Revista Pasta 02

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Caixa Forte / Felipe Taborda // 08

Cosméticos

Serviço Público

Além-Mar / Rodrigo Butori + Virgin Digital // 12

Avon // 48

Unicef // 74

Anunciante / FedEx + São Paulo Alpargatas // 18

Eletrodomésticos

PEA // 76

Internacional / The Mill // 20

Fundação SOS Mata Atlântica // 77

Texto Corrido / Fábio Fernandes // 22

Eletroeletrônicos

Ten Yad // 78

Registro / Felipe “Flip” Yung // 24

Gradiente // 51

IBEASA // 79

Produção / Fábio Soares // 28

Sony // 52

ITS // 80

Pasta // 33

Escolas e Cursos

Alimentos / Restaurantes

Multibras // 50

Colégio São Luís // 53

Panamericana Escola de Arte // 54

Higiene Pessoal

Sadia // 33

Parmalat // 34

A Bela Sintra // 35

Kraft Foods // 35

Fleischmann // 36

Automotivos

Honda // 37

Fiat // 38

Goodyear // 39

Kia Motors // 40

Mercedes-Benz // 40

Bancos e Financeiras

Ceil // 56

Reckit Benckiser // 57

Mídia

Veja São Paulo // 58

TV Globo // 60

ESPN Brasil // 60

O Estado de São Paulo // 61

Go Outside // 62

MTV // 64

Jornal do Brasil // 65

Oi FM // 66

Editora Abril // 67

Telecomunicações

Orolix // 81

Brasil Telecom // 82

Transportes e Turismo

Iveco // 83

TAM // 84

Unidas Rent a Car // 86

Hummer // 87

Varejo

Bayard // 88

Discomania // 89

Vestuário

São Paulo Alpargatas // 90

Performa Skateboard // 93

Nike // 94

Visa // 41

Net // 68

Tigor // 95

Itaú Seguros // 42

Playboy // 69

Mizuno // 96

São Paulo Alpargatas // 97

Bebidas Alcoólicas

Outros

Diageo Brasil // 43

Folha de São Paulo // 70

Skol // 44

Fermatec // 71

Cervejaria Devassa // 45

A Girafa Books // 72

Schincariol // 46

OSB // 73

SUMÁRIO // 04

Capa // Dentsu

Filmes // 98

Índice Remissivo // 114

Terceira capa // Diretor de arte convidado: Tomás Lorente Fotografia: Willy Biondani


Editorial Esta é a edição número dois da Revista Pasta, publicação do Clube de Criação de São Paulo, cujo norte é fazer de suas páginas um espelho apto a refletir com nitidez a imagem de quem cria e produz Expediente Editora // Laís Prado Medeiros lais@ccsp.com.br Projeto Gráfico e Direção de Arte // João Linneu Repórteres // Francisco Canindé e Luis Fernando Ramos redacao@ccsp.com.br Produção // Francisco Canindé producao@ccsp.com.br Revisão // Sandra Simões Produção Gráfica // Jomar Farias Diagramação e Finalização // Fabio Graupen Gráfica // Arizona Papel // Sappi Diretor Comercial // Jefferson Cervelim jefferson@ccsp.com.br Jornalista Responsável // Laís Prado Medeiros Mtb 26851 Exemplar Avulso // R$ 25,00 Assinatura Anual (seis edições + dois DVDs) // R$ 132,00 - para não sócios do CCSP // R$ 66,00 - para sócios do CCSP Para assinar ligue (55 11) 3038-1411 ISSN 1808-8856 A Revista Pasta é uma publicação bimestral do Clube de Criação de São Paulo Presidente // Eduardo Martins Vice-Presidente // Jáder Rossetto Diretor Executivo // Gilberto dos Reis Diretores // Amaury Terçarolli, André Nassar, Eduardo Lima, Erh Ray, João Linneu do Amaral Neto, João Livi, Leandro Castilho, Marcelo Camargo, Marco Versolato, Renata Flório, Victor Sant’Anna, Wilson Mateos

publicidade no Brasil, um dos mais avançados pólos de comunicação do planeta. Colocar esse segundo tijolo no muro que começamos, dois

Clubeonline Visite o Clubeonline, site oficial do Clube de Criação de São Paulo. As peças exibidas no miolo da Revista Pasta são uma seleção do melhor publicado na seção NOVO! do Clubeonline, nos últimos 60 dias. No site, você encontrará

meses atrás, a levantar juntos, está sendo especialmente prazeroso. Isso

as fichas técnicas completas, de todos os anúncios e filmes.

porque a primeira edição, que está esgotada, gerou uma quantidade tão

Para acessar o Clubeonline digite www.ccsp.com.br. Para

grande de cartas, e-mails, beijos e abraços, dando as boas-vindas à

assistir aos comerciais ou conferir os anúncios, ampliados,

nova revista, que estamos com a horta e a alma encharcadas de água

digite http://www.ccsp.com.br/novo/.

boa, até hoje. Nesta edição, você irá dar de cara com Felipe Taborda,

Para participar da seção NOVO! cadastre sua agência ou pro-

um mestre do design gráfico e desbravador de intercâmbios, que nos adianta novidades sobre exposições que está organizando, reunindo

dutora na nossa extranet (http://extranet.ccsp.com.br) e submeta suas peças.

peças dos últimos Anuários do CCSP, em Nova York e Tóquio, ainda este ano. A seguir, um mergulho na mais recente e competente campanha da Virgin Digital, que traz o talento do brasileiro Rodrigo Butori impresso em seu DNA. Dando um pulo em Londres, você conhecerá uma casa de magos e de magias virtuais chamada The Mill. Voltando ao Brasil,

Errata O título correto da peça ao lado, criada pela Talent para Sony Ericsson, é Um celular tão desejado só podia estar nesta revista, e não Paixão Total, como foi publicado na edição anterior da Revista Pasta.

desvendamos a trajetória de um cara doce e artista: Fabião Soares, da Conspira. Ainda tem um belo texto corrido de Fabinho Fernandes, opinião de anunciantes e os riscos e rabiscos do Flip. Mais adiante, vem a Pasta, em si. Anúncios e mais anúncios garimpados na seção NOVO! do Clubeonline, nos últimos 60 dias. E uma novidade: a partir de agora, tem filme na Pasta. Continuamos pretendendo fazer dessa

A Revista Pasta tem o patrocínio anual das empresas:

revista algo inevitável. Se ela já tiver atingido esse objetivo, ligue já, já, já e assine. Ou nos cutuque com vara curta, para que possamos melhorar, sempre. Voltamos em abril. E o apoio anual das empresas:

Rua Deputado Lacerda Franco, 300 - sala 12 - Pinheiros CEP 05432-080 - Tel.: (11) 3030-9312 São Paulo - Capital

Laís Prado

Nº. 02 - Fevereiro - Março/2006

lais@ccsp.com.br EDITORIAL // 05




Rodrigo Lopes

Revista Pasta: Quando o design entrou na sua vida?

Rodrigo Lopes

“Não temos noção da nossa força cultural, etílica, gastronômica e artística”

Felipe Taborda: Minha relação com o design começou quando conheci o Aloísio Magalhães, um dos mais importantes designers brasileiros, autor de projetos como a primeira identidade visual da Petrobras, o desenho das notas do Cruzeiro que traziam o Barão do Rio Branco, e o símbolo do

O designer e diretor de arte Felipe Taborda procura manter seu cérebro imerso em um caldeirão pleno de informações, cores, técnicas,

Capa da coletânea de Lulu Santos, dentro da série Perfil, da Som Livre

IV centenário do Rio de Janeiro. Foi ele quem realmente tornou o design “popular”, no Brasil. Tive o privilégio de acompanhá-lo em seu escritório, conhecer seus projetos e conversar muitas vezes com ele, que foi,

formas, sons e texturas. De Beatles, Rolling

sem dúvida, um dos principais criadores e pensadores deste País. Além

Stones e Tropicália até a publicidade e outras

disso, tive todas as influências possíveis de quadrinhos como Tintin e

RP: Qual é sua formação acadêmica?

formas de “boa arte”, como gosta de frisar,

Asterix e de mestres como Robert Crumb e Carlos Zéfiro. No cinema,

Taborda: Eu me formei em Comunicação Visual, na PUC-RJ, e imediata-

Taborda absorve um sem-número de elementos e

fui contagiado por Ingmar Bergman, Pasolini, Bertolucci, os primeiros

mente após a formatura fui para Londres, estudar fotografia, na London

Coppola, Scorcese e Carlos Saura. Na música, por Beatles, Stones,

International Film School, em 1978. Passei dois anos por lá, como bol-

Doors, Caetano e Gil. Tudo o que aconteceu do final dos anos 60 até o

sista da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

começo dos anos 80, todas as mudanças visuais, estéticas e musicais

Superior). Depois consegui uma extensão dessa bolsa para estudar em

desse período magnífico, certamente determinaram um novo caminho

Nova York, mas antes disso também morei em Paris. Nos EUA, eu com-

para o mundo. Misture tudo isso e temos boa parte do que sou hoje.

pletei meu mestrado em Communication Arts, no New York Institute of

devolve ao mundo obras bem resolvidas. Autor de pôsteres que fizeram e fazem história e de capas de long-plays e cds que se tornaram clássicas, o designer é figurinha fácil em fichas técnicas de trabalhos criados para grupos como Barão Vermelho e Paralamas. nomes como Neville

Technology, entre 1980 e 1982. Além disso, cursei Design Gráfico, na

seu livro/catálogo 100 Cartazes. Taborda também

School of Visual Arts, ainda em Nova York, em 1982.

organiza exposições focadas em publicidade e design, tanto dentro quanto fora do Brasil, e já

Rodrigo Lopes

Brody e Milton Glaser assinam a abertura de

RP: E as capas de discos? Quando começou a criá-las?

passou por duas grandes agências do mercado.

Taborda: As capas dos discos na década de 60 eram muito importantes e

Nesse bate-papo com a Revista Pasta, o carioca

foi a partir dali que tudo começou para mim. A gente chegava a comprar

sangue bom, pai de duas filhas, fala sobre sua

discos importados, que já tinham sido lançados em edição brasileira, ape-

trajetória profissional e adianta informações

nas porque a capa era a original. Na década de 70, houve uma profunda

sobre as mostras que organizará para o CLUBE DE CRIAÇão de são paulo, em NY e Tóquio, ainda esTe ano CAIXA FORTE // 08

Carne Crua, a “Abbey Road” de Taborda

influência estrangeira nas capas. Os álbuns Transa, do Caetano Veloso, e Expresso 2222, do Gilberto Gil, que se desdobrava e se abria, são exemplos


mas eu não tive contato com ele. Depois dessas duas passagens, eu abri

coisas boas. Basta abrir a internet e ver um turbilhão de propostas novas e

meu próprio escritório. E foi na época da DPZ que eu organizei a Brasil

informações. Mas a ruptura, a riqueza e o frescor daquele período, não se

Design, junto com o Clube de Criação de São Paulo, uma série de

sente mais. Logo que voltei ao Brasil, em 1983, fui trabalhar como diretor

exposições com peças dos Anuários. Uma delas aconteceu na sede do

de arte da Som Livre. Eu cuidava das capas e fiz coisas bem bacanas por lá.

Art Director’s Club, de Nova York, entre os dias 25 e 31 de janeiro de

Criei capas para diversos artistas. Imagine que bem em 1983 houve o boom

1988, lembro bem. O presidente da entidade era o Giba (Gilberto dos

do rock nacional, com a entrada em cena de grupos como Barão Vermelho,

Reis), que hoje é diretor executivo e está me dando a oportunidade de

Paralamas do Sucesso, Lobão, Titãs, Kid Abelha e diversos outros. Para

preparar outras mostras internacionais envolvendo o CCSP.

Felipe Taborda

disso. Essas duas décadas foram muito importantes. Não que hoje não haja

mim, as capas mais marcantes de meu período na Som Livre foram as do disco Maior Abandonado, do Barão Vermelho, ainda com o Cazuza, e de

RP: O que você pode adiantar sobre as exposições que

Rita e Roberto, disco de Rita Lee. Estas, certamente, foram das que eu mais

vêm por aí?

gostei de ter feito. Como free lance, também criei para o Barão Vermelho

Taborda: Vou voltar a fazer o projeto Brasil Design, no segundo semestre.

o disco Carne Crua. O trabalho traz um peixe dentro de um liquidificador.

Queremos expor, pela segunda vez, na galeria do Art Director’s Club, de

Para os Paralamas, criei a capa do álbum D, que foi gravado ao vivo no

Nova York. A gente fará uma mostra simultânea em Tóquio, no Clube

Festival de Montreux, assim como a capa do disco Cuidado, do Lobão,

de Diretores de Arte de lá. A exposição reunirá uns 300 trabalhos: 100

e a do primeiro disco solo do Cazuza, Exagerado, de 1986. O último,

anúncios e 100 comerciais, de cerca de 20 diferentes agências, mais

Burguesia, de 1990, eu também assinei. Uma das mais recentes que criei

100 trabalhos assinados por designers brasileiros. Durante o período

foi a de uma coletânea do Lulu Santos, lançada em 2004, na série Perfil,

da exposição, haverá palestras de profissionais brasileiros. Ao menos

da Som Livre.

dois catálogos serão lançados. Também continuo com a exposição 100

Pôster do LP Cuidado, lançado por Lobão, em 1988

Cartazes, composta por trabalhos meus. Essa mostra já foi exibida no RP: O trabalho na Som Livre foi sua primeira experiência

México, Venezuela, Chile, Argentina, EUA e Polônia e gerou um livro-

profissional no mercado brasileiro?

catálogo, trilingüe, cujo prefácio é assinado por Milton Glaser e Neville

Taborda: Sim. Fiquei por lá até 1988, quando fui trabalhar como dire-

Brody, dois grandes amigos. A idéia é levar essa exposição para toda

tor de arte da DPZ, onde estive por cerca de um ano. Depois fui para a

a América Latina, incluindo Cuba. Em maio, ela estará em Berlim, na

MPM, onde fiquei até 1990. Na DPZ, tive muito contato com o Petit, o

4ª DesignMai e, paralelamente, em parceria com o Clube de Criação

que foi bastante enriquecedor. Nessa mesma época, o Marcello Serpa

de São Paulo, vamos tentar levar alguns publicitários brasileiros para

(hoje na AlmapBBDO), estava começando na agência, em São Paulo,

realizar palestras e mostrar o melhor da publicidade feita durante a última

Capa do catálogo da exposição 100 Cartazes CAIXA FORTE // 09


Copa do Mundo. Outro projeto bacana é A Imagem do Som no Fute-

RP: Você gosta de ser chamado de multimídia?

bol, que acontecerá dentro da programação da Copa da Cultura, projeto

Taborda: O termo multimídia está muito batido mas, na realidade, é isso

criado pelo Ministério da Cultura, que acontecerá em várias cidades da

mesmo que sou, um profissional multimídia. Não gosto daquela coisa

Alemanha. Eu convidei 30 artistas plásticos, para que cada um faça a

que existe nos EUA, onde as pessoas são hiperespecializadas em apenas

interpretação visual de uma música sobre o futebol. A idéia da Copa da

um ramo de atividade. Eu sempre me interessei por muitas coisas e atuei

Cultura, lançada ano passado pelo ministro Gilberto Gil, é levar a arte e

em muitas áreas. Acho limitada a idéia da especialização. Sou curioso e

a cultura brasileiras para a Alemanha, como foi feito no ano passado na

essa curiosidade marca a maneira como eu faço minhas coisas.

França. Eu também criei toda a identidade visual desse projeto. RP: O que você acha da publicidade brasileira atual? RP: E por falar em A Imagem do Som, a quantas anda esse projeto?

Taborda: Eu tenho o maior prazer em ver boa publicidade e acho isso

Taborda: Em 1998, fiz a primeira exposição dessa série, que tem sempre

tão estimulante quanto usufruir de qualquer boa arte. Os criativos bra-

o mesmo formato: eu seleciono 80 canções de um artista e chamo 80

sileiros estão entre os melhores do mundo e ao ver o último Anuário do

artistas visuais, ou seja, diretores de arte, artistas plásticos, ilustradores,

Clube de Criação de São Paulo, por exemplo, encontrei coisas

cenógrafos, carnavalescos etc., para compor um trabalho, tendo como

geniais. E não só em mídia impressa.

tema uma das músicas escolhidas. Do meio publicitário, o Marcello Serpa, o Erh Ray, o José Zaragoza, a Cristina Amorim, o Gabriel Zellmeister

RP: Você realmente considera a publicidade como uma forma

e outros talentos já participaram. Tudo é feito por sorteio e a minha maior

de arte?

preocupação é misturar todas as áreas da criação visual. Gosto muito

Taborda: Sim, sem dúvida. E na hierarquia das artes, para mim, não existe

de organizar exposições. Adoro lidar com a burocracia de convidar os

algo do tipo uma arte melhor que outra. Sei que as pessoas não pensam

artistas, reunir as peças. Esse conjunto de coisas me preenche.

assim e que também não é comum misturar criativos de agências com artistas plásticos e designers. Por isso, A Imagem do Som é interessante,

RP: Quais artistas tiveram suas músicas ilustradas?

já que o trabalho faz essa mistura. O que há são artistas melhores e pio-

Taborda: O projeto inaugural foi o do Caetano Veloso. Depois teve Chico

res. Assim como entre os publicitários. Isso é um fato.

Buarque, Gilberto Gil, Antônio Carlos Jobim, Pop Rock Brasileiro e, agoPeças criadas por Marcello Serpa (ao lado) e Gabriel Zellmeister (acima) para o projeto A Imagem do Som CAIXA FORTE // 10

ra, o Dorival Caymmi. O resultado vira uma exposição e um livro, pela Editora Globo. Agora, em março, a exposição com os trabalhos feitos para as músicas do Dorival Caymmi deve vir para São Paulo.


RP: Você ainda atua em publicidade?

o novo, fosse um disco do Doors ou um filme. Era uma questão de vida

incluindo os dos quatro integrantes da banda. Lógico que tinha uma or-

Taborda: Recentemente, eu coordenei toda a campanha de lançamento

ou morte. Isso é exagerado, é claro, mas era o que a gente sentia, na épo-

questra tocando, mas na produção, mesmo, eram poucas pessoas. Para

das novas revistinhas do Zéfiro. Eu adorei fazer isso, já que criei todos

ca. Se saísse um disco novo dos Beatles, por exemplo, a gente tinha que

a capa, eles tiveram a idéia, foram para a rua com a roupa que estavam e

os anúncios, incluindo os textos, que eram bem-humorados. Um deles

ouvir de qualquer jeito e não sossegava enquanto não escutasse aquilo.

fizeram seis cliques. Um deles é a imagem estampada na capa, uma das

dizia: “Nova edição (sem páginas grudadas)”. Isso porque era comum,

Por isso, coisas produzidas nesse período estão presentes até hoje.

melhores de todos os tempos. Essa é a diferença. As coisas eram mais

quando eu era garoto, as melhores páginas ficarem grudadas. Você pode

naturais, espontâneas, simples, sem discussões transcendentais sobre

imaginar por quê (risos). Mas a verdade é que eu tenho feito pouca coi-

RP: O que acha da arte digital e da computação gráfica?

sa em publicidade. Até dois anos atrás, eu coordenava toda a parte de

Taborda: É a mesma coisa com relação ao que eu acho da publicidade.

design institucional do jornal O Globo, incluindo as peças publicitárias

A boa arte digital, aquela que é bem-feita e usa esses elementos inteli-

RP: Qual é a sua “Abbey Road”?

dos projetos culturais da publicação. Mas desde os ataques terroristas

gentemente, é fantástica. Eu adoro os filmes da Pixar, como Monstros

Taborda: A minha melhor capa de disco é a do Carne Crua, do Barão

de 11 de setembro, a situação econômica mudou muito e afetou todos

S.A. e Toy Story. Esses trabalhos recentemente foram incorporados ao

Vermelho. Ela é a minha “Abbey Road”. Além disso, Carne Crua é um

os segmentos, inclusive jornais e revistas. Por isso, O Globo cancelou

acervo do MoMA (Museum of Modern Art), em Nova York. Agora, a arte

disco muito bom.

a maior parte das ações que fazia, relacionadas à cultura. É uma pena,

digital ruim é ruim.

pois isso representa um empobrecimento cultural não apenas do Rio de Janeiro, mas do Brasil.

detalhes ínfimos.

RP: Para encerrar, o que você anda escutando? RP: Qual a principal contribuição que essa tecnologia toda traz?

Taborda: Eu estou desbravando a música latino-americana. Os ritmos,

Taborda: É inegável que os computadores trouxeram uma rapidez imen-

os artistas, e percebi que tudo é muito parecido nos diferentes países

RP: Qual é o papel das novas mídias?

sa. Mas certas coisas também foram perdidas. Por exemplo, os escritores

do nosso continente, incluindo o Brasil. A pesquisa e a busca por novos

Taborda: A internet, por exemplo, é um excepcional meio de divulgação

hoje trabalham no computador e, pela facilidade de se apagar e fazer de

elementos, sejam musicais ou quaisquer outros, ajudam muito no meu

de idéias. É uma maravilha, mas tem dois lados. Ela pode trazer uma

novo, deixaram de lado seus caderninhos de anotações. As anotações do

trabalho. Com relação à América Latina, sem “ufanismos chavistas”, nós

certa preguiça para as pessoas, pois está tudo lá. Em segundos, você tem

Guimarães Rosa sobre seu próprio texto, por exemplo, formam quase um

não temos noção da nossa força cultural, etílica, gastronômica e artística.

a nova música dos Red Hot Chili Peppers para ouvir. A nova geração, que

novo livro. Isso, provavelmente, vai acabar. O mundo mudou de verdade

nasceu acostumada com isso, certamente será menos aguçada para des-

e a comparação que eu faço para mostrar isso é a história do disco Pop,

RP: Faltou falar sobre mais alguma coisa?

cobrir coisas, pois tudo é muito fácil e imediato. Imagina que eu e meu

do U2, que foi celebrado como o lançamento mais espetacular da história

Taborda: Faltou dizer que tenho duas filhas pequenas que são uma ma-

irmão, nos anos 70, fomos até a Argentina assistir a um filme que havia

da música. Uma coisa absurda, enorme. A ficha técnica desse álbum traz

ravilha. Todos os clichês do mundo sobre a paternidade são verdadeiros.

sido censurado no Brasil. A nova geração não tem a urgência de experi-

mais de 300 nomes envolvidos na produção, desde as gravações, até o

Eu brinco com meus amigos que sempre sonhei ter três mulheres comi-

mentar o que de novo está sendo feito, justamente porque o novo chega

projeto gráfico, figurinos etc. E o disco é ruim, eu não gosto. Já o Abbey

go na cama. E agora eu consegui isso. Tenha cuidado com aquilo que

imediatamente para ela. Minha geração tinha essa urgência em conhecer

Road, último disco dos Beatles, traz na ficha técnica apenas oito nomes,

você deseja, pois você pode conseguir (risos finais). CAIXA FORTE // 11


Você vê música?

A campanha para o serviço de música online da Virgin,

rock ‘n’ roll, tanto da equipe da agência quanto do anunciante,

composta por filme, anúncio e peças interativas, fez sucesso

foram suficientes para que o trabalho fluísse da maneira mais

até no Brasil (veja box na página 16), mercado em que a

natural e empolgante possível.

empresa ainda não atua.

“Aprendemos que, ao contrário das empresas de tecnologia

Como num jogo, as peças desafiam leitor, espectador e inter-

envolvidas em música online, como Napster, Yahoo Music e

nauta a descobrirem quais músicas e artistas estão, digamos,

Apple, a Virgin traz música no seu DNA. Foram eles, por exem-

Gosta de rock ‘n’ roll? É daqueles que

camuflados nas imagens. A pergunta feita na campanha é: “Você

plo, que assinaram com o Sex Pistols quando ninguém queria

sabem o nome de cada integrante de

vê música?” (confira o anúncio na página ao lado e assista ao

nem passar perto da banda. O resultado dessa tradição é a pró-

dezenas de bandas? Que sabem a ordem

filme digitando www.virgindigital.com).

pria Virgin Digital, um produto pensado e desenvolvido para os

exata das músicas de um determinado

No filme aparecem 80 referências e no anúncio cerca de 30, mas,

fãs da boa música”, explica.

segundo Butori, houve quem encontrasse até 100 delas. “Teve até

No site da Virgin Digital, ao digitar o nome de um artista, o usu-

gente que se deparou com imagens que se casam com músicas

ário não apenas tem acesso a todos os álbuns e gravações dele,

e bandas brasileiras, por todo o anúncio, tipo Festa no Apê, do

mas também a um histórico de sua carreira, com os nomes de

Latino, ou referências à banda baiana Chiclete com Banana.”

cada músico que tocou em cada faixa e dicas de bandas que fa-

Foi pensando em pessoas que têm a veia musical saltada

Fanáticos por música, Kristina e Butori, que tem uma coleção

zem um som parecido. “Desenvolvemos a assinatura da campa-

que a Virgin Digital trouxe a público a campanha intitulada

de mp3 ocupando um espaço próximo a 400 gigabytes, em seu

nha (Exercise Your Music Muscle) 100% baseada na experiência

Exercise Your Music Muscle (Exercite seu músculo musical),

hard disk, tinham um grande desafio quando tomaram pé do

do produto. E dessa assinatura saiu o formato da campanha,

criada pela Ground Zero, de Los Angeles, nos EUA, no final de

briefing. “A Virgin Digital fez questão de dizer, em alto e bom

todo interativo, onde cada peça desafia o consumidor a exercitar

2005. Como o tiro foi certeiro e tem brasileiro na ficha técnica,

som, que não queria focar a campanha no grande público, mas,

o seu ‘músculo’ musical.”

a Revista Pasta correu atrás e conta agora o processo de

sim, naquele cara apaixonado por música, naquele teu ami-

Para produzir a campanha, a dupla de criativos teve que re-

criação do trabalho.

go que sempre tem um som novo para te mostrar, que guarda

almente exercitar seus músculos, e não apenas os musicais.

O diretor de arte Rodrigo Butori assina a campanha em dupla com

camisetas de shows como troféus. E a verba, tanto para TV

“Primeiro, fizemos uma lista com os nomes de bandas e artistas

a redatora norte-americana Kristina Slade. Butori, 32 anos, foi para

como para mídia impressa, era bem diminuta. Não posso revelar

dos quais conseguimos lembrar e, depois, quando se esgotaram

os EUA em 2001, para trabalhar na Saatchi & Saatchi de Los An-

os valores, mas se eu contasse todos dariam risada”, relata o

as opções, sentamos em frente ao player da Virgin Digital e

geles. Em 2004, passou a integrar o time criativo da Ground Zero.

diretor de arte.

fomos procurando o resto”, relata Butori.

No Brasil, atuou em agências como DM9DDB, Young & Rubicam,

Falar com um público tão fiel e entendido do riscado era como

Mas não seria por falta de ajuda que o trabalho iria empa-

Ammirati Puris Lintas e Cápsula, agência da qual foi sócio.

pisar em ovos de casca fina. Mas o conhecimento e gosto por

car. Até o diretor de marketing da Virgin, David Brody, entrou

disco? Que batem o pé marcando o tempo de (I can’t get no) Satisfaction? Então, você está na matéria e na campanha certas

alÉM-MAR // 12


alÉM-MAR // 13


Delight Garden, de Hieronymos Bosch: inspiração

na dança. “Ele, como a gente, é outro louco por música e

por fazer a ponte entre a gente e a National Television, e os

mandou muitas sugestões”.

caras abraçaram a idéia e se propuseram a fazer o trabalho”,

O grande desafio dos criativos era conseguir traduzir os nomes

relembra Butori.

das bandas em imagens. Noites foram passadas em claro, na

A versão inicial do storyboard, baseada no script original, era

busca pelas melhores referências visuais, na tentativa de deixar

muito longa, com cerca de cinco minutos. Partes não conside-

cada um desses artistas visualmente interessantes, a ponto de

radas fundamentais foram cortadas e os criativos tiveram que

despertar a curiosidade do leitor e do espectador.

repensar as emendas das animações, como elas seriam amarra-

“Algumas dessas imagens tinham que ser óbvias, para que a

das, já que não existiriam cortes no filme.

idéia ficasse clara para todo mundo, mas outras teriam que ser

“Outra dificuldade foi acertar o tempo para cada imagem. Não

bem discretas, para justamente desafiar aquele fanático por mú-

podia ser muito rápido senão ficava confuso, mas também não

sica, que não iria largar o osso, ou melhor, o anúncio, enquanto

muito lento, para não ficar chato de assistir.”

não acertasse todas as respostas.”

E como escolher a trilha de um filme como esse? Para Butori,

A dupla também contou com o apoio e suporte tanto da empre-

esse foi um outro achado fundamental. “Queríamos uma can-

sa de animação National Television, que cuidou do comercial e

ção que falasse sobre cantar, sobre música, sobre bandas. A

esteve envolvida com a campanha desde o início do processo

Kristina passou dias em frente ao player da Virgin Digital es-

de produção, quanto do fotógrafo Vincent Dixon, que entrou

carafunchando e achou Sing Sing, que é uma pérola da cantora

de cabeça no projeto e realizou as imagens que compõem

canadense Serena Ryder.”

o anúncio impresso. O anúncio

A Visão, da série Cinco Sentidos, de Ian Brueghel de Velours e Rubens: outra fonte de inspiração alÉM-MAR // 14

O filme

Para viabilizar a idéia criativa do anúncio, também com verba

Com os primeiros passos executados, era hora da produção do

enxuta, algumas medidas tiveram que ser tomadas. Sem dinhei-

filme começar a tomar corpo. Fazer algo em live action seria

ro para contratar um grande número de modelos, a solução ado-

impossível, devido à pouca verba disponível. Portanto, a saída

tada foi caseira: todos os personagens presentes na peça foram

encontrada foi a animação.

interpretados por pessoas que trabalham na Ground Zero.

“O nosso designer, o André Fiorini, também brasileiro e talento-

“Tivemos que contar com a boa vontade de amigos e funcioná-

síssimo, aqui da Ground Zero, trabalhou por muito tempo com

rios que se dispuseram a passar um sábado de calor escaldante

motion graphics e conhece muita gente no mercado. Ele acabou

embaixo de maquiagem pesada e fantasias mirabolantes. Mas


Elementos que unidos remetem à banda Guns N’ Roses

valeu a pena, pois foi um dia regado a muitas risadas, nos estú-

como Ian Brueghel de Velours (filho de Pieter Bruegel, O Velho)

dios da Paramount”, lembra Butori.

e Rubens, que, em dupla, assinam a belíssima série Cinco Sen-

Tudo foi feito em pouco mais de 12 horas, graças ao trabalho do

tidos, criada entre 1617 e 1618.

produtor David Safin, que atua com o fotógrafo Vincent Dixon.

A campanha também é sucesso em países como Inglaterra,

Um ou dois personagens por vez foram fotografados na mesma

Irlanda e Espanha, mas Butori prefere comemorar outra vitória.

sessão, em câmera digital. Depois, foram semanas juntando e

“Nós conseguimos fazer um trabalho que prendeu a atenção

retocando esse quebra-cabeça visual, em Paris, onde a equipe

do público por muito tempo. Eu sempre acreditei que pu-

de pós-produção trabalha.

blicidade e entretenimento devem andar de mãos dadas e

“Ficamos algum tempo nesse bate e volta de e-mails, checando

essa campanha é prova disso. Ninguém gosta de ser tratado

a imagem, corrigindo a posição dos personagens, mudando co-

passivamente, de ser atacado com mensagens que nos vêem

res, acertando a idéia como um todo”, conta.

apenas como uma carteira recheada e não como seres pen-

O diretor de arte passou dias montando um layout em baixa

santes”, pondera.

resolução, posicionando todos os personagens de forma que

Para Butori, a campanha da Virgin Digital, pelo seu formato in-

nenhum deles ficasse na frente do outro, mas sim que houves-

terativo, tanto na parte impressa como na eletrônica, conseguiu

se uma espécie de hierarquia visual, para que o olho do leitor

romper a barreira da velha propaganda tradicional e passou a

seguisse uma ordem e não se perdesse no todo do trabalho.

fazer parte de um grupo de trabalhos que busca um novo for-

Com clara influência do estilo único do holandês Heronymos

mato, capaz de sobreviver à realidade da televisão interativa,

Bosch (1450 - 1516), com traços que remetem a tentações e

dos podcasts, dos videogames, dos celulares e de tantas outras

alegorias, e forte confusão entre fantasia e realidade, o visual do

mídias que irão, cada vez mais, disputar espaço na conquista

anúncio também foi inspirado em obras de mestres da pintura

do consumidor.

Frame do comercial criado para a Virgin Digital: Hotel California e Me, Myself & I, entre outras alÉM-MAR // 15


Conexão autêntica

E até quem não é fã radical de música foi tomado pela vontade de fazer crescer a lista dos artistas escondidos. O diretor de arte da Leo, Benjamin Jung Jr., por exemplo,

Primeiro layout do anúncio da Virgin, realizado por um ilustrador

Vários publicitários brasileiros, fãs de rock ‘n’ roll ou nem

ficou impressionado ao ver seus colegas “pirando” em

tanto, foram fisgados pela Exercise your music muscle,

cima das peças. “Eles chegaram até a assistir ao filme

da Virgin Digital. Como uma febre, tornou-se comum ver

quadro a quadro e, como adoram música, vibravam a cada

grupos de profissionais, em frente ao monitor, tentando

nova descoberta”, relata.

descobrir referências escondidas no filme e no anúncio. Foi isso o que aconteceu na DM9DDB, por exemplo.

Para Jung, o principal exemplo que o sucesso da campa-

Segundo o diretor de arte Alexandre D’Albergaria, na

nha da Virgin Digital passa é o da dedicação total a um

agência “eram várias pessoas, na frente de uma tela, ten-

trabalho. “Cada referência incluída no anúncio e no filme

tando descobrir os nomes das bandas”.

teve um cuidado enorme, muito tempo foi gasto para pensar em cada detalhe e isso está traduzido no sucesso do

Na Leo Burnett, o frisson foi semelhante e uma lista, com

resultado final”, afirma.

os nomes dos artistas escondidos, circulava por e-mail. Cada um que descobria uma nova banda a acrescentava à

Já Schleder acredita que, fora toda a diversão envolvida

relação e repassava para que todos conferissem a novidade.

na busca pelas bandas, o que mais chamou sua atenção é que a campanha mostra aos clientes que um fenômeno

Outra tentativa, desta vez mais próxima ao resultado final alÉM-MAR // 16

De acordo com o redator Carlos Schleder, “o mais caótico

como esse só acontece quando uma peça se comunica

eram as vezes em que a gente não chegava a um consenso

com o target de maneira autêntica. “Não adianta mais ficar

sobre algumas imagens, que podiam servir para mais de

falando ‘irado’ e ‘urrú’ nos comerciais e achar que, com

uma banda”.

isso, a marca passa a imagem de que é jovem”, finaliza.



Victor Andrade

Falando bem pelas costas

O famoso bordão já foi traduzido para quase 50 idiomas e exibido em mais de 100 países desde sua criação, em outubro de 1997. A peça, assinada pela McCann Erickson, traz a frase: ‘Existem coisas que o dinheiro não compra; para todas as outras, existe

Guilherme Gatti

Diretor de Marketing da FedEx Express, América Latina

Mastercard’. Mas o que pegou mesmo foi o ‘Não Tem Preço’.

Rui Porto

A grande ‘sacada’ dos criadores desses filmes foi perceber que

Diretor de Marketing da São Paulo Alpargatas

não há nada mais fácil de se regionalizar do que valores huma-

“Trabalhar na área de marketing é sempre um grande desafio.

nos universais. Assim, não é difícil comunicar a diferentes povos

“O que tem me chamado a atenção, nos últimos tempos, é a campanha desen-

Não basta executar bem funções. É necessário fazê-lo de forma

que um abraço amigo ou um gesto de carinho não têm preço.

volvida pela AlmapBBDO para a Gol. Gosto muito de viajar e me interesso

inovadora e criativa. Quando se trabalha em uma empresa com

De 1997 para cá, a frase já foi adaptada, repetida e até parodia-

por marketing de companhias aéreas. Sempre me interessei. Confesso que

visibilidade e presença mundiais, como é o caso da FedEx, esse

da. Ponto para a Mastercard, que acertou ao diferenciar-se dos

tive uma certa implicância quando a Gol surgiu no Brasil. Toda empresa que

desafio aumenta exponencial e geograficamente. Vivemos uma

rivais Visa e American Express (que se atacavam mutuamente),

começa vendendo bilhetes mais baratos acaba tirando da viagem um elemento

era em que cada recurso tem seu destino certo e detalhado, já

humanizando a empresa e valorizando a emoção envolvida em

que, para mim, é importante: um certo charme. Na minha opinião, viagem

que as somas nem sempre são as ideais. Nesse cenário, a pala-

um ato de compra. Se parasse por aí, a ação da Mastercard já

sempre tem de estar relacionada a prazer, mesmo que ela seja a trabalho. Aos

vra otimização ganha uma importância nunca vista antes. Ainda

seria considerada bem-sucedida. Mas não parou. Além de ter

poucos, minha implicância foi diminuindo e acho que a propaganda desenvol-

assim, a criatividade deve ser preservada. Otimizar é a maior

sido veiculada em dezenas de países – com grande aceitação

vida para esse anunciante contribuiu muito para isso. A boa comunicação feita

dificuldade encontrada pelos departamentos de marketing das

inclusive no Brasil, onde esses conceitos universais se encai-

para a Gol despertou minha atenção. Além de destacar a questão dos preços

corporações multinacionais, atualmente. Como utilizar bem os

xaram como uma luva –, a campanha

recursos e ainda assim manter ações relevantes para o mercado?

foi agraciada com mais de 100 prê-

qual a melhor campanha que vocÊ

Uma solução possível é globalizar. Ou seja, criar uma ação única

mios de publicidade em todo o mun-

VIU NO AR, NOS ÚLTIMOS TEMPOS?

que possa ser utilizada em diferentes regiões do mundo – Ásia,

do e denominada pela empresa ‘uma

Américas, Europa. Por outro lado, uma campanha de marketing

das mais bem-sucedidas campanhas de marketing já criadas’.

to bom. Acho que eles estão vendendo seu peixe de um jeito bem simpático.

ou publicidade bem-sucedida deve ser relevante especificamente

E as ações continuam, como já foi visto, recentemente, na peça

Gosto especialmente do comercial que mostra um casal, num hotel em Buenos

para cada mercado em que é difundida. Deve transmitir a men-

alusiva à Copa do Mundo. Como diretor de marketing e respon-

Aires, preparando as malas para retornar ao Brasil, e o homem sai na janela e

sagem certa para o público certo, falar às mentes e corações

sável por todas as ações da FedEx na América Latina, parabenizo

grita ‘pentacampeão!’. Mexe com várias emoções, ao mesmo tempo, além de

de cada país ou continente. Ou seja, na outra ponta, é preci-

a Mastercard por ter criado uma campanha tão competente e en-

vender bem o produto. Outro exemplo são as peças que vendem passagens

so regionalizar. Como juntar os dois movimentos de maneira

volvente. Nós, da FedEx, procuramos seguir pelo mesmo cami-

para o Uruguai, onde nuvens substituem o branco das listras da bandeira uru-

eficiente? São poucas as empresas que conseguem solucionar

nho. A relação da nossa marca com rapidez, confiança e agilidade

guaia. Destaco ainda o visual dos aviões da Gol, de cor laranja, que já permite

essa complicada equação. Na tentativa de dar um ângulo local,

tem âmbito global e genérico. Portanto, deve estar aliada a uma

à empresa se diferenciar. Geralmente aviões são pintados de azul, aliás, vários

considerando as variáveis culturais e a aceitação de cada públi-

estratégia de comunicação consistente e abrangente que, ao atin-

tons de azul são usados em aeronaves, para fazer (imagino) a conexão com a

co consumidor, muitas delas acabam optando por campanhas

gir o público-alvo, produza uma percepção comum destes valores

cor do céu. A campanha publicitária desenvolvida para a Gol está presente em

distintas e sem conexão entre si, acarretando divergências de

da marca FedEx. Como cada país possui peculiaridades socioe-

todo tipo de mídia: jornais, revistas, outdoors e televisão. Atinge diretamente

linguagens e, contrariamente aos objetivos iniciais de otimi-

conômicas ou mesmo regulatórias, que afetam diretamente e de

o consumidor, de uma forma ou de outra. Não acredito em campanhas desen-

zação, maiores custos. Por isso, ao pensar em algum exemplo

maneiras distintas o posicionamento da empresa nos mercados e

volvidas apenas para um meio. Creio que isso empobrece a comunicação.

para este texto, não foi difícil lembrar da campanha Priceless,

na mente dos seus consumidores, diferentes graus de adaptação

É claro que o sucesso de uma marca não se deve apenas à publicidade.

da Mastercard, por aqui conhecida como ‘Não Tem Preço’.

de conceitos criativos devem ser sempre considerados.”

Mas, nesse caso, a Almap está de parabéns.”

ANUNCIANTE // 18

mais baixos, de como é possível se vender mais barato, fala em tecnologia, o que é verdade, pois a empresa tem aviões modernos. Um dos últimos trabalhos, sobre os vôos para a Argentina, é mui-



Nem o céu é o limite

Por trás de trabalhos como o multipremiado Gladiator, de Ridley

Morte no set

Scott, ou dos comerciais Cog e Choir, criados pela Wieden+Kennedy

O longa-metragem que recriou a Roma de quase 200 anos antes de

para a Honda, e Mountain, assinado pela TBWA de Londres para o

Cristo, no filme dirigido por Ridley Scott, foi todo realizado pela Mill.

Playstation 2, está o trabalho da britânica The Mill, empresa res-

A criação dos cenários, público e batalhas consumiu o maior número

peitada por dez entre dez profissionais do mercado publicitário e

de horas e profissionais envolvidos em uma única ação na história

de entretenimento.

da produtora.

Especializada em animação em 3D, que permite quase toda e qual-

Wendy lembra que na fase final da produção o ator Oliver Reed fale-

quer piração criativa, e nos chamados efeitos invisíveis, aqueles que

ceu e, além do baque na equipe, o fato rendeu um desafio inesperado

não necessariamente saltam aos nossos olhos, mas fazem toda a

à produtora. “O personagem vivido pelo ator teve que ser recriado

diferença no produto final, a produtora, fundada em 1990, procura

em 3D para algumas cenas do final do filme. Um dublê foi contratado

apresentar freqüentemente aos seus clientes todas as possibilidades

e imagens do rosto de Reed foram retiradas de cenas captadas no

criativas que seus equipamentos podem proporcionar.

início da produção para serem inseridas no dublê.”

Em um segmento no qual a evolução tecnológica avança de maneira

No final das contas, o longa recebeu inúmeros prêmios, incluindo

“o” poder. E não só junto ao

quase frenética, essa troca de informações pode ser muito útil na

um Oscar de efeitos visuais. Essa é a única estatueta que uma empre-

universo da propaganda, mas

descoberta de soluções ou de novos caminhos para destravar deter-

sa européia do gênero recebeu, até hoje.

também junto a blockbusters

minadas idéias do storyboard.

Embora tenha em seu portfólio longas-metragens do calibre de

hollywoodianos, produzidos

De acordo com a diretora de marketing da Mill, Wendy Bleazard, esse

O Resgate do Soldado Ryan, de Steven Spielberg; Harry Potter (toda

pelos maiores estúdios do planeta

relacionamento com as agências é motivo de orgulho para a produ-

a série) e A Múmia, entre muitos outros, é a publicidade que domina

tora. “Nossos profissionais promovem eventos do tipo show and tell,

90% dos hard disks da Mill.

A provedora londrina de soluções em efeitos digitais The Mill, que tem um escritório em Nova York, é o que se pode chamar de eminência parda do mundo publicitário, ou seja, atua nos bastidores mas tem

nos quais dividem conhecimento com os clientes”, conta.

O trabalho de recriar digitalmente o Coliseu, no longa Gladiator, rendeu um Oscar à Mill internacional // 20

Outro cuidado que a provedora tem é o de respeitar o relacionamento

Gente virtual amontoada

dos criativos e dos diretores de cena com determinados profissionais

Um bom exemplo de como a computação gráfica ajuda na realização

da empresa. “Com o tempo, alguns de nossos diretores constroem

de um filme publicitário é o comercial Mountain, que levou, entre ou-

uma relação bastante afinada com determinados criativos e diretores

tros prêmios internacionais, o GP de Film, no Festival Internacional

de cena. Isso é normal. Mas nós também procuramos encorajar nos-

de Publicidade de Cannes, em 2004.

sos clientes a trabalhar com todos os nossos talentos, cada um com

O time que cuidou dos efeitos em 3D deste comercial foi o pri-

suas habilidades individuais”, conta Wendy.

meiro na Europa a usar de maneira criativa o software Massive,


em publicidade. Eles criaram 146 mil pessoas digitalmente para

Também saíram do forno da produtora os efeitos que fizeram uma sé-

dar forma à montanha que dá nome ao comercial (o trabalho foi

rie de modelos se contorcerem, girando membros, tronco e a própria

rodado no Rio de Janeiro).

cabeça, no divertido e também multipremiado filme Twist, criado pela

Os jurados que deram o prêmio ao filme, em Cannes, apontaram a

BBH de Londres para a Levi’s.

“simplicidade da idéia e a magnitude da execução” como fatores de-

A megaprodução O Resgate do Soldado Ryan, de Steven Spielberg, teve o dedo da produtora

Peças de um Honda no filme Cog: exercício em real time

Clouds, para a Mercedes, uma das mais trabalhosas produções realizadas pela Mill

terminantes na vitória.

Flame, Smoke, Spirit

A agência que assina o filme também não economizou elogios à Mill.

Do escritório da Mill na Big Apple, aberto há pouco mais de três

A producer da TBWA de Londres, Kate Hitchings, afirmou que, criati-

anos, já saíram centenas de comerciais para anunciantes como Nike,

vamente falando, a Mill foi parte fundamental da produção e que, sem

Pepsi, Levi’s e Mercedes-Benz. A produtora foi a primeira européia

a produtora, o resultado final não teria sido o mesmo.

do segmento a ter escritório do outro lado do Atlântico. Dentre as

E é participando integralmente das produções que a Mill busca se

plataformas montadas na sede, situada no bairro novaiorquino do

diferenciar. “Nós estamos presentes nos testes de câmera, fazemos a

SoHo, estão cinco Flame Suites, duas Smoke Suites, duas unidades

supervisão das tomadas e da produção e damos suporte dentro e fora

de telecine Spirit e mais de 15 CG workstations. A sede norte-ameri-

do set”, destaca Wendy.

cana da Mill conta com nada menos do que 300 profissionais.

Outro exemplo de mobilização de contingente em torno de um úni-

Uma conexão de 45 megabytes une os dois escritórios da Mill, faci-

co trabalho é o embasbacante filme publicitário de Mercedes-Benz,

litando e tornando altamente efetivo o trabalho conjunto das equipes,

intitulado Clouds (Nuvens). Dentre os comerciais que já contaram

nos dois continentes.

com os efeitos digitais da Mill, esse filme, que mostra nuvens ga-

Para otimizar ainda mais a conexão digital entre o velho e o novo

nhando vida para acompanhar um veículo em alta velocidade, no de-

mundo, a Mill gerou uma empresa irmã, a Beam.TV. Presente em 16

serto, foi “definitivamente o mais trabalhoso já realizado por aqui”,

países, incluindo o Brasil, a companhia surgiu para gerenciar o envio

revela Wendy.

de material durante os trabalhos de pós-produção de Gladiator.

A lista de sucessos da produtora no mundo publicitário não é curta.

Por ter um dos seus pés na América Latina, por meio da Beam.TV,

Foi a Mill que viabilizou comerciais como Cog, da Honda, no qual

a Mill já mira esse mercado como alvo para disparar seus petardos,

todas as peças de um automóvel desmontado dão seqüência a um

num futuro próximo. A partir do escritório da empresa irmã, a produ-

dos mais interessantes exercícios de fotografia em real time já vistos

tora pretende montar uma sede no Brasil. “Nosso comprometimento

na publicidade. Mais recentemente, participou da produção do arre-

em abrir um escritório no Brasil mostra que a América do Sul é um

batador Choir, para o mesmo anunciante.

território importante para nós”, sinaliza Wendy. internacional // 21


Maurício Nahas

Os jovens

Por Fábio Fernandes

Sócio e Diretor de Criação da F/Nazca Saatchi & Saatchi

proposta local, já praticamente se decidiu por vestir a camisa do inimi-

seis meses, morando um na casa do outro, e ainda com as despesas

go, e daí entra em campo a Michele, levando a essa pessoa uma série

pagas pela própria agência – é que a parte Antena ficou sendo a mais

de possibilidades em outras cidades, outros parceiros profissionais, em

importante na vida da Michele.

outros lugares do mundo. Alguns que antes nem sonhavam em trabalhar

De qualquer forma, nada disso vem ao caso. Quer dizer, a minha intenção

overseas, acabam estimulados por essa possibilidade. Com isso, nós

aqui não é promover a Michele, nem tampouco falar sobre a ferramenta,

temos garantido a permanência de alguns grandes profissionais dentro

por sinal muito legal, que é a Saatchi & Switch. O ponto onde eu quero

A Michele Daly, além de ser uma americana gatinha, é uma grande amiga

dos nossos quadros.

minha e uma excelente profissional. A função dela na Saatchi é o que

A segunda função, tão im-

Por que eu estou escrevendo tudo isso,

Jovens que eu tenho visto

alguns chamam de headhunter, na nossa rede se chama Worldwide Cre-

portante quanto a primeira,

sendo sócio e diretor de criação de uma

aqui no Brasil ou jovens que

ative Talent Scout e eu, pessoalmente, apelidei de Antena.

é aquela que tem mais a ver

das agências mais desejadas e criativas

eu tenho visto em toda parte

Quando há cerca de três anos, numa reunião do board da Saatchi, eu

mesmo com o nome – ou o

do mundo? Por que eu estou levantando

do mundo. Os que me são

e alguns colegas sugerimos a contratação de um profissional como

apelido, se você o preferir

essa questão se eu faço, modéstia à parte,

apresentados, através de seus

a Michele – a quem eu ainda não conhecia – tinha em mente alguém

– que batizou o cargo da moça

um trabalho de altíssimo nível segundo

portfólios, sites, blogs, DVDs

exatamente como ela. Uma pessoa que conseguisse fazer duas coi-

em questão. A gente queria

a avaliação de qualquer profissional do

ou, vez por outra, até pessoal-

sas vitais numa companhia que tem o foco criativo de uma Saatchi &

que a nossa futura Michele

mundo? Por que eu toco nesse ponto se

mente, pela tal da Michele.

Saatchi, ao mesmo tempo que tem o tamanho avantajado de uma gigan-

pudesse ser um pára-raios,

tesca Saatchi & Saatchi. Assim, a primeira dessas funções era precisa-

uma antena, entendeu?, que

mente se manter conectada e disponível para atender criativos e criativas

atraísse todos os talentos jo-

do mundo inteiro que, por qualquer razão, em algum momento, desejem

vens, energéticos, verdinhos

trocar um escritório da Saatchi por outro. Coisa simples, assim como

e brilhantes que pelo mundo

tirar alguém da Saatchi da Eslovênia e colocar na Saatchi de Toronto.

afora estivessem sendo, como

Ainda como parte desse mesmo item, deveriam estar também contem-

está acontecendo neste exato momento, forjados, gerados, recém-forma-

que dirige a criação de Londres. O Tony (Granger), meu amigo e diretor

plados aqueles casos de pessoas que nem sabem que querem ou podem

dos, enfim, produzidos em algum recanto do planeta.

de criação de NY, já o tinha recrutado por lá durante uns seis meses. E

trocar de ares. São os casos que requerem, mais do que nunca, muita

Bom, principalmente depois da invenção do Saatchi & Switch – que é

a questão é que o cara, um dutch com um trabalho realmente brilhante,

informação, rapidez e agilidade, porque envolvem os grandes nomes e

uma intranet onde toda e qualquer pessoa que trabalha na Saatchi, sem

queria Londres ou São Paulo para seguir carreira. Na verdade, ele queria

os grandes talentos da nossa rede. Explico: às vezes o cara ou a cara

nem precisar do aval do seu chefe, pode se inscrever, para trocar de

especificamente o escritório da Saatchi & Saatchi Londres ou a F/Naz-

está se arrancando de algum escritório da Saatchi, movido por alguma

lugar com um correlato dela que queira fazer o caminho inverso, por

ca Saatchi & Saatchi – o cara não estava exatamente a fim de passear,

texto corrido // 22

mesmo chegar é ‘Os jovens’.

aqui na F/Nazca nós temos uma liberdade de fazer inveja a 99,9% das pessoas que trabalham nesse negócio, no Brasil ou em qualquer pontinho dos cinco continentes do planeta?

Um deles, recém-saído da Miami Ad School de Berlim, quase veio bater nas margens do Ipiranga. A Michele recomendou muito o cara, para mim e para a Kate Stanners,


mas sim de fazer um trabalho de que pudesse se orgulhar. Encurtando

No meu caso pessoal, achei aquilo tudo meio presinho, meio amarradi-

ele trabalhava. A razão era que as campanhas que eles faziam por lá ou

a história, às vésperas de vir para cá, ele acabou fechando com o Alex

nho, afinal eu não sabia o que era criar com absoluta liberdade. Daí eu

não passavam pelo cliente, ou não passavam pelas pesquisas, ou não

(Bogusky) da Crispin Porter + Bogusky. Pesou aí..., bom deixa pra lá,

aprendi daquele jeito, fui me angustiando, fui me rebelando, e descobri

passavam pelos advogados, ou – quando todo mundo estava distraído

não vou ficar aqui falando da fama das nossas seguras cidades grandes.

por meus próprios meios como me impor e como impor um estilo de

e elas iam ao ar – um consumidor frustrado, irritado, mal-humorado,

Enfim, meu Deus, será que eu vou chegar ao ponto?, o que eu quero dizer

trabalho onde eu pudesse criar mais solto, mais leve. Ser mais livre. Hoje

mal-amado, sei lá, reclamava até o Conar deles tirar do ar. Como a gen-

é que, a despeito do Paul ter ido parar na Crispin Porter, eu comecei a

não. Hoje – com 43 anos, de saudosista eu não tenho nada – é muito

te é um pouco atrasado, naquele tempo isso não existia muito por aqui.

me preocupar muito, muito com o índice de satisfação que moleques do

melhor. Os caras chegam muito melhores, muito mais preparados, lidan-

Por que eu estou escrevendo tudo isso, sendo sócio e diretor de cria-

bem, como ele, vão sentir quando forem encarar a propaganda que o

do muito mais cedo com muito mais recursos e possibilidades. Muito

ção de uma das agências mais desejadas e criativas do mundo? Por

mundo está deixando para eles.

mais informados. Mas é aí mesmo que começa o problema. Hoje eles

que eu estou levantando essa questão se eu faço, modéstia à parte,

Antigamente, quando eu comecei, a gente tinha muito pouco acesso à

têm trabalhos prontos, todos com cara de Leão de Ouro em Cannes,

um trabalho de altíssimo nível segundo a avaliação de qualquer pro-

tecnologia, às informações sobre o mundo da publicidade, aos festivais,

traduzidos em quatro línguas, com imagens mexidas, cara de foto feita

fissional do mundo? Por que eu toco nesse ponto se aqui na F/Nazca

às “tendências”. A gente se virava, fuçava, assistia palestras, comprava

especialmente para aquele anúncio. O nível é tão alto que tem menino

nós temos uma liberdade de fazer inveja a 99,9% das pessoas que

anuários, rodava de um lado para o outro, mas a grande verdade é que

de 20 anos com portfólio muito melhor que a maioria dos profissionais

trabalham nesse negócio, no Brasil ou em qualquer pontinho dos cinco

a gente começava a estagiar em alguma agência, muito mais graças à

que ganham pão com aquilo. E aí é que eu penso na frustração que

continentes do planeta?

sensibilidade de um anjo que o Espírito Santo colocou na nossa frente

vai ser a vida real para eles. Porque a verdade é que eles nunca mais

Bom, em primeiro lugar, porque eu me importo com o que afeta os

do que, propriamente, por causa da pasta cheia de layouts bem acabados

vão ter a liberdade que eles tinham quando estavam desempregados.

outros. Especialmente, com o que afeta os meus colegas e o meu negó-

num Macintosh velho do seu colega de faculdade. Concorda? Aliás, para

Nunca mais vão ter os prazos que eles tinham quando passavam fome.

cio. Em segundo lugar, porque eu me importo com os jovens e com o

dizer a verdade, valia tudo: anúncio, poesia, redação do Dia das Mães,

Nunca mais vão ouvir as críticas relevantes que eles ouviam antes de

futuro deste negócio que eu amo fazer, amo ver, amo admirar quando é

qualquer coisa que provasse que você tinha algum talento para sentar

ter que se submeter às pesquisas de opinião dos consumidores. Nunca

tão bem-feito por quem quer que o faça. E que eu quero vê-lo feito com

a bunda na frente de uma Olivetti. Daí, graças àquele anjo lá, quando o

mais vão ter a verba que os roteiros e os layouts aceitavam antes, com

o vigor, a sensualidade, a paixão, a ingenuidade, a irresponsabilidade,

estágio rolava, aí é que você começava a aprender de verdade. E aprendia

tanto desprendimento.

o frescor, a alegria, a chama acesa com que só os meninos e meninas

tudo junto. Como fazer, o que não fazer, quando dá e quando não dá,

E o que ficou martelando a minha cabeça foi a percepção de que essa

de idade ou de mente podem e sabem – sem saber por que – fazer.

quando o cliente é do tipo que aprova, quando é do tipo que odeia o

mudança se deu mesmo nas duas pontas. Não só os garotos e as garo-

Em terceiro lugar, porque o Conar tirou dois comerciais de Skol do

mundo, idéia engraçada, piada em geral, layout sério, anúncio inteligen-

tas de hoje estão melhores do que eu anteontem, como o cerco está se

ar por motivos que chegam a ser risíveis. E em quarto lugar porque

te, quando o cara do atendimento é quem manda, quando a criação é

fechando. Cada vez mais. Aqui e em qualquer lugar do mundo para onde

eu tive que escrever tudo isto muito rápido, porque tenho que entrar

quem está por cima da carne seca, enfim, a gente aprendia fazendo e fazia

você switch. Há uns oito anos, um amigo meu, diretor de arte brilhante,

numa reunião para aprovar um animatic, que está indo para pesquisa

aprendendo. Era empírico, mas era prático.

me confidenciou que queria fugir urgente do mercado americano, onde

na semana que vem. texto corrido // 23


Spray urbano

das paredes do lounge da

16 anos, e passou a interferir nas paredes de São Paulo com cores

agência paulista G7, dos

e traços, nos mais diferentes pontos da cidade. “Antes de assumir

sócios Gustavo Paulus,

o grafite, eu apenas desenhava. Gosto de desenhar desde muito

João Fernando Vassão e

pequeno”, conta. Com o passar dos anos, apoiado na arte de grafi-

Pedro Cappeletti, atuação

tar, começou a trabalhar também com pintura, colagem, ilustrações

que virou um evento e foi

para revistas e bolando cenários para shows. Em 2001, por exem-

exibida em real time atra-

plo, criou para o SESC/SP cenários para o festival internacional de

vés do site da agência.

hip hop SP Rima com Paz.

Avaliando a publicidade

Já mergulhado no universo da música, o grafiteiro caiu no gosto do

que vê na mídia, no dia-a-

plástico Felipe Yung, mais conhecido como

rapper carioca Marcelo D2. A ponte para a amizade foi o DJ Nuts, e

dia, o artista diz: “No geral,

Flip, é uma senhora referência quando o

o primeiro trabalho desenvolvido para o D2 foi a confecção de um

eu gosto do que vejo. Mas

assunto é a arte de rua do Brasil

convite para uma festa do músico, no Rio de Janeiro, em 2000.

falta dar uma ‘descarete-

Em 2003, o artista resolveu expandir um pouco mais suas áreas

ada’. Falta uma certa ou-

de atuação e lançou uma grife, a Urban Most, cujos bonés fazem

sadia”. Flip destaca, no entanto, algumas vinhetas produzidas

literalmente a cabeça de caras como o D2: “O Marcelo visitou

para as Casas Bahia, criadas pela Y&R e só veiculadas na MTV.

minha loja e ficou louco com algumas peças que viu por lá”,

“Essas eu achei bem interessantes, porque rompem radicalmen-

entusiasma-se. No mesmo ano, o rapper convidou Flip para

te com os padrões das campanhas desses caras, que assistimos

fazer o cenário de seu show.

todo dia na TV. E nessa parada tinha um amigo meu envolvido

No ano seguinte, 2004, assinou a identidade visual do show

na produção, o grafiteiro Titi Freak.”

Acústico MTV, de D2, gravado no MAM do Rio de Janeiro. E, em

O artista está se preparando para mudar de endereço, pois o es-

2005, o grafiteiro desenvolveu algumas estampas para a grife

paço que ocupa atualmente, em São Paulo, está pequeno frente

do músico, a Manifesto 33 1/3. “Temos uma ótima relação. O

ao seu volume de trabalho. Antes da mudança, promete realizar

Marcelo gosta do meu

uma exposição individual, na sua própria casa, seu habitat de

trabalho e acredita no

produção. “Isso funciona na Europa e quero testar aqui. Uma ex-

meu potencial. Isso é

posição relâmpago, que dura apenas um fim de semana”, avisa.

bacana, pois ele tem

Os trabalhos de Flip não fazem parte do acervo de nenhuma

boa projeção na mídia

galeria de arte. E ele prefere apresentar o que faz em exposições

Tudo começou quando Felipe Yung era apenas uma criança e, aos

e faz um trabalho de

alternativas e individuais. “Prefiro algo mais reservado, porque

4 anos, mudou-se para a França, para acompanhar a mãe, uma

grande qualidade”, diz.

ainda não achei uma galeria que seja a minha cara”, afirma.

maquiadora, que hoje trabalha freqüentemente para o mercado publi-

Américo Mariano

Flip regressou definitivamente ao seu país de origem em 1995, aos

Dedicado ao grafite desde 1995, o artista

TunaZushi: painel com inspiração oriental

Flip grafita parede da agência G7, em São Paulo

Hoje, aos 27 anos, ain-

Em 2005, organizou duas importantes mostras: a Flipink, no es-

citário. Flip passou a ser bombardeado por boas referências artísticas

da

sobre

paço Ampgalaxy, em São Paulo, e a Mate, que aconteceu numa

e arquitetônicas. Aos 8 anos, voltou ao Brasil e, em seguida, retornou

as técnicas do grafite,

galeria de arte, em Paris. A exposição no Ampgalaxy foi promo-

à Europa, desta vez rumo a Portugal. Foi nesse segundo período em

Flip começa a ensaiar

vida pela Claro. Isso porque o artista venceu o concurso Toque

que esteve na Europa que Flip manteve contato com um amigo de sua

um envolvimento com o

de Arte, idealizado pela operadora.

mãe, o artista plástico Ciro Cozzolino, que na década de 80 foi um

mundo da publicidade.

dos precursores do movimento de street art, no Brasil.

Recentemente, pintou uma

REGISTRO // 24

debruçado

Grafite em parede, no centro da cidade de São Paulo

Desde setembro de 2004, o projeto, destinado a jovens artistas, promove a adaptação da arte à tela do celular.





João Ricardo Leoci

Vinte perguntas

Fábio Soares é um cara de bem com a vida e

Revista Pasta: Vamos resgatar o começo de sua história.

do comecei a trabalhar na ilha D1. Ele iniciava sua carreira de diretor,

Fábio Soares: Eu nasci em Taubaté, interior de São Paulo, e vim para a

nessa época. Trabalhamos muito juntos. Eu passei 1996, na Casablanca,

capital fazer faculdade. Sempre pensei em estudar matemática ou física

quase que só atendendo ele, o Breno Silveira, o Claudio Torres, o Lula

e acabei prestando vestibular no ITA e em Rádio/TV, na FAAP. Resolvi

Buarque, todo o pessoal da Conspiração. Eles eram muitos e filmavam

prestar FAAP porque era DJ e achei que o curso poderia ter algo a ver

muito. Trabalhava tipo de 12 a 16 horas por dia, com essa galera. Nesse

comigo, tanto quanto a engenharia. Quando fui me matricular no ITA,

ano, tive meu primeiro final de semana livre em setembro, para você

com 19 anos, achei aquilo tudo muito rígido e vim espiar a FAAP. Nem

ter uma idéia. Mas era muito prazeroso trabalhar e a gente aprendeu e

tive dúvidas de qual seria minha escolha. Em seguida, pintou a oportu-

descobriu muita coisa juntos. Até que, em 1997, recebi um convite da

nidade de fazer um estágio na RBS, como segundo assistente de ilha.

Conspiração para me associar. Eu praticamente já fazia parte da equipe

com a profissão que escolheu. Nascido no

Eu era o cara que ia pegar fita no almoxarifado. Mas fui aprendendo e de

e esse foi um movimento natural. Continuei ainda por um ano e meio

interior do Estado de São Paulo, mora já há

lá segui para a Casablanca, em 1993, como editor de uma ilha D1, a pri-

trabalhando dentro da Casablanca, com quem a Conspiração fez um

meira digital do Brasil. Aí comecei a trabalhar, conhecer e aprender com

acordo. Como eu era uma peça meio diferente dentro da Conspira, que

todos os grandes diretores. Fernando Meirelles, Rodolfo Vanni, Clovis

até então reunia apenas diretores e produtores, fomos nos conhecendo

Mello, Andreas Heiniger, Julinho Xavier, Dôdi, Manguinha.

melhor até 1999, azeitando as engrenagens. Nesse ano decidimos mon-

seis anos na cidade maravilhosa, mas aterrissa semanalmente na terrinha da garoa. Sócio da Conspiração Filmes, mestre da arte digital,

tar a Conspiração Digital, em São Paulo, com um Flame e um núcleo

apaixonado por matemática e física, em fase

RP: A chegada dessa ilha digital, no Brasil, funcionou como

de 3D. A partir daí, aos poucos deixei de ser artista de Henry/Flame e

de roteirização de seu primeiro longa e pai

um divisor de águas?

me transformei em supervisor de efeitos visuais, um cara que tinha que

Fabião: Sem dúvida. A ilha digital significava uma virada tecnológica e

entender o processo de produção, do começo ao fim.

babão de duas pequenas meninas, Fabião é

permitiu mudar muita coisa. Antes, mexer num filme era deteriorá-lo.

quase que um diretor privilegiado, no mercado

Com a entrada das ferramentas digitais, mexer, manipular não signi-

RP: Sair da estrutura da Casablanca e montar uma produtora

publicitário. Isso porque geralmente envolve-se

ficava mais estragar a imagem ou perder qualidade. Isso foi um salto.

digital mudou de que forma sua relação com os comerciais?

em projetos que demandam meses de preparo e

Até então, o editor era um técnico. A partir daí, o editor passou a ser

Fabião: Inaugurou um novo jeito de trabalhar. Um dos primeiros trabalhos

chamado de artista digital. As agências também sacaram essa virada e

que fizemos na Conspiração Digital foi a campanha de lançamento do

se animaram a criar roteiros que contavam com efeitos. O mercado foi

Mercedes Classe A, criada pela W/Brasil. O resultado surpreendeu todo

maturação, em busca da melhor mescla entre o mundo real e o mundo virtual. Seu trabalho

se aprimorando. E eu comecei a ser solicitado para ir até as agências,

mundo e virou nosso cartão de visitas pelo simples fato de não termos

costuma deixar chupando o dedo comerciais-

participar de reuniões, discutir o que era possível ou não de ser reali-

mais que ficar amarrados a um número “x” de horas de pós-produção,

simples-mortais, que saem do forno, por aí, a

zado e fui aprendendo todo o processo, desde a criação até a produção

rodo. Basta lembrar do projeto realizado para Natura, cuja essência é a literatura de cordel.

e a pós-produção. Depois, em 1995, a Casablanca comprou um Henry, da Quantel, estação gráfica que, ao lado do Flame, da Discreet, foi a primeira a surgir no mercado. Trabalhei nessa workstation até 1997.

Ou das tatuagens que Gisele Bündchen vestiu, para a Grendene. Ou até dos tão verdes quanto azedos limões de Pepsi Twist. Saiba o que passa pela cabeça desse cara e os caminhos que

RP: Como aconteceu seu encontro com a Conspiração? Fabião: Conhecer o pessoal da Conspiração foi algo muito importante, pra mim. Me acrescentou muito, como pessoa e como profissional. Esse é um grupo de gente extremamente criativa, cuja convivência é muito

percorreu para chegar onde está, grudando os

enriquecedora. São pessoas com backgrounds drasticamente diferentes

olhos nas próximas linhas

e muito interessantes. Conheci o Andrucha (Andrew Waddington) quan-

produção // 28

Moreno em versão andróide: primeira experiência como diretor


Comercial de Fox, criado pela Almap: outro divisor de águas

e ao Marcello. A partir daí, comecei a dirigir comerciais. Claro que meus

Aí contratamos um time de artistas que fez os trabalhos vistos no filme,

trabalhos, na sua maioria, têm essa característica de simbiose entre pro-

em madeira. Foi um processo muito mais complexo e demorado do que

dução e produção digital, mas meu grande barato é fazer filmes em que

se fosse realizado só no computador, mas quando transposto para a tela

os efeitos se confundam e você não consiga saber o que é real e o que é

ele ganhou outra intensidade. Esse tipo de desafio me interessa muito.

efeito. Você até percebe que é uma fantasia, mas não consegue identificar

Você respeita a arte, a matéria que está por trás. Outro exemplo legal é

as ferramentas que fizeram aquilo. É esse tipo de filme que faz parte da

o filme de tatuagens, da Gisele Bündchen, para Grendene, também da

minha matéria, da minha essência. Tenho um superprazer em levar meses

W/. Foi também um job muito desafiador. Primeiro, fui entender esse

para elaborar uma cena e depois as pessoas olharem e acharem que não

mundo, fui a convenções de tatoo, conheci tatuadores. Eu e minha equi-

tem efeito nenhum ali, que foi apenas uma filmagem complicada.

pe fizemos uma baita pesquisa de campo, para não cometer nenhum tipo de banalização. Adoro sampler, computador, mas preciso levar re-

RP: Mas qual é a receita para conseguir, digamos, camuflar efeitos?

ferências paupáveis, do mundo real para o computador. Depois, uso a

já que o equipamento era nosso. Isso deu uma diferença brutal no resultado

Fabião: O segredo é não tratar a produção digital como algo hermetica-

máquina como uma ferramenta de criação e execução. Quem acha que o

final e tirou as amarras de todo o processo de produção. Antes, um orça-

mente fechado, que acontece apenas dentro do computador. No caso dos

computador é um mundo a parte é, no mínimo, preconceituoso. Ele é a

mento só permitia pagar, no máximo, 30 horas de trabalho nas worksta-

filmes de xilogravura, da Natura, por exemplo, quando o Washington

fronteira entre o real e o virtual e deve ajudar nessa transição. Não pode

tions. Ganhamos uma liberdade que nos garantia um padrão internacional.

falou “vamos fazer um filme usando literatura de cordel, para o Natal,

ser usado como um instrumento auto-suficiente.

envolvendo nosso folclore e distante de Papai Noel, neve e coisas asRP: E quando aconteceu a mudança para o Rio de Janeiro?

sim”, eu viajei e fui fazer uma grande pesquisa no Nordeste, ver como

RP: A campanha dos limões, de Pepsi Twist, também demandou

Fabião: No ano 2000, a nossa produtora digital estava montada, tudo ia

isso tudo acontecia, o que era o cordel. Voltei com um material enorme

muita atenção?

bem, mas percebemos que a sinergia que ela tinha com a equipe de pro-

de pesquisa e com as lembranças, as sensações, as texturas na cabeça.

Fabião: Com certeza. Só no desenvolvimento dos personagens foram

dução da sede carioca era pequena. Então decidimos transferi-la para

dois meses. No começo, eram apenas vinhetas de dez segundos cada.

o Rio de Janeiro. Viemos eu e minha equipe de dez pessoas, de mala

Mas as coisas foram dando tão certo que ela cresceu, aumentou o nú-

e cuia. Hoje, a Conspiração Digital funciona no Rio e isso modificou

mero de personagens e já estamos no terceiro ano. Os filmes foram

drasticamente o fluxo dos trabalhos. Tudo passou a ser muito melhor

exportados para vários países. Aliás, essa foi a primeira vez que a Pepsi

amarrado, desde a pré-produção até o final.

norte-americana importou uma campanha da América Latina. Tanto os filmes de Natura, quanto o das tatoos, quanto os dos limões só rolaram

RP: A passagem de supervisor de efeitos para diretor se

dessa forma tão legal porque dentro das agências as pessoas enten-

deu como?

deram que eles exigiam processos longos e me deram condições de

Fabião: Em 2002, o Washington Olivetto me chamou para fazer um filme

fazer: prazo, orçamento, equipe etc. São produções drasticamente dife-

de Bombril para a W/Brasil, no qual o Carlinhos Moreno virava uma es-

rentes das convencionais. Me sinto realmente um privilegiado por poder

pécie de robô, de personagem cibernético. Dirigi o comercial ao lado do

participar de comerciais assim, tão especiais, dentro da publicidade.

Andrés Bukowinski, da ABA, e foi bem legal. O Washington foi o primeiro

Aprendo muito com esses jobs complexos e os resultados são tão ricos

a me dar esse crédito. Nesse filme, o principal era a parte de produção

que é quase um desperdício não dar continuidade a eles. Assim, Natura,

digital, por isso ele achou que o mais natural seria eu dividir a função

que era um filme só, de Natal, virou Carnaval, Festa Junina etc. Para

de diretor com o Andrés. Depois disso, o Marcello Serpa me mandou o

Pepsi Twist já são 11 filmes feitos e vem outros por aí. Até as tatoos da

roteiro de lançamento do Fox, da VW, um filme que seria feito em um take

Grendene talvez ganhem uma vida mais longa.

só. Poxa, era o lançamento de um carro da Volkswagen, com criação da AlmapBBDO e ele acreditou em mim. Eu sou muito grato ao Washington

Os limões de Pepsi Twist: dois meses só na construção dos personagens verdes

RP: Tem interesse em trabalhar no exterior? produção // 29


RP: O que te apaixona, na publicidade?

RP: O comercial de 30 segundos sobreviverá à convergência

Fabião: Dedico 90% do meu tempo à publicidade. Ela oferece desafios e

dos meios?

uma velocidade que me interessam. Ainda tenho muito o que aprender,

Fabião: A publicidade está acentada sobre um modelo construído tem-

mas meu maior tesão é usar a experiência que tenho para subverter o

pos atrás, desenvolvido para meios estáticos. Hoje há diversas platafor-

meu próprio processo. Aplicar essa subversão, a cada projeto, é o que

mas novas, internet, celular, podcast, mas acho que, no fundo, a plata-

mais me estimula. Além disso, a publicidade dá a possibilidade de bri-

forma não é o que interessa. A gente está vivendo uma transformação

gar pelo resultado e fazer de novo, se for preciso.

de padrão, que é muito maior do que a diversidade de plataformas, em si. O suporte, o meio, serão menos importantes de entender do que a

RP: Você ainda atua como supervisor de efeitos ou só dirige?

complexidade social que os envolverá. Olhando de uma forma macro,

Fabião: Em meados de 2004, eu me desliguei totalmente da condução da

estamos num momento histórico de grande aceleração, a velocidade é

equipe da Conspiração Digital e atualmente só dirijo.

muito grande, e isso envolve mudanças não só na comunicação, mas nas estruturas da sociedade. Acho que a comunicação será cada vez

Tatoo, da W/ para Grendene: pesquisa e ralação traduzidas com delicadeza

RP: Seu dia-a-dia é de ralação com glamour ou sem glamour?

menos abrangente e mais precisa, mais pontual. As empresas e suas

Fabião: O mais interessante, hoje, da profissão de diretor de publici-

marcas terão que exibir personalidades muito mais fortes. Elas mesmas

dade é exatamente a perda do glamour, é a ralação, é saber que você faz

serão canais de comunicação, junto aos espectros sociais em que atuam.

parte de uma equipe e deve conduzi-la ao melhor resultado possível,

E usarão as ferramentas que forem as mais adequadas para falar com

sem qualquer frescura. É se dedicar e estar sempre extremamente fo-

o público que se identifica com elas.Vou querer ver o entretenimento

cado no que se está fazendo. Essa energia que se gastava antigamente

que a empresa “y” vai me propor, e não só os produtos que ela tem para

tirando onda, não tem mais espaço. A melhor coisa do mundo é poder

me oferecer. Terei de confiar nas marcas que escolho. Também acho

fazer bons trabalhos. Para isso, não dá para perder tempo com salto

que a responsabilidade social será cada vez mais importante. Nesse

alto. É preciso se concentrar na imagem, no som, na idéia e na criação.

contexto, eu, como diretor, tenho que me preocupar com a concepção do

Fabião: Vejo como uma extensão normal do meu trabalho dirigir lá

Enquanto diretor, eu me preocupo com a narrativa, com a história que eu

trabalho, que é mais importante do que se a produção será para celular,

fora. Filmes como os de Natura têm uma matéria muito autêntica, muito

vou contar e com a melhor forma de fazer isso. Ponto.

internet, ou o que for.

própria, e acabam chamando a atenção. Tenho um agente na Europa e outro nos Estados Unidos, me vendendo. A Conspiração também tem

RP: Você esteve entre os diretores selecionados no New Directors

uma área internacional. Já trabalhei, por exemplo, supervisionando a

Showreel, da Saatchi & Saatchi, em 2004. Como aconteceu?

adaptação dos comerciais realizados para a Pepsi, com a equipe da

Fabião: Fui parar no rolo da Saatchi & Saatchi graças a outra pessoa a quem

BBDO de Nova York. Mas minha projeção internacional ainda está co-

sou também muito grato, que é o Fábio Fernandes. Meu relacionamento com

meçando. Fui convidado, já faz tempo, a integrar a Advertising Society,

ele é de profunda admiração, mas nunca trabalhamos juntos. A coisa foi mais

uma entidade muito respeitada nos EUA, e isso me dá, como supervi-

ou menos assim: fiz um filme para a Leo Burnett, com o Rui Lindenberg,

sor de efeitos, uma visibilidade internacional bem legal. Mas eu ado-

chamado Raio, para a Fiat. O filme ficou bacana e o Fabinho viu esse filme e

ro mesmo é dirigir no Brasil. Prefiro trabalhar com meus parceiros.

gostou. Um pouco depois, eu, parecendo vendedor de Bíblia, entreguei para

São pessoas supertalentosas e estou muito satisfeito com o que encon-

ele, numa fila de ponte aérea, o clipe Tree Little Birds, que dirigi para o Gilberto

tro na publicidade brasileira. Um tempo atrás, seria impossível fazer o

Gil, porque queria a opinião dele. Aí ele me ligou, dizendo que iria me indicar

tipo de filme que faço, com cronogramas de até seis meses. Mas, hoje,

para integrar o showreel, e a coisa, de fato, aconteceu. Fiz parte do rolo de

tenho aqui a infra-estrutura e as condições que teria lá fora. Não preciso

2004, fui a Cannes, e foi bem legal. Quando o Fabinho me ligou, dizendo que

ir buscar isso.

iria me indicar, considero o momento em que virei diretor, para valer. produção // 30

Raio, para Fiat: Fabinho Fernandes viu e gostou


RP: Você já teve de fazer treatments para filmes que dirigiu ou

RP: Sua paixão pela matemática, que quase te transformou

que gostaria de ter dirigido?

em engenheiro, ficou no passado?

Fabião: Os gringos geralmente enviam roteiros superdetalhados e pe-

Fabião: De jeito nenhum. Tenho a matemática e a física como uma

dem um tratamento, antes de qualquer contato pessoal. Acho o treat-

religião, uma filosofia de vida, e uso muito essas ciências na forma

ment interessante, mas penso que nada substitui um bom bate-papo

de raciocinar. Procuro respeitar a freqüência natural das coisas. Tem

entre diretor de cena e diretor de criação. Acho uma reunião de briefing

dois autores que eu tenho lido muito, que são o Keith Devlin – um

muito mais dinâmica. No Brasil, não me pedem tratamentos. Mas lá fora

sujeito que trata a matemática de uma forma muito próxima à vida e a

é um elemento de avaliação superimportante. Participei, há pouco, de

coloca numa perspectiva que eu nunca tinha visto – e o Steven Pinker,

uma concorrência de Bacardi, junto à Mccann de Nova York. Acabei não

que discute a capacidade de comunicação do ser humano, como nosso

fazendo o filme, por problemas de agenda, mas, nesse caso, avisei que

cérebro funciona para receber e enviar conhecimento, como se dá a

iria pessoalmente entregar o treatment. Driblei a situação e foi ótimo,

codificação da comunicação e das informações. Isso tudo tem muito a

hiperprodutivo. No final das contas, todo mundo achou legal. Eu tento

ver com o que a gente faz, vale aplicar no nosso dia-a-dia e me interessa

não me moldar totalmente aos padrões dos gringos. Óbvio que eles

bastante. Provavelmente, ano que vem eu faça uma pós-graduação em

têm algumas regras inquebráveis e que nem vale a pena quebrar,

matemática, que é uma grande paixão. Sou fanático pelas ciências, de

porque elas, de fato, funcionam. Mas em algumas brechas, tento dar

uma forma abrangente.

meu input e fazer as coisas de uma forma um pouco diferente da que RP: A matemática permaneceu. E o seu lado DJ?

eles estão acostumados.

Fabião: Sou DJ até hoje. Toco house à beça, em São Paulo e no Rio. RP: Dirigir um longa-metragem já faz parte de seus planos? Fabião: Faz, sim. Já estou escrevendo o roteiro. Será um longa infantil, baseado na peça Pluft, o fantasminha, da Maria Clara Machado, que

Adoro. É uma forma de relaxar e também ajuda no meu processo Carnaval (no alto) e Festa Junina (acima), para Natura, com inspiração na literatura de cordel

deve sair no final de 2007. É um projeto pretensioso, mas acho que a

criativo. A música sempre esteve muito presente na minha vida. Ela faz parte da minha essência. Meu pai era músico. Muitas vezes, pego meu case depois de ter filmado o dia todo. Mesmo tendo de trabalhar, no dia

pretensão não é maléfica quando autêntica. Não há grandes conquis-

de uma certa ignorância inercial. Por isso, queria tentar misturar téc-

seguinte, logo cedo, vou tocar numa festa e não me canso. Isso pra mim

tas sem pretensão e, na nossa área, as coisas não acontecem se você

nicas e me comunicar com esse público de uma forma diferente, criar

é combustível.

não mover uma montanha. Quero contar essa história usando uma lin-

ruídos, curiosidade, discussão. É um desafio tentar ajudar essa moçada

guagem diferente, que tem a ver com as crianças de hoje. Os filmes

a manipular a tecnolgia e não ser manipulada por ela.

infantis brasileiros, que estão por aí, na minha opinião têm um forma-

RP: Algo mais? Fabião: Queria fazer dois registros. Um de admiração e outro de

to que já deu. Tenho duas filhas pequenas, de três e sete anos, e sou

RP: Você é um cara centralizador ou trabalha bem em equipe?

agradecimento. Na verdade, até já citei caras que foram importantíssimos

vidrado no processo de cognição delas. Então, queria muito fazer algo

Fabião: Eu, sozinho, não chego a lugar nenhum nesse tipo de trabalho

ao abrir portas na minha carreira: Washington, Marcello e Fabinho.

legal pra esse público infanto-juvenil, que reage diferente, tem uma

que realizo, que une produção e pós-produção e tem um conceito

Mas há uma outra pessoa que sempre acreditou muito na minha

velocidade diferente. Minha filha mais nova, por exemplo, canta a músi-

diferenciado. Entendi, um tempo atrás, que precisava de uma equipe

capacidade de dirigir e me ajudou nessa transição, que é a Patrícia

ca da Chapeuzinho Vermelho fazendo efeitos de sampler. Gosto de estar

muito bem montada. E a moçada que trabalha comigo na Conspiração,

Viotti. Outra figura importante pra mim foi o Pedro Buarque de Holanda,

perto das crianças e dos adolescentes. Minha geração pegou a virada da

hoje, é realmente uma extensão do que eu penso. Dependo muito desse

da Conspira. Quanto à admiração, além do Andrucha, do Cláudio, do

tecnologia. Eu comecei trabalhando numa ilha analógica e depois passei

pessoal e dos meus parceiros nas agências para realizar meus filmes.

Breno, de todos os meus irmãos da Conspiração, aplaudo sempre os

para uma digital. E quando você pega a transição, se preocupa em saber

Por isso mesmo, não acho que meu trabalho seja autoral. Ele é de

trabalhos do Mateus de Paula Santos (e não estou elogiando esse cara

porque as coisas estão mudando, o que está rolando. Quando você já

um grupo que fala a mesma língua. Sou apenas um balizador e tento

só porque ele usou esse mesmo espaço para falar bem de mim, não), do

pega as coisas mudadas, como essa criançada de hoje, pode ser vítima

canalizar as coisas através dos dutos corretos, nas horas certas.

Jarbas Agnelli e do Pedro Becker. É isso. produção // 31



Nova Sadia Vita. Seu coração muito mais forte.

Nova Sadia Vita. Seu coração muito mais forte.

DPZ Criação // Carlos Silvério Francesc Petit Roberto Kilciauskas Fernanda Fajardo

DPZ Criação // Carlos Silvério Francesc Petit Roberto Kilciauskas Fernanda Fajardo

Fotografia // Banco de Imagens Luiz Paulo Furia

Fotografia // Banco de Imagens Luiz Paulo Furia

ALIMENTOS / RESTAURANTES // 33


ALIMENTOS / RESTAURANTES // 34

Misturamos as frutas.

Misturamos as frutas.

DPZ Criação // Carlos Silvério Francesc Petit Roberto Kilciauskas Adriana Davini Fernanda Fajardo Frederico Sartorello Danilo Beyruth

DPZ Criação // Carlos Silvério Francesc Petit Roberto Kilciauskas Adriana Davini Fernanda Fajardo Frederico Sartorello Danilo Beyruth

Fotografia // Darcy Vieira Ilustração // Darcy Vieira

Fotografia // Darcy Vieira Ilustração // Darcy Vieira


O português mais bem freqüentado de São Paulo.

Caminhão. (busdoor)

Giovanni, FCB Criação // Fernando Campos Valdir Bianchi Vico Benevides

Ogilvy Criação // Marcelo Pires Virgilio Neves Ricardo Ribeiro Henrique Mattos

Fotografia // Jairo Goldflus

Fotografia // Fábio Bataglia

ALIMENTOS / RESTAURANTES // 35


Fermento Fleischmann. Um pouco faz crescer muito.

Fermento Fleischmann. Um pouco faz crescer muito.

Publicis Criação //

Publicis Criação //

Tião Bernardi J.R. D’Elboux Ricardo Furriel Marcelo Sato Denis Kakazu Kushiyama

Fotografia // Marcus Hausser

ALIMENTOS / RESTAURANTES // 36

Tião Bernardi J.R. D’Elboux Ricardo Furriel Marcelo Sato Denis Kakazu Kushiyama

Fotografia // Marcus Hausser


Você compraria roupa assim? E carro, vai comprar como?

Se a roupa que você veste não é assim, por que o seu carro vai ser?

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flavio Casarotti Gustavo Diehl Ricardo “Big” Passos

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flavio Casarotti Gustavo Diehl Ricardo “Big” Passos

Fotografia // Pedro Dimitrow (modelo) Rafael Costa (carro)

Fotografia // Pedro Dimitrow (modelo) Rafael Costa (carro)

AUTOMOTIVOS // 37


Ei, é hora de acreditar no espaço dos bancos rebatíveis.

Não seja egoísta: abra o Sky Window e divida o cheirinho de carro novo com todo mundo.

Leo Burnett Criação // Ruy Lindenberg Fábio Nagano André Kirkelis Guto Kono

Leo Burnett Criação // Ruy Lindenberg Guilherme Facci Benjamin Yung Junior

Fotografia // Andreas Heiniger Marco Cezar

AUTOMOTIVOS // 38

Fotografia // Mauricio Nahas Ilustração // WDS


McCann Erickson Criação // Milton Mastrocessário Marcos Teixeira Alexandre Silveira

McCann Erickson Criação // Milton Mastrocessário Marcos Teixeira Alexandre Silveira

AUTOMOTIVOS // 39


Nova Besta. Muito mais espaçosa.

Tem carro que vai ficar muito deprimido, mas fazer o quê?

Lew Lara Criação //

Y&R Criação // Tomás Lorente Carlos Fonseca Daniel Prado

Jaques Lewkowicz Clóvis Marquetti Thomaz Costa Jeferson Rocha

AUTOMOTIVOS // 40

Fotografia // Banco de Imagens Mercedes Ilustração Digital // André Viegas


Você parou exatamente nesta foto. O que você chama de coincidência, as companhias aéreas chamam de destino. Leo Burnett Criação // Ruy Lindenberg Fabio Nagano Benjamin Yung Junior Fotografia // Alexandre Ermel Banco de Imagens Ilustração // Teka Martins

Aqui ninguém reclama quando caem as tiras de uma havaiana. Leo Burnett Criação // Ruy Lindenberg Guilherme Facci Benjamin Yung Junior Fotografia // Alexandre Ermel Banco de Imagens Ilustração // Teka Martins

BANCOS E FINANCEIRAS // 41


Desde quando você andava neste carrinho não tinha alguém cuidando tanto de você. DM9DDB Criação //

Miguel Bemfica Mariana Sá Rafael Merel Marcelo Fedrizzi

Fotografia // Wide Images

BANCOS E FINANCEIRAS // 42


Johnnie Walker (Plug) NeogamaBBH Criação // Alexandre Gama Myla Verzola Pepê Fotografia // Rafael Costa Ilustração // Moura Brasil

BEBIDAS ALCOÓLICAS // 43


Nova tampa Skol Long Neck. A única que abre como desce: redondo e fácil.

Nova tampa Skol Long Neck. Fácil, muito fácil de abrir.

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Luciano Lincoln Daniel Salles Adriano Alarcon

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Luciano Lincoln Fotografia // Mauricio Nahas

Fotografia // Mauricio Nahas

bebidas alcoÓLICAS // 44


Nova tampa Skol Long Neck. Fácil, muito fácil de abrir.

Beijo.

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Luciano Lincoln Fotografia // Mauricio Nahas

McCann Erickson (RJ) Criação // Luiz Nogueira Neca Bohrer Viviane Pepe Toninho Lima Bruno Pinaud Gustavo Nogueira Fotografia // Rogério Faissal Ilustração // Estúdio Noise

BEBIDAS ALCOÓLICAS // 45


Penso, logo, peço.

Garçom entende a sua cabeça mais do que qualquer analista. E só cobra 10%.

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Pedro Guerra Daniel Poletto

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Pedro Guerra Daniel Poletto

Fotografia // Marcus Hausser Marco Cezar Getty Images

Fotografia // Marcus Hausser Marco Cezar Getty Images

bebidas alcoÓLICAS // 46


Os dermatologistas recomendam não tomar sol entre as 10h e as 16h. Não saia do bar, são ordens médicas.

Sua nova Schin também pode vestir branco. Basta deixar a garrafa uns minutos a mais no congelador.

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Pedro Guerra Daniel Poletto

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Pedro Guerra Daniel Poletto

Fotografia // Marcus Hausser Marco Cezar Getty Images

Fotografia // Marcus Hausser Marco Cezar Getty Images

bEBIDAS ALCOÓLICAS // 47


Existe um jeito melhor de tirar espinha. Contra espinhas use Clearskin da Avon.

As mulheres vão ficar mais bonitas. Avon Sun. Para um bronzeado perfeito.

DPZ Criação // Carlos Silvério Francesc Petit Roberto Kilciauskas Fernanda Fajardo

DPZ Criação // Carlos Silvério Francesc Petit Roberto Kilciauskas Fernanda Fajardo

Fotografia // Banco de Imagens Hilton Ribeiro

Fotografia // Luciano Zuffo Hilton Ribeiro

cosmÉTICOS // 48


Bloqueador Avon Sun. Para quem não agüenta ficar muito tempo no sol.

Bloqueador Avon Sun. Para quem não agüenta ficar muito tempo no sol.

DPZ Criação // José Zaragoza Carlos Rocca Carlos Schleder Ana Paula Figueiredo

DPZ Criação // José Zaragoza Carlos Rocca Carlos Schleder Ana Paula Figueiredo

Fotografia // Mauricio Nahas Hilton Ribeiro (pack)

Fotografia // Mauricio Nahas Hilton Ribeiro (pack)

COSMÉTICOS // 49


Nova lavadora Brastemp. Tira as manchas mais difíceis. (Maradona)

Nova lavadora Brastemp. Tira as manchas mais difíceis. (Clinton)

Talent Criação // João Livi Ricardo John Fábio Rodrigues

Talent Criação // João Livi Ricardo John Fábio Rodrigues

Fotografia // Fábio Rodrigues

Fotografia // Fábio Rodrigues

eletroDOMÉSTICOS // 50


Tem qualidade de imagem para bater em qualquer outra. Mas ela é fina demais para isso. TV de plasma Gradiente. A mais fina. A melhor imagem. O melhor som. Africa Criação // Sérgio Gordilho Alexandre Peralta Alessandro Cassulino Tão fina que cabe um monte na loja. Tão boa que não vai sobrar nenhuma. TV de plasma Gradiente. A mais fina. A melhor imagem. O melhor som. Africa Criação // Sérgio Gordilho Alexandre Peralta Alessandro Cassulino

ELETROeletRÔNICOS // 51


A arte ajuda você a pensar nas questões essenciais da humanidade. De onde viemos? Para onde vamos? Onde está o controle remoto? Dentsu Criação // Adriana Davini Akira Tateyama Felipe Leite Fotografia // Gustavo Lacerda Ilustração // Rodrigo Gelmi

ELETROELETRÔNICOS // 52

Os críticos de cinema adoraram. Os críticos de arte adoraram. Os críticos de plantão ficaram sem palavras. Dentsu Criação // Adriana Davini Akira Tateyama Felipe Leite Fotografia // Gustavo Lacerda Ilustração // Rodrigo Gelmi


Quando seu filho aprende valores humanos, ele aprende a resolver mais que questões de colégio.

Quando seu filho aprende valores humanos, ele aprende a resolver mais que questões de colégio.

Loducca Criação //

Loducca Criação //

Celso Loducca Tomás Lorente Samir Mesquita Adriano Alarcon Rodrigo Tórtima

Fotografia // Feco Hamburguer Ilustração // Adriano Alarcon David Maia

Celso Loducca Tomás Lorente Samir Mesquita Adriano Alarcon Rodrigo Tórtima

Fotografia // Feco Hamburguer Ilustração // Adriano Alarcon David Maia

ESCOLAS E CURSOS // 53


No mundo da propaganda, você é o que você faz. (Andy)

No mundo da propaganda, você é o que você faz. (Simon)

AlmapBBDO Criação // Luiz Sanches Roberto Pereira Wilson Mateos Marcos Medeiros

AlmapBBDO Criação // Luiz Sanches Roberto Pereira Wilson Mateos Marcos Medeiros

Ilustração // Marcos Medeiros

Ilustração // Marcos Medeiros

ESCOLAS E CURSOS // 54


No mundo da propaganda, você é o que você faz. (Mark)

No mundo da propaganda, você é o que você faz. (Villard)

AlmapBBDO Criação // Luiz Sanches Roberto Pereira Wilson Mateos Marcos Medeiros

AlmapBBDO Criação // Luiz Sanches Roberto Pereira Wilson Mateos Marcos Medeiros

Ilustração // Marcos Medeiros

Ilustração // Marcos Medeiros

ESCOLAS E CURSOS // 55


Novo aparelho de barbear Bozzano. Para todos os tipos de barba.

Novo aparelho de barbear Bozzano. Para todos os tipos de barba.

Carillo Pastore, Euro RSCG Criação // Zuza Tupinambá Eduardo Bragança Fábio Onofre

Carillo Pastore, Euro RSCG Criação // Zuza Tupinambá Eduardo Bragança Fábio Onofre

Fotografia // Souk Produção de Imagem

Fotografia // Souk Produção de Imagem

HIGIENE PESSOAL // 56


Menino vira homem quando crescem pêlos. Menina vira mulher quando não deixa crescer. JWT Criação // Átila Francucci Andrea Siqueira Rinaldo Ferrarezi Fotografia // André Faccioli

Lâmina é coisa de menino. Ou você acha que sua perna se parece com um queixo? JWT Criação // Átila Francucci Andrea Siqueira Rinaldo Ferrarezi Fotografia // André Faccioli

HIGIENE PESSOAL // 57


Já que São Paulo não é exatamente como você gostaria, o jeito é morar bem.

Já que São Paulo não é exatamente como você gostaria, o jeito é morar bem.

AlmapBBDO Criação // Cássio Zanatta Giba Lages Eduardo Andrietta Guilherme Jahara

AlmapBBDO Criação // Cássio Zanatta Giba Lages Eduardo Andrietta Guilherme Jahara

Fotografia // Getty Images Opção Brasil Corbis Ary Steinbruck

Fotografia // Getty Images Opção Brasil Corbis Ary Steinbruck

MÍDIA // 58


Já que São Paulo não é exatamente como você gostaria, o jeito é morar bem.

Se a vista do Cristo já é linda, imagine a do pai dele. Rio de Janeiro vista do céu.

AlmapBBDO Criação // Cássio Zanatta Giba Lages Eduardo Andrietta Guilherme Jahara

Carillo Pastore, Euro RSCG Criação // Zuza Tupinambá Amaury Bali Terçarolli Rodrigo Mendonça Erico Braga

Fotografia // Getty Images Opção Brasil Corbis Ary Steinbruck

Fotografia // Sérgio Zallis

MÍDIA // 59


É com informação, bom humor e criatividade que a gente vai ficando cada vez mais em forma. Globo Esporte 27 anos. CGCOM (RJ) Criação // Marcos Pedrosa Victor Martins Suzana Prista Fotografia // Studio D Tem coisas que só acontecem no futebol Europeu. Duda Criação // Ricardo Braga Marcelo Kertesz Fabio Victoria Bruno Brasil Rodrigo Rodrigues Fotografia // Moacir Lugato

MÍDIA // 60


Onde não tem informação, tem espaço para antigos erros se repetirem.

Onde não tem informação, tem espaço para antigos erros se repetirem.

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Renato Simões Bruno Prosperi

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Renato Simões Bruno Prosperi

Fotografia // Corbis

Fotografia // Corbis

MÍDIA // 61


Veja o mundo com outros olhos. Os seus. DM9DDB Criação // Sérgio Valente Ricardo Chester Marcos Medeiros Fotografia // Ricardo Rojas Ilustração // Marcos Medeiros Saia da sua área de cobertura. DM9DDB Criação // Sérgio Valente Ricardo Chester Marcos Medeiros Fotografia // Ricardo Rojas Ilustração // Marcos Medeiros

MÍDIA // 62


Leia e fique por fora. DM9DDB Criação // Sérgio Valente Ricardo Chester Marcos Medeiros Fotografia // Ricardo Rojas Ilustração // Marcos Medeiros Saia da sua área de cobertura. DM9DDB Criação // Sérgio Valente Ricardo Chester Marcos Medeiros Fotografia // Ricardo Rojas Ilustração // Marcos Medeiros

MÍDIA // 63


Músicas que mexem com sua cabeça, e não só porque é assim que se dança rock n’ roll. MTV ao Vivo Titãs. Loducca Criação //

Celso Loducca Tomás Lorente Samir Mesquita Adriano Alarcon Rodrigo Tórtima

Ilustração // Fábrica de Quadrinhos

MÍDIA // 64


XXL. A maior cobertura do Fashion Rio você encontra no Jornal do Brasil. MacGyver (RJ) Criação // Marcos Silveira Felippe Mendonça Marcelo Lima

PP. A sua chance de encontar cobertura do Fashion Rio, igual à nossa, é mínima.

M. A melhor cobertura do Fashion Rio, porque a gente não precisa fazer média com ninguém.

MacGyver (RJ) Criação // Marcos Silveira Felippe Mendonça Marcelo Lima

MacGyver (RJ) Criação // Marcos Silveira Felippe Mendonça Marcelo Lima MÍDIA // 65


Se você já manda no seu nariz, não vai ser no ouvido que os outros vão mandar.

A Oi FM é interativa. Você baixa a música e a música baixa em você.

NBS (RJ) Criação //

NBS (RJ) Criação //

André Lima Pedro Feyer Renata Raggi Sabrina Villlar Renata Giese André Havt

Fotografia // Platinum Ilustração // Platinum

André Lima Pedro Feyer Renata Raggi Sabrina Villlar Renata Giese André Havt

Fotografia // Platinum Ilustração // Platinum

MÍDIA // 66


Comece a Segunda Guerra sem ter que invadir a Polônia. Aperte o play.

E você aí pensando que não ia ver nenhum canhão nesta revista.

Salem Criação // Marcio Salem Felipe Pavani James Scavone

Salem Criação // Marcio Salem Felipe Pavani James Scavone

MÍDIA // 67


Arquibancada.

Chuva.

Talent Criação // João Livi Ricardo John Cássio Moron

Talent Criação // João Livi Ricardo John Cássio Moron

Fotografia // Futura Press Folha Press

Fotografia // Futura Press Folha Press

Bilheteria. Talent Criação // João Livi Ricardo John Cássio Moron Fotografia // Futura Press Folha Press MÍDIA // 68


Lembra o que o Piquet falou do Senna? Lembra o que o Pelé falou da Xuxa? Lembra o que o Lula falou do Hitler? Lembre de passar na farmácia e comprar remédio para memória. Y&R Criação // Silvio Matos Leandro Castilho Eduardo Martins Daniel Prado Carlos Fonseca

A Playboy que mostra uma intimidade jamais vista: a das celebridades com o gravador. Y&R Criação // Silvio Matos Leandro Castilho Eduardo Martins Daniel Prado Carlos Fonseca

MÍDIA // 69


Se o MASP estivesse em Nova York, você arranjaria tempo para ir. DM9DDB Criação //

Sérgio Valente Mariana Sá Ricardo Chester Marcos Abrucio Rodolfo Pauletto

Fotografia // Marcus Hausser Stock Photos

Faça de conta que o MASP está em Paris: visite. DM9DDB Criação //

Sérgio Valente Mariana Sá Ricardo Chester Marcos Abrucio Rodolfo Pauletto

Fotografia // Marcus Hausser Getty Images

outros // 70


Para manutenção de áreas verdes.

Para manutenção de áreas verdes.

Ric Propaganda (RJ) Criação // Dabiel Bradock Rodrigo Lopes Augusto Correia

Ric Propaganda (RJ) Criação // Dabiel Bradock Rodrigo Lopes Augusto Correia

Fotografia // Johnny e Marçal Duarte

Fotografia // Johnny e Marçal Duarte

OUTROS // 71


OUTROS // 72

Frederico Sartorello, 36 anos.

Márcio Silva, 13 anos.

Enfrentou o frio cortante das estepes russas marchando ao lado dos exércitos de Napoleão. Chorou sobre o caixão de Martin Luther King. Viu um planeta ser dragado por um buraco negro. Acaba de descobrir que está completamente apaixonado por Lolita.

Cruzou oceanos a bordo do Nautillus. Subiu nos ombros do Colosso de Rodes. Viu as pirâmides emergirem das areias do deserto. Aprontou junto com Snoopy e Charlie Brown. Descobriu sinais de vida extraterrestre no ano de 2001. Está vivendo as emoções de uma partida de quadribol ao lado de Harry Potter.

Ler é viver várias vidas.

Ler é viver várias vidas.

DPZ Criação // Carlos Silvério Francesc Petit João Paulo Magalhães Frederico Sartorello

DPZ Criação // Carlos Silvério Francesc Petit João Paulo Magalhães Frederico Sartorello

Fotografia // Lucio Cunha

Fotografia // Lucio Cunha


Adriana Vilela, 24 anos. Traficou armas com Rimbaud na costa da África. Sentiu o calor do sol na face enquanto via Van Gogh pintando em meio aos campos de girassóis. Foi uma das primeiras a entrar na tumba do faraó Tutancâmon. Presenciou a separação dos continentes. Lutou contra os exércitos de Átila. Está no meio de um encontro não muito agradável com Catarina, a megera domada. Ler é viver várias vidas.

Colabore com a OSB. Doando parte do seu imposto de renda você ajuda e não gasta nada.

DPZ Criação // Carlos Silvério Francesc Petit João Paulo Magalhães Frederico Sartorello

VS (RJ) Criação //

Fotografia // Lucio Cunha

Fotografia // Rogério Faissal

Luis Cláudio Salvestroni Paulo Castro Eduardo Salles Rodrigo Lomelino

OUTROS // 73


O que é melhor: brincar de pega-pega, cabra-cega ou bóia-fria?

Para muita gente, o trabalho não começa às oito, começa aos oito.

DM9DDB Criação // Sérgio Valente André Pessoa Rodrigo Favero Bombana

DM9DDB Criação // Sérgio Valente André Pessoa Rodrigo Favero Bombana

Fotografia // Richard Kohout

Fotografia // Richard Kohout

SERVIÇo pÚBLICO // 74


Tem muita criança ocupada com trabalho que não é da escola. DM9DDB Criação // Sérgio Valente André Pessoa Rodrigo Favero Bombana Fotografia // Richard Kohout

As pessoas estão chegando mais cedo ao trabalho. Algumas até antes de crescer. DM9DDB Criação // Sérgio Valente André Pessoa Rodrigo Favero Bombana Fotografia // Richard Kohout

SERVIÇo pÚBLICO // 75


Amigo de verdade é aquele que nunca abandona a gente. Adote um cão.

Amigo de verdade é aquele que nunca abandona a gente. Adote um cão.

age. Criação // Carlos Domingos Paulo Pretti Antero Neto Ricardo John Christiano Neves

age. Criação // Carlos Domingos Paulo Pretti Antero Neto Ricardo John Christiano Neves

Fotografia // Biga Ilustração // Christiano Neves

Fotografia // Biga Ilustração // Christiano Neves

SERVIÇo público // 76


Preservação da Mata Atlântica. Há 18 anos no nosso sangue.

Preservação da Mata Atlântica. Há 18 anos no nosso sangue.

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Luciano Lincoln

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Luciano Lincoln

Ilustração // Adelmo Barreira

Ilustração // Adelmo Barreira

SERVIçO PÚBLICO // 77


Ligue para pedir comida. Só que, desta vez, para os outros.

Ligue que a gente entrega a comida rapidinho. Só não vai ser na sua casa.

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Daniela Ribeiro Daniel Poletto

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Daniela Ribeiro Daniel Poletto

Fotografia // Lucio Cunha

Fotografia // Lucio Cunha

SERVIçO PÚBLICO // 78


Lixo e esgotos são lançados diretamente nos rios brasileiros. Os mesmos de onde é captada a água do seu chá. NovaCentro (RS) Criação // Marcelo Firpo Juliano Weide Cristina Carvalho Fotografia // John Arlington / Dbox Ilustração // Alexandre Moschini BlauHaus

Lixo e esgotos são lançados diretamente nos rios brasileiros. Os mesmos de onde é captada a água do seu drink. NovaCentro (RS) Criação // Marcelo Firpo Juliano Weide Fotografia // John Arlington / Dbox Ilustração // Alexandre Moschini BlauHaus

Lixo e esgotos são lançados diretamente nos rios brasileiros. Os mesmos de onde é captada a água do seu coquetel. NovaCentro (RS) Criação // Marcelo Firpo Juliano Weide Cristina Carvalho Fotografia // John Arlington / Dbox Ilustração // Alexandre Moschini BlauHaus SERVIçO PÚBLICO // 79


Denuncie o abuso e a exploração sexual.

Denuncie o abuso e a exploração sexual.

Publicis Criação //

Publicis Criação //

Rodolfo Sampaio Tião Bernardi Arício Fortes André Gola

Fotografia // Gustavo Zylbersztajn

SERVIÇo pÚBLICO // 80

Rodolfo Sampaio Tião Bernardi Arício Fortes André Gola

Fotografia // Gustavo Zylbersztajn


Sua internet vive dando pau? Retribua a gentileza.

Aquela sua internet só funciona de madrugada? Perfeito. Menos testemunhas.

BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Wanslez Quaresma

BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Murilo Torezan Wanslez Quaresma

Ilustração // Wanslez Quaresma

Ilustração // Wanslez Quaresma

telecomunicaÇÕES // 81


Da última vez que você teve tanta diversão na mão, sua mãe entrou no banheiro e estragou tudo.

Você nunca pôs a mão em tanto conteúdo. A não ser que a sua namorada tenha silicone.

Duda Criação // Ricardo Braga Marcelo Kertesz Fabio Victoria Gustavo Barcellos Marcelo Maia

Duda Criação // Ricardo Braga Marcelo Kertesz Fabio Victoria Claudio Lima Marcelo Maia

Ilustração // Bruno Brasil

Ilustração // Bruno Brasil

TELECOMUNICAÇões // 82


Novo Iveco Stralis 2006. Até 80 toneladas.

Novo Iveco Stralis 2006. Até 80 toneladas.

BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Eduardo Godoy

BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Eduardo Godoy

Fotografia // Eduardo Godoy

Fotografia // Eduardo Godoy

transporteS e turismo // 83


É a viagem perfeita para você aprender a valorizar as pequenas coisas da vida: o marisco, por exemplo.

Nada como tomar café da manhã e não ter que guardar a manteiga depois.

Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Daniel Prado

Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Daniel Prado

Fotografia // Márcio Sallowicz Ilustração Digital // André Viegas

Fotografia // Márcio Sallowicz Ilustração Digital // André Viegas

transporteS e turismo // 84


Passe horas dentro d’água acompanhando um processo científico muito interessante: o seu encolhimento.

Guias que falam português, inglês e pato-donaldês.

Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Felipe Gall Daniel Prado

Y&R Criação // Silvio Matos Eduardo Martins Leandro Castilho Daniel Prado Toni Fernandes

Fotografia // Márcio Sallowicz Ilustração Digital // André Viegas

Fotografia // Márcio Sallowicz Ilustração Digital // André Viegas

transporteS e turismo // 85


Agora você pode pagar grandes momentos com cheque.

Agora você pode pagar grandes momentos com cheque.

Full Jazz Criação // Luiz Lobo Alexis Leiria Adriano Passos

Full Jazz Criação // Luiz Lobo Alexis Leiria Adriano Passos

Fotografia // Daniela Gurgel

Fotografia // Daniela Gurgel

transporteS e turismo // 86


Onde você for, vai se sentir em casa.

Onde você for, vai se sentir em casa.

Z+ Criação // Rose Ferraz Alan Strozemberg Zezito Marques Luciana Lins Paulo Pejon

Z+ Criação // Rose Ferraz Alan Strozemberg Zezito Marques Luciana Lins Paulo Pejon

Ilustração // Paulo Pejon

Ilustração // Paulo Pejon

TRANSPORTES E TURISMO // 87


Futebol - Pen drive Victorinox.

Tênis - Pen drive Victorinox.

BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Gastão Moreira Denis Gaddini

BorghiErh Criação // Erh Ray José Henrique Borghi Gastão Moreira Denis Gaddini

VAREJO // 88


Os negros começaram o rock. Começaram o blues. Começaram o jazz. E os prateados, começaram o quê?

Ouça as mensagens obscuras da sua banda favorita.

Giovanni, FCB Criação // Valdir Bianchi Fernando Campos Thiago Carvalho

Giovanni, FCB Criação // Valdir Bianchi Fernando Campos Thiago Carvalho

Ilustração // Silvio Medeiros

Ilustração // Silvio Medeiros

Não só sustentamos o seu vício. Ainda fornecemos agulhas.

A era é digital porque tem o dedo das gravadoras em tudo que as bandas fazem.

Giovanni, FCB Criação // Valdir Bianchi Fernando Campos Thiago Carvalho

Giovanni, FCB Criação // Valdir Bianchi Fernando Campos Thiago Carvalho

Ilustração // Silvio Medeiros

Ilustração // Silvio Medeiros VAREJO // 89


Só existe uma coisa que fica melhor no seu pé que Havaianas Surf: a menina mais difícil da praia.

Você deixou a sua gata na areia cuidando de suas Havaianas enquanto surfa? Vai perder as duas.

AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Sophie Schoenburg Roberto Fernandez

AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Sophie Schoenburg Roberto Fernandez

Fotografia // Fernanda Tricoli Ilustração // Adelmo Barreira Roberto Fernandez

Fotografia // Fernanda Tricoli Ilustração // Adelmo Barreira Roberto Fernandez

VESTUÁRIO // 90


Todo o exotismo da Índia, sem aquela cítara na orelha.

São de tirar o fôlego. Mas a ioga está aí para isso: reensinar a respirar.

AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Marcus Sulzbacher Cássio Zanatta Danilo Siqueira

AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Marcus Sulzbacher Cássio Zanatta Danilo Siqueira

Ilustração // Danilo Siqueira

Fotografia // Alexandre Ermel Fernando Nalon Ilustração // Danilo Siqueira

vestuÁRIo // 91


Arma de sedução em massa. Havaianas.

Havaianas. Muito usada em Ibiza. E lá não usam quase nada.

AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Wilson Mateos

AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Wilson Mateos

Ilustração // Adhemas Batista

Ilustração // Adhemas Batista

VESTUÁRIO // 92


Skatistas se chamam de “véio” porque descem a escada com ajuda do corrimão.

Não adianta oferecer ajuda: skatistas adoram viver na sarjeta.

Dez Brasil Criação // Vitor Knijinik Sandro Nascimento Rodrigo Cabello

Dez Brasil Criação // Vitor Knijinik Sandro Nascimento Rodrigo Cabello

Ilustração // Rodrigo Cabello

Ilustração // Rodrigo Cabello

vestuÁRIo // 93


VESTUÁRIO // 94

Inauguração da Nike Store no Barra Shopping.

Corinthians. Campeão Brasileiro de 2005.

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Bruno Prosperi

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Bruno Prosperi

Fotografia // Zarella Neto

Ilustração // Marco Aragão


Quem tem que apavorar é você, não suas roupas. Use Tigor.

Acabe com aquelas assombrações que vivem no seu guarda-roupas. Use Tigor.

OpusMúltipla (PR) Criação // Renato Cavalher Carlos Guimarães Fábio Biscaia Denílson Pucci

OpusMúltipla (PR) Criação // Renato Cavalher Carlos Guimarães Fábio Biscaia Denílson Pucci

Fotografia // Maurício Chiminazzo Ilustração // Denílson Pucci

Fotografia // Maurício Chiminazzo Ilustração // Denílson Pucci

vestuÁRIo // 95


Quem usa Mizuno chega antes.

Cuidado piranhas. Nova bota Tech Long Sete Léguas.

AlmapBBDO Criação // Luiz Sanches Roberto Pereira Marcos Medeiros Wilson Mateos

Lew, Lara Criação //

Fotografia // Hugo Treu

Jaques Lewkowicz Marco Versolato André Laurentino André Freire Mozar Gudin

Fotografia // Gustavo Lacerda

VESTUÁRIO // 96


Quem protege o pé protege o corpo. Sete Léguas.

Quem protege o pé protege o corpo. Sete Léguas.

Lew, Lara Criação //

Lew, Lara Criação //

Jaques Lewkowicz Marco Versolato André Laurentino André Freire Mozar Gudin

Fotografia // Gustavo Lacerda

Jaques Lewkowicz Marco Versolato André Laurentino André Freire Mozar Gudin

Fotografia // Gustavo Lacerda

vestuÁRIo // 97


Para assistir aos filmes selecionados, digite www.ccsp.com.br/novo/ “Barulho” 141 Worldwide Criação // Marcos Dyonísio Vitor Azambuja Gustavo Monteiro Direção // Clovis Mello Cine Som // Sound Design

“Cooler” Africa Criação // Alexandre Peralta Sérgio Gordilho Direção // Claudio Borrelli Killer.Biz Som // Silvio Piesco Tesis FILMES // 98

“Mudança” Africa Criação // Alexandre Peralta Sérgio Gordilho Direção // Pedro Becker Sentimental Filme Som // Tesis


“Gaiolas”

“Passarinho”

AlmapBBDO Criação // Cássio Zanatta Giba Lages Dulcídio Caldeira César Finamori

AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Cássio Zanatta Giba Lages Dulcídio Caldeira César Finamori

Direção // Carlos Manga Júnior Republika Filmes Som // Tesis

Direção // Carlos Manga Júnior Republika Filmes Som // Tesis

“Biquíni” AlmapBBDO Criação // Cássio Zanatta Giba Lages Eduardo Andrietta Guilherme Jahara José Luiz Martins Gustavo Victorino Direção // Clovis Mello Cine Som // S de Samba

“Poça” AlmapBBDO Criação // Marcello Serpa Eduardo Andrietta Guilherme Jahara Direção // Clovis Mello Cine Som // Play it Again FILMES // 99


“Pit Stop”

“Diferentemente lindo” DM9DDB Criação // Sérgio Valente Miguel Bemfica Mariana Sá Direção // Paulo Diehl Cia. de Cinema

F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Ricardo Jones Airton Carmignani Caio Cassoli Direção // Gustavo Leme Republika Filmes Som // Silvio Piesco Tesis

“Chipinho Noel” F/Nazca S&S Criação // Fábio Fernandes Eduardo Lima Ricardo Jones Airton Carmignani Direção // Gustavo Leme Republika Filmes Som // Silvio Piesco Tesis FILMES // 100

“Escova de dente” Fallon Criação // Eugênio Mohallem Marcelo Aragão Ana Carolina Reis Direção // Marcos Siega Hungry Man Som // Tesis


“Ronaldinho” “Amigo secreto” Fallon Criação // Eugênio Mohallem Leandro Lourenção Bruno Bomediano Direção // Fernando Meirelles Paola Siqueira O2 Filmes Som // Voicez

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Gustavo Diehl Ricardo “Big” Passos Pedro Guerra Kleyton Mourão Direção // Luiz Ferré Cine Som // Banda Sonora

“Relatório”

“Placas”

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Eduardo Fischer Pedro Cappeletti Flavio Casarotti Pedro Utzeri

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flavio Casarotti Daniel Poletto Daniela Ribeiro

Direção // Rodolfo Vanni Cia. de Cinema Som // Lua Nova

Direção // Robério Braga Maria Bonita Som // Ludwig Van FILMES // 101


“Peitos Inflados”

FILMES // 102

Fischer América Criação // Jáder Rossetto Pedro Cappeletti Flávio Casarotti Pedro Utzeri

“Sonhe com o mundo”

Direção // Rene Sampaio TV Zero Som // Ludwig Van

Direção // Luis Alberto Kid Sentimental Filme Som // YB

“Pai e Filho”

“Escondida”

Giovanni, FCB Criação // Fernando Campos Valdir Bianchi Alessandro Bernardo André Godoi Leandro Hermann David Romanetto Eduardo Foresti Erick Rosa Marcelo Pallotta Carlos Eduardo Lopes Murilo Lico Silvio Medeiros Thiago Carvalho Vico Benevides Vitor Patalano Vitor Aragão

Giovanni, FCB Criação // Fernando Campos Valdir Bianchi Alessandro Bernardo André Godoi Leandro Hermann David Romanetto Eduardo Foresti Erick Rosa Marcelo Pallotta Carlos Eduardo Lopes Murilo Lico Silvio Medeiros Thiago Carvalho Vico Benevides Vitor Patalano Vitor Aragão

Direção // Jarbas Agnelli AD Studio Som // Play it Again

Direção // Jarbas Agnelli AD Studio Som // Play it Again

G7 Comunicação Criação // Marcos Guedes Marcelo Matsukuma


“Escolhas” JWT Criação // Átila Francucci João Caetano Brasil Fábio Brandão Theo Rocha Cláudia Fugita Direção // Carlos Manga Júnior Republika Filmes Som // Sax so Funny

“Pimenta” JWT Criação // Átila Francucci Fernando Nobre Fábio Brandão Direção // Carlos Manga Júnior Republika Filmes Som // Zezinho Mutarelli Sax so Funny

“Luau” Giovanni, FCB Criação // Fernando Campos Valdir Bianchi Alessandro Bernardo André Godoi Leandro Hermann David Romanetto Eduardo Foresti Erick Rosa Marcelo Pallotta Carlos Eduardo Lopes Murilo Lico Silvio Medeiros Thiago Carvalho Vico Benevides Vitor Patalano Vitor Aragão Direção // Jarbas Agnelli AD Studio Som // Play it Again

“Fruto é Luz” Lew, Lara Criação //

Jaques Lewkowicz Marco Versolato Manir Fadel Bráulio Kuwabara

Direção // Sergio Amon Zero Filmes FILMES // 103


“Trilogia Vampiro I” “Minorias” Lew, Lara Criação // Direção // Som //

FILMES // 104

Jaques Lewkowicz Marco Versolato Braulio Kuwabara Manir Fadel Mateus de Paula Santos Cadu Macedo Vetor Zero / Lobo Lua Nova

Lowe Criação // Valmir Leite Edgar Gianesi Marcelo Camargo Walter Nava Direção // Pedro Becker Sentimental Filme Som // Dudu Marote Ricardo Pinda Douglas Fonseca Dr. DD & Raw

“Trilogia Vampiro II”

“Epílogo”

Lowe Criação // Valmir Leite Edgar Gianesi Marcelo Camargo Walter Nava

Lowe Criação // Valmir Leite Edgar Gianesi Marcelo Camargo Walter Nava

Direção // Pedro Becker Sentimental Filme Som // Dudu Marote Ricardo Pinda Douglas Fonseca Dr. DD & Raw

Direção // Pedro Becker Sentimental Filme Som // Dudu Marote Ricardo Pinda Douglas Fonseca Dr. DD & Raw


“Apresentação”

“Varejo” Loducca Criação // Direção // Som //

Guga Ketzer Paulo Diehl Cia. de Cinema Plug in

McCann Erickson Criação // Carlos Coelho Paula Chande Lula Corrêa Paulo Surek Direção // Breno Silveira Conspiração Filmes Som // Baticum

“Miragem” “Quebra-Cabeça” NeogamaBBH Criação // Alexandre Gama Direção // João Daniel Tikhomiroff João Caetano Feyer Jodaf Mixer Som // Tentáculo

Quê Comunicação (RJ) Criação // Ercílio Tranjan Chiquinho Lucchini Eduardo Almeida Vicente Nolasco Direção // Sérgio Amon Zero Filmes Som // Lua Nova FILMES // 105


“Sambista” Talent Criação // João Livi Philippe Degen Fábio Astolpho Direção // Caito Ortiz Som // Sound Design

“Escritório”

// 106

“Esteira” Talent Criação // João Livi Marcelo Droopy Almeida Luciane Vieira Direção // Mateus de Paula Santos Lobo Som // Sax So Funny

“Corrida”

W/Brasil Criação // Rui Branquinho Rynaldo Gondim

W/Brasil Criação // Rui Branquinho Rynaldo Gondim Fábio Meneghini

Direção // Júlio Xavier Bossa Nova Films Som // S de Samba

Direção // Clovis Mello Cine Som // S de Samba





141 Worldwide // 98 AD Studio // 102, 103 Adelmo Barreira // 77, 90 Adhemas Batista // 92 Adriana Davini // 34, 52 Adriano Alarcon // 44, 53, 64 Adriano Passos // 86 Africa // 51, 98 age. // 76 Airton Carmignani // 100 Akira Tateyama // 52 Alan Strozemberg // 87 Alessandro Bernardo // 102, 103 Alessandro Cassulino // 51 Alexandre Ermel // 41, 91 Alexandre Gama // 43, 105 Alexandre Moschini // 79 Alexandre Peralta // 51, 98 Alexandre Silveira // 39 Alexis Leiria // 86 AlmapBBDO // 54, 55, 58, 59, 90, 91, 92, 96, 99 Amaury Bali Terçarolli // 59 Ana Carolina Reis // 100 Ana Paula Figueiredo // 49 André Faccioli // 57 André Freire // 96, 97 André Godoi // 102, 103 André Gola // 80 André Havt // 66 André Kirkelis // 38 André Laurentino // 96, 97 André Lima // 66 André Pessoa // 74, 75 André Viegas // 40, 84, 85 Andrea Siqueira // 57 Andreas Heiniger // 38 Antero Neto // 76 Arício Fortes // 80 Ary Steinbruck // 58, 59 Átila Francucci // 57, 103 Augusto Correia // 71 Banco de Imagens // 33, 41, 48 Banco de Imagens Mercedes // 40 Banda Sonora // 101 Baticum // 105 Benjamin Yung Junior // 38, 41 Biga // 76 BlauHaus // 79 BorghiErh // 81, 83, 88 Bossa Nova Films // 106 Bráulio Kuwabara // 103, 104 Breno Silveira // 105 Bruno Bomediano // 101 Bruno Brasil // 60, 82 Bruno Pinaud // 45 Bruno Prosperi // 61, 94 Cadu Macedo // 104 Caio Cassoli // 100 Caito Ortiz // 106 Carillo Pastore, Euro RSCG // 56, 59 Carlos Coelho // 105 Carlos Domingos // 76 Carlos Eduardo Lopes // 102, 103 Carlos Fonseca // 40, 69 Carlos Guimarães // 95 Carlos Manga Júnior // 98, 99, 103

Carlos Rocca // 49 Carlos Schleder // 49 Carlos Silvério // 33, 34, 48, 72, 73 Cássio Moron // 68 Cássio Zanatta // 58, 59, 91, 99 Celso Loducca // 53, 64 César Finamori // 99 CGCOM (RJ) // 60 Chiquinho Lucchini // 105 Christiano Neves // 76 Cia. de Cinema // 100, 101, 105 Cine // 98, 99, 101, 106 Cláudia Fugita // 103 Claudio Borrelli // 98 Claudio Lima // 82 Clóvis Marquetti // 40 Clovis Mello // 98, 99, 106 Conspiração Filmes // 105 Corbis // 58, 59, 61 Criação // 49 Cristina Carvalho // 79 Dabiel Bradock // 71 Daniel Poletto // 46, 47, 78, 101 Daniel Prado // 40, 69, 84, 85 Daniel Salles // 44 Daniela Gurgel // 86 Daniela Ribeiro // 78, 101 Danilo Beyruth // 34 Danilo Siqueira // 91 Darcy Vieira // 34 David Maia // 53 David Romanetto // 102, 103 Dbox // 79 Denílson Pucci // 95 Denis Gaddini // 88 Denis Kakazu Kushiyama // 36 Dentsu // 52 Dez Brasil // 93 DM9DDB // 99, 42, 62, 63, 70, 74, 75, 100 Douglas Fonseca // 104 DPZ // 33, 34, 48, 49, 72, 73 Dr. DD & Raw // 104 Duda // 60, 82 Dudu Marote // 104 Dulcídio Caldeira // 99 Edgar Gianesi // 104 Eduardo Almeida // 105 Eduardo Andrietta // 58, 59, 99 Eduardo Bragança // 56 Eduardo Fischer // 101 Eduardo Foresti // 102, 103 Eduardo Godoy // 83 Eduardo Lima // 44, 45, 61, 77, 94, 100 Eduardo Martins // 69, 84, 85 Eduardo Salles // 73 Ercílio Tranjan // 105 Erh Ray // 81, 83, 88 Erick Rosa // 102, 103 Erico Braga // 59 Estúdio Noise // 45 Eugênio Mohallem // 100, 101 F/Nazca // 61 F/Nazca S&S // 44, 45, 61, 77, 94, 100 Fábio Astolpho // 106 Fábio Bataglia // 35 Fábio Biscaia // 95 Fábio Brandão // 103

ÍNDICE remissivo // 114

Fábio Fernandes // 44, 45, 61, 77, 94, 100 Fábio Meneghini // 106 Fábio Nagano // 38, 41 Fábio Onofre // 56 Fábio Rodrigues // 50 Fabio Victoria // 60, 82 Fábrica de Quadrinhos // 64 Fallon // 100, 101 Feco Hamburguer // 53 Felipe Gall // 84, 85 Felipe Leite // 52 Felipe Pavani // 67 Felippe Mendonça // 65 Fernanda Fajardo // 33, 34, 48 Fernanda Tricoli // 90 Fernando Campos // 35, 89, 102, 103 Fernando Meirelles // 101 Fernando Nalon // 91 Fernando Nobre // 103 Fischer América // 37, 46, 47, 78, 101, 102 Flavio Casarotti // 37, 46, 47, 78, 101, 102 Folha Press // 68 Francesc Petit // 33, 34, 48, 72, 73 Frederico Sartorello // 34, 72, 73 Full Jazz // 86 Futura Press // 68 G7 Comunicação // 102 Gastão Moreira // 88 Getty Images // 46, 47, 58, 59, 70 Giba Lages // 58, 59, 99 Giovanni, FCB // 35, 89, 102, 103 Guga Ketzer // 105 Guilherme Facci // 38, 41 Guilherme Jahara // 58, 59, 99 Gustavo Barcellos // 82 Gustavo Diehl // 37, 101 Gustavo Lacerda // 52, 96, 97 Gustavo Leme // 100 Gustavo Monteiro // 98 Gustavo Nogueira // 45 Gustavo Victorino // 98, 99 Gustavo Zylbersztajn // 80 Guto Kono // 38 Henrique Mattos // 35 Hilton Ribeiro // 48, 49 Hugo Treu // 96 Hungry Man // 100 J.R. D’Elboux // 36 Jáder Rossetto // 37, 46, 47, 78, 101, 102 Jairo Goldflus // 35 James Scavone // 67 Jaques Lewkowicz // 40, 96, 97, 103, 104 Jarbas Agnelli // 102, 103 Jeferson Rocha // 40 João Caetano Brasil // 103 João Caetano Feyer // 105 João Daniel Tikhomiroff // 105 João Livi // 50, 68, 106 João Paulo Magalhães // 72, 73 Jodaf Mixer // 105 John Arlington // 79 Johnny e Marçal Duarte // 71 José Henrique Borghi // 81, 83, 88 José Luiz Martins // 98, 99 José Zaragoza // 49 Juliano Weide // 79 Júlio Xavier // 106

JWT // 57, 103 Killer.Biz // 98 Kleyton Mourão // 101 Leandro Castilho // 69, 84, 85 Leandro Hermann // 102, 103 Leandro Lourenção // 100 Leo Burnett // 38, 41 Lew, Lara // 40, 96, 97, 103, 104 Lobo // 106 Loducca // 53, 64, 105 Lowe // 104 Lua Nova // 101, 104, 105 Luciana Lins // 87 Luciane Vieira // 106 Luciano Lincoln // 44, 45, 77 Luciano Zuffo // 48 Lucio Cunha // 72, 73, 78 Ludwig Van // 101, 102 Luis Alberto Kid // 102 Luis Cláudio Salvestroni // 73 Luiz Ferré // 101 Luiz Lobo // 86 Luiz Nogueira // 45 Luiz Paulo Furia // 33 Luiz Sanches // 54, 55, 96 Lula Corrêa // 105 MacGyver (RJ) // 65 Manir Fadel // 103, 104 Marcello Serpa // 90, 91, 92, 99 Marcelo Aragão // 100 Marcelo Camargo // 104 Marcelo Droopy Almeida // 106 Marcelo Fedrizzi // 42 Marcelo Firpo // 79 Marcelo Kertesz // 60, 82 Marcelo Lima // 65 Marcelo Maia // 82 Marcelo Matsukuma // 102 Marcelo Pallotta // 102, 103 Marcelo Pires // 35 Marcelo Sato // 36 Marcio Salem // 67 Márcio Sallowicz // 84, 85 Marco Aragão // 94 Marco Cezar // 38, 46, 47 Marco Versolato // 96, 97, 103, 104 Marcos Abrucio // 70 Marcos Dyonísio // 98 Marcos Guedes // 102 Marcos Medeiros // 54, 55, 62, 63, 96 Marcos Pedrosa // 60 Marcos Siega // 100 Marcos Silveira // 65 Marcos Teixeira // 39 Marcus Hausser // 36, 46, 47, 70 Marcus Sulzbacher // 91 Maria Bonita // 101 Mariana Sá // 42, 70, 100 Mateus de Paula Santos // 104, 106 Maurício Chiminazzo // 95 Mauricio Nahas // 38, 44, 45, 49 McCann Erickson // 39, 105 McCann Erickson (RJ) // 45 Miguel Bemfica // 42, 100 Milton Mastrocessário // 39 Moacir Lugato // 60 Moura Brasil // 43

Mozar Gudin // 96, 97 Murilo Lico // 102, 103 Murilo Torezan // 81 Myla Verzola // 43 NBS (RJ) // 66 Neca Bohrer // 45 NeogamaBBH // 43, 105 NovaCentro (RS) // 79 O2 Filmes // 101 Ogilvy // 35 Opção Brasil // 58, 59 OpusMúltipla (PR) // 95 Paola Siqueira // 101 Paula Chande // 105 Paulo Castro // 73 Paulo Diehl // 100, 105 Paulo Pejon // 87 Paulo Pretti // 76 Paulo Surek // 105 Pedro Becker // 98, 104 Pedro Cappeletti // 37, 46, 47, 78, 101, 102 Pedro Dimitrow // 37 Pedro Feyer // 66 Pedro Guerra // 46, 47, 101 Pedro Utzeri // 101, 102 Pepê // 43 Philippe Degen // 106 Platinum // 66 Play it Again // 99, 102, 103 Plug in // 105 Publicis // 36, 80 Quê Comunicação (RJ) // 105 Rafael Costa // 37, 43 Rafael Merel // 42 Renata Giese // 66 Renata Raggi // 66 Renato Cavalher // 95 Renato Simões // 61 Rene Sampaio // 102 Republika Filmes // 99, 100, 103 Ric Propaganda (RJ) // 71 Ricardo “Big” Passos // 37, 101 Ricardo Braga // 60, 82 Ricardo Chester // 62, 63, 70 Ricardo Furriel // 36 Ricardo John // 50, 68, 76 Ricardo Jones // 100 Ricardo Pinda // 104 Ricardo Ribeiro // 35 Ricardo Rojas // 62, 63 Richard Kohout // 74, 75 Rinaldo Ferrarezi // 57 Robério Braga // 101 Roberto Fernandez // 90 Roberto Kilciauskas // 33, 34, 48 Roberto Pereira // 54, 55, 96 Rodolfo Pauletto // 70 Rodolfo Sampaio // 80 Rodolfo Vanni // 101 Rodrigo Cabello // 93 Rodrigo Favero Bombana // 74, 75 Rodrigo Gelmi // 52 Rodrigo Lomelino // 73 Rodrigo Lopes // 71 Rodrigo Mendonça // 59 Rodrigo Rodrigues // 60

Rodrigo Tórtima // 53, 64 Rogério Faissal // 45, 73 Rose Ferraz // 87 Rui Branquinho // 106 Ruy Lindenberg // 38, 41 Rynaldo Gondim // 106 S de Samba // 99, 106 Sabrina Villlar // 66 Salem // 67 Samir Mesquita // 53, 64 Sandro Nascimento // 93 Sax so Funny // 103, 106 Sentimental Filme // 98, 102, 104 Sergio Amon // 103, 105 Sérgio Gordilho // 51, 98 Sérgio Valente // 62, 63, 70, 74, 75, 100 Sérgio Zallis // 59 Silvio Matos // 69, 84, 85 Silvio Medeiros // 89, 102, 103 Silvio Piesco // 98, 100 Sophie Schoenburg // 90 Souk Produção de Imagem // 56 Sound Design // 98, 106 Stock Photos // 70 Studio D // 60 Suzana Prista // 60 Talent // 50, 68, 106 Teka Martins // 41 Tentáculo // 105 Tesis // 98, 99, 100 Theo Rocha // 103 Thiago Carvalho // 89, 102, 103 Thomaz Costa // 40 Tião Bernardi // 36, 80 Tomás Lorente // 40, 53, 64 Toni Fernandes // 85 Toninho Lima // 45 TV Zero // 102 Valdir Bianchi // 35, 89, 102, 103 Valmir Leite // 104 Vetor Zero / Lobo // 104 Vicente Nolasco // 105 Vico Benevides // 35, 102, 103 Victor Martins // 60 Virgilio Neves // 35 Vitor Aragão // 102, 103 Vitor Azambuja // 98 Vitor Knijinik // 93 Vitor Patalano // 102, 103 Viviane Pepe // 45 Voicez // 101 VS (RJ) // 73 W/Brasil // 106 Walter Nava // 104 Wanslez Quaresma // 81 WDS // 38 Wide Images // 42 Wilson Mateos // 54, 55, 92, 96 Y&R // 40, 69, 84, 85 YB // 102 Z+ // 87 Zarella Neto // 94 Zero Filmes // 103, 105 Zezinho Mutarelli // 103 Zezito Marques // 87 Zuza Tupinambá // 56, 59


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