Brasileiros Mundo Afora OKT/NOV 2015

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www.brasileiros-mundo-afora.com

INSPIRAÇÃO PARA QUEM

OUT/NOV 2015 ANO III Editora BMA

MORA LONGE DE CASA

Dicas de turismo

Suíça

Disponível nos pontos de distribuição ou através do site Brasileiros Mundo Afora

Balneários e termas Basileia

! o h n so

Vivo meu

Sandra Gomes Jorge Aragão Raquel Alvarez SHOWBIZ

Encanta o público suíço

FELIZ NO BRASIL

Sucesso como produtora de eventos na Suíça

Designer suíça

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Queridos

brasileiros mundo afora,

O projeto Brasileiros Mundo Afora foi criado final de 2012. Começamos sem muita ambição, publicando fotos e textos na sua maioria de familiares e amigos. Hoje 11 revistas depois e com vários artigos publicados no nosso blog, comemoramos quase três anos de existência e de sucesso com muita alegria. Quem somos Claudia Bömmels é Diretora de Arte e Redação. Nasceu em Zurique e cresceu em Marabá, no estado do Pará e mora na Europa desde 1994. Claudia define-se como uma contadora de histórias, já se reinventou inúmeras vezes e está realizando neste momento um grande sonho: publicar sua própria revista. Marisa Pedro Pfeiffer é Diretora de Publicidade. Natural de São Bernardo do Campo, Marisa mora com a família na Suíça desde 2008. Ela escreve sobre suas experiências como mãe na Suíça, na coluna Ponto de Vista, é webdesigner e social media, sendo a fotografia sua grande paixão. A Brasileiros Mundo Afora é feita por nós e por vários colaboradores, que moram nos quatro cantos do mundo, o que faz dela um projeto muito especial e único. Hoje podemos dizer que as nossas revistas são prova do poder do trabalho coletivo e colaborativo, valores em que acreditamos. Acreditamos também que é importante saber das dificuldades que nos esperam no exterior, mas queremos sobretudo falar sobre pessoas que venceram profissionalmente, seguindo sua antiga profissão ou reinventando-se. O maior objetivo da Brasileiros Mundo Afora é criar e compartilhar conteúdo inspirador principalmente para quem ainda não se encontrou. A novidade agora é que vamos publicar edições em formato digital e impresso, começando com este exemplar que você está lendo. É a realização de um sonho! Desejamos que a nossa revista inspire você também. Beijos, Claudia Bömmels Marisa Pedro Pfeiffer

Foto: Nitami Pho tog

raphy

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Reportagens em destaque Brasileiros Mundo Afora - Edição Outono 2015

10 Moda sustentável Uma tendência cada vez mais forte

26 SANDRA GOMES Entrevista exclusiva com a produtora de eventos brasileira, residente na Suíça

36 profissão expatriados Brasileiras, morando no exterior, falam sobre sua nova escolha profissional: a fotografia

43 doação de órgãos Um gesto de amor

50 raquel alvarez 54 balneários e termas Dicas de lugares imperdíveis na Suíça

62 basileia 10 lugares que você precisa conhecer

81 BLOGOSFERA Blogueiros brasileiros na Suíça

Foto capa: Rogério Vinícius Produção. Soraia Dietsche

Designer suíça vive seu sonho profissional e pessoal no Brasil


Colaboradores A Brasileiros Mundo Afora é um projeto colaborativo e conta com fotografias e textos de brasileiros que moram nos quatro cantos do mundo. Um obrigado especial a Maria da Graça Leal, Daniella Schweizer, Ana Maria Müller, Walter Müller e Tati Borges-Schindler pela amizade e apoio. Obrigado a todos os colaboradores desta edição: Sandra Gomes, Rogério Vinícius, Soraia Dietsche, Renata Caparelli, Max Wisler, Yasmin Pfeiffer, Ana Schuller, Bruna Leila Brändli, Jorge Aragão, Valéria Eva, Marcos Ferreira Vital, Cristina Braga, Eduardo Macedo, Catia Werneck, Nilza Costa, Nithah Stöcklin, Michael Stöcklin, Maricélia Wiesböck, Monique Bianchi Ribeiro, Miriam Naef, Gê Eggmann, Sandra Stehli, Raquel Alvarez, Gabriel Mendes (noo.com.br), Lila Rosana, Carol Sarraf, Sandra Kautto, Carolina Godinho Rosa Szabadkai, Rovena Moura, Renata Autran, Irene Zwetsch, Ligia Fascioni, Lúcia Amélia Brülhardt, Evelyne Leandro, Camila Furtado, Liana Soares, Michel Zylberberg, Arnaldo Borges, Juliana Guimarães, Sandra Bustelo, Ana Luiza de Souza.

Rogério Vinícius & Renata Caparelli O fotógrafo Rogério Vinicius é natural de São Paulo, foi criado em Minas Gerais e mora há oito anos na Suíça. Parte de sua vida ele trabalhou com vendas, comércio, gastronomia, mas por onde passava sempre via a beleza nos detalhes. Assim ele encontrou na fotografia sua grande paixão e mudou-se para o exterior em busca de aprimoramento. Há um ano e meio, durante suas férias no Brasil, conheceu sua esposa Renata Caparelli, produtora de moda e fotógrafa. Hoje eles trabalham juntos. “Não existe limite para criar, cada pessoa é única e cada trabalho realizado é uma recordação para sempre. Participar de sonhos e de momentos tão especiais como esses, fazem todo o nosso trabalho valer a pena.” Rogério fotografou Sandra Gomes para a nossa atual capa e Jorge Aragão em Zurique. rogerioviniciusphotographer@gmail.com

Soraia Dietsche Soraia Dietsche, CEO do grupo Diso Fashion, é formada em Comunicação Social, Coaching em Consultoria de Imagem, Personal Stylist e Moda, com especialização em análise de coloração pessoal. O grupo possui, além dos serviços nessas áreas, uma distribuidora de semijoias selecionadas, banhadas a ouro e com aplicações de cristais austríacos. Em 2015, ela irá preparar mais uma Miss, a atual Miss Mundo Brasil Catharina Choi Nunes, que participará do concurso Miss Mundo (Miss World) na China, em dezembro deste ano. Soraia assina a produção de Sandra Gomes, a nossa capa da atual edição. www.facebook.com/DisoFashioneStore


Ligia Fascioni Lígia Cristina Fascioni é Engenheira Eletricista e Doutora em Engenharia de Produção e Sistemas. Ela mora com o marido desde 2011 em Berlim, onde trabalham na sua própria empresa de tecnologia. Lígia tem um jeito todo especial de documentar seu dia a dia na capital alemã, fotografando e escrevendo no blog "Ligia Fascioni". Ele foi eleito um dos 10 melhores em língua portuguesa pela Deutsche Welle. Ela compartilhou conosco seu belíssimo jardim de xícaras. ligiafascioni.com

Marcos Ferreira Vital O fotógrafo Marcos é natural de Pernambuco e vive na Suíça há 10 anos. “Para mim todas as pessoas são belas. Através da maquiagem eu somente realço essa beleza e através da fotografia, imortalizo esse momento!” Marcos fotografou a cantora Valéria Eva, que fala em entrevista sobre sua carreira na Suíça. www.marcosvital.com

Renata Autran A fotógrafa Renata Autran é natural de Campinas, São Paulo e mora desde 2008 na Suíça. “Sinto uma imensa satisfação em registrar através da fotografia, momentos, paisagens e emoções que jamais se repetirão.” Renata Autran fotografou o 1º Encontro de Forrozeiros no Pé da Serra em Weggis (Forró Vem-Vem). renataphotos10@gmail.com

Irene Zwetsch Irene nasceu no Rio Grande do Sul, cinco dias antes do Golpe Militar, em 26 de março de 1964. Isso deve ter influenciado de alguma forma seu jeito irrequieto e meio rebelde de ser. Formou-se em Letras, em Joinville (SC), em Jornalismo, pela Universidade Federal do Paraná e fez mestrado em Jornalismo Europeu pela Universidade de Cardiff. No Brasil trabalhou como secretária, professora de português e inglês e como jornalista. Ela mora desde 1998 na Suíça, onde trabalha atualmente como intérprete e mediadora intercultural. Além disso ela realiza um trabalho voluntário, como membro da coordenação do CIGA-Brasil e do Conselho Brasileiro na Suíça. Irene é também editora da revista Linha Direta. Perguntada sobre o que mais sente saudades do Brasil: “Da minha família e amigos, de pinhão, de sagu de vinho ou suco de uva, com molho de baunilha. Sinto saudades da espontaneidade das pessoas, de restaurantes que não têm hora para fechar e que abrem aos domingos.” www.conselho-brasileiro.ch


Texto: Marisa Pedro Pfeiffer | Foto: Claudia Bömmels

Uma tendência que conquista cada vez mais espaço

O brechó é uma tendência mundial de reaproveitamento de materiais e de consumo consciente. Hoje essa prática atende pelos nomes mais sofisticados second hand ou vintage, e tem força total na Europa. São inúmeros as lojas, bazares e sites que oferecem produtos usados. Já se foi o tempo em que comprar roupas de segunda mão, principalmente para crianças, era “coisa de pobre”. Na Suíça e Alemanha, assim como em muitos outros países, o preconceito em reaproveitar roupas de segunda mão não existe ou está cada vez mais dando lugar ao reaproveitamento. Entre as vantagens, está certamente o preço, já que as peças usadas e ainda com ótimo aspecto são mais baratas que as novas. Outro forte argumento é que como as roupas foram lavadas já algumas vezes, todos os produtos químicos nelas existentes, não encontramse mais nos tecidos, diminuindo assim a possibilidade de causarem alergias. Comprar roupas de segunda mão é praticar realmente a idéia do reaproveitamento e moda sustentável. A maioria dos frequentadores de brechós não são escravos de tendências, nem necessariamente pessoas com poder aquisitivo baixo. São consumidores que assumem um estilo próprio e personalizado e adoram garimpar roupas e acessórios, fazendo um mix com peças atuais e antigas, criando produções únicas. Os brechós infantis fazem a cabeça das mamães suíças e alemãs, que adoram fazer compras inteligentes, sem gastar muito com produtos que perdem rapidamente a utilidade. Como as crianças crescem rápido, muitas vezes as roupas foram usadas poucas vezes e são praticamente novas ou até mesmo ainda com a etiqueta. Além de roupas, os brechós oferecem sapatos, brinquedos, livros, móveis, carrinhos e muito mais. Dicas para quem vai visitar um brechó: ● Não compre nada sem que as crianças provem antes. A maioria das lojas não faz trocas ou aceita devoluções. ● Escolha peças que serão usadas logo. ● Observe se não está faltando algum botão ou se a peça apresenta algum defeito. ● Verifique se não há manchas ou se o tecido está desgastado. A quantidade de brechós infantis na Suíça é imensa. Além dos bazares infantis que acontecem em todo o país. Desejamos boas compras! Você tem uma dica de um brechó legal na sua cidade ou gostaria de nos contar sobre a sua experiência com o assunto? Compartilhe conosco e escreva para brasileirosmundoafora@gmx.net

8 | PONTO DE VISTA


PONTO PONTO DE DE VISTA VISTA | 9


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Um ensaio fotográfico para inspirar o guarda-roupa dos seus filhos, mostrar como pode ser divertido comprar roupas de segunda mão e ainda deixar as crianças soltarem a imaginação na hora de montar seu próprio look. Os brasileirinhos Max Wisler e Yasmin Pfeiffer mostram nesse ensaio, como roupas de segunda mão são uma ótima e divertida maneira de renovar o guarda-roupa.

Texto e Fotos: Marisa Pedro Pfeiffer

MODA SUSTENTÁVEL | 11


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Max veste camisa xadrez e bermuda jeans, a gravata borboleta e o suspensório deixaram o look bem divertido. Yasmin veste saia de lã com detalhes em linha bordada e camiseta estampada.

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Yasmin veste saia jeans, camiseta manga longa com bordados e pulôver em linha trançada.

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Max veste camisa listrada com colete de linha, a bermuda de sarja é ideal para dias não tão frios.

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L O O C KIDS!

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Max veste camisa xadrez com calça em sarja bege, a jaqueta é de couro. Yasmin veste saia de lã, camiseta de manga longa e estampa com detalhes em paetês, o colete é de pele sintética.


ler Max Wis rs Star Wa m bacon erido: hamburguer co f e r p e Film da: s preferi casa , briga Comida eferido: sua r muito e m o r c p : r Luga gosta a le n ã o Lego a comid O que e o preferido: eza, bo r u t d a e n u Brinq cê é… para vo Brasil s bonitas a e menin

eiffer f P n i m Yas ão rozen o em gr rido: F asanha e trig e f e r p Filme da: l preferi il Comida eferido: Bras r ão Lugar p o gosta: feij necas ã bo n de coco : e o u d O q eferi a, água r n p i c o s d i e p Brinqu ara você é… p Brasil a i a r p e

Max veste calça de sarja e camisa xadrez.Yasmin veste vestido de veludo de bolinhas com detalhes em rosa, bolerinho e boina.

As crianças são donas de uma criatividade sensacional! A pequena Yasmin com seus cinco anos de idade, surpreendeu a mamãe fotógrafa com seu interesse por moda e ajudou a escolher todos os seus looks. Max tem nove anos e representa os meninos, mostrando como é possível inovar com roupa infantil masculina de brechó, sem abrir mão do conforto e garantindo muito estilo. Max e Yasmin são amiguinhos na vida real. As fotos foram feitas por Marisa Pedro Pfeiffer, no Park im Grünen Münchenstein, um parque na Basileia, Suíça, onde eles costumam se divertir muito. Ensaio feito em cooperação com o brechó infantil Kinderkleider Börse Frick, Widengasse 10, CH-5070 Frick | www.kkbf.ch MODA SUSTENTÁVEL | 17


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Quer se dar um presente? Sem dúvida jóias fazem com que qualquer mulher fique ainda mais elegante e bonita.

Diso Fashion AG Facebook: DisoFashioneStore 20 |

Fotos: Rogério Vinícius, Marisa Pedro Pfeiffer, Belchonock, Brunna Baumann, Ana Schuller, Nitami Photography

Você merece! Felicidade e jóias...


Outono feliz!

Chegou a linda estação do outono, trazendo consigo também o frio e o escuro. Nós selecionamos 10 mimos que vão deixar você de bom humor, mesmo nos dias mais cinzas!

Flores para você! Compre flores e enfeite a sua casa! Perfeito para afastar as energias negativas, purificar e renovar o ambiente.

Aprenda a se maquiar Quer aprender os segredos da maquiagem e poder sair de casa sempre com um visual deslumbrante? Curso de automaquiagem em português com as melhores dicas do momento.

Celiane Aguiar www.celianeaguiar.com

Cuide dos seus cabelos Depois do verão, é hora de recuperar os estragos no cabelo. O Kit Macadâmia vem com máscaras e fluido de nutrição, contendo óleo de macadâmia e colágeno, que juntos oferecem saúde, maciez e brilho aos fios. Flavia Glamour Hair | Oetlingerstrasse 192, CH-4057 Basel Telefone: +41 (61) 222 21 42 | Facebook: flaviaglamourhair OUTONO FELIZ | 21


Delícia sem culpa Michelle Serafim é uma cake designer especializada em bolos e doces. Peça já o seu!

Michelle Cakes Celular: +41 (0) 76 589 74 77 michelle.cakes@icloud.com www.michellecakes.ch

Um vestido novo Aproveite bem a estação do outono e fique mais linda com um belo vestido!

Flavia Modas Basel Celular: +41 (0) 78 729 32 39 flavia.dammenmode@gmail.com

Fitness com cor e alegria! Com roupas lindas e coloridas, você vai estar muito mais motivada para treinar, mesmo com as baixas temperaturas da estação.

Sweet&Fit info@sweetandfit.ch www.sweetandfit.ch Facebook: Sweet&Fit Switzerland 22 | OUTONO FELIZ


Pernas lisas e lindas Talvez as minissaias não fazem mais parte do seu guarda-roupa de outono, mas pernas suaves e bonitas estão sempre na moda. Teste a agradável depilação biológica com gel de açúcar, Shaba Oriental.

Lorena Bisig Zeindlemattweg 6, CH-5070 Frick Celular: +41 (0) 76 455 76 61 lorena.bisig@bluewin.ch Facebook: lorena.bisig

Café com as amigas Às vezes, tomar um café com sua melhor amiga é a terapia de que você precisa nestes dias frios e cinzas.

Estrela por um dia… Nada como um fotoshooting para levantar o astral e fazer com que você se sinta maravilhosa.

Rogério Vinícius rogerioviniciusphotographer@gmail.com

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DelĂ­cia sem culpa!

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SGomes andra comanda o showbiz brasileiro na Suíça

É impossível imaginar o showbiz brasileiro na Suíça sem Sandra Gomes. Há 41 anos ela nasceu em Sergipe e cresceu na Bahia, onde estudou Administração de Empresas. Desde 2009 ela comanda, com uma energia contagiante, a Sandra Gomes Produções, trazendo para a Suíça os mais diferentes músicos, como Harmonia do Samba, Zezé de Camargo & Luciano, Gustavo Lima, Jorge Aragão e Bruno & Marrone. Sua rotina de trabalho é intensa e ela procura equilibrar, como muitas outras mulheres, a vida de empreendedora e mãe. Em entrevista, ela fala sobre sua considerável trajetória profissional na Suíça. Fotos: Rogério Vinícius | Entrevista: Claudia Bömmels

SHOWBIZ - SANDRA GOMES | 27


Sandra Gomes foi produzida pela consultora de imagem e amiga Soraia Dietsche, Diso Fashion. 28 |


Brasileiros Mundo Afora (BMA): Sandra, você trabalha como produtora de eventos há mais de 10 anos. Como tudo começou? Sandra: Eu já trabalhava com produção de eventos no Brasil. E posso dizer que não fui eu que escolhi essa profissão, mas sim fui escolhida por ela. Eu trabalhava já há 10 anos no ABN AMRO BANK, quando decidi sair do emprego, para seguir um novo caminho. Na época, minha irmã já cantava axé em Salvador, assim passei a frequentar o meio e logo fui convidada a trabalhar nessa área. Como sou muito curiosa, tentei aprender de tudo um pouco, desde a preparação do evento, a produção, o marketing até as vendas. Quando a minha irmã foi convidada para vir à Suíça fazer um carnaval em Lausanne, vim com ela. Nessa viagem, conheci meu marido e acabei ficando. Ele também trabalha no ramo artístico e tem uma empresa de som, iluminação e infraestrutura para eventos. Nós somos muito felizes e temos uma filha de quatro anos, a Sofia. Meu filho mais velho, do meu primeiro casamento, tem 23 anos e mora no Brasil. BMA: Quais os pontos positivos e negativos da sua profissão? Sandra: Eu sou apaixonada pelo que faço e sempre agradeço a Deus por poder trabalhar no que gosto, porque assim fica tudo mais fácil. Minha rotina de trabalho é muito intensa. Comecei a trabalhar de forma diferente quando cheguei aqui na Suíça, tentando colocar em prática tudo o que aprendi no Brasil. Eu não coloco simplesmente minha publicidade e espero o público vir aos shows. Eu implantei um modo de venda que aprendi em Salvador, com os blocos de carnaval. Eu tenho comissários de vendas espalhados não somente na Suíça, como também em países na fronteira, aonde levo os ingressos, cds, dvds e publicidade dos meus shows. Hoje conto com 80 pontos de venda. Essas pessoas são vendedores, mas sobretudo são amigos que fiz ao longo dos anos. Hoje o time Sandra Gomes Produções é uma família muito unida e divertida! O que menos gosto na minha profissão é ter que lidar com a vaidade das pessoas, isso é muito complicado, pois é preciso ter muito jogo de cintura e paciência também. BMA: Quais são as maiores diferenças culturais entre o Brasil e a Suíça? Sandra: Eu sinto que a diferença cultural entre os dois países é enorme. O Brasil é cheio de criatividade e ritmos. Para mim, a diversidade é sinônimo de Brasil. Aqui na Suíça, as pessoas de modo geral são mais conservadoras e corretas. A preservação das tradições culturais tem um grande valor para os suíços. Eu tenho boas experiências com eles, seja como público, seja como parceiros. Fico muito feliz em poder ver esse entrosamento e essa interação da comunidade brasileira com a suíça e também com as comunidades de outros países, como Itália, Portugal e vários países latinos. BMA: Qual conselho você daria para quem mora fora do Brasil? Sandra: O conselho que dou é que traga na sua bagagem amor, determinação e foco. Tente alcançar seu espaço mantendo sua integridade moral. Não atrapalhe quem está fazendo um bom trabalho, mas procure contribuir de alguma forma para o crescimento dessa pessoa. Eu acredito que a união dos brasileiros aqui na Europa poderá ser uma razão de orgulho para nossa pátria e um espelho para muito jovens, que sonham em morar e trabalhar no exterior. No mais, tenha fé! Fé em você, no seu objetivo, fé na sua caminhada, e principalmente fé em Deus! SHOWBIZ - SANDRA GOMES | 29


“Minha rotina de trabalho é muito intensa. Hoje conto com 80 pontos de venda. Essas pessoas são vendedores, mas sobretudo são amigos que fiz ao longo dos anos.”

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“Para quem quer se mudar para a Suíça: Traga na sua bagagem amor, determinação e foco. Tente alcançar seu espaço mantendo sua integridade moral.”

Sandra Gomes durante um show em Zurique

é Sandra com Zez uciano de Camargo e L

Sandra e Jorge Aragão

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Aragão

Jorge Fotos: Rogério Vinícius | Entrevista: Marisa Pedro Pfeiffer

Jorge Aragão é dessas pessoas que iluminam o lugar onde estão. No Sambafest em Bülach na Suíça, em junho passado, não foi diferente. Com o sorriso largo, Jorge entrou no palco e encantou o público composto de fãs antigos, brasileiros e europeus, mas também de muitos jovens. “Achava que as minhas letras não tinham a ver com a garotada”, diz Jorge referindo-se ao público jovem que muito aprecia sua música, também fora do Brasil.


Jorge Aragão e Grupo Bom Gosto no Sambafest, Suíça.

Jorge Aragão da Cruz tem 66 anos e é natural do Rio de Janeiro. Desde 1967, ele é cantor, sambista e compositor de inúmeras músicas, sendo Malandro o seu primeiro e maior sucesso. “Desde cedo eu tive contato com a música. Me lembro que ainda criança eu sentava embaixo da mesa e ouvia aos sábados o programa do Luiz Gonzaga, o Gonzagão. Música sempre fez parte da minha vida e transformar o meu hobby em profissão foi um processo natural.” Quando perguntado sobre qual recomendação daria para quem quer ser músico, ele diz que é difícil dar conselho, pois ele mesmo é um autodidata, não sabe cifras ou notas e tem a música no sangue. “Para quem quer ser músico, aconselho que estude (risos). Não faça como eu, porque não sou bom exemplo.” Mas a realidade mostra outra coisa: com mais de 20 discos gravados e milhões vendidos, sua música já foi tocada até em Marte. Coisinha do Pai foi composta por ele e interpretada por Beth Carvalho, acordando em 1997 o robô Sojourner no planeta vermelho. “Eu recebi essa notícia juntamente com todo mundo, através de uma matéria que saiu, se não me engano, no Fantástico. Sou provavelmente o compositor mais tocado em Marte, mas isso não supera o meu prazer de ter feito essa música para minha filha.” Jorge já se apresentou algumas vezes na Suíça, onde seus shows são sempre bem frequentados. Ele gosta de lembrar quando esteve em Montreux em 2005, apresentando-se juntamente com Beth Carvalho no Montreux Jazz Festival. “Eu fiquei surpreso e envaidecido de terem me colocado em um hotel tão especial, que ficava em frente ao festival. Me senti o cara (risos). Gostei muito da Suíça e de toda a Europa, pelo menos por onde passei. A parte ruim nunca chegou até mim, pois sempre encontro pessoas generosas e que me tratam com o maior carinho e consideração. Fico muito feliz em cantar em terras tão distantes, sabendo que as pessoas me dão valor.” Quais são os sonhos que Jorge Aragão ainda quer realizar? “Deus já fez tudo por mim, disso eu tenho certeza absoluta. Já vivenciei momentos em que pensei que a minha vida na terra tinha acabado e na verdade não era nada disso. Continuo podendo fazer da minha carreira algo brilhante e que me dá orgulho, assim como à minha família, minhas filhas e netos. Meus sonhos estão todos realizados, só tenho o que agradecer. Só tenho que dizer obrigado para todos e para tudo o que me aconteceu até hoje. Sou uma pessoa feliz!” Jorge Aragão concedeu entrevista online a Marisa Pedro Pfeiffer, que esteve presente no seu show no Sambafest em Bülach, Suíça, e igualmente se encantou com sua simpatia e seu carisma. SHOWBIZ | 33


alériaEva faz da sua paixão uma profissão na Suíça

A paulista Valéria Suter Evangelista é uma brasileira com muitas facetas. Em 1994, ela veio do Brasil trabalhar como modelo e acabou ficando na Suíça, onde se casou. Valéria nasceu em uma família de músicos, mas foi na Suíça que realizou o sonho de ser cantora. Valéria é também editora da revista Baladas. Foto: Marcos Ferreira Vital | Entrevista: Claudia Bömmels

Meu trabalho é minha paixão. Desde 2001, sou cantora aqui na Suíça e sempre estudei muito, constantemente à procura de mais conhecimentos musicais. Eu já cantei e canto muitas canções que agradam o público, mas hoje em dia sou mais exigente com meu estilo musical. Gosto muito de interpretar jazz, blues e MPB, que canto geralmente em festas privadas. O que mais gosto no meu trabalho é do carinho e do apoio dos fãs. De ter a oportunidade de transmitir alegria através da música, nem que seja somente naquele momento. Penso que representar o Brasil é uma imensa responsabilidade, pois tem também muito a ver com o comportamento de cada um. O lado ruim da minha profissão é encontrar pessoas que não respeitam o espaço do outro. Existem oportunidades para todos, basta saber trabalhar com respeito e responsabilidade. Minha rotina de trabalho é intensa. Me sinto a verdadeira mulher Bombril (risos), pois acordo cedo e tento cumprir minhas tarefas na medida do possível. Amo tudo o que faço, profissionalmente e como mãe. Sou uma pessoa realizada, e minhas filhas são o maior presente de Deus. Com amor, paciência e sabedoria, tudo funciona. Além da música, tenho um projeto que me dá muito trabalho, mas que é muito gratificante: a revista Baladas. Através dela, mostro os nossos talentos brasileiros, ajudando assim na realização de alguns sonhos. A Suíça abre portas, acolhe e dá oportunidades, mas é preciso saber viver aqui! Meu conselho para quem tiver a oportunidade de ir para o exterior é se integrar, aprender o idioma e acima de tudo respeitar as regras do país. A Suíça me proporcionou a oportunidade de realizar grandes sonhos, e sou muito grata por isso.

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Cristina Braga, harpista e cantora, tem sido grande responsável pela divulgação da harpa no Brasil, e de uma harpa brasileira no mundo. Ela ocupa o cargo de 1a. Harpista da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. É professora de harpa da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com a mesma naturalidade toca bossa nova, samba, jazz, e já foi convidada por Ana Carolina e Zizi Possi, gravou em discos de Gal Costa, Marisa Monte, Chico Buarque, Zeca Baleiro entre outros. Além disso colocou harpa no rock nacional acompanhando os Titãs, e participou de apresentações ao lado de Lenine. Discos disponíveis no site da artista.

Nilza Costa é natural de Salvador, Bahia e mora há nove anos em Bologna na Itália. Em 2013/2014 ela gravou o seu primeiro disco “Revolution, Rivoluzione, Revolução”, que foi produzido na Itália com o Studio Soundlab e Fonofabrique. A voz de Nilza é profunda e é o diferencial da sua música. No momento ela está gravando seu segundo álbum, com músicas cantadas em português, iorubá e italiano.

www.cristinabraga.com

www.nilzacosta.com

Eduardo Macedo é natural de São Paulo e mora desde 1984 em Hamburgo, Alemanha. Ele é cantor, compositor e violonista e suas composições percorrem várias facetas da rica música popular brasileira. Eduardo atua também como compositor de músicas para o público infanto-juvenil, como terapeuta, palestrante, assim como produtor musical e de espetáculos culturais. Seu novo CD “Infinita” está disponível através do site: www.eduardo-macedo.de

Catia Werneck é uma cantora brasileira de jazz, soul e bossa nova, que nasceu em uma família de músicos, no Rio de Janeiro. Hoje ela mora na França e seu atual álbum chama-se “Tudo bem”. Catia Werneck é conhecida por seu talento musical, seu carisma e sua grande capacidade de interagir com o público. www.catiawerneck.com SHOWBIZ | 35


Profissão expatriados Reinventar-se é uma expressão muito comum entre expatriados, afinal não existe palavra melhor que explique o que fazemos profissionalmente quando mudamos de país. Poucos conseguem praticar as profissões que exerciam no Brasil, quando chegam ao exterior. A grande maioria reinventa-se, começa do zero, estudando muito e trabalhando dobrado. Queremos apresentar as fotógrafas Nithah Stöcklin e Maricélia Wiesböck, duas brasileiras que encontraram na fotografia, um novo rumo profissional na Suíça e Alemanha. Uma inspiração para quem ainda não chegou lá.

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N I T H A H

S

n i l k c ö t

Nithah Stöcklin é natural do Rio de Janeiro, Michael Eduard Stöcklin é suíço. Juntos eles formam a Nitami Photography, um estúdio fotográfico que produz imagens únicas. Em entrevista, a fotógrafa e artista visual fala sobre sua trajetória profissional na Suíça, sobre trabalhar juntamente com o marido e incentiva outras mulheres a seguir o mesmo caminho. PROFISSÃO EXPATRIADOS | 37


Michael e Monique Eigenmann

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Todas as fotografias de Nithah podem ser adquiridas atravテゥs do site www.nitamiphoto.com www.facebook.com/nitamifoto Instagram: NitamiPhotography Twitter: Nitami Photography


Brasileiros Mundo Afora (BMA): Nithah, quando você começou a fotografar? Nithah: Sempre gostei de fotografia, mas antigamente eu não tinha condições financeiras de praticar, pois as revelações eram caríssimas e assim esqueci o assunto. Quando eu me casei há 25 anos, meu esposo e minha sogra me incentivaram a começar a fotografar. E, logo quando foi lançada a primeira câmera digital, eu ganhei uma também. Uma parte da família do meu esposo é alemã e há muito tempo imigraram para o Canadá, onde fundaram a firma Lowepro. Eles produzem bolsas para fotógrafos, e assim ganhei a primeira bolsa para fotógrafos profissionais. Penso que a partir daí comecei a me interessar mais! Até eu chegar aonde estou hoje, estudei muito (sou autodidata) e fiz minhas próprias experiências. Recebi muitas críticas, mas coloquei na cabeça que quero melhorar sempre e que vou chegar a ver minhas fotos em uma Vogue da vida! (risos) BMA: Você trabalha juntamente com seu marido Michael Stöcklin. Onde se conheceram e como é trabalhar com ele? Nithah: Nós nos conhecemos na casa de uma família, onde eu trabalhava como babá. No Brasil, eu era professora primária. Michael e eu estamos juntos desde então e casados há 25 anos. Trabalhar com ele é enriquecedor, pois conversamos bastante e trocamos muitas ideias. Enquanto eu sou mais criativa, é ele que fica responsável pela parte técnica. Nós dois fotografamos, sempre um respeitando o espaço do outro. Nós nos apoiamos mutuamente e formamos assim um time, que funciona muito bem. O resultado desse traballho conjunto são fotos e composições únicas. BMA: Qual o fascínio da fotografia para você? Nithah: Eu tenho fascinação por arte em geral, mas o que eu gosto mesmo é de fotografar pessoas, arquitetura e fashion. Quando eu fotografo arquitetura, eu olho assimetrias e isso trabalha o meu senso de estética. Eu amo a transformação. Quando fotografo, gosto quando vejo uma mulher se sentir bem e ver que sua beleza vem de dentro.Eu me sinto muito feliz em fazer as pessoas verem o quanto elas são lindas. O que eu faço através da fotografia é somente dar uma mãozinha para melhorar o que elas já possuem. BMA: Quais dicas você daria para outras mulheres que querem seguir a profissão de fotógrafa? Nithah: Cada pessoa tem o seu próprio estilo, da mesma forma que todo ser humano tem diferentes linhas de vida na palma da mão. Alguns conseguem a realização rápida, outros demoram anos para obter sucesso e outros ainda ficam no meio do caminho. Mas, a partir do momento em que você sabe que fotografar é o seu sonho, o seu caminho e a sua realização, faça isso com amor, como se estivesse criando um filho. Trabalhe a sua autoestima, pois os melhores fotógrafos acreditaram no seu potencial. Seja crítica com você mesma e escute as críticas construtivas. Aprenda a receber elogios e acredite neles. Estude bastante, faça suas experiências e não queira ser perfeita, existe lugar para todas. O dinheiro é importante, porém acho que não se deve colocá-lo como prioridade. Respeite seu tempo e escute o seu coração. Desejo que mais mulheres se aventurem no mundo da fotografia e acreditem em seu potencial!

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Maricélia

Wiesböck

Quando cheguei na Alemanha estudei durante três anos tradução no Sprachen & Dolmetscher Institut em Munique. No primeiro ano estudei o idioma. O segundo e terceiro ano eram direcionados à formação de Europakorrespondentin – Correspondente na Europa. Os correspondentes tem uma ampla área de atuação, podendo trabalhar com o setor de importação e exportação da empresa, sendo responsáveis pela correspondência comercial em línguas estrangeiras ou atuando como intérpretes durante as negociações. Apesar de ser um curso interessante, foi mesmo pela fotografia que me apaixonei e escolhi para exercer como profissão. Tudo começou como um hobby. Eu era fotógrafa amadora e sempre gostei muito de fotografar estilos na rua - street photography. Mas um dia fiz algumas fotos do bebê de uma amiga, ela revelou as fotos e espalhou pela casa em porta-retratos. Suas amigas viram as fotos e interessaram-se em saber quem era a fotógrafa. Assim começou a propaganda boca a boca e eu resolvi seguir essa profissão maravilhosa. Trabalho fotografando casamentos e crianças há 11 anos e moda há três. Para me aperfeiçoar, fiz vários cursos de fotografia, de Artdirector e Fotodesign. É um pouco difícil definir a minha rotina de trabalho. Tenho dois filhos e, por isso, não trabalho nem todos os dias, nem o dia inteiro. Também não tenho tempo para fotografar mais de um cliente por dia, porque estou sempre ocupando o meu tempo com as crianças. Quando é possível procuro agendar sessões de fotos sempre nas terças e quartas-feiras. Também procuro fazer as fotografias infantis sempre no período da manhã. Cada sessão dura cerca de uma hora. Que conselho você daria para quem está se mudando para o exterior? Analise com muita atenção a situação social, econômica e financeira do país para onde pretende emigrar. Analise também com sinceridade a sua própria situação financeira antes de dar um passo definitivo. Procure estudar a língua do país onde quer morar. Analise se a sua profissão é necessária e adequada à realidade do novo país. Por fim, se deseja continuar na antiga profissão, viaje bem preparado. Assim será mais fácil fazer um curso de aperfeiçoamento e ter sucesso. 40 | PROFISSÃO EXPATRIADOS


www.maricelia.com

PROFISSテグ EXPATRIADOS | 41


O projeto FC Brasil Basel - FCBB - foi criado pelo ex-jogador do Santos Futebol Clube, Edson Dias, em 2003. O objetivo do projeto é levar o time à profissionalização, já tendo alcançado bons resultados. Atualmente o projeto é voltado para a formação de talentos, pois as crianças e adolescentes de hoje são os futuros jogadores do FCBB. Lá os jovens têm a oportunidade de praticar esporte em time, promovendo assim uma melhor integração na cultura suíça. Contato: fcbb_edson.dias@hotmail.com

Warum können geflüchtete Menschen in Deutschland nicht einfach in Wgs oder anderen privaten Wohnsituationen wohnen statt in Massenunterkünften? Das haben wir uns auch gefragt & einen Weg gefunden, das möglich zu machen.

fluechtlinge-willkommen.de


Quer fazer um gesto de amor e doar órgãos? Avise sua família! A doação de órgãos é na teoria algo maravilhoso e um grande gesto de amor, principalmente quando as doações ocorrem ainda em vida. Na prática, a maioria das doações é feita quando alguém falece. Quando essa pessoa possui uma carteira de doador de órgãos, a questão é mais fácil de ser resolvida. Mas ainda existe bastante resistência por parte dos familiares, que, nesse momento de grande dor, não conseguem ver o maior benefício de uma doação: salvar a vida de alguém ou de várias pessoas. Outro ponto que pesa na decisão contra uma doação é a falta de confiança no sistema. Na Alemanha, por exemplo, já houve escândalos relacionados com o desvio de órgãos para pessoas “erradas” da lista de espera. Segundo a Swisstransplant, o Conselho Nacional Suíço para a doação e o transplante de órgãos, o número de doadores registrados na Suíça é muito menor que em muitos países europeus, como na Espanha, onde a taxa é de 37 doadores por milhão de habitantes, enquanto na Suíça ela fica em torno de 13,6 doadores por milhão. Visando aumentar o número de doadores, a Swisstransplant lançou em 2014 o primeiro cartão digital de doação de órgãos do mundo, o aplicativo Echo112 para smartphones. Além desse novo método, é possível adquirir o cartão de doador de órgãos pelo correio. E no Brasil? De acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) divulgado em junho deste ano, o Brasil registrou crescimento nas doações e nos transplantes de órgãos em 2014. A taxa de doadores também subiu para 14,2 por milhão de habitantes. Segundo o Ministério da Saúde, que coordena o Sistema Brasileiro de Transplantes, há mais de mil equipes preparadas para realizar cirurgias distribuídas pelo Brasil e 400 unidades prontas para atuarem nessa área. Recursos que se concentram infelizmente na sua maioria nos estados do Sul e Sudeste do país. A legislação brasileira sobre o processo doação para transplante estabelece que somos todos doadores de órgãos desde que, após a nossa morte, um familiar (até segundo grau de parentesco) autorize, por escrito, a retirada dos órgãos. Portanto, não basta querer ser um doador de órgãos. A família também precisa saber, pois são eles que vão autorizar os médicos a fazer o transplante. Diga em casa, diga para seus amigos, diga para todo mundo que você quer ser um doador. O Cartão do Doador é uma opção, para que a família se conscientize e autorize a doação. O cartão é personalizado com as principais informações. O cartão pode ser solicitado de qualquer lugar do Brasil e será enviado via correio sem nenhuma despesa para o solicitante. Um bom exemplo no Brasil é o caso do vocalista Fábio Beça, do Grupo Bom Gosto, que fez um transplante de rim no final de 2014, doado pela prima. O Grupo Bom Gosto reuniu populares sambistas brasileiros em torno da campanha para doação de órgãos “Gesto de Amor”, tendo como objetivo justamente chamar a atenção para a importância de ser um doador. Ninguém melhor que Fábio Beça para testemunhar que a doação de órgãos é muito mais que simples teoria. É mesmo um grande gesto de amor que salvou sua vida. “O gesto de doar a quem necessita por si só já é sublime. E doar uma parte de si é, sem dúvida, uma grande prova de amor. Um sublime gesto de amor.” Grupo Bom Gosto DOAÇÃO DE ÓRGÃOS | 43


Amor

internacional

Casar-se com o grande amor tem um quê de contos de fada, mas transformar esse casamento em uma história de sucesso é um grande desafio para todos os casais. Quando o relacionamento é com alguém de outra cultura, o desafio não é menor. Muitas pessoas se apaixonam, vivem um romance a distância, lidam com as barreiras do idioma, têm pouco tempo para se conhecer realmente antes de partirem para a grande aventura que é o casamento. Quatro brasileiras casadas com suíços e felizes compartilharam conosco suas histórias de amor e falam sobre as diferenças culturais. Fotos: Arquivo pessoal | Entrevistas: Claudia Bömmels

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Monique

&

Angelo

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Monique &Angelo “Eu e o Angelo nos conhecemos na Austrália, na cidade de Perth, onde estávamos estudando inglês. Conheci-o logo na minha primeira semana na cidade, antes mesmo das aulas iniciarem. A atração foi imediata de ambos os lados e combinamos de sair juntos na noite seguinte. A partir de então, não nos separamos mais, e os dois meses que ele havia planejado ficar em Perth transformaram-se em cinco. Chegando a hora de voltar para a Suíça, ele me convidou para ir junto, e já falávamos sobre a possibilidade de nos casar. Na verdade, não houve um pedido de casamento formal, mas tínhamos certeza de que queríamos ficar juntos, então decidimos realizar o casamento civil na Suíça. Demos entrada na papelada e por pouco tive que voltar ao Brasil por causa de burocracia, mas, como meu visto de turista ainda estava válido, conseguimos contornar a situação. Nos casamos em agosto de 2014. Uma das grandes dificuldades que eu sinto aqui é o idioma, o que se torna uma barreira muito grande na vida cotidiana. Como o Angelo é metade suíço e metade italiano, as diferenças foram um pouco menores, afinal, a cultura italiana é bem mais próxima da brasileira do que a suíça. Hoje eu moro em Zug e estou bem adaptada à vida aqui. Estou ainda procurando meu caminho profissional e, enquanto isso, estudo o alemão e escrevo no meu blog Me Joguei no Mundo. Não me arrependo nem um pouco de ter seguido meu coração e de ter me mudado para um país em que nunca havia me imaginado antes. Boas surpresas da vida!”

Sandra &Thomas “Nos conhecemos durante o carnaval de Salvador. Para quem acredita em amor à primeira vista, essa é a nossa história. Estamos juntos desde 1996, casados há 16 anos e temos uma família linda com dois filhos. Decidimos juntos pelo casamento, por causa da permissão para viver no país, mas tínhamos certeza do que estávamos fazendo. Não tive nenhum grande choque cultural, pois tentamos sempre nos entender e respeitar a cultura um do outro. A grande diferença que sinto é que baiano é espontâneo e o suíço é cheio de regras. Eu sinto muitas saudades dos meus familiares no Brasil, às vezes também do calor que vem tanto do sol como das pessoas. Mas eu sou muito feliz aqui na Suíça, com o passar dos anos cada vez mais. ” 46 | AMOR INTERNACIONAL


Miriam &Sandro “O Sandro eu não encontrei, eu procurei! Em janeiro de 2004, depois de uma virada de ano solitária, sentei na frente do computador com as minhas primas e fizemos um perfil em um site de relacionamentos. De todas as mensagens que eu recebi, a que mais me encantou foi a do Sandro. Passamos um mês nos correspondendo e logo percebemos que a longa busca pelo grande amor tinha, enfim, terminado. Em um passeio de barco pelo rio Reno ele fez, de joelhos, o pedido mais lindo do mundo. Casamos em 2005. Uma das diferenças culturais mais marcantes para mim é a forma como muito suíços celebram as datas comemorativas, como Natal e aniversário. Muitos adultos não se presenteiam no Natal e, nos aniversários, é raro cantarem os parabéns. De modo geral, acho que os brasileiros são mais prestativos que os suíços e conseguem ver melhor as necessidades do outro. Penso que, para que um casamento binacional dê certo, é preciso que sejamos flexíveis e que aprendamos a lidar com a nova cultura. Mas existem também aspectos em que não é possível ceder e exijo que ele também aceite o meu jeito brasileiro de ser. Assim seguimos felizes, espero que para sempre.”

Gê &Thomas “Em 2007, eu vim para a Suíça para visitar a minha irmã, que já morava aqui. Assim que cheguei, fiz um anúncio em um site de relacionamentos e, entre os muitos emails que recebi, estava o do Thomas. Nos correspondemos por quase um mês diariamente, mesclando português, inglês e alemão, até que decidimos nos encontrar em Basel. Foi amor à primeira vista. Thomas me pediu em casamento na escadaria de uma igreja em Verona, na Itália, em nossa primeira viagem juntos. Era um lugar muito romântico, mas o pedido foi prático. Ele simplesmente me perguntou se não seria melhor para o meu filho (do meu primeiro casamento) se nós nos casássemos. Nos casamos no dia 17 de novembro de 2008. Nesses sete anos juntos, construimos uma linda família com três crianças. Na minha opinião, existem duas diferenças marcantes entre a cultura brasileira e a suíça, que não são exclusivas do nosso relacionamento, mas são próprias do modo suíço de pensar. A primeira é a forma muito direta de dizer as coisas. Mesmo que ofendam, muitos suíços acham que, por ser verdade, podem dizer simplesmente tudo o que pensam. Brasileiros de modo geral procuram falar a verdade de forma que esta não seja tão difícil de ouvir. A segunda grande diferença é a religião que, para mim, é vital e está no centro da minha vida. Aqui na Suíça é praticada de uma forma morna, sem a fé fervorosa do brasileiro.” AMOR INTERNACIONAL | 47


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Raquel Alvarez

A designer e estilista suíça vive seu sonho pessoal e profissional no Brasil Fotos: noo.com.br | Entrevistas: Claudia Bömmels

Raquel Alvarez é conhecida na Suíça e na Alemanha como uma das ex-candidatas do programa de televisão Germany’s Next Top Model. Mas esta foi somente uma curta estação na vida de Raquel, que nasceu em Berna há 29 anos. Formada em Direito na Suíça, Raquel mudou-se para o Brasil há seis anos, onde mora com o marido brasileiro Filipe Raposo. Eles se conheceram em 2007 na praia de Ipanema e casaram-se em 2011. Foi ele que a incentivou a estudar e a trabalhar com moda e, nesse meio tempo, Raquel encontrou na profissão de designer e estilista a sua grande paixão. Hoje ela tem certeza de que, se não fizesse moda, estaria de qualquer forma envolvida com o meio criativo. Raquel fala muito bem o português e adaptou-se rapidamente à vida no Brasil. “Desde os 14 anos eu trabalho como modelo, isso me proporcionou conhecer muitos países e culturas diferentes”. Somente na vida de empresária, às vezes sente a grande diferença entre a sua terra natal e o seu novo lar: “Na Suíça é tudo muito organizado e todos são pontuais. No Brasil, as coisas funcionam de outra forma. Essa é certamente a maior diferença cultural para mim.” Wymann, seu sobrenome suíço, é o nome da marca de Raquel, que é conhecida no Brasil como uma designer muito criativa. A VOGUE Brasil a elegeu como um dos talentos da moda de 2015. “Adoro quando alguém veste uma peça feita por mim. É muito especial. Eu faço moda para mulheres fortes, porém sem deixar a feminilidade de lado. Meu estilo é uma combinação das duas culturas: a suíça e a brasileira.” Pode-se ver a influência suíça nos cortes simples das peças e a brasileira, nas cores e combinações. VIVO MEU SONHO NO BRASIL | 51


“Me incomodava profundamente a quantidade de resto de tecido que ia para o lixo. Daí eu comecei a reutilizar os retalhos nos meus bordados.”

O reaproveitamento é também um aspecto importante no seu trabalho, já que os bordados são feitos com retalhos de materiais têxteis. “Me incomodava profundamente a quantidade de resto de tecido que ia para o lixo. Daí eu comecei a reutilizar os retalhos nos meus bordados, que dão um diferencial inesperado na roupa. Estou muito satisfeita com o resultado.” Para outras pessoas que querem seguir o mesmo caminho, ela deixa a dica: “É preciso estar consciente de que o caminho é duro, porque você não é somente designer, mas também empresário. A parte administrativa do meu negócio consome a maior parte do meu tempo. Eu trabalho doze horas por dia e tenho somente minhas horas vagas para criar novas peças. Mas você precisa acreditar em si e no seu sonho.”

Raquel nas redes sociais: Site: Wymann.com.br Lookbook: Wymannofficial.tumblr.com Instagram: _wymann Video: youtu.be/b-FmcZ5wj5s Em colaboração com noo.com.br

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Originalidade, qualidade, conselho, eficiência, respeito respeito , preços e resultados. Aqui você encontra os melhores cosméticos para cuidar da do seu rosto, corpo e cabelos. abelos. Enviamos para toda a Suíça. Suíça Oferecemos cursos de automaquiagem para iniciantes e profissionais. Durante o mês de setembro estaremos presenteando todas to novas clientes, clientes com um produto de beleza e um tratamento facial. Marque seu horário.

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10 balneários e termas

imperdíveis para toda a família na suíça Suíça lembra chocolates deliciosos, queijos diversos, relógios precisos, altas montanhas e paisagens espetaculares. Mas o país tem muito mais para oferecer aos seus visitantes. Confira os 10 balneários e termas que escolhemos para se visitar com toda a família.

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Fotos: Divulgação


Note-se que poderá haver modificações nos horários de funcionamento e preços dos balneários e termas. Por favor, consulte os respectivos sites para obter as informações atualizadas.

Leukerbad-Therme Leukerbad

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Leukerbad-Therme Leukerbad Leukerbad é o maior balneário e termas alpinos da Europa, com um panorama nada menos que espetacular, oferecendo aos seus visitantes piscinas com água quente natural que atinge até 51 graus. Um local onde famílias são bem-vindas e que fica aberto durante todo o ano. Aberto de segunda a domingo, das 8h às 20h Preços para o dia inteiro: Adultos 29 CHF* Crianças (a partir de 6 anos) 16 CHF

www.leukerbad.ch

Erlebnisbad Seefeld Sarnen O Erlebnisbad Seefeld fica localizado na região central da Suíça (Zentralschweiz), em Sarnen, às margens do lago Sarnersee. Ele faz parte do complexo Seefeldpark com camping, bungalows e restaurante. A água das piscinas, dentro e ao ar livre, é aquecida, e nos dias quentes de verão é possível tomar banho no lago. Nadar aproveitando o panorama das montanhas é o lema desse balneário. O local oferece piscinas com hidromassagem, um escorrega aquático e uma área especial para crianças pequenas. Aberto entre abril e setembro, das 9h às 20h e no verão até 21h. Preços para o dia inteiro: Adultos 7 CHF Crianças (a partir de 6 anos) 4 CHF www.seefeldpark.ch 56 | TURISMO SUÍÇA

* CHF: Franco Suíço


Thermalquellen BrigerbaD Brigerbad-Wallis Renovado em 2014, o Thermalquellen Brigerbad tem 2600m² e é um dos maiores balneários de águas quentes da Suíça. Imagine banhar-se ao ar livre, curtindo o panorama espetacular das montanhas da região de Valais (Wallis) e Berna. Aqui você vai também encontrar a maior atração do lugar: o tobogã alpino com 182 metros. Além disso, o lugar oferece um Spa com diversas saunas, uma piscina com 42 graus e outra com água gelada. No Spa, somente é permitida a entrada de pessoas a partir de 16 anos. Funciona de quinta a domingo, das 9h às 21h Às sextas e aos sábados, das 9h às 22h. Preços para o dia inteiro: Adultos 24 CHF Crianças (a partir de 6 anos) 18 CHF www.thermalbad-wallis.ch

Thermalbad Zurzach Bad Zurzach De 430 metros embaixo do solo, provém a água térmica de Zurzach, o grande diferencial dessas termas. Esse balneário oferece diferentes piscinas com variadas temperaturas, uma piscina natural, hidromassagem e 14 saunas. Para crianças pequenas, há um espaço de 35m² disponível para banho e muita diversão. Aberto de segunda a domingo, a partir de 7h. Às sextas-feiras funciona até 23h e aos domingos até 20h30. Preços para o dia inteiro: Adultos 31CHF ` Crianças (a partir de 7 anos) 7 CHF Crianças (entre 8 e 15 anos) 14 CHF www.thermalbad.ch TURISMO SUÍÇA | 57


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Foto: Marcel Chassot


Bernaqua Bern Bernaqua é um dos maiores parques aquáticos da Suíça, localiza-se na capital Berna e possui uma arquitetura extravagante! Um lugar feito para se visitar com a família, onde os 2000m² de água são divididos em diversas piscinas dentro e ao ar livre. Para que a diversão seja completa, o local oferece três tobogãs e piscina com correnteza. Para as crianças pequenas, está reservado um espaço colorido e cheio de detalhes, onde elas podem brincar com água. É possível também comemorar aniversários infantis no local. Funciona diariamente das 9h às 22h. Preços para o dia inteiro: Adultos 45 CHF Crianças (a partir de 6 anos) 30 CHF www.bernaqua.ch TURISMO SUÍÇA | 59


Aquabasilea Pratteln Com seus 13.000m², Aquabasilea é um dos parques aquáticos com maior diversidade de atrações para toda a família. O local oferece uma piscina de ondas, sete tobogãs e duas piscinas com correnteza. O Spa conta com 12 saunas, hamam e academia. Todas as quartas-feiras, das 11h30 às 17h, acontece o Kids World, com muita diversão para as crianças. É possível comemorar aniversários infantis no local. Funciona diariamente das 10h às 22h. Preços para o dia inteiro: Adultos 40 CHF Crianças (a partir de 6 anos) 35 CHF

Säntispark

www.aquabasilea.ch

St. Gallen O maior centro de diversões da Suíça oriental chama-se Säntispark e fica na cidade de St. Gallen. O parque aquático oferece piscinas com ondas e 110m de correnteza, piscinas com hidromassagem, diversos tipos de sauna, uma piscina natural, Spa, academia, boliche e minigolf. Diversão garantida para todos os gostos. Funciona de segunda a sexta, das 9h às 22h. Sábados e domingos, das 8h às 22h. Preços para o dia inteiro: Adultos 39 CHF Crianças (a partir de 6 anos) 22 CHF

Thermalbad Zurzach Bad Zurzach

www.saentispark-freizeit.ch

Aquarena fun Schinznach-Bad Esse balneário fica na região arborizada de Schinznach-Bad, no cantão Aarau. As atrações são muitas: tobogã com 65 metros, piscinas de água quente dentro e ao ar livre, piscina com correnteza, hidromassagem, solarium, saunas e restaurantes. No Spa, somente é permitida a entrada de pessoas com mais de 16 anos e não é permitido o uso de aparelhos eletrônicos. Funciona de segunda a domingo, das 8h às 22h. Preços para duas horas: Adultos 22 CHF Crianças (a partir de 4 anos) 13,50 CHF 60 | TURISMO SUÍÇA 60 | TURISMO SUÍÇA

www.bad-schinznach.ch


Alpamare Pfäffikon Um dos maiores parques aquáticos cobertos da Europa, o Alpamare localiza-se perto do lago Zürisee, em Pfäffikon, a cerca de 30 minutos de Zurique. O local é diversão pura! São 11 tobogãs com diferentes cores e curvas, piscina com correnteza, piscina com ondas e piscinas com diferentes temperaturas. Hidromassagem e oito tipos de sauna completam o programa. Um dos pontos interessantes do lugar é o Grillrestaurant, local onde se pode, durante todo o ano, fazer seu próprio churrasco, mesmo de biquíni. O restaurante Rio oferece lanches e bebidas. Nos dias quentes, o parque verde e suas 200 espreguiçadeiras gratuitas convidam todos a curtir a linda paisagem do Zürisee e das montanhas. Funciona de segunda a quinta das 10h às 22h, sextas e sábados das 10h às 23 h e aos domingos das 10h às 21h Preços para o dia inteiro: Adultos 53 CHF Crianças (a partir de 6 anos) 43 CHF www.alpamare.ch

Aquaparc Le Boveret Esse parque aquático fica na região francesa da Suíça, perto de Lausanne. São 15 mil m² voltados para a diversão, com barco de piratas equipado com canhões de água, correntezas, escorregas para os menores e tobogãs arrojados para os aventureiros. Em um dos tobogãs a descida é em pé (!). Diversão para toda a família está garantida. O parque fica em Rive Bleue, onde os visitantes podem praticar várias atividades esportivas como wakeboard, ski aquático, caiaque, entre outras. Funciona de segunda a quinta das 10h às 22h, sextas e sábados das 10h às 23 h e aos domingos das 10h às 21h. Preços para o dia inteiro: Adultos 49 CHF Crianças (a partir de 5 anos) 39 CHF www.aquaparc.ch TURISMO SUÍÇA | 61


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Foto: Sergey Dzyuba


Basileia A nossa editora Marisa Pedro Pfeiffer mora desde 2008 na Suíça. Ela testou e aprovou 10 lugares e passeios imperdíveis na Basileia.

Basileia é uma cidade que você deve explorar a pé, que respira cultura, onde existem muitos museus e o lugar ideal para quem gosta de arquitetura. Desde igrejas medievais até construções modernas, a cidade mostra-se aberta para tudo o que é novo. A terceira maior cidade da Suíça é atravessada pelo rio Reno, que serve de fronteira com a França e a Alemanha. Basileia é também conhecida como polo das indústrias farmacêuticas. Se há uma cidade que é ao mesmo tempo antiga, moderna, chique e despojada, esta é Basileia. Mas é bom ressaltar: Basileia é uma cidade de custos bem elevados. Por isso, prepare o bolso!

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Bar Rouge Basileia vista das alturas Uma vez aqui, é impossível não querer conhecer cada pedacinho da cidade. O Bar Rouge fica localizado no 31.º andar do prédio mais alto da cidade, o Messeturm, e é um lugar com uma vista deslumbrante de Basileia, além de oferecer excelentes cocktails. Após as 22h, há música com DJ. Não deixe de ir ao banheiro, pois é uma experiência única! O local abre diariamente a partir das 17h. Bar Rouge | Messeplatz 10, 4058 Basileia www.barrouge.ch TURISMO SUÍÇA | 65


Tibits Restaurante vegetariano Basileia tem ótimos restaurantes de várias nacionalidades. O vegetariano Tibits está entre os meus preferidos, oferecendo um buffet rico, incluindo pratos do Oriente Médio, do Norte da África e da Índia. Local com um conceito muito original e deliciosa comida, além de ser muito confortável e com um ambiente agradável. Os preços são acessíveis em comparação com os de outros locais na cidade. 66 |

Tibits | Stänzlergasse 4, 4051 Basileia | www.tibits.ch


Restaurant Schlüsselzunft O restaurante suíço Schlüsselzunft tem uma atmosfera agradável. O local oferece um ambiente tradicional em um salão renovado, muito bom serviço, uma carta de vinhos interessante e excelente comida. Reservar com antecedência é altamente recomendado. Restaurant Schlüsselzunft Freie Strasse 25, 4001 Basileia www.schluesselzunft.ch

NOOHN Bar-Lounge-Restaurant Um excelente restaurante asiático com um bar legal é o NOOHN Bar-LoungeRestaurant. Confira o bar do terraço durante o verão. Eu gosto da decoração zen, com mobiliário elegante e serviço atencioso. Os preços são mais elevados, mas o bar é muito popular e oferece bons drinks. Vale uma visita. NOOHN Bar-Lounge-Restaurant Henric Petri-Strasse 12, 4051 Basileia www.noohn.ch

Basler Erlebnisschifffahrt Imagine um passeio noturno e de barco pelo rio Reno, com um bom vinho e um dos melhores fondues de queijo da cidade. Imperdível! Faça a sua reserva com antecedência: info@bpg.ch ou +41 61 639 95 00. Saídas de Basel Schifflände às 18h30h e às 19h15. Custa 58 CHF por pessoa, com direito de se servir quantas vezes quiser. Basler Personenschifffahrt TURISMO SUÍÇA www.bpg.ch

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Acqua – Restaurante com arquitetura ousada Andar pela cidade à noite pode ser divertido e render boas descobertas. Uma das minhas foi o Acqua, um bar e restaurante muito elegante, totalmente moderno, situado em um antigo edifício industrial. O designer de interiores fez um grande trabalho mesclando a beleza rústica das paredes com candelabros arrojados e mobiliário moderno. Os preços são elevados, mas esse é certamente um lugar para uma noite especial. A cozinha é contemporânea e os bartenders, habilidosos. Nos finais de semana, o ideal é reservar uma mesa com antecedência.

Fotos: ©XeniaHaeberli

Acqua | Binningerstrasse 14, 4051 Basileia www.acquabasilea.ch

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Kunstmuseum Basel - Museu das Belas Artes Indico para quem está visitando a Basileia reservar um tempo para conhecer o Museu das Belas Artes (Kunstmuseum), onde estão expostas desde obras clássicas às contemporâneas. O museu possui um acervo excepcional de obras de mestres de todas as épocas, incluindo Holbein, Rembrandt, Delacroix, Renoir, Pissarro, Monet, Degas, Rodin, Gauguin, van Gogh, Cézanne, Matisse, Picasso, Modigliani, Chagall, Picasso e Dali. O restaurante do museu é agradável. Kunstmuseum Basel St. Alban-Rheinweg 60, 4010 Basileia www.kunstmuseumbasel.ch

Basler Rathaus – Prefeitura da Basileia No centro da cidade, fica a prefeitura da Basileia, Basler Rathaus. O lindo prédio, com toda a fachada em arenito vermelho, foi construído em estilo gótico entre os anos de 1504 e 1521. Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 7h às 12h e das 13h30 às 17h. Entrada gratuita. Basler Rathaus Marktplatz, 94051 Basileia

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Basler Münster – Catedral da Basileia e Münster Fähre “Leu” Durante o dia, há muito o que conhecer na Basileia, mas considero a Basler Münster, símbolo da cidade, imperdível. Sua posição é invejável, pois está situada no alto da cidade e oferece uma visão esplêndida para quem gosta de grandes monumentos. Basler Münster fica na belíssima Münsterplatz, rodeada por árvores. Para os que não sofrem de vertigens, vale a pena subir nas torres. A entrada custa 5 CHF e 3 CHF para estudantes. Atravessar o rio como fizeram as pessoas há 150 anos, tocar o sino no cais e deixar-se levar pela balsa movida unicamente pela corrente natural do rio Reno é algo que você não deve perder, o chamado Fährimaa. Atrás da Basler Münster, você verá um conjunto de escadas que levam até o Reno, lá está uma das quatro balsas que cruzam o rio na Basileia, a Münster-Fähre – “Leu”. No passado, era a única maneira de atravessar o Reno, mas hoje em dia é um elemento permanente da paisagem urbana de Basileia. A balsa é utilizada igualmente por turistas e locais. Basler Münster | Rittergasse 3, 4051 Basileia | www.baslermuenster.ch Münster Fähre “Leu” | Münsterplatz 8, 4051 Basileia | www.faehri.ch

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Trabalhar fora ou ficar em casa Um dilema das mães mundo afora Texto: Lila Rosana | Foto: Angela Waye

“Os filhos mudam as nossas vidas!” Essa é uma frase verdadeira para todas as pessoas que se tornaram pais.Todos nós sabemos ou imaginamos que a vida passará por várias mudanças com a chegada dos filhos e uma das principais vem a partir do questionamento: quem vai ficar em casa com as crianças nos primeiros meses, ou mesmo nos primeiros anos? Essa pergunta leva todos os pais à busca de uma resposta, a qual se tornará uma decisão, que não é tão fácil de ser tomada. Ficar em casa com os filhos envolve muitas decisões, muitas emocionais, pois estar em casa cuidando dos filhos pode vir a ser um grande presente para alguns, mas um tormento para outros. Quando se mora no Brasil, essa questão pode ser mais facilmente resolvida, pois podemos contar com a ajuda de parentes, amigos mais próximos e mesmo com as conhecidas babás. Mas quando os pais moram fora do Brasil? Ou mesmo quando a mãe é brasileira e o pai é estrangeiro? Como ficam essas questões, que além de seu profundo cunho emocional, são também culturais? Para as mães brasileiras que moram em terras estrangeiras, contar com parentes ou amigos por muito tempo é quase impossível, visto que a maioria tem suas vidas já preenchidas com suas próprias atividades ou mora longe. Então como são resolvidas essas questões? Vamos ler o depoimento de algumas mulheres brasileiras casadas ou não com estrangeiros, mas que moram no exterior, para saber como resolveram a dúvida cruel da tão polêmica questão de cuidar dos filhos ou trabalhar fora.

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“Desde muito pequena eu já sabia que queria ser mãe, o instinto materno já batia na porta do meu coração e, quando chegou a hora certa, fui abençoada com uma menina que enche a minha vida de amor. Com a chegada dela, veio o dilema de tirar um ano de licença-maternidade ou continuar trabalhando e colocá-la em uma creche. Como as circunstâncias não permitiam que eu me afastasse do trabalho por um período tão longo, decidi pela segunda opção, a creche. A decisão de tirar apenas dois meses de licença foi tomada juntamente com meu marido, que sempre me apoiou. Nós dois sempre trabalhamos muito, tanto no Brasil como aqui no Canadá, então trabalhar nunca foi o problema. O que me deixava dividida era a questão de que a nossa filha ficaria oito horas e meia do seu dia na creche e apenas três horas conosco. Eu entendo os benefícios e a importância de ela estar na creche, pois está sempre aprendendo a socializar-se e sendo alfabetizada, entre outras coisas. Mas o que eu queria era poder ficar com ela em período integral e poder educá-la mais de perto. Para minimizarmos o tempo (perdido) longe dela, criamos algumas regras em casa que nos mantêm concentrados e dedicados à nossa pequena: ao chegarmos em casa com ela, não usamos nossos telefones celulares, não ligamos a TV e sentamos todos juntos à mesa para as refeições. Isso faz com que o nosso tempo juntos tenha qualidade e permita uma boa conexão com a nossa filha.” Carol Sarraf é casada com um brasileiro e mora no Canadá.

“Em 2011, tentamos voltar a morar no Brasil, pois eu recebi uma excelente proposta de trabalho em uma multinacional. Lembro que eu olhava para o meu pequeno de seis meses e não sentia que valeria a pena me afastar por tantas horas dele, e principalmente fazer o desmame. A mudança para o Brasil não deu certo e voltamos para a Finlândia. Decidimos então que eu não buscaria emprego por um tempo e iria cuidar do nosso filho em casa. A Finlândia dá uma ajuda de custo para as mães desempregadas que decidem ficar em casa para cuidar dos filhos. Depois de um tempo, recebi uma vaga para estudar o idioma finlandês durante cerca de seis horas do meu dia. Meu filho estava com um ano e três meses e ainda mamava, mas eu não podia recusar, precisava desse curso para no futuro ingressar no mercado de trabalho e também para ajudar na minha adaptação. Foi bem difícil ficar longe dele, e nós dois sofremos com a separação. Porém, depois de uns dois meses, estávamos mais ou menos adaptados, eu já não chorava mais, embora ele ainda chorasse quando eu o levava. Após concluir o curso, consegui um estágio em uma creche. Eu estava começando a me acostumar com essa rotina, e meu filho já estava super adaptado à creche. No fim do meu estágio, fiquei um período sem trabalhar, mas não o tirei da creche, não achei justo quebrar a rotina dele. Então passei a deixá-lo por um período mais curto lá. Não demorou muito e eu consegui um trabalho. Estou trabalhando há oito meses e não vejo como nossa rotina familiar poderia ser melhor. Amo meu trabalho e ter esse contato com o mundo adulto. E também sei que a creche é importante para o meu menino, ele tem amigos, é bem cuidado, é amado, brinca muito e tem diversas atividades. Claro que trabalhar fora, morando no exterior requer um bom jogo de cintura e um trabalho de parceria com o marido. Afinal, não temos família por perto para dar uma forcinha quando precisamos, então, quando o pequeno adoece, nos revezamos em casa para cuidar dele. O bom é que aqui os filhos, as crianças são prioridades. Nunca tive problemas no trabalho pelo fato de ter que ficar em casa porque meu filho adoeceu. Com certeza isso ajuda muito a manter a decisão de trabalhar fora. Eu e meu esposo concordamos que a decisão de eu ir trabalhar fora foi uma decisão acertada, isso me ajudou e tem me ajudado muito no processo de adaptação, de socialização e principalmente no aprimoramento do idioma. Se eu faria algo diferente? Não. Acho que fui mãe integral até quando meu filho precisou de mim.” Sandra Kautto é brasileira, casada com um finlandês e mora na Finlândia.

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“Eu saí do Brasil ainda muito nova, tinha 22 anos e havia terminado a faculdade. Sou formada em publicidade, trabalhei em uma gráfica e em uma rádio. Depois conheci meu marido, mudei-me para a Hungria, e foram anos de luta para aprender o idioma incrivelmente difícil. Cheguei a trabalhar aqui também como secretária até nascer o meu primeiro filho, mas atualmente trabalho em casa. Escolhi cuidar dos meus filhos e acompanha-los de perto, assim como minha mãe fez comigo. Acho que funcionou e não quis mudar a fórmula. Seguindo outro exemplo da minha mãe, procurei algo para fazer em casa e sentir-me útil. Escrever sempre foi algo que fiz como um hobby, desde criança, mas nunca levei muito a sério, apesar de admirar quem tem uma carreira de escritor. Sempre me pareceu um sonho por muitos anos e, por achar impossível, nem pensei no assunto. Foi meu marido que insistiu para eu começar a escrever a sério, porque acreditava que eu fazia isso bem. Criei um blog do dia para noite e vi que ele crescia sem muito esforço e que pessoas desconhecidas gostavam do que eu fazia. Foi assim que recebi o impulso para trabalhar de casa escrevendo. Hoje em dia tenho meus horários e tento manter a rotina, separada dos serviços de casa, que nunca tem fim. Não considero um dilema trabalhar em casa, mesmo porque estou fazendo o que sempre desejei e montando minha carreira aos poucos. Eu e meu marido nos vemos como um time e funcionamos muito bem dessa forma. Pessoalmente também adoro fazer essa parte de dona de casa. Gosto de cozinhar e cuidar dos meus meninos, sinto que sou valorizada por isso e tenho ajuda para construir uma carreira que precisa de tempo e investimento para dar certo. Aqui na Hungria é difícil se ver donas de casa, pois existe uma licença-maternidade de três anos e depois as crianças vão para a escolinha em tempo integral. Então é bastante chocante para outras mulheres ouvirem que eu trabalho em casa. Uma pergunta que escuto com frequência é o que eu faço quando as crianças estão na escola. Bem, creio que posso adiantar todo serviço, comida, limpeza e ficar livre para eles no fim da tarde, respondo. Financeiramente falando, nunca dividimos o meu dinheiro e o de meu marido, ele costuma frisar que o sucesso na carreira dele se dá em grande parte por minha ajuda e, portanto, como um time, tudo o que ganhamos, é nosso. Sinto-me muito confortável e apoiada por ele.” Carolina Godinho Rosa Szabadkai é brasileira, casada com um húngaro e mora na Hungria. “Atualmente fico em casa cuidando dos nossos filhos. Tive a oportunidade de fazer um college e, com meu filho mais novo entrando em idade escolar, estarei apta para voltar a trabalhar. Ficando em casa, sinto-me às vezes tranquila e feliz e, em outros momentos, desanimada e estressada com a rotina infinita dos trabalhos caseiros. A experiência de cuidar dos meus filhos pequenos me dá a sensação de estar sempre ocupada, mas de não ser produtiva. Mas ficar em casa foi uma escolha devido às circunstâncias, pois meu filho tinha apenas um ano quando nos mudamos para a cidade de Vancouver. Como não temos familiares no Canadá, eu achei que ele estaria mais bem assistido com a minha presença em casa. Também o fato de eu estar repensando a minha carreira pesou na minha decisão. Mas eu sempre trabalhei fora, e ficar em casa para cuidar deles foi uma situação nova para mim. Antes de eu me tornar mãe, eu era preconceituosa com as mães que ficavam em casa para tomar conta dos filhos. Achava que elas não tinham ambições ou planos de vida, mas minha mentalidade mudou muito. Tenho planos de trabalhar em meu próprio negócio e fazer algo que amo, que é a fotografia. Como ficar em casa cuidando dos filhos foi uma decisão apoiada pelo meu marido, eu me senti mais tranquila com isso, mas sei da necessidade de ajudar financeiramente na renda familiar, então estou me preparando para retornar ao mercado de trabalho.” Maria* é brasileira, casada com um brasileiro e mora no Canadá. * nome fictício

Lila Rosana nasceu em Belém do Pará, onde formou-se em psicologia clínica e organizacional. Tem especializações em educação infantil, ludoterapia e estresse pós-traumático. Atualmente vive em Vancouver, no Canadá. Ela escreve no blog pessoal Conversando com os pais para o jornal online Tribuna do Ceará. Lila colabora com a nossa revista desde a primeira edição. 74 | CONVERSANDO COM A PSICÓLOGA LILA ROSANA


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Texto: Rovena Moura | Fotos: Renata Autran

O projeto Forró Vem-Vem foi, inicialmente, idealizado pelo integrante Atila Alves que vem do movimento do forró universitário em São Paulo e que, depois da Itália, passou também a atuar na Suíça como professor de dança de forró e Dj. Posteriormente, juntaram-se ao projeto Rovena Moura, sua parceira de dança, Dj Sampa e Wesley Lima, músico e dançarino, também atuante como professor de forró. O Forró Vem-Vem é então um grupo formado por brasileiros residentes na Suíça, movidos por esta paixão que é o forró, com o objetivo de promover, divulgar e dançar na Suíça. O nome Vem-Vem foi inspirado no pássaro Vem-Vem citado e cantado por Luiz Gonzaga nas músicas Cantiga de Vem-Vem e Roendo Unha, além da canção Que nem vem vem, de Maciel Melo. O grupo faz parceria desde 2004 com o Clube do Forró criado por Heloísa Marques em Zurique. Aulas regulares e eventos: Berna Segundas-feiras a partir das 20h10 no Les Amis, Rathausgasse 63, 3011 Bern. Basel Terças-feiras a partir das 20h15 no Worldshop-Basel, Klybeckstrasse 95, 4011 Basel. Zurique Quartas-feiras e quintas-feiras a partir de setembro de 2015. Festival de Forró em Zurique nos dias 27, 28 e 29 de novembro de 2015. www.forrovemvem.com 76 | PROJETO CULTURAL


O jeito “suíço”de ser brasileiro A comunidade brasileira na Suíça é diferente!” Já escutei essa afirmação muitas vezes, vinda de brasileiros de vários países. Eles admiram a organização dos conterrâneos no país, reunidos em grupos e associações em quase todos os cantões (estados). A meu ver, isso reflete tanto o espírito suíço, pois aqui muita gente participa de associações, como a história pessoal de muitos brasileiros, que já no Brasil tinham um engajamento social, político ou comunitário. Os anos 90 marcaram uma fase importante na história da comunidade brasileira na Suíça, com o surgimento de muitos grupos ativos até hoje. Formados basicamente por mulheres, os grupos e associações tinham (e têm) objetivos diversos: ensino da língua portuguesa para crianças e adultos, promoção da cultura brasileira, aconselhamento e apoio à integração, palestras e debates. Somam-se a isso igrejas de várias denominações que se multiplicaram no país nos últimos anos. Dispersos nos vários cantões da Suíça, os grupos começaram a trocar ideias e a trabalhar em conjunto, formando uma rede. Foram realizados os primeiros encontros brasileiros, que levaram à criação do Conselho Brasileiro na Suíça (CBS), uma associação não governamental, sem fins lucrativos, sem orientação política e que funciona na base do voluntariado. Um dos objetivos do CBS é divulgar informações e atividades de interesse dos brasileiros e que auxiliem na sua integração no país. Um instrumento para alcançar essa meta é a edição da revista Linha Direta. Lançada em 2012, a revista nasceu da união de duas outras publicações: a CIGA-Informando, publicada desde 1999 pelo CIGA-Brasil (www.cigabrasil.ch), e a Revista do CEBRAC (www.cebrac.org), da região de Zurique. Publicada trimestralmente e distribuída por toda a Suíça, a Linha Direta chega à 14.ª edição, ampliando o leque de temas e o círculo de leitores. Além do tema central, possui seções fixas: Jurídica, Beleza, Saúde, Espaço Luso, Eventos, Infantil, Grupos Brasileiros, Cebrac, além de notícias e links ligados à integração. Investimos também no apoio ao empreendedorismo brasileiro na Suíça e para ampliar o alcance da revista nos países vizinhos: Alemanha, França, Liechtenstein e Áustria. Para melhor interagir com o público, criamos o fórum do CBS no Facebook: conselhobrasileiroch. Entre em contato com a gente! A revista Linha Direta online: www.conselho-brasileiro.ch Para assinaturas ou anúncios, escreva para: anuncios@conselho-brasileiro.ch PROJETO CULTURAL | 77


Jardim de xícaras dando nova vida às viúvas de pires Texto e Fotos: Ligia Fascioni

me empre de s s a pu lg ade s de la varied as no o d a c pe Mer , m naram e pessoas ão fret fasci d s e o são . Quando ã n coisa s oilares l ele Brasi s e popu uma das c am r , e quent i a Berlim deslumbra e e e d u m da e cheg mais u an ti a s . q e u a q sas ente feir ustam e dessas j i o f ad ersid ipala div princ lhor a avi ompr de c o mar mo não ã s o ( t s s s Go louça s. Mas me liz só e o f r mente v fico par e li sas) ndo nada, to e garim to n n a compr r o movime tes, enqua ro a o n h d a l a s o s es em inter fotos, poi s a s coi as m. algum tiro afar Berli r viúg foto aras c í x sem i ontre ucareiros c n e m as o ç Quand es, a s com algu s, r i p a e a vas d e minijarr das e únic e a n s i tampa , todas l s para ca oi F a s lasca em levá-l iferente. as d r i pense um jardim e das xíca no u r monta que o bosq pedrinhas de assim . Coloquei um pedaço is o u nasce cobri com terra. Dep de , fundo e enchi de as mudas em o d i ar as b tec plant são plant icou ó s f e u foi tas, q idar. Não n e l u cu suc s de fácei ? lindo

Informações sobre os mercados de pulgas: Berlim: www.berlin.de/special/shopping/flohmaerkte/ Suíça: www.wann-ist-flohmarkt.ch 78 | REPAGINAR


Literatura Mundo Afora Publicar um livro hoje em dia não é mais tão complicado como era antigamente, e cada vez mais brasileiros sentem-se encorajados a lançar suas obras. Escolhemos três livros de brasileiras que moram na Suíça e na Alemanha para apresentar hoje: Tudo sobre minha mãe, Uma mulher feliz e Ausgesetzt. Aprecie!

Tudo sobre minha mãe

Uma Mulher Feliz

Ausgesetzt

Em crônicas, desabafos e histórias sobre os primeiros anos de vida dos seus filhos, Camila Furtado desconstrói a maternidade idealizada, sem perder de vista a doçura e a alegria da vida com crianças pequenas. É uma abordagem sincera, bem-humorada e ao mesmo tempo sensível sobre a maternidade. Uma leitura imperdível!

Esse é a nova obra de Lúcia Amélia Brülhardt, que fala sobre a arte de ser feliz. O livro retrata momentos que fazem o leitor refletir sobre o que realmente está por trás da grande e incansável procura pela felicidade. Além de autora, Lúcia é presidente da ONG MADALENA’S e uma verdadeira militante na luta contra o tráfico e a exploração sexual de mulheres mundo afora.

Um diário sensível e emocionante, um livro comovente sobre a luta corajosa dessa brasileira, que foi surpreendida por uma doença quase esquecida: a lepra/hanseníase. Evelyne Leandro mora atualmente em Berlim. O livro foi publicado em alemão.

ISBN 978-1512009941 Preço: 9,63 EUR tudosobreminhamae.com/livro

ISBN 978-85-366-4131-7

ISBN 978-3-73473657-5 Preço: 14,95 EUR pt.ausgesetzt-berlin.de/encomendar/

Preço: 20 CHF luciaameliamadalenas.com LITERATURA | 79


Olá eu sou a Fátima Nascimento, amiga e autora da Alba, uma vitória-régia encantadora que está em busca de amigos. A história da Alba se passa no Pantanal e ganha destaque com vários personagens da fauna e flora brasileira. É uma história de fácil leitura que conquistará toda a família através da força da amizade. O livro está sendo aprovado pelos melhores leitores do mundo, a criançada e também por educadores. Quer saber mais sobre a Alba? Esta linda história já esta disponível na Livraria: www.alivraria.de

info@fatimanascimento.de www.fatimanascimento.de 80 |

Foto: Tati Borges-Schindler

Ela ficará imensamente feliz em ter você como amigo"


O Rodando Pelo Mundo foi criado por Michel Zylberberg em 2006, impulsionado pela necessidade de compartilhar experiências da vida como estudante e trabalhador no exterior. Recentemente o jornalista Arnaldo Borges, grande apaixonado de viagens, também embarcou nesta aventura. Além disso o blog conta com a colaboração de outros blogueiros e viajantes, com o objetivo de construir uma base de conteúdo sólida e de qualidade. Boa viagem! www.rodandopelomundo contato@rodandopelomundo.com www.facebook.com/rodandopelomundo

Monique Bianchi Ribeiro é natural de São Paulo e mora desde 2014 na Suíça. Monique escreve no blog Me joguei no mundo sobre suas viagens. “Quero compartilhar experiências de viagem e inspirar as pessoas a irem em busca de novos destinos!” mejogueinomundo.com www.facebook.com/blogmejogueinomundo

Turismo Zurich é um blog bilíngue dedicado a contar o melhor de Zurique em português e espanhol. Ele é escrito pelas blogueiras Juliana Guimarães e Sandra Bustelo. “Nossa idéia é falar da cultura, da vida cotidiana, dos eventos, além de dicas imperdíveis para quem quer conhecer a maior cidade da Suíça e redondezas com os olhos de um morador local”. As blogueiras também oferecem tours personalizados em português e em espanhol. www.turismozurich.com facebook.com/turismozurich Instagram: @turismozurich O Pelo Mundo Blog é escrito por Ana Luiza de Souza, que mora desde 2009 na Suíça. Ela conta sobre como é a vida na Suíça, escreve sobre viagens, frustrações e sobre tudo o que tem feito parte do seu dia a dia e de sua família. pelomundoblog.com www.facebook.com/PeloMundoBlog Instagram: @analuizadsouza

BLOGOSFERA | 81


Uma americana da América do Sul Liana Soares tem 32 anos, é natural do Rio de Janeiro, mas nordestina de coração. Ela é engenheira de software e decidiu em 2009 morar fora do Brasil para vivenciar uma nova cultura. Para realizar esse sonho, ela estudou muito e mudou-se para a Suíça já com um contrato de trabalho em mãos. Liana escreve sobre suas aventuras no país dos chocolates, no blog Ela é americana… da América do Sul, e lançou seu livro Viver na Suíça. Em entrevista ela fala sobre seu blog e a publicação do seu livro, a realização de um antigo projeto. BMA: Liana, fale sobre como e quando surgiu o blog“Ela é americana… da América do Sul”. Liana: O blog surgiu quando eu comecei a apresentar trabalhos do meu mestrado em conferências nacionais e internacionais e queria registrar minhas experiências, postar fotos. Depois escrevi sobre os procedimentos para o novo emprego fora do país, a mudança, o início de uma nova vida longe do Brasil. O blog é uma excelente ferramenta para isso. BMA: O que o blog trouxe de positivo para você? Liana: Muita coisa. Através dele entrei em contato com pessoas em situações semelhantes às minhas, troquei muitas experiências e os registros ajudam muita gente que está procurando informações sobre a Suíça ou que se encontra em dilema sobre deixar o Brasil ou não. Me sinto privilegiada em ser abordada por tantas pessoas pedindo minha ajuda e conselhos inclusive turísticos. O blog é principalmente meu diário pessoal, adoro ler o que escrevi há anos atrás. A experiência mais curiosa com relação a leitores foi estar na rua e alguém me perguntar se eu sou “a Liana do blog”. BMA: Qual conselho você daria para quem está mudando de país agora? Liana: Avaliar bem o seu caso, pois sair do Brasil não é a solução dos problemas. Mudar de país é uma experiência magnífica, mas é muito mais complexa do que se imagina. Pesquise o máximo, converse com pessoas que já deram esse passo, peça opiniões e realmente analise se o seu caso é de apenas querer viajar ou de fato sair do Brasil. Mudar de país é mudar de vida. BMA: Fale sobre seu livro Viver na Suíça. A ideia de fazer um livro já era antiga. Com tantos emails, perguntas e comentários que o blog recebeu nos seus cinco anos de existência, fiquei cada vez mais incentivada a finalmente compilar as principais informações e curiosidades, que somente quem mora aqui sabe. Escrevo entre outros temas sobre cultura, idioma, transporte, comidas. São 285 páginas divididas em 10 capítulos. Lembrando que o livro não é um guia de viagens pela Suíça, mas sim o que o título diz mesmo: Viver na Suíça! www.elaeamericana.net

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INSPIRAÇÃO PARA QUEM

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A revista Brasileiros Mundo Afora, de Claudia Bömmels e Marisa Pedro Pfeiffer, é uma publicação digital e impressa e está sob a Licença Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Sem Derivados 3.0 que estabelece o regulamento a seguir. Você tem a liberdade de compartilhar, copiar, distribuir e transmitir a obra, sob as seguintes condições:

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