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2 O DiĂĄrio Quarta-feira 5 de Dezembro 2007

Destaque

Destaque

BANCA MaiorMaior bancobanco privado tenta virar pĂĄgina depois de renĂşncia do fundador BANCA privado tenta avirar a pĂĄgina depois de renĂşncia do fundador

Negociaçþes paralelas para lista concorrente

Saída de Jardim Gonçalves não garante a paz no BCP

Berardo, Fino e Moniz da Maia não desistem Em paralelo com a marcação de uma assembleia geral para Janeiro, pedida no mesmo dia pelo conselho de administração e por Joe Berardo em separado, decorrem movimentaçþes encabeçadas por Manuel Fino e Bernardo Moniz da Maia que pretendem garantir que no futuro CAE ficam dois dos actuais gestores do BCP, Francisco Lacerda e Castro Henriques. Nesse sentido têm desenvolvido contactos para encontrar um CEO de modo a pôr em marcha uma lista adversåria da que Ê encabeçada por Pinhal. Jå sondaram Carlos Santos Ferreira, presi-

O fundador estå de saída. Mas a composição do próximo conselho de administração continua a ser motivo de tensão no banco Jardim Gonçalves

22%

dente da CGD e amigo pessoal de Pinhal, e AlĂ­pio Dias, gestor do BCP, que recusaram, apurou o PĂšBLICO. Em causa estarĂĄ a associação destes dois investidores, cada um com dois por cento do capital, a Joe Berardo, que possui quase sete por cento. Um investidor que corre por conta prĂłpria e que, atĂŠ certo ponto, dificulta a possibilidade de Fino e Moniz da Maia encontrarem um gestor que aceite ter o seu nome associado a Berardo. E esta situação pode acabar por gerar algum desalinhamento neste grupo - Berardo, Fino e Moniz da Maia - que tem funcionado de modo articulado.

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Manuel Fino, na reunião de ontem do Conselho Superior, que integra, levantou objecçþes à lista de Pinhal, afirmando que tinha esperança em ver os nomes de Lacerda e de Castro Henriques na administração do BCP. A reunião do CS prolongou-se, tendo terminado três horas depois do previsto. Isto porque Fino colocou em causa a legitimidade da convocação da AG por parte do CAE, sem que o Conselho Superior tenha sido ouvido, tal como estå previsto estatutariamente.A convocatória acabou por se ratificada, com o voto contra de Manuel Fino. C.F.

Berardo, Fino e Moniz da Maia nĂŁo desistem

Cristina Ferreira Foi um dia de reuniĂľes e algumas fric- cujo desfecho nĂŁo permitiu a clarificação çþes no Banco Comercial PortuguĂŞs. O dia do poder dentro do banco. jĂĄ se adivinhava longo, depois da anunciada decisĂŁo de Jorge Jardim Gonçalves Pacificação? de colocar um ponto final Ă sua presença no banco que fundou hĂĄ 22 anos. E assim JĂĄ Filipe Pinhal começou por lembrar: foi. “O que hoje fizemos ao longo do dia foi Pela manhĂŁ reuniu o Conselho Geral e uma tentativa de nos libertarmos de um de SupervisĂŁo (CGS), onde Jardim apre- passado que incomoda, em benefĂ­cio de sentou a sua renĂşncia com efeitos a partir um futuro que tem todas as razĂľes para de 31 de Dezembro. JĂĄ depois de almoço, ser auspiciosoâ€?. â€œĂ‰ uma tentativa de voltar o mesmo sucedeu no Conselho Superior, uma pĂĄginaâ€?, disse o presidente do CAE, tambĂŠm presidido pelo lĂ­der histĂłrico que em Setembro sucedeu a Teixeira Pindo BCP. Este ĂłrgĂŁo integra alguns ac- to. Mas hĂĄ sinais de que a pacificação da cionistas contestatĂĄrios de Jardim, o que instituição nĂŁo serĂĄ automĂĄtica e que a fez prolongar a discussĂŁo sobre aspectos saĂ­da de Jardim dificilmente estabilizarĂĄ jurĂ­dicos relacionados com a convocatĂłria o grupo. Tudo indica que se estĂĄ a caminda prĂłxima assembleia geral. har para uma guerra entre duas listas que A decisĂŁo de Jardim Gonçalves, de 71 se vĂŁo confrontar na prĂłxima assembleia anos, renunciar Ă s funçþes que desem- geral, entre 15 e 20 de Janeiro. De um lado penha no banco ocorre num quadro de di- aparece Filipe Pinhal a liderar uma provisĂŁo dos accionistas e da gestĂŁo. Ontem, posta para o CAE, onde apenas consta o na sua intervenção de despedida, lembrou nome de um gestor da sua equipa, Cristoque 2007 trouxe alturas de “instabilidadeâ€? pher de Beck. Pinhal convidou ainda trĂŞs ao banco, mas este “sempre soube superar altos quadros do banco, Miguel Maya, as dificuldades e o momento seu chefe actual nĂŁo ĂŠ excepção.â€? â€œĂ‰ de gabitempo de pĂ´r fim Ă incerteza nete, JosĂŠ e marcar um rumo definidoâ€?, JoĂŁo Guilnotou o fundador do BCP, herme, acrescentando que, “depois da banca de muito ponderarâ€?, entende invesÉ a percentagem de capital dos acdeu que deveria renunciar Ă s timento, cionistas alinhados com Jardim que suas funçþes.Isto, para ajudar e Paulo agora apoiam a lista Ă administração a pacificar a instituição. M o i t a apresentada e liderada por Filipe Mas deixou claro que se Macedo Pinhal manterĂĄ vigilante. “NĂŁo ex(ex-direcercerei funçþes no banco, tor geral mas nĂŁo saio.â€? Instado a esclarecer a sua dos impostos e director-geral do banco), declaração, lembrou: “Sou cliente e ac- como prova de que o BCP tem capacidade cionista.â€? A guerra no BCP jĂĄ levou Ă de gerar competĂŞncias. Fora do grupo saĂ­da do ex-presidente executivo Paulo foi buscar Rui Horta e Costa, da UBS, e Teixeira Pinto, no final da Ăşltima reuniĂŁo Alves Monteiro, ex-presidente da Bolsa. de accionistas (AG), realizada no VerĂŁo, e Pinhal deixou cair vĂĄrios nomes, como

Requisitos do Sistema

o de António Rodrigues, o actual CFO, e o de Luís Gomes, chefe de gabinete de Jardim, contestados pelo grupo de Berardo. Um sinal de que Jardim abandona o BCP numa situação de fragilidade e sem capacidade para influenciar o seu futuro, apesar dos apoios accionistas que ainda tem.O fundador conseguiu apenas, e para jå, travar a subida ao poder do grupo de Joe Berardo. Mas não tem garantias de que Filipe Pinhal não venha mais tarde a aceitar que estes assumam um papel mais relevante no banco.Pinhal comunicou que a sua lista à administração tem o apoio da maioria do Conselho Superior. E embora seja aceite pelos accionistas alinhados com Jardim (cerca de 22 por cento do capital), não Ê totalmente do seu agrado, pois estes sabem que o CEO Ê hoje sobretudo um homem de confiança da Teixeira Duarte, que tem tido um comportamento sinuoso no processo (com apenas 5,7 por cento do capital, ajudou a travar as negociaçþes para a fusão com o BPI e que eram desejadas por 33 por cento do capital do banco). A construtora tem revelado ter uma agenda própria, pois tem interesses muito relacionados com o grupo - Ê accionista, tem crÊditos, e quer poder decidir sobre os 10 por cento que o BCP possui na Cimpor. Ao avançar com uma lista que pretende que seja uma terceira via (não a de Jardim, não a de Berardo), o CEO pisca um olho aos investidores que vinham reclamando a saída do fundador.Como acaba de acontecer. Depois de nos últimos dias tercriticado Filipe Pinhal pelo facto de este ter assinado os crÊditos e os perdþes (30 milhþes de euros) a Goes Ferreira, Berardo foi ontem saudar a saída de Jardim, alegando que o poder deve ser entregue ao CAE. Uma indicação de que poderå ter sido jå

seduzido por Pinhal. Mas Pinhal ĂŠ um lĂ­der a prazo, o que faz com que a sua lista tenha carĂĄcter transitĂłrio. Com 61 anos cada, Pinhal e de Beck tĂŞm surgido associados aos eventuais “perdĂľes de dividaâ€? aos accionistas de referĂŞncia. Por outro lado, a nova administração começarĂĄ a trabalhar numa conjuntura econĂłmica desfavorĂĄvel e os objectivos de aceleração do crescimento serĂŁo mais difĂ­ceis de atingir. Mas se a lista de Pinhal for aprovada (necessita de maioria simples) na prĂłxima AG, entĂŁo o grupo de Berardo, Fino e Moniz da Maia perderĂĄ a margem para continuar a contestar a gestĂŁo do BCP.

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A saĂ­da sem brilho do homem que revolucionou a banca de retalho portuguesa Paulo Ferreira No final da dĂŠcada de 90, Ă medida que se ia aproximando dos 65 anos, Jardim Gonçalves começou a ouvir a pergunta muitas vezes: “Quando ĂŠ que deixa a presidĂŞncia do BCP?â€?. Dono de uma habilidosa e por vezes desarmante ironia, dava invariavelmente a mesma resposta, em entrevistas ou conversas de circunstância: “PorquĂŞ? Acha que jĂĄ nĂŁo estou com capacidades?â€?.Os 65 ficaram para trĂĄs e sĂł aos 70 ĂŠ que o fundador do BCP cedeu o seu lugar de presidente do Conselho de Administração. FĂŞ-lo para Paulo Teixeira Pinto, contra a surpresa generalizada do mercado, que via em Filipe Pinhal o sucessor natural.Essa decisĂŁo, pelas divisĂľes que viria a provocar, acabou por revelar-se determinante para a forma como Jardim Gonçalves anunciou ontem a sua renĂşncia dos cargos que ocupava na instituição. NĂŁo ĂŠ uma saĂ­da em grande nem o momento ĂŠ positivo da instituição. É, atĂŠ certo ponto, uma saĂ­da forçada. Isso nĂŁo ĂŠ suficiente, no entanto, para apagar o seu papel cimeiro no sistema financeiro no Ăşltimo quarto do sĂŠculo pas-

sado. Foi dele, então presidente do Banco Português do Atlântico, que AmÊrico Amorim e um grupo de investidores se lembraram quando, a meio da dÊcada de 80, quiseram fundar um banco. O país estava então prestes a aderir à CEE. A banca privada dava os primeiros passos, num sector quase inteiramente dominado pelo Estado após as nacionalizaçþes de 1975.Jardim Gonçalves aceitou o desafio. O BCP nasceu em 1985, a partir de um grupo de quadros proveniente, essencialmente, do BPA, que o presidente conhecia bem. Primeiro lançou uma rede de balcþes escassa, um banco de elite, para ricos e para empresas, caråcter realçado pelo cinzento e bordeaux da sua imagem. A revolução na banca de retalho portuguesa estava reservada para quatro anos depois. Num só dia, um banco abriu 21 agências em todo o país. Eram balcþes diferentes. Não se via ninguÊm lå atrås a trabalhar, as cores eram o verde, o vermelho e o amarelo vivos, muito diferentes do cinzentismo, visto como sinónimo de seriedade, comum no sector. Nascia a Nova Rede e

com ela começou uma profunda mudança na relação dos bancos com os clientes. As instituiçþes começaram a segmentar mercados, a criar marcas para cada tipo de clientes, a distinguir produtos e serviços de acordo com o perfil do consumidor. Apareceram os “gestores de contaâ€? e multiplicaram-se os balcĂľes bancĂĄrios com o aspecto que hoje tĂŞm. O pioneirismo da Nova Rede foi bem sucedido e o caso foi estudado durante anos nas disciplinas de marketing financeiro em algumas das melhores escolas de gestĂŁo do mundo. Era a aplicação de uma mĂĄxima que Jardim Gonçalves nĂŁo se cansava de repetir: “Agressividade comercial, conservadorismo financeiroâ€?. O sucesso comercial do BCP nĂŁo era, no entanto, sinĂłnimo de paz entre os principais protagonistas. Jardim Gonçalves, apesar de nĂŁo ter posição accionista, era claramente o lĂ­der. AmĂŠrico Amorim, que com cerca de 10 por cento do capital era o principal accionista, acabou por sair e vender a sua posição, apĂłs divergĂŞncias com o presidente. Ficou claro, nesse ano de 1991, que

Neve

era Jardim quem mandava, apesar de não ter investido. Mas a estratÊgia não passava pela lentidão do crescimento orgânico. Em 1994 o país foi surpreendido pela ousadia: o BCP lançava uma oferta de aquisição hostil sobre o BPA, então o maior banco comercial privado, que tinha como accionistas nomes como Belmiro de Azevedo, Salvador Caetano ou Stanley Ho. A batalha foi longa. O BCP venceu e ascendeu ao primeiro lugar da banca privada. Novas aquisiçþes - Banco Pinto & Sotto Mayor e

Banco Mello - reforçaram a liderança privada e colaram o banco à Caixa Geral de Depósitos. No início desta dÊcada, a queda dos mercados de capitais penalizou os resultados do banco pela primeira vez na história. A arrumação financeira da casa foi difícil. Em 2005, Jardim Gonçalves cedeu a posição executiva a Teixeira Pinto mas continuou noutras funçþes. Sai agora, pondo fim à carreira financeira de um engenheiro nascido hå 72 anos no Funchal.

Saída de Jardim Gonçalves

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Evaporação

Granizo Precipitação

Transpiração à gua do Subsolo

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