Noticias de Israel, Julho de 2015

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JULHO DE 2015 | ANO 37 | Nยบ 07 | R$ 4,20

Os Judeus,

Inimigos de Todos os Homens?



ÍNDICE PR E Z AD O S A M IG O S D E ISRAEL

OS J U D E U S , IN IM IG O S DE TO D O S O S H O MEN S?

É uma publicação mensal da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” com licença da “Verein für Bibelstudium in Israel, Beth-Shalom” (Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel), da Suíça.

VO C Ê C OL H E O Q U E PL A N TA

Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br

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CA DA C EN TÍM E TRO Q UA D RAD O !

Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf

Fundador: Dr. Wim Malgo (1922 - 1992)

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Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake Diagramação & Arte: Tobias Steiger e Roberto Reinke Assinatura - anual ............................... 37,90 Exemplar Avulso ................................... 4,20

HO R I Z O NT E

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Exterior: Assin. anual (Via Aérea)... US$ 35.00

O PAPA FRAN C I SC O EST Á SE PO SI C I O N AN D O C O N T RA I SRA E L D EMO N I Z AN D O I SRAEL POR M E IO DA FALSA EQ U I VALÊN C I A MORA L G U I A D E EST U D O DA I G RE J A PRESBI T ERI AN A D O S ESTADOS UNIDOS C U LPA O SI O N I SMO PO R... TUDO O Q U E É A JERU SALÉM O RIE NTA L E O N D E ELA FI CA?

Edições Internacionais A revista “Notícias de Israel” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, holandês e francês. As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial O objetivo da Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel é despertar e fomentar entre os cristãos o amor pelo Estado de Israel e pelos judeus. Ela demonstra o amor de Jesus pelo Seu povo de maneira prática, através da realização de projetos sociais e de auxílio a Israel. Além disso, promove também Congressos sobre a Palavra Profética em Jerusalém e viagens, com a intenção de levar maior número possível de peregrinos cristãos a Israel, onde mantém a Casa de Hóspedes “Beth-Shalom” (no monte Carmelo, em Haifa).


p rez a d o s a m ig o s

de Israel Quase desconsideradas pelo mundo, as lutas entre os diversos grupos antagônicos na Síria continuam. O Estado Islâmico (EI) é apenas um dos muitos atores em ação na região. Não se vislumbra um final do conflito; parece que as lutas internas entre as diferentes facções islâmicas crescem cada vez mais, alastrando-se como um fogo de estepe em todo o mundo islâmico. O mundo ocidental ainda parece acreditar que a queda de Assad e de seu regime poderia resolver o problema. A questão real, porém, não é Assad e seu regime, mas o islã extremamente radical. O avô do atual presidente Assad já teria dito que, se os sunitas assumissem o poder na Síria, isso significaria o fim dos alawitas (aproximadamente 15% da população) e dos cristãos na Síria. Vendo o que já está acontecendo com os cristãos na Síria e no Iraque, percebemos o quanto ele estava certo em sua avaliação. A situação do regime de Assad e dos alawitas está se tornando cada vez mais dramática. Dizem que existe um plano emergencial caso a capital Damasco não puder ser mantida: ela seria abandonada, e a sede do governo seria transferida para a região costeira, onde a população é majoritariamente alawita. Naturalmente isso não acontecerá antes que Damasco seja fortemente disputada. Talvez assim venha a se cumprir a profecia de Isaías 17.1, que diz que Damasco deixará de ser uma cidade para se transformar em um montão de ruínas. Os versículos seguintes mencionam outras cidades que terão destino semelhante. Ao assistir documentários sobre a região constatamos que essa previsão já está em pleno cumprimento. A profecia bíblica sempre tem uma mensagem contemporânea, direcionada para uma época específica. Mas vai além, muitas vezes trazendo uma mensagem para o futuro, o “grande Dia do Todo-Poderoso”. No capítulo 17 de Isaías encontramos três vezes a expressão “naquele dia”. Esse dia e esse tempo será o período dramático que precederá a vinda do Messias para estabelecer Seu reino na terra. Se Damasco realmente vier a cair nas mãos dos insurgentes, significaria que toda a região circunvizinha (e com isso as áreas fronteiriças com Israel e a Jordânia) estariam nas mãos dos rebeldes. O estágio atual do conflito não permite prever o que tal desenvolvimento significaria para Israel. Se isso vier a acontecer, será motivo de grande preocupação para Israel, fornecendo desde agora razões mais do que suficientes para pensar seriamente em medidas preventivas. Podemos muito bem imaginar que futuramente Israel terá saudades dos “bons e velhos tempos com Assad no comando”, quando a fronteira com a Síria era a mais tranqüila de Israel. Para a Jordânia esse desenvolvimento também seria alarmante, pois este país está no topo da lista dos territórios que o islã radical quer conquistar. Para a Europa, o avanço do islã militante também tem se tornado um grande problema, pois os refugiados das zonas de conflito querem emigrar para lá. A emigração da África, com as dramáticas travessias do Mediterrâneo, têm sua causa final na brutal expansão do islamismo radical, que deixa muita gente na África sem qualquer perspectiva de futuro e leva milhares de pessoas a buscá-la na “Europa dourada”. Não vemos nem sinal de que esse processo esteja chegando ao fim. O que temos visto é tudo se tornando cada vez pior. Uma vez mais as palavras do Senhor Jesus em Mateus 24.6 adquirem profundo significado: “Vede, não vos assusteis”. Por que não deveríamos nos assustar? Porque todas essas coisas nos dizem que nossa redenção se aproxima. Unidos na maravilhosa esperança de que nossa salvação chegou bem perto, saúdo desde Israel com um cordial Shalom!

ler Fredi Wink 4 | NOTÍCIAS DE ISRAEL, JULHO DE 2015


ARTIGO 01

REINHOLD FEDEROLF

Os Judeus,

Será que existem passagens bíblicas que justificam o antisemitismo?

Inimigos de Todos os Homens? O ANTI-SEMITISMO PARECIA SUPERADO Quando a Segunda Guerra Mundial terminou e o mundo todo ficou ciente dos horrores perpetrados pelos nazistas alemães contra os judeus, instaurou-se uma justificada e generalizada esperança de que o anti-semitismo estivesse superado e sepultado juntamente com os milhões de cadáveres dos mortos nos campos de extermínio. Mas essa é mais uma das ilusões humanas frustrada pela realidade dos fa-

tos. A fundação do Estado de Israel em 1948 levantou todo o mundo árabe contra os judeus. Eles já não tinham a simpatia dos seus vizinhos, mas então, depois da fundação de um Estado próprio, tornaram-se um alvo concreto a ser atacado. Os pagamentos das reparações de guerra efetuados pelos alemães e as indenizações que os judeus receberam por terem sido coagidos a fazer trabalhos forçados nas fábricas alemãs foram atitudes vistas com pouca benevolência e até com desagrado

por uma grande parcela da população alemã. Mas não foi só na Alemanha que esse monstro aparentemente adormecido começou a se reerguer. Hoje, as manifestações de desagrado a Israel, pela existência do Estado judeu e por sua política, um verdadeiro renascimento do mais descarado anti-semitismo, são perceptíveis no mundo todo, inclusive em nações que sempre foram simpáticas a Israel. Ainda pior é ver esse sentimento manifestando-se no meio cristão.

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ANTI-SEMITISMO CRISTÃO?

O que mais causa espanto são as declarações e ações contra Israel vindas de personalidades cristãs. Não são poucas as declarações de homens destacados no meio evangélico que afirmam encontrar no Novo Testamento a base para sua antipatia pelo povo que nos deu a Bíblia, o povo do nosso Salvador Jesus.

O NOVO TESTAMENTO É ANTI-SEMITA?

Na hora de reportar-se à Bíblia em busca de respaldo para o anti-semitismo cristão, a passagem mais citada é 1 Tessalonicenses 2.14-16: “...irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus existentes na Judéia em Cristo Jesus; porque também padecestes, da parte dos vossos patrícios, as mesmas coisas que eles, por sua vez, sofreram dos judeus, os quais não somente mataram o Senhor Jesus e os profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são adversários de todos os homens, a ponto de nos impedirem de falar aos gentios para que estes sejam salvos, a fim de irem enchendo sempre a medida de seus pecados. A ira, porém, sobreveio contra eles, definitivamente”. Outras traduções da Bíblia empregam expressões igualmente fortes para qualificar esse grupo de pessoas que Paulo menciona em sua carta: eles

são “contrários a todos os homens” (ACF) ou “hostis a todos” (NVI).

BUSCANDO AJUDA NO CONTEXTO

Será que Paulo está se referindo ao povo de Israel como um todo? Para saber quem eram esses judeus inimigos de todos os homens é vital analisar o contexto em que são mencionados e o que a Bíblia toda tem a dizer sobre o assunto. Será que Paulo fala em judeus pensando na sua própria nação, que não era gentia? Ou seriam eles os membros judaizantes da igreja de Jerusalém causando inquietação entre os gentios convertidos? Referia-se à liderança religiosa de Jerusalém, que tentou se livrar de Jesus e, mais tarde, também dos seguidores dEle? São três possibilidades de interpretação. Vejamos a quem Paulo se referia, buscando apoio em palavras de João Batista e de Jesus: Em João 8.39-44 encontramos um desses textos fortes contra os “judeus”, sempre lembrando que é uma declaração do próprio Senhor Jesus: “Então, lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe eles: Nós

não somos bastardos; temos um Pai, que é Deus. Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso Pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós sois do Diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.39-44). São palavras chocantes, e pelo contexto vemos que Jesus as proferiu em seu “sermão do Templo” (v.2), dirigido a uma audiência bem específica: “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele” (v.31). Portanto, os destinatários dessas palavras tão duras de Jesus eram pessoas que haviam crido nEle. Isso é maravilhoso, não é? Mas Jesus não foi enganado pelas aparências e começou a provocá-las para “provar... para saber ” o que estava em seu coração (Dt 8.2; veja 2Cr 32.31). O que Jesus buscava e ainda busca não são pessoas religiosas que seguem a multidão. Nem espera uma concordância apenas intelectual com as verdades que proclama. O que Ele busca é qualidade e não quantidade. Mas esse grupo a quem Ele falou tão asperamente era formado por judeus que, de re-

O QUE J E SUS BUSCAVA E A I N DA BUSCA NÃ O SÃ O P E SSOA S RE L IGIOSA S QUE SE GUE M A M ULTIDÃ O. NE M E SPE R A UMA CONCORDÂ NCIA AP E N A S INTE L E CTUA L COM A S VE R DA DE S QUE PROCL A M A . O QUE E L E B USCA É QUA L IDA DE E NÃ O QUA NTI DA DE .

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pente, desqualificaram a si mesmos ofendendo o Senhor ao chamá-lo de “samaritano... que tem demônio” (Jo 8.48). Não eram ouvintes normais. Deve ter sido o mesmo grupo que já fora severamente repreendido por João Batista: “Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer dentre vós mesmos: temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão” (Mt 3.7-10). Mais tarde, ouvimos palavras semelhantes da boca do próprio Senhor Jesus: “Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12.34). Ele os acusou de terem cometido o pecado contra o Espírito Santo: “Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mt 12.31-32). Alguns capítulos adiante lemos: “...vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas! Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt 23.28-33).

VOLTANDO AOS “JUDEUS”...

Podemos afirmar que toda vez que essa palavra aparece com conotação negativa no Novo Testamento, o contexto mostra que sempre se tratava da liderança religiosa judaica. Até hoje a expressão “judeu” não soa bem e funciona como um clichê anti-semita. Os “judeus” a quem Paulo se dirige são os Hoi Ioudaioi, os “Yehudim”. Na sua origem, ser declaradamente “judeu” era ser

membro da tribo de Judá. No tempo de Jesus, alguns discípulos foram chamados de galileus, mesmo sendo do povo de Israel. Havia essa diferenciação. Nem todos os que viviam na terra de Israel eram chamados internamente de judeus. Hoje todos os semitas da linhagem de Abraão, Isaque e Jacó recebem o nome de judeus, muitas vezes de forma discriminatória. Infelizmente, alguns tradutores da Bíblia prestaram um desserviço ao escrever que os judeus seriam “inimigos de todos os homens” como se tratando de todos os judeus, de toda a nação judaica.

UMA REPREENSÃO JUSTIFICADA

Os judeus que foram chamados de inimigos de todos os homens, filhos do Diabo, serpentes e raça de víboras eram homens hipócritas, de coração endurecido, tão cegos para a realidade à sua frente que chegaram a acusar Jesus de expulsar demônios por meio de Belzebu. Esse foi o pecado contra o Espírito Santo, o pecado que não tem perdão. O mais trágico foi que eram homens de Israel, da elite religiosa judaica, que deveria saber o que estava acontecendo e poderia ter reconhecido quem era Jesus. Israel era o receptor da revelação divina, o povo eleito e o canal por onde o Messias viria ao mundo. Por isso, ao não receberem o Messias de braços abertos, foram merecedores das reprimendas tanto de João Batista quanto de Paulo e do próprio Senhor Jesus, que lhes falou: “Ai de vós, intérpretes da Lei! Por que tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando” (Lc 11.52). Infelizmente, a afirmação de Jesus: “vós sois do Diabo” (Jo 8.44), foi transferida a todos os judeus, e aí a escalada do ódio aos judeus tomou seu rumo e cresceu como uma avalanche. Passou pela História toda, com as mais variadas manifestações. Esse ódio originou perseguições, a Inquisição, muitos “pogroms”*, deportações em muitos países, o livro “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, até chegar à atual conclamação ao boicote a Israel. E outra vez ouve-se a famosa acusação: “Os judeus são a nossa desgraça!”. Os povos ao redor de Israel juraram acabar com a nação ainda antes que Israel tivesse * Movimentos populares de violência contra os judeus.

um Estado próprio, um juramento que continua de pé, e hoje parece ter adquirido um ímpeto renovado. Aniquilar Israel, matar judeus, difamar judeus, menosprezar judeus – nada é novo nas manifestações desse ódio cego e sem motivo. Podemos saber que Jesus não estava acusando o povo como um todo. Ele era amoroso, especialmente com os mais necessitados de salvação, comia com publicanos e era chamado de beberrão porque não se importava de ficar perto dos perdidos. Jesus realmente amava Seu povo. E o povo gostava dEle, apreciava o que Ele fazia e muitos O seguiam. Infelizmente, o cristianismo, dividido em suas múltiplas denominações e seitas, mostrou-se uma ferramenta útil para a incitação ao anti-semitismo. A Teologia da Substituição é a base para muitas das manifestações contra Israel e contra os judeus, uma vez que colocou a Igreja no lugar de Israel. Em nossas publicações já falamos dos estragos causados por essa doutrina bem como sobre a impossibilidade de seguir esse ensino sem violentar as Escrituras. Nessa corrente doutrinária, a literalidade de grande parte das profecias é trocada pelo simbolismo, que pode refletir o desejo de corações humanos, mas não deixa de ser uma violência contra as Escrituras.

A REFORMA E O ANTI-SEMITISMO

O anti-semitismo, mesmo teologicamente camuflado, leva a extremos, e isso pode ser visto na vida do grande reformador alemão Martim Lutero. Sua Teologia não teve um final feliz. Quando Hitler, em seu famigerado livro “Mein Kampf ” (Minha Luta) justificava sua luta contra os judeus, citou com todas as letras o reformador alemão, dizendo: “Lutero foi um grande homem, um gigante. Com um solavanco ele rompeu a penumbra, viu os judeus como nós apenas hoje começamos a vê-los. Apenas pratico aquilo que a Igreja já faz há séculos, só que de forma mais meticulosa”. E Julius Streicher, editor do famigerado jornal difamatório anti-semita “Der Stürmer”, declarou diante do Tribunal de Nürenberg, por ocasião do julgamento dos crimes de guerra da cúpula nazista: “Hoje o doutor Martim Lutero deveria estar no meu lugar no banco dos réus caso seus escritos estivessem em julgamento. Em seu

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S E AT É O MU N D O S E C U LAR REC O N H EC E Q U E O D ESE RTO F L ORE SCE NTE É P R OF E C IA E M CU MPRI MEN TO, Q UAN TO MAI S N Ó S, QUE E XPE RIM E NTA M OS O AG I R D E D E U S E M N O SSAS PRÓ PRI AS V I DAS, PO D EM OS TE R A PROF UNDA C O NVI C Ç Ã O D E Q U E OS JU D EU S N ÃO SÃO “I N I MI G OS DE TODOS OS HOM E NS”, M AS Q U E A “SALVAÇÃO VEM DOS JUDEUS” , E É POR E SSA SA LVA ÇÃ O QUE I S R AEL A IN DA A N S E IA E ESPERA!

livro “Dos judeus e suas mentiras” o Dr. Lutero escreve que os judeus são uma criação de serpentes, que suas sinagogas devem ser queimadas, que eles devem ser aniquilados. Foi justamente o que fizemos!”. Por ocasião de sua execução em 16 de outubro de 1946, despediu-se com as palavras: “Heil Hitler! Esta é a minha Festa de Purim de 1946. Eu vou para Deus. Um dia os bolcheviques também enforcarão vocês!”. É macabro e sarcástico o que Lutero declarou em suas famosas conversas à mesa: “Quando eu batizo um judeu, quero levá-lo à ponte do Elba, pendurar uma pedra em seu pescoço e empurrá-lo para baixo, dizendo: Eu te batizo em nome de Abraão”. Hoje, pesquisando a expressão porca judaica, ficamos chocados ao descobrir que ainda existem muitas igrejas alemãs com esse desenho entalhado em pedra em seus muros e paredes. Declaração do próprio Lutero: “Aqui em Wittenberg, na nossa Diocese, existe uma porca esculpida em pedra; leitões e judeus deitados debaixo dela, mamando; atrás da porca está um rabino, que levanta a perna direita da porca, e com sua mão esquerda ergue o rabinho da porca, se agacha e, por baixo do rabo, olha atentamente para o traseiro da porca e vê o Talmude, como se quisesse ler algo bem picante e curioso...” (do escrito Dos judeus e suas mentiras, Jena 1543, citado em Erlanger Ausgabe der Lutherschrif-

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ten XXXII, p. 298). Também lembramos das ilustrações representando a Igreja como mulher guerreira montada em um cavalo, com uma lança na mão, atacando e furando o pescoço da sinagoga, representada de olhos fechados, sentada em uma porca e se agarrando a um galho. Resumindo, o empenho dos pais da Igreja em aniquilar Israel da Teologia e dos planos divinos foi seguido posteriormente pela perseguição concreta e pelos “pogroms” reais, culminando no terrível Holocausto. Tem razão quem declarou: “No final, o anti-semitismo só pode ser explicado teologicamente”. Adolf Hitler já dizia que não pode haver dois povos escolhidos. A aniquilação do povo judeu, segundo ele “esse tumor cancerígeno da humanidade”, foi seu alvo prioritário até o mais amargo fim. Dizia que os judeus inventaram a consciência, uma consciência que a raça superior não precisava. Himmler já falara que dois mil anos de história judaico-cristã haviam produzido apenas falsos sentimentos de culpa. “Para o nosso povo, porém, é vital optar entre seguir a fé cristã-judaica e sua frouxa moral da compaixão ou cultivar uma fé robusta, heróica, centrada no deus que está na natureza, no deus na própria nação, no deus em seu próprio destino, em seu próprio sangue”. Exatamente essa é a razão que levou, por exemplo, o ator

hollywoodiano Richard Gere, criado em lar cristão, a se converter ao budismo: “No budismo não existe culpa!”. Salta aos olhos a semelhança entre o vocabulário antijudeu dos pais da Igreja, usado já em seus primórdios, e o vocabulário marcadamente racista dos nacional-socialistas. Eberhad Bethge, biógrafo de Bonhöffer (teólogo alemão que, participou da resistência a Hittler e foi morto pelos nazistas), se expressou de forma semelhante, dizendo que os nacional-socialistas não teriam inventado nenhuma palavra nova em seu linguajar. Os pais da Igreja nos primeiros séculos seguiram, quase todos, os conselhos de João Crisóstomo, que disse ser obrigação dos cristãos odiar os judeus. “Quanto mais amamos a Cristo, mais temos de combater os judeus que O odeiam”. “O Holocausto é a terrível colheita de uma semeadura persistente e prolongada... Sem o antijudaísmo cristão o anti-semitismo racista e, com ele, o Holocausto, não teria sido possível”. “Teologia pós-Auschwitz precisa ter ouvidos atentos para qualquer antijudaísmo, inclusive antijudaísmo escondido em textos bíblicos e doutrinários”. Existe até um anti-sionismo praticado por cristãos que se pretendem fiéis à Bíblia, cristãos não-liberais que tomam a Bíblia toda como Palavra de Deus. Mas, em relação a Israel e aos judeus eles parecem


E O ANTIGO TESTAMENTO?

Com medo de encarar passagens controversas, amigos de Israel evitam mexer com textos bíblicos negativos ou difíceis e se furtam a comentar passagens pesadas como essa sobre os judeus serem adversários de todos os homens. Mas o fato é que as Sagradas Escrituras de Israel, o Antigo Testamento, contém bem mais passagens negativas do que o Novo Testamento. Por exemplo, o capítulo 28 de Deuteronômio, que fala da bênção e da maldição. Os castigos que Deus promete caso Israel seja desobediente e rebelde são terríveis! O inimigo teria permissão divina para sitiar e deixar as cidades morrendo de fome (cumprimento em 2Rs 18.27 e Is 36.12), levando seus habitantes ao mais terrível canibalismo (Dt 28.53ss.), quase à aniquilação (Dt 28.62). Assim como o juízo se cumpriu sobre Israel no tempo do Antigo Testamento, da mesma forma os castigos anunciados pelo Senhor Jesus se abateram sobre Israel depois que Ele subiu ao céu, mais precisamente a partir do ano 70 d.C., quando Israel foi literalmente arrasado, Jerusalém foi aniquilada e do lindo Templo judeu não ficou pedra sobre pedra, exatamente como Jesus predissera. Todas as passagens negativas sobre Israel, todas as ameaças de castigo e juízo

sobre os judeus, porém, não justificam qualquer forma de anti-semitismo ou discriminação de judeus. O reverso da medalha é representado pelas outras passagens bíblicas, complementares aos anúncios de juízo e castigo, que falam da futura restauração dessa nação, tanto espiritual como politicamente, e prometem seu restabelecimento em sua própria terra. Jesus disse: “Eis que a vossa casa vos ficará deserta” (Mt 23.38). O Antigo Testamento já dizia: “Porque os filhos de Israel ficarão muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem estola sacerdotal ou ídolos do lar. Depois, tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor, seu Deus, e a Davi, seu rei; e, nos últimos dias, tremendo, se aproximarão do Senhor e da sua bondade” (Os 3.4-5). Assim como Deus prometeu castigo e maldição como juízo pelos pecados de Israel, também prometeu restauração e bênção ao Seu povo escolhido nos últimos dias. Existem versículos bíblicos para tudo, desde que eles sejam arrancados de seu contexto e isolados do restante da Bíblia. Vejamos um exemplo bem evidente: Jesus, “vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhes: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente” (Mt 21.19). Mas aí lemos Mateus 24.32-33, e o quadro adquire mais cores: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas”.

confira confira

Muitos cristãos esquecem que a obra de Jesus é bem mais abrangente do que

LIVROS

recomendamos

OS CRISTÃOS ESQUECEM

apenas proporcionar-nos a salvação eterna. Vejamos Isaías 49.6: “Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra”. Essa abordagem não é um grande problema para a maioria dos cristãos. Mas aqui a restauração de Israel e o ajuntamento dos judeus dispersos vem ainda antes da menção à salvação dos gentios, que somos nós. Todos são unânimes quando se fala no Messias Redentor da humanidade. O “Servo do Senhor” (Obed Yahweh), o mesmo que morreu como Cordeiro de Deus na Sua primeira vinda, é o objeto das Boas-Novas do Evangelho. Mas a reunião e a restauração de Israel também são parte integrante do ministério de Cristo! Será que nos contentamos com uma versão “light” da Escritura ou cremos na Bíblia toda, do Gênesis ao Apocalipse, inclusive no que ela diz acerca do futuro, e do futuro de Israel especificamente?

QUANTA FALTA FAZ

Quanta falta faz uma objetividade bíblica, uma visão abrangente das grandes verdades bíblicas e um coração aberto, sem idéias pré-concebidas! Pelo menos a partir de 1948, quando foi fundado o Estado de Israel, os cristãos podem ter a mais absoluta certeza de que Deus está cumprindo profecias milenares. Se até o mundo secular reconhece que o deserto florescente é profecia em cumprimento, quanto mais nós, que experimentamos o agir de Deus em nossas próprias vidas, podemos ter a profunda convicção de que os judeus não são “inimigos de todos os homens”, mas que a “salvação vem dos judeus”, e é por essa salvação que Israel ainda anseia e espera!

DVD

dominados pela cegueira. Por exemplo, Harry Bethel, de Bethel Ministries, proclama em alto e bom som: “Os judeus não são mais o povo escolhido de Deus”. Muitos não pregam isso abertamente, mas em seus corações crêem que Israel não tem um futuro prometido por Deus. É uma tarefa difícil conciliar esse pensamento com a Bíblia, mas podemos dizer que as variações sobre esse tema são quase infinitas...

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ARTIGO 02

RICHARD D. EMMONS

VOCÊ COLHE O QUE PLANTA

(OBADIAS 15-16)

Você já viu alguém se alegrar com o infortúnio de outra pessoa ou ficar arrogante ou insatisfeito quando a solidariedade é necessária? Existe um ditado que diz: “O que vai, volta”. A Bíblia fala sobre isto da seguinte maneira: “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). E nós geralmente colhemos muito mais do que semeamos.

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Os edomitas exemplificam essa verdade. Quando deveriam mostrar solidariedade, eles mostraram soberba. Depois, eles tornaram as coisas ainda piores ao “intensificarem suas atitudes”. Finalmente, eles precipitaram seu próprio extermínio. As vítimas eram os israelitas, os descendentes de Jacó. Os perpetradores eram

os edomitas, os descendentes de Esaú, irmão de Jacó. Embora Israel merecesse o juízo de Deus por transgredir a Aliança Mosaica, Deus irou-se contra os edomitas por sua atitude e pelo tratamento que deram aos seus primos distantes. Falando através do profeta Obadias, Ele admoestou os edomitas de que seus aliados iriam traí-los e que


suas habitações seriam arrazadas e ficariam mais vazias do que uma vinha depois da colheita ou que uma casa depois de ter sido roubada. Deus prometeu-lhes: “Como tu fizeste, assim se fará contigo” (Ob 15). Por que Deus os destruiu?

Primeiro, os edomitas mostraram soberba diante da desgraça de seus irmãos Arrogantemente, eles se regozijaram porque os invasores humilharam Israel. Sinceramente, Israel não havia sido o melhor dos vizinhos. O rei Saul havia lutado contra os edomitas. O rei Davi os havia derrotado e “pôs guarnições em Edom (...) e todos os edomitas ficaram por servos de Davi” (2Sm 8.14). Embora Edom tivesse readquirido sua liberdade, mais tarde foi vencido pelo rei Amazias, que “feriu dez mil edomitas no Vale do Sal e tomou a Sela na guerra; e chamou o seu nome Jocteel” (2Rs 14.7). Lutas e animosidade entre as duas nações foram constantes em quase todos os dias dos reis judeus. No entanto, para Deus estas circunstâncias não justificavam a atitude de Edom. Ele detestava a arrogância de Edom e sua celebração diante do sofrimento de Israel. A mensagem de Obadias é que os soberbos nunca vencem: “Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que o Senhor não veja isso, e lhe desagrade, e desvie dele a sua ira” (Pv 24.17-18; cf. Ob 15). No Salmo 35, Davi pediu a Deus que julgasse aqueles que se deleitavam com seus tropeços. Jó disse: “Se me alegrei da desgraça do que me tem ódio e se exultei quando o mal o atingiu (Também não deixei pecar a minha boca, pedindo com imprecações a sua morte)” (Jó 31.29-30). Jesus leva o ensinamento do Antigo Testamento a um grau ainda mais elevado: “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa deixa-o levar também a túnica. Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus” (Lc 6.27-29, 35).

Segundo, os edomitas tiraram vantagem dos que estavam destituídos de tudo Deus julgou Edom por seu tratamento arrogante e não solidário com relação aos israelitas derrotados. “Não devias [Edom] ter parado nas encruzilhadas para eliminares os que escapassem; nem ter entregado os que lhe restassem, no dia da angústia” (Ob 14). Aparentemente, os edomitas mataram e escravizaram aqueles que tinham conseguido fugir. Mais tarde, eles entraram nas cidades arrasadas dos israelitas e as saquearam. Não contentes em simplesmente serem soberbos, os edomitas deram um passo adiante: Eles pilharam os destituídos. Em vez de se solidarizarem e confortarem os israelitas sobreviventes, eles os mataram ou aprisionaram e roubaram tudo de valor que puderam encontrar. Portanto, Deus prometeu apagar Edom da face da terra. “Porque o Dia do Senhor está prestes a vir sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; o teu malfeito tornará sobre a tua cabeça. Porque, como bebeste no meu santo monte, assim beberão, de contínuo, todas as nações; beberão, sorverão e serão como se nunca tivessem sido” (Ob 15-16).

Esta é a lei da semeadura e da colheita Você colhe aquilo que semeou. O apóstolo Paulo mostrou este princípio mais completamente em Gálatas 6.7-10: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”. O afamado pregador Charles Stanley explicou muito bem os elementos dessa lei: Toda escolha tem uma conseqüência. Se tomarmos decisões sábias e piedosas, podemos esperar que Deus nos recompense por nossa fidelidade. Se fizermos escolhas impulsivas ou pecaminosas, podemos saber que conseqüências negativas virão (Gl 6.7-

8). Em outras palavras, você colhe conforme o que semeou, colhe mais do que semeou, e colhe mais tarde do que semeou. (...) Embora o princípio use termos de agricultura, ele se aplica às coisas espirituais e, conseqüentemente, a toda a vida.[1]

Os edomitas semearam animosidade, assassinato, aprisionamento, roubo e destruição. Portanto, estavam destinados a colher as mesmas coisas ou até coisas piores. O que você está semeando? Você guarda rancor por aqueles que lhe fizeram algum mal? Ou lhes presta assistência quando necessitam? Você está semeando para a carne ou para o Espírito? O expositor bíblico John Stott comentou: Semear para a carne significa satisfazer-lhe as paixões, mimá-la, afagá-la, em vez de crucificá-la. (...) Todas as vezes que permitimos que nossa mente abrigue rancor, alimente uma mágoa, entretenha uma fantasia impura, ou chafurde em autopiedade, estamos semeando para a carne. Todas as vezes que nos demoramos com más companhias, a cuja influência insidiosa sabemos que não conseguiremos resistir, todas as vezes que nos deitamos na cama quando sabemos que deveríamos estar alertas em oração, todas as vezes que lemos uma literatura pornográfica, todas as vezes que aceitamos um risco que enfraquece nosso autocontrole, estamos semeando para a carne. Alguns cristãos semeiam para a carne todos os dias e depois se perguntam por que não colhem santidade.[2] Pelo lado positivo, Stott escreveu: São os que semeiam para o Espírito (Gl 6.8) que colhem o fruto do Espírito. E semear para o Espírito significa cultivar as coisas do Espírito, por exemplo, usar com sabedoria o tempo do Dia do Senhor, a disciplina de nossa oração diária e da leitura da Bíblia, nosso culto regular e participação da Ceia do Senhor, nossas amizades com cristãos e nosso envolvimento no trabalho cristão. Um princípio inflexível de todos os tratamentos de Deus, tanto no âmbito material quanto no âmbito moral, é que colhemos segundo o que plantamos. A regra é invariável. Não pode ser mudada, pois “de Deus não se zomba” (Gl 6.7). Portanto, não devemos ficar surpresos se não colhermos o fruto do Espírito quando estamos semeando para a carne o tempo todo. Será que imaginamos que podemos trapacear com Deus ou fazê-lO de bobo?[3]

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O QUE VOCÊ E STÁ SE ME A N DO? VOCÊ GUA RDA RA NCOR P OR A QUE L E S QUE L HE F I ZE R A M A L GUM M A L ? OU L HE S P R E STA A SSISTÊ NCIA Q UA N DO NE CE SSITA M ? VOCÊ E STÁ SE M E A NDO PA RA A CAR N E OU PA RA O E SP Í R I TO?

cada vez mais profundo e mais amplo, até que nos leve ao oceano da infinita felicidade, onde a vida de Deus é nossa para todo o sempre. Neste dia não vamos semear para a carne, pois a colheita será corrupção, uma vez que a carne tende para aquele lado; porém, com autocontrole santo, vamos viver para a finalidade mais elevada, a mais pura e a mais espiritual, buscando nosso Senhor Altíssimo através da obediência ao Seu maravilhoso Espírito. Que magnífica colheita será quando colhermos a vida eterna! Que porções de infinita alegria colheremos! Que esplêndida festa será essa colheita! Senhor, faz de nós ceifeiros por amor de Teu Filho.[4]

Quando nos deparamos com o infortúnio dos outros, é melhor dizermos: “Pela graça de Deus, o que posso fazer por você?”. Melhor ainda, faça aos outros aquilo

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que gostaria que fizessem a você. Tal semeadura colherá recompensas eternas. (Israel My Glory) Richard D. Emmons é professor na Escola de Divindade da Cairn University em Langhorne, Pennsylvania. Ele também é pastor-sênior da GraceWay Bible Church em Hamilton Township, Nova Jersey (EUA). Notas: 1. Dr. Charles Stanley, “The Principle of Sowing and Reaping” [O Princípio da Semeadura e da Colheita], In Touch Ministries, www.tinyurl.com/StanleySR1. 2. John R. W. Stott, The Message of Galatians [A Mensagem de Gálatas], (Leicester, Inglaterra: InterVarsity, 1968), 170. 3. John Stott, Authentic Christianity [Cristianismo Autêntico], citado em “John Stott on the Spirit-Filled Christian for Pentecost” [John Stott Falando Sobre o Cristão Cheio do Espírito Para Pentecostes], TitusONENine, blog do Rev. Canon Dr. Kendall Harmon, www.tinyurl.com/Stott. 4. Charles Haddon Spurgeon, citado em “Faith’s Checkbook” [O Talão de Cheques da Fé], Christianity. com, 2 de maio de 2014, www.tinyurl.com/spdevo.

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A respeito de semear para o Espírito, Charles Haddon Spurgeon, o grande pregador britânico do século XIX, escreveu: Semear se parece com um negócio perdedor, pois colocamos boas sementes de cereais no chão para nunca mais tornarmos a vê-las. Semear para o Espírito parece algo muito fantasioso, um negócio de sonhadores, pois negamos a nós mesmos e aparentemente não recebemos nada por isso. No entanto, se semearmos para o Espírito ao estudarmos como viver para Deus, ao buscarmos obedecer à vontade de Deus, e ao nos entregarmos para promover a Sua honra, não estaremos semeando em vão. A vida será nossa recompensa, até mesmo a vida eterna. Isto nós desfrutamos aqui à medida que entramos no conhecimento de Deus, na comunhão com Deus e no desfrutar da presença de Deus. Essa vida flui como um rio

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ARTIGO 03

CLARENCE JOHNSON

CADA CENTÍMETRO QUADRADO!

(OBADIAS 17-21)

Uma das alegrias de se passar um tempo em Israel é o privilégio de fazer maravilhosos amigos. À medida que os relacionamentos crescem, surgem as conversações sobre uma variedade de tópicos. Às vezes, uma discussão se volta para o conflito árabe-israelense e a pressão internacional sobre Israel, exigindo que Israel desista de mais dos seus territórios. Com o coração pesaroso, tenho ouvido com atenção as pessoas que vivem esse conflito diariamente. Se o momento é adequado, eu me interponho, dizendo: “Mas está chegando o dia em que HaShem (“o Nome”) dará cada centímetro quadrado da terra prometida na Torá à possessão dos judeus. O que Ele declarou, Ele há de cumprir”.

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As respostas variam de olhares vagos a surpresa, alegria e até mesmo lágrimas. Muitos dos meus amigos judeus jamais haviam ouvido uma declaração desta vinda de um cristão. Tendo seus rostos em minha mente, posso somente imaginar a resposta antiga do povo judeu, que estava sitiado, à transição profética de Obadias no versículo 17. Começando com a palavra “Mas”, Obadias mudou da proclamação do julgamento de Edom para a promessa da restauração de Israel. Essa mudança geralmente passa despercebida, ofuscada pelo juízo de Deus contra Edom nos versículos 1-16 e 18. Mas ela está lá – uma mudança que interrompe

uma conversação e inclui o fluir da graça de três bênçãos sendo derramadas sobre Israel: “Mas, no Monte Sião, haverá livramento; o monte será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades” (Ob 17). EM JERUSALÉM, ISTO É, NO MONTE SIÃO, há primeiramente “livramento” dos horríveis juízos e da chacina da 70ª Semana de Daniel, chamada de Tribulação. Pela graça de Deus, haverá um remanescente de Israel prometido e preservado. Em segundo lugar, haverá “santidade”. Jerusalém já não abrigará o comum ou o profano. A cidade, com tudo o que nela há, será sagrada, santificada e dedicada a um propósito santo. As Escrituras são claras em afirmar que, somente quando Deus Fi-


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se interpretar os primeiros dois terços de Obadias é tomando a palavra literalmente. Ela trata de uma nação literal, de um período literal da história, e de pecados literais. Até mesmo a terceira parte prevê um período de juízo literal para Edom, como já vimos. Como é que, de repente, entre os versículos 16 e 17, teríamos uma mudança nos rumos para que possamos dizer que os últimos poucos versículos de Obadias devem ser espiritualizados? Não vejo como isso seja possível.[1]

Quando a posse da terra estiver completa, então “os salvadores” [libertadores] daquelas conquistas militares virão a Jerusalém para governar com o Messias em Seu Reino (Ob 21). O prometido Messias-Rei unirá Israel como uma só nação, vencerá os intrusos nas terras da aliança, e tomará posse do trono de Davi: “E o reino será do Senhor” (Ob 21). Este é o mesmo Rei descrito em Jeremias 10.10: “Mas o Senhor é verdadeiramente Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno; do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação”. Ele é chamado de “Fiel e Verdadeiro”. Seu nome é “Verbo de Deus” e “REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19.11,13,16). Ele “será rei sobre toda a terra” (Zc 14.9). Vencidos por um poderoso inimigo e arrastados para fora de sua terra, os antigos israelitas precisavam de uma palavra de esperança vinda do Senhor. Obadias trouxe essa mensagem. A proclamação do fechamento do seu livro: “E o reino será do Senhor”, é a única verdadeira mensagem de esperança para todo o Israel e para todo o mundo. (Israel My Glory) Clarence Johnson é diretor do Instituto de Estudos Judaicos de The Friends of Israel. Nota: 1. James M. Boice, The Minor Prophets [Os Profetas Menores], Logos ed. (Grand Rapids, MI: Baker Books, 2002), 255-256.

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Como é possível que tal coisa suceda? Para ser honesto, a situação hoje não parece favorável. Não há qualquer raciocínio humano ou solução política que possa fazer com que as promessas de Deus sejam cumpridas. Não obstante, Deus não precisa dessas coisas para cumprir com Seus propósitos. Se Ele precisasse, não seria Deus. OBADIAS TERMINOU SUA PROCLAMAÇÃO de bênção e juízo no final do versículo 18, dizendo: “Porque o Senhor o falou”. Independentemente de quão ruim esteja a situação no Oriente Médio ou quão distantes as promessas pareçam estar atualmente, a Palavra do Senhor é infalível, verdadeira e irrevogável. Algum dia, Israel receberá cada centímetro quadrado da terra que Deus lhe prometeu. Anos atrás, um adesivo de pára-choque de carro usado orgulhosamente por cristãos declarava em negrito: “Deus falou – Eu creio – Está resolvido!”. Se alguém crê ou deixa de crer na Palavra de Deus não importa; Ele o disse! É isto que estabelece as coisas. O conhecido biblicista Dr. James Montgomery Boice, que pastoreou a Décima Igreja Presbiteriana em Filadélfia, estado americano de Pennsylvania, durante 32 anos, disse a respeito dessa passagem de Obadias: Esta é uma maravilhosa passagem da Palavra de Deus para Israel. (...) Ela deve ser entendida literalmente. Deve se referir a um período de bênção de Deus para Israel como jamais foi visto anteriormente. Alguns não tomam essas palavras desta maneira. Ou eles dizem que as profecias já foram cumpridas pelo humilde reajuntamento da nação em Judá depois do exílio de Babilônia, ou aplicam essas promessas de bênçãos à igreja e as vêem sendo cumpridas espiritualmente em nossos dias. (...) Não vejo como uma ou outra dessas visões seja possível. Acima de tudo, não vejo como as promessas podem ser espiritualizadas. A única maneira possível de

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lho, o Messias, retornar e fixar residência em Jerusalém, rodeada pelo Israel redimido, é que a cidade se tornará novamente o lugar santo da habitação do Divino. E isso não é tudo. Quando Deus juntar o remanescente de Israel que está na Diáspora (Dispersão) e este vier dos quatro cantos da Terra, finalmente Israel possuirá toda a terra que Ele lhes prometeu há tanto tempo. Os detalhes desse retorno estão alinhavados nos versículos 19 a 20. Desde o momento em que Deus prometeu aquela terra a Israel, ela tem sido a herança do povo judeu. Contudo, eles não tomaram a posse completa dela, como lhes foi ordenado que fizessem. Infelizmente, durante todas as eras, eles nunca desfrutaram de todas as bênçãos diárias da terra porque desobedeceram. Mas, quando o Messias vier, em poder e grande glória, eles possuirão tudo aquilo a que têm direito. O profeta declarou que esse será o dia em que o Israel reunificado (Jacó e José) finalmente devorará o reino de Edom como línguas de fogo glutonas consomem a grama seca e o restolho. A destruição será absoluta e “ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o Senhor o falou” (Ob 18). Esse acontecimento ocorrerá depois que Jesus Cristo vier em Sua majestosa glória para redimir a Israel. O profeta Isaías disse que o glorioso Messias julgará pessoalmente os edomitas e trará salvação a Israel (Is 63.1-4). Quase posso ouvir os primeiros gritos de ânimo e ver as lágrimas de alegria no momento em que os israelitas ouviram as palavras de Obadias. Ao ler essas palavras tenho vontade de ficar em pé no Monte das Oliveiras e gritar que Israel não foi esquecido; que o povo judeu não foi abandonado. Aqueles que o atormentam serão aniquilados e Israel será abençoado com salvação por toda a terra.

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HORIZONTEHORIZONTE HORIZONTE

HORIZONTE

O papa Francisco está se posicionando contra Israel I S R AE L E O POVO J U D EU D EV ERI AM PROT ESTAR C ONTRA E SSA M E DIDA NOS TE RM OS M A IS F ORTE S POSSÍVE I S, E S E C E RTIF ICA R D E Q U E O PAPA FRAN C I SC O PERC E BA O M A L QUE F E Z. Em um acordo que foi estabelecido em Roma em maio de 2015, a Igreja Católica disparou a mais recente salva de tiros de sua luta de 2.000 anos para desqualificar o povo judeu. Em uma reunião com representantes palestinos no Vaticano, as autoridades da igreja concordaram em reconhecer formalmente o “Estado da Palestina” como parte de uma negociação relativa às atividades católicas nas áreas controladas pelos palestinos. E, se por acaso alguém não percebeu o recado, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, deu-se ao trabalho de confirmar: “Sim, é um reconhecimento de que o Estado existe”. Este vergonhoso passo é um grave golpe nas relações católico-judaicas e não pode ficar sem resposta. Israel e o povo judeu deveriam protestar contra essa medida nos termos mais fortes possíveis, e se certificar de que o papa Francisco perceba o mal que fez.

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Em termos bíblicos, ao reconhecer um Estado palestino na Judéia e em Samaria, o Vaticano está efetivamente buscando negar a aliança eterna entre Deus e o povo judeu, a quem essa terra foi prometida muito tempo atrás. Isto não é somente ofensivo e desrespeitoso, mas também desonesto. De fato, não se pode deixar de questionar: Qual Bíblia o Vaticano está lendo? Seja qual for, devem estar faltando algumas páginas, já que uma olhada mesmo que superficial pelas Escrituras deixa claro que Deus prometeu dar a Terra de Israel para o povo judeu e a ninguém mais. Na verdade, há mais de 150 versículos bíblicos, de Gênesis a Josué e Crônicas, que declaram isto e reafirmam que Israel retornaria do Exílio para este solo sagrado. Vejamos, por exemplo, Isaías 14.1-2: “Porque o SE NHOR se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e os porá na sua própria terra”. Ou, vamos ler Jeremias 31.5, onde Deus diz: “Ainda plantarás vinhas nos mon-

tes de Samaria”. Observemos também Gênesis 48.3-4; e Juízes 2.1; Ezequiel 34.11-13; Oséias 3.4-5; Amós 9.14-15; Obadias 1.17; Sofonias 3.19-20 e Zacarias 8.7-8. A Bíblia coloca em realce, sobretudo, que estas não eram meramente afirmativas, mas juramentos divinos, que jamais seriam quebrados. 1 Crônicas 16.15-18 diz: “Lembra-se perpetuamente da sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações; da aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque; o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel, por aliança perpétua, dizendo: Dar-vos-ei a terra de Canaã como quinhão da vossa herança”. Você entende, mas parece que o Vaticano não. Na verdade, meus amigos cristãos me dizem que as palavras “Palestina” e “palestinos” não aparecem em lugar algum no Novo Testamento. Conseqüentemente, pode-se afirmar que o próprio Jesus ficaria perplexo diante da posição do papa.


O P ORTA - VOZ DO VATICA NO, PA DR E F E DE R ICO L OMBA R DI ( D) , CONF IR MOU: “ SI M, ( . . . ) O E S TA DO [ PA L E S TINO] EX I STE” .

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Vaticano agora traia todos os avanços que já foram feitos. Mas o papa Francisco precisa perceber que, ao reconhecer o fictício “Estado da Palestina”, está se posicionando contra Israel, contra o povo judeu e contra a própria Bíblia. E isto é algo que não podemos perdoar, nem esquecer tão cedo. (Michael Freund – www.jpost.com) Michael Freund serviu como Diretor de Comunicações do Gabinete do primeiro-ministro de Israel sob Benjamin Netanyahu. Ele é fundador e presidente do Shavei Israel/ Israel Retorna [N.T.: lit. os que retornam ao povo de Israel], uma organização com base em Jerusalém, que busca e dá assistência às Tribos Perdidas de Israel e a outros “judeus escondidos” que desejam retornar a Sião.

Leia também o artigo “Demonilíngua e a Paz Diabólica” na revista Chamada de julho de 2015.

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terra, uma posição que insulta a história, a teologia e o bom senso. Isto não é nada menos que o supersessionismo via meios diplomáticos, e um insulto cruel às gerações de judeus que aspiravam por Sião enquanto suportavam a opressão e a perseguição católicas. Israel precisa responder veementemente a esta afronta. Não podemos ficar alheios e observar enquanto nossa integridade nacional é posta em questão. Um bom lugar para começar seria retirando o nosso embaixador à Santa Sé, restringindo o número de vistos dados aos representantes do Vaticano e excluindo qualquer possibilidade de dar à Igreja o espaço que ela tão profundamente deseja no túmulo do rei Davi e no Monte Sião. Que vergonha é que, depois de tanto progresso nas relações católico-judaicas nas últimas décadas, o

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Afinal, de acordo com a crença cristã, Jesus, o judeu, nasceu e foi criado em Belém, o que significa que havia uma comunidade judaica ali, com sinagogas, rituais de banhos, rabinos e talvez uma confeitaria kosher também, centenas de anos antes que o islamismo fosse criado. Então, a Igreja Católica agora julga que Jesus foi um “assentado” ou um “ocupante” da terra palestina? Pois, para uma instituição que se denomina “a Santa Sé” e que afirma manter valores sagrados, o envolvimento profano do Vaticano na política do Oriente Médio é simplesmente indecente. E, dada sua sórdida história de anti-semitismo, queima de livros, conversões forçadas e inquisições, a Igreja Católica deveria pensar cem vezes antes de se atrever a pisar nos calos de Israel. No mínimo, o papa deveria estar de joelhos pedindo perdão ao povo judeu e expiação ao Criador pelo que o Vaticano tem forjado durante séculos. A atual tentativa de enfraquecer e negar o direito de Israel à Judéia e Samaria ao reconhecer o Estado palestino vem cheia de “supersessionismo”, ou “teologia da substituição”, uma doutrina de acordo com a qual a Igreja substituiu Israel como instrumento escolhido por Deus cerca de dois mil anos atrás. Pelos últimos 50 anos, desde o Concílio Vaticano Segundo, a Igreja Católica vinha vagarosamente reconhecendo que o povo judeu é “um povo aliançado”, desta forma, escapando, mesmo que levemente, do supersessionismo Mas conferir legitimidade a um Estado palestino é o mesmo que sugerir que os palestinos substituíram Israel como os legítimos donos da

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Demonizando Israel por meio da falsa equivalência moral C I NC O E S T U D O S C O BRI N D O N OV E PAÍ SES EU RO PEU S DE M ONSTRA M QUE CE RCA DE 40% DOS E UROPE US PE NSA M QUE I S R A E L É U M E S TAD O “N AZ I STA”. A retórica desempenha um importante papel na demonização de Israel. Além do uso de mentiras, a disseminação de argumentos falsos está entre as principais técnicas da demonização. Portanto, é importante que aqueles que defendem publicamente Israel sejam treinados a perceber o que há por trás de tais táticas. Uma técnica destacada usada contra Israel é a falsa equivalência moral. Esta é baseada na afirmativa enganosa de que não há diferença entre duas ações seriamente divergentes. Comparações, por natureza, se prestam facilmente ao abuso. Os exemplos são abundantes e somente alguns dos mais freqüentes podem ser mencionados aqui. Vários vão além do âmbito do senso comum. Um exemplo

que se sobressai é a afirmativa perversa de que o comportamento de Israel é equivalente ao da Alemanha Nazista ou ao dos nazistas. Este exemplo de falsa equivalência moral é amplamente difundido por toda a Europa. Cinco estudos cobrindo nove países europeus demonstram que cerca de 40% dos europeus pensam que Israel é um estado “nazista”. Outra versão dessa falsidade é que Israel está exterminando os palestinos. Esta crença também é amplamente difundida, como se pode observar através das pesquisas de opinião européias. Ainda outra variante dessa falsa comparação é que “Sionismo é Fascismo”. Ao falar ao V Fórum da Aliança das Civilizações, em Viena, em fevereiro de 2013, o então primeiro-

PESQUISAS DE OPINIÃO REVELAM QUE 40% DOS EUROPEUS PENSAM QUE ISRAEL É UM ESTADO "NAZISTA".

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-ministro turco, Recep Tayipp Erdogan (agora presidente), declarou: “Assim como o sionismo, o anti-semitismo e o fascismo, é inevitável que a islamofobia deva ser considerada como um crime contra a humanidade”. Esta declaração foi imediatamente criticada pelo Secretário de Estado americano, John Kerry, pelo Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, e pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Como falsas comparações são feitas com tanta facilidade, uma grande variedade delas é usada contra Israel. A falsa equivalência moral de que sionismo é racismo foi uma tática criada pela União Soviética para justificar sua recusa em condenar o anti-semitismo. Esta estratégia política foi inicialmente usada numa tentativa de expulsar Israel das Nações Unidas nos anos 1960. Embora tenha fracassado, a União Soviética, seus Estados satélites e seus aliados árabes finalmente foram bem sucedidos em 1975, fazendo passar a Resolução 3379 da ONU. Esta determinava que “Sionismo é uma forma de racismo e de discriminação racial”. Ainda outro exemplo de falsa equivalência moral freqüentemente usada para demonizar Israel é rotular Israel como um Estado de apartheid. Jimmy Carter, o ex-presidente dos Estados Unidos, está entre aqueles que fizeram esta falsa comparação, no tí-


tulo de seu livro de 2006, Palestina: Paz, Não Apartheid. O livro Drawing Fire [Atraindo Fogo], de Benjamin Pogrund, jornalista israelense de esquerda, tem como subtítulo “Investigating the Accusations of Apartheid in Israel” [“Investigando as Acusações de Apartheid em Israel”]. O autor diz em uma nota pessoal no livro:

Fui tratado de câncer no estômago em um dos melhores hospitais de Israel, o Hadassah Mt. Scopus, em Jerusalém. O cirurgião (era o chefe dos cirurgiões) era judeu, o anestesista era árabe. Os médicos e as enfermeiras que cuidaram de mim eram judeus e árabes. Durante quatro semanas e meia como paciente, observei pacientes árabes e judeus receberem o mesmo dedicado tratamento. Mais ou menos um ano mais tarde, o cirurgião-chefe se aposentou; foi substituído por um médico que é árabe. Desde então, tenho estado em clínicas hospitalares e em salas de pronto socorro. Tudo é o mesmo para todos. Israel é como o apartheid da África do Sul? Ridículo!

Outra popular falsa equivalência moral usada é a idéia de que Israel representa o poder colonial no Oriente Médio. O historiador Richard Landes expôs a hipocrisia dessa equivalência moral. Ele escreveu sobre a natureza benigna dos assentamentos sionistas na Palestina Otomana e na Palestina Britânica, contrastando agudamente com as aspirações imperiais das potências européias da época. “Em vez de chegarem como vitoriosos militares que não queiram somar nada, os sionistas chegaram como vizinhos que queriam uma soma positiva”, escreve Landes. Mais outro uso da falsa equivalência moral é comparar o Holocausto com a Nakba, a “catástrofe” ou a criação do Estado de Israel (conforme a narrativa palestina. N.R.). Muitos adotaram essa falsa equivalência moral. O Holocausto e a Nakba estão longe de serem semelhantes. O Holocausto foi um genocídio industrial planejado. A Nakba palestina foi o resultado direto da re-

PACIENTES ÁRABES E ISRAELENSES RECEBEM OS MESMOS CUIDADOS EM HOSPITAIS DE ISRAEL, TAMBÉM FORMADO POR MÉDICOS E ENFERMEIROS ÁRABES E ISRAELENSES.

cusa dos palestinos de aceitarem a existência de Israel, o que os levou à sua maior derrota militar. Outra categoria de equivalência moral implica em que o assassinato intencional de civis inocentes é equivalente às mortes acidentais de civis em ações militares. Em março de 2012, a chefe da política externa da União Européia, Catherine Ashton, comparou as mortes de pessoas inocentes, tais como as crianças judias que foram assassinadas em Toulouse, França, por assassinos seriais, e ditadores brutais como Bashar Assad da Síria, às mortes acidentais de civis devido a ações retaliatórias israelenses em Gaza. A então ministra da Justiça, Tzipi Livni, reagiu, dizendo: “Não há semelhança entre um ato de ódio ou de um líder matando membros de sua nação e um país que está lutando contra o terror, mesmo que civis sejam afetados”. Muitas das assim chamadas ONGs humanitárias freqüentemente abusam da falsa equivalência moral. Mesmo quando escreveram breves declarações sobre violações dos direitos humanos impostos ao soldado israelense Gilad Schalit, que foi seqüestrado e aprisionado por terroristas do Ha-

mas durante mais de cinco anos, os relatos da Anistia Internacional e do Human Rights Watch escolheram chamar a atenção para a falsa equivalência moral entre um Schalit seqüestrado e os terroristas palestinos sentenciados pelos tribunais a servirem durante um tempo em prisões israelenses. O advogado americano Alan Dershowitz, diz:

Cada prisioneiro mantido por Israel tem direito a revisão judicial e alguns conseguiram soltura. Cada um deles tem acesso à visitação da Cruz Vermelha, pode se comunicar com a família e seu paradeiro é conhecido. Soldados israelenses seqüestrados, por outro lado, são mantidos incomunicáveis pelos elementos criminais, são rotineiramente torturados, freqüentemente assassinados (como ocorreu recentemente) e não têm acesso à Cruz Vermelha ou à revisão judicial. Além disso, os prisioneiros que estão sendo mantidos pelos israelenses são terroristas – isto é, combatentes ilegais. Muitos são assassinos que foram condenados e sentenciados de acordo com os devidos processos. As “mulheres” e “crianças” são culpadas de terem assassinado e tentado assassinar bebês inocentes e outros não-combatentes. Os soldados [israelen-

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equivalência moral são algumas das muitas deficiências na guerra de palavras à qual as autoridades governamentais [israelenses] deveriam dar atenção muito mais séria. (Manfred Gerstenfeld, Jamie Berk – www.jpost.com)

O Dr. Manfred Gerstenfeld é ex-presidente do Jerusalem Center for Public Affairs [Centro para Questões Públicas de Jerusalém] (2000-2012). Jamie Berk é um pesquisador que está trabalhando em sua dissertação de mestrado em Ciências Políticas na Universidade Hebraica.

DVD

Dershowitz mencionou que o Hamas ou o Hezb’allah (Partido de Alá) não tratariam os soldados israelenses da mesma maneira que Israel trata seus prisioneiros porque Hamas e Hezb’allah “são organizações terroristas que não operam dentro das regras da lei”. Muitas outras falsas equivalências morais podem ser mencionadas. Os defensores públicos e os

diplomatas de Israel, em sua maioria, não foram treinados para reconhecer e lutar sistematicamente contra a equivalência moral abusiva. Os danos causados por essas táticas de demonização deveriam ser considerados e tratados por aqueles que têm contato com o público. O mesmo é verdadeiro sobre outros falsos argumentos que são freqüentemente usados, tais como apelos sentimentais, dois pesos e duas medidas, e bodes expiatórios. Falhas no combate à falsa

LIVROS

ses] que foram seqüestrados são combatentes legais sujeitos a status de prisioneiros de guerra.

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HORIZONTE

Guia de Estudo da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos Culpa o Sionismo Por... Tudo Em 2014, um ramo da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA) deu mais um passo na tentativa de persuadir seus dois milhões e quatrocentos mil membros de que o Sionismo é a única razão pela qual não há paz no Oriente Médio. A Israel Palestine Mission Network [Rede Missionária Israel-Palestina] da PCUSA editou seu material educacional: um guia de estudo congregacioO R AB I N O A B R A HA M COOP E R , DO S IMON WI E SE NTHA L CE NTE R , CHA MOU ZIONISM UNSETTLED DE “UM L ONGO DIS CUR S O R A IVOS O Q UE É O GÊ ME O TE OL ÓGICO DA INFA ME R E SOL UÇ Ã O DA ONU “ZIONIS M IS R ACIS M” [S IONIS MO É R ACIS MO] , DE 1975”

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nal de 74 páginas chamado Zionism Unsettled [Sionismo Desalojado]. Ele vem com um DVD. O pacote é chamado “um guia sobre “como fazer”, para líderes de grupos, com sugestões dirigidas para discussão”. O guia é uma versão condensada de um livro do rev. Clifton Kirkpatrick, do Seminário Teológico Presbiteriano de Louisville, Zionism and the Quest for Justice in the Holy Land [O Sionismo e a Busca por Justiça na Terra Santa]. O rabino Abraham Cooper, do Simon Wiesenthal Center, chamou Zionism Unsettled de “um longo discurso raivoso que é o gêmeo teológico da infame resolução da ONU “Zionism is Racism” [Sionismo é Racismo], de 1975”, e “um compêndio de distor-


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Peace [Presbiterianos Pela Paz no Oriente Médio] (PFMEP), prometeu lutar contra o Zionism Unsettled e o BDS, cuja verdadeira intenção, conforme esta facção, é “o fim do Estado Judeu de Israel”. “O guia de estudo revela um desejo de alguns em nossa denominação de transformar Israel em um Estado de natureza desconhecida, o que apagaria a reivindicação do povo judeu a uma nação”, disse o PFMEP. (Israel My Glory)

DVD

bléia Geral da PCUSA em Detroit, que votou uma resolução para retirar investimentos da igreja das companhias que estiverem fazendo negócios com Israel. A PCUSA é uma participante-chave no movimento Boycott, Divestment, and Sanctions [Boicote, Desinvestimento e Sanções], o BDS, esperando enfraquecer Israel economicamente e forçá-lo a entregar suas terras aos palestinos. Uma facção pró-Israel dentro da igreja, Presbyterians for Middle East

CDS

ções, ignorância e completas mentiras”, relatou The Times of Israel. The Times disse que o guia de estudo acusa Israel de todos os tipos de coisas e argumenta que “Israel está totalmente desinteressado na paz, e não negocia de boa-fé”. Ele também usa citações enganosas, além de “maliciosos jogos de palavras estarem presentes em todo o trabalho”. O guia foi publicado a tempo de tentar influenciar o encontro da Assem-

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HORIZONTE

O que é a Jerusalém Oriental e onde ela fica? Recente relato no noticiário: “Espera-se que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprove planos para construir 1.400 novas casas tanto na Margem Ocidental quanto na Jerusalém Oriental nos próximos dias”. Quando levamos visitantes para o Passeio Sherover-Haas, em nosso bairro de Talpiot, com sua vista magnífica do panorama da velha e da nova Jerusalém, eles sempre perguntam: “Mas, onde fica a Jerusalém Oriental?”. Então nos vemos apontando em todas as direções porque o termo é artificial e a definição é errada. Jerusalém é uma cidade construída sobre colinas, encrustada em uma cadeia de montanhas. Samaria fica para o norte e a Judéia para o sul. A cidade não tem formato definido, para dividir o lado leste (oriental) do oeste (ocidental).

Até a vitória de Israel, na Guerra dos Seis Dias em junho de 1967, partes de Jerusalém eram artificialmente separadas ao longo das linhas do armistício quando do término da Guerra da Independência em 1948. Partes do Norte, Sul e Leste de Jerusalém ficaram sob o controle do Reino Hashemita da Jordânia. Em 28 de junho de 1967, as barreiras que haviam dividido Jerusalém foram desmontadas. A cidade – cujos limites desde então foram expandidos para além das fronteiras municipais demarcadas pela Jordânia – foi incorporada a Israel propriamente dito. A anexação teve a oposição do Departamento de Estado dos Estados Unidos e foi condenada pelo Conselho de Segurança da ONU. Nenhum país reconhece Jerusalém – nem mesmo a Jerusalém “Ocidental”

– como a capital de Israel, apesar de Israel já ter a posse da Jerusalém “Ocidental” quando a cidade foi dividida. A população árabe palestina da Jerusalém “Oriental” ganhou o direito de votar nas eleições municipais, mas optou por boicotar a participação política. Ainda assim, os árabes de Jerusalém possuem carteiras de identidade azuis, comuns, de Israel, como a minha, que lhes permite fazer uso completo da cobertura universal da saúde e dos benefícios do bem-estar social disponíveis para todos os cidadãos israelenses. No tempo da reunificação, o ex-premiê David Ben-Gurion convocou um esforço nacional para colonizar os espaços vazios da Jerusalém metropolitana, anteriormente ocupados pela Jordânia. Não obstante a oposição internacional, todos os governos israelenses

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nheça a Bíblia”

têm trabalhado em uma base bipartidária para solidificar o controle judeu da cidade, construindo uma linha de bairros residenciais estrategicamente localizados: Gilo e Har Homa, no sul; Talpiot Oriental, no leste; Ramat Eshkol, French Hill, Pisgat Zeʼev, e Neve Yaakov, no norte; Ramot e Ramat Shlomo no flanco norte da autoestrada Jerusalém-Tel Aviv. Todos esses bairros, bem como a Cidade Velha murada de Jerusalém, são englobados na Jerusalém Oriental. E a comunidade internacional os considera “assentamentos” nos “territórios ocupados”.

H.Rossier

Vi descer dos céus um anjo que trazia na mão a chave do Abismo e uma grande corrente.

A Linguagem Simbólica do Apocalipse

érie

H O J E , ATÉ M E S M O V I SI TAN T E S CA SUA I S P ODE M DE P R ON TO P E R CE B E R QUE A CIDA DE É UM M O S A I CO D E BA I RR OS C ON ST R UÍ DOS N A S C OL I N A S E N OS VA L E S , ONDE J UDE US E Á R A B E S VI VE M PRÓ XI M O S UN S DOS OUT R OS E C OM PA RT I L HAM D OS ME S MOS E S PA ÇOS P ÚB L ICOS .

Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo,

Terras do governo da Jordânia e algumas áreas particulares foram confiscadas, mas a maioria dos sítios escolhidos para esses “assentamentos” era despovoada. Somente em anos recentes é que um pequeno número de colonizadores ideológicos se mudou para os bairros árabes densamente habitados tais como a Cidade de Davi, o Quarteirão Muçulmano da Cidade Velha e Sheik Jarrah (também conhecido como Shimon HaTzadik). Mais uma palavra sobre Ramat Shlomo, já que está sempre nos noticiários. Qualquer aprovação burocráti-

ca rotineira de habitações adicionais nesse bairo fervorosamente ortodoxo existente é invariavelmente vazado à mídia pelos lobistas do Peace Now [Paz Agora] (o grupo é financiado principalmente pela União Européia e por fundações estrangeiras). Quando isso acontece, por exemplo, durante uma visita do vice-presidente americano Joe Biden ou do secretário de Estado americano John Kerry, gera imediatamente uma crise nas relações de Israel com os Estados Unidos. No dia 19 de junho de 1967, o presidente Lyndon Johnson declarou: “Ninguém deseja ver a Cidade Santa novamente dividida”. Hoje, até mesmo visitantes casuais podem de pronto perceber que a cidade é um mosaico de bairros construídos nas colinas e nos vales, onde judeus e árabes vivem próximos uns dos outros e compartilham dos mesmos espaços públicos. Eles freqüentam a mesma Universidade Hebraica, têm acesso aos mesmos hospitais e fazem compras em alguns dos mesmos supermercados. Com generosidade e boa vontade mútuas, a cidade pode ser pacificamente compartilhada. Mas, imaginar uma Jerusalém divisível ao longo de um eixo leste-oeste evidencia uma profunda ignorância sobre geografia política. (Elliot Jager – Israel My Glory) Elliot Jager é um escritor e palestrante que vive em Jerusalém.

Novidades do DLC

H.Rossier

Satanás, e o acorrentou por mil anos; lançou-o no Abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações, até que terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo. Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia

Interpretar a linguagem simbólica do Apocalipse é algo que alguns já cogitaram.

sido dada autoridade para julgar.E muitos Vi as almas dos que foram decapitadosao por constatar causa do testemunho Jesus ée proveitoso. da palavra de Deus. Eles não tinham têm-se surpreendido quantode isso adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil

anos. (O restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição.

Felizes e santos os que

A Linguagem Simbólica do

participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil

Apocalipse

anos. A Destruição de Satanás. Quando terminarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar. As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou. O Diabo, que as enganava, foi

lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre. Os Mortos São Julgados. Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hadesa entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito.Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo.

98441-47-3

Interpretar a linguagem simbólica do Apocalipse é algo que alguns já cogitaram. E muitas têm-se surpreendido ao constatar quanto isso é proveitoso.

A mensagem esclarecedora e as advertências contidas nessa carta não perderam em nada a sua atualidade.

Trata-se de um livro essencial para os nossos dias, porque mostra que aqueles que desejam manter-se separados do mundo e de seus males devem esperar oposição.

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