Revista Portuária - Anuário 2018

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EDITORIAL

EXPEDIENTE

S

anta Catarina é um destino cobiçado pela maioria dos brasileiros. Os motivos para isso não se limitam apenas às exóticas praias que o estado oferece, mas também incluem a qualidade de vida e as múltiplas opções para quem deseja começar ou expandir os negócios. As razões para isso são facilmente detectadas: tem um dos melhores PIBs do Brasil, excelentes índices de qualidade de vida e uma economia sólida. Aliado a isso, o estado foi um dos primeiros do Brasil a retomar o crescimento após uma das maiores crises econômica, política e institucional da história recente do Brasil, ainda em 2017, e apresenta ótimos índices com relação a geração de empregos. Sua localização também é privilegiada. Situa-se em um dos pontos mais estratégicos da América do Sul e faz fronteira com os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, com quem possui fortes relações econômicas e similaridade nos quesitos cultural e social. Ao norte, a proximidade com São Paulo e Rio de Janeiro mantém Santa Catarina junto aos grandes centros urbanos. Já o Oeste catarinense, além de fazer fronteira com a Argentina, é avizinhado por Paraguai, Chile e Bolívia, sendo cartão de entrada de muitos visitantes latinos. Entre os centros internacionais, destaca-se a proximidade de sua capital, Florianópolis, com Buenos Aires, na Argentina; Assunção, no Paraguai; e Montevidéu, no Uruguai. Aliado a isso, Santa Catarina conta com uma das melhores infraestruturas portuárias do Brasil. Com apenas a fatia de 1% da área territorial brasileira, o estado tem três portos públicos e dois dos maiores terminais portuários de uso privado (TUPs) do país, que o colocam atrás penas de São Paulo com relação a movimentação de cargas em contêineres. Exportam não apenas as cargas do estado e Sul do Brasil, mas de 21 unidades da Federação.

O Complexo Portuário de São Francisco do Sul, que engloba o TUP Porto Itapoá, atende o norte catarinense e o sul do Paraná. O Porto de Imbituba opera cargas de Santa Catarina e das regiões Centro e Norte do Rio Grande do Sul e, o Complexo Portuário do Itajaí – formado pelo porto público, APM Terminals, Portonave Terminal Portuário Navegantes S/A e terminais a montante opera cargas de SC, Paraná, São Paulo e diversos outros estados. Portanto, quem vive ou tem seus negócios em Santa Catarina dificilmente almeja se mudar para outro estado.

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ANUÁRIO 2018 Diretor Carlos Bittencourt carlos@bteditora.com.br Coordenação de Jornalismo Joca Baggio jornalismo@bteditora.com.br Capa Leandro Franscica Projeto Gráfico Leandro Francisca Tradução UPTIME - Itajaí Comercial Sônia Bittencourt 47 . 98405.9681 Rosane Piardi 47 . 98405.8776 Janaina Moreira 47 . 98405.8775 Críticas e sugestões Fone: 47 . 3344.8600 direcao@bteditora.com.br Impressão Tipotil Indústria Gráfica Site revistaportuaria.com.br

Publicação BT Editora Rua Anita Garibaldi, nº 425 Centro Itajaí - 47 . 3344.8600 bteditora.com.br A revista não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores. Nem muito menos pelo crédito e fotos inseridas nas páginas dos nossos anunciantes.


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C ONECTAR LUGARES, PESSOAS, MERCA DOS E CLIENTES, LEVANDO NAVEGANTES PARA O MUNDO, C OM EFIC IÊNC IA, SEGURANÇA E C OMPE TÊNC IA. 7

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ISSO É SER POR TONAVE

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SUMÁRIO

48 Infraestrutura para o transporte de cargas no estado

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Competividade e desenvolvimento, sinônimos de SC

50 Portos catarinenses estão entre os principais do Brasil

étnica é um dos 28 Diversidade diferenciais

78 Matriz de transportes necessita

investimentos de R$ 5,1 bilhões

32 SC tem bons indicadores sociais

40 Incentivos fiscais mantém a

competitividade e a capacidade econômica

90 Estado é o sétimo maior gerador de energia

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Competividade e desenvolvimento, sinônimos de SC Com grande diversidade econômica, Santa Catarina sobreviveu praticamente intacta aos impactos da última crise econômica e se reinventa para o início de uma nova fase. O estado figura ainda entre os primeiros do ranking nacional com maiores índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e está inserido entre as principais unidades da federação que se destacam na preservação ambiental

N

o sul do Brasil, Santa Catarina é um dos menores estados do país com relação a sua extensão – ocupa pouco mais de 1% do território brasileiro – e tem 7 milhões de habitantes. No entanto, apresenta um dos maiores Produto Interno Bruto (PIB) do país. Historicamente, se diferencia nos aspectos tecnológicos, produtivos, no comércio exterior e na geração de empregos, por apresentar desempenho superior à média brasileira. Segundo a Federação das Indústrias de Santa Cataria (Fiesc), entre as 27 unidades da Federação, o estado tem a 11ª maior população e a sexta economia. Com relação ao PIB per capita, também está na sexta posição e, sua indústria responde por 30,3% de toda a riqueza gerada, situando-se como o 4º maior parque industrial do país, contribuindo com 34% dos empregos gerados.

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Dados apresentados pela entidade mostram que a atividade industrial possui uma cadeia produtiva diversificada e inovadora, que apresenta ampla sinergia com os setores agropecuário, de comércio e serviços, sendo impulsionadora do desenvolvimento econômico e sustentável. “O Brasil passou, nos últimos anos, por um dos momentos mais críticos de sua história quando as crises econômica e política impuseram desafios a estrutura produtiva nacio-

nal. Diante desse cenário, Santa Catarina mostrou ainda mais sua força, mantendo um desempenho acima da média brasileira e posicionando-se como um dos estados mais promissores em termos de crescimento e desenvolvimento econômico”, explica o presidente Fiesc, Glauco José Côrte. Segundo Côrte, ainda que os impactos da recessão tenham sido dirimidos em solo catarinense, as incertezas geradas pela conjuntura

ampliaram a necessidade de adaptação das empresas, o que resultou em uma grande reestruturação produtiva. “A resiliência da economia catarinense observada durante o período recessivo do último biênio se deve, em grande monta, à diversidade produtiva e à disposição geográfica que, mediante empresas consolidadas e com produtos marcadamente reconhecidos pela qualidade, fizeram frente às incertezas”, acrescenta Côrte.

DOS MUNICÍPIOS CATARINENSES:

91,5%

Têm renda per capita maior que a média brasileira;

47%

Têm maior participação da indústria na economia que a média do país; Os mais populosos são Joinville, Florianópolis e Blumenau; Os que têm maior PIB são Joinville, Florianópolis, Itajaí e Blumenau.

Fonte: Fiesc

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Diversificação da economia

FOTO: Divulgação

Santa Catarina tem um importante parque industrial de posição de destaque no Brasil, o que faz com que a economia catarinense esteja organizada em vários polos distribuídos por diferentes regiões do estado. A diversidade de climas, paisagens e relevos estimula o desenvolvimento de inúmeras atividades, que vão da agricultura ao turismo, da indústria automobilística à maricultura, fator que contribui significativamente para a atração de investidores de segmentos distintos e permite que a riqueza não fique concentrada em apenas uma área. A região da Grande Florianópolis destaca-se nos setores de tecnologia, turismo, serviços e construção civil. O Norte é polo

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tecnológico, moveleiro e metalmecânico. O Oeste concentra atividades de produção alimentar e de móveis. O Planalto Serrano tem a indústria de papel, celulose e da madeira. O Sul destaca-se pelos segmentos do vestuário, plásticos descartáveis, carbonífero e cerâmico. No Vale do Itajaí predomina a indústria têxtil e do vestuário, naval e de tecnologia. Assim, setores tradicionais no estado, como o agroalimentar e o têxtil & confecções, mesclam-se com outros de maior valor agregado, como os de energia e indústrias emergentes. Daí resulta um parque industrial dinâmico e que se beneficia das diferentes etapas do processo produtivo, garantindo ao estado um maior

desenvolvimento econômico e atraindo novos investimentos. Santa Catarina conta com 50,81 mil estabelecimentos, sendo 44,81 mil microempresas (88,2%), 4,97 mil pequenas (9,8%), 886 médias (1,7%) e 143 grandes empresas (0,3%). Com relação a geração de empregos, a indústria catarinense gera 734,62 mil postos de emprego, o que representa 34% dos empregos gerados no estado. Destes, as micro empresas geram 182,98 mil vagas (24,9%), as pequenas empresas 196,07 mil (26,7%), as médias geram 180,13 mil postos de trabalho e, as grandes empresas, 175,44 mil empregos (23,9%). Ao números são da publicação Santa Catarina em Dados 2017, da Fiesc.


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DIVERSIDADE PRODUTIVA

O estado é composto por seis mesorregiões que apresentam características próprias e potenciais produtivos relevantes.

NORTE Automotivo

OESTE Agroalimentar Bens de Capital Biotecnologia Celulose & Papel Móveis & Madeira

Tecnologia da Informação e Comunicação Construção Civil Energia

Bens de Capital Economia do Mar Metal-mecânico & Metalurgia

Meio Ambiente

SERRANA Agroalimentar

Construção Civil

Bens de Capital

Energia

Biotecnologia

Meio Ambiente

Celulose & Papel

Móveis & Madeira

SUL Agroalimentar

Metal-mecânico & Metalurgia

Construção Civil

Bens de Capital

Produtos Químicos & Plásticos

Energia

Cerâmica

Têxteis & Confecções

Meio Ambiente

Economia do Mar 17

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Móveis & Madeira

Construção Civil

Produtos Químicos & Plásticos

Energia

Têxteis & Confecções

Meio Ambiente

Tecnologia da Informação e Comunicação

Saúde

VALE DO ITAJAÍ Agroalimentar

Naval

Bens de Capital

Metalmecânico & Metalurgia

Economia do Mar

Têxteis & Confecções

Construção Civil

Tecnologia da Informação e Comunicação

Saúde

GRANDE FLORIANÓPOLIS Biotecnologia

Construção Civil

Cerâmica

Energia

Economia do Mar

Meio Ambiente

Naval

Saúde

Nanotecnologia Tecnologia da Informação e Comunicação Fonte: Fiesc

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O potencial de cada região

FOTO: Fiesc/Divulgação

O estado de Santa Catarina é formado por seis mesorregiões: Serrana, Sul Catarinense, Vale do Itajaí, Norte Catarinens e, Oeste Catarinense e Grande Florianópolis. Cada uma com característicase peculiaridades, tanto no contexto geográfico, quanto no econômico. As localidades estão distribuídas em três grandes unidades de relevo - Planície Litorânea, Serras (em direção ao Oeste) e Planalto (abrangendo o Oeste e o Meio-Oeste) – o que influencia muito na vocação econômica de cada uma. Na região litorânea e nas serras costeiras há o predomínio da Mata Atlântica. As regiões Serrana e Meio Oeste apresentam Mata de Araucária, além dos Campos do Planalto, com característica mais campestre. Na região oeste também há Mata Caducifólia. O clima de Santa Catarina é o subtropical úmido, com quatro estações definidas, porém, com variações acentuadas de região para região. As regiões mais frias estão no Planalto Serrano e no Meio-Oeste, enquanto as regiões mais quentes encontram-se no Oeste e no Litoral. Em termos hidrográficos, o estado é constituído pelo sistema da Vertente do Litoral (ou Bacia do Atlântico Sul),

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que compreende principalmente os rios Itapocu, Itajaí, Tijucas, Cubatão, Tubarão, Mambituba e Araranguá,que respondem por pouco mais de 32% da bacia hidrográfica de Santa Catarina. O restante, que é a maioria do território catarinense, faz parte da Vertente do Interior (ou Bacia do Uruguai), formada pelos rios Iguaçu e Uruguai. Isso faz com que a economia catarinense seja bastante diversificada e organizada em vários polos distribuídos por diferentes regiões do estado. A diversidade de climas, paisagens e relevos estimula o desenvolvimento de atividades que vão da agricultura ao turismo, atraindo investidores de segmentos distintos e permitindo que a riqueza não fique concentrada em apenas uma área. A Grande Florianópolis destaca-se nos setores de tecnologia, turismo, serviços e construção civil. O Norte é polo tecnológico, moveleiro e metal-mecânico. O Oeste concentra atividades de produção alimentar e de móveis. O Planalto Serrano tem a indústria de papel, celulose e da madeira. O Sul destaca-se pelos segmentos do vestuário, plásticos descartáveis, carbonífero e ce-

râmico. No Vale do Itajaí, predomina a indústria têxtil e do vestuário, naval e de tecnologia. O turismo é outro ponto forte da economia catarinense. A localização de Santa Catarina é outro diferencial. O estado situa-se em um do lugares mais estratégicos da América do Sul, no sul do Brasil, tendo como vizinhos os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, com quem possui fortes relações econômicas e similaridade nos quesitos cultural e social. Mais ao norte, a proximidade com São Paulo e Rio de Janeiro mantém o estado junto aos grandes centros urbanos. Já o Oeste catarinense, além de fazer fronteira com a Argentina, é avizinhado por Paraguai, Chile e Bolívia, sendo cartão de entrada de muitos visitantes latinos. A capital, Florianópolis, encontra-se a 705 quilômetros de São Paulo, a 1,14 mil quilômetros do Rio de Janeiro e a 1,67 mil quilômetros de Brasília. Entre os centros internacionais, destaca-se a proximidade com Buenos Aires (Argentina, 1,85 mil quilômetros), Assunção (Paraguai, 1,35 mil quilômetros), e Montevidéu (Uruguai, 1,36 mil quilômetros).


Mesorregião Serrana

Lages é o maior município da Mesorregião Serrana, com uma população de aproximadamente 160 mil habitantes.

A indústria de papel e celulose é um dos carros chefes da economia da região. FOTO: Divulgação

Formada por 30 municípios agrupados nas microrregiões dos Campos de Lages e Curitibanos, a mesorregião Serrana é a menos populosa de Santa Catarina. É também a mais fria, por estar localizada na Serra Geral no Planalto Serrano, com pontos onde a altitude ultrapassa a marca dos mil metros em relação ao nível do mar. A economia é baseada na produção agroalimentar, de bens de capital, biotecnologia, papel e celulose, construção civil, geração de energia e madeira e derivados. A mesorregião responde por 5% do PIB catarinense, 6% do Valor Adicionado Fiscal do estado e a 4% dos empregos. A indústria tem a participação de 30% no PIB da mesoregião, com 19% dos estabelecimentos catarinenses. É responsável por 9% das exportações e 4% das importações do estado. O parque industrial da região consiste, em grande parte, de empreendimentos ligados à cadeia produtiva da madeira, como madeireiras, fábricas de grampos, fábricas de portas, soleiras, batentes e congêneres. Empresas ligadas ao setor metal-mecânico têm papel importante na geração de emprego e renda da região, que também conta com empre-

sas multinacionais no ramo de peças de tratores, ligadas a produção de bebidas, proteina animal e empresas de papel e celulose. A região tem ainda no turismo rural uma importante fonte de renda, com

destaque também para a pecuária e a indústria florestal. O espaço de circulação dessa mesorregião é formado por dois grandes eixos, o da rodovia BR-282 e a junção da BR-116.

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Mesorregião Norte Catarinense

Formada por 26 municípios agrupados em três microrregiões: Joinville, Canoinhas e São Bento do Sul, a mesorregião Norte Catarinense abriga as principais indústrias da região. Sua ocupação se deu a partir de 1851, com a chegada dos primeiros imigrantes europeus, principalmente os alemães. Destacam-se o município de Joinville na indústria metal-mecânica, sendo também a maior cidade do estado em população. Já as microrregiões de Canoinhas e de São Bento têm como principal atividade econômica a indústria moveleira. É nessa mesorregião que fica a cidade mais antiga do estado e a terceira mais antiga do Brasil, São Francisco do Sul, que também abriga o porto homônimo, que é um dos mais importantes do Sul do Brasil. A mesorregião responde por 22% do PIB catarinense, 23% do Valor Adicionado Fiscal do estado e a 19% dos empregos. A indústria tem a participação de 38% no PIB da mesoregião, com 16% dos estabelecimentos catarinenses. É responsável por 32% das exportações e 26% das importações do estado.

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FOTO: PMJ/Divulgação

A mais industrializada das cidades catarinenses, Joinville também tem a maior população de SC

A indústria metal-mecânica é o carro chefe da economia da mesorregião, juntamente com as indústrias moveleira e de plásticos e derivados.


Mesorregião Oeste Catarinense

Com economia bastante diversificada, a mesorregião do Oeste Catarinense é formada por 117 municípios agrupados em cinco microrregiões: Chapecó, Concórdia, Joaçaba, São Miguel do Oeste e Xanxerê. Tem sua economia sustentada na atividade agropecuária agroindustrial. Na agropecuária destaca-se na produção de milho, soja, feijão, maçãs, e de aves e suínos. A pecuária leiteira também tem destaque, juntamente com a produção de uva e vinho. A mesorregião responde por 16% do PIB catarinense, 23% do Valor Adicionado Fiscal do estado e a 17% dos empregos. A indústria tem a participação de 31% no PIB da mesoregião, com 19% dos estabelecimentos catarinenses. É responsável por 9% das exportações e 4% das importações do estado.

FOTO: Fiesc/Divulgação

FOTO: PMC/Divulgação

Chapecó é a maior cidade da mesorregião, que tem na agropecuária e agroindústria o alicerce desua economia.

A cidade de Chapecó é sede das maiores impresas brasileiras do segmento de proteína animal.

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Mesorregião da Grande Florianópolis

A mesorregião da Grande Florianópolis é formada pelo agrupamento de 21 municípios de três microrregiões: Florianópolis, Tabuleiro e Tijucas. Nela está sediada a capital de Santa Catarina e a intensa urbanização em algumas áreas contrasta com áreas de natureza abundante, como praias agrestes, dunas, lagoas, partes ambientais, que são exploradas na atividade turística. A economia dessa mesorregião tem destaque para atividades comerciais, prestação de serviços e turismo. No entanto, nas últimas duas decadas a economia decorrente tecnologia tem ganhado muito espaço. Hoje Florianópolis é um dos mais importantes polos tecnológicos do Sul do Brasil. A mesorregião responde por 15% do PIB catarinense, 10% do Valor Adicionado Fiscal do estado e a 22% dos empregos. A indústria tem a participação de 18% no PIB da mesoregião, com 17% dos estabelecimentos catarinenses. É responsável por 2% das exportações e 11% das importações do estado.

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FOTO: Markito/Turismo/SC

Florianópilis, capital de Santa Catarina, é a cidade catarinense com melhor qualidade de vida e apresenta o 3º melhor IDH do Brasil

Empresas de tecnologia vêm ganhando força na mesorregião da Grande Florianópolis.


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CAPA

Mesorregião Vale do Itajaí

A Mesorregião Vale do Itajaí é formada por 54 municípios de quatro microrregiões: Blumenau, Itajaí, Ituporanga e Rio do Sul. A região é conhecida como Vale Europeu, devido ao fato da colonização ter sido por imigrantes europeus, principalmente alemães, além de italianos e portugueses, que mantêm até hoje uma forte influência germânica presente nos costumes, festas, arquitetura e outras tradições. Está localizada no vale formado pela bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Açu e sua economia é diversificada: indústria têxtil e de informática, serviços, turismo, pesca, e agricultura. O espaço de circulação da mesorregião Vale do Itajaí é formado por dois eixos: o da BR101 e BR-470, e a junção da SC-486. O escoamento da produção local é feito pelo Complexo Portuário do Itajaí. A mesorregião responde por 31% do PIB catarinense, 27% do Valor Adicionado Fiscal do estado e a 26% dos empregos. A indústria tem a participação de 30% no PIB da mesoregião, com 28% dos estabelecimentos catarinenses. É responsável por 47% das exportações e 55% das importações do estado.

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FOTO: Fiesc/Divulgação

FOTO: Markito/Santur

A cidade conta com o Complexo Portuário do Itajaí, que ocupa a segunda posição no ranking brasileiro de movimentação de contêineres.

As indústrias têxtil e do vestuário têm peso significativo na economia da mesorregião.


A mesorregião Sul Catarinense é composta pelos 44 municípios agrupados em três microrregiões: Araranguá, Criciúma e Tubarão. Considerada a mais italiana das regiões de Santa Catarina, devido a sua colonização, inicialmente, a principal atividade econômica dessa mesorregião era a extração de carvão, em Criciúma. Hoje, destacam-se as indústrias de cerâmica, vestuário, metal-mecânica e química. Na agropecuária ganha peso a criação de suínos e aves, o cultivo de arroz, fumo e feijão e a produção de mel. O acesso a essa mesorregião e escoamento do que é produzido é feito pela BR-101, pela estrada de ferro Tereza Cristina e também pelo Porto de Imbituba. A mesorregião responde por 11% do PIB catarinense, 11% do Valor Adicionado Fiscal do estado e a 12% dos empregos. A indústria tem a participação de 32% no PIB da mesoregião, com 15% dos estabelecimentos catarinenses. É responsável por 6% das exportações e 4% das importações do estado.

FOTO: Eliane/Divulgação

CREDITO: PMC/Divulgação

Mesorregião Sul Catarinense

As principais indústrias do segmento de pisos e revestimentos cerâmicos estão na mesorregião do Sul Catarinense.

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ETINIAS

FOTO: Jaime Batista da Silva / Divulgação

Diversidade étnica é um dos diferenciais de SC

Blumenau tem sua colonização basicamente alemã e se destaca pelo potencial de sua indústria.

M

ulticultural, Santa Catarina chama a atenção por sua pluralidade e dinamismo, marca que pode ser observada em vários âmbitos, dentre eles, na sua economia. A diversidade dos colonizadores promoveu grande variedade de formas de explorar a terra e seus recursos. Como consequência, surgiu, em fins do século XIX, uma economia diversificada: agricultura e pecuária no interior, a pesca no litoral, pequenas indústrias nas áreas de colonização alemã, além das atividades comercial e manufatu-

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reira em várias regiões do estado A multiplicidade de elementos culturais na composição étnica do Estado refletiram na sua economia. Dos pequenos empreendimentos às grandes indústrias, nos mais diversos segmentos. Da agricultura familiar à produção em grande escala e a agroindústria. Diversificação econômica que garantiu o estabelecimento de uma indústria forte e singular. A solidez da economia do estado reflete também no bom nível de vida de sua população. No ranking do Índice

de Desenvolvimento Humano Municipal de 2015 (IDHM), calculado a partir de variáveis que buscam mensurar os níveis de longevidade, educação e renda, Santa Catarina ocupa o 3º lugar no ranking nacional. Santa Catarina tem ainda a maior expectativa de vida, segundo os dados da PNAD de 2015, o que coloca o Estado em primeiro lugar no IDHM de longevidade. Entre os 40 primeiros municípios do ranking brasileiro, há 23 cidades catarinenses, das quais 10 ocupam os primeiros lugares.


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INDÚSTRIA EM NÚMEROS

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QUALIDADE DE VIDA

SC tem bons indicadores sociais Santa Catarina tem o sexto maior PIB e é o segundo estado mais competitivo do Brasil

FOTO: Jaqueline Noceti/Secom

Santa Catarina conquistou o segundo lugar no ranking dos estados mais competitivos no país e venceu ainda o Prêmio Excelência em Competitividade na categoria Destaque Internacional, diante da forte presença do estado no mercado externo.

O

ano de 2017 trouxe grandes desafios econômicos, mas, mesmo assim, Santa Catarina comemora importantes avanços em indicadores econômicos e sociais. Com pouco mais de 1% do território brasileiro e 7 milhões de habitantes, o Estado apresenta o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do país e segue como maior produtor nacional de suínos, maçã, alho, cebola e ostras, entre outros itens. Para o governador Raimundo Colombo, que comandou o Estado até fevereiro deste ano, tais performances podem ser creditadas a medidas estratégicas adotadas pelo governo para preservar a competitividade. Entre elas, a decisão de não aumentar impostos, mesmo quando a

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arrecadação apresentou queda. Com indicadores sociais e econômicos que são referência nacional, Santa Catarina conquistou o segundo lugar no ranking dos estados mais competitivos no país, conforme levantamento feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria e a Economist Intelligence Unit. Venceu ainda o Prêmio Excelência em Competitividade na categoria Destaque Internacional, diante da forte presença do estado no mercado externo. No ranking geral da competitividade dos estados, Santa Catarina tem melhorado a sua posição ano a ano. Em 2011, ocupou o sétimo lugar; em 2012 e em 2013, ficou em sexto; em 2014 al-

cançou a quinta posição; e em 2015 e 2016, ficou em terceiro. Em 2017, subiu uma posição e ultrapassou o Paraná, garantido o segundo lugar geral, atrás apenas de São Paulo. Merece destaque ainda a evolução na pontuação catarinense, passando dos 74,3 em 2016 para 77,2 em 2017, enquanto a média nacional caiu de 50,2 para 47,9. Entre os diferentes pilares do estudo, Santa Catarina ficou em primeiro lugar em segurança pública e em sustentabilidade social. Destacou-se ainda com o terceiro lugar em indicadores como infraestrutura, educação, capital humano e inovação. E no pilar potencial de mercado, pulou da 19ª posição para o 10º lugar entre todos os estados.


Geração de emprego Outro destaque de 2017 foi a geração de emprego em Santa Catarina. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao terceiro trimestre, confirmam o Esta-

do com a menor taxa de desemprego do país, 6,7%, enquanto a média nacional ficou em 12,4%. Além disso, de acordo com o último relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho, SC gerou 4,9 mil vagas de empregos formais em novembro, enquanto no país foram fechados 12.292 postos de trabalho. A presença internacional também foi ampliada. As exportações catarinenses cresceram 12% e as importações subiram 21,4%. Os principais destinos dos produtos catarinenses

são Estados Unidos, China, Argentina, Rússia e México. E os principais mercados de origem são China, Chile, Argentina e Estados Unidos. Entre os avanços sociais, destaque para a expectativa de vida do catarinense, a maior do país, com média de 79,1 anos, segundo dados do IBGE divulgados em dezembro de 2017 e referentes ao levantamento feito em 2016. “Proteger e promover a economia catarinense faz parte de um trabalho constante, complexo e exigente. Mas é preciso comemorar as conquistas, como a geração de empregos e renda nas diferentes regiões do estado, a atração de novos investimentos, o crescimento das exportações o equilíbrio nas contas públicas e a melhor qualidade de vida do catarinense”, avalia o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira.

“Proteger e promover a economia catarinense faz parte de um trabalho constante, complexo e exigente”, Eduardo Pinho Moreira, governador de Santa Catarina em exercício.

Competitividade de Santa Catarina e condições de vida; oitava posição em segurança e 12ª posição no quesito institucional. Santa Catarina ainda vem melhorando sua posição no ranking desde 2011, quando ocupava o sétimo lugar. Passou para sexto em 2012, permanecendo até 2013. Em 2014 subiu para a quinta posição, permanecendo até 2016.

FOTO: Divulgação

Além do IDH, índice que mede a qualidade de vida e no qual Santa Catarina está entre os primeiros do ranking nacional, o estado também figura em excelente posição em diversos outros índices. Ocupa a segunda posição no ranking do Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), criado para agregar variáveis e compor uma medida a partir de indicadores síntese de diversas áreas, como educação, saúde, segurança, infraestrutura, desenvolvimento econômico, social, juventude, condições de vida e institucional. Os resultados divulgados no ano passado, com base em levantamentos de 2015, colocam Santa Catarina atrás apenas de São Paulo. Agora, se analisados os indicadores-síntese em separado, o estado fica nas primeiras posições nos quesitos saúde, desenvolvimento social e desenvolvimento econômico; segunda posição no quesito juventude; terceira posição em educação; quinta posição nos quesitos infraestrutura

Com o melhor IDH entre as capitais brasileiras, Florianópolis vai bem em educação e renda.

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QUALIDADE DE VIDA

POSIÇÃO UF 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

Os melhores estados em cada área: SAÚDE

10

Santa Catarina

SEGURANÇA

10

São Paulo

80 Santa Catarina INFRAESTRUTURA

10

São Paulo

50 Santa Catarina CONDIÇÕES DE VIDA

10

São Paulo

50 Santa Catarina

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EDUCAÇÃO

10

São Paulo

30 Santa Catarina DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

10

Santa Catarina

INSTITUCIONAL

10

Brasília

12 0 Santa Catarina JUVENTUDE

10

Distrito Federal

2 0 Santa Catarina DESENVOLVIMENTO SOCIAL

10

Santa Catarina

SP SC DF RS PR RJ MG ES MS GO MT PE CE RN PB RO BA AC TO SE AM AP RR PA PI AL MA

IDGE 2015 0,846 0,827 0,825 0,781 0,768 0,752 0,748 0,735 0,697 0,655 0,626 0,576 0,553 0,553 0,549 0,549 0,545 0,531 0,525 0,522 0,519 0,513 0,512 0,492 0,489 0,454 0,432


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QUALIDADE DE VIDA

Rankings Gerais Infraestrutura:

1º melhor destino turístico do Brasil 2º maior gerador de eletricidade com queima de lenha 5ª maior taxa de iluminação elétrica (100%) 6º estado com maior número de veículos 7º maior gerador de eletricidade

Sociodemográfico:

1ª maior expectativa de vida - 78,7 anos (IBGE, 2016) 1ª menor taxa de fecundidade - 1,55 filhos (PNAD, 2015) 2ª menor taxa de mortalidade infantil - 9,5 por mil (IBGE, 2015) 3º maior número de domicílios com computador - 58,30% 4ª melhor taxa de coleta de lixo - 95% 11º em população - 7.001.161 habitantes (IBGE, 2017)

Desenvolvimento Humano:

1º menor índice de Gini - 0,419 (PNAD, 2015) 1º menor percentual de extremamente pobres - 0,66% (PNAD,2015) 1º menor proporção de jovens que não estudam e não trabalham - 14,4% (IBGE, 2016) 1º melhor nota no IDEB (anos finais) - 5,1 (INEP, 2015) 1º menor Taxa de Abandono no Ensino Fundamental - 0,4% (INEP, 2016) 2º menor Taxa de Distorção Idade-Série no Ensino Médio - 20,3% (INEP, 2016) 3º maior IDH - 0,816 (IBGE, 2016) 4º melhor nota no IDEB (anos iniciais) - 6,3 (INEP, 2015) 5º melhor resultado no PISA - 412 pontos (OCDE, 2015) 5º menor Taxa de Distorção Idade-Série no Ensino Fundamental - 13.4% (INEP, 2016) 8º melhor nota no IDEB do ensino médio - 3,8 (INEP, 2015)

Economia

1º menor taxa de desocupação - 5,6% (IBGE, 2016) 1º maior proporção de pessoas de 16 anos ou mais em empregos formais - 75,6% (PNAD, 2015) 1º maior percentual de empregos na indústria - 34% (RAIS, 2016) 4º maior importador - US$ 10,4 bilhões (MDIC, 2016) 4º maior PIB per capita - R$ 36.055 (IBGE, 2014) 4ª maior renda média do trabalho - R$ 2.170 (PNAD, 2015) 4º maior parque industrial - 30,3% (IBGE, 2014) 6º maior PIB - R$ 242,55 bilhões (IBGE, 2014) 6º maior VBPI (Valor Bruto de Produção Industrial) - R$ 130,8 bilhões (IBGE, 2015) 6º maior VTI (Valor de Transformação Industrial) - R$ 57,3 bilhões (IBGE, 2015) 8º maior exportador - US$ 7,6 bilhões (MDIC, 2016) 16º maior produtividade industrial - 88.154 (IBGE, 2015)

Pesquisa e Inovação

6º maior número de grupos de pesquisa - 1.862 grupos (DGP/CNPQ, 2016) 6º maior participação na propriedade industrial - 9.207 registros (DGP/CNPQ, 2016) 7º maior percentual de pesquisadores doutores - 6766 (DGP/CNPQ, 2016)

Agropecuária

1º abate de suínos - 2,8 milhões (IBGE, 2016) 2º maior produtor de suínos - 6,8 milhões (IBGE, 2016) 2º maior abate de frango - 212 milhões (IBGE, 2016) 3º maior produtor de galináceos - 140,1 milhões (IBGE, 2016) 4º maior produtor de leite - 3,1 bilhões de l. (IBGE, 2016) 4º maior produtor de mel de abelha - (12%) 4,9 mil ton. (IBGE, 2016) 6º maior produtor de ovos de galinha - 229,4 milhões (IBGE, 2016)

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Santa Catarina tem o segundo maior PIB do Brasil

FOTO: Fiesc/Divulgação

Em 2014, o Produto Interno Bruto – PIB de Santa Catarina alcançou o valor de R$ 242,5 bilhões, crescimento real de 2,4% em relação a 2013, enquanto que o crescimento do Brasil para o mesmo período foi de 0,5%.

Entre as unidades da Federação, Santa Catarina mantém, desde 2011, o sexto maior PIB do Brasil. No entanto, a participação de Santa Catarina no PIB aumentou entre 2013 e 2014, passando de 4% para 4,2%. O avanço registrado pelo estado possibilitou que a Região Sul mantivesse sua participação no PIB (de 16,4%), uma vez que o Paraná perdeu participação relativa no total nacional e o Rio Grande do Sul não apresentou alterações. Se-

gundo estatísticas da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o peso do estado tem avançado persistentemente e, entre 2002 e 2014, a expansão foi de 0,5 ponto percentual. O PIB per capita catarinense também é, historicamente, superior à média brasileira e aos demais estados da Região Sul. De acordo com dados de 2014, que é o último dado oficial, Santa Catarina tem o quarto maior PIB per capita do Brasil, com o valor

de R$ 36.055,90, superando em mais de 25% a média nacional, que é de R$ 28.500,24. O Distrito Federal mantém a liderança, com um valor 2,4 vezes maior que o nacional, alcançando R$ 69.216,80, que é resultado tanto da baixa população em proporção ao tamanho PIB da capital federal, quanto da renda média da administração pública. São Paulo (R$ 42.197,87) e Rio de Janeiro (R$ 40.767,26) ocupam o 2º e 3º lugares, respectivamente.

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FOTO: PMJ/Divulgação

QUALIDADE DE VIDA

Cidades Em 2014, Joinville manteve sua liderança como o maior PIB do Estado, com o valor de R$ 24,5 bilhões. Florianópolis voltou a assumir a segunda posição, que tinha sido ocupada por Itajaí em 2013, única inversão no top 3 entre 2010 e 2014. No comparativo com os demais municípios do Brasil, Joinville ocupa a 28º posição, Florianópolis fica em 45º, Itajaí em 47º e Blumenau em 48º. A composição do PIB difere bastante entre os 10 municípios com maior renda. Em Florianópolis, Itajaí, Palhoça e São José, o setor de serviços re-

presenta a maior parte, chegando a participar com 88,7% do produto da capital do Estado em 2014. Por outro lado, a participação da indústria se destaca nos municípios de Jaraguá do Sul, Joinville, Blumenau, Chapecó, Brusque e Criciúma, todos com participação acima da média do Estado, alcançando 43,8% em Jaraguá do Sul em 2014. A Agropecuária, por fim, não chega a representar 1% da economia desses municípios, exceto em Chapecó (1,9% em 2014) e Palhoça (1,3% em 2014). Analisando as mesorregiões do Es-

tado, observa-se uma divisão bem definida do PIB entre elas, com a ordem do ranking permanecendo a mesma desde 2010. O Vale do Itajaí se destaca como líder neste período, com participação de 30,7% no PIB estadual de 2014. Essa região é caracterizada pela forte presença do setor de serviços, que foi responsável por 67,2% do produto total. Esse também é o caso da Grande Florianópolis (com 79,1% do PIB advindo dos serviços), que ocupa o 4º lugar. As informações são da publicação Santa Catarina em Dados 2017, da Fiesc.

Valor Adicionado Bruto A composição do Valor Adicionado Bruto (VAB) de Santa Catarina se destaca entre os demais estados brasileiros pelo peso do setor industrial na economia. Santa Catarina é o 3º com maior participação da indústria no VAB, perdendo apenas para o Espírito Santo e Amazonas, com participação de 38,9% e 34,5%, respectivamente. No entanto,

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no Espírito Santo a participação é puxada pela indústria extrativa (23,3%). Considerando apenas a indústria de transformação, Santa Catarina passa para o segundo lugar, com participação de 22,2% no VAB total, ficando atrás apenas do Amazonas (23%), graças ao desenvolvimento industrial da Zona Franca de Manaus.


TRIBUTAÇÃO

A manutenção dos incentivos fiscais no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo Governo do Estado às indústrias catarinenses para garantir a competitividade e os empregos é uma das estratégias do governo do Estado para garantir o crescimento da economia. O setor da indústria emprega 734 mil trabalhadores em SC e é composto por 50 mil indústrias, conforme dados da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). “Sem dúvida não aumentar impostos foi uma forma de proteger e gerar empregos. Esta realidade faz com que Santa Catarina tenha um bom desempenho e uma retomada da economia mais forte do qualquer outro estado do Brasil. Estamos mais competitivos. E para 2018, a retomada será muito mais forte. O mais difícil passou”, disse o então governador Raimundo Colombo. O presidente da Fiesc, Glauco José Corte, diz que os efeitos positivos das políticas fiscais colocadas em prática pelo governo nos últimos anos – determinado a manter a competitividade da indústria e não só dos produtos importados – com benefícios da mesma natureza previstos na legislação de outros Estados, foi crucial para que SC retomasse o crescimento da economia. “Sem os incentivos fiscais, as empresas não estariam em SC e os em-

pregos não existiriam, de maneira que a perda é incremento de receitas indiretas. Sem benefício fiscal, muitas indústrias teriam se transferido para o Paraguai e para outros estados”, assegura Côrte. Diante deste contexto, o presidente da Fiesc destaca que é vital, portanto, que o Estado preserve a atual política fiscal sustentando o crescimento econômico-social do Estado, inclusive no campo das finanças públicas, no qual é um exemplo para todo o País. “Sem emprego não há renda, que é sinônimo de capacidade de consumo. Reduzida a capacidade de consumo da população catarinense, aí sim, teremos decréscimo da receita pública”, explicou.

FOTO: Divulgação

Incentivos fiscais mantém a competitividade e a capacidade econômica de SC

Sem os incentivos fiscais, as empresas não estariam em SC e os empregos não existiriam, de maneira que a perda é incremento de receitas indiretas. Sem benefício fiscal, muitas indústrias teriam se transferido para o Paraguai e para outros estados. Glauco José Côrte, presidente da Fiesc.

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TRIBUTAÇÃO

Santa Catarina tem atraído grandes investimentos não apenas pela concessão de incentivos fiscais ao empreendedor, mas por sua política de manutenção das regras tributárias. Pesquisa realizada pela Endeavor, organização de incentivo ao empreendedorismo, aponta SC como o Estado que menos alterou a legislação de ICMS (o principal imposto estadual) entre 2013 e 2017. O fisco catarinense fez 54 alterações no período, contra 558 mudanças no Rio Grande do Sul, o último do ranking. Entre os governos, dez mexeram nas regras do ICMS ao menos 50 vezes no ano. “O reconhecimento reflete a segurança jurídica, fator que tem atraído e mantido empresas em Santa Catarina, mesmo em tempos de crise”, afirma o secretário da Fazenda, Renato Lacerda, que respondeu pela pasta até março. “Vale lembrar que, pelo menos desde 2011, SC não aumentou os impostos estaduais, ao contrário da maioria dos estados”, acrescenta.

FOTO: Marcos Porto

Diferencial

Importações via SC

FOTO: SECOM/SC

O Estado trabalha com um programa específico para os importadores que optarem pelos portos e aeroportos catarinenses para importar seus produtos. Entre os benefícios estão o diferimento do ICMS no desembaraço aduaneiro de mercadorias para comercialização e a redução do pagamento do imposto nas saídas dos produtos importados. Outro importante fato no que diz respeito aos benefícios aos importadores catarinenses foi a aprovação do Convênio 190/2017, que convalida os benefícios fiscais concedidos à revelia durante a chamada “guerra fiscal” entre os Estados. Aprovado pelo Conselho Nacional

de Política Fazendária (Confaz), no final de 2017, o convênio fixa 2025 como prazo final para a vigência dos benefícios de importação. “O principal ganho é a segurança jurídica aos investidores. Nosso Estado sempre primou por isso como uma forma de garantir continuidade dos investimentos em território catarinense e, consequentemente, a geração de emprego e renda para a sociedade”, explica o secretário Renato Lacerda. O convênio era uma exigência da Lei Complementar 160, sancionada pelo presidente Michel Temer no início de agosto de 2017.

PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS

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Pró-Emprego

Prodec

Destinado a empreendimentos que resultem em geração ou manutenção de empregos e que incrementem ou facilitem exportações e importações. Abrange projetos de implantação, expansão, reativação e modernização tecnológica.

O Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec) tem como finalidade conceder incentivo à implantação ou expansão de empreendimentos industriais. Trata-se de incentivo, a título de financiamento, equivalente a um percentual pré-determinado sobre o valor do ICMS a ser gerado pelo novo projeto. O incentivo do PRODEC nada mais é do que financiamento de capital de giro, em longo prazo e baixíssimo custo.

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Os números de Santa Catarina

FOTO: ABIT/Divulgação

O Estado de Santa Catarina fechou 2017 com uma arrecadação tributária bruta de R$ 24,11 bilhões, um crescimento nominal de 7,3% em relação a 2016. O número considera receitas estaduais (ICMS, IPVA, ITCMD e taxas) e repasses obrigatórios de tributos recolhidos pela União. O secretário da Fazenda avalia o resultado como satisfatório considerando o cenário econômico adverso. “Fomos um dos poucos estados que não aumentou impostos. Mantivemos a arrecadação e, principalmente os empregos dos catarinenses”, comenta Lacerda. A receita de ICMS, principal tributo estadual, foi de R$ 19,11 bilhões (79,16% da tributária bruta), com crescimento

real de 11,1%. Para Renato Lacerda, o desempenho é resultado de um esforço fiscal muito grande. Foram 275 operações no ano com o objetivo de recuperar imposto sonegado e regularizar a situação das empresas. “Nos últimos anos, a Fazenda de Santa Catarina investiu muito em recursos tecnológicos para consolidar as atividades de inteligência fiscal, aumentando o controle sobre o contribuinte”, explica. Setores – Em 2017, os setores que apresentaram maior crescimento no recolhimento de ICMS foram: têxtil (27,9%), embalagens (22,2%), redes de lojas (15,9%) e supermercados (15,6%). O único que apresentou queda foi o seg-

mento de energia (-4,3%). Outros três setores cresceram abaixo dos 10%: metalmecânico (0,7%), comunicação (1,8%) e combustíveis (6,1%). Com relação a 2018, o corpo técnico da Secretaria da Fazenda está otimista. A meta de crescimento da receita tributária fixada na Lei Orçamentária Anual para 2018 é de 10%. Em janeiro, o desempenho da receita foi bastante animador. A arrecadação tributária alcançou R$ 2,22 bilhões, um crescimento de 10,9% sobre janeiro de 2017. “É a maior arrecadação da história do fisco catarinense”, diz o secretário Renato Lacerda. Os setores que mais cresceram foram combustíveis, energia, automotivo e bebidas.

A arrecadação proveniente do setor têxtil foi o que mais cresceu em 2017.

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MULTIMODALIDADE

Infraestrutura para o transporte de cargas em Santa Catarina

Como possui, na maioria dos casos, preço de frete superior ao marítimo, o modal rodoviário é adequado para mercadorias de alto valor ou perecíveis, produtos acabados ou semiacabados, e para levar as cargas onde os navios não chegam. No Brasil é muito utilizado para o tráfego de mercadorias dentro do país, porque o mercado não tem a cultura da cabotagem, que é a navegação costeira, e tam-

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FOTO: Agência Brasil/Divulgação

O papel da rodovia

FOTO: Divulgação

A

infraestrutura para o transporte de cargas na cadeia de comércio exterior – importação e exportação – em Santa Catarina engloba os três principais modais: marítimo, rodoviário e aéreo. O estado possui uma boa infraestrutura portuária – utilizada para a maior fatia das operações – mas também disponibiliza opções para o transporte de cargas nos dois sentidos, por meio das rodovias ou aeroportos. Já a malha ferroviária catarinense é utilizada, em pequena escala, apenas para o transporte entre os estados brasileiros. Para se ter uma ideia do papel dos portos na corrente de comércio de Santa Catarina, 84,92% das importações e exportações são movimentadas pelo modal marítimo. Em segunda posição fica o modal rodoviário, com a fatia de 9,36%, e o modal aéreo responde por 5,02% da corrente de comércio catarinense. Agora, se o cenário analisado englobar apenas as exportações, os modais marítimo e rodoviário ganham ainda mais destaque no escoamento da produção de Santa Catarina: representam 86% e 12%, respectivamente, deixando para o modal aéreo apenas 2% do valor total.

bém para cargas exportadas para alguns pontos do Mercosul. O sistema rodoviário catarinense tem aproximadamente 2,6 mil quilômetros de rodovias federais e 6 mil quilômetros de rodovias estaduais, além das rodovias municipais. O estado é cortado pela BR 101, uma das principais rodovias brasileiras, de Garuva, no Norte, a Passo de Torres, no Sul. Também ganham destaque as rodovias BR 470 –

que liga o Complexo Portuário do Itajaí ao Oeste catarinense –, BR 282 e a BR280, que liga a cidade de Porto União, na divisa com o Paraná, com o porto de São Francisco do Sul, Outras rodovias importantes são a BR-153 e a BR-116. Em termos de representação da frota, Santa Catarina se apresenta como o 6º estado com maior número de veículos, o equivalente a 5,3% da frota brasileira.


Aeroportos operam com cargas e passageiros As operações do modal aéreo em Santa Catarina são feitas por cinco principais aeroportos: Hercílio Luz (Florianópolis), Ministro Victor Konder (Navegantes), Lauro Carneiro de Loyola (Joinville), Diomício Freitas (Criciúma/Forquilhinha) e Serafin Enoss Bertaso (Chapecó), mais 17 pequenos aeroportos ou aeródromos, públicos e privados. Essa estrutura movimentou cerca de 7 milhões de passageiros no ano passado.

FOTO: Floripa Airport/Divulgação

Grande parte do que restou da malha ferroviária do Brasil está concentrada nas regiões Sul e Sudeste. Em Santa Catarina, o serviço ferroviário é realizado pelas concessionárias América Latina Logística (ALL) e Ferrovia Tereza Cristina (FTC), em uma malha de cerca de mil quilômetros. A Ferrovia Tereza Cristina interliga a região carbonífera de Santa Catarina ao porto de Imbituba, passando pelo município de Capivari de Baixo, onde se situa a usina termelétrica Jorge Lacerda - Tractebel Energia. A concessionária América Latina Logística (ALL), por sua vez, opera dois troncos principais, que cortam o estado no sentido Norte-Sul, interligando a malha catarinense às malhas dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. O transporte ferroviário é adequado para longas distâncias, por possuir grande capacidade de carga, baixos custos de transporte e de manutenção e maior segurança em relação ao modal rodoviário. No entanto, ainda que esses benefícios da malha ferroviária sejam conhecidos, a participação desse modal na matriz de transportes brasileira e catarinense é muito inferior a verificada em países de grande área territorial.

FOTO: Divulgação

Ferrovias, baixos custos aliados a segurança

Juntos, os aeroportos de Joinville, Navegantes e Florianópolis movimentaram mais de 5 milhões de toneladas de cargas no ano passado, segundo estatísticas da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O terminal de cargas (Teca) de Navegantes é um dos principais da região Sul e o mais movimentado dentre os terminais de carga administrados pela Infraero em Santa Catarina. Suas cargas são

bastante diversificadas, assim como em Navegantes. O Teca do aeroporto de Joinville trabalha com cargas provenientes e destinadas a países como Alemanha, Itália, China e Estados Unidos, e os setores metal-mecânico, de fármacos, equipamentos médicos hospitalares e equipamentos automotivos são os principais segmentos da carga movimentada pelo complexo logístico.

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PORTOS

Portos catarinenses Multicargas, os portos e terminais instalados no Estado movimentam contêineres, carga geral, granéis sólidos e líquidos e buscam se adequar para operações de importação e exportação de veículos (cargas ro-ro)

O

Foto: Alfabile Santana

complexo portuário catarinense é formado por três portos públicos – Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul - e terminais de uso privado (TUPs) que, juntos, responderam por 2,95% das exportações brasileiras, em 2017. Cerca de US$ 6,43 bilhões foram embarcados nestes portos, de um total de US$ 217,74 bilhões exportados pelo país, pelos modais marítimo, aéreo e terrestre. Dos TUPs que operam em

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Santa Catarina, têm destaque a Portonave S/A – Terminal Portuário Navegantes, que integra o Complexo Portuário do Itajaí e ocupa a segunda posição no ranking nacional de movimentação de contêineres; e o TUP Porto Itapoá, que integra o Porto Organizado de São Francisco do Sul e está na 6ª posição. Estrategicamente instalados na costa catarinense, estes portos e terminais mantém linhas regulares às principais

cidades portuárias do mundo e fazem do estado o maior polo concentrador de contêineres do Brasil. Juntos, movimentaram cerca de 36,5 milhões de toneladas e 1,8 milhão de TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit - unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), não somente em mercadorias produzidas em Santa Catarina, mas provenientes de 21 países da federação.


Porto de Imbituba cobre o Sul de SC e Norte do Rio Grande do Sul Na região Sul de Santa Catarina, o porto de Imbituba, que até o ano passado tinha seu foco voltado para o granel sólido, passou a operar um dos mais importantes serviços para cargas conteinerizadas com destino à Ásia capacidade para receber até 500 mil TEUs por ano e a expectativa da administração é que apenas a nova linha movimente cerca de 70 mil TEUs/ano. Somente nos quatro últimos meses do ano passado, cerca de 9 mil TEU foram movimentados pelo serviço. O diretor presidente da empresa pública Santa Catarina Participações e Parcerias (SCPAR), Gabriel Ribeiro Vieira, explica que desde que passou a ser administrado pelo Governo do Estado, em 2012, o porto de Imbituba tem apresentado crescimento expressivo. Além disso, o início das operações da linha Ásia marca uma nova fase ao porto, que passa por um amplo processo de transformação. “O início das operações do serviço Ásia em Imbituba fortalece muito a economia de Santa Catarina, pois são grandes navios que possibilitam o transporte de

maiores volumes de cargas com custos menores. E nosso porto se mostrou completamente capaz para operá-los”, afirmou o então governador Raimundo Colombo. Segundo ele, com as operações deste joint service, o porto tende a crescer muito, a atividade portuária será fortalecida e o ganho não será apenas regional, mas de todo o Estado. A Autoridade Portuária é exercida pela SCPar Porto de Imbituba, órgão do governo estadual que atua como administradora do porto e tem responsabilidade sobre a gestão e infraestrutura portuária. Porém, não exerce o papel de operador portuário. Atuam ainda no porto, como arrendatários e operadores, as empresas Fertisanta, Santos Brasil, Grupo Votorantim – CRB , Serra Morena, ILP, OPL, Sanaval, AGM e Lóxus Granéis. Não há atuação de terminais de uso privado (TUPs) em Imbituba.

Foto: Mafaldapress/Divulgação

Com as atenções voltadas ao granel sólido, o porto de Imbituba, instalado na cidade homônima, passou a integrar o seleto rol dos portos conteineiros desde setembro do ano passado, com o início das operações do Serviço Ásia - operado por joint service entre os armadores Hamburg Sud; Hapag-Lloyd; Hyundai; NYK; ZIM; CMA CGM; Cosco e Evergreen. São 13 navios se revezando em um trajeto completo de cerca de 90 dias, saindo de Busan, na Coreia do Sul, e passando pela China, Singapura, Malásia, Argentina e Uruguai, além do Brasil, antes de retornar para Coreia do Sul. O serviço era operado no porto de Rio Grande e, com sua transferência para o terminal Santos Brasil, em Imbituba, uma boa fatia dos contêineres movimentados naquele estado migraram para Santa Catarina. O terminal tem

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PORTOS

Investimentos na autossuficiência

Foto: Mafaldapress/Divulgação

“Com a escolha por Imbituba no Sul de Santa Catarina, o Estado será totalmente coberto pela linha de navegação, com atracações também nos portos de Itajaí e Terminal Porto Itapoá. Trata-se de uma nova alternativa de desenvolvimento, pois essa linha tem, inclusive, o potencial de dobrar a movimentação de contêineres no Porto de Imbituba”, diz o diretor-presidente da SCPar Porto de Imbituba, Luís Rogério Pupo Gonçalves. Desde que o Estado assumiu a administração portuária, houve crescimento significativo na movimentação de cargas em Imbituba. Os recordes nas operações foram impulsionados pelo acréscimo no número de navios atracados nos últimos anos e na melhoria das infraestruturas terrestre e aquaviária.

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Foto: SCPar Porto de Imbituba/Divulgação

Entre os investimentos em infraestrutura que o porto de Imbituba recebeu, destacam-se a recuperação da via de acesso norte a Imbituba, a construção de armazém graneleiro de última geração na área primária pela arrendatária Fertisanta, o início da operação do sistema de triagem eletrônica para recebimento de caminhões, a instalação de duas novas balanças rodoviárias, a revitalização das vias internas e a reforma e ampliação das portarias de acesso à área alfandegada e a instalação de novo sistema de iluminação e monitoramento das cargas. Para o presidente da SCPar Porto de Imbituba, “o cenário de conquistas é reflexo do planejamento estratégico que o porto vem adotando ao longo dos anos, por meio de um trabalho intensivo e focado no desenvolvimento socioeconômico do Sul do Brasil”.

Infraestrutura Com a área total de 4,3 milhões de metros quadrados, o porto de Imbituba dispõe de três berços de atracação, que totalizam a extensão de 905 metros, e opera com profundidade variável entre 15 metros (berços 1 e 2) e 12 metros (berço 3). Conta com cinco terminais, dois portêineres, um shiploader, sete guindastes MHC, balanças rodoviárias de última geração e demais equipamentos para movimentação de carga geral e granéis.

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Complexo Portuário do Itajaí amplia leque de opção e cresce no ranking nacional de movimentação de contêineres

Foto: Marcos Porto

Foto: APMT/Divulgação

Composto pelo Porto Público, APM Terminals Itajaí, Portonave S/A Terminal Portuário Navegantes e demais terminais instalados a montante, o complexo movimentou 1,12milhões de TEUs e 12,44 milhões de toneladas de mercadorias em 2017. Somente em cargas de exportações, foram embarcados mais de US$ 4,07 bilhões.

O Complexo Portuário do Itajaí é responsável pelos embarques de 48,6% das exportações catarinenses e por 55,8% de tudo o que é embarcado nos portos de Santa Catarina. Se tratando da corrente de comércio, que é a soma das importações e exportações, responde por 47,96% do montante catarinense e pela fatia de 55,77% das importações e exportações dos portos do Estado, com exportações de US$ 4,07

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bilhões e corrente de comércio de US$ 9,99 bilhões. Os números são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O bom desempenho pode ser creditado à sua gestão, municipalizada desde o ano de 1997, ou seja, sua Autoridade Portuária é desempenhada pela Superintendência do Porto de Itajaí, uma autarquia municipal criada especificamente para esse fim. Aliado a isso,


globando, no raio de 600 quilômetros, as capitais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, além de importantes municípios desses quatro estados, que congregam praticamente a metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Característica que transforma o complexo em um centro concentrador e distribuidor de cargas.

Foto: Marcos Porto

tem o fato do complexo portuário contar com a Portonave S/A Terminal Portuário Navegantes, que é um dos mais modernos e operantes TUPs do Brasil e também estar instalado na foz do Rio Itajaí-Açu, distante poucos quilômetros das rodovias BR 101 e BR 470. A posição geográfica coloca o complexo portuário no centro da Região Sul, en-

Alto valor agregado O direcionamento pelos contêineres transformou o Complexo Portuário do Itajaí em uma das principais opções aos exportadores e importadores que operam em Santa Catarina e um dos principais complexos do Brasil, atrás apenas do Porto de Santos. Moderna infraestrutura e mão de obra qualificada são os adjetivos que o identificam e fazem dele uma opção não apenas para exportadores e importadores de Santa Catarina ou do Sul do Brasil, mas para clientes de 21 estados e Distrito Federal.

No Porto Público, que tem sua gestão delegada ao município desde 1997, a APM Terminals Itajaí, que é arrendatária do Terminal de Contêineres (Tecon), opera dois berços e responde por cerca de 20% na movimentação global de contêineres, enquanto o terminal de uso privado (TUP) Portonave S/A - Terminal Portuário Navegantes, na margem oposta, responde pelos 80% restantes. Têm ainda os terminais privados instalados a montante e movimentadores de carga geral e graneis líquidos.

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APMT anuncia três novos serviços na margem direita A APM Terminals Itajaí, empresa arrendatária do terminal de contêineres do Porto de Itajaí anunciou em fevereiro a reconquista de mais três serviços para a margem direita do Complexo Portuário do Itajaí. Segundo o superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten, esses serviços devem dobrar a movimentação da APM Terminals, ou seja, os 18 mil TEUs/mês que a APM operava até janeiro, devem chegar a 36 mil TEUs a partir de março. Para o município, o Imposto Sobre Serviço que a APMT recolhe, de R$ 2 milhões a R$ 4 milhões/ano. O primeiro serviço é do armador nacional Log In, que opera cabotagem na costa brasileira e transbordo de cargas provenientes da Argentina e Uruguai, ou seja, faz a distribuição das cargas oriundas do Mercosul que ficam concentradas em Itajaí.

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O segundo serviço é o Brazex - operado pelo armador CMA-CGM, Melfi, Maersk Line e Sealand – com destino ao Caribe, Colômbia, Jamaica e Estados Unidos. A expectativa da APMT é de que esse serviço escoe uma parcela significativa da produção catarinense, com ênfase para as carnes congeladas e madeira. O terceiro serviço que retornou a APMT é o Samwaf, ligando Itajaí à África. É operado pelos armadores CMA-CGM, NileDutch, Safmarine, MAresk Line, Hapag Lloyd e Hamburg Sud e deve movimentar cerca de mil contêineres – 2 mil TEUs – por escala. A expectativa de Arten é de que esses serviços, juntamente com a Linha Ásia, que retornou à APMT em outubro do ano passado, alavanquem as operações da empresa, que hoje representam uma fatia de pouco mais de 20%

da movimentação do complexo portuário. Os 80% restante continuam sendo movimentados pela Portonave, que operava os três serviços desde 2015. “Estas são conquistas muito importantes para nós, demonstrando que os consistentes padrões de produtividade e flexibilidade que a APM Terminals Itajaí oferece às linhas de navegação, combinados com um forte foco em clientes importadores e exportadores, são muito valorizados pelo mercado”, diz Arten. “É importante destacar que o nosso terminal, além de liderar o segmento de serviços agregados aos clientes finais em Santa Catarina, dispõe de uma condição única como porto: está localizado em Itajaí, que é a principal plataforma logística do Estado. Tudo isso faz a diferença quando o assunto é movimentação de contêineres”, completa.`

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Vantagens competitivas Para trazer essas rotas novamente a Itajaí a APMT ofereceu uma série de vantagens competitivas aos armadores, que segundo Arten, têm muito poder de barganha. Sem sombra de dúvidas, a redução nos preços foi o item com maior peso na negociação. Para chegar aos custos ideais aos armadores, a empresa e a Autoridade Portuária formalizaram um acordo com os trabalhadores avulsos, que reduziram custos em suas tarifas de movimentação. O vereador Robinson Coelho, que também é trabalhador portuário, não soube precisar o percentual de desconto, por se tratar de uma tabela progressiva, ou seja, quanto maiores os volumes movimentados, maiores os descontos, podendo chegar ao máximo em 10%. A alta produtividade por equipamento – de 38 a 40 movimentos/hora -, a vasta possibilidade de atracação nos berços operados pela empresa e a flexibilidade que a APMT tem hoje com seus clientes também contou muito na decisão dos armadores que retornaram à margem direita, acredita Arten.

Infraestrutura Com área total de 188,3 mil metros quadrados, sendo área primária de 83,22 mil m², área arrendada de 79,3 mil m² e um recinto alfandegado contíguo de 25,8 mil m², o porto de Itajaí tem a perspectiva de chegar a 301 mil m² de área em curto espaço de tempo, podendo atingir 417,55mil m² em médio e longo prazos, segundo o seu Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Conta com quatro berços de atracação que totalizam a área de 1,047 mil metros de extensão, sendo que um deles, o berço 4, está em obras de reforço e realinhamento, com o início de suas operações prevista para maio de 2018. Dos quatro berços, dois são operados pela APM

Terminals Itajaí, e os outros dois (berços 3 e 4), são operados por operadores pré-qualificados, para posteriormente entrarem no programa e arrendamento do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC). O Porto Público e seu arrendatário operam com dois portêineres, scanner para contêineres, mais guindastes de terra mobile harbour crane (MHC), empilhadeiras reach stacker, entre outros equipamentos. No entanto, a APM Terminals espera a decisão do governo no sentido de estender seu contrato de arrendamento, para investir mais aproximadamente R$ 400 milhões em equipamentos e expansão de áreas.

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Portonave é o segundo maior do Brasil na movimentação de contêineres Também na foz do Rio Itajaí-Açu e integrante do Complexo Portuário, está o TUP Portonave S/A - Terminal Portuário Navegantes. Com 11 anos de mercado, a empresa responde por cerca de 80% de toda a movimentação do Porto Organizado de Itajaí, que hoje é o segundo terminal brasileiro que mais movimenta cargas conteinerizadas. Também foi o primeiro terminal de uso privado (TUP) em operação no Brasil A empresa atua no escoamento da produção das regiões Sul, Sudeste e Cen-

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tro-Oeste do Brasil e de outros países da América do Sul e no recebimento de cargas de todo o mundo. Conta com um importante diferencial competitivo – que é uma câmara frigorífica totalmente automatizada e capacidade estática de 16 mil posições pallets e antecâmara, que totalizam 50 mil metros quadrados de área para armazenagem de cargas congeladas e frigorificadas - na sua área primária e é reconhecida internacionalmente pela qualidade na prestação de serviços e pela alta produtividade.

Vantagem competitiva que garantiu à Portonave operar 915 mil TEUs no ano passado, do total de 1,12 milhão de TEUs operados por todo o Complexo Portuário. O superintendente administrativo-financeiro da Portonave, Osmari Castilho Ribas, credita o bom desempenho ao comprometimento do quadro funcional do terminal e aos investimentos realizados pela empresa em infraestrutura. A receita de sucesso da Portonave, segundo seu gestor, está no planejamento a longo prazo.


Dez anos e liderança absoluta no mercado estadual

Infraestrutura

A Portonave completou seu décimo aniversário em setembro do ano passado e já é líder no mercado catarinense, com mais de 5,3 mil navios atracados, 6 milhões de TEUs movimentados e market share de 54%. No ranking brasileiro, ocupa a segunda posição. Opera com uma área de 400 mil metros quadrados e um cais de 900 metros, com seis guindastes portêineres, 18 RTGs e capacidade estática para 30 mil TEUs em sua área de armazenagem. “Quando demos início ao projeto da Portonave, tínhamos o plano de duplicar. O plano de expansão andou um pouco. Conseguimos concluir nossa expansão em 2015 e com maior capacidade operacional, conseguimos atrair mais cargas.”, acrescenta Castilho. Desde então o terminal detém o recorde sul-americano de produtividade, com 270 movimentos por hora (mph), ante 115 mph em 2015 e 78,4 mph em 2014. A empresa gera hoje 1,1 mil empregos diretos e absorve a mão de obra de mais, aproximadamente 300 trabalhadores terceirizados, o que impacta na geração de mais de 6 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Responde também pela arrecadação de 50% do Imposto Sobre Serviço (ISS) gerado em Navegantes. Tem ainda o Instituto Portonave de Responsabilidade Social, uma associação sem fins lucrativos criada para desenvolver e apoiar programas e projetos de responsabilidade social.

Foto: Divulgação

O TUP Portonave conta atualmente com a área total de 400 mil metros quadrados, sendo 360 mil m² de área alfandegada dividida em três berços de atracação em um cais linear de 900 metros, com capacidade estática de armazenagem de 30 mil TEUs. Disponibiliza 2,13 mil tomadas reefer e câmara frigorífica automatizada com 16 mil posições/pallets para cargas congeladas e frigorificadas Opera com seis portêineres post panamax, 18 transtêineres, 40 terminal tractors, além de empilhadeiras reach staker, semirreboques e empilhadeiras para vazios e scanner para contêineres.

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Foto: Marco Canto/PMN

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Impacto econômico e social Segundo estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Município saltou de R$ 494,807 milhões, em 2006, um ano antes do da Portonave iniciar suas operações, para R$ 709,25 milhões, em 2008. Valor que vem crescendo gradativamente e chegou a R$ 1,488 bilhão em 2012, último dado oficial do IBGE. O maior cresceu verificado em Santa Catarina no período, segundo o instituto. A estimativa é de que o indicador mantenha sua linha crescente. As receitas do município de Navegantes cresceram 370% de 2007, quando a Portonave começou a operar, passan-

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do de R$ 44,81 milhões para R$ 210,71 milhões, em 2016, segundo o Portal de Transparência da Prefeitura de Navegantes. Só o retorno do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do município passou de R$ 7,196 milhões, em 2007, para R$ 29,164 milhões em 2015, chegando a mais de R$ 30 milhões em 2016. Por outro lado os valores recolhidos pela Portonave referentes ao Imposto Sobre Serviços passaram de R$ 1,7 milhão, em 2009, para R$ 10,6 milhões, em 2016. Para se ter uma ideia da importância da empresa para Navegantes, a Portonave repassou, no primeiro quadrimestre

de 2017, cerca de R$ 3,6 milhões em ISS para a prefeitura, o que representou 49,6% do total arrecadado pelo órgão público no período. Na classificação com base no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – que é um estudo que acompanha anualmente o desenvolvimento socioeconômico de todos os mais de cinco mil municípios brasileiros nas áreas de emprego e renda, educação e saúde, com base em estatísticas públicas oficiais disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde – Navegantes passou de 60ª posição, em 2008, para a 5ª posição, em 2013, que e o último dado divulgado.


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Trocadeiro Portos e Logística

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O Complexo Portuário do Itajaí conta também com outros terminais privados instalados a montante do porto e com direcionamento para cargas específicas. O Terminal Portuário Braskarne, localizado a oito quilômetros da foz do Rio Itajaí-Açú em área contígua ao porto público, trabalha com cargas frigorificadas, armazém seco para importação, terminal de contêineres refrigerados e secos. Ainda na margem direita, a 3,5 quilômetros do trevo das rodovias BR-101 e Jorge Lacerda, a Poly Terminais adquiriu os ativos da Dow Química e começou a operar em 2008 com carga geral, granéis líquidos e contêineres. O Teporti – Terminal Portuário de Itajaí também começou a operar em 2008 e conta com 53 mil metros quadrados de área. Opera contêineres dry e reefer, além de carga geral. Já em 2006 a empresa Trocadeiro Portos e Logística iniciou suas operações. O último a ingressar no mercado, em 2017, foi o terminal Barra do Rio, com direcionamento para a carga geral.

Credito: Divulgação

Terminais a montante

Teporti – Terminal Portuário de Itajaí

Terminal Barra do Rio

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Credito: Divulgação

Poly Terminais

Terminal Portuário Braskarne

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Investimentos melhoram as condições operacionais do complexo

Foto: Crédito: Luciano Sens

A primeira etapa das obras da Bacia de Evolução possibilitará operações com navios de até 335 metros de comprimento e 48 metros de boca recebe investimento de aproximadamente R$ 130 milhões e deve ficar pronta ainda no primeiro semestre de 2018.

Obras da nova bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí

Investimentos de mais de meio bilhão de reais em obras de infraestrutura terrestre e aquaviária nos últimos anos devem aumentar a competitividade do Complexo Portuário do Itajaí. Trata-se das obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4, da primeira e segunda fase dos novos acessos aquaviários dos serviços de dragagem de restabelecimentos das cotas de 14 metros DHN e 14,5 metros DHN, que recebem investimentos dos governos estadual e federal. A mais importante das obras está com sua primeira etapa sendo executada pela Construtora Triunfo e custeada pelo governo de Santa Catarina, que são os novos acessos aquaviários. Esta fase está orçada em cerca de R$ 130 mil incluindo os aditivos necessários para

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sua conclusão – e inclui a construção de uma bacia de manobras com 480 metros de diâmetro, que vai possibilitar operações com navios de até 336 metros de comprimento, com 48 de boca. Hoje o complexo está limitado a operar navios de 306 metros, o que faz com que o porto de Itajaí e demais terminais percam mercado com o constante aumento no tamanho dos navios que trafegam na costa brasileira. A segunda etapa das obras, estimada em mais cerca de R$ 208 milhões, vai garantir ao complexo uma bacia de 530 metros de diâmetro e capacidade para operar navios de até 366 metros de comprimento e 51 metros de boca. Essa etapa também prevê a realocação do molhe norte, possibilitando que

o canal de acesso fique com a largura de 220 metros. A obra ainda vai minimizar o impacto das enchentes da Bacia Hidrográfica do Itajaí, uma vez que o alargamento e aprofundamento da foz proporcionará o aumento na vazão do rio. No entanto, seu início depende de recursos da União, sem previsão de liberação. As obras do berço 3 foram concluídas no final do ano passado, assim como a dragagem de restabelecimento das profundidades dos canais de acesso e bacia de evolução possibilitaram que navios operem maiores volumes de cargas no Porto Público e terminais do complexo. Já o berço 4 deverá estar concluído até o final de maio e voltar a operar ainda no primeiro semestre.


Gestão municipal foi o diferencial porto de Itajaí saltasse da 7ª posição no ranking nacional, em 1995, para a segunda posição hoje, atrás apenas do porto de Santos. As operações avançaram mais de 1.500%. Com relação a participação na corrente de comércio brasileira, as operações cresceram 683,8%. Isso fez com que a participação do porto de Itajaí passasse de 1,62% para 3,62%, ou seja, aumentou dois pontos percentuais. Na corrente de comércio catarinense, ampliou sua fatia de 44,7%, em 1995, para 88,5%, em 2016. Já a produtividade do porto de Itajaí passou de oito movimentos por navio/hora, em 1995, para a média de 116 movimentos/navio/hora na Portonave e 55 movimentos/navio/ hora na APM Terminals Itajaí, em 2017.

Foto: Marcos Porto

A gestão do porto pelo Município de Itajaí teve início no ano de 1995 com a delegação provisória, vindo posteriormente a ser delegada pelo prazo de 25 anos, renovável por igual período, em dezembro de 1997. Decorrido 22 anos dessa parceria, o porto de Itajaí conquistou expressivos índices de crescimento: ampliou em 173,37% suas áreas adquiridas com receita própria, ampliou sua área de acostagem, com a adição de 300 metros de berços e de aproximadamente 50 mil metros quadrados à área primária, com recursos da iniciativa privada. Com relação a movimentação, foi a delegação da gestão ao Município que alavancou as operações com cargas conteinerizadas, fazendo com que o

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Porto seco é um diferencial competitivo A empresa iniciou suas atividades em Itajaí no ano de 1984 e, em 1996, obteve a autorização da primeira Estação Aduaneira do Interior (EADI). Em 2007 passou a operar como Porto Seco e desde 2013 atua como Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (CLIA)

Foto: Divulgação

Com sua matriz em Itajaí, a poucos quilômetros do Porto Público e Portonave S/A - Terminal Portuário Navegantes, a Multilog é considerada o maior recinto alfandegado da América Latina. Está presente nos três estados do Sul e São Paulo e coloca à disposição de seus clientes uma infraestrutura em serviços completa. São 19 unidades de negócios que ga-

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rantem à empresa itajaiense o status de ser uma das mais completas estruturas de serviços aduaneiros do País, com mais de 1,5 milhão de metros quadrados de área alfandegada, distribuídos em 13 cidades de quatro estados brasileiros. Sua estrutura contempla sete CLIAs, seis portos secos, seis centros de distribuição (CDs) e gera 1,5 mil empregos diretos.


Complexo de São Francisco do Sul ultrapassa os limites do município Administrado pelo governo de Santa Catarina, o porto de São Francisco do Sul opera carga geral e graneis na área pública e conta ainda com o TUP Porto Itapoá, na cidade homônima crescimento significativo, de 25%. “Além da retomada da economia, os números positivos do último ano nos provam que trabalhamos da maneira correta. Estamos otimistas para 2018 e acreditamos que será um ano ainda melhor”, diz o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Luís Henrique Furtado. Entre os destaques do ano, a exportação de milho em grãos cresceu 71%, de celulose 36% e de soja em grãos 18%. Já na importação, destaque para o trigo, que aumentou 225% e vergalhões de aço, 153%. O porto dispõe de aproximadamente de 10 mil metros quadrados em armazéns cobertos, além de completo e eficiente corredor de exportações dotado de áreas para armazenagem de graneis líquidos e sólidos, que são operadas em parceria com a Companhia Inte-

grada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), além de mais cerca de 100 mil metros quadrados de pátios para armazenagem de cargas a céu aberto. Essas áreas externas, aliadas ao fato do porto operar em uma baía ampla, com condição marítima favorável e características naturais passíveis de utilização para instalações portuárias, o que vai ao encontro de uma tendência mundial - que é a de receber navios maiores, mais largos e mais fundos - são vistas pelo mercado como um importante diferencial competitivo. O porto de São Francisco do Sul conta ainda com o acesso rodoviário direto pela BR 280 e ligação ferroviária direta. Ainda pouco explorada, a linha representa um grande potencial que poderá ser utilizada para ampliar a fronteira e a área de influência do porto.

Foto: Divulgação

No Norte de Santa Catarina opera o porto de São Francisco do Sul, que engloba ainda o TUP Porto de Itapoá. O complexo portuário está hoje entre os dez principais do País e é o segundo em movimentação de carga geral não conteinerizada. Os graneis, a exemplo da soja, milho e fertilizantes, e carga geral - produtos siderúrgicos, madeira e celulose - foram os principais itens operados. O porto de São Francisco do Sul ainda superou suas expectativas e encerrou 2017 com um avanço de 17% na movimentação de cargas. Passaram pelo complexo – incluindo o Porto Itapoá – cerca de US$ 7,04 bilhões, sendo US$ 2,18 bilhões em cargas de exportação e US$ 4,86 bilhões em importações. Em volume, ao todo, foram movimentadas 12,19 milhões de toneladas de mercadorias. A exportação também teve um

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Estado prevê investimentos de mais de R$ 150 milhões O governo de Santa Catarina planeja investir mais de R$ 150 milhões no porto de São Francisco do Sul nos próximos cinco anos. Esses investimentos compreendem obras, melhorias em berços de atração, iluminação e pavimentação. A primeira das obras previstas é a construção do novo portão de acesso (gate-in) ao porto, que está na fase de licitação. O custo está orçado em R$ 4,7 milhões e vai permitir dobrar a capacidade de acesso ao terminal portuário. Atualmente, o porto possui um acesso com duas balanças. O novo portão terá mais três balanças rodoviárias eletrô-

nicas que vão agilizar as operações do porto. O prazo para a execução da obra é de nove meses. “Outro gate não é simplesmente outro portão, é outro acesso. Hoje nós temos um acesso com duas balanças e a partir da conclusão dessa obra vamos ter mais uma entrada com três balanças, ou seja, cinco balanças. Vai mais do que duplicar nossa capacidade de operação. É uma nova era para o Porto”, explica o diretor presidente do SCPar Porto de São Francisco do Sul. Ainda está prevista a implantação de oito torres de iluminação e a troca de

todo o sistema elétrico no pátio externo, obra com 5% já executada e investimento previsto de R$ 9,7 milhões, mais o aterro do Berço 201, com o aporte financeiro de R$ 8 milhões. A atual área alagada está localizada dentro do pátio de circulação de mercadorias e depois da obra executada, será possível ampliar a operação no local. Além destas, outras obras estão programadas para adequar as infraestruturas terrestre e aquaviária do porto para os próximos anos, com dragagens, reforço de berços e aquisição de equipamentos.

Infraestrutura O Porto de São Francisco do Sul conta atualmente com a área total de 200 mil metros quadrados, dispõe de 10 m² de armazéns cobertos e cerca de 100 mil m² de pátio para armazenagem de cargas a céu aberto. A área de 43,6 mil m² é arrendada à empresa Terminal Santa Catarina S/A (TESC) e a Cidasc opera completa estrutura de silos para graneis líquidos e sólidos. Conta com sete berços de atracação.

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Salto de modernidade garante bom desempenho do TUP Porto Itapoá O terminal de uso privado (TUP) Porto Itapoá iniciou suas operações em junho de 2011 e hoje ocupa a sexta posição no ranking nacional de movimentação de contêineres

em 2016, para 192 mil TEUs, em 2017. “Os resultados já havia sido sinalizados pelo mercado em novembro de 2017, quando se observou em Itapoá um salto na participação do mercado de movimentação de contêineres em SC de 30,8% (outubro/2017) para 35,3% (novembro/2017)”, explica o diretor Comercial do Porto Itapoá, Roberto Pandolfo. Segundo o diretor, esta participação veio em ritmo progressivo e gradual mês a mês, consolidada de forma expressiva no final do ano, quando se confirmou que a cada três contêine-

res movimentados em Santa Catarina um passava pelo Porto Itapoá. Quando se contempla ainda o estado do Paraná, a participação, que era de 20,7% (outubro/2017) passa a ser de 23,3% (novembro/2017), quase um quarto da movimentação dos dois estados. “Os resultados são o reflexo do trabalho desenvolvido pelos colaboradores do Porto Itapoá ao longo desses seis anos de operação, em contato direto com nossos clientes”, complementa Pandolfo. A previsão para 2018 é que o Porto movimente 750 mil TEUs, um avanço de 22% em relação ao ano passado.

Foto: Divulgação

O ano de 2017 foi bastante positivo para o Porto Itapoá, que registrou um avanço de 10% em sua movimentação total, em comparação a 2016. O índice engloba exportações, importações, cabotagem, transbordos e movimentação de contêineres vazios. Ao longo dos 12 meses do ano passado foram movimentados no terminal 612 mil TEUs, ante os 558 mil TEUs registrados em 2016. Isoladamente, as importações saltaram de 116 mil TEUs para 145 mil TEUs, um incremento de 25%. As exportações, por sua vez, registraram aumento de 10,34%, passando de 174 mil TEUs,

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TUP investe em ampliação e modernização O Porto Itapoá iniciou suas operações em junho de 2011 com uma infraestrutura capaz de movimentar 500 mil TEUs por ano. Desde 2013, esta capacidade vem sendo superada e, para atender à demanda cada vez maior do mercado, o terminal deu início ao seu processo de ampliação naquele mesmo ano. As obras tiveram início depois da obtenção de todas as licenças, em outubro de 2016.

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Em dezembro passado, foi concluída uma fase importante da primeira etapa dessa ampliação, com a finalização da obra de engenharia de uma área de 60 mil metros quadrados, que será acrescida ao seu pátio de manobras. Até maio, outros 40 mil metros quadrados serão acrescidos ao pátio, que passará a ter 210 mil metros quadrados. Também para maio está prevista a conclusão da obra de ex-

tensão do píer de atracação, que passará dos atuais 630 metros para 800 metros. Com essas obras, que estão sob a responsabilidade da construtora Piacentini Tecenge do Brasil (Piatec), estará concluída a primeira etapa do projeto de expansão, permitindo ao terminal aumentar a sua capacidade de movimentação para 1,2 milhão de TEUs/ano, o que acontece ainda em 2018.


Localização estratégica Infraestrutura

Foto: Divulgação

Com ligação direta à BR 101, possui uma área de 12 milhões de metros quadrados, definida pelo Plano Diretor do Município para receber empreendimentos complementares. Tem atualmente a área de 146 mil m² de pátios operacionais e dois berços de atracação que totalizam 630 metros lineares. Até maio, outros 40 mil metros quadrados serão acrescidos ao pátio, que passará a ter 210 mil metros quadrados. Também para maio está prevista a conclusão da obra de extensão do píer de atracação, que passará dos atuais 630 metros para 800 metros. Opera com seis portêineres post panamax, 17 transtêineres, 26 terminal tractors além de empilhadeiras, balanças rodoviárias de última geração em seus gates e scanner para contêineres.

O TUP Porto Itapoá está estrategicamente localizado entre os estados do Paraná e Santa Catarina e a meio caminho das duas maiores áreas metropolitanas da região. Joinville, a maior e mais industrializada cidade de Santa Catarina, fica a 80 quilômetros a sudoeste de Curitiba, capital e a maior cidade do Paraná. A região também abriga inúmeras atividades como a extração de madeira, indústria de papel, fábricas de automóveis, produtos da linha branca, têxtil e metal mecânico. O TUP é administrado por dois sócios: a Portinvest Participações S/A. e a Aliança Administração de Imóveis e Participações Ltda. A Portinvest detém 70% do controle acionário do Porto Itapoá e é formada por dois sócios, o Grupo Battistella e a LOG-Z - Logística Brasil S/A. A Aliança Administração de Imóveis e Participações Ltda., que tem o controle de 30% do Terminal, é ligada a empresa de navegação Aliança Navegação e Logística que, por sua vez, faz parte do Grupo Hamburg Süd/APM Group.

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INFRAESTRUTURA

Matriz de transportes necessita de mais R$ 5,1 bi em SC E ção que o estado dá ao desenvolvimento do país. “Sabemos que o transporte é fator essencial para a melhoria da competitividade de todos os atores do sistema produtivo de qualquer atividade. Os custos logísticos representam uma parcela importante do custo da indústria. Por falta de recursos há uma inibição grande da diversificação da nossa matriz de transporte”, avalia Côrte. Em Santa Catarina, o modal rodoviário responde por 68,7% da matriz de transporte, seguido por aquaviário (18,6%), ferroviário (9,7%), dutoviário (2,9%) e aeroviário (0,1%). “A diversificação é importante para a economia desconcentrada que temos em Santa Catarina, bem distribuída, com indústria em todo o estado e o escoamento de sua produção necessita de uma diversificação maior do que temos atualmente”, diz Côrte, lembrando que o governo estadual, por exemplo, tem

FOTO: Autopista Litoral Sul/Divulgação

mbora o estado apresente condições superiores à grande maioria das demais unidades da Federação, Santa Catarina demanda ainda, por ano, até 2021, investimento de R$ 5,1 bilhões, entre recursos federais e estaduais, para manter e ampliar a infraestrutura de transporte nos modais rodoviário (R$ 2,85 bilhões), ferroviário (R$ 1,8 bilhão), aeroviário (R$ 95,5 milhões) e aquaviário (R$ 342,6 milhões), segundo o estudo Agenda Estratégica da Indústria para a Infraestrutura de Transporte e a Logística Catarinense, elaborado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Segundo o presidente da entidade, Glauco José Côrte, as demandas são grandes e o estado terá que fazer um esforço, nos próximos anos, maior do que tem feito até agora para melhorar a infraestrutura de transporte, colocando-a em condições compatíveis com a força da economia e a contribui-

As rodovias respondem pela maior parte da matriz de transporte de Santa Catarina.

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feito um grande esforço, com investimento de cerca de R$ 5 bilhões nas estradas estaduais. “Mas é claramente insuficiente para as necessidades que temos de ampliação e manutenção das rodovias. Analisamos quase 2,5 mil quilômetros (trechos estaduais) e grande parte disso, que é um patrimônio de Santa Catarina, está também em condições precárias, precisa de mais investimentos”, completa. Para o presidente da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, as dificuldades dos investimentos por parte dos governos estadual e federal, podem ser compensadas pelas concessões ou parcerias público-privadas. Aguiar também defende um planejamento integrado, a realização de um estudo de viabilidade de um sistema intermodal para Santa Catarina, considerando a infraestrutura atual, os projetos ferroviários, a expansão da infraestrutura a cabotagem.

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Aguiar destaca ainda a importância de se atualizar o Plano Aeroviário Catarinense – o atual é de 1991 – e definir uma política estadual para o transporte aéreo de cargas e passageiros. No caso das ferrovias, é necessária a conclusão dos contornos de Joinville, São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul, além da conclusão dos projetos para as ferrovias Litorânea e Leste-Oeste. Conforme o trabalho da Fiesc, para ampliar a capacidade das estradas e para realizar as manutenções de rotina são necessários R$ R$ 2,85 bilhões por ano, até 2021, sendo R$ 1,55 bilhão nos trechos federais e R$ 1,3 bilhão nos estaduais. Den-

tre as propostas que a instituição faz para o segmento rodoviário estão a garantia de investimentos no Programa de Conservação, Restauração e Manutenção das rodovias (CREMA, do governo federal) para as BRs 470, 282, 153, 158 e 163. Além disso, a instituição defende recursos para duplicação e pavimentação das BRs 470, 280 e 285. Para a Fiesc, com relação a BR 282, há necessidade de realizar um estudo para a logística da cadeia de suprimento e distribuição da indústria do Oeste catarinense, com eixos de suprimentos e distribuição, alternativas de suprimento de grãos e armazenagem.

Aeroportos necessitam de investimentos

FOTO: Infraero/Divulgação

O sistema aeroviário de Santa Catarina conta com uma rede de aeroportos distribuídos por todas as regiões e movimentou cerca de7 milhões de passageiros em 2017. Os números são da Infraero e das prefeituras de municípios que têm aeroportos em operação. Desse volume, mais de 5 milhões de passageiros utilizaram os aeroportos de Florianópolis e Navegantes, que são administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O número de passageiro tem aumentado ano a ano e a malha aérea catarinense não cresce na mesma proporção. O maior do estado, e também mais importante, é o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, na Capital. Embora o local opere ainda com grandes deficiências, os problemas hoje enfrentados tendem desaparecer em curto espaço de tempo. A Floripa Airport, empresa do grupo suíço Zurich Airport, assumiu integralmente sua gestão no início deste ano e se comprometeu a fazer melhorias no atual terminal e construir um novo aeroporto até outubro de 2019, com investimentos acima dos R$ 500 milhões. A concessão vai até 2047.

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O projeto prevê um terminal quatro vezes maior, de 41 mil metros quadrados, e 10 fingers, que são pontes de embarque. A capacidade passará dos atuais 2 milhões para 8 milhões de passageiros ano, segundo a Floripa Airport. Problemas semelhantes são enfrentados pelos usuários do Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder, de Navegantes, que embora movimente anualmente mais de 1,5 milhão de passageiros, não apresenta a menor infraestrutura. O local necessita de um novo terminal de passageiros, ampliação imediata da sua pista de pousos e decolagens, do seu terminal de cargas, e também de investimentos em equipamentos. A realidade do aeroporto de Joinville, na região mais industrializada do estado, não é diferente. Para minimizar os problemas dos dois aeroportos, a Infraero licitou a concessão dos terminais de carga (Teca) dos aeroportos de Joinville e Navegantes. A concessão dos espaços prevê a exploração comercial do complexo e operação das atividades de armazenagem e movimentação de cargas por 25 anos, com preço mínimo mensal de R$ 600 mil para Navegantes e R$ 352,5 mil para Joinville, e

FOTO: Agência Alesc/Divulgação

INFRAESTRUTURA

O presidente da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar sugere as concessões ou parcerias público-privadas para resolver o problema das falta de investimentos públicos.

lance inicial de R$ 500 mil para ambos os Tecas. O valor total de investimentos gira em torno de R$ 22,9 milhões em cada empreendimento. Os editais preveem que as concessionárias iniciem a administração dos atuais Tecas e que também construam novas e modernas estruturas para compor os complexos logísticos. A concessão das áreas também busca aliar a expertise da estatal com as vencedoras dos leilões para a ampliação do portfólio de clientes. A iniciativa faz parte do novo posicionamento estratégico da Infraero, que prevê a exploração comercial dos complexos logísticos situados nos aeroportos que administra. Até o fechamento desta edição não haviam sido divulgadas as empresas concessionárias pela Infraero. Além destes aeroportos, as outros terminais aéreos catarinenses recebem investimentos para eliminar os gargalos. O aeroporto de Chapecó é um deles. Teve o edital para ampliação de seu terminal de passageiros lançado pelo governo do estado em fevereiro deste ano.


Malha ferroviária inexiste em Santa Catarina A malha ferroviária catarinense é hoje muito pequena se comparada à demanda do estado. A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) estima que SC esteja com a malha ferroviária atrasada em, pelo menos, 30 anos. Existem projetos, no entanto, faltam investimentos e, principalmente, vontade política. A Secretaria de Estado da Infraestrutura desenvolveu há mais de uma década o “Estudo de Viabilidade do Sistema Ferroviário no Estado de Santa Catarina”, o qual propõe duas novas ferrovias: Ferrovia Litorânea e Ferrovia Leste-Oeste. O estudo da Ferrovia Litorânea indica um caminho que ligaria Imbituba a Araquari, e conectaria as ferrovias ALL e FTC, além dos três portos catarinenses. Esta ferrovia faria a integração com a Ferrovia Tereza Cristina, no sul do estado, que tem 164 quilômetros e está isolada. Nela, carvão e contêineres são as principais cargas. Por sua vez, a Ferrovia Leste-Oeste prevê a ligação entre as cidades de Itajaí e Chapecó, conectando à ALL em Ponte Alta, no Planalto Serrano e

em Herval d’Oeste, no Vale do Rio do Peixe. Segundo a Fiesc, a implementação do novo traçado seria crucial ao escoamento de grãos e também da produção da agroindústria, do Oeste para os portos – Itajaí, São Francisco do Sul e Imbituba.

“Defendemos a implantação urgente dessa ferrovia, porque além de alimentar insumos na nossa indústria, ela pode ser um elemento importante da exportação dos produtos catarinenses”, diz Mário Cezar de Aguiar.

Portos ainda necessitam de investimentos Embora os portos catarinenses estejam a frente da maioria dos portos brasileiros e estejam recebendo constantes investimentos, ainda há necessidade de melhorias na sua infraestrutura. O Complexo Portuário do Itajaí, que engloba o porto público e APM Terminals Itajaí, Portonave S/A Terminal Portuário Navegantes e terminais a montante é o que mais necessita de recursos em infraestrutura aquaviária. O governo do estado está finalizando neste ano a primeira etapa das obras dos novos acessos aquaviários, o que possibilitará operações com navios de até 336 metros de comprimento, com a construção de uma nova bacia devolução e alargamento dos canais de acesso. Hoje o limite operacional do complexo é de 306 metros. Só que navios de 366 metros já trafegam na costa brasileira e o complexo precisa estar adequado a essa nova realidade. O aporte necessário gira em torno de R$ 210 milhões e está a cargo do governo federal, que não tem previsão de licitar a obra.

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SUSTENTABILIDADE

A onda econômica e sustentável dos contêineres reutilizáveis

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undada em Itajaí no ano de 2016, a Porto Container é uma empresa que revende e reutiliza contêineres provenientes de diversos portos brasileiros. Ela traz à empresa os contêineres descartados, que possivelmente enferrujariam e seriam despejados em outros lugares, e os reforma completamente, transformando o contêiner seminovo em casas, lojas, lanchonetes, pet shops, escolas e outros comércios e tipos de moradias que se possa imaginar. A Porto também possui contêineres “crus” armazenados em diversos estados do país, para utilização própria, mas também para que os clientes nacionais e internacionais que desejarem obtê-los, tenham fácil acesso,independentemente do local em que se encontram. Essa tendência, de revenda de contêineres reformados, ganhou força na região do Vale do Itajaí, principalmente após a abertura da empresa, que tem na sua carteira de clientes empresas como Petrobras, Colégio Salesiano, Unimed e WEG. O interesse desses clientes em empreender seus negócios, formar parcerias em franquias em restaurantes, ou laboratório de clínicas, como a Unimed; chama a atenção da população ao observar um contêiner, literalmente, onde poderia estar construída uma estrutura de alvenaria. “Os nossos clientes fazem uma publicidade indireta da nossa empresa, pois as pessoas ficam fascinadas em jantar ou serem atendidas em um contêiner, algo totalmente inusitado. Isso os instiga a buscar outros locais que ofereçam a mesma estrutura, além de entrar em contato com a empresa com interesse em construir repartições de uma mesma firma com o uso de contêineres”, afirma Max Tertuliano, gerente comercial. Hoje a Porto Container atende mensal-

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mente aproximados 200 clientes, nacionais e internacionais, que procuram a empresa na maioria das vezes para produção de escritórios. Mas as moradias também são destaque. A praticidade e rapidez na montagem também é outro fator que contribui para esse nicho de mercado. Uma casa container, por exemplo, demora em média 30 a 90 dias para ficar pronta, com sala, cozinha, banheiro, quarto, todos os cômodos que uma casa normalmente tem. Claramente que o tamanho desejado também influencia na data de entrega. Para se fazer um comparativo, Max exemplifica com uma situação corriqueira das casas de alvenaria, que são as reformas. “Por vezes reformar parte de uma residência pode levar meses para a finalização, fora as surpresas no valor cobrado, pois é necessário levar em conta a disponibilidade do pedreiro. Aqui entregamos uma edificação nestes prazos, além do cliente ter a garantia de receber a edificação no valor contratado”, diz. Uma dúvida que geralmente se tem é

com relação a temperatura e umidade de um contêiner. O gerente explica que a empresa faz toda a estrutura de isolamento térmico, com materiais selecionados, que mantém a temperatura no ambiente e traz conforto ao morador e empresário. A pintura, engessamento no teto, colocação de madeira naval como piso, a parte elétrica e hidráulica também é toda desenvolvida pela empresa. Caso o cliente não queira que as “paredes” do contêiner fiquem expostas, a empresa se responsabiliza em utilizar o drywall, que é uma placa de gesso que imita o “reboco” e constrói a parede lisa, igual alvenaria, o que proporciona a sensação de uma casa feita com tijolos e cimento. A questão ambiental é fundamental quando se fala de contêineres. O trabalho realizado pela Porto Container é minucioso. Max afirma que a durabilidade do “contêiner sustentável” é de 90 a 120 anos, muito maior que as casas feitas de madeira ou alvenaria, pois estas casas precisam de reformas constantes devido a ação do clima e tempo sobre o material.


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GRUPO NELSON HEUSI

O equilíbrio entre Tradição e Vanguarda no comércio exterior

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o mercado de comércio exterior há 85 anos, o grupo Nelson Heusi é a mais tradicional empresa da área em Santa Catarina. Iniciou suas operações em 1933, alavancadas pela necessidade de importações de insumos e matérias primas para a indústria têxtil, como comissária de despachos, tendo à frente o visionário Nelson Seara Heusi. Hoje disponibiliza soluções completas de Supply Chain para sua vasta carteira de clientes. Sua estrutura também cresceu: Atualmente possuí 14 escritórios próprios em todo o país, instalados nos principais centros de negócios relacionados ao comércio exterior. São mais de 280 colaboradores diretos em todo o Brasil. Os números são bastante expressivos, mais de 25 mil contêineres liberados por mês dentro de um universo de 7 mil processos mensais. “Na época da fundação éramos poucos os despachantes aduaneiros no mercado. Diante disso, a empresa se manteve como comissária de despachos por duas gerações, vindo posteriormente a ampliar o leque dos serviços disponibilizados, criando assim o Grupo Nelson Heusi”, conta o presidente do Grupo. O grupo atua com outsourcing (BPO), frete nacional e internacional, armazéns ge-

Projetos Entre os projetos do Grupo Nelson Heusi para 2018 está a abertura de uma unidade em Manaus. A empresa já atua no Nordeste, Centro-Oeste e Sul com escritórios próprios e agora busca se inserir no promissor mercado do Norte, aquecido pelas operações da Zona Franca. “Manaus é um grande polo econômico onde não temos ainda escritório próprio e, ao ingressarmos lá, vislumbramos excelentes perspectivas”, complementa Nelson Heusi.

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rais e liberação aduaneira. “Evoluímos de um despachante aduaneiro, há 85 anos, para um grupo especializado em soluções logísticas completas”, acrescenta. Nelson Heusi salienta que o foco voltado para entender e suprir as necessidades dos clientes ajudou a impulsionar o crescimento do Grupo Nelson Heusi. “Entender profundamente os detalhes

operacionais de cada cliente e trazer novas idéias que visam a redução de tempo e custos, são a nossa diretriz. Desta forma nosso cliente pode focar suas energias em seu core business e prosperar. Com este modelo o crescimento virá para todos os componentes de sua cadeia logística de forma orgânica.” Finaliza Nelson Heusi.


The balance between Tradition and Vanguard in foreign trade

Diferencial O modelo de atendimento voltado ao nível de satisfação do cliente e buscando operações de alta performance, é visto como um dos pontos fortes da empresa. “Trata-se de um modelo onde o desenho da equipe de atendimento é personalizado de acordo com a necessidade e característica operacional de cada cliente, com soluções individuais desenvolvidas internamente” conta Nelson Heusi. Solução que garante a eficiência dos procedimento e a satisfação do cliente.

In the foreign trade market for 85 years, the Nelson Heusi Group is the most traditional company in the field in Santa Catarina. It began its operations in 1933, leveraged by the need to import inputs and raw materials for the textile industry, as commissioner of dispatches, with the visionary Nelson Seara Heusi in charge. Today it provides complete Supply Chain solutions to its vast customer base. Its structure has also grown: It currently owns 14 offices throughout the country, located in the main business centers related to foreign trade. There are more than 280 direct employees throughout Brazil. The numbers are quite expressive, more than 25 thousand containers released per month within a universe of 7 thousand monthly processes. "At the time of the foundation we were few customs brokers on the market. Facing this situation, the company remained as a commissioner of dispatches for two generations, later expanding the range of available services, thus creating the Nelson Heusi Group ", says the Group's president. The group acts with outsourcing (BPO), national and international freight, general warehouses and customs clearance. "We evolved from a customs broker, 85 years ago, to a group specialized in complete logistics solutions," he adds. Nelson Heusi points out that the focus on understanding and meeting customer needs has helped to boost the growth of the Nelson Heusi Group. "Understand deeply the operational details of each client and bring new ideas that aim at the reduction of time and costs, are our guidelines. Thus, our client can focus their energies on their core business and thrive. This model will bring growth to all components of their logistics chain in an organic way. "Nelson Heusi finishes.

Differential

The service standard aims customer satisfaction and seeks high performance operations, which is seen as one of the strengths of the company. "It is a pattern where the design of the customer service team is customized according to the need and operational characteristic of each client, with individual solutions developed

internally," says Nelson Heusi. Solutions that ensure procedural efficiency and customer satisfaction.

Tradition

The Nelson Heusi Group tradition surpasses the borders of Itajaí and Santa Catarina. In these 85 years of operation, the company has formed a wide portfolio of clients, also very traditional in the environment where they are inserted, which accumulates decades of partnership. An example of this is that the first customer of the group remains until today. Family owned yet professional, the management of the company continues in the family. It passed on from the founder Nelson Seara Heusi to his son, businessman Marcos Francisco Heusi, then to his grandson Nelson José Heusi. Now, great-grandson Marcos Rodi Heusi is preparing to take over the Group's presidency. "We can clearly say that our group has followed the various economic, political and institutional periods of Brazil, has faced the most varied adversities and surpassed all," says Heusi. In addition, according to the manager, every market change that has occurred in the last 85 years has made the company fit its needs and also the reality of its customers, which has strengthened the presence of the group in the market. However, it was not only the tradition that ensured the company´s successful path. The constant investment in innovation strengthens the Group's presence in the market, as well as the constant renewal in the management standards. "We can assure that the company has been renewed every generation and continues its innovation process, with heavy investments in technology and training of its employees, which puts us at the vanguard of foreign trade and logistics," assures Nelson Heusi.

Projects

Among the projects of the Nelson Heusi Group for 2018 is the opening of a branch in Manaus. The company already operates in the Northeast, Midwest and South with its own offices and now seeks to enter the promising market of the North, warmed by the operations of the Free Trade Zone. "Manaus is a major economic center where we do not have our own office yet, as we enter there, we have glimpsed excellent perspectives," adds Nelson Heusi.

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GRUPO NELSON HEUSI Nelson Seara Heusi, fundador.

Tradição A tradição do Grupo Nelson Heusi ultrapassa as fronteiras de Itajaí e Santa Catarina. Nestes 85 anos de atuação, a empresa formou uma ampla carteira de clientes, também bastante tradicionais nos meios onde estão inseridos, que acumulam décadas de parceria. Exemplo disso é que o primeiro cliente do grupo e se mantém parceiro até hoje. Familiar, porém profissional, a gestão da empresa continua na família. Passou do fundador Nelson Seara Heusi para seu filho, o empresário Marcos Francisco Heusi, depois para o neto Nelson José Heusi. Agora, o bisneto Marcos Rodi Heusi se prepara para assumir a presidência do Grupo. “Podemos dizer claramente que nosso grupo acompanhou as diversas fases econômicas, políticas e institucionais do Brasil, enfrentou as mais variadas adversidades e superou todas”, destaca Heusi. Inclusive, segundo o gestor, cada mudança mercadológica ocorrida nos últimos 85 anos fez com que a empresa se adequasse às suas necessidades e também a realidade de seus clientes, o que acabou fortalecendo a presença do grupo no mercado. No entanto, não foi apenas a tradição que assegurou a trajetória de sucesso da empresa. Os constantes investimentos em inovação fortalecem a presença do Grupo no mercado, bem como a constante renovação no modelo de gestão. “Podemos assegurar que a empresa se renovou a cada geração e continua dando continuidade ao seu processo de inovação, com pesados investimentos em tecnologia e capacitação de seus colaboradores, o que nos coloca na vanguarda do comércio exterior e logística”, assegura Nelson Heusi.

Marcos Francisco Heusi. Segunda geração da família em frente aos negócios.

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Carta de nomeação com despachante aduaneiro de Nelson Seara Heusi de 18 de janeiro de 1933.

Marcos Rodi Heusi, quarta geração e responsável pela expansão do grupo a nível nacional.


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TECNOLOGIA

Sattra Inteligent Solutions é destaque no segmento de tecnologia para automação Com uma carteira de clientes que engloba grandes portos e operadores do Brasil, a Sattra Inteligent Solutions desenvolve soluções que aliam OCR (Optical Character Recognition), controle de acesso de pedestres e veículos e inteligência artificial e reduzem custos operacionais. SATTRA Inteligent Solutions, de Itajaí, é destaque no desenvolvimento de soluções para controle de acesso e automação de Gates com foco nas atividades portuária e logística, Nos últimos três anos tem intensificado esforços no sentido de desenvolver soluções inteligentes com redução de custo operacional para estes seguimentos. Trata-se de sistemas integrados e unificados de informações, com a infraestrutura necessária para a implantação da tecnologia OCR (Optical Character Recognition). A ferramenta desenvolvida pela SATTRA é usada no reconhecimento de caracteres a partir de um arquivo de imagem, o que possibilita não apenas a leitura da placa do veículo, mas também do número do contêiner, a automação do Gate, utilizando tecnologia inovadora de escaneamento de pista, entre outras ferramentas que agregam agilidade e reduzem custos operacionais e em conformidade com as exigências legais. ( RFB) “Somos uma empresa focada no desenvolvimento de tecnologia para portos, terminais, recintos alfandegados, portos secos, entre outras empresas que precisam operar dentro das normas da Receita Federal, com soluções individuais e adequadas a cada realidade”, relata o diretor da Sattra. São soluções para o controle de

acesso, sistemas de vídeo-monitoramento, sistema de perímetro e a integração do OCR aos demais sistemas, o que garante a segurança na automação e otimização dos resultados. A plataforma de software na qual estão alocadas as soluções desenvolvidas pela Sattra , possibilita checagem dos dados dos motoristas e veículos , alem de integrar com as balanças do gate, fazendo com que a operação seja de forma automatizada. “Funciona totalmente integrado ao sistema de con-

trole do terminal e sem intervenção humana”, relata o diretor. Outra vantagem do sistema desenvolvido pela Sattra Inteligent Solutions é o baixo custo de manutenção, que é praticamente inexistente. “É um sistema robusto, que não utiliza laser, nem laço magnético e sim o escaneamento de pista, o que evita problemas e reduz significativamente a necessidade de manutenção”. O princípio básico das soluções SATTRA são : Robustez, eficiência , agilidade na operação com redução de custos.

Parcerias Além das soluções próprias a Sattra também disponibiliza no mercado, Outras soluções de software e hardware de uma grande rede de empresas parceiras formando soluções de excelência no atendimento ás normas e exigências de organismos públicos para recintos alfandegados. “Temos importantes parcerias para hardwares, o que nos possibilita oferecer soluções em diversas áreas e com total segurança, não apenas

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para os segmentos portuário ou logístico, mas para qualquer empresa que busque otimizar procedimentos”. A Sattra tem sua matriz em Itajaí e entre seus parceiros, estão empresas com potencial reconhecido nos meios em que estão inseridas, integrando e desenvolvendo customizações atendendo a demandas específicas com seu núcleo próprio de desenvolvimento.


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POTENCIAL DE SANTA CATARINA

Abastecimento de água em SC está acima da média nacional

FOTO: Enercan/Divulgação

FOTO: Semasa/Divulgação

Estado é o sétimo maior gerador de energia

Bastante diversificada, a matriz energética de Santa Catarina coloca o estado na sétima posição no ranking nacional de geração de eletricidade. As principais fontes de energia são a hidrelétricae a termelétrica (especialmente, carvão mineral, lenha e licor negro), responsáveis por 71% e 24% da energia total gerada, respectivamente. O Estado também se destaca como 2º maior gerador de eletricidade por queima de lenha, ficando atrás apenas do Paraná. De acordo com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a potência outorgada para geração de energia elétrica com resíduos florestais no estado representa 24% da potência outorgada para o Brasil a partir dessa fonte.

Santa Catarina tem um índice de atendimento total de água de 86,8%, taxa acima da média nacional, que é de 83,3%, segundo números do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) do Governo Federal (2015). O fornecimento é garantido a 66% dos municípios pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) e, nos demais, por companhias locais (SAMAEs). Quanto ao acesso à coleta de esgoto, a realidade não é tão animadora. Apenas 19,4% dos catarinenses têm coleta de esgoto, dos quais 24% são tratados, números que são bem inferiores à média nacional e da Região Sul. No Brasil mais de 100 milhões de pessoas não acessam esse tipo de serviço, o que compreende 50,3% da população, de acordo com os dados do SNIS (2015).

TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES 30 anos transportando com agilidade e rapidez

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POTENCIAL DE SANTA CATARINA

Estado está na sexta posição em propriedade industrial

As estatísticas sobre propriedade industrial (PI) apontam que Santa Catarina ocupa o 6º lugar no ranking desde 2013. O Estado responde por 6% do total da propriedade industrial brasileira, sendo que sua composição é de 88,7% de marcas, 4% de desenho industrial, 3,3% de patentes de invenção, 2,9% de patentes de modelo de utilidade, 0,9% de programas de computador e o restante em contratos ou patentes do tipo Certificados de Adição. O número de propriedade industrial passou, em Santa Catarina, de 8,78 mil em 2013 para 9,21 mil, em 2016, crescimento de 5% nos anos considerados. Essa ampliação está acima da observada para o Brasil, que foi de 3%, quando aumentou de 147,23 para 152,03 no período. De acordo com a Pesquisa Investimento & Competitividade, 26% das indústrias catarinenses afirmam possuir, em 2017, um nível tecnológico superior à média do setor, enquanto mais da metade das respondentes (54%) investem em inovação, especialmente na forma de aquisição de máquinas e equipamentos e na realização de P&D.

FOTO: Portonave/Divulgação

FOTO: Fiesc/Divulgação

SC exporta mais em 2017

Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - Florianópolis

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As exportações catarinenses somaram R$ 8,51 bilhões em 2017, com avanço de 12% com relação ao exercício anterior, e responderam pela fatia de 3,9% das vendas externas brasileiras. Esse desempenho coloca o estado em 8ª posição no ranking brasileiro. As importações tiveram crescimento de 21,4% em relação a 2016, com US$ 12,25 bilhões. O resultado, embora maior que o observado no ano passado, é levemente inferior ao de 2014 e está na média dos últimos sete anos. Já a balança comercial catarinense encerrou 2017 com déficit de US$ 4,07 bilhões. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).


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O QUE É LAVAGEM DE DINHEIRO?

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osso país nos últimos tempos vem divulgando um cenário desastroso de corrupção, com noticias diárias de mega operações policiais e situações envolvendo políticos, autoridades de outros poderes e grandes empresas multinacionais na prática de diversos crimes como: sonegação fiscal, corrupção, peculato, evasão de divisas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Desta forma, o crime disposto no art. 1º da lei nº 9.613/98 (Lavagem de capitais/dinheiro) hoje, com tanta matéria jornalística envolvendo o tema, tornou-se motivo de grandes discussões em qualquer ambiente social. Bom, como já dissemos, esse é o assunto do momento em todos os lugares, mas, será que todos que falam sobre esse crime que envolve grandes empresas e autoridades sabem o que realmente é o delito de lavagem de dinheiro? E como funciona a referida prática delitiva? Esse crime conhecido como lavagem de dinheiro tem essa definição por objetivar a “limpeza” de valores ou bens adquiridos de modo ilícito, tornando-os legais no ponto de vista superficialmente jurídico. Assim, fica fácil entender o apelido dado a maior operação policial já vista em nosso país, OPERAÇÃO LAVA JATO, que nada mais é do que uma operação deflagrada em várias etapas pela Polícia Federal, com o objetivo de buscar identificar e punir quem busca a “limpeza” de capitais advindos de situações ilegais dentro e fora do país. Esse crime funciona da seguinte forma: o Agente do crime adquire bens ou valores por meio de atividade ilícitas, ou seja, passíveis de sanções na esfera penal, e responsabilização pelos danos e demais consequências na esfera cível e administrativa, e para ocultar a origem ilegal dos valores ou bens, o agente aplica/integra estes valores em atividades econômico-financeiras legais, incorporando-os como se licitamente fossem, em uma linguagem bem simples, seria esquentar dinheiro frio adquirido de forma ilícita, valores e bens adquiridos com o cometimento de delitos. Ressalta-se, que esse crime de lavagem de capitais/dinheiro é considerado um delito derivado, pois, para sua configuração, o

criminoso deverá ter praticado um crime anterior, seja sonegação fiscal, corrupção, peculato, evasão de divisas, organização criminosa e outros, por isso, a punição à prática de tal crime é dada pela utilização/ocultação/disposição/apropriação dos valores ou bens adquiridos ilegalmente pelo cometimento de algum dos crimes citados acima ou de outros. Com relação ao modus operandi do referido crime, podemos destacar, a OCULTAÇÃO, onde o agente visa homiziar os bens ou valores adquiridos ilicitamente, na tentativa de minimizar a exposição do objeto do crime, normalmente utilizam-se o sistema financeiro ou negócios de condições diversificadas como intermediários para realizar a troca dos valores/bens adquiridos ilegalmente. Já a COLOCAÇÃO, Consiste em fazer desaparecer o vínculo que liga os valores/bens a sua origem ilícita, e isso normalmente ocorre por meio de transferências de pequenas quantia ou aplicações em ativos estrangeiros, despistando assim, qualquer suspeita sobre os bens ou valores, e concomitantemente permite a aglutinação dos mesmos. Por fim, a INTEGRAÇÃO, se da no momento em que o agente do crime realiza a conversão de valores em capital lícito, sob a forma de investimento, integrando-os a economia como se fossem produtos comuns de determinada atividade comercial. O dinheiro sujo é utilizado para a aquisição de imóveis e bens para dar início a algum estabelecimento lícito, investir em terceiros e também em novas práticas delitiva Assim sendo, finalizo dizendo que após todas as noticiais veiculadas em nossos meios de comunicação, conseguimos verificar que o Brasil possui um sistema de combate a este tipo de delito, onde a Polícia Federal e o Judiciário tem feito excelente trabalho, repatriando grande parte do dinheiro enviado ilicitamente para fora do País, prendendo, processando e condenando vários empresários, políticos e autoridades envolvidas com o crime de lavagem de dinheiro e outros.•

:: Por: Celso Almeida da Silva - OAB/MT 5.952 | OAB/SC 23.796-A

Bacharel em Direito pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro em 1992. Pós-Graduação 1999 – 2000 – Universidade Castelo Branco/RJ. Título: Especialista em Direito Tributário, Administrativo e Constitucional. Pós-Graduação 2001 – 2002 – Universidade Estadual de Mato Grosso. Título: Especialista em Direito Penal. Pós-Graduação 2005 – Universidade Castelo Branco/RJ. Título: Especialista em Direito Ambiental. Curso de responsabilidade Civil – abril de 2003 em Londrina ministrado pelo ilustre jurista Silvio Rodrigues. Curso de técnica em elaboração de contratos a luz do novo Código Civil – 2004. Advogado atuante há 25 (vinte e cinco) anos nas áreas Cível, Tributária, Ambiental, Criminal, Comercial e Empresarial de forma geral, em nível administrativo e contencioso. Sócio da banca Silva e Silva Advogados Associados.

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