como as microgrids podem ajudar a enfrentar os desafios de energia a nível global
O nosso contexto energético global está em rápida evolução. Edifícios que tradicionalmente apenas consumiam energia, como casas ou imóveis comerciais, estão agora a começar a produzi-la, armazená-la e partilhá-la – aquilo a que chamamos tornar-se um Prosumer (produtor e consumidor de energia).
Também estamos a testemunhar diversas incertezas energéticas em todo o mundo, devido a condições climáticas extremas, à necessidade de resiliência, aos preços voláteis e à disponibilidade tradicional de combustível. Para além disso, deparamo-nos ainda com o facto de que milhões de pessoas que vivem em áreas remotas do nosso planeta ainda não têm acesso direto à energia.
Com tudo isto em cima da mesa, podemos dizer que os nossos desafios coletivos neste novo ambiente de energia incluem a descarbonização (redução e limitação das emissões de carbono), a resiliência sustentável (permitindo que empresas e casas minimizem o seu tempo de inatividade) e o acesso à energia (que passa por fornecer energia às populações do planeta que ainda não contam com ela).
Graças às soluções tecnológicas que impulsionam a eletrificação e a digitalização, agora estamos a escrever um novo capítulo na nossa revolução energética: a Eletricidade 4.0. Tanto para as empresas de serviços públicos que fornecem energia, como para as empresas e casas que a consomem, o conceito de Eletricidade 4.0 dá a todas as pessoas o acesso a um futuro resiliente e livre de carbono, ao otimizar a oferta, a procura e como ambas interagem.
As tecnologias de otimização de energia serão cruciais para nos ajudar a alcançar as nossas metas de descarbonização, resiliência e acesso à energia. Noentanto, precisam de ser capazes de se conetar ecomunicar dentro de sistemas inteligentes de gestão de energia, como asmicrogrids, para que possamos alcançar um verdadeiro sucesso.
1. Crise energética – Os custos de energia instáveis e crescentes impactam negativamente as empresas e as cidades. As interrupções no fornecimento de energia aumentam os riscos de negócios, enquanto o aumento dos custos de energia diminui a lucratividade. As microgrids podem ser vitais para reduzir as ameaças à continuidade de negócio, sendo capazes de gerir da melhor forma os custos voláteis de energia. Sendo um “ microcosmo ” autossuficiente da rede, os sistemas de microgrid são capazes de automatizar e controlar a utilização de energia através de um controlo avançado, gerindo de forma ideal a energia disponível no local. Também potenciam uma maior penetração das energias renováveis, proporcionando maior eficiência no fornecimento de energia, poupanças de energia e redução da pegada de carbono.
globais (e como as microgrids podem ajudar)
As tecnologias de otimização de energia serão cruciais para nos ajudar a alcançar as nossas metas de descarbonização, resiliência e acesso à energia. No entanto, precisam de ser capazes de se conetar e comunicar dentro de sistemas inteligentes de gestão de energia, como as microgrids , para que possamos alcançar um verdadeiro sucesso. Vejamos, então, como as microgrids podem ser aplicadas para ultrapassar 3 dos principais desafios energéticos:
2. Condições meteorológicas extremas – Num contexto em que eventos climáticos extremos e o aumento global das temperaturas elevam a probabilidade de paralisações imprevistas nas atividades, torna-se crítico para as empresas de serviços públicos e os proprietários de edifícios conseguir mais resiliência nas suas infraestruturas de energia. Muitos estão, agora, a considerar soluções de microgrids digitalizadas capazes de recuperar rapidamente em caso de desastre. Por exemplo, quando acontece algum desastre extremo, algumas organizações sem fins lucrativos – como o Footprint Project, do qual a Schneider Electric é parceira – já estão a coordenar implementações de emergência de microgrids, que fornecem acesso a energia e a comunicações às pessoas e organizações afetadas. As empresas de serviços públicos também já contam com microgrids para as ajudar a enfrentar melhor potenciais ameaças de desastres naturais, como incêndios florestais; porque as microgrids descentralizadas ajudam a minimizar a extensão e a gravidade das interrupções quando os incêndios se espalham rapidamente por áreas amplas. No caso de interrupções prolongadas, os sistemas de microgrid podem ser configurados para funcionar como “ilhas” independentes da rede, uma abordagem mais convencional para a resiliência a longo prazo do sistema de energia.