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Jornal da Manhã

Ijuí, 29 de outubro de 2013

www.jmijui.com.br

RS será responsável por 50% da produção de trigo no País em dez anos John Deere Empresa é eleita uma das mais amadas do mundo. Pesquisa ouviu mais de 70 mil pessoas em 15 mercados-chefe. Pág.7

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Referência Cotrijui oferece mais de 300 projetos de irrigação em lavouras de associados da cooperativa. Pág. 13

Colheita foi aberta oficialmente. Estado deve colher a maior produção do cereal em 2013. Pág. 9

Contra lagartas Bayer lança campanha para suportar o manejo sustentável de pragas na lavoura, ampliando produtos como inseticidas. Pág. 4

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ARTIGO

Igualdade para as mulheres do campo e da cidade Desde 2007, com a criação do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher, o governo federal, através da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, executa ações para garantir a aplicabilidade da Lei Maria da Penha e o fortalecimento da cidadania. Estimula a igualdade entre mulheres e homens, e promove a universalização do acesso aos serviços públicos para as mulheres. No Rio Grande do Sul, este processo é evidenciado desde 2011, quando o governador Tarso Genro criou a Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) gaúcha. Também em 2011, durante a IV Marcha das Margaridas, em homenagem à líder sindical e símbolo de resistência contra a violência no campo, Margarida Maria Alves, 70 mil mulheres do campo e da floresta se mobilizaram em Brasília. Lá, receberam uma promessa da presidenta Dilma Rousseff: as unidades móveis para atendimento às mulheres em situação de violência. Hoje, esta promessa é realidade para mulheres e meninas gaúchas. Na última semana, a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres apresentou, durante o Acampamento Farroupilha, a unidade móvel destinada pelo governo federal ao atendimento das mulheres rurais. Um ônibus adaptado para percorrer, de forma itinerante, todo o interior do Estado. E, no dia 27 de setembro, com a presença da ministra Eleonora Menicucci, aderiu ao programa “Mulher, Viver sem Violência”, uma iniciativa que propõe estratégias para agilizar o atendimento às vítimas da violência de gênero. O maior investimento realizado em

Seu fartura

políticas públicas para as mulheres na história do Estado brasileiro, totalizando R$ 305 milhões. A população do Rio Grande do Sul, conforme último Censo do IBGE, é composta por 5.488.872 mulheres. Deste total, 759.365 são residentes na área rural. Um número expressivo de mulheres que

A violência praticada contra as mulheres no campo precisa sair da invisibilidade. O ciclo de agressões, vivenciado por elas, não pode ser visto como normalidade precisam ser alcançadas pelas políticas públicas desenvolvidas pelo governo estadual. Por isso, a SPM/RS desenvolve ações para as mulheres rurais - camponesas, quilombolas, indígenas e pescadoras. Este ano, de janeiro a agosto, o Centro de Re-

ferência Estadual da Mulher Vânia Araújo Machado (CRM/VAM), por intermédio do Telefone Lilás 0800 541 0803, realizou 2.417 atendimentos. Destes, 307 provenientes de 55 municípios fora da Região Metropolitana de Porto Alegre. Os números apontam que apenas 13% referem-se às regiões do interior do Estado. Apesar de baixos, os dados não amenizam os índices de violência praticada contra as mulheres das regiões rurais do Estado. Ao contrário, evidenciam a necessidade do diálogo com as mulheres que vivem no campo. Nem sempre a divulgação dos mecanismos de denúncia e proteção, como o Telefone Lilás, chega até elas. O obstáculo da distância não pode ser fator incitante para a falta de conhecimento e da procura pelas políticas públicas. A violência praticada contra as mulheres do campo precisa sair da invisibilidade. O ciclo de agressões, vivenciado por elas, não pode ser visto com normalidade. A divulgação dos serviços oferecidos pelo Estado e pelos municípios, o recebimento das unidades móveis e a construção da Casa da Mulher Brasileira constituem importantes instrumentos para a reafirmação da eficácia da Lei Maria da Penha. Só assim, aprovisionados de políticas públicas com recorte de gênero, poderemos romper com os rincões do Rio Grande, levando às mulheres o conhecimento sobre seus direitos.

Ariane Leitão, Secretária Estadual de Políticas para as Mulheres

Getúlio

ACSURS RECEBE CERTIFICAÇÃO SELO CARBONO NEUTRO O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Luis Folador, e o médico-veterinário da Central de Produção de Sêmen (CPS) da ACSURS, Vanderlei Koboldt, receberam no dia 1º de outubro, em nome da entidade, o Selo Carbono Neutro. A concessão do Selo é feita através do Projeto Energia Verde em Harmonia Ambiental às entidades comprometidas com a preservação ambiental. O projeto é coordenado pela Certel Energia e certificado pela empresa Max Ambiental. A solenidade ocorreu em Teutônia (RS), na sede da Certel Energia. De acordo com o gerente de meio ambiente da Certel Energia, engenheiro agrônomo Ricardo Jasper, os critérios para que a empresa ganhe o Selo Carbono Neutro são demonstrar de forma voluntária o propósito de neutralizar suas emissões de gases poluentes e efetuar a neutralização mediante o plantio de espécies arbóreas nativas em áreas de preservação permanente.

REALIZAÇÃO DAS FEIRAS DE PRIMAVERA NO RS MOVIMENTAM ECONOMIA DO ESTADO O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) usou a tribuna na Câmara dos Deputados, na última semana, para destacar a realização das Exposições feiras agropecuárias (Expofeiras) realizadas no Estado. Ele salientou que estes eventos movimentam a economia, gerando os mais diversos negócios, não só por ocasião de sua realização, mas também nos meses e anos seguintes. Animais de excelente qualidade genética, com garantia sanitária e aptidões, são conhecidos e comercializados. Novas sementes, maquinários, implementos agrícolas, técnicas de cultivo e criação são apresentados e disseminados, inclusive entre os pequenos produtores. Linhas de crédito são oferecidas, e o homem do campo é estimulado a investir na modernização de seus empreendimentos. “Quem ganha com isso não é apenas o meu Estado, mas o Brasil como um todo, que nos últimos anos voltou a ter nos produtos primários a principal força de sua balança comercial”, enfatiza o parlamentar ao argumentar que as Expofeiras servem não apenas para mostrar o sucesso e a potencialidade da agropecuária, uma vez que negócios são realizados, e produtores integram-se entre si, e também com os consumidores.

JULGAMENTO DE TERRA INDÍGENA NÃO TERÁ APLICAÇÃO IMEDIATA A OUTRAS RESERVAS Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) julgaram na última semana, seis dos sete recursos apresentados no processo de demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, e decidiram que as 19 condicionantes impostas para a demarcação contínua não serão aplicadas automaticamente a outras reservas. Para o presidente da Comissão de Integração Nacional da Câmara, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), apesar de não ter aplicação automática a outros casos, a conclusão do processo deve permitir a retomada dos efeitos jurídicos da Portaria 303 da Advocacia-Geral da União (AGU). “O julgamento não resolve o problema das demarcações, mas ele cria um precedente que dá a condição de que o governo ponha em funcionamento a Portaria 303, que usa essas condicionantes para as medidas internas do governo”, explicou o parlamentar. Na avaliação de Jerônimo, a solução definitiva para o impasse ainda depende da regulamentação do parágrafo sexto do artigo 231 da Constituição Federal.

BAYER LANÇA SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR COM VITAMINA C PARA CRIANÇAS DE QUATRO A 10 ANOS A Bayer acaba de lançar a Redoxitos, suplementação alimentar com vitamina C para crianças, em goma e com a dose diária adequada no nutriente para crianças de quatro a 10 anos. Além de possuir um formato inovador, o suplemento de vitamina C possui um agradável sabor laranja, que facilita a aceitação das crianças para o consumo do produto. Disponível em embalagem com 25 unidades, Redoxitos® também auxilia os pais na tarefa diária de cuidados com os seus filhos: basta uma gominha ao dia para suplementar as necessidades diárias desse nutriente.

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Manejo de Plantas daninhas na cultura da Soja A cultura da soja, desde a sua introdução no Brasil, tem sido conduzida com alto nível técnico em todas as suas operações. Mesmo assim, vem passando por diversas mudanças, como alterações nas técnicas de manejo. Por causa do mercado favorável, a cultura se expandiu da região Sul para o Sudeste do Brasil, atingindo até o Norte do País. Entretanto, a presença de plantas daninhas na cultura causa problemas que se refletem em perdas na qualidade do produto, no rendimento e até mesmo na inviabilidade da colheita. Em relação aos custos de produção, o controle das invasoras representa um dos itens que mais oneram o produtor, variando de 15 até 40% do total utilizado com insumos. O manejo das plantas daninhas, seja após a cultura de entressafra, ou em áreas de pousio é o uso de Herbicidas ou de dessecantes de amplo expectro. No mercado estão

disponíveis os produtos Glifosato, Sulfosato 2,4 D, Paraquat, Allay, Clorimuron e outros. A utilização de um ou mais produtos, bem como a dose a ser utilizada depende das espécies presentes na área. Essa operação de manejo é a base do sucesso do sistema de semeadura direta, que se for bem realizada, vai proporcionar um melhor controle em pós-emergência, evitando que algumas plantas daninhas, como buva, venham causar problemas futuros, comprometendo toda a estratégia de controle de plantas daninhas no sistema Plantio Direto. Faça uma visita à Empresa Goi Scarton e converse com um dos nossos técnicos para ter uma recomendação correta sobre o produto e o estágio de se fazer aplicação dos Herbicidas. Goi Scarton: sempre ao lado do homem do campo. A empresa está situada na Avenida David José Martins, 323 - Centro. Telefone: 55 3332 8855.

Presença de plantas daninhas na cultura causa problemas refletem em perdas na qualidade do produto, no rendimento e até mesmo na inviabilidade da colheita

Soja estagnada entre pressão da colheita e forte demanda

Milho em baixa com perspectiva de grande colheita

A Bolsa de Cereais de Chicago registrou no dia 24 de outubro, baixa de ¼ de centavo de dólar no preço da soja nos contratos de novembro deste ano, fechando em US$ 13.09. O mercado chegou a negociar até 8 centavos mais alto no dia. Se por um lado os números de demanda permanecem muito favoráveis, por outro os traders ainda veem mais pressão da colheita à frente e uma safra recorde no Brasil no próximo ano como forças baixistas. Além disso, o mercado viu significativas “vendas de fechamento” pelo terceiro dia consecutivo, com perdas para os futuros no final do dia – o que alguns traders acreditam

A Bolsa de Cereais de Chicago registrou no dia 24 de outubro baixa de 2 centavos de dólar no preço do milho nos contratos de dezembro deste ano, fechando em US$ 4.40. O mês fechou mais baixo na sessão, pressionado com os receios de que a colheita à frente compense as projeções de forte demanda. A excelente previsão do tempo para as próximas semanas também foi vista como uma força negativa, mas as notícias de sólida demanda deram apoio subjacente. Exportadores privados relataram venda de 210 mil toneladas de milho dos EUA para o México para a campanha 2014/15. As vendas de exportação para a semana que terminou em 3 de outubro ficaram em 1,341 milhões de toneladas. Acumulam em 51,3% da previsão do USDA para 2013/2014, contra a média de 41,9% de 5 anos. São necessárias vendas de apenas 318 mil toneladas a cada semana para alcançar a previsão do USDA. Um destino desconhecido (428.100 toneladas) e a China (230.600 toneladas) foram os compradores registrados na atualização semanal.

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que sejam vendas de produtores. As exportações semanais de soja ficaram em 929,8 mil toneladas para a campanha em curso e 18 mil para a próxima campanha de comercialização, para um total de 947.800. As

vendas de soja acumuladas ficaram em 73,7% da previsão do USDA para 2013/2014, contra a média de 51,5% de 5 anos. São necessárias vendas de apenas 206 mil toneladas a cada semana para alcançar a previsão do USDA.

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Lançada campanha Bayer Contra Lagartas A gigante mundial Bayer acaba de lançar campanha com o objetivo de suportar o manejo sustentável de pragas na lavoura. A Bayer Contra Lagartas traz em um site especial (http:// bayercontralagartas.com. br/) o apelo: “Vamos impedir que as lagartas devorem a produção brasileira de soja”. “O programa contempla uma série de medidas que vão desde o monitoramento adequado até a recomendação das melhores soluções para o produtor, para que a agricultura brasileira seja cada vez mais competitiva”, explica a página oficial da campanha. E promete: “Em breve você terá aqui todas as informações para o manejo das pragas. Aguarde”. A Bayer Contra Lagartas vai aliar produtos como os inseticidas Belt, CropStar, Connect, Certero e Larvin.

Kepler Weber participa do maior evento de mineração da América Latina De olho no exigente mercado da mineração, a Kepler Weber participou pela primeira vez da Exposição Internacional de Mineração – Exposibram, considerada o maior evento do setor na América Latina, de 23 a 26 de setembro, no Centro de Feiras e Convenções de Minas Gerais – Expominas, em Belo Horizonte. Durante os três dias da Exposição, as principais mineradoras com atuação global e os grandes fornecedores de produtos e serviços estiveram reunidos no local. Líder no mercado brasileiro de

Grandes fornecedores de produtos e serviços estiveram reunidos durante o evento

Pescados da Metade Sul ganham certificação de qualidade e são vendidos em todo o RS Aposentado, o pescador Ariovaldo Couto da Silva não consegue se manter longe da rede de água. Foi no estuário da Lagoa dos Patos, em São Lourenço do Sul, que ele cresceu na atividade da pesca e casou-se com uma pescadora local. A exemplo do sogro, seu Ariovaldo fez do pescado seu sustento por 14 anos. Há cinco ele pediu aposentadoria, mas segue ativo. “Eu nunca parei. Não consigo. A vida inteira fiz isso. Já pescava no oceano antes de vir para São Lourenço. Vim pra cá em 1977 e já tive até três embarcações”, recorda. Atualmente ele é um dos cerca de 400 pescadores do município que estão reerguendo a vida após a última enchente, que assolou a cidade em 2011. As casas mais próximas da beira da lagoa ainda levam a marca de umidade acima das janelas, altura que a água atingiu naquela época. “Eu perdi todo o galpão, as redes, tudo. Conseguimos madeiras com a prefeitura depois, e hoje os juros baixos para aquisição dos novos equipamentos para pesca que o governo federal oferece nos auxiliam”, explica Ariovaldo. O pescador de 65 anos de idade é um dos 78 sócios da Coo-

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armazenagem, a Kepler Weber quer ampliar sua atuação neste mercado com o know how conquistado em seus mais de 80 anos de história, em grandes instalações industriais e nos principais portos do Brasil e do mundo. Entre os produtos da Companhia para o mercado de mineração que os visitantes puderam conferir estava um transportador de correia de 84”, que pode atingir 16.000t/h de minério de ferro a uma velocidade de 3m/s, desenvolvido dentro dos rigorosos padrões de qualidade que o mercado exige.

perativa dos Pescadores Profissionais e Artesanais Pérola da Lagoa (Coopesca), que recebeu R$ 200 mil do governo do Estado por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). O grupo ganhou no dia 17 de outubro, durante a Interiorização

do Governo do Estado na Região Sul, os certificados de qualidade da Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Cispoa). A partir de agora, o pescado de São Lourenço do Sul poderá ser comercializado para todo o Estado e também acessar os programas de Aquisição de Alimentos e Merenda Escolar.

Seu Ariovaldo Couto da Silva fez do pescado seu sustento por 14 anos

CNA DEFENDE MODELO DE ADESÃO DOS PRODUTORES AO CADASTRO AMBIENTAL Às vésperas da etapa de regulamentação do novo Código Florestal, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende a elaboração e a adoção de sistemas simplificados para inclusão das propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e para adesão dos produtores rurais ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). Os modelos para ambos estão sendo desenvolvidos pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com a iniciativa privada e os Estados. As alternativas para implementação das regras previstas na nova lei ambiental – 12.651, de 2012 – têm sido discutidas por um Grupo de Trabalho de Acompanhamento do Código Florestal, do ministério, do qual a CNA faz parte. Mesmo com a escolha de um modelo simples, as necessidades dos produtores rurais e do poder público serão atendidas, segundo a CNA. Por um lado, o setor produtivo vai poder registrar os dados ambientais de suas propriedades, inclusive as informações sobre reserva legal e Área de Preservação Permanente (APP). Registrados, esses dados comprovarão a regularidade ambiental das propriedades, garantindo o acesso dos produtores a políticas diferenciadas, inclusive de crédito.

A História Das Sementes

Auri Braga Historiador e Técnico em Agricultura

Moramos em um Estado agropastoril, com muitas possibilidades de produzir sementes de forrageiras, principalmente de culturas de inverno. Só para se ter uma ideia, cultivamos hoje mais de vinte espécies diferentes de sementes, e dentro destas vinte espécies temos desdobramentos em mais de cem variedades diferentes. Isso nos difere completamente de outros Estados que produzem somente sementes de clima quente, até porque não sabem o que é inverno e se resumem em no máximo 3 ou 4 espécies com poucas variedades de verão. Isso que acontece no nosso Estado e extensiva até no máximo parte do Paraná, passando por Santa Catarina, porém não são Estados produtores de sementes e sim consumidores. Portanto, o Rio Grande do Sul pode ser chamado de agropastoril por tudo isso que nós falamos, o clima nos favorece por termos as duas estações definidas. Somos o último Estado do Brasil a desfrutar desse privilégio das duas estações bem definidas, na produção de sementes clima frio. Temos como parceiros os Países do prata com as mesmas características do Rio Grande do Sul.

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Mais de 50% das propriedades rurais não terão sucessão familiar em curto prazo A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e Emater/RSAscar, realizou na última semana, um seminário sobre sucessão familiar. Segundo dados de uma pesquisa realizada em Machadinho, 55% dos estabelecimentos rurais com base na agricultura de economia familiar não terão sucessores em curto e médio espaço de tempo se nada for feito em prol da sucessão. O seminário teve o objetivo de buscar alternativas e soluções para o esvaziamento das propriedades rurais familiares. Entre as causas para o êxodo dos jovens do campo, estão a quase inexistência de políticas públicas voltadas a este público, bem como a dificuldade por parte dos pais destes jovens rurais em transferir capital e poder a seus filhos. O titular da SDR, Ivar Pavan, disse aos jovens que somos ensinados, ao longo do tempo, que “nós agricultores somos menos importantes que os outros. Ser

agricultor, hoje, é mais importante que muitas outras atividades. Nós temos que nos convencer de que ser um agricultor é ser um cidadão igual aos demais”, enfatizou Pavan. Ele afirmou que esse é um dos mais importantes debates que os jovens rurais precisam ajudar a fazer. “Tenho a convicção de que os jovens só vão ficar na roça se tiverem motivação e não porque o governo quer ou porque os pais querem. Vão ficar se perceberem que lá podem fazer um projeto para o futuro”, disse o secretário. Pavan fez um comparativo entre a vida dos jovens no meio urbano e rural, mostrando que a vida dos jovens na cidade não é tão fácil como aparenta, dando como exemplos as dificuldades de locomoção, os altos custos de vida e a baixa qualidade de vida. “Em muito pouco tempo, os jovens urbanos terão inveja dos jovens rurais pelo modo de vida que vai se construir no campo”, concluiu.

Produtor inova e cria sistema de proteção das ameixeiras do granizo A possibilidade de ocorrência de granizo já não assusta tanto o agricultor José Carlos Casagranda, produtor de ameixa (6,5 ha), caqui (0,5 ha) e pera (2 ha) no município de São Marcos. É que dos 6,5 hectares de ameixa, 3,7 ha estão protegidos com tela antigranizo. A adoção da tecnologia foi motivada pelo bolso: “Foi de tanto perder dinheiro”, afirma o agricultor. Neste ano, ele cobriu mais 1,7 ha do pomar. Mas as áreas de ameixa e pera a céu aberto não escaparam do prejuízo causado pelo granizo, que varia de 10% a 30%. Apesar de ter seguro particular, o agricultor diz que as perdas nunca são compensadas na dimensão em que ocorrem.

Neste ano, José Carlos cobriu mais de 1,7 ha do pomar

Em caso de granizo, os piores danos ocorrem quando a fruta estiver formada. Se houver um granizo próximo à época da colheita, a fruta é danificada e não tem tempo de cicatrizar. Nesse caso, é melhor colher e tentar vender logo, em vez de armazenar em câmara fria.

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Comitiva africana visita a Imasa

Comitiva esteve em algumas indústrias que fazem parte do programa Mais Alimentos Brasil, desenvolvido pelo MDA, entre elas a Imasa, empresa que possui antigo histórico de exportações para o continente africano

A Imasa recebeu neste domingo, dia 27, visita de comitiva da África, em atividade coordenada pelo Sindicato de Máquinas Agrícolas do Estado do Rio Grande do Sul – Simers – em apoio às atividades do Ministério de Desenvolvimento Agrário – MDA. A comitiva, liderada por Stewart Nyakotyo, ministro conselheiro da Embaixada da República do Zimbábue, acompanhados de técnicos do Ministério da Agricultura do Zimbábue Sr. R. Gumbo e Reston J. Muzamhindo esteve presente em algumas indústrias do Rio Grande do Sul, que fazem parte do programa Mais Alimentos Brasil, desenvolvido pelo MDA. O principal interesse do governo brasileiro é definir qual será a estrutura mais adequada para criar o Mais Alimentos África. As empresas visitadas possuem potencial de exportação e enquadram-se nas características exigidas até agora pelo governo para fazerem parte do programa. A Imasa, representada na oca-

sião pelo seu diretor comercial Ângelo Bohrer, juntamente com o gerente de Exportações Rubens Tybush e pelo gerente de Marketing Diego Pretto, recepcionou a comitiva, que permaneceu por cerca de 40 minutos conversando e observando os principais produtos da empresa ijuiense. A Imasa já possui um antigo histórico de exportações para o continente africano, tendo inclusive exportado recentemente equipamentos

para Zimbábue, um dos principais destinos do possível programa a ser implantado na África juntamente com Angola. Na última sexta feira, dia 25, foi realizada no MDA em Brasília, reunião entre os principais envolvidos no desenvolvimento do programa, Simers, Abimaq, Anfavea e representantes de Zimbábue. Ao que tudo indica, o programa Mais Alimentos África engrenará definitivamente em 2014.

Anvisa revê legislação que trata do uso de animais para fins científicos

A legislação que trata do uso de animais para fins científicos e didáticos está sob análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A autarquia avalia se há lacunas referentes à fiscalização das pesquisas para produção de medicamentos e cosméticos que podem ter impacto no uso de cobaias. De acordo com a Anvisa, a legislação atual não especifica o órgão responsável pela fiscalização dos laboratórios de pesquisa em animais. No âmbito da agência reguladora, não há exigência expressa para o uso de animais em testes, mas é necessária a apresentação de dados que comprovem a segurança dos diversos produtos registrados na Anvisa. As regras para o uso de animais em pesquisa são definidas pela Lei 11.794, batizada de Lei Arouca, e pelos comitês de ética em pesquisa com animais ligados ao Sistema de Comitês de Ética em Pesquisa. Por definição da Lei Arouca, as instituições que executam atividades com animais podem receber cinco tipos de punição, que vão da advertência e suspensão de financiamentos oficiais à interdição definitiva do laboratório. A multa pode variar entre R$ 5 mil e R$ 20 mil.

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Benefício do melhoramento genético em abelhas A região Sul do Brasil apresenta diferentes tipos de microclimas, em cada um deles certas linhagens de abelhas conseguem melhor se adaptar. O Grupo de Pesquisadores Religiosos de Ijuí/RS está realizando o melhoramento genético das abelhas através de rainhas selecionadas vindas de várias regiões de todo país. Nesse trabalho se faz o estudo das rainhas que conseguem se adaptar em nossa região, as que se adaptarem com boa postura e rápido desenvolvimento do enxame, são selecionadas e levadas a campo onde existe florada com alto potencial produtivo. As rainhas que se destacarem em produção, automaticamente retornarão ao apiário base e servirão como matrizes para a multiplicação de sua linhagem para atender a diferentes produtores de mel . Todo esse processo tem o ob-

Victor Kronenberger é Técnico Agrícola especializado em Apicultura

Uma rainha jovem e com genética definida aproveita integralmente uma boa florada

jetivo de melhorar a produtividade de mel por colmeia, sendo já comprovado que uma rainha jovem e prolífera e com a genética definida consegue aprovei-

tar integralmente uma boa florada e satisfazer as expectativas do apicultor. Além disso, o apicultor pode selecionar suas melhores rai-

nhas, e em parceria com criadores de rainhas, multiplicar sua genética e com isso melhorar a qualidade dos enxames em seus apiários.

Prova em Ijuí credencia oito cavalos New Holland crioulos candidatos ao Freio de Ouro fornece Durante a realização da ExpoIjuí/Fenadi, mais oito candidatos garantiram credencial em direção à disputa do título do Freio de Ouro 2014. A Credenciadora organizada pelo Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Ijuí (NCCCI) contou com a participação de 19 animais, sendo nove fêmeas e 10 machos, foi acompanhada pelo técnico credenciado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Jorge Aginelo do Nascimento. Os exemplares entraram em pista, pela primeira vez, na sexta-

feira, dia 11 e, desde lá, cumpriram todas as etapas da disputa sob os olhares de avaliação dos jurados Fernando Nascimento, Marlus Arruda e Roberto Crespo. Na disputa entre as fêmeas, o destaque ficou com Carqueja II da Camila, que alcançou a pontuação de 18,657. A égua garantiu a primeira colocação ao se manter sempre entre as melhores médias de cada etapa da prova. Já entre os machos, o primeiro lugar foi conquistado por Tango II do Passo Fundo, que também apresentou um desempenho

equilibrado ao longo da seletiva e terminou a disputa com uma média de 18,607. Além da seletiva do Freio de Ouro, outras provas também integraram as atividades do cavalo Crioulo durante a feira, como a Exposição Morfológica e etapas do Freio Jovem e Freio do Proprietário. Além disso, o Núcleo também promoveu o 12º Leilão Parceiros Pela Paixão, com a comercialização de 44 lotes e foi parceiro na promoção do Leilão de Santa Cinilda, com a venda de 45 lotes.

Mais de 80 lotes de cavalos crioulos foram a leilão durante a realização da Expo-Ijuí/ Fenadi 2013

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Cera de qualidade aumenta a produção de mel

maquinário ao Ministério

A New Holland Construction, marca de máquinas e equipamentos para construção, entregou no dia 28 de outubro cinco motoniveladoras, modelo RG140.B, ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Esses equipamentos fazem parte de um lote de 693 máquinas, composto por 603 motoniveladoras RG140.B e 90 pás-carregadeiras W130, adquiridas pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário por meio de licitação, no ano passado, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC 2. Além da entrega das máquinas, direcionadas à região semiárida do país em caráter emergencial, a New Holland Construction qualificou os 10 operadores dos equipamentos e irá fornecer a assistência técnica e manutenção durante dois anos. A aquisição dessas máquinas faz parte da segunda etapa do PAC Equipamentos e tem orçamento de mais de R$ 1 bilhão já aprovado pelo Congresso Nacional. A quantidade de equipamentos destinados ao Pac representa um volume adicional de cerca de um terço do mercado de retroescavadeiras e dois terços do mercado de motoniveladoras no Brasil.

O enxame de abelhas instalado em uma colmeia destinada à produção de mel, constantemente tem os favos velhos substituídos pelos apicultores por lâminas de cera alveolada. Esse processo é feito devido à diminuição dos alvéolos decorrente de vários ciclos de nascimento de abelhas. A cera utilizada na produção das lâminas, de preferência deve ser de opérculos, sendo esta pura e de boa qualidade. O processo de preparação da cera deve ser feito dentro dos padrões nos quais se conserve as propriedades originais da cera, tudo isso com o intuito de facilitar o trabalho das abelhas e aumentar a produção de mel. No estudo realizado por Pesquisadores Religiosos de Ijuí/RS, em parceria com a empresa Agronatur, a qual forneceu a cera para a pesquisa, juntamente com wfazendas, e outros participantes, teve como resultado positivo a utilização de cera de qualidade juntamente com técnicas aperfeiçoadas de manejos das colmeias, uma boa florada nativa, sendo o pau-ferro como principal, que além de atingir uma boa produtividade por colmeia, levou a conquista do 1° lugar no Concurso de melhor mel na categoria Mel Escuro, premiado no ultimo Seminário Estadual de Apicultura realizado em Ijuí.

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SLC Comercial de Ijuí: concessionário John Deere para a região A SLC Comercial, localizada nos municípios de Horizontina (matriz), Ijuí, Santo Ângelo, Cruz Alta, Tupanciretã, Ibirubá e Três Passos, possui 29 anos de concessionário John Deere. A filial de Ijuí atende a 9 municípios da região e costuma participar das feiras que acontecem em todo o Estado. Este ano, esteve em mais uma edição da ExpoIjuí/Fenadi, onde esteve expondo seus produtos e divulgando os serviços da empresa. A SLC Comercial agradece aos clientes que visitaram o estande da empresa e que aproveitaram a oportunidade para conferir a linha de produtos, adquirir peças e agendar serviços durante os dias da feira, no Parque de Exposições Wanderley Burmann. Durante este período de colheita e de plantio, a SLC também está com uma equipe especializada em assistência técnica e reposição de peças originais. Por isso, acaba de lançar uma campanha promocional de correias agrícolas originais John Deere, com descontos superatrativos e prazo de 60 dias. A oferta é válida até o dia 15 de novembro. Aproveite e deixe tudo nos eixos. A SLC Comercial de Ijuí está situada na BR-158, Km 195. Telefone: 55 3333-0886 . Site: www.slccomercial.com.br.

Empresa esteve expondo produtos e divulgando os serviços da empresa durante a Expo-Ijuí/Fenadi

John Deere entre as 100 empresas mais amadas do mundo

A John Deere é líder mundial na produção de equipamentos agrícolas e florestais

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Durante mais de uma década, a consultoria global de comunicação APCO Worldwide avaliou o poder de influência e a força emocional de 600 marcas em todo o mundo. A detalhada pesquisa resultou no recém-publicado ranking As 100 marcas mais amadas do mundo, no qual a John Deere ocupa a 58ª posição. A pesquisa contou com a opinião de 70 mil pessoas em 15 mercados-chave em todo o mundo, identificando as oito emoções essenciais para a comunicação da marca: entendimento, orgulho, relevância, admiração, curiosidade, identificação, poder e proximidade. “Acreditamos que a reputação de uma empresa está bastante ligada à forma em que ela se comunica com os públicos interno e externo. Nos dois casos, tem que haver, sempre, muita transparência, honestidade e integração”, diz Elisa Pimenta, supervisora de

Comunicação e e-business da John Deere Brasil. Diariamente a John Deere investe cerca de 3 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento, o que faz com que os clientes possam sempre contar com as mais avançadas tecnologias disponíveis no mercado e as melhores soluções para suas necessidades. Além disso, a experiência ao cliente, a interatividade com os fãs da marca, por meio das redes sociais, e o relacionamento com concessionários, distribuidores e governo reforçam a reputação da empresa. A John Deere é líder mundial na produção de equipamentos agrícolas e florestais e uma das maiores fornecedoras de produtos e serviços para construção e jardinagem. Por meio do Banco John Deere, a companhia também oferece serviços de financiamento em escala mundial.

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Condições climáticas favorecem plantio de forrageiras

O mês de outubro se caracteriza no Rio Grande do Sul por um período de carência de pasto denominado de vazio forrageiro da primavera

O mês de outubro se caracteriza no Rio Grande do Sul por um período de carência de pasto denominado de vazio forrageiro da primavera. Nesta situação, as pastagens anuais e perenes de inverno, especialmente aveia e azevém, encerram seu ciclo vegetativo, e as espécies forrageiras anuais e pe-

renes de verão (milheto, capim Sudão, sorgo forrageiro, aveia de verão e Tifton, entre outras) ainda estão sendo cultivadas. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, embora estas espécies forrageiras anuais tenham elevado teores de proteína e capacidade nutricional, em muitos municí-

DuPont patrocina seminário sobre Aves e Suínos O 8º Seminário Técnico Científico de Aves e Suínos, realizado concomitante com a AveSui América Latina 2014, contará, pelo segundo ano consecutivo, com o patrocínio da DuPont - empresa multinacional que desempenha um importante trabalho de pesquisa e análise para organizações ligadas e envolvidas no agronegócio nacional e internacional, entre outros setores. A empresa poderá exibir sua marca e mais uma vez fortalecer suas estratégias de marketing durante os três dias de seminários. A AveSui 2014 e o 8º Seminário Técnico Científico de Aves e Suínos, organizados pela Gessulli Agribusiness e pelo Instituto Oswaldo Gessulli respectivamente, serão realizados entre os dias 13 e 15 de maio de 2014 em Florianópolis (SC). Na última semana, o diretor de Transferência de Tecnologia da

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Embrapa, Waldyr Stumpf, esteve reunido com técnica com pesquisadores, analistas, técnicos e assistentes da Embrapa Suínos e Aves. Stumpf falou sobre os avanços na área de transferência de tecnologia da Empresa e sobre a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), uma vez que o diretor de transferência de tecnologia da Anater será o mesmo diretor de tecnologia da Embrapa.

pios recém iniciou sua implantação e os primeiros pastoreios só deverão se intensificar a partir na segunda quinzena de novembro. No momento, as condições climáticas favorecem a brotação de algumas espécies forrageiras nativas dos campos naturais, complementando assim a dieta

alimentar dos rebanhos, principalmente bovinos e ovinos com volumoso. Apesar dessa redução da qualidade e da quantidade das pastagens cultivadas de inverno disponíveis nas propriedades rurais, a produção de leite permanece estável na maioria das bacias leiteiras do Estado,

Bunge afirma que não usa animais em testes

Monsanto é uma das 25 melhores empresas para se trabalhar

Em vista de notícia e repercussão nas midias sociais, neste mês, relatando uso de cachorros em testes toxicológicos, a Bunge Brasil informa que nunca realizou e nem pretende realizar testes com animais. A empresa produz farelo para nutrição animal (bovino, suino e aves) e alimentos, como margarinas, maioneses, óleos, azeites, atomatados e farinhas (marcas: Delícia, Soya, Salada, Primor, Cardeal, All Day, Salsaretti, Etti, Cajamar, Cyclus), que fazem parte do dia a dia de milhões de pessoas e são submetidos a rigorosos controles de produção e de aprovação de registro junto aos órgãos oficiais, que não exigem esse tipo de teste em animais. A Bunge tem como política não realizar e não apoiar testes que possam gerar sofrimentos em animais.

em função da complementação alimentar do rebanho com silagem, fenos, rações e concentrados, elevando os custos da atividade. Mesmo assim, o preço do litro de leite está em ascensão em todas as bacias leiteiras, com uma variação positiva de 2,27%, em relação à semana passada.

A companhia conquistou a 12ª colocação do levantamento de 2013

A Monsanto foi eleita uma das melhores multinacionais para se trabalhar no mundo, de acordo com pesquisa anual da consultoria Great Place to Work (GPTW). A companhia conquistou a 12ª colocação do levantamento de 2013, em um ranking que selecionou as 25 multinacionais com os melhores ambientes de trabalho. A Monsanto subiu duas posições em relação à premiação de 2012 e é a única empresa de agricultura presente na terceira edição do ranking.

Para fazer parte do ranking das 25 Melhores Empresas Multinacionais para se Trabalhar, as companhias precisam ter sido reconhecidas nas últimas cinco premiações da Great Place to Work em seu país de origem, além de ter pelo menos 5 mil funcionários em todo o mundo e 40% de sua força de trabalho atuando fora do país onde está localizada a sede da empresa. O levantamento do GPTW realiza anualmente pesquisa com mais de 5 milhões de funcionários de 7,2 mil empresas globais.

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ESTADO SERÁ MAIOR PRODUTOR DE TRIGO EM 10 ANOS

O representante do Mapa, Caio Rocha, e o do Estado, Luis Fernando Mainardi, juntamente com lideranças regionais colheram trigo para simbolizar o início dos trabalhos nas lavouras gaúchas

Que o RS é o maior produtor de trigo do País, com previsão de colher 2,7 milhões de toneladas nesta safra, os números já mostram. A curto prazo, os desafios são manter os preços, elevar e estabilizar a renda do produtor e criar as condições para que o produto fique no Estado - hoje a maior parte se exporta e, mais tarde, é trazido de volta com valor mais alto. Na abertura oficial da colheita, a saída apontada pelo secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, parte

de esforço conjunto entre governos do Estado, federal e produtores. Estados como o Paraná e Santa Catarina, que produziram menos do que o esperado, devem receber trigo gaúcho. Para reter no mínimo o que se consome aqui e também ajudar a manter os preços de comercialização, o Banrisul e o Banco do Brasil têm disponíveis, juntos, R$ 400 milhões para financiar a compra do produto. Além disso, segundo Mainardi, a Companhia Estadual de Si-

Pesquisadora defende menos uso de agrotóxicos

RS deve colher 2,7 milhões de toneladas de trigo nesta safra

A pesquisadora da Embrapa Trigo, Eliana Maria Guarienti, palestrou no início da manhã de sexta-feira, antes da abertura da colheita no RS, enfocando dois aspectos relacionados à produção de trigo: qualidade tecnológica – envolve normatização do governo, e qualidade sanitária. A respeito desse último ponto, a pesquisadora lembrou que o trigo é um alimento amplamente consumido, principalmente por crianças. Nesse sentido, apresentou um estudo feito em agosto deste ano no RS pelo Mapa. De 15 amostras de trigo avaliadas, quatro não estavam em conformidade, indicando presença de resíduos de agrotóxicos. Ingeridos em grandes quantidades, esses resíduos estariam relacionados ao câncer e a doenças que atacam o fígado. “Os consumidores querem produção ética”, insistiu Eliana.

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Foi aberta oficialmente na última sexta-feira a colheita de trigo no Estado, em Cruz Alta. Embora a Emater/RS-Ascar mencione uma possível queda no rendimento das lavouras se a previsão de chuva continuar, a produção estimada em 2.695.693 toneladas faz os produtores vislumbrarem a segunda maior safra gaúcha de trigo, perdendo apenas para 2011, quando foram colhidas 2.744.936 toneladas. Participaram do ato, produtores e lideranças políticas na sede da Fundação Centro de Experimentação e Pesquisa Fecotrigo (Fundacep). O representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha, e o do governo do Estado, secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Luis Fernando Mainardi, subiram em uma colheitadeira juntamente com lideranças regionais para simbolizar o início dos trabalhos nas lavouras gaúchas. O grande vilão das lavouras de trigo neste momento é a pre-

los e Armazéns (Cesa) vai disponibilizar, se necessário, toda a capacidade de armazenagem do Estado, de mais de 500 mil toneladas, para estocar o trigo. O secretário vai sugerir ao Ministério da Agricultura que a Conab compre uma parte do trigo gaúcho, faça estoque público e, com isso, regule o valor do mercado evitando que a oferta seja menor que procura. “Não tem como permitir que o trigo saia do Estado, seja vendido a outros Estados e países e depois tenha que voltar mais caro para

visão de excesso de chuvas no Estado. No entanto, até o momento as previsões de chuvas intensas não se confirmaram, chovendo abaixo do que foi projetado, inicialmente. Já na última semana, as primeiras lavouras colhidas, nas regiões da Fronteira Oeste e Missões, apresentam bons rendimentos, tanto em quantidade como também em qualidade. A adversidade climática (chuvas pesadas e geadas), registrada durante o mês de setembro, parece não ter afetado, de modo significativo, a grande maioria das lavouras, marcando uma tendência positiva para a obtenção de uma boa safra para este ano. Na maioria dos casos as geadas foram consideradas fracas, com ocorrência predominante nas áreas baixas. Nesse sentido, entre as doze regiões administrativas da Emater/RS-Ascar, a Região de Santa Rosa é a única em que o rendimento médio atual está menor que o esperado

abastecer o mercado interno. É inadmissível”, afirmou. Além disso, Mainardi e representantes da Farsul, Embrapa Trigo, Emater, associações e sindicatos discutiram algumas medidas de curto, médio e longo prazos. A primeira delas será a criação de uma comissão na Câmara Setorial responsável por elaborar plano estratégico que pense o setor nos próximos 10 anos, a exemplo do que o governo tem feito com o leite, a carne e outras culturas. Para o secretário, é impossí-

vel, por mais que se possa errar na previsão, não dar respostas efetivas ao produtor quando ele pergunta como será a safra do próximo ano. Se não tiver segurança de renda, há desestímulo à plantação. Para chegar aos dois milhões de hectares no Estado em 10 anos, pensar o futuro é fundamental, diz o secretário. O mercado interno gaúcho consome, com a moagem, cerca de 1,2 milhão de toneladas, outra parte é exportada para outros.

Até o momento, as lavouras de trigo apresentam boas condições sanitárias

inicialmente. Nas demais regiões, ele se encontra em patamar superior. A semana proporcionou condições favoráveis para uma boa evolução final para as culturas de inverno. Temperaturas amenas e

baixa umidade, na maior parte do período, fazem com que o processo de maturação transcorra sem maiores problemas. O levantamento levou em consideração as informações de 276 municípios (86% da área total).

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Mercado de sorgo no Brasil ganha destaque e terá novos defensivos Acordo entre Syngenta e Ceres inclui a avaliação do emprego associado do portfólio de uma com os híbridos da outra e a promoção do uso do sorgo sacarino e do sorgo energia A empresa de culturas bioenergéticas Ceres, Inc. e a Syngenta anunciam a ampliação de sua parceria para desenvolver o mercado de sorgo no Brasil. As companhias pretendem avançar na sua estratégia de promover o uso tanto do sorgo sacarino como do sorgo energia junto às usinas brasileiras de etanol. Pelo acordo renovado, a Syngenta e a Ceres continuarão a colaborar em estudos de campo com as usinas. A Syngenta avaliará seu portfólio de defensivos agrícolas em associação aos híbridos da Ceres, enquanto a Ceres fornecerá tanto as sementes como o apoio à pesquisa da cultura. As duas empresas coordenarão a extensão dada às usinas de etanol e desenvolverão programas de treinamento industrial. A Syngenta indicou que planeja avançar com suas avaliações destinadas ao registro de novos defensivos voltados ao cultivo do sorgo. “Consideramos o sorgo sa-

carino um potencial complemento à cana-de-açúcar para a produção de etanol e trabalhamos com a Ceres na identificação dos melhores protocolos para oferecer proteção completa e ampliar o potencial inerente a esta cultura”, diz Adriano Vilas Boas, diretor Global de Marketing para Canade-Açúcar da Syngenta. “Estamos satisfeitos em trabalhar com uma empresa líder amplamente reconhecida com vistas a fornecer mais opções de defensivos agrícolas para o cultivo do sorgo a nossos clientes em comum”, afirma André Franco, gerente-geral da Ceres Sementes do Brasil Ltda. “O trabalho conjunto com a Syngenta resultou em progressos importantes ao ajustar as práticas de manejo da cultura que possam melhorar a produtividade por meio do aumento da proteção contra pragas, doenças e ervas daninhas.” O sorgo sacarino é uma cultura resistente que permite estender o período de produção de eta-

Um dos objetivos é avançar na estratégia de promoção do uso do sorgo sacarino

nol por até 60 dias no Brasil. Ele pode ser cultivado em terra em descanso e processado utilizando o mesmo equipamento da cana. Uma vez que cresce entre 90 e 120 dias apenas, a planta exige menos água e outros insumos do que a cana. As variedades de sorgo sacarino da Ceres foram plantadas em mais de 3 mil hectares

Milho BT facilita reprodução da Helicoverpa Segundo o coordenador da Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Wanderlei Dias Guerra, o uso em grande escala do milho BT pode ter sido um dos responsáveis pelo aumento da população da Helicoverpa armigera. Isso porque essa modificação com genes da bactéria Bacillus thuringiensis reduziu a população de uma praga conhecida como Spodoptera, que é um inimigo natural da Helicoverpa. “São situações que encontramos no campo, e vamos tecendo algumas hipóteses, e teorias do que pode ter acontecido. Nos últimos anos tem havido

uma utilização massiva de milho BT, que controla a Spodoptera. Mas não seria esse o fator principal. O importante é que isso sirva para mostrar que qualquer desequilíbrio que se faça num ecossistema pode causar explosões de determinadas pragas”, sustenta Guerra. O representante do Mapa ressalva que a Spodoptera é uma praga importante, que causa danos no cartucho do milho: “Mas talvez seja um explicação para a explosão da Helicoverpa. Estive na Bahia com a Aprosoja, e aqueles agricultores enfrentaram um período grande de seca. Os insetos, as pragas de solo, se aproveitam da estia-

Helicoverpa armigera tem surpreendido agricultores e especialistas

gem. Também vimos grandes áreas abandonadas, onde os produtores simplesmente deixaram de fazer qualquer aplicação porque não valia mais a pena”, completa.

na safra passada, em mais de 30 usinas. Plantado principalmente por sua produtividade em termos de biomassa do que por seu conteúdo de açúcar. O sorgo energia é uma cultura energética que pode ser utilizada como matéria-prima para a bioenergia, como aquecimento e eletricidade.

New Holland fornece maquinário ao MDA A New Holland Construction, entregou no dia 28 de outubro cinco motoniveladoras, modelo RG140.B, ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Esses equipamentos fazem parte de um lote de 693 máquinas, composto por 603 motoniveladoras RG140.B e 90 pás-carregadeiras W130, adquiridas pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário por meio de licitação, no ano passado, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento – Pac 2. Além da entrega das máquinas a New Holland Construction qualificou os 10 operadores dos equipamentos e irá fornecer a assistência técnica e manutenção durante dois anos.

Lucro líquido da BRF cresce 216% no 3º trimestre A BRF, antiga Brasil Foods S.A, registrou lucro líquido de R$ 287 milhões no terceiro trimestre de 2013, crescimento de 216% em relação ao mesmo período em 2012, com melhora na margem líquida de 2,5 pontos percentuais, atingindo 3,8% no período. O lucro bruto chegou a R$ 1,9 bilhão, 25% superior ao de igual

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período do ano passado, com aumento de margem bruta de 21,2% para 25,2%. A receita líquida consolidada cresceu 5,4%, para R$ 7,6 bilhões, e o EBITDA ajustado atingiu R$ 911 milhões, o que representa avanço de 61% na comparação com o 3T12. Entre os fatores que contribuíram para o desempenho favo-

rável no período estão os reflexos de melhorias operacionais e financeiras promovidas pela BRF, a recuperação gradual das exportações, com preços beneficiados pelo câmbio, e o incremento do portfólio de maior valor agregado, que contou com 41 novos produtos no trimestre, e melhores margens. Os resultados, com cresci-

mento da geração de caixa e menor alavancagem da companhia, estão em linha com o previsto no Plano de Aceleração, anunciado pela BRF em agosto, que direciona a empresa como referência global em seu segmento de atuação. No período, a BRF investiu R$ 377 milhões, sendo R$ 127 milhões em ativos biológicos.

Política para a Erva Mate

Luiz Fernando Mainardi Secretário de Agricultura Pecuária e Agronegócios

Estivemos participando do Seminário Estadual de Produção de Mudas de Erva-Mate, em Arvorezinha. Esta cultura tem recebido uma atenção especial da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio. Em conjunto com os polos ervateiros do Estado, criamos o Instituto Brasileiro do Mate e estamos prestes a lançar o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Erva-Mate. O lançamento deve ocorrer no mês de novembro, na Turismate. O setor, em função do desestímulo do passado recente, reduziu a produção, o que tem causado, na disputa entre oferta e demanda, a prática de preços elevados para o produto. Nossa proposta é expandir a oferta da matéria-prima, de produtos e subprodutos não só no mercado brasileiro, mas para todo o mundo onde houver consumidores. Para isso, precisamos de políticas que estimulem o produtor a voltar a plantar a erva-mate e desenvolver ações para que utilizem mudas de boa qualidade. Aproveitamos, ainda, para sugerir a criação de uma associação de caráter estadual para representar os viveiristas, para que estes possam, de forma organizada, ter uma interação com a indústria e com os produtores, buscando compartilhar soluções para os problemas. Defesa Agropecuária - Entregamos, no último sábado, mais dois veículos do programa Dissemina para os municípios de Dom Pedrito e Santana do Livramento. Nesta semana, contemplamos os municípios de Bossoroca, Maçambará, Santo Antônio das Missões e Unistalda. Também entregamos dez novas Inspetorias Agropecuárias revitalizadas nos municípios de Giruá, Boa Vista do Buricá, Três de Maio, Horizontina, Tucunduva, Santo Cristo, Alecrim, Horizontina, Cândido Godói e Bossoroca. Estas ações vão fortalecer o nosso sistema estadual de defesa agropecuária.

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RS é o maior produtor de arroz do Brasil

Estado ocupa mais de 65% do total nacional de arroz, segundo pesquisa

O Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz do Brasil com 66,6% do total nacional, informou a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2012 divulgada nesta sexta-feira, dia 25 de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atribuídos ao fato de que os 20 maiores produtores nacionais são municípios do Estado: Uruguaiana (5,1%), Itaqui (4,8%), Santa Vitória do Palmar (4,1%), Alegrete (4%) e São Borja (3,2%) são os destaques. Em relação ao valor da produ-

ção, o arroz é o segundo principal produto, com 22,9% do total do Estado. A soja ocupa o topo da lista de grãos nesse quesito, respondendo por 29,6 % do total do valor da produção gaúcha, com um valor na ordem de R$ 5,3 bilhões. Porém, conforme o IBGE, o Rio Grande do Sul é o 4º produtor de soja com 9% do total nacional. No ranking geral, o Estado é o 5º colocado no que tange a valor da produção, com R$ 18 bilhões em 2012. O valor, comparado ao ano anterior, representa uma redução de 16,3%.

Silo amplia capacidade em 450 mil sacas de arroz

Financiamento ocorreu via Badesul e contou com a presença de Tarso Genro

Foi inaugurado, este mês, o 10º silo de armazenamento de arroz, garantindo uma ampliação da capacidade para 450 mil sacas, na propriedade de La Vecchia. O financiamento de R$ 3 milhões ocorreu via Badesul e a instalação da unidade contou com a presença do governador Tarso Genro. O chefe do executivo avaliou o crescimento do Estado nos setores da indústria e do comércio, e destacou que, para continuar neste ritmo, são necessários três fatores: governar com políticas públicas voltadas para o desenvolvimento; governar com planejamento empreendedor e ter capacidade para enfrentar adversidades que podem existir com empresários e produtores.

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Já o presidente do Badesul, Marcelo Lopes, ressaltou que o Rio Grande do Sul deverá crescer o dobro do Brasil. De acordo com proprietário, Edevar De La Vecchia, a empresa possui um sistema ecologicamente correto, pois são utilizados ar natural e gás na armazenagem, o que possibilita autonomia na produção, já que não se perde arroz em nenhum momento, podendo comercializá-lo conforme a demanda. Há 15 anos em Camaquã, a empresa protocolou novo contrato com o Badesul durante a 36ª Expointer, para a armazenamento de mais 250 mil sacas de arroz e pretende atingir dois milhões de sacas nos próximos anos.

Técnicos e médicos veterinários iniciam última etapa da vacinação contra febre aftosa Mais de 20 milhões de cabeças de gado deverão ser vacinadas contra febre aftosa entre os dias 1º e 30 de novembro. Ao todo 200 propriedades rurais deverão cumprir o cronograma divulgado pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). No dia 23 de outubro, técnicos e médicos veterinários do Instituto iniciaram os trabalhos na região de fronteira com a Bolívia. De acordo com o coordenador de sanidade animal do Indea, João Marcelo, a região em questão é uma das mais sensíveis à doença. Além do alerta, ele também anunciou durante entrevista à rádio Paiaguás qual será o trabalho para ser desenvolvido pelos técnicos e médicos veterinários nesta quarta-feira. Esta será a última etapa de vacinação contra a febre aftosa. A faixa de 15 km abrange os municípios de Cáceres, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade e uma parte de Pontes e Lacerda.

Profº. Argemiro Brum, do Ceema/ Dacec/ Unijuí

Cerca de 200 propriedades rurais deverão cumprir o cronorama divulgado

Decorrido o prazo de vacinação, os produtores terão até o dia 10 de novembro para fazer a comunicação da vacina ao escritório do Indea. Quem não cumprir os prazos serão penalizados com pagamento de multa, além de uma suspensão de 30 dias, período em que o produtor não poderá fazer nenhuma movimentação de animais.

PAC reforça escoamento da produção de munícipios do Noroeste gaúcho “Só seremos o País que queremos ser, se tivermos uma agricultura familiar forte. O desenvolvimento do Brasil começa no meio rural”, afirmou o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller, durante a cerimônia de entrega de três motoniveladoras em Boa Vista do Buricá - município gaúcho localizado a 480 quilômetros da capital Porto Alegre (RS). Segundo Müller, essas máquinas fazem parte de uma política acertada de infraestrutura para o País e garantem o escoamento da produção do campo. “Com o Programa de Aceleração do Crescimento temos investimentos em portos, rodovias; mas também nas estradas vicinais. É lá que o leite, o milho, a carne fazem o seu primeiro quilômetro”, explica. As motoniveladoras entregues vão beneficiar mais de 3 mil famílias de trabalhadores rurais dos municípios de Boa Vista do Buricá, Nova Candelária e Três de Maio, localizados no noroeste do estado. O secretário-executivo lembrou em seu discurso outras políticas do Governo Federal que fortalecem a agricultura familiar. “O Plano Safra dispõe

TRIGO: OFERTA NACIONAL CONTINUARÁ APERTADA

de R$ 21 bilhões para crédito. Isso significa tratores, ordenhadeiras, colheitadeiras. Significa aumentar a produção com qualidade e diminuir a penosidade dos nossos trabalhadores”. As motoniveladoras fazem parte de um kit de infraestrutura doado por meio da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) aos municípios brasileiros de até 50 mil habitantes. Além desse equipamento as prefeituras recebem uma retroescavadeira e um caminhão-caçamba. Para a aquisição dos três maquinários, o Ministério do Desenvolvimento Agrário investiu mais de R$ 1,2 milhão. Ao todo, o Rio Grande do Sul já recebeu 568 equipamentos, sendo 113 motoniveladoras e 455 retroescavadeiras, totalizando o valor aproximado de R$ 117 milhões. Participaram do evento a delegada-adjunta do MDA no Rio Grande do Sul, Dalva Schreiner, deputados federais e estaduais, vereadores, prefeitos, representante da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater); e agricultores familiares e moradores da região.

A colheita de trigo no Brasil está indicando que o volume final brasileiro deverá ficar entre 4,5 e 4,8 milhões de toneladas, após uma expectativa inicial que chegou a bater em 5,8 milhões de toneladas. A frustração de 50% no Paraná e algumas perdas, que podem ainda se acentuar, no Rio Grande do Sul (os dois Estados perfazem mais de 90% da safra nacional) está na origem de tal recuo. Ou seja, a oferta nacional continuará apertada, exigindo importações, para 2013/14, entre 7 e 8 milhões de toneladas. Soma-se a isso o fato de que a Argentina e o Paraguai igualmente registram perdas. No caso argentino, de uma safra inicial esperada entre 13 e 15 milhões de toneladas, tem-se agora que ela possa ficar apenas entre 10 e 11 milhões de toneladas. Nesse contexto, os três países do Mercosul que fornecem trigo ao Brasil (Argentina, Paraguai e Uruguai) deverão produzir um total de 12 a 13 milhões de toneladas. O saldo exportável destes países cai agora para apenas 4,5 milhões de toneladas contra 5,1 milhões no ano anterior. Ou seja, 50% de recuo em relação a projeção inicial de 9 milhões de toneladas de saldo exportável. Essa realidade mantém os preços do trigo ainda elevados no Rio Grande do Sul. O preço de balcão, por exemplo, fechou a semana passada na média de R$ 40,71/saco, enquanto os lotes oscilam entre R$ 42,00 e R$ 45,00/saco para novembro. Tais preços estão 25% acima dos registrados no mesmo período do ano passado, quando a safra local foi extremamente frustrada em volume e qualidade. Todavia, a pressão da colheita tende a levar os mesmos a um recuo. Assim, salvo se houver compras expressivas de trigo gaúcho pelos demais Estados brasileiros neste ano, o balizador final dos preços continuará sendo a importação, agora favorecida pela revalorização do Real ao redor de R$ 2,18 por dólar. Isso pode nos obrigar a vendermos o trigo gaúcho no exterior novamente, com o agravante de que, desta vez, não haverá apoio dos leilões oficiais de PEP. Ora, a paridade atual FOB Rio Grande para exportação indica hoje um valor, para o produto de qualidade superior, de R$ 36,30/saco nas regiões produtoras gaúchas. É um preço ainda melhor do que os da safra passada, porém, bem menor do que os existentes até o momento.

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Cotrijui é referência em Programas de Irrigação

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Financiado primeiro resfriador por expansão através do Programa Mais Leite de Qualidade O Banco do Brasil, através do Programa Mais Leite de Qualidade, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, que incentiva o uso de resfriadores de expansão direta e de ordenhadeiras, acaba de contratar o primeiro financiamento. O produtor rural João Marcelo Ritter, que reside na localidade de Campestre Alto, no município de São Pedro da Serra, financiou um resfriador, no valor de R$ 6,5 mil. O equipamento, da marca Friomax, tem capacidade para 1,5 mil litros de leite. Ritter possui, atualmente, uma produção/dia de 480 litros de leite, com o total de 21 vacas em lactação. A expectativa, segundo ele é de que a produção aumente de 10% a 20%. O produtor, que já tinha um

resfriador por expansão direta, com capacidade de 800 litros, disse que o Programa Mais Leite de Qualidade proporcionou acesso fácil à adesão desse novo equipamento, que foi substituído pelo antigo para melhorias na produção. O contrato, formalizado agora, foi assinado com o Banco do Brasil durante a 36ª Expointer. “Agradeço a Secretaria da Agricultura pelo empenho realizado para nós, produtores de leite, e agora a perspectiva é de que a produção melhore cada vez mais”, destacou ele. O acesso fácil e rápido ao crédito também foi destacado por Ritter, já que os juros são bem acessíveis, de 2% ao ano, pelo Pronaf, com prazo de até 10 anos. E, além disso, o Estado paga a última parcela.

Fórum realizado em Cruz Alta mostra pesquisas da Rede Leite Já são mais de 300 projetos de irrigação em lavouras de associados da Cooperativa

A Cotrijui conta com uma equipe altamente qualificada de engenheiros agrônomos, médicos veterinários e técnicos agrícolas para prestar assistência técnica aos associados da Cooperativa. Justamente para qualificar esse atendimento, a Cotrijui investe no treinamento e capacitação de seus colaboradores, atualizando processos produtivos, buscando novas tecnologias e defendendo a manutenção da família no meio rural com qualidade de vida e do meio ambiente. Dentre os inúmeros projetos que a cooperativa realiza com sua equipe técnica, destaca-se o Programa de Produção de Leite e Carne a Pasto Irrigado, visando potencializar a produção de leite e carne a pasto, sob o entendimento de que a irrigação dá maior segurança e produti-

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vidade nestas atividades.Desde quando iniciou, em 2007, mas principalmente a partir de 2012, o Programa está em espetacular crescimento, graças às parcerias criadas com o governo estadual através das suas Secretarias e Agentes Financiadores de um modo geral. Nas áreas irrigadas, os produtores de leite têm conseguido manter uma lotação de 10 vacas em lactação por hectare, além do repasse feito pelas novilhas e vacas secas. A irrigação aumenta a velocidade de rebrote e crescimento das pastagens, permitindo reutilizar a área a cada 10 a 15 dias (dependendo das condições de calor e luminosidade). Em muitos casos a produção de forragem ainda é suficiente para efetuar, além do pastejo,

também cortes para produção de feno, permitindo armazenagem de alimento para períodos de escassez. Já são mais de 300 Projetos de Irrigação, entre instalados e em processo de instalação, em lavouras de associados da Cooperativa. Não é de hoje que a Cotrijui, com o seu espírito de empreendedorismo e visão de futuro, tem alcançado ótimos resultados em vários segmentos. Não podia ser diferente na Irrigação, que aliada ao Programa Mais Água, Mais Renda, oferecendo assistência técnica e gerenciamento das propriedades, tem fixado o produtor no campo. Proporcionando, ainda, uma qualidade de vida, senão melhor, no mínimo, igual a do homem da cidade, tudo isso sem descuidar do meio ambiente.

Pesquisas realizadas na Região Noroeste do Rio Grande do Sul revelam o funcionamento da pequena propriedade rural, preocupações e tendências das famílias que vivem no campo, qualidade e volume de produção de leite. Os trabalhos, realizados em pequenas propriedades rurais da Rede Leite (Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do RS), foram apresentados e debatidos no dia 23 de outubro, em Cruz Alta, com produtores de 28 municípios, durante o 16º Fórum da Produção Pecuária-leite, realizado no campus da Universidade de Cruz Alta (Unicruz). A exposição de ideias ocorreu durante fóruns temáticos, apresentados pelos pesquisadores da Embrapa, Universida-

de Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), Universidade de Cruz Alta, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal Fronteira Sul - Cerro Largo, e extensionistas da Emater/ RS-Ascar.

Produtores de 28 municípios participaram do evento na Unicruz

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Jornal da Manhã | Ijuí, 29 de outubro de 2013

Regulamentada distribuição de protetor solar ao agricultor Os protetores solares que serão distribuídos a produtores do RS devem chegar antes do início do Verão, em dezembro. A expectativa é do deputado Heitor Schuch, autor do projeto de lei apresentado em 2007. Na última semana, foi publicado o decreto 50.776 que regulamenta a lei 13.469/2010, que cria o Programa de Proteção à Saúde do Trabalhador Rural e prevê a distribuição de filtro aos agricultores familiares, além de ações educativas de conscientização e consultas médicas anuais. Os 300 mil frascos de protetor fator 30 serão distribuídos a 100 mil agricultores

CNA defende regulamentação de agroquímicos para abrir mercados De olho no promissor mercado internacional de madeira, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende a regulamentação do uso de produtos destinados ao tratamento fitossanitário com fins quarentenários. Esta é uma exigência dos importadores de madeira em tora e só a regulamentação pode abrir novos mercados para o Brasil. O Pinus sp., o Eucalypus sp. e a Tectona grandis são as principais culturas plantadas no Brasil destinadas à produção de madeira em tora para exportação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-

COMO

PLANTAR

to (Mapa) autorizou por dois anos, em caráter emergencial, o uso de agroquímico à base de fosfina (fosfeto de alumínio) em madeira para exportação. A medida, publicada no Diário Oficial da União no último dia 23, vai beneficiar principalmente os pequenos e médios silvicultores do sul do país, devido à proximidade dos portos de Santa Catarina (Itajaí, Navegantes, Itapoá e São Francisco do Sul) e do Rio Grande do Sul (Rio Grande) O Brasil tem potencial para atender à demanda mundial de madeira em tora, cujos volumes podem superar 50 mil toneladas mensais.

Lavoura ajuda na qualidade da água dos rios O conceito que a cadeia produtiva do arroz defende há muito tempo, de que as lavouras funcionam como um filtro que garante a qualidade da água e reservatório artificial que reduz o impacto das secas sobre rios e cursos d’água do Rio Grande do Sul, no verão, foi oficialmente comprovado por consultoria especializada contratada pelo governo gaúcho. O estudo foi publicado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e tem sido divulgado pelo Comitê de Bacia preparando a comunidade para os próximos passos.

O levantamento semanal das culturas realizado pela Emater/RS-Ascar, registrou que a qualidade e a produtividade das frutas cítricas estão muito boas, devido às boas condições climáticas ocorridas durante a fase de desenvolvimento - primavera e verão. A ocorrência de chuvas bem distribuídas permitiu o crescimento regular das frutas. As condições climáticas do outono também têm sido benéficas, pois as ocorrências de temperaturas noturnas frias e diurnas amenas têm conferido uma coloração alaranjada à casca e ao suco, altamente atrativos ao consumidor.

Governo lança Chamada para apoiar trabalhadoras rurais

• A propagação da alface se dá por meio de sementes, compradas em casas de insumos agrícolas e cooperativas. Primeiro forme mudas em sementeiras ou bandejas de isopor. Quando estiverem entre cinco e sete centímetros de altura, transplante para os canteiros. • Nas sementeiras, faça sulcos com um centímetro de profundidade e distantes dez centímetros entre si. Distribua as sementes uniformemente. Espere cinco dias para a germinação e mais o tempo necessário para a planta alcançar sete centímetros de altura e contar seis folhas. Escolha horas frescas para fazer o transplantio ao canteiro, preparado com matéria orgânica e adubado. • A recomendação é escolher os solos de textura média, com aspecto fofo, de baixa acidez e elevado teor de matéria orgânica. Leve em consideração o fácil acesso de água para irrigações. • Evite áreas propensas ao encharcamento, para reduzir doenças nas raízes. Para cultivares comuns, os espaçamentos devem ser de 30 centímetros entre as plantas e entre linhas. Para a alface americana, as medidas são de 35 centímetros. Irrigue as hortaliças diariamente de manhã ou final da tarde, dependendo do clima e tipo de solo.

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A Embrapa Instrumentação de São Carlos, em São Paulo, debate hoje o saneamento básico rural no Brasil. Conforme a entidade, aproximadamente 23 milhões de pessoas vivem sem acesso a esgoto canalizado e água tratada na área rural. O pesquisador Wilson da Silva destaca a importância do debate para aprofundar a discussão de temas relacionados ao saneamento rural e de áreas isoladas. “É uma oportunidade de contribuir para um País melhor e igualitário, na erradicação de doenças causadas pela falta de saneamento básico”, afirma.

Qualidade da fruta cítrica está muito boa no Estado

ALFACE

Lisas, crespas, e em diferentes tonalidades de verde ou roxo, as folhas de alface estão prontas para o consumo quando frescas, com aparência brilhante, firme e sem áreas escuras. A alface é adequada para ser cultivada em regiões com temperaturas amenas, entre 20 e 25 graus, mas há no mercado variedades com capacidade para se desenvolver o ano todo. O importante é ter cuidado ao escolher as sementes na hora da compra, de acordo com o clima da época ou da região. Altas temperaturas e muita luminosidade provocam o florescimento precoce. O plantio de alface pode ser realizado tanto em pequenas hortas caseiras quanto em grandes áreas. No verão, a colheita ocorre em períodos de 60 a 70 dias depois do início do cultivo e, no inverno, se estende em torno de 80 a 90 dias.

Mais de 20 milhões vivem sem acesso a saneamento básico no meio rural

Contratar entidades para desenvolver ações de apoio às mulheres por meio do fortalecimento da participação feminina nos espaços gestão social e do estímulo à auto-organização. Este é o objetivo da Chamada Pública nº 02/2013 - Apoio às mulheres rurais no desenvolvimento territorial com perspectiva de gênero, lançada no dia 24 de outubro pela Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais do Ministério do Desenvolvimento Agrário. As propostas deverão ser apresentadas no Portal de Convênios - SICONV (www.convenios.gov.br/ portal) - Apoio ao planejamento e gestão social com perspectiva de gênero no desenvolvimento territorial rural, pelo Código do Programa no SICONV -4900020130129 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), até o dia 7 de novembro de 2013. A relação final das propostas aprovadas será divulgada pela Diretoria de Políticas para as Mulheres Rurais na semana de 11 a 15 de novembro de 2013, no endereço: www.mda. gov.br.

Entregue pedido de desoneração da erva-mate

Dando prosseguimento às reivindicações do setor da ervamate, assolado pela redução da área plantada e pelo aumento do preço, o deputado federal Alceu Moreira (PMDB), que coordena a Bancada Gaúcha no Congresso, acompanhou no dia 16 de outubro, o presidente do Sindimate/ RS, Alfeu Strapassom, e o representante dos Sindimates SC/PR, Jorge Birck, em reuniões nos ministérios da Agricultura e da Fazenda. Reunidos com os secretários

Caio Rocha, do Desenvolvimento Rural, e Neri Geller, da Política Agrícola, o grupo pediu o apoio na reinstalação da Câmara Setorial da Erva-mate e na elaboração da nota técnica que deve embasar a decisão do governo sobre o pleito das isenções tributárias. Na Fazenda, com o secretário de Assuntos Econômicos, Fábio Fernandes, foi reiterado o pedido de desoneração do produto, com a entrega de documento assinado pelos coordenadores das bancadas do RS, SC, PR e MS.

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Aumentam as restrições de pesca em usinas da Ceriluz Está em vigor desde o dia 1º de outubro o período da piracema nos rios que integram a bacia do rio Uruguai, o que inclui o Ijuí e seus afluentes. Este fenômeno se caracteriza pelo processo de reprodução de peixes na natureza e traz uma legislação mais rígida sobre a pesca, especialmente em usinas hidrelétricas, com restrições se estendendo até o dia 31 de janeiro de 2014

A Usina José Barasuol disponibiliza escada de peixes (abertura à esquerda) para viabilizar a transposição da barragem

Durante o período da piracema, entre os meses de outubro e março, os peixes sobem os rios em direção às nascentes com o objetivo de se reproduzirem. O fato destes peixes se tornarem bastante ativos e nadarem em grandes grupos até a exaustão os tornam muito suscetíveis aos pescadores. Em razão disso, a legislação define uma série de restrições para a pesca neste espaço de tempo, objetivando a garantia da perpetuação das diferentes espécies de peixes. Um das áreas onde as proibições à pesca se tornam mais abrangentes são as estruturas de usinas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas da Ceriluz: PCH Usina Nilo Bonfanti, no rio Buricá; PCH José Barasuol e PCH RS-155, ambas no rio Ijuí. Enquanto que durante o restante do

ano a pesca próxima a qualquer estrutura destas usinas é proibida a 200 metros de distância, neste período a proibição passa para uma distância de 1.500 metros. Consciente da responsabilidade que tem em preservar os rios, uma vez que se utiliza da água para gerar a energia elétrica, além de proibir a pesca durante todo o ano próximo a suas estruturas, a Ceriluz adota ainda medidas que visam minimizar os impactos causados por suas usinas. Na Usina José Barasuol, por exemplo, tem instalado um mecanismo de transposição, ou seja, uma forma de prover uma via que permite que os peixes ultrapassem a barragem, conhecida como escada de peixes. Trata-se de um canal lateral, dispositivo que mais se aproxima das condições naturais,

Cooperativa apresenta projeto de granja coletiva para aumento de produtividade Durante a Interiorização do Governo do Estado, que aconteceu no dia 25 de outubro, o governador Tarso Genro, acompanhado do secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, participou, no município de Encantado, da apresentação do programa de Incentivo à Instalação de Granjas Coletivas de Produção de Leite e do anúncio de adesão da Cooperativa dos Suinocultores de Encantado (Cosuel) ao Fundopen, no valor de R$ 43 milhões. O presidente executivo da Cosuel, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, disse que o programa de incentivo à instalação de granjas, pioneiro no Brasil, pretende reunir produtores em um empreendimento de produção associativa, proporcionando o aumento da produtividade e da renda dos associados. Além disso, o projeto, alicerçado no conceito de coletividade, assegura acesso à assistência técnica intensiva, maior qualidade do leite e a melhores preços, levando melhor qualidade de vida aos agricultores. É dimensionado para 262 animais e envolve cerca de 15 famílias, as quais hoje produzem leite de forma independente, com dificuldades de mão de obra, idade avançada, escala de produção mediana/baixa, fadadas a deixarem a atividade num futuro próximo.

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com declividade suave e bancos de pedras artificialmente colocados, simulando a formação de corredeiras. O canal é em forma de calha, com extensão de 57,8 m e altura de 1,15 m e possui quatro tanques de descanso com 75 cm de profundidade em média. Também pensando na preservação dos peixes a Cooperativa mantém uma estação telemétrica na Usina RS-155, aderindo ao programa Peixes Migradores da Bacia do Rio Ijuí, solicitação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O objetivo desta proposta é permitir entender o deslocamento destes animais e suas rotas, para propor estratégias de manejo e conservação para as espécies e para quem vive da pesca. Para realizar este estudo, um significativo número de peixes com transmissores de rádio foram soltos no rio Ijuí e alguns comprovaram um deslocamento de mais de 200 quilômetros. Na mesma linha de pesquisa das espécies acontece o Programa de Resgate da Fauna Íctica (peixes) em períodos alternados do ano (inverno/verão) para avaliar quais povoam os rios da bacia. Algumas restrições à pesca no período: O período da Piracema traz mudanças no que é permitido e o que não é permitido em relação à pesca. Fique atento, pesquise e busque se informar, para evitar danos ao meio ambiente e transtornos para si. Mas, acima

de tudo, tenha a consciência de que pescar nesse período não representa apenas um crime ambiental, mas interfere na população dos peixes para as próximas gerações, prejudicando todo o ecossistema. Mais informações ou denúncias de pesca ilegal podem ser obtidas ou feitas pelo telefone (55) 3322 8305, na Patrulha Ambiental de Cruz Alta. Veja abaixo um resumo das principais proibições: • A pesca é proibida a 1.500 metros de qualquer estrutura de usinas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas da Ceriluz: • Também é proibida a pesca a uma distância de 1.500 metros de confluências de rios, córregos e canais; • É proibido o uso de redes, boia louca e espinhéis, podendo ser utilizados apenas linha de mão, caniços ou varas com carretilhas ou molinetes, sendo apenas um apetrecho por pescador, respeitando as distâncias citadas; • A tolerância é de cinco quilos de pescado; • Devem ser utilizadas apenas embarcações sem motor; • A legislação ambiental define punições nas esferas administrativa, cível e penal, cabendo a apreensão dos apetrechos e multas, a indenização à sociedade e a reclusão do infrator (1 a 3 anos). O que acontece na Piracema?

Fatores como temperatura da água (entre 26 e 28 graus), enxurradas causadas por chuvas que aumentam o nível da água, e a ampliação da quantidade de horas de luz por dia, estimula a hipófise - órgão que comanda todo o processo de reprodução dos peixes - a intensificar a produção de hormônios. Cada espécie de peixe necessita de um determinado espaço de migração para conseguir chegar ao estágio de reprodução e empreende uma luta contra a correnteza. Superando todos os desafios durante o percurso, como cachoeiras e barragens, em exaustão as fêmeas amadurecem os hormônios e liberam os ovos na água, enquanto os machos derramam o sêmen. Acontece então a fecundação. Levados pela correnteza, os ovos fecundados eclodem (nascimento dos peixes) cerca de 20 horas após a desova. Os alevinos (larvas de peixes) nascem com uma reserva de nutrientes (saco vitelino) que dura nos dois a três primeiros dias de vida. Através da correnteza são levados para as lagoas marginais, ficando ali pelo prazo de um ano, até a próxima cheia, quando estes peixes, agora jovens, voltam para o leito do rio. Com o passar dos anos e atingindo o grau de maturação para reprodução, repetirão o mesmo ciclo de seus pais. O ciclo de reprodução dos peixes de piracema acontece todos os anos entre outubro e março e representa um exemplo de luta pela vida.

Governador assina decreto para incentivo de R$ 4,2 milhões à expansão de cooperativa Durante a passagem da comitiva da Interiorização do Governo do Estado por São Lourenço do Sul, este mês, o governador Tarso Genro assinou decreto que autoriza incentivos fiscais no montante de R$ 4,2 milhões pelo Novo Fundopem para expansão da Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar). Com a iniciativa, pelo menos 43 novos empregos devem ser gerados na região. Por meio do incentivo, as cooperativas podem utilizar até 100% de ICMS gerado para o pagamento de investimentos realizados. O governador afirmou que o momento é de comemoração: “Só se pode celebrar quando paira uma política acima de diferenças regionais e das diferenças partidárias e que beneficia a população, gerando emprego e renda”.

As dificuldades pelas quais as cooperativas gaúchas vinham passando até 2011 e as políticas públicas de incentivo à recuperação também foi ressaltada durante a visita à Coopar. “Não podíamos mais esperar incentivo de fora e sabíamos que não poderia ser mais como antes, quando as cooperativas entravam no Fundopem porque não se tinha uma concepção de desenvolvimento que contemplasse esses agricultores”, afirmou Tarso. O vice-governador Beto Gril disse que o foco da Interiorização é o desenvolvimento do Estado. “Essa cooperativa, que estava a ponto de fechar as portas, é um exemplo de futuro na Região Sul, para que as pessoas acreditem que é possível mudar essa realidade”. De acordo com o presidente da Coopar, Zilmar Caetavo, foi pre-

ciso muito apoio para reerguer a cooperativa. “Isso só é possível porque temos um governo estadual que acredita na agricultura familiar e nas cooperativas”, apontou. Também presente ao ato, o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, explicou que o Novo Fundopem está no Plano Safra estadual e contempla nove projetos à disposição das cooperativas e dos produtores. “Não era possível deixar a agricultura a mercê dos grandes grupos. Este investimento vai melhorar a vida dos agricultores, melhorar a renda, gerar ICMS e permitir que fiquem aqui e se desenvolvam com a certeza da continuidade do trabalho”, comemora o prefeito de São Lourenço do Sul, Daniel Raupp.

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