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Ano 5 | Edição 52 | 2014 | R$ 10,00


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Editorial Palmas para Dilma A nossa Copa nem acabou, mas, desde já, peço desculpas aos leitores da REC pelo que escrevi no editorial da edição de junho. Pensava que não estávamos no “clima de Mundial”, porém, independente do título de campeão ou não para o Brasil, vejo que o país já saiu vencedor da maior festa do futebol mundial. Aplaudi quando nossa presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil venceu de goleada os pessimistas que previam muito caos no país durante a disputa da Copa do Mundo de 2014. Aplaudi do sofá de casa, assistindo TV, o seu discurso durante a inauguração de um hospital no Rio de Janeiro. “Vencemos os pessimistas, as pessoas que previram caos. A Copa é um sucesso no Brasil. Disseram que os estádios não estariam prontos, que os aeroportos não estariam prontos, que não teria hotéis, energia... Nada disso aconteceu. Estamos sediando a Copa das Copas e não apenas por causa do número de gols marcados”. Como diria o outro, concordo em gênero, número e grau! Em 2013, milhares de pessoas tomaram as ruas durante a Copa das Confederações para protestar contra os gastos e pedir mais investimentos em saúde, educação e transporte. Neste ano, manifestantes, sob o slogan “Não vai ter Copa!”, fizeram inúmeros protestos. Os preparativos para o Mundial ficaram marcados por atrasos crônicos e gastos maiores que os previstos. Porém, até aqui, poucos incidentes de grandes proporções foram notados, com uma atmosfera festiva predominando no país. Então, só me resta parabenizar o Brasil e seu povo. Boa leitura!

Expediente Revista REC: Resenha Esporte Clube Diretores: Danilo Galzerano e Igor Voigt Diagramação e Criação: Bruno Cunha Jornalista Responsável: Igor Voigt - MTB 59231/SP Circulação: Limeira- SP Distribuição: condomínios residenciais, clínicas e consultórios, clubes, academias, restaurantes, bares, empresas e bancas. Ano 05, edição 52 | 2014.

Igor Voigt

Todo o conteúdo dos anúncios publicitários contidos nesta edição é de responsabilidade dos anunciantes. A REC conta também com especialistas da área da saúde que darão maior embasamento ao contexto geral da revista. Lembramos que especialistas e colaboradores não possuem qualquer vínculo empregatício com a REC. É proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização.

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REC Resenha Esporte Clube comercial@revistarec.com.br @revista_rec (19) 3034.6555 www.revistarec.com.br


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ultramaratonista Entrevista com Lile Munhoz, uma verdadeira ultra-mulher

fisioinforma Vítimas de Tendinites no esporte. Condicione seu corpo para não tê-las

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independente f. c. Só nós somos A2. Tudo sobre o acesso do Galo da Vila Esteves

coluna oss Tudo sobre as principais academias de lutas de Limeira

NUtrinforma O inchaço no corpo pode ter várias causas. Saiba como eliminá-lo

14 Mundo canino Primeiro passeio do seu filhote na rua. Como isso deve acontecer?

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recgameinfo Fique por dentro dos jogos: “Batman: Arkham Knight“ e “Mario Kart 8”

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coluna gol Um panôrama sobre as escolinhas de futebol de Limeira


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INCHAÇO

nutrinforma

SENSAÇÃO INCÔMODA

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O inchaço no corpo pode ter várias causas, mas é o responsáveis por inúmeras reclamações. Tratar o inchaço é importante, mas descobrir o motivo pelo qual ele ocorreu é fundamental

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entir-se inchado é ruim – tanto para homens quanto para mulheres. O edema ou inchaço pode ser causado por excesso no consumo de sódio, falta de nutrientes, uso de medicamentos, alergias alimentares, pode ser sintoma de várias doenças, assim como pode-se reter líquidos por fatores hormonais – por isso é comum mulheres ficarem inchada na TPM e na gestação. PREVENÇÃO

Dra. Patrícia Milaré Lonardoni

Nutricionista patricia.m​ilare@vivoi​nternetdisc​ada.com.br

O melhor é começar pela prevenção. Evite usar sal em excesso e, principalmente, ingerir alimentos industrializados em excesso. Por mais que você pense que você consumiu pouco, quando um alimento é industrializado ele recebe uma quantidade grande de sódio até para conservação. Sódio é um mineral essencial para o orga-


nismo. Porém, tudo tem sua quantidade certa. E cuidado com sopas industrializadas, embutidos, enlatados, sucos prontos, biscoitos, salgadinhos e até pães industrializados – para eles terem vida útil no supermercado eles são adicionados de muito sódio. Além disso, de nada adianta você comprar um alimento light, com menor teor de sódio e comê-lo em grande quantidade. Cuide do seu intestino. É isso mesmo: um intestino com mau funcionamento leva você a acumular gases e ficar mais inchado. Ajustando sua alimentação e seus hábitos de vida, rapidamente você se livra desse inchaço também.

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Evite bebidas gaseificadas. Esses gases dilatam o estômago e causam inchaço temporário, que agravam os sintomas de quem já sofre com o problema. Lembrando que refrigerantes além de gases contém toda sua composição que piora o inchaço, como açúcar, conservantes, sódio, cafeína, entre muitas outras coisas. Contra isso, tome água mineral. Fazer exercício é fundamental, pois elimina o excesso de água por meio da respiração, além de acelerar a digestão. Não tome diuréticos. Você expele minerais importantes para o corpo – o que pode ser perigoso para sua saúde, além de tornar-se um viciado: com a parada do diurético o corpo na tentativa de se defender ‘segura’ mais água por alguns dias e, muitas vezes, você pode atrapalhar o funcionamento natural do corpo em expelir o excesso de líquidos, fazendo o corpo precisar do diurético. Diuréticos foram criados para pessoas que realmente necessitam dele como coadjuvante ou até mesmo no tratamento de alguma patologia. Bebidas alcoólicas e cigarro também contribuem para o inchaço. Mulheres, cuidado com os anticoncepcionais: estabilizar o nível de progesterona pode induzir ao inchaço. Por isso é tão importante cuidar da saúde como um todo. Você quer tomar pílula, tudo bem, desde que pratique exercícios físicos, durma bem, tenha uma alimentação saudável – e não pense que comer peito de peru é ter uma alimentação saudável... Verduras e legumes ajudam muito a desinchar. Por isso, não os deixe de fora do seu prato. Chás ajudam muito a desinchar, principalmente os chás de hibisco e de cavalinha. REC | 11


tratamento Você comeu muito alimentos alergênicos, exagerou nas bebidas, no molho shoyo, está de TPM ou tem qualquer outro problema que te fez acordar super inchado? Então, prepare o suco abaixo.

SUCO ANTI-INCHAÇO - 6 morangos orgânicos; - suco de ½ limão; - 1 xícara de melancia picada; - 1 col. (de sopa) de cheiro- verde picado. A melancia é um complexo vitamínico estimulante, rico em vitaminas A,C, E e K, complexo B, licopeno e outros antioxidantes que estimulam a circulação linfática. Ela também contribuirá muito se você tiver um forte treino para encarar hoje. O limão é alcalino e, em união com o morango, auxiliará na diminuição do edema. O cheiro- verde é uma combinação perfeita uma vez que a salsinha e a cebolinha estimulam todas as funções orgânicas, inclusive a função renal, promovendo a eliminação de resíduos nitrogenados contribuindo, assim, para o corpo desinchar.

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Primeiro passeio do

Mundo Canino

seu filhote na rua

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Como isso deve acontecer? As pessoas projetam enorme expectativa no primeiro dia de passear com o cão, ou de soltá-lo em um parque público, mas são raras as que preparam o filhote para isso

Rogério Sandoval Silveira

Especialista em Comportamento de Cães ssrogerio@uol.com.br

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primeiro passo é socializar e educar o filhote desde o primeiro dia em que ele chega à casa. Aliás, isso já deveria estar ocorrendo na casa de quem criou o filhote, e apenas, os novos pais, devem dar a continuidade desse processo de maneira que o filhote esteja preparado para essa nova experiência. É preciso enfatizar que tudo deve ser ensinado através de reforço positivo (premiando os comportamentos desejados) e sem qualquer utilização de aversivos. Em casa, vamos introduzindo as novidades em quantidades mó-


Foto: Banco de Imagem

dicas e as associando à premiação. Por exemplo, antes de vestir a coleira nele, devo mostrá-la e dar um petisco logo a seguir. Dessa forma, a coleira vai sendo associada a algo prazeroso. Isso deve acontecer também com a guia. É bom lembrar que a coleira e a guia devem ser o mais leve e confortáveis possível. Antes de sair à rua, também devo ensinar muito bem o meu amigo a andar em casa “vestido” da coleira e da guia. No processo de ensinar o filhote a andar na guia, preciso estar munido de petiscos e vou induzindo ele a andar ao meu lado. Faço isso com a guia sempre frouxa, e jamais devo puxar a guia ou tentar forçá-lo a me seguir. Caso o filhote fique parado, me abaixo e faço algum barulhinho induzindo-o para que se aproxime. Logo que isso aconteça, devo premiá-lo com o petisco e elogios. Aos poucos o filhote vai aprendendo a te seguir e te enxergar, cada vez mais, como uma “fonte de boas sensações e segurança”. No dia do primeiro passeio, lembre-se que o segredo é que as experiências devem ser curtas e muito bem sucedidas, ou seja, passeios curtos, sem qualquer stress e que o filhote seja muito recompensado para garantir uma ótima primeira impressão.

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olfato dos cães. Não despreze esse sentido

Enquanto o cérebro humano é dominado por um grande córtex visual, o cérebro do cão é dominado por um córtex olfativo. O bulbo olfatório em cães é cerca de quarenta vezes maior do que o bulbo olfativo em seres humanos, em relação ao tamanho total do cérebro, com 125 para 220 milhões de receptores sensíveis ao cheiro. O animal na natureza não recebe seu alimento de graça, mas grande parte deles (dentre os parentes do cão) precisa do auxílio do olfato para encontrá-lo e isso significa um intenso esforço conjunto entre o olfato com os outros sentidos e a aprendizagem que isso traz. Enquanto isso, a maior parte dos nossos animais domésticos vive cercada por construção de concreto e recebe o alimento diário sem a necessidade de qualquer esforço. Não há atividade produtiva, não há o uso do olfato, não há o desenvolvimento cerebral, e isso leva a um serie de transtornos e desvios de comportamento. É o mesmo que obrigar uma pessoa que tem visão plena a viver no escuro e privá-la de trabalhar. REC | 15


int de ag em to : Im Fo

Logo que nasce, através do contato com a mãe, o filhote irá procurála guiado por seu olfato. Ele logo aprende que depende dela para se aquecer e se alimentar, e essa dependência é o que fixará o odor da mãe em seu cérebro

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mundo canino

Desenvolver o olfato do cão ajuda a direcionar corretamente a energia do animal para atividades úteis, além de ser uma verdadeira atividade cerebral Cada célula sensorial do humano tem em média 2 receptores olfativos. Cães possuem em média 12 receptores olfativos

Um dos treinamentos mais interessantes é o trabalho de ensinar o cão a rastrear uma trilha deixada por uma pessoa. O treinamento consiste em ensinar o cão a fazer a conexão entre o odor de cada pegada da pessoa com comida que ele vai encontrado conforme siga o rastro. Iniciamos o treinamento deixando um grão de ração embaixo de cada pegada. Conforme a aprendizagem, vamos reduzindo a quan-

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tidade de comida e estendendo o tamanho do percurso. Se a pessoa não tem tempo para sair de casa e treinar o cão, é também possível enriquecer o ambiente escondendo o alimento (os grãos de ração) pelos cantos da casa (ex: no meio das almofadas do sofá, em baixo da ponta do tapete, atrás de um móvel, etc). Isso também pode ser realizado com aquele brinquedo que o cão adora.


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“A gente delira mesmo (risos). A primeira vez que aconteceu isso comigo foi em 2013 correndo a BR135. São 135 milhas a serem percorridas pelo Caminho da Fé. Fiz a prova em dupla com um amigo e no meu segundo trecho, durante a madrugada, via um carro dançando, se mexendo, suas luzes piscando, mas na verdade o carro estava parado”. Essa é só uma das grandes histórias que ultramaratonista Lile Munhoz contou para a REC. Confira! REC | 19


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Lile Munhoz: uma ultra-mulher texto | Igor Voigt

“Vivia mais em função da família, filhos, netos... Os filhos crescem, a vida muda. Encontrei na corrida uma forma saudável de me sentir viva!”

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m Limeira, a piracicabana Marilene Elisabete Oliveira Munhoz, carinhosamente chamada de Lile, é considerada um exemplo. Começou a correr aos 48 anos de idade depois que passou a se incomodar com a balança. Apesar de sempre ter gostado de esporte, ter jogado vôlei e andado de bicicleta, Lile acostumou-se com uma rotina de vida sedentária, abandonando qualquer vontade ou prazer em realizar alguma atividade física. No entanto, há algum tempo Lile levantou do sofá e mudou sua vida. A autônoma que acabou de completar 54 anos deixou para trás os obstáculos que a vida a impôs, a má alimentação e passou a dedicar a maior parte de seu tempo ao atletismo. Conheceu o “Fumaça”, coordenador e treinador da Pista de Atletismo do Tiro de Guerra, e pas-


sou a correr. Começou com pequenas provas, de 10 quilômetros, mas o corpo mostrou que ela poderia ir além, em termos de distância, já que treinava e não sentia seu corpo cansar. A orientação, então, foi para que ela participasse de provas mais longas. E deu certo.

foto: Arquivo pessoal Lile Munhoz

Atualmente, Lile é considerada uma das mulheres com maior resistência do Brasil, e nos últimos dois anos conquistou resultados expressivos no Brasil e pelo mundo. Hoje ela se dedica as ultramaratonas, sendo a única representante mulher de Limeira nestes tipos de prova. Do meio do ano passado para cá ela correu mais de 500 quilômetros. Se suas adversárias não estão conseguindo pará-la, nós conseguimos. Fizemos um bate-papo bastante descontraído, conversamos sobre a vida e como anda sua carreira de atleta, confira.

REC: Foi também por conta de um câncer que teve que começou a correr? Aliás, onde foi o câncer? Você está curada? Lile: Não foi por esse motivo! Tive câncer na Tireóide em 1989, fiz duas cirurgias e estou totalmente curada. Tenho que fazer o acompanhamento médico, já que, preciso fazer a reposição do T4, hormônio produzido pela Tireóide. REC: Vamos falar de esporte. Geralmente, como são as provas de ultramaratona? Enfim, são quantos quilômetros de prova, por quais lugares passam...? Lile: São consideradas ultrasmaratonas as provas com mais de 50km. Geralmente são provas feitas em trilhas, mata mais fechada, praias, montanhas, e no caminho você encontra de tudo: riachos, cachoeiras, terrenos encharcados... Quanto mais difícil o terreno, melhor! REC: Para superar tudo isso você deve treinar muito. Como é sua rotina de treinamentos? Faz treinos insanos também? Lile: Meus treinos variam muito. Depende, sempre, de como será a próxima prova. Sempre procuro treinar numa altimetria parecida com a que terei nas provas de ultras. Agora estou me preparando para o Ironman Brasil do ano que vem, por isso tenho feito muitas horas de piscina e bike, além da corrida, é claro. REC: Segue alguma dieta especial, como é? Lile: Minha alimentação é bem saudável, quase sem fritura, carne vermelha, gorduras ou açúcar. Me alimento muito de verduras, frutas, frango com batata doce, man-

Depois de correr por horas a fio, sentindo

muitas vezes frio, calor, sono, fome... Ver a linha de chegada de uma ultramaratona é a glória. Dá um misto de emoções. Você ri, tem vontade de chorar. Costumo agradecer a Deus pela fidelidade dele e por saber

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Para poder pagar inscrições de corrida, viagens, hospedagens e gastos com equipamentos, além do seu trabalho como massagista, Lile ataca como cozinheira fazendo pães caseiros “Preciso de apoio! Os empresários que quiserem me patrocinar entrem em contato comigo: lilemunhoz1@hotmail.com”

que sem ele não teria conseguido (Lile Munhoz - Ultramaratonista)

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fotos: Arquivo pessoal Lile Munhoz

dioca e arroz integral. Mas não sou radical. Se tenho vontade de comer alguma coisa, como sem culpa, mas sempre uso o bom senso. REC: Já fez provas fora do Brasil, onde? Lile: Sim, em Israel fiz duas vezes a Jerusalém Marathon. Uma experiência inesquecível. O trajeto da maratona passa por dentro da Cidade Velha, perto do Muro das Lamentações. Também existe toda aquela situação dos militares armados, enfim. Fiz também a Patagonia Run, em 2013, na Argentina. Fomos num grupo de 5 amigos. Me inscrevi nos 84km, mas por conta do falecimento do meu pai poucos dias antes da prova eu estava muito fragilizada. Cheguei atrasada em uma linha de corte e não pude finalizar a corrida. Chorei muito, mas prometi que voltaria. Este ano voltei, eu e Deus. Me inscrevi nos 100km, e fui decidida para vencer aquela montanha. Graças a Deus consegui terminar, com quase 22 horas de prova. Voltei com 02 medalhas! REC: Quais as maiores dificuldades de uma ultramaratona? 02 02

Lile garante que consiguiria fazer provas de ultras ou maratonas todos os finais de semana, mas... “Só não faço porque não consigo pagar as inscrições”

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Lile: Acho que controlar a mente. O cansaço chega, e é preciso manter o foco. Saber que é preciso comer e hidratar mesmo quando não se sente fome ou sede é muito importante. E saber também administrar a solidão, pois passamos horas correndo sozinhos.


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ultramaratonista

REC: Sempre leio, ouço que alguns atletas até deliram durante as provas. Já aconteceu isso contigo?

Lile: No momento meu maior desafio está sendo aprender a nadar. Queria também poder fazer as outras edições da série de 135 milhas (217km). Depois, de alguma forma, quero incentivar as pessoas a praticarem esporte. Como qualidade de vida, sem pensar tanto na questão estética, baixar peso, enfim. Bom, as provas que gosto de fazer (ultras) não tem uma idade limite, então pretendo correr enquanto tiver fôlego.

Lile: Sim, a gente delira mesmo (risos). A primeira vez que aconteceu isso comigo foi em 2013 correndo a BR135. São 135 milhas a serem percorridas pelo Caminho da Fé. Fiz a prova em dupla com um amigo e no meu segundo trecho, durante a madrugada, via um carro dançando, se mexendo, suas luzes piscando, mas na verdade o carro estava parado. No ano seguinte voltei e fiz a prova sozinha, 217km. Aí delirei mesmo. A corrida começou na sexta-feira, às 8 horas. Na madrugada de sábado para domingo eu via de tudo. Olhava para as árvores e via figuras, ficava com muito medo. Via pessoas, via uma mulher que acenava e me chamava. O curioso é que eu respondia, e quando olhei de novo e vi que ela estava com uma pachemina (uma echarpe igual a minha) nossa, arrepiei que até doía. (mais risos)

REC: Você tem filhos? O que eles falam sobre sua vida de atleta? Apóiam ou não? Lile: Sim, tenho três filhos, uma mulher e dois homens. Sou avó de quatro netos. Acho que eles sentem orgulho de mim, mas por conta de tantas corridas sinto que ultimamente tenho sido um tanto quanto ausente. REC: Lile, muito obrigado pela entrevista. Para terminar: Correr, significa o quê para você?

REC: Quais os piores “perrengues” que já passou durante alguma corrida?

REC: Incrível. E me diga: Você tem patrocínio? Qual seu custo mensal para praticar o esporte? Quais seus principais gastos? Lile: Através da ALA (Associação Limeirense de Atletismo) recebo uma ajuda de custo que consegui através da doação dos 5% de ISSQN. Só que a partir desse ano 20% do valor será repassado para as Entidades Assistenciais da cidade e mais 20% para a Liga de Atletismo. Aí sobra só 60% que, aliás, esse ano ainda não foi liberado. Conto também com patrocínio da Focus Esporte Club, onde recebo aulas de natação e musculação. Como estou competindo em Duathlon também, o Alexandre e a Karina, da Princesa Cosméticos (Centro Acima), colaboram com a manutenção da minha bicicleta. Se eu colocar na ponta do lápis os custos, acho que desistiria do esporte. Inscrições, tênis e suplementos são os gastos principais. REC: Apesar das dificuldades, como projeta o seu futuro dentro do esporte? Até que idade pretende continuar participando deste tipo de prova? 24 | REC

foto: Arquivo pessoal Lile Munhoz

Lile: Em minha primeira maratona, no Rio de Janeiro, em 2009, desidratei após o km 21, e tive que usar todos os banheiros químicos do caminho e também os da praia. Quase no final cheguei a usar o masculino, mas completei! Na BR135, após 30 horas de prova, comecei ter dores no pé e fez bolha na unha. Como doía muito com o tênis, calcei chinelo de dedo e acabei com a sola dos dois pés. Corri por mais de 20 horas de chinelo, mas para terminar a prova tive que calçar o tênis novamente. Então, eu aprendi a controlar a dor!

Lile: Estar viva!


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independente f. c.

Só nós somos A2

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texto | Igor Voigt

Drama, suspense, terror, aventura, enfim, o gênero pouco importa... Só sei que a trajetória do Independente FC no Campeonato Paulista da Série A3 daria um ótimo filme

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xiste um ditado que “a vida imita a arte”, mas quando uma história real é eternizada pela sétima arte os valores se invertem e “a arte imita a vida”. O cinema já usou a vida de personalidades, cantores, autores, escritores, estilistas, esportistas, artistas, políticos ou pessoas comuns que tiveram suas histórias extraordinárias transpostas para a tela grande. A lista é gigantesca, mas uma ficou de fora: O acesso do Independente Futebol Clube. Se alguém conhece Steven Spielberg ou Quentin Tarantino, por favor os avise que aqui em Limeira temos uma belíssima história que daria um ótimo filme. Fazendo uma sinopse, o roteiro do longa-metragem tem como ponto de partida o dia 02 de fevereiro de 2014, na cidade de Franca. No jogo contra a Francana o Galo já dava mostras de que viria forte durante a competição. Esteve duas vezes na


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frente do placar, perdeu um “caminhão de gols e acabou cedendo o empate no fim: 2 a 2, gols de Dairo, que durante a competição seria um dos protagonistas da equipe. Na primeira partida no Pradão, contra o Tupã, apenas 357 pagantes assistiram a excelente vitória galista. Apesar do placar apertado (2 a 1), o Galo apresentou um bom futebol, especialmente do segundo tempo. Nesta noite Allyson e Anderson marcaram para o Independente. Contra o Taubaté fora de casa, o Galo não saiu do 0 a 0, mas nada que abalasse jogadores e comissão técnica. Aliás, ainda apenas na terceira rodada, a equipe de Limeira era a líder em número de finalizações contra os gols adversários. Dairo, “o matador”, faria mais uma vítima pela quarta rodada do Paulista Séria A3: o Juventos. O Moleque Travesso encarou o time da Vila Esteves de igual para igual, mas Dairo marcou duas vezes decretando a vitória por 2 a 1, colocando o Galo na terceira posição na tábua de classificação. O jogo válido pela quinta rodada marcaria o encontro com seu maior rival: a Internacional. Inclusive, esse primeiro dérbi foi só um prenúncio de que os galistas, num futuro bem próximo, viriam sentir a maior emoção de suas vidas até então. Com gol de Danilo o Galo bateu a Veterana em pleno Limeirão, deixando seus torcedores em êxtase com o time. Embalado pela vitória no dérbi, o invicto Independente recebeu o time do Água Santa, da cidade de Diadema. Apesar do bom público presente no Pradão a equipe não

reeditou as boas atuações e ficou no 0 a 0, mantendo a vice-liderança do campeonato. Vale lembrar que o Galo poderia ter saído derrotado de campo, pois naquela ocasião o Água Santa desperdiçou uma penalidade máxima. Pau que dá em Chico dá em Francisco. Se no jogo anterior o time de Limeira havia sido beneficiado pela perda de um pênalti cobrado pelo adversário, fora de casa contra o São Carlos o Galo também desperdiçou um pênalti, fato que culminou com a primeira derrota da equipe, 2 a 1, gol de Denner. Precisando administrar um resultado negativo na rodada anterior, o Independente foi até a distante São José do Rio Preto para enfrentar o América. As duas equipes foram bastante sonolentas nessa partida, despertando apenas nos minutos finais. O “diabo vermelho” abriu o placar aos 40 minutos da etapa final, e no apagar das luzes, aos 45 minutos, Xandão marcou para o Galo fechando o confronto em 1 a 1. A sequência de resultados ruins do Independente não chegaria ao fim no confronto contra a Matonense. Jogando diante de seus torcedores o Galo ficou novamente no 1 a 1 (gol de Clayton), e começou a cair na tabela de classificação. O fato inusitado dessa partida ficou por conta do goleiro reserva do Independente, ou melhor, a falta de um goleiro reserva. Aconteceu que com a saída de Cléber Diego e a transferência de José Guilherme para a Itália, Geison era a única opção do treinador galista que, ainda no gramado, anunciou a contratação de Tamiazi para a sequência do campeonato. REC | 27


foto: Imagem de internet

Independente f. c.

Treinador Álvaro Reple Gaia (direita) concedendo entrevista ao radialista

Naquela ocasião a quinta colocação na competição não era sinônimo de tranquilidade no clube. Afinal de contas, dos últimos 12 pontos disputados, a equipe havia conquistado apenas dois. Disputar uma partida oficial sem goleiro reserva incomodou alguns diretores galistas, que em plena terça-feira de carnaval realizaram uma reunião com o treinador da equipe para discutir algumas situações.

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Após a “lavagem de roupa suja” o Galo voltou a fazer as pazes com a vitória diante do Noroeste, de Bauru. Jogando no Pradão, Dairo, “o matador”, marcou duas vezes: Galo 2 a 0. Com essa vitória o Independente voltaria a vice-liderança e acalmava sua torcida. Mas a alegria durou pouco, já que, no jogo seguinte diante do Rio Preto a equipe sairia de campo derrotada por 1 a 0, despencando para a sétima colocação na tabela. Se existe justiça ou injustiça no futebol nós não sabemos, porém esse jogo o Galo não mereceu perder, pois massacrou seu adversário, parando na magnífica atuação do goleiro Washington, do Rio Preto. Primeira derrota no Pradão. Merecida, aliás. Sem dúvida alguma foi a pior partida da equipe durante todo o campeonato. Jogando contra o Sertãozinho o time esteve irreconhecível e acabou perdendo por 1 a 0, deixando, inclusive, o G8 naquele momento. Era o início de uma crise que se agravaria com mais uma derrota, fora de casa, para o São José. Essa partida foi disputada em Araras, e o Galo sofreu uma sonora goleada: 4 a 1. Danilo marcou para o Independente. Pressionado e fora do G8, a 14ª rodada foi o divisor de águas para o Galo. Diante da Santacruzense, no Pradão, só os três pontos interessavam para a equipe de Limeira, e eles vieram. Com gols de Allyson e Dairo, o Galo fez 2 a 0 e voltou ao G8, ocupando a sétima colocação. Era o fim


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Independente f. c.

da crise. Fim mesmo, pois poucos dias depois o Galo foi até a capital paulista enfrentar o Flamengo, de Guarulhos, e mais uma vez saiu vencedor pelo placar de 2 a 0. Sabe quem fez os gols? Ele mesmo, Dairo, “o matador”. Embalado por dois bons resultados seguidos o Independente receberia no Pradão a equipe do Cotia, mas aquela manhã de domingo, do dia 30 de março, não seria tão feliz aos galistas. O Galo fez uma partida discreta, sem brio. Conseguia vencer até os minutos finais, porém acabou cedendo o empate: 2 a 2, gols de Clayton e Dodô. Apesar do empate não estar nos planos, o time seguia firme no grupo dos oito primeiros colocados. O confronto contra o Votuporanguense pela 17ª rodada, também em casa, foi um verdadeiro teste para cardíaco. Era o chamado jogo de seis pontos, já que, a equipe de Limeira era a sétima colocada na tabela e o time de Votuporanga o oitavo. O Galo teve um péssimo início de jogo, e logo aos quatro minutos foi surpreendido, 1 a 0. A equipe não desistiu, sufocou o adversário e foi recompensada com o empate aos 45 minutos da etapa final. O gol de Luciano “Pintinho” fez o Pradão explodir de alegria. Ainda faltavam duas rodadas para o término da fase de classificação, e o Galo partiu para enfrentar o Novorizontino empenhado em conquistar a classificação antecipada

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na casa do adversário. Tudo corria conforme o planejado. Clayton fez 1 a 0 para o Galo, só que aos 44 minutos do segundo tempo, através de uma cobrança de falta (duvidosa), o time de Novo Horizonte conseguiu empatar a partida: 1 a 1, e a classificação do Independente ficaria para a última rodada, contra o lanterna Guaçuano. E a vaga para a segunda fase da competição veio até com certa facilidade. O time de Mogi Guaçu chegou à Limeira já rebaixado, mas ventilou-se que eles poderiam estar recebendo a famosa “mala preta” para complicar a vida do Galo. Sem dar bola para os boatos, o Independente foi com tudo para cima do Guaçuano e aplicou um categórico 3 a 0, com dois gols do meia Clayton e outro do zagueiro Xandão.

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oteiro parte II: Segunda Fase da Série A3

Rio Preto, Matonense e Internacional seriam os adversários do Galo na segunda fase. O primeiro duelo foi contra o Rio Preto, líder da fase classificatória. O Pradão recebeu um bom público, mas diante de um adversário difícil só viram o Galo empatar o jogo: 1 a 1. Clayton mais uma vez foi o salvador da pátria. Em seguida mais um dérbi diante da Internacional. Quase três mil pessoas assistiram um dos maiores jogos da


por 1 a 0 com apenas um minuto de bola rolando. Era preza fácil para o Tigre de Novo Horizonte que, ainda no primeiro tempo, já goleava o Galo por 3 a 0. Na segunda etapa o Independente teve lampejos daquela equipe do restante da competição. Criou algumas oportunidades de gol, chegou a desperdiçar um pênalti com Clayton, mas não conseguiu sequer um golzinho. Pior, levou outro e acabou derrotado: 4 a 0.

Ducha de água fria! O Galo viajou para enfrentar a Matonense - último jogo do primeiro turno da segunda fase - cheio de confiança depois de mais um triunfo diante da Internacional. Porém, o time esteve irreconhecível. Desfalcado de quatro titulares o Independente não suportou o intenso volume de jogo proposto pelo time de Matão e acabou voltando para casa derrotado por 2 a 0.

Só um milagre daria o título ao Galo. Porém, nenhum Santo esteve de plantão e o milagre passou longe de acontecer. Os mais de 7 mil torcedores do Novorizontino que foram ao Estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte, deram um verdadeiro show de como deve ser o comportamento de uma torcida de futebol. Incentivaram sua equipe do início ao fim do jogo. Apesar da derrota por 1 a 0, os jogadores do Galo demonstraram muito brio e fizeram de tudo para tentar apagar a má impressão deixada no primeiro jogo da final, porém toda luta em campo acabou não sendo suficiente para evitar mais uma derrota. A perda do título foi sentida por todos, entretanto a alegria pelo acesso não cessava, pelo contrário, ecoava.

Nada como um dia após o outro. Ou melhor, neste caso foram exatos seis dias. Era o começo do returno e o Galo receberia a própria Matonense. Com um jogo quase que perfeito, a equipe limeirense devolveu o placar de 2 a 0 sofrido dias antes, com gols de Denner e Ygor, e reassumiu a liderança do grupo. Mais uma vitória e o Galo estaria num lugar que jamais esteve antes, a série A2 do Campeonato Paulista. E como nos sonhos isso poderia acontecer contra a Inter, no terceiro dérbi da competição.

foto: Imagem de internet

história entre os eternos rivais. O Galo não tomou conhecimento do Leão, apesar de jogar no campo do adversário. Apresentando um futebol envolvente o Independente vencia a Inter pela segunda vez na competição. Dairo, “o matador”, foi o autor dos dois gols na vitória por 2 a 1. Muita confusão entre os jogadores dos dois times ao final da partida, porém a turma do “deixa disso” conseguiu conter os mais exaltados.

Aconteceu. Como diria o outro o Galo fez barba, cabelo e bigode sobre o Leão. Jogando no Pradão, diante de mais de 3 mil torcedores, o Independente fazia 3 a 1 no rival e assegurava o acesso à Série A2 com uma rodada de antecedência. Com dois gols de Juninho e mais outro de Dodô o time da Vila Esteves venceria o terceiro duelo contra seu maior rival na mesma competição. Na quarta-feira, dia 07 de maio de 2014, toda a nação galista foi ao delírio. O Independente Futebol Clube, enfim, escreveria uma bela e importante história em toda sua trajetória. Mas eles queriam mais, agora queriam o título. Graças ao empate entre Inter e Matonense, o Independente conseguiu, mesmo desfalcado e jogando três dias após as comemorações do acesso, com um empate sem gols diante do Rio Preto, garantir sua passagem para a grande final do Campeonato Paulista da Série A3, contra o Novorizontino. Metade de Limeira era só festa!

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oteiro parte III: A final do campeonato

Deu tudo errado! Se essa história realmente virasse filme os galistas certamente pediriam outro final. No primeiro jogo da final ficou evidente que o time havia se contentado com o acesso, e que aquilo já bastava. Até a torcida demonstrou isso, levando somente quase 2 mil torcedores ao Pradão. Em campo o time esteve sonolento. Perdia

Dairo, “o matador”, artilheiro do Campeonato Paulista Série A3 com 11 gols

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Independente f. c.

O zagueiro Xandão (de frente) atuou em 26 dos 27 jogos do Galo durante o campeonato

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oteiro parte IV: Os personagens

Num bom filme que se preze é fundamental que o personagem tenha escolhas difíceis ao longo da obra, caso contrário ele não terá força dramática na história. E na trajetória do Galo rumo ao acesso não faltaram personagens com conteúdos riquíssimos. A começar pelo seu presidente, Lucas Moraes. Há quase dois anos no cargo, Lucas mostrou que um trabalho à longo prazo dá resultado. O jovem presidente ganhou o respeito dos jogadores, da comissão técnica, da torcida, e brigou pelo acesso ainda no campeonato passado, caindo apenas no Quadrangular Final. Neste ano, porém, o grande objetivo veio. “Quando resolvi encarar e ser presidente do Independente tinha um sonho de fazer algo diferente. Não queria que o Galo continuasse vivendo os problemas que vivia. Falar que eu acreditava que iria subir, não acreditava, mas sonhava em ver o Galo na série A2”, diz Lucas. Apesar do objetivo conquistado, o roteiro do filme galista poderia ter ganhado ares de um típico dramalhão. No meio da competição, após três derrotas consecutivas, a imprensa limeirense dava como certo o rompimento entre a diretoria do clube e a empresa parceira Arte da Bola, porém Lucas explica que não foi bem assim. “Naquele momento reunimos jogadores, comissão técnica


fotos: Imagens de internet

A união dos jogadores, dentro e fora de campo, foi um dos principais fatores que levaram o Galo ao acesso

e conversamos para solucionar os problemas que havia. Também procuramos saber da parceria (Arte da Bola) o que estava acontecendo que o time não conseguia os resultados positivos, pois sabíamos que poderíamos chegar, mas o campeonato estava chegando num momento decisivo e não gostaríamos de ficar fora da segunda fase”. Após essa indigestão e com a classificação conquistada, Lucas relembra emocionado do momento, segundo ele, mais marcante da competição. “Com certeza a partida que nós tivemos o acesso, contra nosso maior rival, no dia 07 de maio de 2014, no Pradão. Aquele jogo ficará para história do Independente, do futebol e de Limeira. Ganhamos o jogo por 3 a 1. Nossa torcida lotou o Pradão. A festa na arquibancada foi linda, e depois do jogo a invasão dos torcedores comemorando no gramado me emociona até hoje de lembrar deste dia”. Outro personagem, não menos importante, foi o treinador Álvaro Gaia (49). Nascido em Tupã - SP, Gaia está em Limeira há quase dois anos, e diz estar totalmente feliz com a cidade. “A cidade é maravilhosa, ideal para fugir da loucura de São Paulo”. Iniciou sua carreira como treinador nas categorias de base da Portuguesa de Desportos, em 2002, após abandonar a carreira de jogador profissional devido às várias contusões, especialmente nos joelhos. Em 2004 aceitou um convite para ser Diretor de Esportes de Ilha Bela, e suspendeu o trabalho como treinador até 2009. Retornou no União de Mogi das Cruzes, passou pela equipe do Guarujá e desembarcou em Limeira a convite do então presidente Marinho. Gaia revela que sente muito apreço pelo presidente Lucas, apesar das desavenças, que também existem numa ficção. “Ele é uma pessoa de bom caráter e muito batalhadora. Tivemos muitos problemas, pensamentos diferentes, mas nunca quis deixar o clube. Desde o começo acredi-

tava que faríamos um bom campeonato, além de sempre estar com a cabeça no acesso”. Assim como Lucas, o treinador galista também aponta o jogo que garantiu o acesso o mais importante da sua vida. “Disputar a final foi importante, mas sem dúvida o jogo mais importante da minha carreira foi o do acesso contra a Inter de Limeira. Não tem como descrever a sensação de conquistar o nosso principal objetivo diante do nosso maior adversário. É algo que me marcará para sempre”, afirma Álvaro Gaia. Dentro do campo, atuando em papéis de maior ação, o zagueiro Xandão (24) e o centroavante Dairo mereceriam o “Oscar”. O primeiro, nascido em Embu das Artes – SP, chegou ao Galo no ano passado, trazido pelo treinador Gaia. Nesta temporada sua regularidade foi marcante. Atuou em 26 dos 27 jogos que o time fez em toda a competição, fato que o levou a cair nas graças da torcida. “Realmente as coisas aconteceram muito rápido. Mas acho que a confiança deles no meu futebol foi o que mais marcou. Graças a Deus pude contribuir com meus companheiros e dar o tão sonhado acesso à eles”, avalia Alexandre Rodrigues Soares (Xandão). De contrato renovado até maio de 2015, Xandão não esconde que Limeira já está guardada em seu coração. “Ela é simplesmente minha casa, um lugar onde eu me sinto bem”. Outro fato que já foi eternizado pelo atleta foram os confrontos contra a Inter. “Ganhar duas vezes na casa deles foi emocionante. Eu falava com meus companheiros antes dos jogos: ‘clássico não se joga, se ganha’. E ganhar do rival três vezes, ganhar o jogo do acesso contra eles, foi simplesmente histórico. Agora eu quero mais, quero subir com o Galo para a primeira divisão”, avisa Xandão. Apesar de ficar fora do time em 30% dos jogos, Dairo, “o matador”, certamente teria o papel de mocinho do filme galista. A luta do atacante com sua lesão na coxa REC | 33


Guerreiros da Nação Galista

Em pé (esq. para dir.): Márcio Sachetto, Ednelson, Márcio, Simão, André, Everton, Rafael, Lucas e Ironaldo. Sentados: Cássio, Minduca, Vitinho e Thiago. foto: Igor Voigt

direita foi interminável, porém não o impediu de terminar a competição como artilheiro, balançando as redes adversárias por onze vezes. “Foi meu melhor momento dentro de um time profissional. Consegui isso devido ao fato do treinador Gaia ter me dado total liberdade para desenvolver meu futebol. A confiança é tudo”, exalta Dairo Pinheiro Santana (25), baiano da cidade de Ibiassuce.

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O artilheiro foi sempre impiedoso com os goleiros rivais, tanto que em cinco oportunidades Dairo fez dois gols na mesma partida. “Interessante esse fato! Mas os dois gols que marquei contra a Inter em pleno Limeirão foram especiais. Marcar gols em dérbi é diferente, muito mais emocionante. Além disso, aquele jogo deu muito mais confiança a mim e a equipe na longa caminhada que tivemos até o acesso”.


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rgulho de ser Galista

O grito que virou uma espécie de mantra, hino dos torcedores alvinegros durante a campanha pelo acesso a série A2 - o “Vamos Subir Galo” - foi uma promessa cumprida. Até o fim, eles acreditaram. E conseguiram contaminar os jogadores em campo com a crença inabalável na vitória. Cada vez que a bola teimava em não bater na rede, os galistas gritavam, empurrando o time para a frente. Todos os torcedores do Galo estão de parabéns, em especial os 35 membros da torcida organizada “Guerreiros da Nação Galista”. De acordo com Ironaldo Rodriguez (34), diretor da organizada, o time foi seguido por eles desde a primeira partida da competição. “Procuramos estar presente em todos os jogos. Quando um ‘Guerreiro’ vai paro o jogo, vai para torcer, sem se importar com qual seja o resultado, desde que haja luta dentro de campo”, explica. Fundada em 25 de janeiro de 1987 pelos amigos Márcio Fecherini, Emerson Fecherini, Edinelson Fecherine, Maurício Prada, Almir Bosco e Marcão (falecido), a Guerreiros têm como sede atual o Bar do Cabelo (Rua: Presidente Roosevelt, nº 1186, Centro), ponto de encontro para reuniões e confraternizações. O pernambucano de Itambé virou galista aos dez anos de idade, quando foi levado por um vizinho ao Pradão. “Daquele dia até hoje não parei mais de ir. No mínimo, nos jogos em casa é obrigação estar presente! Sou corintiano doente, mas uma simples vitória do Galo me deixa muito feliz. É um sentimento diferente. Sabemos que é difícil fazer futebol sem dinheiro, então a cada vitória o prazer é único”, enaltece Ironaldo. Se tocar um time sem dinheiro é difícil, torcer também não é nada fácil. “Geralmente cada integrante banca sua viagem, mas em jogos onde a distância é grande sempre surge algum patrocínio que nos ajuda. Em algumas viagens acontecem várias situações inusitadas. No jogo contra o Rio Preto quebrou um dos amortecedores do ‘busão’, e toda a galera precisou ficar de um só lado do ônibus para fazer contra-peso. Tudo isso para não perder a viagem e dar tempo de chegar para o jogo. Chegamos bem. Depois que passa é motivo de boas risadas”, garante o galista. “Limeira tem dono”. É com essa postura que Ironaldo espera ver o time em 2015. “A série A2 para o clube e torcida é um fato novo. Quero que o planejamento do clube seja de buscar o acesso para a A1. Não iremos entrar apenas para se manter, vamos buscar o acesso. Por parte da Guerreiros e de todo o galista pode ter certeza que terá muita festa na arquibancada! Em 2015 o Independente será Limeira no Paulistão. Ah, só espero que o nosso poder público também entenda isso e agilize a reforma do Pradão”, finaliza. REC | 35


por Igor Voigt

“Batman: Arkham Knight”

Os fãs do Homem-Morcego mais uma vez ficarão decepcionados. É que de acordo com uma listagem da Microsoft Store americana saiu a nova data de lançamento para “Batman: Arkham Knight”, último jogo da série desenvolvida pela Rocksteady: dia 24 de fevereiro do ano que vem. Originalmente, o game estava previsto para sair em outubro deste ano. Segundo matéria publicada pelo site Eurogamer, a publisher Warner Interactive apenas declarou que “’Batman: Arkham Knight’ tem previsão de lançamento para 2015”. Ainda assim, até o fechamento desta edição da REC, a página do game na loja online da Microsoft continuava exibindo a data de 24 de fevereiro. Vale notar que a data cai em uma terça-feira, dia da semana em que jogos são tipicamente lançados nos EUA. Na semana passada, o dublador do Homem-Morcego nos Estados Unidos, Kevin Conroy, havia indicado que o jogo chegaria ao mercado no início do próximo ano, mas datava o lançamento para janeiro. Infelizmente “Batman: Arkham Knight” mar- "Batman: Arkham Knight" será lançado para PC, PS4 e Xbox One

RECgameinfo

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cará o fim de uma era! Será o último jogo da série a ser desenvolvido pelo estúdio Rocksteady - de “Arkham Asylum” e “Arkham City”. Nele, o Homem-Morcego deverá lutar contra seus icônicos vilões e seus capangas em uma Gotham City evacuada, tendo como inimigos principais o Espantalho e o misterioso Arkham Knight. O game traz como novidades um novo mapa, trazendo toda a região de Gotham City a ser explorada, e a chance de pilotar o Batmóvel.

foto: imagem de internet

Mario Kart 8

Que atire a primeira pedra aquele nunca jogou qualquer uma das várias versões deste game! Convenhamos, um novo “Mario Kart” nunca é surpresa, e nunca é demais. Desde o Super Nintendo que todo console que se preze da Nintendo ganha uma versão própria da querida série de corrida - com exceção, claro, do mal fadado Virtual Boy. Com “Mario Kart 8”, porém, a expectativa não era tanta por novidade, mas sim por excelência: não basta o peso de ser o primeiro da franquia em alta definição, trata-se também de uma das principais investidas da Nintendo para convencer muita gente a comprar um Wii U, que ainda não deslanchou tanto o quanto se espera dele. Para os fãs ‘torcedores’ da Nintendo e os indecisos com relação a comprar um Wii U, felizmente o jogo entrega bem quase tudo o que se espera - e ainda tem potencial para crescer mais. De cara, o visual em alta definição chama a atenção de qualquer e conquista de cara, com estilo que lembra muito dos melhores filmes em computação gráfica ao estilo Pixar e DreamWorks. Tudo rodando a lisinhos 1080p e 60 frames por segundo, para quem se preocupa com este tipo de detalhe. Em termos técnicos, é um dos “Mario Kart” mais equilibrados e variados. Com os carrinhos e motos do Wii, a personalização de veículos que tanto marcou nos portáteis e trechos aéreos e aquáticos, que estrearam no 3DS. Além disso, a oferta de controles é grande e atende todos os gostos. Quer jogar no GamePad com botões e alavancas? Ok. No GamePad, mas com os sensores de movimento? Vale também. Pro

fotos: imagens de internet

Motos, trechos aéreos e aquáticos retornam, e veículos anti-gravitacionais debutam no game de Wii U

Controller, Wii Remote, volante de plástico, direcional digital? Pode também. Jogar apenas na telinha do GamePad? Claro que sim, como não. Se bobear, até o controle do GameCube vai funcionar quando sair o adaptador para Wii U. A maior novidade fica por conta dos replays, que podem ser editados de forma prática e compartilhados com o mundo todo, incluindo uma conveniente integração com o YouTube - que não é tão ágil, mas cumpre o papel que lhe cabe. REC | 37


Vítimas de

fisioinforma

Tendinites no esporte

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O corpo humano é formado por várias estruturas fundamentais para o movimento, permitindo a realização de várias atividades diárias e da prática esportiva, e uma das principais estruturas responsáveis por isso é o músculo

Fabio Facio

Fisioterapeuta fabiofacio@hotmail.com

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ncontrado em abundância no corpo humano, os músculos, que estão conectados aos ossos, são responsáveis por contraírem-se, aproximando suas duas extremidades, consequentemente aproximando um segmento do corpo ao outro e produzindo o movimento. Essa ligação entre músculo e osso ocorre por meio de uma estrutura mais rígida e resistente, o tendão. O tendão está presente em todos os músculos e, assim como todas as estruturas do nosso organismo, pode sofrer lesões e tornar-se inflamado, gerando a tão conhecida Tendinite. A tendinite é, portanto, uma inflamação que ocorre no tendão como resposta a uma lesão para permitir que ocorra regeneração e o tendão volte ao seu estado normal.


As tendinites são causadas geralmente por repetição excessiva de um mesmo gesto, seja no trabalho ou no treino esportivo, principalmente quando este músculo não está bem treinado e preparado para receber essa descarga de peso. O trauma direto na região do tendão também pode gerar a tendinite.

cotovelo, gerando a tendinite. O backhand realizado com as duas mãos protege o indivíduo de lesões, ao contrário do realizado com uma mão. Outros fatores que podem influenciar no aparecimento de lesões são as raquetes pesadas, alta tensão nas cordas e empunhadura de tamanho incorreto. Geralmente, as lesões aparecem mais em atletas sem uma boa técnica, atletas recreacionais ou inexperientes. As tendinites geram dor à palpação, dor à contração muscular resistida e dor ao alongamento. Geram também perda de função, como dificuldade para caminhar em tendinites de quadril ou dificuldades para segurar objetos com a mão nos casos de tendinites de cotovelo.

Alterações na coluna vertebral também podem ser causas de tendinites. Os músculos e seus tendões são inervados (controlados) por estruturas que se originam na coluna vertebral, os nervos. Quando existem alterações na mobilidade dos ossos da coluna vertebral, esses nervos sofrem prejuízo em sua comunicação com o músculo e com tendão, podendo causar controle inadequado dessas estruturas e gerar lesões e tendinites.

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foto: Imagem de internet

Outro fator importante é a sobrecarga mecânica no local da lesão. Nesse caso, a articulação não apresenta um bom funcionamento, causada por algumas alterações no funcionamento normal de ossos no local de dor, fazendo com que as outras estruturas de suporte (músculos, tendões, ligamentos) se sobrecarreguem como compensação, gerando lesões e inflamações.

Ilustração do corpo humano com os principais pontos acometidos pelas Tendinites

endinite e o tênis

O Tênis é um esporte que requer coordenação, agilidade e habilidade. Vem conquistando muitos praticantes ao longo dos anos e, consequentemente, aumento no número de lesões ocasionadas pela prática do Tênis. Segundo algumas pesquisas, ocorrem 10 lesões em praticantes de Tênis para cada 1.000 horas de prática do esporte. A maioria das lesões, em torno de 45%, acontece em membros inferiores, os membros superiores representam 35% e o tronco 20% das lesões em praticantes de Tênis. A incidência de lesões em cotovelo é em torno de 25%, enquanto que as lesões em quadril, como a do Tenista Gustavo Kuerten, representam 30% das lesões, sendo prevalentes as tendinites em quadril e cotovelo. Os movimentos do tênis que mais geram lesões em cotovelo e quadril são o saque, o backhand e o forehand em apoio aberto (tenista rebate com o corpo de frente para a quadra). O saque e o golpe na bola com o apoio de pés abertos geram sobrecarga no quadril, consequentemente nos músculos, tendões e ligamentos. Já o backhand e forehand geram estresses em cotovelos, principalmente na região lateral. Na maioria dos casos, esse tipo de tendinite aparece em atletas que não fazem o backhand adequadamente, sobrecarregando os músculos que se inserem no REC | 39


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fisioinforma

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Epicondilite Lateral ou Tendinite do Cotovelo do Tenista é uma lesão degenerativa (crônica) que ocorre muito em pacientes que praticam atividades de muito esforço e movimentos repetitivos do punho

O tratamento para tendinites depende da descoberta do fator que está gerando essa patologia, por isso, muitas vezes o tratamento requer técnicas mais específicas do que ingerir medicamentos e fisioterapia convencional. Na grande maioria dos casos, inicialmente deve-se tratar a inflamação para alivio de dores, melhorar a mobilidade da região, quando sem dores realizar fortalecimento dos músculos envolvidos e treino proprioceptivo. Mas somen-

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te esse tipo de tratamento normalmente não é suficiente, fazendo com que o paciente fique com os sintomas. O tratamento por um fisioterapeuta Osteopata é fundamental para que as disfunções presentes nas regiões da coluna vertebral e a falta de mobilidade normal dos ossos envolvidos na patologia sejam avaliadas e tratadas. Já o educador físico, tem a função de realizar o treino para correção do movimento realizado no Tênis, corrigindo tipo de raquete, posicionamento de mãos, forma de bater na bola e saltar.


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Escolinha Chute Inicial Corinthians Nesse semestre a Escolinha Chute Inicial Corinthians começou com tudo! Teve o campeonato interno da Copa do Mundo que foi um sucesso; na Liga Municipal foi Bi-campeão na categoria sub-09 e 3º colocado na categoria Sub-11; participou de uma visita especial com seus alunos na Arena Corinthians em um evento teste da FIFA; 15 alunos foram aprovados na avaliação feita no Parque São Jorge, todos convocados e já se apresentaram para treinar no Corinthians. Destes, dois foram convocados para constituir e passar a treinar na seleção de base do Corinthians Sub-9. Lembrando que um aluno também já treina na base do Sub-13 do Timão. Dia 19 de julho os técnicos do Corinthians virão à Limeira para uma nova peneira na escolinha. O ano ainda promete mais. Aqui é Corinthians!

Escolinha de Futebol do Cruzeiro Os alunos da Escolinha de Futebol do Cruzeiro - Unidade Limeira - Lucas, Luan e Kleber realizaram um teste na “Toca da Raposa” (Centro de Treinamento do Cruzeiro) e estão sendo monitorados pelos especialistas do clube mineiro. Apesar da pouca idade, os três futuros prováveis jogadores vão passar por experiências inesquecíveis com profissionais competentes do mundo da bola. O ex-goleiro e atual Coordenador das Categorias de Base do Cruzeiro, Raul Plasman (foto), é um dos mestres em garimpar e revelar atletas para o futebol. (Esq. para dir.): Bebeto (treinador cat. sub 13), Lucas Torres (aluno cat. sub 13), Careca (Observador Técnico), Luan (aluno cat. sub 13), Kleber (aluno cat. sub 13) e Raul Plasman

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times

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divisões

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O Campeonato Amador de Limeira 2014 teve início no último domingo, 29 de junho, com a realização de 29 jogos. Ao todo são 59 equipes, divididas em três divisões, e 1.475 atletas. As disputam envolvem 15 praças esportivas e cada rodada reúne uma média de 2.400 pessoas. A realização é da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer, e da Liga Desportiva Limeirense. Na primeira divisão são 16 times; outros 16 na segunda e 27 na terceira. As partidas ocorrerão aos domingos, com o campeonato sendo paralisado apenas durante os dois turnos das eleições. O sistema de disputa será idêntico para a primeira e segunda divisões. Os 16 times serão divididos em dois grupos. Até a sétima rodada, as equipes se enfrentam entre as chaves. Da oitava até a 15ª rodada, os times jogam entre


A Escolinha de Futebol do Internacional-RS – Genoma Colorado – já revelou várias boas promessas ao futebol, especialmente o meio-campista Matheus Henrique da Silva Petrúlio, de apenas 16 anos. Descoberto pelo professor Luis Carlos, ainda quando tinha apenas 11 anos, Matheus está há pouco mais de um ano jogando a Ponte Preta, de Campinas. Antes de atuar pela “Macaca”, o limeirense teve passagens pelo Desportivo Brasil e Mogi Mirim.

Foto: Arquivo pessoal Matheus Silva

Escolinha de Futebol do Internacional-RS

O esporte agradece! Limeira receberá R$ 3,91 milhões para a construção de um Centro de Iniciação ao Esporte (CIE) no bairro Lagoa Nova. O empreendimento irá beneficiar uma população de 18 mil pessoas. O CIE é um programa do Ministério do Esporte, vinculado ao PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento). Será implantada uma quadra poliesportiva coberta com dimensões oficiais para a prática de diversas modalidades; sala que poderá ser usada para ginástica/musculação; vestiários; enfermaria; pista de 110 metros e locais para salto e arremesso de peso. O ginásio terá capacidade para 195 pessoas. O CIE será construído em uma área de 16,13 mil metros quadrados na rua Antonio Ferrari. O complexo esportivo dará opção ainda para a prática de esgrima, judô, taekwondo, boxe, handebol, basquete, vôlei e ginástica trampolim, entre outras atividades. A quadra pode ser usada de forma verticalizada, garantindo outras duas de basquete. No atletismo, serão desenvolvidas provas de velocidade em raia de 110m, salto em distância, salto triplo e arremesso de peso.

Prefeito Paulo Hadich assinando o contrato para a construção do CIE

Rolando o melão si dentro do próprio grupo. Os dois primeiros colocados de cada chave se classificam para as semifinais e final. Os finalistas da segunda divisão sobem para a primeira. O último colocado de cada grupo é rebaixado. Na terceira divisão, os times jogam dentro das próprias chaves. Os quatro primeiros de cada grupo se classificam para a disputa das quartas de final. Sobem os dois finalistas. Caso novas equipes se inscrevam e estejam regularizadas, iniciam a disputa pela terceira divisão, mas há um limite de 28 times. O presidente da Liga Desportiva Limeirense, Antonino Alcântara Teixeira Martins, destacou que o Campeonato Amador de 43 Limeira | REC movimenta as comunidades, atraindo em

média 150 pessoas por campo. Nas partidas de times mais tradicionais, como Belinha Ometto, Santa Cruz, América, Santa Rosa, Az de Ouro, Nova Itália, Abílio Pedro, Ipiranga e Centro Rural, por exemplo, esse número é ainda maior. “O Campeonato Amador é disputado em Limeira desde 1944 e apenas não houve uma edição em 1981. A competição já faz parte da tradição esportiva da cidade e é aguardada por todos”, declarou. Segundo o diretor da Secretaria de Esporte e Lazer, Carlos Furlan, o campeonato tem representantes de praticamente todos os bairros da cidade e envolve times até da região, como Iracemápolis, Cordeirópolis e Piracicaba. “O grande número de pessoas presentes nos jogos mostra o sucesso do Campeonato Amador na cidade”, disse.


Foto: Imagens de internet

Hapkido Como um instrumento complementar na capacitação dos profissionais da área de segurança, o Hapkido oferece um treinamento onde os alunos aprendem técnicas de projeções, chutes, torções e imobilizações direcionadas a diversas situações que fazem parte destes profissionais. Durante os treinamentos o aluno desenvolve técnicas de condução do indivíduo infrator em segurança, fazendo a contenção da força agressora, com o uso de força defensiva moderada e legal, ou seja, controlando o indivíduo, agindo assim com prevenção e segurança antes que haja o delito, evitando que o agente de segurança caia no Artigo 126 (lesão corporal), por excesso desta ação.

Academia Associação Limeira de Taekwondo

Foto: Arquivo pessoal Claudio Vitor

Começou a disputa da 58ª edição dos Jogos Regionais que, pela segunda vez consecutiva, serão realizados na cidade de Itatiba. O pontapé inicial da competição aconteceu na última próxima quarta-feira, dia 2, e o término das disputas será no dia 12 de julho. A Academia Associação Limeira de Taekwondo, dirigida pelo professor Claudio Vitor, cedeu 6 atletas (4 no masculino e 2 no feminino) para representar Limeira. As competições de taekwondo acontecem nos dias 8 e 9. “Eles estão muito bem preparados. Tenho certeza de que representarão muito bem nossa cidade”, garante Claudio.

Sport Fight Center Adrien Roberto Domingues - Faixa Preta Terceiro Grau – não está dando chances aos seus oponentes em 2014. Das quatro competições que disputou este ano, o lutador limeirense sagrou-se campeão em todas elas: 5º Jogos do Interior de Jiu Jitsu, Campeonato Brasileiro de Jiu Jitsu (CBJJ), 2ª Etapa do Circuito Paulista de Jiu Jitsu e o 3º Open Talent de Jiu Jistu. Até o final do ano serão mais 7 disputas. Será que ele vai deixar alguma para alguém? Foto: Arquivo pessoal Adrien

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Crispim Team A Academia Fight For Life realizou no último dia 14 de junho o 2º Torneio Crispim Team - um Campeonato Interno de Muay Thai (amador) e Submission. O evento também reuniu lutadores convidados de algumas cidades vizinhas de Limeira: Iracemápolis, Rio Claro e Americana. Agora o foco da equipe é seguir treinando para a disputa do Mundial de Jiu jitsu, em agosto. Foto: Arquivo pessoal Cléber Crispim

Academia Chiu Jin

Fotos: Arquivo pessoal Academia Chiu Jin

Foram muitos dias de incansáveis treinos e ensaios que valeram muito a pena! Os alunos da Academia Chiu Jin fizeram uma belíssima apresentação de Kung Fu na 16ª Festa da Imigração Japonesa, realizada nos dias 21 e 22 de junho no Centro Municipal de Eventos de Limeira. Agora os alunos seguem com a preparação para o Campeonato Paulista que será realizado entre os dias 18 e 20 de julho, em Osasco.

Academia Fight Club Ela segue atropelando, ou melhor, finalizando as adversárias. A lutadora limeirense de jiu jitsu, Renata de Godoy (foto – atleta da direita), mais uma vez não voltou de mãos abanando de uma competição. Renata, atleta da academia Fight Club, foi campeã da sua categoria e vice-campeã por peso absoluto do 3º Open Talente de Jiu Jitsu, realizado em Valinhos, nos dias 21 e 22 de junho. O evento reuniu mais de mil lutadores, entre masculino e feminino, e distribuiu mais de 30 mil reais em premiações. No total foram mais de 28 horas de muito jiu jitsu para os amantes da arte suave. Foto: Imagem de internet REC | 45


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