Divulga Ciência - Outubro/2011

Page 1

Jornal do Inpa SSeem

Manaus, Outubro 2011 - Ano III - Ed.16- ISSN 2175-0866

www.inpa.gov.br

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Inpa

an a N dde Cma e Ciiê n na ê ncciia e Na ac on a e TTe c ciio all e cnnool o na l oggiia a

A solenidade de abertura aconteceu na manhã do dia 18, às 10h, no Auditório da Ciência

Pág. 04 Foto: Eduardo Gomes

Foto: Eduardo Gomes

Foto: Eduardo Gomes

Foto: Eduardo Gomes

Jogos didáticos e sobrevivência na selva são atrativos na SNCT

Circuito das Tartarugas da Amazônia investiu em diferentes atrativos na SNCT

SNCT divulgou curiosidades sobre energias alternativas e peixes amazônicos no Inpa

Instituições parceiras realizaram exposições de seus projetos no Inpa, em estandes que fizeram parte da “Aldeia do Conhecimento”, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Amazonas

Fotos, pinturas, cinema e o contato imediato com as tartarugas foram alguns dos atrativos utilizados na tática de conscientização ambiental no estande do projeto Tartarugas da Amazônia

O conhecimento sobre a importância da piscicultura para o Estado, além das diferentes formas de produção de energia, foram apresentados aos visitantes que passaram pela “Aldeia do Conhecimento”, no Campus I do Inpa Pág. 03

Pág. 08

Boa leitura Nascimento da Irapuca

Pág. 02

Pág. 07

Inpa e Ampa realizaram Reintrodução de Peixes-bois da Amazônia Pág. 02

II Seminário de Inovação e Extensão Tecnológica foiu ministrado no Inpa

Pág. 02

Seminário público sobre abelhas no Inpa Pág. 02

“Temos muito que avançar, mas estamos caminhando na direção certa” Pág. 04


Página 02 - Outubro 2011 Expediente Chefe da Divisão de Comunicação Social: Tatiana Lima (MTB 4214/MG) Editor Chefe: Eduardo Gomes - Repórteres: Clarissa Bacellar, Josiane Santos, Eduardo Phillipe e Fernanda Farias Editoração Eletrônica: Flávio Ribeiro - Revisão:Fernanda Farias - Fotos: Anselmo D`Affônseca, Eduardo Gomes e Flavio Ribeiro Tiragem: 1000 - Edição 16 - Outubro 2011 - ISSN 2175-0866. Produção: Assessoria de Comunicação do Inpa/MCTI.

Fale com a redação

+55 92 3643-3100 / 3104 digital.inpa@gmail.com www.twitter.com/ascom_inpa www.facebook.com/inpamct Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação

Tome Ciência Foto: Eduardo Gomes

Foto: Anselmo D’ Affônseca

Acervo Pesquisador

Inpa e Ampa realizam Reintrodução de Peixes-bois da Amazônia

II Seminário de Inovação e Extensão Tecnológica é ministrado no Inpa

Seminário público sobre abelhas acontece no Inpa

Com o slogan “Devolvendo Vidas aos Nossos Rios” a equipe da Associação do Amigos do Peixe-Boi (Ampa) partiu do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI), levando três exemplares de peixes-bois da Amazônia (Trichechus inunguis) para um ambiente de semi-cativeiro no interior do Estado do Amazonas: o Lago Belarmino no município de Manacapuru, 75 km distante de Manaus. Paricatuba, Iranduba e Matupá foram os contemplados para participar dessa primeira etapa. “Oito animais foram avaliados sob critérios de idade, peso, tamanho, baixa domesticação e estado clínico. Desses, escolhemos dois machos e uma fêmea que foram considerados aptos para a soltura”, explica o pesquisador da Ampa, Diogo Souza.

A Coordenação de Extensão Tecnológica e Inovação (CETI) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) promoveu o “II Seminário de Inovação e Extensão Tecnológica como fator estratégico para Amazônia” no dia 26 de outubro, no mini-auditório da Diretoria do Instituto. O Projeto Diagnóstico Tecnológico (projeto INPA/SCUP/MCTI) foi criado pela CETI para aprimorar a gestão das tecnologias desenvolvidas, potencializar os resultados dos projetos de pesquisas e capacitar pesquisadores. ‘‘Precisamos colocar a Amazônia em destaque no mundo, com temas como a preservação da Amazônia e sua biodiversidade’’, destacou o coordenador de extensão do Inpa, Carlos Bueno.

O seminário público intitulado “A recuperação de grandes rodovias na Amazônia pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e seus prováveis impactos sobre a diversidade e conservação das abelhas das orquídeas”, ministrado pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Marcio Luiz de Oliveira, expôs os resultados de estudos realizados em seu curso de pós-doutorado na Universidade Kansas (EUA). Esse tipo de abelha é conhecida por ser polinizadora de outras plantas além das orquídeas, essencialmente florestais e sensíveis ao desmatamento. As rodovias estão entre as causas principais de desmatamento na Amazônia e, por esse motivo, as BRs 163, 230 e 319 serão estrategicamente analisadas.

Boa leitura| Nascimento da Irapuca Com o título “O nascimento da irapuca”, o livro narra o nascimento da nova integrante (a irapuca) de um grupo formado por outros cinco quelônios também existentes na Amazônia: tracajá, iaçá, cabeçudo, mata-mata e a tartaruga-daAmazônia. No livro, as autoras Adriana Terra e Fernanda Rodrigues contam de forma geral, sobre os perigos que os quelônios correm com a caça ilegal e de que forma o homem pode ajudar na conservação do meio ambiente, em uma linguagem regional e educativa, além de vários jogos educacionais no final da cartilha. “Essa cartilha tem o objetivo de sensibilizar crianças e seus familiares sobre todas as questões que envolvem a conservação dos quelônios da Amazônia, procuramos usar os próprios quelônios e suas características básicas para mostrar um pouco de cada bicho e como o homem pode proteger o meio ambiente”, disse Terra.


Especial Semana de SNCT

Outubro - Página 03 SSeem an a N dde Cma e Ciiê n na ê ncciia e Na ac on a e TTe c ciio all e cnnool o na l og i

SNCT divulga curiosidades sobre energias alternativas e peixes amazônicos no Inpa

g iaa

O conhecimento sobre a importância da piscicultura para o Estado, além das diferentes formas de produção de energia, foram apresentados aos visitantes que passaram pela “Aldeia do Conhecimento”, no Campus I do Inpa Foto: Eduardo Gomes

|Eduardo Gomes Da Equipe do Divulga Ciência

‘‘

ra do Amazonas (DARPA), Amanda Curiel, conscientizar os jovens sobre os benefícios que a piscicultura pode propiciar é a primeira etapa, ressaltando que a pesca abusiva pode ocasionar a extinção de algumas espécies. “Primeiramente reduz o extrativismo, pois se as pessoas continuarem a praticar

Além de aliar com o dia a dia, a gente tenta mostrar a praticidade dos equipamentos para os visitantes

uma melhor utilização do ambiente em que eles mesmo vivem, mostrando como utilizar os recursos sem degradar”, enfatizou Curiel. Energia Alternativa Mostrar que Ciência e Tecnologia estão presentes no cotidiano de cada indivíduo da sociedade, foi uma das principais missões do estande “energias alternativas”, coordenado pelo Serviço Social do Comércio no Amazonas (SESC/AM). “Além de aliar com o dia a dia, a gente tenta mostrar a praticidade dos equipamentos para os visitantes”, explicou o professor de biologia, Klaus Montenegro, responsável pela exposição. O professor esclareceu as dúvidas de crianças e jovens que visitaram o estande. E para promover maior interação entre as experiências científicas e a realidade da sociedade, a equipe do SESC optou por sair da sala de aula e aplicar atividades práticas no evento. “Nada mais próprio que trazer a nossa sala de aula para cá. Resolvemos trazer a energia alternativa, dispondo de diversos equipamentos que possam provar esse tipo de energia, não só na teoria como também na prática”, ressaltou.

‘‘

“Olha o pirarucu, tambaqui, jaraqui e matrinxã”. Pode ser que você já tenha escutado essa expressão antes, mas dessa vez não é o carro do peixe que esta passando na sua rua, freguês. Apesar de serem as espécies mais comercializadas e consumidas na região norte do país, muitas crianças e jovens não conseguem reconhecer os peixes que são servidos diariamente em suas casas. Quando a oportunidade surge, mais especificamente em um aquário, fica mais fácil reconhecer, entender as diferenças e principalmente a importância da piscicultura para o Estado do Amazonas. A iniciativa foi um dos destaques entre os estandes da “Aldeia do Conhecimento”, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), um dos pólos que fizeram parte da 8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no Amazonas, pode ser observada na exposição realizada pelo Grupo de Pesquisas Aquicultura na Amazônia Ocidental, de 17 a 21 de outubro. Para a voluntária do projeto Desenvolvimento da Aqüicultura e Piscicultu-

uma sobre-pesca, muitas espécies poderiam correr risco de extinção, ou até mesmo chegarem a serem extintas, então a piscicultura vem exatamente auxiliar nesse sentido”, destacou. As atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Fisiologia Aplicada a Piscicultura, acontecem não somente em eventos de popularização, mas também em cidades ribeirinhas, nos interiores do Estado. “Geralmente nós trabalhamos com ribeirinhos, ensinando a produzir em igarapés, tanques, tanques de rede, ajudando eles a terem


Página 04 - Outubro 2011

Especial Semana de SNCT - Divulga Ciência

Semana Nacional de Ciência SSeem maanna aN e Tecnologia no Inpa Naaccio iona A solenidade de abertura aconteceu na manhã do dia 18, às 10h, no Auditório da Ciência

dde C e Ciiê n ê ncciia e a e TTe c e cnnool o nall l oggiia a

Foto: Eduardo Gomes

“Temos muito que avançar, mas estamos caminhando na direção certa” A declaração foi da mediadora do simpósio de mudanças ambientais globais, Patrícia Pinho Clarissa Bacellar Da equipe do Divulga Ciência

O simpósio “Mudança Ambiental Global: Perspectivas e Avanços Regionais” realizado no dia 13, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), teve com o objetivo de contribuir para uma sinergia entre pesquisadores estrangeiros e nacionais, trabalhando com essa temática.

|Eduardo Phillipe Da equipe do Divulga Ciência

“Hoje um garotinho brinca com um equipamento com a capacidade informacional muito maior que tornou possível colocar o homem na lua. É essa tecnologia, ciência e inovação que procuramos”, foi com essas palavras, proferidas pelo Diretor em Exercício do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Estevão Monteiro, que a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia teve inicio. A solenidade também contou com a presença do secretário executivo adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect/Am), Dalton Chaves; Hugo Mesquita , da Coordenação de Extensão (COXT/Inpa) e da banda do Comando Militar da Amazônia. A SNCT aconteceu desde 2004 em todo Brasil, e esse ano elaborou a temática “Mudanças climáticas, desastres naturais e prevenção de risco”, com o objetivo de mobilizar e discutir com a população, em especial jovens e crianças, os diversos aspectos e as evidências científicas sobre o impacto das atividades humanas no clima do planeta, além

de soluções preventivas mais adequadas a serem apontadas em escalas locais e global. O evento é uma forma de aumentar a integração do Inpa com a sociedade, de enriquecer o diálogo, aumentar a metodologia e tratar questões sobre ciência, tecnologia e inovação. “Tecnologia e inovação estão fazendo parte desse procedimento. É um processo lúdico de promover a ciência, incorporar, trazer, fortalecer e aumentar a integração com toda a sociedade da Amazônia”, afirmou Monteiro. Durante o evento, o Inpa expôs os seus laboratórios, dando aos pesquisadores oportunidade de falar com uma linguagem mais adequada ao público que foi visitar o Instituto. De acordo com Monteiro, a linguagem dos pesquisadores é muito científica, ou seja, a ideia é mudar esse diálogo e torná-lo mais acessível para a comunidade em geral. A SNCT contou com a participação do Instituto por meio do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea), em Brasília.

Exporam uma série de apresentações da comunidade científica, que trabalha não apenas com a Amazônia, mas também com outras áreas que envolvam questões de mudanças ambientais global. O grupo que participou do evento procurou encontrar soluções dos três aspectos que dizem respeito à sustentabilidade regional: viabilidade ambiental, disponibilidades financeiras e aceitação pela sociedade. A Coordenadora Científica do Escritório Regional do Programa Internacional Interação Biosfera - Geosfera (IGBP) e pesquisadora do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CCST/INPE), Patrícia Pinho, atuou como mediadora do evento. Pinho afirmou que a escolha da realização do evento na Amazônia foi estratégica. “Aqui é um lugar, em termos de hotspot, dos mais importantes, se falarmos de mudanças climáticas, não só pelo papel da Amazônia de sequestro de carbono, mas também dos outros diferentes condutores que estão acontecendo agora como o desmatamento acelerado, o estabelecimento de várias áreas de diferentes usos de agricultura, produtos agrícolas, uma perda de biodiversidade absurda e uma diversidade étnica muito grande”, explicou. O simpósio foi uma realização do IGBP em parceria com o Inpe, por meio do Programa de Grande Escala da BiosferaAtmosfera na Amazônia (LBA).


Outubro- Página 05

Pesquisa - Divulga Ciência SSeem

SNCT: Química verde X materiais verdes A temática que prevê a utilização de materiais verdes na intenção de diminuir os impactos ambientais, utilizando a floresta de maneira correta, foi apresentada no pólo do Inpa na 8ª SNCT

an a N dde Cma e Ciiê n na ê ncciia e Na ac on a e TTe c ciio all e cnnool o na l oggiia a

Foto: Eduardo Gomes

Eduardo Gomes |Da equipe do Divulga Ciência

pesquisadora do Instituto, Maria de Jesus Varejão, abordou a temática dos estudos que priorizam o homem, a ciência e a tecnologia, analisando o desenvolvimento das tecnologias e de que forma elas estão inseridas na vida humana. O termo “química verde” está relacionado aos projetos de produtos químicos e pro-

‘‘

O processo é muito mais rápido e os resultados são muitas vezes mais exatos que o método tradicional”, explicou. Os pesquisadores do Laboratório de Química da Madeira do Inpa, desenvolvem pesquisas que resultam na produção de materiais verdes, ou seja, a utilização de resíduos madeireiros, gerando produtos verdes, como é o caso do cimento madeira. Segundo ela, essas alternativas ajudam a diminuir o uso de equipamentos eletrônicos, como o ar condicionado. “Buscamos os recursos naturais renováveis, utilizando tecnologias mais modernas que diminuem a agressão florestal e também os custos”, declarou. Silveira complementou enfatizando que “é mais barato fazer a coisa certa desde o começo, do que consertar depois”. “E olhe que, em alguns casos não é possível consertar o estrago”, disse. Além da movelaria, diversos setores utilizam a construção sustentável, como é o caso da ‘casa ecológica modular para a Amazônia’.

‘‘

“Produzir mais limpo custa caro? não! O que custa caro é o contrário. Poluição, desperdícios, retrabalhos, sempre resultam em perda de energia e matéria-prima, com indesejáveis efeitos diretos sobre os custos da empresa”, declarou o servidor do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI), Jânio Silveira, em sua apresentação na mesa redonda “Química verde X Materiais verdes” que aconteceu na tarde do dia 21, no auditório da biblioteca do Instituto, como atividade inclusa na programação da 8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no Amazonas. É válido lembrar que fugindo das tecnologias tradicionais, a “química verde” não requer reagentes químicos, reduz o tempo de análise, não produz resíduos e não libera gases, ou seja, obtêm os mesmos resultados de uma metodologia tradicional, trabalhando a questão do desenvolvimento econômico, social e principalmente ambiental. A Mesa redonda, coordenada pela

É mais barato fazer a coisa certa desde o começo, do que consertar depois cessos que reduzem ou eliminam a geração e o uso de substâncias perigosas, explicou a cientista. Para Varejão, a utilização de novas metodologias na pesquisa, como a utilização da química verde, ajuda a diminuir o impacto ambiental, utilizando a floresta de maneira correta. “Agora utilizamos apenas resíduos de madeira, não degradando o meio ambiente.


Página 06 - Outubro 2011

Educação e Sociedade- Divulga Ciência

Inpa realiza Educação Ambiental na Semana Nacional de C&T

SSeem

an a N dde Cma e Ciiê n na ê ncciia e Na ac on a e TTe c ciio all e cnnool o na l oggiia a

Com uma linguagem mais acessível, pesquisadores expõem seus trabalhos para a população Foto: Eduardo Gomes

| Fernanda Farias Da equipe do Divulga Ciência

Dutra. No segundo dia de atividades da ram para a caça e para o consumo ileO LEEM abriu as portas dos seus Semana Nacional de Ciência e Tecgal desse mamífero, que está na lista laboratórios e montou várias tendas nologia (SNCT), 18 de outubro, no dos animais que correm perigo de onde a população pode conhecer de Instituto Nacional de Pesquisas da extinção. perto como são feitas as pesquisas Amazônia (Inpa/MCTI), o Laboratório As biólogas Nicole Dutra e Nívea do científicas, sobre genética, explicando de Ecofisiologia e Evolução MolecuCarmo explicaram como e por que o as estruturas moleculares. lar (LEEM) e a Associação boto - vermelho, que é considerado Outra tenda, expôs áudio-visual, Amigos do Peixe-Boi (Ampa) uma lenda da Amazônia, também corre para mostrar as estruturas celulares apresentaram programações nos diferentes tipos de indivíduos, e voltadas para a conscientizaOs estudantes ção do meio ambiente e tenainda mostrou os materiais genéticos essenciais para a geração da vida e das com pesquisas científicas, vão poder conhecer que mostraram um pouco do comunicação entre as células. toda estrutura dos laboratórios O geneticista do LEEM, Ramon que é realizado nos laboratórie nossas pesquisas, os do Instituto. Barros, contou que uma das atividapara que eles entendam des oferecidas pelo grupo, durante a Na tenda dos Mamíferos todo o processo SNCT, foi uma visita guiada pelas Aquáticos, os biólogos da dependências dos laboratórios, onde Ampa em pareceria com o grande perigo de ser extinto. o público pode conhecer melhor a Laboratório dos Mamíferos Aquáticos Apresentaram ainda as princiestrutura que o Inpa tem para desen(LMA), realizaram Educação Ambienpais diferenças biológicas entre o boto volver as pesquisas que realizam atualtal com crianças e jovens, onde falavermelho e o tucuxi, como a sua coloramente. “Os estudantes vão poder ram da importante contribuição que o ção. “Uma curiosidade que explicamos conhecer toda estrutura dos laboratóripeixe-boi, uma espécie endêmica da para as crianças, é o porquê o boto – os e nossas pesquisas, para que eles Amazônia, tem para o equilíbrio do vermelho é chamado de boto cor-deentendam todo o processo. Nós usaecossistema. rosa. Ele ficou assim conhecido por mos uma linguagem mais acessível, Explicaram como é preparada a causa de uma tradução do documentáassim quem sabe eles se interessam forma láctea que os filhotes consorio do Cousteau, que na época o chaainda mais por ciências”, comentou o mem diariamente, como é feito o mou de pink dolphin”, explica pesquisador. manejo deles em cativeiro e alerta-

‘‘

‘‘


Outubro - Página 07

Ciência e Tecnologia - Divulga Ciência

Circuito das Tartarugas da Amazônia investe em diferentes atrativos na SNCT

SSeem an a N dde Cma e Ciiê n na ê ncciia e Na ac on a e TTe c ciio all e cnnool o na l og i g iaa

Fotos, pinturas, cinema e o contato imediato com as tartarugas foram alguns dos atrativos utilizados na tática de conscientização ambiental, no estande do projeto Tartarugas da Amazônia Foto: Eduardo Gomes

| Eduardo Gomes Da Equipe do Divulga Ciência

científico, ressaltando que a pesquisa Um circuito de atividades que abor- desde o pequeno até o grande. Temos não pode ser feita para pesquisadores, davam a temática das tartarugas da o cinema, onde o visitante pode assistir mas sim para a população. “A difusão região, chamou a atenção das cente- filmes infantis, ou até mesmo filmes da pesquisa é fundamental. Uma coisa nas de pessoas que passavam pela das nossas atividades em campo, que nós temos conversado bastante, “Aldeia do Conhecimento”, pólo do montamos o ninho pensando nas crié que se você tem sua pesquisa, e só Instituto Nacional de Pesquisas da anças, onde realizamos pinturas de um outro pesquisador pode acessar Amazônia (Inpa/MCTI) na 8ª Semana rosto, jogos educativos, exposição de ela, isso se torna muito limitante dentro banners, além de apresentar as Nacional de Ciência e Tecnologia de um universo muito maior, onde a ferramentas que usamos em campo (SNCT) no Amazonas. Trata-se do sociedade tem que participar, pois ela para trabalhar, também colocamos estande “Tartarugas da Amazôinfluencia nessas decisões de nia”, instalado na ilha da Tanimbucomo a conservação acontece”, ca, no Bosque da Ciência do InstiResolvemos fazer disse. tuto, que não mediu esforços para uma atividade que pudesse Nas apresentações os pesquiatrair crianças, jovens e adultos. atrair todos os públicos, sadores explicaram que a educaExposição fotográfica, pintura ção ambiental propicia pegar 30 de rosto, desenhos, jogos educatidesde o pequeno até o grande anos de pesquisa e mostrar para vos, painel fotográfico, cinema as pessoas dados contundentes educativo, além de explicações e de, por exemplo, coisas boas e o contato direto com as espécies, em exposição alguns cascos de quecoisas ruins. Umas dessas coiforam ações que garantiram o sucesso lônios”, explicou a educadora ambiensas ruins ressaltadas são os dados de tal do projeto, Fernanda Rodrigues. da atividade. Os membros do projeto tartarugas da Amazônia, pois segundo tartarugas da Amazônia, se preocupaRodrigues, a população esta decaindo ram com todos os detalhes que pudes- Difusão científica e educação ambiental ano a ano. sem atrair e prender a atenção dos “É uma coisa que nós estamos visitantes e estudantes que marcaram Rodrigues explica que a participaobservando e questionando como presença no evento. podemos mudar isso? Somente com a “Resolvemos fazer uma atividade ção da sociedade é fundamental nesse processo de difusão do conhecimento pesquisa?”, incitou a pesquisadora. que pudesse atrair todos os públicos,

‘‘

‘‘


Página 08 - Outubro 2011

Meio Ambiente - Divulga Ciência SSeem

Jogos didáticos e sobrevivência na selva foram atrativos na SNCT

an a N dde Cma e Ciiê n na ê ncciia e Na ac on a e TTe c ciio all e cnnool o na l oggiia a

Instituições parceiras realizaram exposições de seus projetos nos estandes que fazem parte da “Aldeia do Conhecimento” no Inpa, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Amazonas

Foto: Eduardo Gomes

|Eduardo Gomes Da Equipe do Divulga Ciência

didáticos, para que os estudantes possam adquirir um conhecimento mais prático, possibilitando uma complementação do conteúdo trabalhado em sala de aula”, explicou o estudante de Ciências Sociais e membro do Clube, Gustavo Augusto.

‘‘

Guerra na Selva (CIGS) montada nas dependências do Inpa na SNCT, chamou bastante atenção das centenas de pessoas que passaram pelo local durante a SNCT. “Trouxemos particularmente uma amostra do trabalho que realizamos no CIGS, considerado o melhor do mundo”, explicou o 1º tenente Vasconcelos, responsável pelo estande. O CIGS é uma escola que desenvolve um curso de sobrevivência e operações na selva para militares que servem na Amazônia. Como apoiadores e participantes do evento trouxeram para o Inpa uma breve amostra dos utensílios utilizados durante as operações e cursos realizados na região. “Trouxemos o armamento utilizado por tropas amazônicas, alimentação que é consumida na selva, diferentes formas de abrigos, armadilhas, montamos também ao lado do estande um protótipo de estacionamento em selva, pois quando vamos para a selva necessitamos ter um local para dormir e comer”, destacou Vasconcelos.

‘‘

“Com um simples jogo didático, podemos transmitir conteúdo para os estudantes”, foi o que declarou a estudante do curso de Ciências Naturais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Paula Mayara. Realizando uma metodologia que trabalha com jogos educativos, a estudante que faz parte do Clube de Ciências da universidade, ressalta que apresentar a prática é fazer com que as crianças tenham mais uma ferramenta para auxiliar no aprendizado, além da teoria. O Clube de Ciência expõs atividades desenvolvidas pelo projeto, durante toda essa semana, na “Aldeia do Conhecimento”, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). Trabalhar com a divulgação científica em eventos de popularização é uma das atividades realizadas pelo clube. “O Clube de Ciências trabalha com a divulgação científica, participando de palestras e exposições em escolas e outros eventos, levando as amostras de animais e insetos, além dos jogos

Com um simples jogo didático, podemos transmitir conteúdo para os estudante

O Clube de Ciências da Ufam iniciou suas atividades em 1985, na busca de um ensino renovador e participativo, por meio dos universitários do Curso de Licenciatura em Ciências Naturais nas disciplinas “Prática de Ensino de Ciências” e “Instrumentação para o Ensino de Ciências II”, integrando o desenvolvimento do estágio supervisionado. Sobrevivência na Selva Uma tenda do Centro de Instrução de


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.