Edição 158

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Índice Editorial

Capa | 06

Brasil em compasso de espera Chegada do ano novo, apesar de renovar as esperanças, não será nada fácil para o brasileiro

Milhagem | 04

Estrada Transportes e Brasiliense comemoram prêmios recebidos em Viracopos e Galeão

Prêmio Viracopos | 12

Com ganhadores inéditos, prêmio destaca a excelência da cadeia logística atuante no aeroporto

Opinião | 14

“A Metáfora da Nação: Brasil 2016 Modelo 2017”, por Chayene Martini

RIOgaleão Cargo | 16

Aeroporto da capital fluminense realiza a primeira edição do Prêmio Programa Eficiência Logística

Comex Happy Business | 19

Evento renovado reúne empresas e clientes para um dia de comemoração e networking

Ano XIV Edição 158 2016

Fale conosco: 19 3234.1390 | redacaocn@cargonews.com.br Presidente do Conselho Editorial: Luiz Guimarães Conselho Editorial: Mariana Zaidan Guimarães | Carlos Varanda | André Feitosa Patrícia Ferreira | Camila Araújo

Expediente Diretora de Redação: Mariana Zaidan Guimarães Coordenador Editorial: Carlos Varanda Diretor de Arte: André Feitosa Texto: Camila Araújo | Carlos Varanda Revisão: Mariana Zaidan Guimarães Fotografia: Capa e Prêmio Viracopos - Divulgação Viracopos/Ricardo Lima | Shutterstock Executivos de Contas: Patrícia Ferreira Mariana Zaidan Guimarães Financeiro: Patrícia Bonzanino Mídias Sociais: Camila Araújo Circulação: marketing@cargonews.com.br Tiragem: 5 mil exemplares

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Caros leitores, Enfim chegamos ao final de 2016, um ano marcado por muitas batalhas profissionais e pessoais para todos nós. E não foi fácil vencer a tantos tropeços no mundo dos negócios, na economia e na política. Cada um de nós com certeza possui diversos motivos para deixar para trás este ano, e com a chegada de 2017 sabe-se que nada irá mudar como num passe de mágica, mas a esperança e fé em um País melhor se renovam, ganhando assim um novo gás para enfrentar as batalhas do ano que se inicia. Nesta edição da revista você poderá acompanhar um diagnóstico atual do Brasil, assim como uma perspectiva para o ano novo. Entrevistamos o Ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Marcos Pereira, que falou sobre o momento em que vivemos no comércio exterior. Para complementar, mais dois entrevistados falaram sobre política e economia, não tão otimistas, ambos apontam para um ano difícil, onde na melhor das hipóteses uma estagnação seria positivo para todos nós. Independente das previsões, acreditamos que fazendo a nossa parte poderemos ajudar a todos e também o nosso País, fazendo escolhas certas, observando todos os ângulos da informação, e nunca deixando de acreditar, afinal tempestades passam, e sobreviver a elas possibilitam dias de sol e recuperação. Desejamos todos um novo ano próspero, com muita saúde e sucesso! Boas festas e Feliz 2017! Redação Cargo News Boa Leitura! @portalcargonews

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Milhagem

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Entrevista

Brasil em stand by Economia turbulenta, troca de governo, divisões. Como o País vai se recuperar em 2017?

Foto: Washington Costa

2016 foi um ano conturbado em todos os setores administrativos, políticos e econômicos, tanto em esfera mundial quanto no Brasil. Começando com rebaixamento das notas no grau de investimento do País, o dólar em alta e uma economia turbulenta. Com o impeachment de Dilma Rousseff, uma divisão política, os prós e os contras. No mundo, a crise de refugiados cresceu estrondosamente, revelando algo que poucos esperavam em pleno século XXI: o protecionismo e o movimento antiglobalização se fomentando em alguns países. Como reflexo disso, uma vitória inesperada de Donald Trump nos EUA, após uma corrida presidencial que se transformou em um verdadeiro reality show, cheia de acusações e promessas que podem impactar não só os EUA, mas toda a economia e relação mundial. Na Europa, o Brexit: por fim, após anos de especulação, o Reino Unido decide deixar a União Europeia. Voltando ao Brasil, greves, entre elas a dos auditores fiscais da Receita Federal (que continua impactando a todos). Com Temer no poder, diversas medidas foram tomadas a fim de retomar a economia e assim conter as despesas públicas, com mudanças e cortes nos ministérios, além da mais recente: uma proposta de reforma da previdência. A crise política continua a todo vapor. Este ano decisivo e transitório, de grandes mudanças, está acabando. E a esperança é uma retomada das esferas, um norte, para que assim tudo volte aos “eixos”. A sensação agora é de espera, de stand by. A Cargo News entrevistou quatro especialistas (na área política, econômica e de comércio exterior), entre eles o Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Os entrevistados analisaram, como um todo, a situação nacional e mundial, para assim dar um parâmetro e responder à pergunta: qual a herança de 2016 para 2017?

Marcos Pereira 06 | RCN


Marcos Pereira

ministro Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)

CN - Qual é o atual momento do Comércio Exterior brasileiro? Marcos Pereira - Em meus encontros com o setor privado, tenho ressaltado a importância do comércio exterior para a retomada do crescimento econômico. Com a retração de nosso mercado doméstico, entendo que, para recuperar os índices de produção da indústria, o setor privado deve apostar nas exportações. Há mercados carentes de produtos e nós temos como suprir essa demanda. O MDIC tem trabalhado muito para isso. Seguimos fechando acordos importantes, que garantem a inserção não apenas de nossos produtos, mas também de nossos serviços. Para o setor logístico, é importante destacar que, apesar de acumularmos uma retração de 3,3% no valor das nossas exportações entre os meses de janeiro e novembro, na comparação com o mesmo período de 2015, há um aumento de 4,4% nos volumes embarcados. Isso quer dizer que estamos exportando mais quantidade de alguns importantes produtos. Gostaria de citar como exemplo ferro-ligas, cuja quantidade exportada aumentou 60% na comparação com 2015. Também cresceram os embarques de carne suína congelada (34%), açúcar em bruto (28,3%), celulose e petróleo, que cresceram 12% cada um, etanol com aumento de 8,9%, minério de ferro (3,3%), carne de frango congelada (2,6%) e minério de cobre (2,4%), para citar alguns. CN - Neste cenário, qual as perspectivas do setor para o próximo ano? MP - Para 2017, esperamos um desempenho melhor de nossas exportações, com aumento não apenas dos volumes exportados, mas também das divisas que entram em nosso país. Temos trabalhado fortemente para alcançarmos esse resultado. CN - Cerca de 1% das exportações globais são brasileiras, como o governo do Brasil pode ajudar as indústrias no desenvolvimento de suas exportações? MP - Esse é um dado que me chama a atenção. Somos a nona maior economia global, o que não se reflete na nossa atuação no mercado internacional. No MDIC, temos trabalhado na negociação de

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acordos comerciais e de investimentos, com o foco do aumento da nossa participação nos mais diversos mercados do mundo. Tenho certeza que, com o apoio do setor exportador, o Brasil vai melhor a posição nesse ranking. Exportar é muito bom. Traz vários benefícios para as empresas. Não podemos abandonar nosso mercado interno em detrimento do externo. Mas precisamos olhar para fora. Há muita oportunidade nos esperando. CN - O Mercosul possui papel fundamental no desenvolvimento do comércio exterior brasileiro, porém o bloco vive um momento complicado, quais as medidas fundamentais para que o mesmo ganhe força? MP - Cerca de 10,5% das nossas exportações vão para o Mercosul. Até novembro, os embarques brasileiros para nossos parceiros de blocos somaram mais de US$ 17,7 bilhões. O mais importante nessa relação é que mais de 80% do que exportamos são produtos manufaturados, sendo o setor automotivo o que mais contribui para esse bom desempenho. O que eu quero dizer com isso é que o Mercosul é um mercado muito importante para as empresas Brasileiras, que compra

"Precisamos olhar para fora. Há muita oportunidade nos esperando" produtos de alto valor agregado. Precisamos e vamos ampliar nossas exportações para esse mercado. CN - O protecionismo do presidente eleito Donald Trump para os EUA deve afetar o comércio internacional e particularmente o Brasil? Como? MP - Os Estados Unidos são um importante parceiro comercial do Brasil. Para lá exportamos importantes produtos manufaturados. Nossa pauta é muito diversificada. O MDIC vai trabalhar para manter esse mercado aberto para os produtos brasileiros. Mas é bom frisar que essa discussão sobre uma onda protecionista no mundo não é nova. O assunto foi pauta da reunião do G20, na China, e do encontro dos Brics, na Índia. O mundo ainda não sabe como efetivamente isso se dará, mas já estamos trabalhando para mantermos nossas relações com os EUA nos mesmos moldes em que sempre foram, ou seja, muito amistosas.

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Entrevista

Foto: ASCOM \ Antonio Scarpinetti

Roberto Romano,

doutor em filosofia e professor de Ética Política no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp

CN - Como você avalia o atual momento da política brasileira? Roberto Romano - Nós estamos no centro de uma crise e não sabemos se vai evoluir para a piora ou amainar. A crise está dentro dos três poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário), e está degradando todos os meios, causando instabilidade política para qualquer investimento em médio e longo prazo. Temos perspectivas pessimistas, só a ingenuidade poderia projetar para 2017 um ano de melhoria da produção e circulação de mercadorias, assim como na cidadania, que está sendo desafiada. Nossa situação é de extrema necessidade de prudência, cautela e sobretudo diálogo nacional. Pelo menos 200 políticos já estão envolvidos na Lava Jato, e pode-se esperar possíveis denúncias sobre os três poderes. É deixada de lado então a possibilidade de radicalizar com o caldeirão fervendo. 2017 vai extremamente aziago. CN - O que podemos esperar da questão política no mundo em 2017? RR - Um isolamento. O projeto da União Europeia está fracassando cada vez mais, e a saída da Inglater08 | RCN

ra deixou isso mais claro: a impossibilidade de fazer uma constituição para toda a Europa, que tem potências fortes – Alemanha, Inglaterra e França – mas que não se entendem, não conseguem criar uma linha comum em âmbito mundial e europeu. A Rússia, cujo nacionalismo já é antigo na história, é uma superpotência, mas que tem problemas sociais e políticos internos, e não consegue ter um plano a longo prazo. Já de imediato traz problemas com a Europa: não está conseguindo produzir internamente, o petróleo, sua grande salvação, mas diplomaticamente não consegue resolver os problemas. É uma situação delicada que só é resolvida através das armas, no caso da Ucrânia que tem essa anexação, contra todas as regras internacionais. É uma instabilidade bélica, política e econômica. A adversária da Rússia é a China que também tem problemas gravíssimos, sendo a maior população do planeta, questões de política interna no caso do Tibete invadido, além de várias outras províncias. A China está se expandindo por todos os continentes, não apenas com badulaques, mas também maquinário, ampliando seu território e ameaçando a Coreia, é um problema antigo, e de guerra por mercados.


CN - Sobre a eleição de Trump, o que é possível esperar? RR - Um retorno da política que permaneceu até os anos 1930 do século XX, ou seja, isolacionismo, e uma volta da Doutrina Monroe: américa para os americanos. Os EUA começaram a substituir o papel de países da Europa, estiveram presentes em todas as crises dos quatro continentes, em golpes de estados, tendo em vista a preservação dos conservadores. Até hoje assumiu o papel de líder dos países do mundo, oferecendo, por exemplo, proteção e abertura de mercado, armamento e mercadorias,W como o algodão do Brasil. Com o Trump retoma a velha tradição. Tanto o protecionismo quanto o nacionalismo são pontos sérios. Os EUA foram contra a Alemanha nacionalista, então depois da Segunda Guerra Mundial imaginou que iria desaparecer. Mas esses são os efeitos colaterais da crise na imigração em massa, e um dos fatores que aumenta é o nacionalismo em

campanhas contra. Com ele, em um primeiro momento as empresas estrangeiras podem não ser afetadas, somente, por exemplo o Japão. Na plataforma de Trump existe a promessa de taxas maiores para os automóveis daquele país. CN - Como agir, então, frente a tudo isso? RR - O momento de crise não é de otimismo nem pessimismo. É momento da prudência, não agir de maneira imprópria, com firmeza, mas sem certezas absolutas. Qualquer governo ou empresa tem que estar aberta para o inusitado, e isso se chama prudência – no século XVI ela era representada pelas figuras de um homem adolescente, maduro e idoso. Então ela consiste em dominar essas três fases do tempo: controlar o passado, o presente e a abertura para o futuro, sendo flexível, corajoso e atento aos sinais. É preciso informação, capacidade e inteligência, conhecimento.


Entrevista Mauro Rochlin,

economista e professor dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas

CN - Qual a perspectiva da economia para o próximo ano? Mauro Rochlin - Como atravessamos uma recessão que pelos últimos anos tem se aprofundado, se a perspectiva for otimista, o caminho é a estagnação. Não um crescimento mais expressivo, mas sim um cenário em que o desemprego volte a cair, o PIB pare de se retrair e alguns setores se recuperem, com uma inflação mais baixa. O nível de atividade está em patamares muito baixos, no último biênio o PIB teve um recuo de 8%... diante desse quadro, a estagnação não seria um mal resultado. CN - Quais ou qual setor pode ser o motor para a retomada da economia? MR - A grande expectativa estava na indústria, que apontou uma recuperação, mas voltou a cair fortemente, então, a ideia de que a indústria poderia ser o motor do crescimento deve ser adiada. Já os setores de infraestrutura logística, dependendo de como o governo fizer seu programa de parceria e licitações, pode vir a ser esse motor. O País é muito carente dessa infraestrutura e tem demanda para ela. Mas tudo depende de como o governo fizer avanças seus programas para essa área. CN - Como retomar a confiança de investidores? MR - Quando falamos de retomada de confiança, temos que considerar duas perspectivas e resoluções necessárias: 1. Reequilíbrio das contas do governo, ligado à capacidade de reequilibrar as contas, por meio da PEC 55 de controle dos gastos. Além disso, a recente PEC 241 e a reforma da previdência, ela apontaria para o mercado a recuperação e a capacidade do governo de honrar a sua dívida. Nesse sentido o mercado vê

CN - Sobre os EUA e a eleição de Donald Trump, o que podemos esperar? MR - O discurso de Trump é desenvolvimentista, ou seja, uma atuação mais forte do estado em termos de promoção do crescimento, com uma política fiscal americana estimulando mais fortemente o crescimento interno. Por causa disso, com relação a exportações, pode ser favorável ao Brasil. Mas, se por acaso Trump adotar as medidas protecionistas que antecipou, esse endurecimento, levantará barreiras para o comércio internacional, as exportações então poderiam ser prejudicadas. CN - Durante os últimos anos, houve uma queda amena de juros, como o senhor vê isso? MR- Mesmo com isso, o que se aponta é um ciclo de baixa em processo. Temos que entender essa redução nessa perspectiva. Creio que o Banco Central tem sido muito rigoroso na política monetária. Entendo que já era a hora de reduzir mais fortemente, com a inflação caindo aponta para uma ação mais ousada. CN - De que maneira a Venezuela fora do Mercosul afetará a economia brasileira? MR - Afetará muito pouco. As relações com a Venezuela têm isolado o país, como a inadimplência que tem afastado parceiros. Não acho que haverá desdobramentos mais importantes por conta dessa saída. Os três grandes parceiros do Brasil são China, EUA e Argentina, somente movimentos mais brutos na economia desses países podem ter alguma influência.

Welber Barral

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

que o governo tem meios de equilibrar suas contas. 2. Instabilidade política, seja pela contestação pelo governo Temer, ou pelos problemas jurídicos que o governo enfrenta pela operação Lava Jato. Essas duas dimensões, então, devem ser pensadas para considerar uma recuperação. Sem essas duas, a questão da retomada do crescimento pode ser comprometida.


Welber Barral,

ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento

CN - Como você avalia o atual momento do Comércio Exterior brasileiro? Welber Barral - A situação do comércio exterior reflete a redução da atividade econômica do país. O Brasil terá superávit comercial importante, mas é sobretudo em razão da queda das importações, e não do aumento de exportações. CN - Neste cenário, qual as perspectivas do setor para o próximo ano? WB - As empresas brasileiras estão fazendo enorme esforço para retornar ao mercado internacional. Este movimento se deve à maior competitividade cambial das exportações, mas também pela queda de demanda do mercado interno. Entretanto, o esforço exportador tem que ser constante e organizado, para que traga frutos no médio prazo.

CN - Como o governo do Brasil pode ajudar as indústrias no desenvolvimento de suas exportações? WB - As exportações brasileiras não crescem mais rapidamente em razão de problemas sistêmicos: logística, tributação, burocracia, financiamento difícil e caro. As ações do governo devem ser direcionadas a mitigar estas dificuldades, o que não é seguramente tarefa fácil. CN - O Mercosul vive um momento complicado, quais as medidas fundamentais para que o mesmo ganhe força? WB - O processo de consolidação institucional do Mercosul é lento, e sofre reveses em razão da situação política interna de cada país. Esta consolidação seria mais coerente se houvesse maior atenção poltica (sobretudo por parte do Brasil) e maior respeito às regras existentes. Veja a entrevista completa em: www.cargonews.com.br




Opinião

A Metáfora da Nação: Brasil 2016 Modelo 2017 Esse não é um texto sobre façanhas impressionantes, tampouco uma tentativa de iludir o leitor com frases de efeito. Trata-se apenas de uma visão romântica de mais um brasileiro que ainda não desistiu de vislumbrar um novo amanhecer em terras nacionais; terra fértil forjada a pão e aço por gente de boa fé. Uma terra de migrantes que fundaram o alicerce dos centros urbanos, do homem do campo que cumpre seu papel cuidando bem do solo e das promessas por cumprir travadas lá na capital do nosso país. Todos estão fazendo sua parte tentando, dia após dia, um lugar mais amigável ao sol e uma oportunidade para nunca mais perder a oportunidade. É preciso acreditar num novo dia e menos rançosos, reconstruir os sonhos tecendo uma nova alegoria de entusiasmo que, de tempos em tempos, é despedaçada por maus administradores públicos. Transformar os desafetos políticos em sabedoria

Chayene Martini, mestre em economia e professor nos cursos de administração e engenharia de produção na Faculdade Metrocamp - DeVry Brasil 14 | RCN

e entender que o povo não pode estar contra o povo. É preciso apertar as mãos e reestabelecer um novo pacto. Um pacto duradouro, firme, forte e alinhado com a expectativa de um novo ciclo de crescimento, desenvolvimento e prosperidade econômica. Mas arrisco afirmar, é necessário que, antes de qualquer coisa, entendamos que não podemos mais recorrer à nossa frágil carência que nos leva, no geral, a necessidade de criar heróis. Não são os falsos heróis que colocarão a locomotiva brasileira nos trilhos, mas sim, nós e nosso incansável trabalho diário. Apenas nós podemos mudar o curso da realidade e adequá-la aos nossos interesses. No entanto, se torna importante que nossos interesses estejam alinhados, que busquemos o mesmo futuro, o mesmo admirável mundo novo. É verdade que o Brasil cambaleou em 2014, tropeçou e caiu em 2015, mas vejam, também é verdade que nosso país não está "quebrado" e que quando um gigante cai, ele leva mais tempo para se levantar do que um país de menor amplitude e magnitude. Somos o tesouro do mundo, uma maravilha de recursos naturais, um novo "Eldorado" no imaginário das investidas globalizantes. Somos o pão, o aço e a máquina. Somos a mesa farta do velho mundo, somos a nação emergente mais poderosa e por isso os que apenas discursam em retóricas e discursos vazios sentem tanto medo. Entendam, não é fácil para esses mercadores baratos assumir que conseguiram errar suas políticas tendo em vista que administram o país mais rico em termos de recursos naturais do planeta. Fica mais fácil administrar com terror, gerar pânico e generalizar o medo. É porque falharam, foram um "fiasco", um tremendo desastre e não dá pra culpar as próprias "canetadas", pois estavam conduzindo a locomotiva do futuro e fracassaram.

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Também está na hora de deixar para trás as legendas partidárias, pois eles fazem coligações inadmissíveis para chegar ao planalto. A coligação deve ser feita entre empresários e trabalhadores, fazendeiros e pequenos agricultores; homens, mulheres e crianças. Empresários e trabalhadores, uni-vos! Não existem milagres e as falsas promessas já nos ensinaram; se queremos algo bem feito, temos de fazer nós mesmos. Entretanto e não obstante, também precisamos entender que muitas variáveis e legados positivos já nos foram deixados como herança social e econômica. Não podemos entregar a chave para o ladrão, precisamos aprender a zelar e amar o que é nosso. Precisamos gostar de ser brasileiros, precisamos criar um sentimento de nacional desenvolvimentismo, um sentimento fraterno capaz de reforçar uma aliança com bases sociais e empresariais. A economia pode ser representada por um ciclo virtuoso desde que os interesses estejam alinhados e as variáveis certas sejam colocadas na equação. Torna-se imprescindível atender as demandas empresariais e gerar um ambiente institucional saudável. Só assim os empresários voltarão a ter confiança em dar continuidade aos seus investimentos, voltando a gerar postos de trabalho ampliando suas bases produtivas e de prestação de serviços. Nós não estamos sozinhos, estamos sim, viciados em não gostar do que é nosso porque alguém resolveu nos mostrar apenas os desastres e guardaram para si e seus pares a beleza virtuosa do que podemos ser sendo brasileiros. Não somos um erro como transmitem ao vivo, somos mais vivos que isso, nós somos sim, um povo que aprendeu a sobreviver no meio de tanta irresponsabilidade política. Imaginem vocês, se aprendemos a sobreviver, o que faríamos se descobríssemos o caminho para viver plenamente. E somos plenos porque somos tudo que a nação tem, somos parte de seu tesouro imensurável e filhos legítimos e herdeiros das riquezas mal distribuídas. Mas sem a expectativa positiva do investidor, fica inviável a retomada do crescimento. É preciso, eu reafirmo, entender as demandas do empreendedor, do segmento que gera emprego e distribui renda e

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atender essas demandas para sair dessa "emboscada" política. Advirto, é importante que saibamos nosso valor, que zelemos pelo bem público, que aprendamos a eleger nossos representantes, que renovemos a cara do congresso, do senado e mandemos para fora de lá os picaretas de outrora. Quem foi que disse que essa não é nossa hora? Quem foi que disse que Joãos, Josés e Marias não podem o que pode os que historicamente nos negaram o que é nosso por direito, por afeto, por fé e por mãos que construíram o bem público nas obras, firmas, estradas, pontes, rios e sertões. Não há nação que prospere sem um João empresário mais otimista, sem o José trabalhador mais feliz por ter de volta seu emprego e sem a Maria fazendo os contratos, tecendo na carteira de trabalho o elo para anos mais prósperos. Já é hora de levantar a cabeça, você que está aí, fazendo contas para decidir se investe ou não, se compra mais uma máquina, mais um caminhão. Você que está aí, esperando ligar a máquina ou esperando pra dirigir o caminhão, pra não faltar alimento na prateleira do mercado, levando até os irmãos da nação o alimento pra não definhar. Tudo isso depende da decisão de investir, ou não! E eu reforço, é necessário gerar condições reais, políticas efetivas para incentivar o empresário e reduzir as incertezas para que nossos filhos não fiquem sem emprego na fila dos desesperados. Somos um povo honesto até na hora de fazer a oração, um povo que pede perdão inclusive pelo mal que não é teu. Proprietários e colaboradores, uni-vos! O ano não foi um dos melhores, mas amanhã; amanhã, há de ser outro dia! Temos condições de assegurar ceias fartas para todos e lado a lado, garantir que ano que vem estaremos aqui e de volta outra vez, com mais histórias bonitas para contar sobre um povo, povo brasileiro, empreendedor, soberano e lutador. Que essa leitura possa ser branda, mas também gerar inquietude porque precisamos estar em ação, dinâmicos e sempre em frente de cabeça erguida. 2016 começa ficar pra trás e 2017 pode ser a linha tênue do tempo entre a crise e a recessão e um futuro de promessas cumpridas, sem mais omissão.

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Premição

Foto: Divulgação

Programa de Eficiência Logística do RIOgaleão Cargo premia melhores empresas Primeira edição do evento divulgou melhores atuações no terminal de cargas Na tarde do último dia 07/12, ocorreu a primeira edição do Prêmio Programa de Eficiência Logística do RIOgaleão Cargo, empresa que administra o terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim. Realizado no Salão Nobre do Prédio Central da FIRJAN, no centro do Rio de Janeiro, o evento destacou as empresas com melhor atuação e desempenho, com o objetivo de apoiar importadores e prestadores de serviços do terminal de cargas do aeroporto para que obtenham a melhor performance e o menor tempo nos processos de importação. Ao todo foram avaliados 11 segmentos, baseados em resultados divulgados nos rankings mensais de desempenho entre os meses de novembro de 2015 e outubro de 2016. Além disso, também foram premiados os destaques selecionados a partir do crescimento do importador e do exportador, no dia-a-dia operacional no aeroporto, assim como da atuação dos prestadores de serviços. Confira ao lado as categorias e os vencedores de acordo com a sua área. 16 | RCN

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Artigo do Setor

Qual a importância da cooperação intragovernamental - Pilar 3 da Estrutura Normativa SAFE da OMA Neste artigo apresentaremos a importância da cooperação entre os Órgãos Intragovernamentais para o processo de simplificação aduaneira e consequente facilitação das operações de Comércio Exterior, em especial cita-se a entrada do VIGIAGRO que recentemente iniciou os trabalhos com vistas à revisão dos procedimentos executados pelas Unidades Operacionais do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional. Desde a elaboração da Estrutura Normativa SAFE da OMA, em junho de 2005, foi dado grande importância para a cooperação entre as Aduanas e outros órgãos governamentais que participam do comércio exterior e nos processos de segurança para a cadeia logística. Por este motivo, na edição de 2015 a OMA em sua publicação da Estrutura Normativa SAFE introduziu uma série de ferramentas e instrumentos para a realização de uma gestão coordenada de fronteiras

Daniel Gobbi Costa, graduado em Administração de Empresas e habilitação em Comércio Exterior, com especialização nas áreas de Logística, Qualidade e Gerenciamento de Projetos 18 | RCN

e janela única que impacta e gera sinalização para a cooperação entre as entidades acima citadas. O principal objetivo desta cooperação é garantir que o governo tenha respostas rápidas, eficientes e eficazes para a segurança das cadeias logísticas, evitando desta maneira a duplicação de requisitos e inspeções, racionalizando os processos e em última instancia trabalhando com base em procedimentos globais que assegurem a movimentação das mercadorias a fins de facilitar o comércio internacional. Neste âmbito existe muitos órgãos governamentais que podem cooperar com a Aduana nas atividades de garantia de segurança dos processos. Estes órgãos incluem e não se limitam a autoridades de agricultura, saúde, de polícia, de entidade que emitem licenças de importação ou que controlam a qualidade dos produtos e assim por diante. Para a OMA, existe uma variedade de maneiras e processos a serem trabalhados para estas cooperações, onde as entidades poderão compartilhar instalações, equipamentos, base de dados, troca de informações, realizar de forma conjunta a avaliação de riscos, elaborar programas de validação ou inspeções. Isto poderá incluir também, como previsto para o Programa Brasileiro de OEA, a atuação conjunta em programa de segurança e controle aduaneiro. Esta cooperação, em âmbito nacional, é essencial para a garantia de simplificação e modernização dos processos aduaneiros. Cabe aqui também registrar, como ponto de extrema importância que, dada a complexidade das cadeias logísticas globais, a efetiva cooperação também deverá ser promovida através de acordos bilaterais e/ ou multilaterais de reconhecimento mútuo (ARM), e também entre organizações que representam diferentes setores e áreas de regulação, com a finalidade de fomentar e estabelecer a harmonização internacional e reduzir assim os impactos para o comércio e para os governos. www.cargonews.com.br



Opinião

Cultura Corporativa/ Consultoria de Imagem/ Referência em Conteúdo A hora é agora. Não podemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje. O momento exige credibilidade e respeito nos negócios, vivemos um ambiente de “insegurança” e a contrapartida para isso é mesmo credibilidade. Qual o preço de sua reputação, da “reputação” de sua empresa? Não tem preço. Isso mesmo não tem preço! Ela é o corpo, a mente e o espírito da empresa. Através dela podemos evoluir, ter foco e prosperidade nos negócios. A boa reputação não é um selo de garantia para o sucesso, mas é uma base sólida para trabalhar e se desenvolver. Nas Relações Públicas usamos um conceito bem relevante que é: “RP é a ponte que estabelece a boa compreensão entre a empresa e seus diferentes públicos”. Bem, vamos entender os públicos-alvo

Luiz Antonio Guimarães

Publicitário, consultor em comunicação e marketing

da empresa, temos consumidores, comunidade em que atua, cliente interno, fornecedores, imprensa, acionistas, distribuidores, governo, entidades, entre outros. O conceito citado acima de RP está ampliado e bem mais relevante neste nosso tempo. A empresa precisa estar com atenção redobrada com a cultura corporativa, percepção e cenários de mercado, curadoria da marca e outros indicadores. Toda essa cesta de valores influi diretamente no resultado da companhia, na rotatividade e produtividade de funcionários e na satisfação dos clientes. Não são ações complexas, porém precisam ser encaradas com seriedade, esquecer o “faz de conta” para ações concretas. Tudo isso visa dar um impacto positivo na imagem da marca e busca lealdade de seus clientes. Reforça símbolos da cultura da empresa quanto à reputação.



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