Terceira edição da revista Brasiliterário

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RIO

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É impressionante a sensação que temos ao nos deparar com um livro de terror. Por estarmos totalmente focados no enredo, acabamos esquecendo o mundo a nossa volta, porém o mundo nos lembra que está lá. Do nada você ouve um barulho vindo da cozinha, como você está na sala, você pensa não ser nada. Aí novamente ouvindo aquele barulho ensurdecedor. Seu primeiro pensamento pode ser “Ah, não é nada.”, mas infelizmente este não é o pensamento da maioria das pessoas. Novamente o barulho na cozinha se revela, e então, o que fazemos? Neste momento, entramos em desespero. Nossas mãos começam a soar, o coração começa a bater repentinamente e com uma frequência alta, a respiração se torna muito mais rápida, até que em um sopro de coragem você levanta e vai ver o que há na cozinha, e apenas se depara com a porta aberta batendo contra o batente, e nota que é apenas o vento ajudando o seu terror acontecer. Isso é realmente algo normal e bem comum para ser exato. O medo é algo natural, onde nos acompanha desde antes que éramos apenas Neandertais. O medo é uma forma de o cérebro nos dizer que ali tem algo de errado, e que não é melhor nos aproximar. Agora, por que quando lemos um livro de terror, temos tanto medo, por exemplo?

Ao adentramos no enredo da história, nosso cérebro se concentra em apenas um ponto, o que nos ajuda a justamente interpretar bem os acontecimentos textuais, tais como, explosões, tiros, e tudo mais. Ao ocorrer momento de terror na obra, devido a nossa atenção, nosso cérebro gera uma reação em cadeia que começa com um estímulo de estresse e termina com a liberação de compostos químicos que calsam aumento de frequência cardíaca. Esta é a primeira explicação do medo, a explicação do porquê nosso coração bate tão rápido. Agora e o restante, o que mais acontece? As mesmas liberações de compostos químicos tendem a energizar os músculos e acelerar nossa respiração, além de liberar suor em nossas mãos, braços e corpo em geral. Este estímulo causado pelo cérebro, também é gerado quando estamos em frente a um grande público. Onde o famoso “Frio na barriga” se mostra, o que significa que estamos com certo tipo de medo, que na verdade é interpretado pelas pessoas como vergonha de palco, ou o medo de palco. Nosso cérebro interpreta tudo usando inicialmente ideias antigas, onde é necessário fugir, não arriscar e fica longe do local onde algum ruído está saindo.

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Nosso cérebro presumi as coisas, e a forma mais rápida e lógica que ele encontra é dizer que há, por exemplo, um ladrão em casa. Devido ao nosso cérebro comparar um acontecimento com outro, e analisa o que está igual, tirando assim a sua ideia do que pode estar ocorrendo no local de onde o ruído está saindo. E com isso, podemos notar que nosso cérebro apenas compara tudo em sua volta, nota que há muitas coisas similares, e coloca um alerta vermelho em sua cabeça, mostrando que há algo errado. É isto que acontece quando está lendo algum livro de terror, a liberação química de componentes que querendo ou não, são para sua proteção, mesmo sendo bem chatos.


A QUÍMICA DO CÉREBRO COMO UM LIVRO AJUDA A MULHER A CHEGAR NO CLÍMAX!

Um estudo feito nos Estados Unidos aponta que as mulheres tendem a ser mais imaginativas que os homens, mas o que isso significa? Neste estudo, mulheres acima de dezoito anos participaram de um tipo de experiência, digamos que um pouco quente de mais. Elas tiveram de ler um capítulo ou dois de um livro sobre sexo, os famosos “Sex Sellers”, apenas isso. Porém, o que os estudiosos queriam era realmente chegar a conclusão de que a mulher realmente é muito mais imaginativa que o homem.

Muitas delas começaram a ler, e antes de terminarem estavam morrendo de excitação. Contorciam-se e pulavam muitas vezes de suas cadeiras. Paravam varias vezes de ler para poder respirar, mas mesmo assim continuavam a pular e não paravam quietas nas cadeiras. O homem tende a ser muito mais visual que a mulher, o que explica ele sentir muita excitação em vídeos ou revistas de sexo, pois eles utilizam um pouco mais o seu lado esquerdo do cérebro, que é o lado da lógica, onde precisa ver as coisas para ter certeza. Porém, isso não significa que os homens não utilizem o lado direito, o emocional, e que alguns também não sejam mais imaginativos assim como as mulheres.

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Pessoas que leem tendem há usar um pouco mais o lado direito, pois devem imaginar muito mais o enredo da história, agora, as mulheres por muitas vezes serem mais sensíveis em sentimentos que os homens, poucas páginas de um livro já podem tirá-la de seu conforto. Infelizmente muitos dizem que há algo dando o estímulo a elas lá em baixo, porém, mesmo os que não acreditam afirmam que com um livro, a mulher consegue chegar a um orgasmo muito mais rápido que sem o livro.


HALLOWEEN E A LITERATURA.

POR GERALDO PENA DA FONSECA A princípio pode não significa nada, principalmente por não ser parte efetiva de nossa cultura, mas sabemos que a tradição do hemisfério norte aportou em terras tupiniquins com grande força, ainda mais pelos apelos comerciais. Para quem não sabe, a origem dessa festa remonta para os antigos celtas que habitavam as ilhas britânicas. Por ser o dia 1º de novembro tão sagrado, e ainda hoje conhecido como “o dia de todos os santos”, esse povo, assim como muitos outros, acreditava que em sua véspera os demônios e maus espíritos poderiam interferir na realidade, ameaçando suas colheitas. Assim começaram a tradição, não para cultuar o lado ruim das coisas, mas sim espantar o que poderia vir. O próprio nome da festa já explica um pouco se for desconstruído. A palavra Halloween, segundo os estudiosos, na verdade é uma supressão da expressão em inglês “all hallow’s even”, que de forma mais explicativa significa “véspera de todos os santos”. (Digo “de forma mais explicativa”, pois ‘hallow’, no inglês antigo, teria como significado “pessoa santa”) Assim como tudo que cai no gosto popular, a data acabou por influenciar muitos autores ao longo dos anos. Tanto os antigos como os mais atuais, as vezes recorrem a esse evento, e quando não apenas o citam em suas obras, muitas vezes o usa como palco principal. Muito além disso, temos obras onde você se sente inserido em mundos macabros, e mesmo sem ter a festa propriamente citada, são de tirar o fôlego, e é preciso uma certa coragem para se aventurar. Nesse hall de autores de terror podemos falar de alguns clássicos internacionais, como os de Bram Stocker, Mary Shelley, Robert Louis Stevenson, Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft, Guy de Maupassant, entre outros. Não que esses sejam os mais importantes ou mais aterrorizantes, mas suas obras influenciaram fortemente a cultura de suas épocas, e ainda adentraram nas gerações vindouras.

Dos mais atuais, temos Anne Rice, Neil Gaiman, Charlaine Harris, além do mestre Stephen King. (Apenas para lembrar, não estou citando todos, e sim os que mais me são conhecidos e apreciados). Muitos dos atualmente conhecidos mestres do terror se dizem influenciados por alguns dos nomes clássicos lidos acima, o que comprova suas importâncias e mostra que mesmo com o passar do tempo, o que é realmente bom permanece vivo e atual. Talvez alguns desses nomes mais clássicos não lhes sejam familiares, mas saibam que alguns desses autores criaram personagens fantásticos, como Drácula (Bram Stocker), Frankenstein (Mary Shelley), Mr. Hyde (Robert Louis Stevenson), e O Corvo (Edgar Allan Poe). Hoje a produção de histórias de terror não é tão ampla como já foi um dia, mas ainda temos em nomes como King, a esperança de uma nova e aterrorizante história. Mas infelizmente, pelo menos no meu ponto de vista, alguns autores acabaram por “adocicar” certos temas e personagens, trazendo-os para uma realidade ainda mais impossível do que era antes, conseguindo assim tirar um pouco do misticismo que existia por trás. Os fãs que me desculpem, e não entendam como crítica, mas um real exemplo é a obra de Stephenie Meyer, onde vampiros que sempre foram uma das espécies mais temidas da literatura, tendo em Drácula, de Bram Stocker, seu precursor, passaram à seres de boa índole e com poderes um tanto quanto descabidos. Por isso que, dentre todas as personagens de sua obra, sou fã do clã Volturi, que apesar de “dons”, ainda mantinham a crueldade que qualquer amante de vampirismo procura. Na literatura nacional o hall de autores de terror é ainda mais reduzido, mas temos o prazer de contar com grandes nomes como Álvares de Azevedo e seus contos, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis (também com contos excepcionais), além, é claro, de alguns novos nomes incríveis como André Vianco e M. K. Takenaka, que trouxeram um pouco do terror dos vampiros para terras tropicais, e de formas muito prazerosas.

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Agora, se é para falar de Halloween, obviamente nos remetemos à bruxas. E nesse universo temos ninguém mais, ninguém menos, do que J. K. Rowling, que apesar de não ter suas histórias de Harry Potter centradas no terror, trouxe a magia das bruxas para um nível diferente, e ao contrário de “adocicar” elementos pré-existentes, criou um mundo totalmente a parte, mais ao sentido original da tradição desse dia. Em suas páginas, a festa é comemorada como um grande evento, como uma celebração mais ou menos como os celtas e antigos povos faziam. (Abrindo um parênteses de um fã da literatura nacional, e mantendo o curso do tema “bruxas”, vale citar Renata Ventura, autora de “A Arma Escarlate”, que trouxe um pouco de magia para as terras brasileiras.) De uma forma ou de outra, com terror, vampiros, bruxas ou monstros, sendo culturalmente estrangeira ou não, a festa de Halloween soma muito positivamente em qualquer cultura, ainda mais no ramo literário, pois nos traz novos horizontes e arquétipos complexos a serem abordados. E, em minha opinião, dizer que dar importância a essas culturas importadas acaba por fazer com que deixemos de lado nossa própria, é um certo equívoco, e só revela o quanto damos pouca importância ao que é nosso, pois se valorizarmos realmente nossa cultura e folclore, muitas outras podem vir, mas jamais esqueceremos de nossas raízes, pois o que é forte, não é esquecido ou abandonado.


RESENHA DO LIVRO “O TRIO”. POR BRUNA VIEIRA

Este livro eu ganhei de um sorteio, logo que chegou já tentei lê-lo, porém com as provas e trabalhos da Faculdade e estudando para alguns concursos por aqui acabei protelando a leitura. Assim que fiquei livre das provas corri para a minha estante super fofa e peguei O Trio. Alane Brito nos trás uma história que gira em torno de três amigos: Davi, Nelson e Jordan. A história é ambientada numa pequena vila chamada Valentino Duarte, assim “presenciamos” eles crescendo e se adequando á realidade, porém durante essa trajetória, diversos acidentes (ou não) acontecem: furtos, pequenos incêndios e tudo acaba nas costas de Jordan, pois ele é sempre visto antes de acontecer algo ruim. Com isso, grande parte da vila começa a afastá-lo, chamando-o de leproso e sempre que acontece algo a culpa é de Jordan e ponto. Em consequência disso, a amizade do Trio começa a se abalar um pouco. Ao passar das páginas, uma grande tragédia acontece há muitas mortes, nem preciso citar o nome do suposto culpado certo? Jordan então é afastado mais ainda da vila: ele não deve participar de festividades ou ajudar na colheita ou ser visto por alguém. No meio das dores desse ínterim Davi e Nelson passam a “disputar” o amor da mesma garota, abalando ainda mais essa amizade delicada. Com o passar dos anos, a Vila de Valentino Duarte ainda aguarda mais uma tragédia. Jordan vai cortar lenha e acaba escutando dois homens estranhos conversarem e o foco da conversa: tomar a Vila. Rapidamente ele tenta voltar, mas os dois percebem, inicia-se então uma briga. Ao voltar para a Vila, Jordan tenta alertar os moradores, mas é em vão. Passa-se o dia e todos os moradores acham um absurdo Jordan amedrontá-los, mais calmos, eles voltam á sua rotina. Os “Selvagens” entram em Valentino Duarte e é um verdadeiro massacre. A Culpa? De quem será que é? Nelson e Davi conseguem fugir com mais alguns amigos da vila, porém Jordan ficou para trás. Davi então quer fazer de tudo para salvar o amigo. Conseguirá salvar Jordan? O Trio é um livro completo sabe? Há drama, ação, romance, aventura, até um pouco de terror. Fala sobre amizade, inveja, perdão, preconceito, fé... O leitor chora, se frusta, comemora e suspira ao passar das páginas. Particularmente eu amei essa capa, identificou bem a alma do livro. Há partes onde a Alane desenha alguns personagens e cenas e achei maravilhoso, consegui “entrar” na história ainda mais. Fora que a narrativa é totalmente envolvente, não há nada massante e o leitor consegue pegar um ritmo legal. Se você ainda não leu O Trio, está perdendo um grande momento de refletir e de saber o valor da verdadeira amizade. Leia nacionais, se apaixone pelas letras desse Brasil!

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JANE AUSTEN

POR CAMILA RINGVELSKI Após sua primeira publicação da obra Razão e sensibilidade, que se seguiram de vários outros exemplares da escritora, nossa história foi marcada. Uma simples camponesa romancista que dominava tanto as letras, expressa não apenas a beleza, mas as complexidades de viver a vida. Como todos nós, pequenos escritores, ela subestimava sua talento para contar e criar algo tão belo quanto seus romances. Nunca deixei de me perguntar se para escrever, seria necessário ter certa experiência sobre aquilo que se fala, ou então já ter passado por determinada situação. Nem deixei de refletir que todas as palavras são pequenos reflexos da alma. Mesmo sem perceber, transmitimos pequenas partes ocultas de nós entre os espaços de cada palavra. Nunca compreenderei de fato a tamanha paixão que ela expressava sem ter tido uma real experiência sobre o amor. Isso me faz pensar o quanto ela tinha uma alma extraordinária. Jane nunca casou-se. E ninguém sabe ao certo se apaixonou-se. Há muitos mistérios ocultos nas suas palavras. E não posso deixar a ideia de que ela foi profundamente apaixonada. Nesse caso, penso que Syrie James, quem teve o prazer de ter os manuscritos deixados por ela nas mãos, concordaria comigo.

Segundo a obra de James, As memórias perdidas de Jane Austen, foram encontrados manuscritos feitos por ela que revelavam não só partes ocultas de sua vida, mas um romance vivido com um tal Sr. Ashford. Embora esse nome seja desconhecido pela história, também não podemos deixar de lado uma conversa que foi encontrada nos manuscritos de Jane com seu sobrinho, no qual ela dizia: “ Se você acreditar, será tão bom quanto se fosse verdade”, ele responde: “Você quer dizer que, se eu acreditar que é real, se tornará verdadeiro?” “Sim”, ela lhe respondeu com um sorriso. Com base na obra de James, é facilmente visível ver a relação de seus manuscritos com seus livros. Suas histórias foram inspiradas por um único amor. No qual cada livro traz delicadamente cada emoção sentida. Seus livros mostram de forma sucedida as dificuldades, os desencontros e os desencantos do amor. E que no fim, o amor é superior as dificuldades que a vida nos impõe. Embora sua história não tenha um final feliz, Paula Pimenta nos lembra, “ Basta escrever com bastante capricho as páginas da nossa história que elas acabam nos levando a um final feliz”. “Passei a acreditar, afinal, que não há vergonha na verdade, apenas liberdade; e que, com o tempo, toda história tem o seu direito de ser contada”, nos deixa a refletir Syrie James. Se você tem alguma história, real ou não, não se esqueça de deixar a porta entre a imaginação e a realidade aberta. Se você acreditar, será tão bom quanto se fosse verdade.

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Muitos já ouviram falar deste homem. O famoso escritor Stephen Edwin King, que com seus livros de terror, encantou e encanta gerações. Nascido em Portland, Maine, no ano de 1947, é um escritor norte-americano que utiliza um dos gêneros mais famosos em suas criações textuais, o terror. Foi o segundo filho de Donald e Nellie Ruth Pillsbury King. Após seus pais separarem, ele e seu irmão, David, foram criados apenas por sua mãe. Stephen se graduou na Lisbon Falls High School, em 1966. Então foi para a Universidade de Maine, onde mantinha uma coluna semanal no jornal escolar que tinha o nome de The Maine Campus. Foi deste jornal, que ele passou a olhar a literatura com um olhar diferente. Stephen foi um estudante ativo, onde colabora com a escola e, além disso, participava de questões políticas e servia como um membro do Student Senate. Ele se graduou em 1970, e obteve qualificação para lecionar. O famoso escritor casou-se com Tabitha Spruce em 1971, que também é escritora, e ambos ainda continuam juntos até hoje. Em 1973, a editora Doubleday & Co, aceitou a novela Carrie. Apartir daí, Stephen parou de lecionar e decidiu dedicar-se a escrita por tempo integral. E neste mesmo ano, Stephen, consegue novamente ser aceito na editora, porém agora com outro livro de uma outra novela, a famosa Salem’s Lot ou A Hora do Vampiro. E neste período, a mãe do escritor morre de câncer com apenas 59 anos de idade.

Um ano após ele ser aceito pela editora, Carrie foi lançada, e Stephen também se muda para o Colorado, onde viveu aproximadamente um ano apenas, e durante este tempo, Stephen, escreve uma de suas principais obras, que futuramente se tornaria até mesmo filme em 1980, pelo diretor Stanley Kubrick, The Shining, ou O Iluminado, em português. Após este um ano em Colorado, Stephen, volta para Maine onde finaliza sua obra chamada The Stand, ou A Dança da Morte. Stephen tem três filhos: Naomi Rachel, Joe Hill, que também é escritor, assim como seu outro irmão, e filho de Stephen, Owen King. Stephen King tem 66 anos atualmente. Aqui há a lista de todas as obras literárias de Stephen King. • 1974 - Carrie (Carrie) • 1975 - A Hora do Vampiro (Salem’s Lot) • 1977 - O Iluminado (The Shining) • 1978 - A Dança da Morte (The Stand) • 1979 - A Zona Morta (The Dead Zone) • 1980 - A Incendiária (Firestarter) • 1981 - Cão Raivoso (Cujo) • 1983 - Christine (Christine) • 1983 - O Cemitério (Pet Sematary) • 1983 - A Hora do Lobisomem (Cycle of the Werewolf) • 1984 - O Talismã (The Talisman, escrito com Peter Straub) • 1985 - Tripulação de Esqueletos (Skeleton Crew)

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• 1986 - A Coisa (It) • 1987 - Os Olhos do Dragão (The Eyes of the Dragon) • 1987 - Angústia (Misery) • 1987 - Os Estranhos (The Tommyknockers) • 1989 - A Metade Negra (The Dark Half) • 1990 - A Dança da Morte (expandida) The Stand: The Complete & Uncut Edition) • 1991 - Trocas Macabras (Needful Things) • 1992 - Jogo Perigoso (Gerald’s Game) • 1992 - Eclipse Total (Dolores Claiborne) • 1994 - Insônia (Insomnia) • 1995 - Rose Madder (Rose Madder) • 1996 - À Espera de Um Milagre (The Green Mile) • 1996 - Desespero (Desperation) • 1998 - Saco de Ossos (Bag of bones) • 1999 - A Tempestade do Século • 1999 - The Girl Who Loved Tom Gordon (não publicado no Brasil)) • 2000 - Riding the Bullet (não publicado no Brasil) • 2001 - O Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher) • 2001 - A Casa Negra (Black House, escrito com Peter Straub) • 2002 - Buick 8 (From a Buick 8) • 2005 - O Rapaz do Colorado • 2006 - Celular (Cell) • 2006 - LOVE: A História de Lisey (Lisey’s Story) • 2008 - Duma Key (Duma Key) • 2009 - Under the Dome • 2010 - Blockade Billy.



NERCTAR OONECTAR

POR ISABELLLA

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DA VIDA!

CUNHA LOPES Quando em mil anos o sol não fora mais que uma simples lembrança, ela se levantou. A lua, mãe pai e amante deu-lhe boas vindas. Seus cálidos lábios percorrendo o alvo corpo e seus braços apertados em volta do abraço, aumentando a necessidade de vida quente nos lábios que dormia. Flores mortas circulavam no caminho que emanava tristeza. Na noite não havia prantos, mas, o salgado das lágrimas estava impregnado no chão pouco fértil onde somente um carvalho negro e retorcido, como os corpos que lá residiam, tremulava suas folhas secas por ares tão mortos que só conseguia absorver a amargura e a solidão. Andou... Andou sem rumo. Seus pés estavam descalços, suas mãos com pequenas feridas, que adquiriu ao arrastar a manta de mármore que cobria sua cama de jazer, seus olhos com um teor tão perigoso que assustaria qualquer um que olhasse.

Andou... Andou pelas ruas como se conhecesse os mapas minuciosamente, mas, na verdade era guiada pelo desejo. As batidas rítmicas controlavam sua velocidade e, com cheiro adocicado para o seu nariz, ansiava para sentir nos lábios o medo e o seu prazer de um corpo cujo coração ainda bombeava.... A claridade fazia seu pequeno corpo retroceder... O que era aquilo? Não reconhecia. Da sua vida as velas eram lembranças, o ardor, o aconchego. O que fazia uma não-viva acordar de sua tumba, depois de tanto tempo e não reconhecer o que lhe esperava? A eternidade tinha esse problema. Seu corpo perdurava enquanto sua mente, um dia sã, perecia com sua moral, e, somente a sede pelo líquido viscoso, néctar da vida, era seu objetivo.

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Enfim encontrou. Na descrição de seus movimentos passou por um humano. O odor dele era de menta e tabaco, mas os lábios dela salivaram ao sentir o cheiro do líquido que fluía em suas veias. O corpo dela o não era nada a imensidão do homem, mas, sem precisar de força, o guiou na escuridão. “Venha, não hesite. Sou o fruto proibido, o medo e o castigo que você tanto quer. Venha, abrace essa linda escuridão e abra o teu coração para que nele eu possa me afogar... Venha, a luxuria te encantou, nos meus olhos você olhou, agora não pode mais voltar” Deleitou-se na luxúria humana. Compartilhou da mais intima troca e o mais íntimo desejo. Todos querem e não assumem. Todos precisam mas não se incumbem de um pouco de dor. Gorjeou mais lastimosa poesia quando o sangue pintou a sua seca garganta e estremeceu de prazer. Olhou a expressão de horror nos olhos vidrados do homem e sorriu. O medo alimentava seu sorriso. Limpou sua boca e, minutos antes do sol nascer, pela musica dos surdos foi guiada para sua caixinha de música sepulcral de mármore.


EMPREGADO POR JÚNIOR

Sábado à noite e lá estou eu analisando e fechando intermináveis pilhas de relatórios de finanças. O Paulo e o Luís haviam me ligado pela manhã, haviam pegado algumas cervejas e comidas, íamos ouvir um som (puro heavy metal anos 80) enquanto jogávamos e conversávamos sobre a cansativa semana, falando mal dos chefes, namoradas e família. Ao meio dia o Sérgio, supervisor do setor de finanças, que por acaso era meu chefe me ligou e pediu que eu passasse pela tarde no escritório, algumas papeladas atrasadas haviam chegado e ele precisava de tudo pronto para segunda. Se eu quisesse continuar com aquele mísero salário e todas outras regalias que a empresa oferecia teria que obedecer aquele babaca religioso (o Sérgio era conhecido no setor de finanças por ser um cara religioso meio que obsessivo, sempre estava pregando “as boas novas” ao pessoal e sempre dizia que eu iria queimar no inferno por ouvir “aqueles cânticos infernais que eram a própria voz de satanás”), o salário em si não era ruim, eu conseguia sobreviver bem, sai com a Bruna sempre que podíamos e sempre conseguia aquele game lançamento do ano ainda na pré-venda. Eu havia chegado às duas da tarde na empresa, subi até o sexto andar onde fica os escritórios do meu setor e fui até a sala do Sérgio ele me disse sobre como queria que as papeladas fossem finalizadas e então me liberou, sentei na minha mesa e comecei a fazer tudo, eram quase três da tarde quando eu havia começado seria um trabalho rápido (eu tinha o costume de sempre terminar pedidos antes do prazo, acho que foi um dos motivos do Sérgio me ligar ao invés de alguns dos outros dezenove funcionários do setor) se a porcaria daquele computador não estivesse com sérios problemas. Os computadores das mesas eram máquinas simples, Windows XP em todos (algumas pessoas, por incrível que pareça, ainda não eram familiarizadas com os novos sistemas e sempre reclamavam), alguns processadores variados de Pentium 4 e D e até mesmo 3, o que causava um certo transtornos em alguns dias de intenso trabalho. Eu quase me formei em um curso de tecnologia de computação, mas então surgiu essa vaga na empresa e na época era um bom salário para um cara com ainda 20 anos e que ainda vivia com a mãe, então eu dei uma pausa na faculdade (trabalho das 7 da manhã até às 8 da noite, fazia algumas horas extras para vir uma boa grana a mais para o fim de semana) e até hoje me encontro aqui.

Logo quando iniciei o sistema para começar a finalizar os relatórios o computador começou a travar, uma merda que só vivia “dando pau” e sempre me deixava irritado, eu não costumava entrar em sites “maliciosos” o máximo que fazia era usar a boa internet da agência para piratear alguns filmes e séries, mas eu comecei a prestar mais atenção e vi que o Marcos (meu colega ao lado) estava usando meu computador para entrar em estranhos sites pornográficos, quais eu nem ouso citar, pois seria possível haver certa visita da policia federal a minha porta (coisa feia acredite). Minha paciência chegou ao fim quando ela apareceu, “tela azul da morte”, eu sabia que a situação dos computadores estava feia, mas não a esse ponto. Peguei as coisas e parti pra mesa da Tânia, ela sabia manusear a maquina e eu sabia que o dela era dos poucos que ainda não estavam abarrotados de vírus e outras merdas a mais. Perdi quase toda tarde tentando fazer meu computador rodar e quando eu consegui me ajeitar na mesa da Tânia já se passava das seis da tarde, havia perdido toda tarde para finalizar tudo e agora teria que passar a noite de sábado para terminar toda essa grande montanha de relatórios que estavam . pela metade, erros na cotação de valores e até mesmo de digitação, peguei um refrigerante e um salgadinho e coloquei na mesa, aquela não era a noite que planejei para o final de semana, mas quem sabe aquele ato de altruísmo não gerasse um agrado aos olhos do chefe e viesse um bônus ao fim do mês ou quem sabe uma promoção. Eram sete e meia quando o Luís me ligou, ele e o Paulo estavam bravos comigo por ter furado o “sábado dos games”, tentei explicar, mas eles nem ligaram, eu ter furado por estar no trabalho por ordens superiores era o mesmo que furar por estar em casa sem fazer nada, uma vez reclamaram que faltei por ter ido ao velório de um tio. Já eram dez e quarenta e cinco e eu ainda estava na metade de tudo, começa a cogitar a ideia de deixar tudo e voltar ao domingo pela manhã para terminar e quem sabe tirar o resto do dia de folga, mas meus planos pararam por ai, e então as coisas tomaram um rumo diferente do esperado para aquela monótona noite. Começou com alguns barulhos no corredor ao lado da sala, logo de começo não dei bola, no turno da noite quatro pessoas ficavam no prédio, um segurança ficava na garagem ao subsolo, mais um no saguão de entrada e mais dois zeladores que limpavam algumas salas de todo prédio.

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DO DIABO

MELO

O barulho persistiu por um tempo, mas não parou, foi continuando até parar na sala do Sérgio, continuou por mais algunsminutos e então parou, parei oque estava fazendo e tentei escutar algo e então um forte baque, parecia algo de metal batendo ao chão, me assustei derramando o resto do refrigerante ao chão. Não sei de onde, mas consegui reuni certa coragem e me levantei, e fui andando devagar até a sala do Sérgio, parecia haver movimento, as luzes estavam apagadas, mas eu ainda podia ver uma luz fraca que provavelmente seria da tela de seu computador. - Têm alguém ai? – minha voz estava fraca, não é de meu costume levantar tarde da noite quando ouço um barulho na cozinha, quem diria no sexto andar do prédio onde trabalho – Sérgio? Você está ai? Fui me aproximando mais da porta, parei por um momento e então bati, a movimentação parecia ter parado, bati mais uma vez e antes de terminar a porta se abriu. A cena seria bem cômica se não fosse assustadora, Sérgio apontava o cano de uma escopeta calibre 12 na direção de meu rosto. - Puta que pariu Sérgio! Abaixa isso cara você quer matar quem?! - Fala baixo ai, entra aqui logo antes que ele te ouça! O Sérgio me deu um puxão e me jogou sentado na cadeira, se virou e passou a chave na porta. O cara estava com um calibre 12 na mão e parecia bem nervoso, o que contribuiu bastante pra eu também ficar nervoso. - João? Oque você ainda faz aqui uma hora dessas? Achei que já estivesse em casa? - O meu computador deu pau, demorei pra arranjar outro e ainda nem terminei os relatórios! Mas que porra você está fazendo aqui com essa arma? - Não é da sua conta garoto, estou em uma missão, enviado aqui por Deus! - Hã? Você está bem Sérgio? Você bebeu e resolveu vir para escritório? Pera ai você não tá... Você está chapado Sérgio? - Olhe sua boca garoto, Deus me enviou em uma missão, o mal tomou conta dessa empresa e eu preciso corta-lo pela raiz, eu não tinha conhecimento sobre oque realmente acontecia aqui, mas após algum tempo de pesquisa eu descobri a verdadeira identidade dele, quem realmente

ele é. A expressão dele parecia bem determinada, como se estivesse perseguindo uma pessoa por anos e finalmente descobrisse onde ela se escondia. Ao falar ele balançava constantemente a arma oque me deixava mais nervoso, eu jogo bastantes games de guerra e sei o estrago que uma calibre 12 faz de perto.

- De quem você está falando Sérgio? Você está bem? Certeza que não está bêbado? - Já lhe disse, eu não consumo essas coisas profanas que amaldiçoam a alma e a destroem, espere, pensando bem você pode me ser útil garoto! Ele me olhava com olhar mais estranho que antes, tinha uma expressão maliciosa, merda ele pensava em me usar, mas pra que diabos? - Sabe usar uma arma? Já atirou alguma vez? - Éee... acho que sim. – tentei parecer que entendia, não queria parecer pequena coisa ao lado do Rambo da Universal. - Tome aqui e me siga, ele ainda não sabe de nada, tente não fazer barulho e quando eu disser você atira. Ele tirou uma .45 que estava na cintura e meu deu, destrancou a porta e saiu pelo escritório em direção elevador. Eu não queria voltar a finalizar meus relatório e seguir o Sérgio em sua viagem no ácido parecia mais divertido e quem sabe rendesse uma historia engraçada para a segunda. Fomos andando sorrateiramente até o elevador, ele apertou o botão para subir e ficamos esperando. - Cara quem mesmo que estamos procurando? – saímos em uma caçada e eu nem sabia oque estávamos caçando. - Vamos até o 9 andar, Seu Juarez está na em sua sala, precisamos dar um fim nele. Seu Juarez era ninguém menos que o dono de toda aquela empresa, um cara estranho que ninguém conhece direito, ninguém sabe ao certo de onde ele veio, sobre sua família, só se sabe que a cinco anos ele comprou esse prédio e abriu a firma e rapidamente se consolidou se tornando uma das maiores do pais. Diziam (aqueles que iam até a sala de Seu Juarez eram os que seriam despedidos ou ganharam grandes promoções, e dizem que todos que iam voltavam diferentes) que sua sala era cheia de prêmios, os quais ele recebeu devido à rápida ascensão no mundo dos negócios. - Você tá maluco? Você quer matar o Seu Juarez? Oque ele fez a você? - Ele não é o Seu Juarez de verdade, ele é uma coisa do mal. - Que porra você tá falando? – cada vez mais eu achava que o Sérgio havia bebido algo. - Ele é... outra coisa. – parecia que ele não queria pronunciar aquela palavra ele se calava antes de pronunciar. - Fale logo, oque tem de diferente nele. - Seu Juarez é o Diabo! - Hã? Porra Sérgio cai fora, eu do um duro da porra, venho aqui no sábado pra terminar os relatórios e você chega aqui com sacanagem inventando história de diabo e tal, essas merda de igreja tão te fazendo mau cara, acho melhor você voltar pra casa, tomar um banho, um copo de uísque e ir dormir.

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EMPREGADO DO DIABO POR JÚNIOR MELO

- Garoto infeliz, mais um que não está ai pros planos de Deus e se deixa cair nas garras do tinhoso, não existe nenhum Seu Juarez, o dono dessa empresa aqui, o empregador de todo mundo é o próprio “pé preto”, o inimigo, a serpente do paraíso, o caído, satã, satanás, diabo, pé fendido, cara de boi... - Tá bom, entendi, pra mim já chega. Peguei a arma e coloquei no chão e me virei pra sair, aquilo já era demais pra mim, não iria cair num joguinho sem graça de um fanático religioso e correr o risco de ser preso por atentado a vida de meu chefe. Quando me virei a porta do elevador se abriu com uma leve estalo e em seguida um gritinho que mais tarde soube que era do Sérgio, ouvi ele engatilhando a arma e então um tiro. A escopeta calibre 12 produz um som bem audível ainda mais quando se disparada em pequenos lugares, e um coice relativamente forte que também tem sua potencia aumentada em pequenas distancias. Eu me virei esperando ver o corpo de alguém todo destroçado pela potencia da arma, mas não havia corpo muito menos sangue. Lá estava ele, me parecia ter entre 50 e 65 anos, cabelos pretos, olhos azuis, vestia um terno impecável, sapatos lustrosos, tinha um porte atlético, parecia que eu estava vendo o Al Pacino em sua melhor fase. Eu não sabia como o Seu Juarez se parecia, mas sabia que aquele era ele. - Alguém me chamou? – Ele estava parado a porta do elevador ao lado de um buraco feito pela arma. - Filho da escuridão, tinhoso, pai da mentira! – Sérgio parecia paralisado de medo, mas ainda não se continha e lançar aqueles nomes contra o homem que parecia saído de um filme do James Bond. - Senhor peço desculpa, esse é Sérgio, chefe do setor de finanças, ele se deixou cair nas bebidas e agora perdeu o controle e tentou subir até a sala do senhor, eu tentei impedi-lo. – Eu não sabia oque fazer e tentei apaziguar a situação. - Você é o João certo? Eu não sabia o que responder, e a situação não poderia piorar, Sérgio continuava a xingar o Seu Juarez que ficava me olhando ainda esperando minha resposta. - Sim... sim senhor, sou eu Jão... não João! - É um prazer conhece-lo João, recebi muitos elogios sobre você e estava pretendendo vê-lo, me indicaram você para um cargo que precisa ser reposto.

Uma promoção? Vinda do próprio dono da empresa? Ele recebeu elogios sobre mim? Acho que meu sábado valeu a pena, não seria tão mal. - Fico muito agradecido senhor. Mas gostaria de saber que cargo seria esse, não tenho diploma em universidade e não sei se estarei qualificado para tal. - A meu jovem pode ter certeza que você está, andei analisando você por alguns dias, e decidi que você se encaixa bem no cargo de chefe do setor de finanças. - Oque? - Sérgio parou de falar mal do Seu Juarez ao ouvir que ele seria reposto. - Isso mesmo Senhor Sérgio, você está despedido. - Seu demônio, vou lhe mandar para lugar de onde você deveria estar! Sérgio tentou recarregar a arma, mas foi em vão, Seu Juarez levantou a mão em um gesto estranho e eu acho que esse foi ápice das loucuras da noite, Sérgio foi atirado ao ar com uma imensa força, e quando digo imensa era bem grande mesmo, ele se chocou contra uma janela de vidro e foi caindo até parar na calçada. Olhando de cima aquela massa vermelha lá embaixo nem parecia mais com o Sérgio. Voltei meus olhos atônitos para Seu Juarez que me dava um sorriso como se nada daquilo estive ocorrido. - E então João você aceita o carto? - É... Claro senhor! – não seria de todo mal, pelo menos eu não seria atirado da janela do sexto andar. - Maravilha garoto, mude suas coisas para o escritório do Sério, segunda você começa no novo cargo. – Parecia que ele havia encontrado o funcionário que sempre estivera procurando. – Preciso perguntar uma última coisa. - Sim senhor, pode perguntar. - Você por acaso é de alguma igreja, ou acredita em algum deus? Pensei bem antes de responder, achei que a resposta poderia decidir o rumo daquela noite. - Não senhor, prefiro passar meu tempo no bar. - Haha, ótimo garoto, parece que vamos nos dar muito bem. Pegue suas coisa e vá para casa, temos muito trabalho pela frente. Até Segunda.

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FINAIS FELIZES? NÃO NESTE CONTO. POR DEISSE SOUSA Numa manha de tempestade Júlia acordara de manhã cedo para fazer a sua rotina de sempre: trabalhar. Ela se pois a pôr sua cesta nos braços e caminha para fora do pequeno vilarejo chamado Northic ,enquanto andava teve uma leve impressão que estava sendo perseguida por alguém então parou de caminhar. - Tem alguém aí? - Tem sim,desculpe-me por assustar a senhorita... -Falou um belo rapaz,alto,branco como a neve,cabelo sedosos e loiros. - Ah,não tem problema –Citou ela um pouco desconfiada ,a moça voltou a andar então,ela não queria ficar parada na estrada com um rapaz desconhecido. - Espere! Você se chama Júlia,certo? – Disse o garoto enquanto a seguia. - Sim,o que você quer? Quem é você? - Eu? - Sim,você é muito estranho. –Citou a menina já um pouco nervosa,queria sair dali o mais rápido possível.

- Ah,eu sou um cara simples que veio morar em um pequeno vilarejo... - Por favor,eu sei que você não veio aqui só pra isso... - É,você está certa,pra falar a verdade eu vim aqui pra isso. – Assim que o rapaz terminou de falar ,ele a pegou pelo braço e a beijou,um beijo voraz,um beijo que ela nunca tinha recebido faz muito tempo,e aquilo só não passou pro próximo nível por que o próprio rapaz se desfez dela. - O que foi isso? –Perguntou ela ainda procurando um pouco de folego. - Isso? Um beijo. Meu nome é William e há muito tempo que te observo,sou completamente apaixonado por você,só não tive coragem de falar,perdoe-me pela ação que fiz,só não consegui...me segurar. - Ok,ok...Bom,William... Poderíamos nos conhecer primeiro pra quem saber,um dia,a gente se casar,não é? –Citou ela em um tom debochado. - Mas isso foi um ótima ideia,você pode continuar seu trabalho enquanto conversa comigo. Ok? - Ok. Anos se passaram e Júlia e William se conheceram melhor,eles se casaram e já estavam morando na mesma casa. Pobre garota ,mal ela sabia o que estava prestes a acontecer. - Júlia! Vem comigo,preciso te levar para um lugar lindo! –Citou William entusiasmado já fora de casa. - Espere,já estou indo! – Falou Júlia. Alguns minutos depois ela apareceu.

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- Vem... – Citou ele correndo pela estrada enquanto Júlia corria logo atras. Até que param em frente a um lindo lago e a face de William logo mudou. - Amor? O que houve? Você esta estranho... –Disse Júlia parada na frente do lago. - Perdoe-me,perdoe-me mas terei que fazer isso,é necessário ,eu realmente me apaixonei por você...Mas tenho que seguir a tradição! - Do que você está falando? Que tradição? – Disse Júlia um pouco confusa. - Terei que fazer... – E logo William se aproximou de Júlia mordendo ferozmente ,enquanto ela se debatia com as forças que restava,enquanto o sangue ainda corria em suas veias. Pobre garota. Júlia estava morta. - Perdoe-me... – Falou William pondo uma corrente com uma pedra um pouco pesada sobre o braço de sua agora ex esposa ,ele a jogando no lago e a viu afundar... O jovem moço infeliz até hoje vai em vilarejos de dois em dois anos para se casar-se com uma moça e depois morde-la. Ele diz que faz parte da tradição vampiresca. E todos não viveram felizes para sempre,nem agora e nem nunca.


LADOS DE MIM! ALANA KELLY

Como já disse muitas vezes, sou partida em duas. Um lado contém minha exuberância, minha petulância, minha alegria e acima de tudo, minha capacidade de apreciar o lado bom das coisas. Ninguém conhece o meu melhor lado, e acho que por isso, muita gente não me suporta. Sou fria, cômica e rebelde por fora. Mas lá dentro, na minha outra e mais profunda metade, existe uma eu sentimentalista, uma eu feliz e engraçada, uma eu, que nunca se está presente para a realidade. Meu lado mais pesado vai sempre tirar vantagem do mais leve, e com isso, sempre vencerá. Eu tento, tento mesmo, empurrar para longe essa minha metade, que só é metade do que se conhece de mim. Mas tenho medo de como as pessoas possam reagir quando descobrirem esse meu lado mais fértil. Posso ser uma ridícula ao pensar assim, mas, ele oculto, facilita que as pessoas não conheçam minhas cicatrizes e feridas que ainda andam sarando. Mas meu eu frio, sabe esconder muito bem isso e por ser assim, ele domina bem. Quero acordar sempre todos os dias e deixar que essa minha metade “ambígua” esboce o falso sorriso de sempre e faça que acreditarem que estou bem, mesmo não estando. Sei exatamente como gostaria de ser, como sou por dentro. Mas infelizmente, só sou assim comigo mesma. Mas é só isso que tenho feito, deixando as pessoas acreditarem que estou bem em todos os quesitos. O que falo não é o que sinto, e por isso tenho reputação duvidosa. Mas o fato de ser assim, só faz ainda mais, minha metade de fora gargalhar e encolher os ombros. Enquanto o meu eu de dentro, tenta pular para fora, tentando arrancar a corda a qual está amarrada. Sou realmente duas metades incertas, sem saber como agir da forma certa, no memento certo e sem saber qual delas deve me dominar. Sendo rodeada todos os dias, por opiniões negativas, olhares desanimados e rostos zombateiros não me faz feliz e posso dizer que nunca fui feliz. Tudo porque não sei escutar os conselhos de minha metade melhor. Acredite, eu gostaria de escutar, mas nunca vai dá certo, porque, como as pessoas vão reagir se eu começar a agir de forma séria e quieta? Todo mundo vai achar que estou representando outro papel, e na verdade elas vão está certa, porque eu vou está representando outro papel, um papel no qual me revelaria de verdade, revelaria a pessoa mais frágil que sou, as minhas dores, sentimentos, cicatrizes e acima de tudo, mostraria uma lado no qual eu gostaria de ser se... se não houvesse mais ninguém no mundo.

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FELIZ HALLOWEEN! A BRASILITERÁRIO ESPERA QUE VOCÊ LEIA MUITO E COMA MUITOS DOCES!


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