Recolha de resíduos eléctricos e electrónicos: amb3e ultrapassou as metas de recolha em 2008

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REPORTAGEM

revista técnico-profissional

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o electricista Helena Paulino

recolha de resíduos eléctricos e electrónicos

{AMB3E ULTRAPASSOU AS METAS DE RECOLHA EM 2008}

A Amb3E, entidade gestora de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, no seu segundo ano completo de actividade já ultrapassou as metas impostas, com uma organizada e distribuída rede de locais de recepção e uma boa sensibilização junto dos consumidores. Para 2009 prometem crescer ainda mais. Em 2008, a Amb3E contabilizou 33 mil toneladas de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos recolhidos, com uma rede de locais de recepção e recolha que contabilizou no final do ano, mais de 340 locais. No entanto, Fernando Lamy da Fontoura avisou que o objectivo ainda é maior: “na licença atribuída pelo Estado Português tínhamos de ter 250 locais de recepção e recolha, número que ultrapassámos, mas para o final deste ano as nossas ambições são de aumentar para os 500 locais de recolha e recepção de REEE.” A Amb3E preocupa-se com o número de locais de recepção, e para além disso, também se preocupa que o cidadão comum saiba onde eles se encontram, e por isso disponibilizam no seu site um programa que permite localizar o centro de recolha mais próximo do local onde se encontra o cidadão, e até lhe fornece as coordenadas para chegar lá o mais rápido possível. Um dos mais importantes e mais conhecidos, até pelas inúmeras campanhas de comunicação feitas, são os Ponto Electrão existentes em quase todos os centros comerciais do país. “O ano de 2008 foi francamente positivo para a Amb3E, na medida em que ultrapassámos as metas traçadas pela União Europeia – 4 kg/habitante/ano – para a valorização deste tipo de resíduos. Conseguimos, ainda, aumentar a nossa rede de locais de recepção para os 349, número superior ao estabelecido pelo Estado Português na nossa licença de actividade”, referiu Fernando Lamy da Fontoura, Director Geral da Amb3E. E concluiu, “para 2009 não vamos exigir menos do que o que alcançámos até agora: ultrapassar as metas comunitárias, de forma a posicionar Portugal como um dos melhores entre os seus pares da União Europeia.”

PARCERIAS FUNDAMENTAIS As autarquias também são um bom ponto de chegada dos resíduos em final de vida, e por isso mesmo, a Amb3E durante o ano de 2008 também se dedicou a estabelecer contratos com autarquias de todo o país com vista a uma parceria. Neste momento, apenas 5 sistemas municipais ainda não aderiram, no entanto, nessas zonas a Amb3E já estabeleceu contratos com empresas privadas de recolha e também com os bombeiros, o mesmo acontecendo nas zonas onde as autarquias colaboram activamente com a Amb3E. O objectivo é, segundo o Director-Geral da Amb3E cobrir integralmente o país facilitando ao consumidor a deposição dos REEE. Os operadores logísticos também são parceiros importantes em todo este processo, e a Amb3E já conta com 49, que recolhem e transportam todos os resíduos recolhidos até às unidades de tratamento e valorização do território nacional. Mas, outra das novidades apresentadas nesta conferência é que as unidades de tratamento e valorização já não se situam apenas no continente. Nos Açores já há uma unidade de tratamento e valorização, o que permite à Amb3E uma poupança significativa na logística do transporte de resíduos dos Açores, que depois de tratados são de lá expedidos para empresas, para reutilização. Neste momento, também está em curso a possibilidade de assinar contrato com uma unidade de tratamento de resíduos na Região Autónoma da Madeira, e aqui as vantagens são igualmente relevantes para a Amb3E. Mas também para ambas as Regiões Autónomas há vantagem na implementação destas unidades de tratamento e valorização porque significam a criação de emprego e originam actividades economicamente importantes.


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