Porque deve a sociedade estar atenta à invenção? Qual é o papel das instituições de I&D na geração d

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COLUNA SOCIEDADE PORTUGUESA DE ROBÓTICA

PORQUE DEVE A SOCIEDADE ESTAR ATENTA À INVENÇÃO? QUAL É O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES DE I&D NA GERAÇÃO DE INOVAÇÃO? A actividade da inovação não desenvolve novas teorias e nem é responsável pela pesquisa sobre assuntos que se desconhecem. A inovação envolve competências sobre como agregar e integrar diferentes conhecimentos, desenhando-os numa nova configuração que objectivamente satisfaça um mercado ou uma necessidade. A inovação está relacionada com a invenção numa expressão qualitativa que poderá ser expressa através de: Inovação = Invenção + Comercialização ou Implementação Nesta expressão, a palavra Invenção corresponde ao resultado da criatividade de um novo conceito com potencial de utilização num novo serviço ou dispositivo. Com este princípio as invenções são consideradas o produto dos conceitos com origem em ideias com potencial inovador e as invenções podem envolver, ou não, descobertas revolucionárias para o nosso conhecimento. Em muitos casos as invenções fornecem ou criam novas combinações do que é conhecido, integrando esse conhecimento em novas arquitecturas. A Inovação é diferente de uma ideia, de um conceito ou invenção sempre que envolva Comercialização ou Implementação. A inovação envolve algum risco que pode promover o sucesso e a mudança que gera progresso. O processo da sua realização pode ser planeado e controlado. O Instituto Pedro Nunes (www.ipn.pt) tem tido um papel fundamental nesse processo, e é representativo da sua capacidade de criar e apoiar empresas inovadoras. O Instituto Pedro Nunes - Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia (IPN) é uma instituição de direito privado, de utilidade pública, sem fins lucrativos, criada em 1991 na sequência de uma iniciativa da Universidade de Coimbra. Assumindo-se como instituição de interface entre o meio científico e o tecido económico e empresarial, faz a ligação entre estes dois universos, promovendo a transferência de conhecimento para a criação de valor, o desenvolvimento de redes de parcerias baseadas em projectos de desenvolvimento e, sobretudo, transferindo conhecimento e tecnologias. O IPN tem por missão promover uma cultura de inovação, qualidade, rigor e de empreendedores, assente num sólido relacionamento universidade/empresa. Para tal, actua em três frentes que se reforçam e complementam:

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Investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT), consultadoria e serviços especializados;

Incubação de ideias e de empresas;

Formação especializada e divulgação de ciência e tecnologia.

A actividade de I&DT assume uma fulcral importância para o tecido económico e empresarial, contribuindo para garantir inovação nos seus produtos e processos, factor determinante para alcançar capacidade competitiva que, num mercado global, se torna cada vez mais indispensável. A forte ligação que o IPN mantém com a Universidade de Coimbra, fonte de conhecimento por excelência, a par das ligações que estabeleceu com outras instituições do ensino superior, organizações de I&DT e empresas, tanto nacionais como internacionais, colocam o IPN numa posição privilegiada para a condução de actividades de I&DT, em conjunto com as empresas. Para isso dispõe de um conjunto de laboratórios próprios de desenvolvimento tecnológico, em áreas diversificadas, como sejam a Informática, Automação, Materiais, Geotecnia, entre outras, para além do acesso a uma extensa rede de investigadores do sistema científico e tecnológico, em particular da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, alguns deles organizados em núcleos de competências, estruturas mais informais que congregam outras valências e que muito enriquecem a capacidade de resposta do IPN face aos problemas concretos que lhe são colocados pelo tecido empresarial. Através da sua Incubadora de Empresas, recentemente da responsabilidade de uma nova associação sem fins lucrativos, a IPN-INCUBADORA, o IPN estimula a capacidade empreendedora e promove prioritariamente a criação de empresas spin-off, através do apoio a ideias inovadoras e de base tecnológica vindas dos seus próprios laboratórios, de instituições do ensino superior, predominantemente da Universidade de Coimbra, do sector privado e de projectos de I&DT em consórcio com a indústria. Na incubadora, as empresas dispõem de apoio à elaboração do seu plano de negócios, contactos privilegiados com entidades financiadoras, fácil acesso ao sistema científico e tecnológico e, também, de um ambiente que proporciona o alargar de conhecimentos em matérias como a gestão, marketing ou a qualidade e o contacto com mercados nacionais e internacionais. A incubação de ideias e de empresas apresenta um elevado potencial de complementaridade com a actividade de I&DT, sendo uma via de transferência de conhecimento


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