Consultório electrotécnico

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CONSULTÓRIO ELECTROTÉCNICO 159

revista técnico-profissional

o electricista IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

consultório electrotécnico O “Consultório Técnico” visa esclarecer questões sobre Regras Técnicas, ITED e Energias renováveis que nos são colocadas via e-mail. O e-mail consultoriotecnico@ixus.pt está também disponível no website www.ixus.pt. Aguardamos as vossas questões. Nesta edição publicamos as questões que nos colocaram entre Dezembro de 2010 e Fevereiro de 2011. P1: Fiz um projecto ITED para uma moradia de nível sócio-económico acima da média. Obtive 20 tomadas de Par de Cobre e 14 tomadas de Cabo Coaxial. Tenho ideia que não existem no mercado ATI’s com tantas saídas. Acham que seria melhor um Bastidor? No caso de optar por um Bastidor, continua a ser obrigatória a caixa CATI, ou o Bastidor substitui o ATI e o CATI? R1: Em resposta ao solicitado, informa-se que pode aplicar um bastidor. Quanto à substituição da CATI, a CATI não existe, só existe se o ATI não tiver espaço suficiente para alojar até dois operadores, nesse caso é que se aplica a dita CATI. No caso do bastidor se ele tiver espaço suficiente para depois alojar dois operadores não existe necessidade da aplicação da CATI. P2: Tenho neste momento um projecto em mãos de uma recepção e umas instalações sanitárias, um pouco afastadas da Recepção, de um Parque Urbano onde já tem as infra-estruturas exteriores efectuadas. Tenho um Armário de Distribuição com uma reserva, posso utilizar esta reserva para alimentar a Recepção e desta alimentar as Instalações Sanitárias, certo? Utilizando o calibre necessário, pois no AD apenas tem reserva não tendo calibre definido? R2: Tratando-se de um parque urbano que pressupomos ser público, as infra-estruturas de electricidade estarão sob gestão do distribuidor local de energia eléctrica. Nestes pressupostos, deverá contactar o distribuidor de energia para verificar a possibilidade da alimentação a partir do referido armário de distribuição. Obviamente que as instalações sanitárias serão alimentadas com um quadro eléctrico dedicado, com as protecções adequadas aos circuitos existentes e à protecção de pessoas contra contactos indirectos (protecção diferencial de alta sensibilidade), existindo também a respectiva portinhola e o respectivo equipamento de contagem de energia. A alternativa será a alimentação a partir da instalação existente (recepção) com os requisitos adequados ao lançamento do circuito de alimentação.

P3: Não, penso que é privado, pois tem um Armário de Distribuição apenas para a Iluminação Pública. Sendo assim não necessito de contactar o Distribuidor de Energia, certo? Se a potência da Recepção e das Instalações Sanitárias não passar os 50 kVA, não necessito de apresentar Projecto de Licenciamento, mas apenas a Ficha Electrotécnica, correcto? R3: Analise bem se é um condomínio privado ou não, caso contrário pode ser mesmo público. Se tiver de apresentar a Ficha Electrotécnica (abaixo de 50 kVA não necessita de projecto aprovado) então está no domínio público e deverá contactar o distribuidor de energia local. P4: Tenho de fazer a infra-estrutura de telecomunicações de uma recepção que está inserida dentro de um parque Urbano, onde já tem uma CV2, nas infra-estruturas exteriores. Posso fazer directamente a ligação desta CV2 ao meu ATE na recepção, certo? R4: No Manual de ITED é obrigatório a caixa de visita multi-operador, no entanto se existir uma caixa da rede exterior (ITUR), na proximidade pode-se ligar directamente e mencionar tal execução, que a caixa (CVM) é a caixa existente na rede ITUR. P5: Quero colocar um questão sobre selecção de descarregadores de sobretensão que é a seguinte: numa instalação dotada de pára-raios, na origem da instalação deve existir um descarregador de sobretensões do tipo I, para a onda 10/350 a minha dúvida é qual o nível de protecção (Up) que este deve possuir? Deve ser de 6 kV tal como indicado no QUADRO 44B das RTIEBT para uma instalação trifásica 230/400V? Por exemplo um descarregador com Up=2,5kV, tipo I, onda 10/350 está apropriado a ser instalado na origem de uma instalação dotada de pára-raios? Outra dúvida é no dimensionamento da corrente de choque (Iimp) é possível esclarecer como é determinada a escolha deste factor?


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