uma égua, a égua tinha dado cria e a cria foi correndo deitar entre dois bois que estavam na carroça de outro camponês. Os dos camponeses estavam discutindo quem tinha tido a cria e de quem era. A briga chegou aos ouvidos do rei porque os dois queriam a cria. O rei decidiu que onde a cria foi deitar era quem ia ficar com ela. Ouvindo aquilo o camponês foi pedir ajuda à rainha que resolveu ajudá-lo e disse: — Amanhã a tarde vá ao rio mais seco da floresta e finja que está pescando, quando o rei chegar ele vai te perguntar o que você está fazendo, ai você vai responder que está pescando, pois é tão possível pescar em um rio seco quanto um boi ter um potro — explicou a rainha.


— Está bem, vou fazer isso — disse ele. No dia seguinte o camponês pegou uma vara de pescar e foi ao lago mais seco da floresta, quando o rei estava passando viu aquilo e perguntou: — O que você está fazendo? — Pescando! Você não sabia que é tão possível pescar no seco quanto um boi ter um potro? — perguntou o camponês ao rei. O rei estranhou aquela resposta e perguntou: — Quem falou isso pra você meu jovem? — Ninguém, ninguém meu rei. — disse o camponês que tinha prometido a rainha não dizer nada. O rei mandou bater no rapaz até que ele confessou que tinha sido a rainha. Ouvindo aquilo o rei foi correndo para o castelo e perguntou: — Você é quem disse aquelas palavras para o camponês? — Aquilo o quê? — disse a rainha. — Você sabe muito bem — gritou o rei — não quero mais ser seu marido, vá embora daqui! — disse o rei bravo.


— Mas antes vou te dar a coisa que você mais goste, mais bela do castelo, pode escolher. — Está bem, mas antes tome comigo só mais um copo de vinho. O rei concordou, mas a rainha mandou pegar um vinho fortíssimo, o rei tomou tudo de uma vez só e adormeceu. Então ela mandou cobri-lo com um pano branco e colocá-lo na carruagem para que ela pudesse levar para sua casa. Ele dormiu por três noites e quatro dias até que finalmente acordou e perguntou? — Onde eu estou? — Na minha casa — respondeu a rainha — você me disse para trazer a coisa mais bela e que mais gostasse do castelo, e para mim você é a coisa mais importante daquele castelo. O rei se emocionou e disse: — Eu te amo! — Eu também! — completou a rainha. Fim.

Trio: Fábio do Amaral Alcântara Júnior, Luana Vassalo Abate e Vitor Matheus Remígio Araújo.


Considerações finais

Apreciar contos pouco conhecidos foi o disparador do nosso trabalho, possibilitou com que as crianças se apropriassem

das

dos

clássicos

contos

características (conteúdo

temático, estrutura composicional e estilo). Foram propostas algumas situações desafiadoras, contos

e

onde

reescreveram

revisaram

a

escrita

produzida. Nesse 3º trimestre puderam validar de fato seus saberes acumulados ao longo do 2º ano. Professora Amanda Fortunato A. Sousa


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