Revista Perto de Casa ed27

Page 1

Revista Perto de Casa - ed.27

Edição 27, ano 7 | Outubro 2015 | Distribuição gratuita

1

40 anos

da banda Som da Terra

Marília Mendonça e a música que alimenta

Aventura Perto de Casa

conheça o Vale do Catimbau

Feiras Literárias “Cordilheiras no Mar

Pernambuco: um banho de literatura

- A fúria do Fogo Bárbaro", um lme de Geneton Moraes


2

Revista Perto de Casa - ed.27

Carta ao Leitor De repente, é hora de pegar o balde e a vassoura para limpar todos os cômodos. Todos os incômodos. Parar o agito e aquietar-se em momentos de sensatez. Varrer o que faz mal e recorrer a um bem maior: a esperança. Mas recorrer no vazio não muda nada. É preciso mudar de atitude diante das circunstâncias mais difíceis. Desejar o bem ao próximo, ao nosso país e ao mundo, como um todo, pois, na verdade, estamos todos juntos girando numa mesma órbita, num mesmo destino. Destino esse que não repara posições, nem brilhos, nem crachás, mas apenas atitudes. Quando vejo pessoas esbravejando, xingando, amaldiçoando seja lá quem for, penso no mal dessa energia negativa para todos que estão ao redor, para a comunidade e para o mundo. Neste último trimestre do ano eu desejo que todos procurem agir de forma diferente. Sim, há uma crise, uma crise política, social, ideológica, que anda fazendo mal à população, despertando ódio sem precedentes e animosidades sem sentido. Acredito que todos só desejam uma coisa: que o Brasil dê certo. Para isso não há partidos. Como sempre digo, meu partido é o Brasil e minha religião é o amor. Façamos o melhor de nós mesmos. Muitas vezes, é na crise que passamos a pensar diferente, a agir diferente e a mudar de atitude em relação às nossas próprias convicções. Desejo também que as pessoas guardem seus preconceitos num buraco muito fundo, onde ninguém possa achar, nem mesmo elas, e que não desejem nem façam aos outros o que não querem sentir na própria pele.

EXPEDIENTE Revista Perto de Casa edição 27, ano 7. www.pertodecasa.rec.br Recife - PE Direção e redação: Taciana Valença Jornalista responsável: Sandra Abreu Revisora: Salete Rêgo Barros Colaboradores: Carlos Bezerra Cavalcanti, Daniela Vaz, Rominho (Som da Terra), Salete Rêgo Barros, Everardo Norões, Mônica Reis, Daniela Reis, Viviane Torquato, Geneton Morais, Amin Stepple, Marta Cavalcanti, Fernanda Lima e Bruna Resende. Projeto Gráfico e Diagramação: Chilli Comunicação Capa: Banda Som da Terra por Kaká Morais Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Brascolor Gráfica

Para anunciar: Taciana Valença 81 99689.1994 | 99214.4500 taciana@pertodecasa.rec.br pertodecasa@hotmail.com

Chilli Comunicação

TACIANA VALENÇA Diretora e redatora

Vamos então agitar os lençóis, tirar o mofo que se formou na acomodação dos tempos ditos mais fáceis, e mudar de atitude em relação ao momento. Alegria, disposição e vontade de fazer o melhor pode fazer toda a diferença. Lavar todos os cômodos da alma e seguir em frente, confiante, pois dias melhores virão. Boa leitura para todos, e que essa reta final de 2015 seja uma alavanca para grandes mudanças em 2016, principalmente em nós! Termino com uma frase que resume meu pensamento: “A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas”. (Horácio) Grande abraço.

Você encontra a Revista Perto de Casa aqui: Banca Boa Forma (Rua do Futuro, Box 6) F: 81 3441.0109 Praça da Jaqueira Banca News (Shopping Plaza) - F: 81 3442.2483 Banca 17 de Agosto - F: 81 9954.8160 Livraria Modelo (Praça do Entroncamento) F: 81 3087.3366 Livraria Jaqueira (Rua Antenor Navarro, 138) F: 81 3265.9455 On Time (Av. Rosa e Silva, 2000) F: 81 3268.6741 Restaurante Parraxaxá (Rua Igarassu, 40 Casa Forte) F:81 3268.4169 Cultura Nordestina - Letras e Artes (Rua Sérgio Magalhães, 54 Graças) F: 81 3243.3927 Você também encontra a Perto de Casa em todos os nossos anunciantes, além de laboratórios, consultórios médicos, padarias e diversos outros pontos do Recife. A revista Perto de Casa é distribuída gratuitamente. Os textos são de responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo necessariamente a opinião da revista.

facebook.com/revistapertodecasa Se você tiver leitor de QR CODE, utilize na imagem

81 3204.5051 contato@chillicomunicacao.com.br

twitter.com/perto_de_casa canal: TacianaPertodeCasa


CAPA

SUMÁRIO

15 Terapia Verde

Por Viviane Torquato

4 Feiras Literárias

18 Cinema brasileiro

Pernambuco sedia grandes feiras literárias

Cordilheiras no Mar - A Fúria do Fogo Bárbaro

6 Lendo nossos escritores

20 Saúde

Everardo Norões

Zumbido tem solução

8 Nossos artistas,

21 Mulheres em destaque

nossas riquezas Por Cássio Cavalcante

Flávia do Rego Barros e Jair Martins

9 Artistas da terra

22 Vale do Catimbau

Allan Sales e Monyque Munir

Por Daniela Reis

10 Fazendo a diferença

24 Concurso Literário

Marília Mendonça e o projeto social Música que Alimenta

Infantil

12 Bem-Estar Arteterapia, por Mônica Reis

O bairro da Boa Vista, por Carlos Bezerra Cavalcanti

Rua José de Alencar n. 670 - Ilha do leite Fones: (81) 3023-5612 / 9943-4211 contato@kakamorais.com.br www.kakamorais.com.br

Escolha a melhor ideia:

EDUCAÇÃO! Na volta às aulas escolha o melhor material escolar de marcas conceituadas. E os livros com o mesmo preço da editora. Aproveite e leve o material do seu escritório, inclusive artigos para informática.

por Rominho (vocalista)

“Pernambuco num só coração” é o projeto que nasceu de uma iniciativa da Banda Som da Terra, em meio às comemorações dos seus 40 anos de carreira, com o objetivo de estimular a união dos artistas pernambucanos em prol do crescimento e fortalecimento de nossa música, em todas as suas vertentes. Ao mesmo tempo, dar um novo impulso à divulgação da cultura do Estado, através de um projeto que viabiliza a participação maciça desses artistas, cujo trabalho pode ser condensado em um único produto a ser disseminado em todo o Estado de Pernambuco, especialmente nas escolas públicas, com o intuito de despertar nas crianças e jovens o sentimento de ufanismo pelas nossas raízes culturais. Realizar este projeto foi muito gratificante, o que nos deixa orgulhosos pela oportunidade de compartilhar a nossa alegria com os artistas que, de forma extremamente lisonjeira, atenderam ao nosso convite e resolveram participar efetivamente do projeto abdicando, inclusive, dos direitos de imagem, bem como dos direitos autorais de suas obras. Ressaltamos que tal atitude jamais passará despercebida aos nossos olhos e aos do povo pernambucano, pois temos a certeza de que eles contribuíram de forma incomensurável para a realização da maior celebração da música pernambucana já vista em todos os tempos. Esses artis-

Revista Perto de Casa - ed.27

período delicado para pais e filhos

tas são, sem dúvida, o maior patrimônio vivo da Cultura de Pernambuco. Daqui pra frente, os objetivos da Banda já estão bem delineados e definidos: é dar prosseguimento aos ajustes necessários à edição do material captado do CD/DVD, com o intuito de finalizar o projeto e, posteriormente, marcar a data de lançamento. Concomitantemente, pensar no Carnaval 2016 é uma de nossas metas, mesmo porque as prévias das festividades carnavalescas do próximo ano já estão batendo à nossa porta, nas primeiras semanas de janeiro. O que também podemos adiantar é que a música da Banda Som da Terra para o Carnaval 2016 já está pronta, e que deverá ser lançada no próximo mês de novembro, para divulgação, em todas as rádios do Estado e de outras regiões.

Foto: Kaká Morais

17 Adolescência: um

Gravação dos 40 anos da Banda Som da Terra

Foto:Hans Von Manteuffel

por Marta Cavalcanti

3 Capa

14 História

5

Banda: Alexandre Vicente (Jacaré), José Carlos, Wilson Pessoa, Seu Kayto e Rominho


feiras literárias

7

Em Verdes Mares da Palavra por Cássio Cavalcante

Felipe Abreu, Salete Rêgo Barros, Alexandre Santos e Taciana Valença

Foto: Marta R. Arabyan

Foto: Julio Marcelo Guimarães

Revista Perto de Casa - ed.27

Aconteceu nos dias 6 a 9 de agosto último, a I Flipojuca - Feira Literária do Vale do Ipojuca, com curadoria geral de Eduardo Côrtes, e literária de Cássio Cavalcante, numa das praias mais charmosas do mundo - Porto de Galinhas, que se transformou na república da palavra. A homenageada do evento foi a ipojucana Marly Mota. A abertura foi marcada pela entrevista entre o escritor Cássio Cavalcanti e a coerente atriz e escritora Maria Paula, assim como o lançamento do livro Liberdade Crônica de autoria da entrevistada. Por lá passaram nomes como Antônio Campos, Raimundo Carrero, Lucila Nogueira, Luzilá Gonçalves Ferreira, Nelly Carvalho, Selma Vasconcelos, Carlito Lima, Ovídio Poli Junior, entre outros. Destaque para performance poética com o ator Adriano Cabral e as magníficas meninas Bernadete Bruto, Taciana Valença e Vera Nóbrega. No comando do cordel encantado, Altair Leal. A feira contou com estandes das editoras Carpe Diem, Novoestilo Edições do Autor e Livraria e Sebo Armorial. Biografias, Cangaço, meio ambiente e a importância literária foram alguns dos temas abordados. O espetacular recital da Marcus Accioly encerrou o evento com chave de ouro. Que os bons ventos literários tragam cada vez mais a palavra para perto de nós.

Lucila Nogueira e Luzilá Gonçalves Ferreira. A literatura se abraçou na I Flipojuca.

Ovídio Poli Junior, Eduardo Côrtes e Carlito Lima discutindo a importância das feiras literárias.

Taciana Valença, Bernadete Bruto, Vera Nóbrega na performance sobre Clarice Linspector.

Foto: Julio Marcelo Guimarães

Foto: Folha Cultural

Cássio Cavalcante entrevistando Maria Paula.

O segundo semestre costuma ser o mais movimentado para o cenário literário pernambucano. Os eventos, tanto na RMR quanto no interior do Estado, começaram em agosto, com a Feira do Livro do Vale do São Francisco, a Semana Sesc de Literatura Contemporânea, o Festival Recifense de Literatura A Letra e A Voz, que homenageou este ano o escritor paraibano Ariano Suassuna, a Flipojuca, que teve a curadoria geral de Eduardo Côrtes, realizada em Porto de Galinhas – Ipojuca. Das novidades, há o surgimento da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), que aconteceu no final de agosto, organizado pela Cepe Editora e pela Andelivros, e curadoria geral do jornalista Evaldo Costa. Em setembro, a Flipo, também na praia de Porto de Galinhas, realizada pelo escritor Alexandre Santos, sediou o Congresso Mundial de Engenheiros Escritores e o Encontro Pernambucano de Escritores.

Bernadete Bruto e Krystiane Nunes

Em outubro, a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco comemorou os seus 20 anos de existência com uma ampla curadoria: Schneider Carpeggiani, Alexandre Furtado, Geórgia Alves, Raimundo Moraes, Cida Pedrosa e Sennor Ramos. Para finalizar, em novembro, a Fliporto irá homenagear a literatura de expressão portuguesa e um de seus mais expressivos poetas, Fernando Pessoa. Será realizada entre os dias 12 e 15 de novembro, no Colégio São Bento, em Olinda.

Revista Perto de Casa - ed.27

6


LENDO NOSSOS ESCRITORES

9

A rua do Padre Inglês

EVERARDO NORÕES Everardo Norões é cearense radicado no Recife. Escritor, poeta, pesquisador, cronista e tradutor, conquistou o prêmio Portugal Telecom de Literatura em 2014 na categoria de “Contos/Crônica” com o livro Entre moscas, publicado pela editora Confraria do Vento.

por Everardo Norões

Revista Perto de Casa - ed.27

N

a rua do Padre Inglês um louco joga xadrez. Joga o xadrez da desgraça: uma sombra na vidraça é o seu parceiro demente. (Entre a dama e o cavalo, corre um rio de afogados). De sua cama, ainda quente, um bafo de nicotina. Vem um cheiro de latrina da cela defronte à sua. Na rua do Padre Inglês o louco fala francês com acentos de Baudelaire... (O flamboaiã encarnado se mistura ao espetáculo da esquizofrênica rua). O bispo toma o cavalo das mãos da dama de preto. (São cinco horas da tarde: as luzes se apagam cedo.) Batente do meio-fio: vem vindo a sombra da noiva, sozinha, morta de medo. (O louco avista das grades as andorinhas azuis que voam

feito morcegos.) Na rua do Padre Inglês, um cheiro de gasolina. {O louco engendra seu mate contra a sombra na vidraça.} São cinco em ponto da tarde (cinco de Ignacio Mejías, pensa o louco em sua cela) - dos girassóis de Van Gogh à solidão amarela. O cavalo solta as crinas, a noiva voa na rua e nas vozes de um menino acordes de um violino. O louco sabe que o tempo de dormir já vem chegando... (Corujas soltas na cela bicam flores de papel e uma boneca de pano). Corre, corre, vem depressa, Que a noite já vem chegando! Na rua do Padre Inglês um louco joga xadrez. (A rua do Padre inglês. Ed. 7Letras. Rio de Janeiro. 2006)

Fundada em 1995, a Novoestilo Edições do Autor, pioneira das pequenas edições em Pernambuco, sentindo a necessidade de reunir, capacitar e divulgar seus autores criou, em julho de 2012, o Centro Cultura Nordestina Letras & Artes, que tem entre os seus objetivos preservar a arte e a cultura regional para as futuras gerações; capacitar escritores e poetas em formação, apreciadores da música e das artes plásticas; divulgar escritores e artistas desconhecidos do grande público; viabilizar publicações de livros através de tiragens adequadas aos objetivos do autor; promover a retomada da autoestima, de modo especial, no público da terceira idade. Serviços: •Comedoria regional •Comemorações festivas •Crítica literária com veiculação no site da FS Produções Culturais •Curso de Atualização da língua portuguesa – Ana Maria César •Curso de desenho e consciência espacial – Cavani Rosas •Editora e gráfica a partir de 50 exemplares •Revisão de textos

•Grupo de Estudos Intuição e arquétipos no processo criativo – Fabiana Guimarães •Laboratório de expressão poética e oratória – Bernadete Bruto •Lançamento de livros •Oficina de Criação literária - Raimundo Carrero •Resenha literária com veiculação no site da FS Produções Culturais •Sarau lítero-musical – segundas terças-feiras do mês

Rua Sérgio Magalhães, 54 – Graças – Recife (por trás do Museu do Estado) Horário de funcionamento: de segunda a sexta das 9 às 18h00 Fones: 81 32433927 | 991088727 E-mail: culturanordestinaletras@gmail.com www.facebook.com/CulturaNordestinaLetras

Revista Perto de Casa - ed.27

8


ARTISTAS DA TERRA

10

Nossos artistas, nossas riquezas por Cássio Cavalcante

11

Allan Sales é natural do Crato-CE e radicado no Recife desde 1969. Dedica-se, desde 1997 ao cordel, sendo autor de mais de 700 textos sobre os mais variados assuntos. Os temas políticos e os de humor são os seus preferidos. 81- 3339.5251 / 8845.9991 | allanmenestrel@gmail.com

SONETO AO RECIFE

Toda uma maestria com a madeira

Na Bahia, Cecília Menezes fica dividida entre a pintura e a escultura. A leveza de sua arte, na cerâmica, faz o movimento das saias de sedutoras baianas num balé de rodopios. O que a deixa mais feliz, como artista, é o reconhecimento de um trabalho em que sempre busca a essência própria. Seu primeiro contato com o universo artístico foi através da cerâmica; depois de uma pausa, retomou com a pintura. Voltou com as esculturas, através dos pincéis, continuando com os dois segmentos paralelamente. Existem dois momentos marcantes no barro: a idealização e a execução, e o colorir que migrou dos quadros para as peças produzidas. Com participação em ambientes da Casa Cor, também fez parte dessa mostra em São Paulo. Considera cada objeto surgido, através de seu ofício, um exercício. Anoitece e amanhece pensando em arte e, com isso, deu asas à produção que ganhou o mundo: todo o Brasil, e dos Estados Unidos ao Japão.

Em Pernambuco, Gegê Pedrosa se iniciou nas artes plásticas com a pintura e o metal, mas é com restos de madeira que ele faz surgirem as mais belas peças. Dominando a técnica da marchetaria, dá leveza ao voo de uma borboleta, à sinuosidade do nadar de um peixe ou a rapidez do mergulho de uma arraia. Diante de seu trabalho, que é algo notável, resta-nos somente a contemplação. Com exposições dentro e fora do país, sua arte já chegou aos salões da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra, na Suíça. Tem como meta de sua produção artística a realização. Muitos são os nomes que esse artista admira: Roberto Lúcio, Gil Vicente, Nicola, Lula Cardoso Aires, mas considera Francisco Brennand, um gênio. Tendo a arte como importância maior em sua vida, liberta seres que estavam presos, através de movimentos harmônicos, em pedaços de madeira.

E assim o viajante apaixonado Pouco a pouco foi ficando transformado Bem distante do saudoso Cariri Neste canto de Brasil fez a morada De Recife sua alma impregnada Fez seu sonho de cidade ser aqui Allan Sales

Revista Perto de Casa - ed.27

Peças de um ato feminino de encher os olhos

Na cidade que fez nativista guerra Liberdade que um mártir concebeu Pois um veio de coragem aí nasceu E o inimigo vence bate e o desterra

Se ela dança, eu danço...

Allan Sales é músico, poeta e compositor.

Monyque Munir é destaque no estudo da dança como meio para a construção da educação através da arte, de forma transdisciplinar com o teatro, dentro do Programa Institucional de Bolsas e Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal de Pernambuco. Ministra aulas em academias, estúdios e escolas, passando seu conhecimento sobre essa arte. É também coreógrafa e bailarina. Em 2012, no Festival de Santa Catarina, Monyque se destacou obtendo o segundo lugar no estilo livre duo adulto. Em 2013, brilhou no padrão de qualidade em dança do ventre pela Casa de Chá Árabe Khan El Khalili, em São Paulo. Em 2014 foi a primeira pernambucana a se classificar no Solo Star Profissional do Mercado Persa (São Paulo), ficando em segundo lugar. Bailarina versátil, criativa e segura, ela exercita, desenvolve e encanta com sua dança, independentemente do gênero ou estilo, há dezoito anos. A convite de Taciana Valença, ela abrilhantou a homenagem do Conversando Perto de Casa a Reinaldo de Oliveira, em abril deste ano, na Livraria Jaqueira, com sua graça, leveza e talento. Filha de Jônia Lemos, também graciosa bailarina em tempos idos, Monyque é prova viva de que “quem herda não rouba”.

Foto: Adelita Chohfio

Revista Perto de Casa - ed.27

Quando veio pequenino de outra terra Uma dama litorânea lhe acolheu Nos afagos de poesia que lhe deu E o romance entre os dois nunca encerra


12

fazendo a diferença

13

marília mendonça A música sempre fez parte da vida da pernambucana que se aventura entre diversos estilos musicais. Mas, desde 2013, ela vem desenvolvendo um trabalho com música gospel. Estudante de Direito e produtora cultural, começou lançando um CD com músicas de diversos cantores, com o objetivo de levar uma mensagem para cada pessoa e louvar ao Senhor. Este trabalho foi patrocinado por empresas, com distribuição gratuita. Marília já reverteu a renda da venda de seus CDs em doações para instituições como Lar do Neném, Instituto de Cegos Antônio Pessoa de Queiroz, e pretende continuar com esse apoio para mais instituições em Pernambuco. Por ser deficiente visual, preocupa-se ainda mais em disponibilizar seu trabalho de forma acessível às pessoas cegas (através do recurso de áudio-descrição de imagens e QR code) e para pessoas surdas (em vídeos e apresentações com legendas em português e/ou em LIBRAS). Na escola, os professores não sabiam como lidar com a condição da jovem e a deixavam num canto. Aprendeu Braille no Instituto dos Cegos, e fez as provas do Ensino Médio e do vestibular com o auxílio de uma ferramenta de computador. O trabalho relatado no vídeo “Música que Alimenta” (disponível no youtube)

foi exibido na terceira edição do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológico, em maio de 2015 (PE), como tópico para discussão de Empreendedorismo Social. A jovem é voluntária do Lar do Neném, instituição que atende crianças de até 3 anos, vítimas de abandono, maus-tratos e violência sexual.Marília nasceu prematura, pesando menos de um quilo. Hoje, embala bebês tão pequenos quanto ela própria ao nascer. Esse contato com crianças em situação de risco ajuda Marília a fortalecer a própria história e a motiva a ajudar o próximo. Ela decidiu estudar Direito, para trabalhar na área de adoção. Seu quinto CD, que foi lançado dia 03 de outubro, é focado em músicas populares infantis e terá seu lucro doado para o NACC - Núcleo de Apoio à Criança com Câncer. Pode ser comprado online na página do facebook.

facebook.com/mariliamendonca29 instagram.com/mariliamendonca29

Revista Perto de Casa - ed.27

Revista Perto de Casa - ed.27

por Daniela Vaz


14

BEM-ESTAR

15

MONICA REIS Psicóloga e Arteterapeuta CRP 02/17634 qnha@hotmail.com

A

Arteterapia, como sugere o nome, toma emprestado da arte, a serviço de uma terapia, a condição sublime inerente ao ser humano: a necessidade de expressão do que ele sente, vê e percebe das relações consigo e com o mundo. Aqui, a arte é concebida como metáfora, deixando de lado as regras que sistematizam ideias. Pode-se dizer que a Arteterapia é a definição de arte no seu ponto mais primitivo, é como uma organização da experiência humana a fim de transformá-la em objeto de conhecimento, por meio do sentimento, dentro de um percurso histórico/pessoal, projetando sobre a tensão contraditória a possibilidade de cura. Na atividade artística, a simbolização do inconsciente individual e coletivo transforma-se em representação dramática da intenção criativa do sujeito, naturalmente estruturante. É na duplicidade Arte X Terapia, que encontramos o resultado terapêutico dessa modalidade clínica. Estar em processo de Arteterapia é se refazer simbolicamente na própria subjetividade. Existem no Brasil, hoje, cursos profissionalizantes na área, que estão no nível da especialização, favorecendo a arte e a psicologia, que são norteados por diferentes referências teóricas como a Psicologia Analítica, de Jung, e a Gestalt Terapia, estando em grande atividade nas associações profissionais em vários estados brasileiros, livre para profissionais da educação (professores, pedagogos, etc.), ou da saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, etc.), que se interessem pelo benefício do fazer artístico, podendo exercer a Arteterapia, no domínio de sua formação de base, sendo prudentes

as suas limitações. As sessões de Arteterapia podem ser realizadas individualmente ou em grupo. Ambas são extremamente eficazes, com resultados mobilizadores fantásticos. É importante lembrar a capacidade subjetiva expressiva de cada um, sabendo como adequá-lo. Crianças, adolescentes, adultos e idosos, em psicopatologia, educação e psicoterapia, dentre outras, são beneficiados diariamente através da Arteterapia, lembrando sempre da necessidade de um profissional com a devida capacitação e, também, com conhecimento adequado a cada realidade de público, alguns necessitando ainda mais de habilidades diferenciadas. A Arteterapia se utiliza das diversas linguagens artísticas: visuais, cênicas, dança, também diversos recursos literários e música, cabendo ao arteterapeuta sintonizar o recurso a ser utilizado e definir sua função de acordo com cada necessidade e tendência individual percorrida. O arteterapeuta deve ter a atitude do autocuidado, através de seu desenvolvimento e apoio de um supervisor da área, a fim de dar suporte no procedimento terapêutico. Alguns cuidados são bem pertinentes a essa prática, tanto experiências teóricas/vivenciais, quanto o posicionamento ético perante si e perante o outro. Através de dimensões simbólicas vivenciadas por produtos artísticos e estímulo ao potencial criativo, a Arteterapia está a favor da promoção na ressignificação de sentimentos, valores e atitudes, na ampliação de recursos internos para a autoestima e autoconfiança numa perspectiva de reestruturação do ser humano.

Revista Perto de Casa - ed.27

Revista Perto de Casa - ed.27

por Mônica Reis

CABELEIREIRO | MANICURE E PEDICURE | DEPILAÇÃO DESIGN DE SOBRANCELHA | MAQUIAGEM E PENTEADO

Estrada Real do Poço, 97 Poço da Panela, Recife 81 3204.3840 | contato@atuallehd.com.br


História

17

Matriz da Boa Vista – Praça Maciel Pinheiro

Bairro da Boa Vista por Carlos Bezerra Cavalcanti

Revista Perto de Casa - ed.27

O

panorama visto das janelas do segundo palácio de Nassau, no Recife, era, dizem os contemporâneos, maravilhoso, ao se vislumbrar as terras continentais de Pernambuco, proporcionando uma bela visão, ou seja, uma “Boa Vista”. Em 1806, a Câmara de Olinda cedeu ao senhor Casimiro Antônio de Medeiros: “140 palmos correntes de um termo alagado da Boa Vista, junto à ponte e na direção norte,... “Ele aterrou a área, construindo, no local, as primeiras casas da futura Rua da Aurora emprestando o nome ao lugar Casimiro”. Foi essa área, a quarta localidade do centro do Recife, a ver iniciado o seu povoamento, principalmente depois do citado aterro, quando recebeu três importantes logradouros: Rua do Aterro, atual da Imperatriz, Rua da Aurora, que é assim chamada por só dispor de casas voltadas para o nascente, recebendo, dessa forma, os primeiros raios do sol nascente, e Rua Formosa, depois do alargamento, chamada de Conde da Boa Vista, em homenagem ao grande pernambucano, nascido no Cabo, em 1802, um dos principais governantes de nossa Província, FRANCISCO DO RÊGO BARROS, o “CHICO MACHO”. Segundo Flávio Guerra in “O Conde da Boa Vista e o Recife”, comentando a situação da localidade nos idos de 1837: “as ruas eram intransitáveis nos dias de chuva precisando os moradores usar pernas de pau para atravessá-las. O Beco do Tambiá, partindo do antigo Largo da Boa Vista, era um aglomerado de casas infectas, servindo aí de baixo meretrício. Depois é que se alargou, transformou-se na Rua da Intendência e, depois, na Avenida Manoel Borba. “Esse Bairro da Boa Vista (continua Flávio Guerra), embora oferecendo as faladas boas casas de residências, ainda era quase um conjunto de

por Marta de Souza Leão Cavalcanti arruados não indo além do Pátio de Santa Cruz, havendo apenas no segmento desse, um caminho que chegava à chamada Trempe, onde se unia com o descampado que iria ser o beco do cotovelo, dando motivo a denominação tão familiar na boca de nossos avós. Essa Trempe correspondia à zona onde atualmente se situa a confluência da antiga Rua do Sebo, (Barão de São Borja) com O Beco do Cotovelo (atual Visconde de Goiana). Outro caminho dava início à futura Rua Gervásio Pires, seguindo pela Corredor do Bispo, até atingir o Palácio Episcopal, ainda em construção. No mais, outros logradouros, surgindo sem edificações de monta, terrenos baldios, imensos sítios, e, para diante, o mato.” Em 1837, através da mesma fonte, temos conhecimento de que “a Boa Vista, embora algum varejo já começasse a aparecer pelo velho aterro, era considerada mais como bairro de moradias de famílias abastadas, em face das estradas que se foram rasgando para o Manguinho, Aflitos, Caxangá e Casa Forte. Na zona de São José era localizado o núcleo residencial da classe média”. Carlos Bezerra CavalcantI Membro do IAHGP e das academias Recifense e Olindense de Letras

A arte de criar um cantinho verde e cheio de vida é uma atividade muito relaxante que alivia o estresse do dia a dia e melhora o humor. Sentir a terra nos dedos, podar ramos, manusear sementes, regá-las além de outras tarefas relacionadas à jardinagem, ajudam a desenvolver os sentidos e funcionam como terapia alternativa, que estimula o bem estar. A jardinagem terapêutica não consiste, apenas, no cultivo de plantas, mas também na contemplação de jardins. Vivenciar o verde leva a mente a um estado meditativo, diminu, a ansiedade, e traz tranquilidade. Na verdade, espaços verdes tendem a humanizar as pessoas. O contato com a natureza faz com que o ser humano se conscientize que faz parte dela. Através do convívio com as plantas você pode encontrar o equilíbrio necessário para viver bem. MARTA DE SOUZA LEÃO CAVALCANTI Arquiteta e Paisagista

Revista Perto de Casa - ed.27

16


18

COMPORTAMENTO

19

um período delicado para pais e filhos por Viviane Torquato

O

s anos se passaram e os filhos chegaram à adolescência. Aos olhos das outras pessoas, eles cresceram por dentro e por fora, mas, aos olhos dos pais, cresceram somente por fora! Como saber se cresceram por dentro? Como saber se agora têm juízo e se sabem fazer as coisas certas? Quem garante e assegura a consciência e a maturidade deles? Essas indagações, envolvidas num clima de incertezas, permeiam os pensamentos dos pais e apertam seus corações. O que eles querem é ter as respostas claras e diretas para saber se estão trilhando o caminho certo no trato com os filhos. Entretanto, sabemos que não existem respostas universais e absolutas, nem garantias do bom comportamento dos filhos, com as novas experiências que vivenciarão a partir de agora. Existem, porém, considerações importantes que os ajudarão a entender melhor a vida. Ressalvo, aqui, o aprendizado, através de exemplos concretos, que estruturam as bases do desenvolvimento dos filhos, quando a adolescência chegar. Vamos incluir as con-

versas informativas, a presença e a participação dos pais na vida familiar. Com tudo isso computado, terá sido formada a consciência que os conduzirá nas escolhas perante os fatos que se apresentam. A adolescência é, também, caracterizada pelo desejo do afastamento físico e emocional dos pais, no intuito dos primeiros passos rumo à independência. Eles tanto sentem a necessidade de avaliar a si mesmos, como afirmar para os outros que já sabem o que fazer e como fazer. É importante chamar atenção para a necessidade de mudança no padrão de comportamento dos pais, atualizando um novo diálogo com seus filhos. Para que pais e filhos possam se entender sem maiores tensões, precisarão se adaptar a essa nova fase, e aprender a negociar com respeito e compromisso, as diferentes situações que se apresentarão. Os laços de lealdade e de confiança serão postos à prova a partir de agora. Para que os filhos cres-

çam e amadureçam é preciso dar-lhes espaço num processo continuado de aproximação e afastamento, amorosamente vigiados. Os pais que estiveram presentes na infância e na pré-adolescência de seus filhos terão construído, com eles, vínculos que os manterão unidos ao longo do ciclo de vida familiar. Aos pais dizemos: - Calma! Seus filhos saberão se comportar bem, porque vocês ensinaram e mostraram o que é melhor a ser feito, para eles em primeiro lugar, e para os outros, também. Aos filhos dizemos: - Calma! Seus pais estão passando por um momento delicado e se sentem inseguros, precisando de um retorno positivo, com o bom comportamento de vocês. Todos precisam de paciência e de confiança, pois o tempo é de ajustes. Assim, a adolescência poderá ser vivenciada numa leve convivência compartilhada, de experiências, de maneira generosa e amorosa, entre pais e filhos.

VIVIANE TORQUATO Terapeuta Familiar e de Casal, Terapeuta Floral, e Mediadora. 81 99974.4936 / 99974.7424 vivianemais@globo.com

Revista Perto de Casa - ed.27

Revista Perto de Casa - ed.27

Adolescência:


20

CINEMA

SAÚDE

21

Zumbido

GLAUBER:

O VULCÃO VOLTA A LANÇAR LAVAS

tem solução

por Fernanda Lima e Bruna Resende

Valeu a viagem ao Recife: debate no cinema do Museu do Homem do Nordeste sobre o nosso documentário Cordilheiras no Mar: a Fúria do Fogo Bárbaro. Projeção perfeita, público numeroso, reencontro com tanta gente amiga. Debate quente sobre Glauber Rocha & Brasil & militares & delírios & loucuras & esperanças & pesadelos & utopias brasileiras. Aqui, como se saídos do túnel do tempo do Movimento do Cinema Super-8 do Recife nos anos 70/80, Paulo Cunha, que tomou a bela decisão de usar seus talentos, não no jornalismo, mas na universidade; Jomard Muniz de Brito, Imperador Plenipotenciário da Pernambucália; o locutor-que-vos-fala e Amin Stepple, a consciência crítica que não nos deixa esquecer nunca do mantra “abaixo a conspiração mundial da mediocridade!”

Aqui, em foto de Dudu Mafra Lino, Nélson Pereira dos Santos, diretor do clássico “Vidas Secas”, fala para o documentário.

(

Relato de Geneton Moraes Neto sobre o debate e a exibição do filme em 28 de setembro na tela do Cinema Museu do Homem do Nordeste. A partir de janeiro de 2016, o filme será exibido na TV BRASIL.

)

Z

umbido pode ser definido como a percepção sonora “fantasma”, que é descrita pelos pacientes de formas variadas. Alguns relatam que o som é semelhante ao da cigarra, panela de pressão, chiado, apito, motor de carro, etc. Na atualidade, encontramos um número crescente de pessoas acometidas por zumbido. Nos Estados Unidos, 7 a 20 milhões de pacientes são portadores de zumbido com repercussão clínica, e esses pacientes, frequentemente, procuram atendimento de um profissional de saúde. No Brasil, cerca de 28 milhões de pessoas apresentam zumbido e, aproximadamente, 4% em estado grave - esses são chamados zumbidos incapacitantes. Um estudo realizado pela American Tinnitus Association (ATA) com 13.000 pacientes, no ano de 1996, revelou que o zumbido está relacionado com a depressão em 71% dos casos; com a exclusão social em 69% dos casos; com diminuição no rendimento profissional em 57% dos casos e, por fim, com redução da qualidade de vida em 86% dos casos (www.ata.org). Felizmente, ao contrário do que muitos pensam, o zumbido não é uma doença e sim um sintoma.

O grande desafio para a comunidade científica é descobrir a causa ou as causas dos zumbidos. Por isso, o tema é objeto de estudo da fonoaudiologia, otorrinolaringologia, psiquiatria, psicologia, neurologia, farmacologia e fisioterapia. Com todas essas áreas científicas envolvidas no tratamento do zumbido, não é admissível que alguns profissionais digam aos seus pacientes: “Zumbido não tem tratamento” ou “Você vai ter que conviver com o seu zumbido”. Sendo o zumbido um sintoma, o tratamento é condicionado ao diagnóstico causal. Para facilitar o diagnóstico causal, os pesquisadores classificam o zumbido em duas categorias: os zumbidos para-auditivos e os zumbidos auditivos. Os para-auditivos são sons existentes na musculatura ou no sistema vascular, e que são detectados pela cóclea; os auditivos, por sua vez, são aqueles gerados por alterações no ouvido externo e/ou médio, no ouvido interno e/ou vias auditivas centrais e córtex. Procurando um profissional habilitado e conhecedor do assunto, é possível, com exames específicos, diagnosticar a causa do zumbido possibilitando tratar a origem e não o sintoma.

Fernanda G. Andrade Lima: fonoaudióloga, especialista em audiologia com enfoque em zumbido pela Universidade de Bordeaux II (França).

Bruna Resende: especialista audiologia. Acesse: www.zumbidope.com.br

Revista Perto de Casa - ed.27

Um artigo de Glauber Rocha publicado na revista Visão, em janeiro de 1974, caiu como uma superbomba em cima da esquerda que combatia o regime militar. O cineasta, então exilado em Paris, apoiava o general-presidente Ernesto Geisel e garantia que ele iria promover a abertura política. Glauber foi chamado de “traidor” e “vendido”. O racha na esquerda estava consumado. O filme “Cordilheiras no Mar - A Fúria do Fogo Bárbaro”, de Geneton Moraes Neto, relata essa história. Amigos e desafetos de Glauber Rocha dão as suas versões para esse episódio. Glauber foi um profeta? Ou um delirante? Polêmica à parte, o documentário mostra que o diretor de “Terra em Transe” tinha um profundo amor ao Brasil e ao seu povo. O documentário de Geneton Moraes Neto conta a paixão exaltada desse artista revolucionário. Glauber morreu pobre e de uma doença contagiosa chamada Brasil.

Foto: Ramone Soraia

Revista Perto de Casa - ed.27

por Amin Stepple


MULHERES EM DESTAQUE

22

23

o em Administraç ão açã

Es c

“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida”. John Dewey

“Para educar um jovem é preciso, antes de tudo, ter amor por ele”.

Alugo casas em Porto de Galinhas

Com 4,5e 6 quartos e piscina. Fones:

98545-3305 98625-8608

Flávia do Rego Barros

Sem dúvida, o coração da UBE (União Brasileira de Escritores), no Recife. Com abnegação, liderança, eficiência e simpatia, a secretária da Casa do Escritor, Jair Martins, está sempre à frente da organização dos eventos da UBE, que incluem lançamentos de livros, comemorações, congressos, festivais, etc. Colocando a Instituição acima de qualquer outro interesse, Jair traz, em sua bagagem, a experiência de muitos anos de trabalho com o público, fato que a torna mediadora das diferenças, gestora atenta às demandas e, principalmente, incentivadora de novos talentos. Tudo isso movido pelo combustível do amor à literatura.

Revista Perto de Casa - ed.27

Revista Perto de Casa - ed.27

edagogia

Pedagoga c

sicop eP

om

e

liz cia

ar ol

es p

Sempre atenciosa e disponível, porém sem sair do pé de seus adolescentes, Flávia sabe driblar responsabilidade e flexibilidade com maestria. Coordenadora responsável pelos alunos do ensino médio do NAP, desde 1999, mostra ter jogo de cintura com todos e, dessa forma, vem conquistando a admiração de pais e alunos. ELA É TOP!


24

AVENTURA PERTO DE CASA

25

Quem não tem uma gostosa lembrança daquele guaraná da garrafinha pequenininha?

DANIELA REIS Bióloga e mestranda na UFPE. Seu projeto está sendo realizado no Parque Nacional do Catimbau.

Fica a dica: Pousada Vale do Catimbau Telefone: (87) 3816-3030 pousadavaledocatimbauzefinha@outlook.com Endereço: Rua José Salvador, Vale do Catimbau. Pousada Maria Vitória Telefone: (87)3816-3116 Endereço: Rua São Cristóvão, Vale do Catimbau.

com Taciana Valença e poetas da terra

Revista Perto de Casa - ed.27

O Parque Nacional do Catimbau, localizado entre o Agreste e o Sertão de Pernambuco, nos municípios de Buíque, Ibimirim e Tupanatinga, encanta qualquer pessoa que queira passar alguns dias pertinho da natureza. A maioria dos pernambucanos parece não fazer ideia da beleza cênica, do rico acervo biológico e do importante conteúdo histórico de que podem desfrutar a não mais de quatro horas da agitada capital! Pra quem curte uma boa caminhada, as trilhas entre a caatinga e seus vales podem render andanças com oportunidade para fotos dignas de concurso. A palavra “caatinga” significa em tupi-guarani “floresta branca” e simboliza as árvores desnudas por conta da escassez de chuva anual, mas que na verdade só estão à espera de poucos dias de chuva para suas folhas renasçam verdes e vistosas. As vistas mais bonitas do Parque, que tem como símbolo a famosa “Pedra do Cachorro”, pertencem, principalmente, ao Chapadão e ao Santuário. As vistas mais bonitas do Parque pertencem, principalmente, ao Chapadão e ao Santuário. Segundo o guia turístico, só pode entrar no Santuário quem pedir permissão aos espíritos que tomam conta do lugar. E cuidado se você desobedecer: demorar horas procurando o caminho de volta é só uma das punições impostas por tamanho desrespeito aos espíritos que guardam a floresta! No final da tarde, o pôr-do-sol da Serra das Torres faz qualquer ateu agradecer a Deus por estar presenciando tanta beleza e cores, juntas. Além de todos esses lugares já citados e de suas belíssimas paisagens, o trunfo do Parque está no Sítio Arqueológico Alcoçaba, que guarda um paredão de arenito com pinturas rupestres espalhadas em cinquenta metros, feitas pelos nossos ancestrais há cerca de seis mil anos. O lugar já conta com duas pousadas e um hotel. A vila chamada de Vale do Catimbau fica a 30 km de Arcoverde, oferece estrutura e conforto pra quem deseja passar mais tempo por lá ou para possíveis emergências. Para os amantes da natureza e de um bom sossego longe da cidade grande, neste tempo de crise econômica ninguém, no Recife, agora tem desculpa para passar as férias de final de ano em casa.

Foto retirad do site onordeste.com

Revista Perto de Casa - ed.27

Certamente, pernambucanos com mais de 40 anos sabem do que estou falando. E para quem quer saber mais sobre a Fratelli Vita, além de matar a saudade, o livro ‘’A História da Fratelli Vita no Recife”, do escritor Gustavo Arruda, traz história e curiosidades que vão encher seu copo de lembranças.

PARTICIPE DO NOSSO 7° PASSEIO

“Em A História da Fratelli Vita no Recife, tento explicar como uma extinta fábrica local de refrigerantes consegue ser lembrada até hoje, mais de 100 anos após sua chegada à capital pernambucana. São 80 anos de lendas e curiosidades de uma trajetória rica e apaixonante, agora finalmente revelada em detalhes, incluindo mais de 90 fotos raras.” Gustavo Arruda contato: gtarruda@pop.com.br www.gustavo.k6.com.br

NO RIO CAPIBARIBE. SÁBADO, DIA 05 DE DEZEMBRO, ÀS 14H30, COM PARTIDA NO BAR CATAMARÃ TOURS. Inscrições: Cultura Nordestina, Rua Sérgio Magalhães, 54 - Graças Fone: 3243.3927 / 99108.8727 Mais informações: taciana@pertodecasa.rec.br


26

CONCURSO LITERÁRIO

Revista Perto de Casa - ed.27

Mais uma vez, abrimos as portas para a imaginação

dos nossos escritores mirins. A revista Perto de Casa, junto com a Livraria Jaqueira, procura, desde 2011, incentivar a escrita e estimular a criatividade das crianças, algumas delas que já participam, também, da Hora do Conto, com a querida Vera Nóbrega. É na infância que devemos despertar o interesse delas pela leitura e escrita. A cada ano ficamos mais felizes com a participação e a grande criatividade desses pequenos escritores, curiosos e ativos, que superam as expectativas. Senhores pais, incentivem, participem da vida de seus filhos na deliciosa descoberta da literatura. Aqui daremos sempre total apoio. Agradecemos a participação de todos em 2014. Agradecemos também aos nossos parceiros no projeto, responsáveis pelos prêmios: CNA, Espaço Jaqueira, Leo Pinheiro, Clube 17 e Faber Castell.

Textos premiados em 2014:

1º OS BONECOS GIGANTES M. Fernanda Coutinho Hurgo

2º O BAILE DO MENINO DEUS Camila Dias

3º A PRINCESA VERMELHA Marina Severo

Destaques:

A GRANDE MARMOTA Sophia Medeiros

MEU PRIMEIRO AMOR Thaís Walmsley Rodrigues O EXPERIMENTADOR João Antonio Calazans

AMIZADE Beatriz Dutra de Almeida

NATAL Bruno Flório



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.