Ficha técnica n.º14: requisitos técnicos gerais, segundo o manual de ITED 2.ª edição de novembro de

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Paulo Monteiro, Formador da ATEC

ficha técnica n.º 14

{REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS, SEGUNDO O MANUAL DE ITED 2.º EDIÇÃO DE NOVEMBRO DE 2009}

A adaptação dos edifícios já construídos à fibra óptica

› instalar o RG-FO no ATE superior;

1› PROJECTO DE ALTERAÇÃO DE EDIFÍCIOS – ITED As infra-estruturas de telecomunicações construídas com base no Decreto Lei n.º 59/2000, e de acordo com as prescrições e especificações técnicas da 1.ª edição do manual ITED, devem considerar na elaboração do projecto e instalação a cablagem de FO. › Na elaboração do projecto da rede colectiva de cabos de FO, deve-se observar: › A rede colectiva de tubagens existente, nomeadamente as dimensões do ATE, dimensões das caixas da CM-PC e CM-CC e respectivos tubos de reserva; › Todos os espaços pertencentes à rede colectiva de tubagens, podem ser escolhidos a albergar o RG-FO, desde que permitam a instalação do secundário e dos primários, pelo menos, de dois operadores, que por sua vez devem estar de acordo com os seguintes critérios baseados na escolha privilegiada do ATE: › se o ATE for constituído por duas caixas, e se existir espaço em cada uma das caixas, por forma o secundário do RG-FO se desdobrar por cada uma, de forma a garantir o espaço necessário à instalação dos primários;

› Instalar o RG-FO em caixas das CM-PC e CM-CC adjacentes ao ATE inferior, desdobrando o primário do 2.º operador, quando não existe espaço no referido ATE;


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A distribuição dos serviços pelas restantes divisões com recurso pode ser com aproveitamento da tubagem existente.

4› INSTALAÇÃO DAS ALTERAÇÕES A instalação deve ter em conta o projecto técnico, e executada de acordo com as boas práticas de instalação e com as regras de arte, salvaguardando os pormenores estéticos de modo a minimizar o impacto visual.

3› PROJECTO DE ALTERAÇÃO DE EDIFÍCIOS PRÉ – RITA Nos edifícios em que não existe qualquer infra-estrutura colectiva de telecomunicações, o projectista deve efectuar uma avaliação das partes comuns do edifício, para assim decidir como se efectuará a implementação da rede colectiva de tubagens. O dimensionamento da rede colectiva de tubagens deve ser feito de acordo com as regras estipuladas para os edifícios novos ou a reconstruir, no que diz respeito à tecnologia de acesso à FO. O ATE deve ser instalado de preferência junto à entrada do edifício, e sempre que possível deve considerar tomadas de energia eléctrica, o seu dimensionamento deve albergar o RG-FO, a tubagem da coluna montante e as caixas de piso. A tubagem a considerar na rede colectiva e individual para a passagem de FO, deve apresentar características de protecção adequadas. › Na elaboração do projecto da rede colectiva de cabos de FO, deve-se observar: › O dimensionamento do secundário do RG-FO deve ser calculado em função do n.º de fogos que constituem o edifício, admitindo no mínimo 2 fibras por fogo; o secundário é comum a todos os operadores; › O dimensionamento dos primários é da responsabilidade dos operadores; › O projecto deve apresentar, em peça desenhada, a distribuição dos dispositivos referentes ao RG-FO, reservando espaço à instalação dos primários do RG-FO; › O projecto das redes de cablagens deve ser baseado na topologia estrela. Para uma instalação rápida e fiável deve-se utilizar cabos pré-conectorizados; › O cabo proveniente do secundário do RG-FO deve ser terminado no interior da fracção, em adaptadores ou caixa terminal adequados; › Os cabos individuais de cliente de duas fibras que terminam em conectores do tipo SC-APC, e podem ser instalados de forma faseada conforme o serviço é contratado; › A rede de tubagens e a cablagem instalada fará parte integrante das ITED e será partilhada por todos os operadores. › Na elaboração do projecto da rede Individual de cabos de FO, deve-se observar: › O projectista deve considerar a utilização de tubagem adequada para a passagem de cabos de FO, desde a caixa terminal até uma tomada de FO a instalar numa das divisões, para a ligação do ONT. A distribuição dos serviços pelas restantes divisões com recurso a cablagem deve ser instalada em tubagem adequada.

› Na instalação da rede colectiva de cabos de FO, deve-se observar o seguinte: Ligação à rede pública de telecomunicações: › Deve ser efectuada através da entrada subterrânea, e se esta existir deve ser utilizada a entrada aérea se existir; › Se não existirem as entradas referidas no ponto anterior ou o espaço disponível para a passagem de cabos não seja suficiente, deve ser construída uma entrada subterrânea; › Também se pode contactar os operadores de forma a avaliar e reformular as redes de acesso, para utilizar cabos de dimensões inferiores e com características idênticas e agora o espaço disponível pode ser utilizado na passagem de cabos de FO. Soluções a ter em conta para a instalação do RG-FO e rede colectiva de cabos de FO: › Se no edifício não existir Coluna montante (CM) para a passagem dos cabos de FO, deve ser construída; se não existir zonas colectivas para a instalação da CM, deve-se utilizar zonas individuais para a passagem de cabos de rede colectiva desde que exista acordo com os ocupantes legais dos fogos; › Se no edifício não existir Coluna montante (CM) mas existam zonas colectivas, a CM deve ser construída de modo a preservar a estrutura do edifício, assim pode-se utilizar calhas ou tubos à vista, recorrendo ao lambril das escadas e caixilhos das portas para acesso aos fogos, sempre que possível; › Se existir CM e o espaço disponível não seja suficiente, devem ser reformuladas as redes de acesso, para utilizar cabos de dimensões inferiores e com características idênticas e agora o espaço disponível pode ser utilizado na passagem de cabos de FO; › No ATE e caixa do RGE, onde se pretende colocar o RG-FO, devem ser adoptadas estratégias de forma a aumentar o espaço disponível, para isso será possível alterar a disposição dos dispositivos das redes existentes no edifício. Também podem ser alterados os dispositivos de ligação e distribuição por outros de características idênticas mas com dimensões inferiores e a concentração de vários num só, garantindo a funcionalidade das respectivas redes. › Na elaboração do projecto da rede Individual de cabos de FO, deve-se observar: Se não existir qualquer tipo de tubagem para telecomunicações, a cablagem de FO deve encaminhar-se por calhas com recurso a rodapés e aros de portas existentes e a passagem junto de paredes até um ponto aceitável de acomodação dos equipamentos activos. BIBLIOGRAFIA › Manual ITED ( Prescrições e Especificações Técnicas ) - 2.ª edição, 24 de Novembro de 2009 pela ICP-ANACOM.


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