Ficha de trabalho ulisses

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FICHA DE TRABALHO DE PORTUGUÊS - 6.º ANO

Avaliação: ________________________ Ass. Prof. : _____________ Ass. E.E.: _______________

GRUPO I PARTE A Lê atentamente o texto. 1

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(…) Ulisses vivia numa ilha grega que se chamava Ítaca, muito feliz com sua mulher que se chamava Penélope e seu filho ainda muito pequenino, Telémaco. Ulisses era o rei dessa pequena ilha, mas não um rei de coroa e manto, muito solene. Tão depressa se divertia a amansar um cavalo, como ia à caça com os seus amigos, ou conversava com o povo. Todos o amavam. Para ele não havia terra no mundo igual a Ítaca. Ele dizia: ”Ítaca é agreste mas criadora de moços vigorosos, e para mim não há terra que tanto me encante os olhos.” Ele próprio era, na realidade, um moço vigoroso e valente, sempre desejoso de correr mundo, de viver as mais inesperadas aventuras. Quando estava junto da família, na Ítaca linda de intenso céu azul e calma de mar calmo, só pensava ir ao encontro do desconhecido; mas quando se via em plena aventura, só desejava voltar para casa, para junto dos seus, onde sabia haver serenidade e encanto. Ora um dia aconteceu que Páris, príncipe troiano, raptou a lindíssima rainha grega Helena e a levou para Tróia. Isto fez com que troianos e gregos se envolvessem em violenta guerra. Ulisses, como bom grego e valente, tinha de ir para a guerra também, tinha de ir cercar Tróia. Mas ficou muito aborrecido com tal coisa, porque não gostava nada destas confusões, e o que o entusiasmava era o mar, só o mar… (…) E lá foi. Nos seus barcos os gregos embarcaram para Tróia pensando alegremente que iam ter uma vitória fácil e em breve regressariam ao lar. Mas quê? Seria esta uma luta que havia de durar dez anos. Dez anos sem os gregos verem a pátria, a família. A certa altura já ninguém podia suportar a saudade, o esforço de manter um cerco durante tanto tempo. Então Ulisses, que todos diziam ser o mais manhoso dos homens, pensou, pensou e teve uma ideia: construir um enorme, um gigantesco cavalo de pau, assente num estrado com rodas para se poder deslocar, e dentro do bojo, ou seja, da barriga desse cavalo, se esconderam alguns homens. Mas para que seria este cavalo? Ulisses imaginou que os gregos deviam fingir que iam todos embora dali e deixavam às portas de Tróia o monumental cavalo sozinho… em ar de homenagem! Depois de o construírem, assim fizeram. E levantaram as suas tendas de dez anos, cavalos verdadeiros, tudo. A pouco e pouco foram-se retirando e desapareceram ao longe nas colinas, na distância. Os troianos viram aqueles preparativos de partida com imensa surpresa e sem perceberem nada do que estava a acontecer. Viram os gregos, depois de dez anos, a ir embora e a largar as suas portas. Mas como sabiam que eles não eram cobardes, ficaram desconfiados e atentos. Passaram dois dias, três dias, quatro dias… e os troianos convenceram-se então que os


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gregos tinham partido de verdade e não voltavam mais. Abriram muito devagarinho as portas da muralha e qual não foi o seu espanto quando viram ali mesmo parado, imponente, brilhando ao sol, um cavalo de pau! Dentro desse cavalo estava Ulisses e alguns dos seus companheiros, muito quietinhos. Junto de uma das patas traseiras do cavalo havia uma porta que se abria por dentro. Os troianos ficaram pasmados a olhar para o cavalo. - Queima-se! - disseram uns. E os gregos lá dentro, ao ouvir isto, ficaram apavorados. - Destrói-se com os machados! - gritaram outros. E eles lá dentro… Até que alguém se lembrou: - Não! É um cavalo muito bonito e vamos oferecê-lo aos nossos deuses em agradecimento pela vitória que nos concederam, pois não dúvida que os gregos desistiram de nos vencer depois de tantos anos e nos ofereceram este cavalo em ar de homenagem! -Isso mesmo, isso mesmo! - gritaram todos. E lá dentro do cavalo, Ulisses e os companheiros respiraram aliviados (…) Então os troianos arrastaram o cavalo para dentro das muralhas da cidade e colocaramno na praça principal. Nessa mesma noite começaram os festejos em honra dos deuses. Beberam, comeram, ofereceram sacrifícios… Beberam, comeram, dançaram… Um dia, dois dias, três dias se passaram. Estavam já todos caídos pelos cantos, cansados, sem defesa, plenamente confiantes na vitória. E de repente… já sobre a madrugada, quando tudo subitamente como que por encanto serenou, Ulisses abriu devagarinho a tal porta cortada junto da perna do cavalo, espreitou e não vendo ninguém de guarda, saltou para o chão - e o mesmo fizeram os seus companheiros que estavam ali com ele dentro do bojo do cavalo. Abriram as portas da cidade de Tróia e entretanto os soldados gregos, que ao sinal de súbito silencio tinham voltado para trás e em grandes colunas com as armas na mão, entraram dentro de Tróia! (…) Os gregos libertaram Helena, a rainha grega de beleza célebre e Ulisses ficou a ser conhecido como “O destruidor de Tróia”, pois graças à sua astúcia é que foi possível tal vitória. In Ulisses, de Maria Alberta Menéres Texto parcialmente transcrito

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 1. Indica os dois locais onde se passa a ação deste episódio. Justifica com duas expressões do texto.

___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 2. Faz a caracterização de Ulisses baseada no texto que leste. Usa três adjetivos.

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3. Que acontecimento desencadeou a guerra de Tróia?

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5. Quanto tempo durou esta guerra e qual foi o efeito que provocou nos gregos?

___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 6. Assinala com X, para responderes a cada item (6.1. e 6.2.), a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. 6.1. Ulisses participou dessa guerra porque… … gostava de luta e ação. … queria Helena para si. … era o seu dever como grego. … Ulisses procurava novas aventuras.. 6.2. Para conseguir vencer este conflito, Ulisses… … inventou uma artimanha. … pediu auxílio a mais guerreiros. … dialogou com os troianos. … desistiu do cerco de tróia. 7. Os troianos levaram o cavalo para dentro das muralhas… A

B

“- Queima-se!”

“… eles ficaram apavorados.”

“- Destrói-se com os machados!”

“E eles lá dentro…”

“… vamos oferecê-lo aos nossos deuses.”

“… respiraram aliviados.”

7.1. Quem faz as sugestões presentes na coluna A? ____________________________________

7.2. A quem se refere o narrador nas citações da coluna B? ______________________________ 8. Como é que Ulisses ficou conhecido depois da guerra ter terminado?

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9. Numera, de 1 a 15, os acontecimentos relatados, de modo a reconstituíres o final da Guerra de Tróia. Os troianos convenceram-se que os gregos tinham partido. Viram ali mesmo, parado, um enorme cavalo de pau. Os gregos sentiam-se cansados daquele cerco de dez anos. Os troianos levaram o cavalo para dentro das muralhas da cidade. Abriram as portas das muralhas aos restantes guerreiros gregos. Ulisses pensou, pensou e teve uma ideia. Os gregos levantaram as suas tendas de dez anos. Ulisses e os seus companheiros saíram de dentro do cavalo. Construíram um gigantesco cavalo de pau. Ulisses inicia a viagem de regresso a Ítaca. Os troianos ficaram desconfiados e atentos. Abriram as portas da muralha. Cansados, os troianos são facilmente derrotados. Festejaram, durante dias, a sua vitória sobre os gregos. Helena foi libertada. PARTE B Lê a entrevista a Maria Alberta Menéres por altura da comemoração dos seus 80 anos. O Ulisses é um dos seus best-sellers. Conte então como aconteceu. Maria Alberta Menéres – Na Pedro Santarém, uma das últimas escolas onde estive como professora, a certa altura tinha de fazer aulas de substituição de cada vez que uma professora faltava. E, então, como não eram meus alunos e não os conhecia, comecei a contar o Ulisses e isto durou o ano inteiro. Às tantas, todos queriam ouvir a história e acabei numa sala polivalente enorme a contar o fim. Escrevi-o em cinco dias e foi escrito tal e qual como foi contado. Tem uma grande oralidade, mas resulta muito bem porque

as crianças quando o leem é como se estivessem a ouvir a história. Mas tudo começou de uma tentativa de captar a atenção dos miúdos e fazê-los interessarem-se pelo que estava a contar. Notícias Magazine, 30/05/2010


1. Depois de leres a resposta da escritora, assinala com um X as afirmações corretas. A escritora começou a dar aulas na escola Pedro Santarém. As aulas de substituição foram a motivação para a escrita de Ulisses. A história despertou grande interesse em toda a escola. A história demorou um ano inteiro a ser escrita. A história escrita é deferente da história que era contada. Ulisses foi escrito com o objetivo de prender a atenção dos alunos.

2. Elabora uma pergunta que gostarias de colocar à escritora.

___________________________________________________________ ___________________________________________________________ GRUPO II Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Lê a frase seguinte. Os gregos deixaram-lhes um monumental cavalo.

1.1. Identifica as funções sintáticas de… Os gregos deixaram-lhes um monumental cavalo um monumental cavalo lhes

2. Lê o enunciado seguinte. Até que alguém se lembrou: - É um cavalo muito bonito e vamos oferecê-lo aos nossos deuses em agradecimento pela vitória que nos concederam em ar de homenagem!

2.1. Reescreve em discurso indireto a fala do doutor delegado.

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3. Lê a frase seguinte. «Ítaca é agreste mas criadora de moços vigorosos, e para mim não há terra que tanto me encante os olhos.”.» 3.1. Indica a classe e a subclasse das palavras sublinhadas na frase.

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4. Reescreve as frases seguintes (4.1. e 4.4.), substituindo cada expressão sublinhada pelo pronome pessoal adequado. Faz apenas as alterações necessárias. 4.1. Páris raptou a rainha grega Helena.

____________________________________________________________ 4.2. Ulisses ajudou os gregos a vencer a guerra.

____________________________________________________________ 4.3. Os gregos libertaram a princesa Helena.

____________________________________________________________ 4.4. Ulisses disse aos companheiros que iam para casa.

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5. Lê a frase seguinte. Ulisses caminhava muito devagar. Agora não podia fazer nada. Pensava estar longe de casa, ali sozinho, mas não lhe passou pela cabeça desistir. Sim, estava mesmo cansado.

5.1. Retira da frase acima transcrita os seguintes advérbios: de valor temporal

de afirmação

de valor modal

de negação

de valor de lugar


6. Completa cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre parênteses, no tempo e no modo indicados. Pretérito Perfeito simples do indicativo Eolo _____________ (oferecer) a Ulisses um baú leve e cheio, feito com a pele de um dos seus melhores bois. Pretérito Imperfeito simples do indicativo O baú _____________ (conter) todas as tempestades violentas do mundo, à exceção de Zéfiro, que ________________(ser) uma brisa suave. Pretérito Imperfeito do conjuntivo O rei pediu a Ulisses que ninguém _____________ (abrir) o baú. Condicional Caso contrário, ___________________ (poder) esperar o pior. Futuro simples do conjuntivo – Se _____________ (regressar) a esta ilha, não te voltarei a ajudar – disse o rei. Mais-que-Perfeito simples do indicativo Os longos anos em que tinha estado longe de Ítaca, Ulisses _____________ (sentir) imensas saudades de Penélope. 7. Lê a frase seguinte. «Então Ulisses, que todos diziam ser o mais manhoso dos homens, pensou, pensou e teve uma ideia…» 7.1. Indica o recurso expressivo usado nesta frase: _____________________________ 7.2. Indica o grau em que se encontra o adjetivo:

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Esta parte da página só deve ser utilizada se quiseres completar ou emendar qualquer resposta. Caso a utilizes, não te esqueças de identificar claramente o item a que se refere cada uma das respostas completadas ou emendadas.

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GRUPO III Findo o conflito que motivara o afastamento do herói de sua casa inicia-se a viagem de regresso. Novas aventuras e dificuldades vão então surgir. Para ficares com um resumo dessas peripécias, enumera-as pela ordem em que ocorreram. Para o livrar de igual sorte, Minerva ofereceu a Ulisses a erva da vida.

É então lançado às praias da ilha de Córcira, onde, mais tarde, recebe do rei Alcino um novo navio e marinheiros. Ulisses agradece e parte.

Tendo conseguido escapar a Polifemo, chegaram à ilha de Eólia, onde o rei dos ventos decidiu ajudá-lo a regressar a Ítaca, oferecendo a Ulisses um saco que continha todos os ventos violentos do mundo. No entanto, o seu conteúdo não poderia ser revelado e ninguém o deveria abrir.

Assim protegido, Ulisses conseguiu resistir ao feitiço de Circe, que acabou por se apaixonar por ele e decidir ajudá-lo: restituiu a forma humana aos marinheiros e deu-lhes dois conselhos antes de os deixar partir.

Arrastados por uma estranha corrente, Ulisses e os seus companheiros forma parar a uma ilha do arquipélago de Ciclópia, onde habitava um gigante com um só olho na testa.

Os marinheiros que ainda acompanhavam Ulisses foram mortos na passagem entre dois estranhos rochedos e um violento naufrágio, tendo o herói ficado completamente só.

Chegados a Ítaca, os marinheiros colocam Ulisses adormecido na areia e partem.

Retomada a viagem, aportaram a uma nova ilha. Aí a feiticeira Circe transforma os companheiros de Ulisses em porcos.

Ulisses desembarca na ilha dos infernos e fica a saber notícias da sua terra, para onde se dirige.

Os marinheiros desobedeceram a Eolo, tendo sido atirados de novo para as praias de Eólia.

Ulisses não acatou os conselhos de Circe sobre o canto das sereias, tendo sido salvo pelos seus companheiros.


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