Boletim KL - dezembro 2013

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Ano I - 3ª Edição Dezembro/2013

Softwares: Tecnologia no gerenciamento pág. 2 do negócio Consulta Sebrae

O público do meu negócio pág. 5

Será que o ano começa mesmo depois do

Carnaval?

pág. 6

Biblioteca

Comportamento x Consumo

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Editorial

Kerli Lima Diretora KL Contabilidade

Estou muito feliz em apresentar esta nova edição do Boletim KL. Ele chega com mais consultores e matérias muito interessantes para ampliar os seus conhecimentos. Vamos falar sobre tecnologia e como ela pode ajudar, na prática, a gerenciar a sua empresa. Será que fazemos uso dos meios que já estão à nossa disposição para melhor gerenciar o nosso negócio? Em nossa Consulta Sebrae vamos falar sobre como identificar e explorar melhor o público alvo. A consultora Marielle Rieping dará dicas importantes desde o reconhecimento e escolha do seu público alvo até como aproveitar o conhecimento sobre esse público, aumentando as vendas. Nino Carvalho, coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas no Brasil, responde a pergunta: Será que o ano começa mesmo depois do carnaval? Com a chegada do fim do ano preparamos para você uma interessante matéria sobre como aproveitar melhor esse período e alavancar o seu negócio. A partir desta edição trazemos uma nova sessão: RH. Ela conta com um consultor de peso, o Headhunter Bernt Entschev, fundador presidente da De Bernt

Entschev Human Capital, com sede em Curitiba, PR. Bernt trabalha com recrutamento de executivos há mais de 25 anos e já foi eleito o 4º Melhor Headhunter do Brasil pelo Canal RH. É comentarista de Recursos Humanos da Rede Globo de Televisão, na afiliada RPC, além de colunista nos jornais Gazeta do Povo, O Correio do Povo, La Nación, Revista Amanhã e rádios CBN, Transamérica Light e, agora, faz parte também do nosso Boletim. Nesta edição ele vai comentar sobre o desenvolvimento de RH dentro da empresa e a importância de existir um trabalho de carreira para o funcionário desde a sua entrada na empresa até a aposentadoria. Você também vai encontrar nossas dicas e orientações sobre a formalização do registro de seus funcionários. Veja ainda na coluna Biblioteca o divertido e curioso “Eu compro sim! Mas a culpa é dos hormônios”. Um novo olhar sobre nossas relações de consumo. Espero que curtam bastante esta edição, muito especial, do Boletim KL. Aproveito para desejar a todos um Feliz Natal e um 2014 de muito sucesso. Boa leitura! Kerli Lima

Softwares - Tecnologia no gerenciamento do negócio Vivemos em uma época em que muito se fala sobre tecnologia e automação, mas será que fazemos uso dos recursos que existem no mercado para gerenciar os negócios? Softwares e planilhas de controle financeiro (contas a pagar e a receber) bem como controle de estoque e fluxo de caixa são bem úteis e conhecidos no mercado. Muitos já fazem uso desses sistemas, pois facilitam a vida do gerente. Esses softwares profissionalizam o trabalho e permitem ao gerente dedicar tempo a outras atividades. E é justamente dessas outras atividades que vamos falar. As rotinas da empresa não estão sempre ligadas diretamente aos sistemas acima. É necessário um sistema que controle também a agenda de compromissos (prazos de entrega, renovação de contratos, manutenção de máquinas e equipamentos, retorno aos clientes para verificar a satisfação, reuniões de desempenho entre os funcionários, entre outros). Isto melhora o nível de profissionalismo da empresa e a segurança do gerente de que os compromissos estão sendo cumpridos no prazo e com bom desempenho. Outra vertente da tecnologia no gerenciamento da empresa é que ela pode ajudar, e muito, na tomada de decisões, tais como: devo manter, diminuir ou ampliar os produtos/serviços ofertados? Devo investir em equipamentos e sistemas para automação ou aumentar o volume de funcionários para realizar atividades? O nível

Expediente

de rotatividade dos funcionários está condizente com o que ocorre no mercado? Pode ser melhorado? Estas e tantas outras decisões precisam ser tomadas o tempo todo pelo empresário. Qual a chance percentual de tomar a decisão acertada? Sabemos que esse número é diretamente proporcional ao volume de informações que o administrador possui sobre a sua própria empresa e sobre o mercado. É aí que entra o chamado business intelligence. Ele é um centro de informações executivas, gerado a partir de informações que são alimentadas pelos funcionários e colaboradores de todos os níveis da empresa, direta ou indiretamente. São dados que serão, por meio do sistema, transformados em informação. Dados como: volume e forma de vendas (cartão de crédito, cheque, dinheiro, transferência, boleto bancário e, à vista ou a prazo); Margem de erro na execução das tarefas pelos funcionários; margem de lucro por produto/serviço, por período; quantidade de mão de obra e insumos necessários para produzir um produto ou serviço. Enfim, uma série de dados que, ao serem transformados em informações, vão possibilitar ao administrador tomar decisões com uma margem de acerto muito maior. São essas decisões que determinam a médio e longo prazo o sucesso ou o fracasso e, muitas vezes, o fechamento das empresas. Existem softwares no mercado hoje, de acordo com o porte de cada empresa. Os valores podem variar entre R$ 2.000,00 e

R$ 200.000,00. A diferença está no volume de usuários, informações, e complexidade do ambiente empresarial. Curitiba e região já contam com uma boa quantidade de empresas que oferecem esses serviços. A palavra globalização não é mais apenas um termo que ouvimos no noticiário, sem que venhamos a sentir a interferência dos seus efeitos na prática. Sabemos que a concorrência hoje é imensa e que detalhes passam cada vez mais a fazer diferença para conquistar e manter a clientela. Sabemos também que a resistência em aderir a sistemas de informações, mudar rotinas para dedicar tempo a alimentá-los, é grande. Mas este é um ótimo momento para o empresário demonstrar seu empreendedorismo, pois se, mesmo tendo um pequeno porte, ele passar a aderir a esse padrão de excelência na administração, o crescimento virá mais rápido e acompanhado, sem dúvida, de muito sucesso. Kerli Lima.

Boletim KL é uma publicação da KL Contabilidade - Rua Curupaitis, 1654, Sala 7, Bairro Santa Quitéria. Cep: 80310-180. Curitiba - PR. Site: www.klcontabilidade.com.br. Tel: (41) 3528-1782. Coordenação: Daí Comunicação Integrada. Projeto Gráfico e Diagramação: Moxuara Comunicação. Jornalista Responsável: Christina Schuler - MTB: 1320/ES. Fotos desta edição: Divulgação KL Contabilidade, Sebrae, De Bernt Entschev Human Capital, Cláudio Azevedo e Freepik. Parceiros: Sebrae e Livrarias Curitiba.

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Agenda tributária - Principais compromissos

Principais tributos e obrigações fiscais do período.

AGENDA DEZEMBRO/2013

Confira! 06/12/2013 (sexta-feira) Pagamento dos salários período de novembro/2013. GFIP – FGTS – entrega de declaração e vencimento do FGTS período de novembro/2013. Entrega de declaração de admitidos e demitidos CAGED, no mês de novembro/2013. DACON Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (mensal) período de outubro/2013. 11/12/2013 (quarta-feira) ICMS – apuração normal CAD ICMS finais 1 e 2, período de novembro/2013. Código GR-PR 1015. GIA/ICMS – Entrega de declaração, Guia de Informação e Apuração ICMS/Normal, CAD ICMS finais 1 e 2, período de novembro/2013. 12/12/2013 (quinta-feira) ICMS – apuração normal CAD ICMS finais 3, 4, período de novembro/2013. Código GR-PR 1015. GIA/ICMS – Entrega de declaração, Guia de Informação e Apuração ICMS/Normal, CAD ICMS finais 3, 4, período de novembro/2013. 13/12/2013 (sexta-feira) EFD Contribuições – entrega de declaração ao fisco federal das contribuições PIS e COFINS período de outubro/2013. Recolhimento de CSRF - PIS/COFINS/ CSLL (DARF 5952) período 2ª quinzena de novembro/2013. 16/12/2013 (segunda-feira) ICMS – apuração normal CAD ICMS finais 5, 6, 7, 8, 9 e 0, período de novembro/2013. Código GR-PR 1015. GIA/ICMS – Entrega de declaração, Guia de Informação e Apuração ICMS/Normal, CAD ICMS finais 5, 6, 7, 8, 9 e 0, período de novembro/2013. SINTEGRA – Arquivo Magnético – Entrega pelos contribuintes usuários de sistema eletrônico de processamento de dados, de arquivo magnético com registro fiscal do período de novembro/2013. Recolhimento de INSS Autônomos, Facultativos e Domésticos (GPS 1007, 1406 e 1600) período novembro/2013.

20/12/2013 (sexta-feira) Recolhimento de INSS Empresas (GPS 2100 e 2003) e equiparados (2208), período de novembro/2013. Recolhimento de IRRF sobre compra de serviços, pró-labore, salários e autônomos, período de novembro/2013; (DARF 1708, 0561 e 0588). Recolhimento do Simples Nacional (DAS e DASMEI) período de novembro/2013. Último dia para transmissão do PGDAS-D, para empresas optantes pelo Simples Nacional. Recolhimento do ISS (DAM) sobre serviços prestados e compra de serviços de profissionais e/ou empresas sujeitos a retenção de ISS, período de novembro/2013. ISS Curitiba – DES Declaração Eletrônica de Serviços, ao município de Curitiba de documentos emitidos e recebidos por contribuinte localizado dentro do município de Curitiba, do período de novembro/2013. Entrega da DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, período de outubro/2013. Pagamento da 2º parcela do 13º salário/2013. Recolhimento de INSS empresas (GPS 2100 e 2003) e equiparados (2208) s/ 13º salário/2013. 24/12/2013 (terça-feira) Recolhimento de PIS e COFINS (DARF 8109 e 2172 respectivamente), período novembro/2013. EFD – SPED FISCAL - Entrega de arquivo digital correspondente à Escrituração Fiscal Digital, com a totalidade das informações econômico fiscais e contábeis correspondentes ao período de novembro/2013. 30/12/2013 (segunda-feira) Recolhimento de CSRF - PIS/COFINS/ CSLL (DARF 5952) período 1ª quinzena de dezembro/2013. Recolhimento de IRPJ – (DARF 2089) período 3º trimestre/2013 – (3ª quota). Recolhimento de CSLL – (DARF 2372) período 3º trimestre/2013 – (3ª quota). Obs.: As obrigações estaduais se referem ao estado do Paraná e municipais ao município de Curitiba.

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Fique por dentro

Está difícil entender os descontos que aparecem no seu holerite? Saiba, a partir destas tabelas, até quanto do seu salário pode ser descontado para o pagamento de impostos.

TABELA PROGRESSIVA DE INSS INDIVIDUAL

TABELA DE IRPF PROGRESSIVA 2013 Salário de

Até

Taxa

Dedução

1 - R$ 0,00 2 – R$ 1.710,79 3 – R$ 2.563,92 4 – R$ 3.418,60 5 – R$ 4.271,60

R$ 1.710,78 R$ 2.563,91 R$ 3.418,59 R$ 4.271,59 R$ 999.999.999,99

0,00% 7,50% 15,00% 22,50% 27,50%

R$ 0,00 R$ 128,31 R$ 320,60 R$ 577,00 R$ 790,58

Salário de

Até

INSS

1 - R$ 0,00 2 - R$ 1.247,71 3 - R$ 2.079,51

R$ 1.247,70 R$ 2.079,50 R$ 4.159,00

8,00% 9,00% 11,00%

Valor mínimo de retenção: R$ 10,00 Valor máximo de retenção: R$ 457,49

Dependente: R$ 171,97 Valor mínimo de retenção: R$ 10,00

Empresário, você sabia?

POR DENTRO DO SALÁRIO MÍNIMO 1 – SALÁRIO MÍNIMO FEDERAL R$ 678,00 (VIGÊNCIA 01/01/2013 A 31/12/2013)

2 – SALÁRIO MÍNIMO REGIONAL PARANÁ Trabalhadores em atividades agropecuárias, florestais e pesca: R$ 882,59. Trabalhadores em serviços administrativos, domésticos e gerais, vendedores e trabalhadores em manutenção: R$ 914,82. Trabalhadores na produção de bens e serviços industriais: R$ 949,53. Trabalhadores técnicos de nível médio: R$ 1.018,94.

Quando o seu funcionário tem direito ao salário-família, é seu o dever de efetuar o repasse dos valores.

O que é o salário-família

Benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e aos trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 971,78, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade. (Observação: São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, estes desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência econômica de ambos ser comprovada).

TABELA DE SALÁRIO-FAMÍLIA Salário de 1 - ------------2 - R$ 646,25

Até R$ 646,24 R$ 971,33

Valor a receber R$ 33,14 R$ 23,35

Para mais informações sobre como requerer o salário-família nas agências, acesse http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=25

Agenda de cursos

Confira os cursos que acontecem no mês de dezembro e que vão auxiliar desde a abertura do seu negócio até o planejamento estratégico da empresa.

Atendimento ao Cliente

Conhecimento, Saber e Ciência

Aprender a Empreender

Processo de Comunicação e Comunicação Institucional

Iniciando um Pequeno e Grande NeGestão da Inovação: Inovar para Competir gócio

Instituição: Fundação Getúlio Vargas Duração: 05 horas Investimento: Gratuito Aulas: Online http://www.fgv.br/fgvonline/Cursos/gratuitos

Instituição: Sebrae Duração: 30 horas Investimento: Gratuito Aulas: Online www.ead.sebrae.com.br/lista-de-cursos/

Introdução à Adm. Estratégica

Análise e Planejamento Financeiro

Instituição: Fundação Getúlio Vargas Duração: 05 horas Investimento: Gratuito Aulas: Online http://www.fgv.br/fgvonline/Cursos/gratuitos

Instituição: Fundação Getúlio Vargas Duração: 05 horas Investimento: Gratuito Aulas: Online http://www.fgv.br/fgvonline/Cursos/gratuitos P. 4

Instituição: Sebrae Duração: 16 horas Investimento: Gratuito Aulas: Online www.ead.sebrae.com.br/lista-de-cursos/

Instituição: Sebrae Duração: 15 horas Investimento: Gratuito Aulas: Online www.ead.sebrae.com.br/lista-de-cursos/

Instituição: Sebrae Duração: 15 horas Investimento: Gratuito Aulas: Online www.ead.sebrae.com.br/lista-de-cursos/

Instituição: Sebrae Duração: 30 dias para conclusão. Investimento: Gratuito Aulas: Online www.ead.sebrae.com.br/lista-de-cursos/

Gestão da Qualidade: Visão Estratégica

Instituição: Sebrae Duração: 30 dias para concluir, equivalente à 20 horas. Investimento: Gratuito Aulas: Online www.ead.sebrae.com.br/lista-de-cursos/


Consulta Sebrae Definir o públlico alvo é vital para sua empresa A definição do público alvo é o ponto de partida para planejar os próximos passos dentro do processo de constituição de uma empresa. Sem esta etapa, o negócio pode se perder no meio do caminho e recomeçar, com os mesmos objetivos e ideais, fica praticamente impossível. Marielle Rieping, consultora do Sebrae, explica que a definição do público depende do que a empresa vai oferecer ao mercado. Determinado o produto ou o serviço, quem é potencial comprador? Qual é o comportamento de consumo? Quem compra mais no seu segmento, de acordo com sexo, faixa etária e classe social? “Estas questões, além da frequência de compra e se o consumidor estará sempre presente, ajudam a entender onde o empreendedor vai atuar e quais serão os esforços de Marketing para atrair os clientes ”, analisa Marielle. Conhecer a concorrência também é de suma importância na definição do público que você deseja alcançar. Essa análise faz com que o empreendedor saiba o que o

público do concorrente deseja e, assim, ele pode também criar diferenciais para que esse consumidor migre para a sua marca. “Não é difícil reunir informações sobre a concorrência. Isso é possível fazendo o trabalho de cliente oculto. Você visita a concorrência como um cliente comum e tira dessa ação todas as informações necessárias para o seu negócio”, orienta a consultora. Dentro do mercado não há vendas sem público e, principalmente sem preço. Os valores devem ser definidos de forma que fidelize o público e não o afugente. “Não se deve iniciar um negócio com preços muito baixos, para que, na hora do reajuste, a diferença não seja muito grande. É preciso pesquisar os preços praticados no mercado e, nas promoções, avaliar até onde os valores podem ser reduzidos, com base nos custos fixos da empresa”, explica. Mas, como em nenhum planejamento temos 100% de certeza sobre como será o comportamento do novo negó-

cio, é importante o empreendedor estar preparado para o surgimento de outros públicos não previstos. Se isso acontecer, a consultora do Sebrae defende que quanto mais o público puder ser segmentado, melhor, porém, é necessário ter mais cuidado para atender a todos com excelência, sem perder para o concorrente. “A sua empresa pode se destacar por ter soluções para diversos públicos e isso é ótimo. Se ela atende a classe A, estamos falando de serviços Premium, com valor agregado e maior lucro para o empresário. Se temos um cliente classe C, lidamos com um público que ganhou poder de compra e está mais exigente, escolhendo o que melhor o atende no que diz respeito a preço acessível e qualidade. Cada um tem uma característica, um comportamento, como falamos anteriormente, e os detalhes não podem ser perdidos de vista. Percebendo as diferenças entre os públicos e o que melhor os atrai, o sucesso é garantido”, conclui a consultora.

“Conhecer a concorrência é de suma importância na definição do público que você deseja alcançar” 5 dicas para definir o seu público Pesquise Todo detalhe é importante: sexo, idade, classe social, localização, comportamento, preferências. Segmente Após definir o seu público, outros consumidores podem surgir. Divida-o em grupos e, assim, saberá onde concentrar esforços e estratégias de Marketing. Olho na concorrência Analise quem é o público da concorrência, descubra o que ele gosta, o que precisa, e crie diferenciais para atraí-lo. Faça o trabalho de cliente oculto e reúna todas estas informações. Preço Não inicie seu negócio tentando atrair público com preços baixos demais. Pratique preços de acordo com o mercado para não ter dificuldades na hora de reajustar e segmentar seu público.

Marielle Rieping Consultora Sebrae

Satisfação Faça pesquisas de satisfação constantemente. Desta forma você melhora seu atendimento e monitora o seu público alvo.

Quer saber mais informações sobre como definir o público alvo para a sua empresa? Acesse www.sebraepr.com.br. P. 5


Será que o ano começa mesmo depois do carnaval? “Há alguns anos eu vejo que não é mais assim. O mercado não encara mais o fim de ano como período de recesso”, afirma Nino Carvalho, coordenador do MBA em Marketing Digital Nino Carvalho da Fundação Coordenador de MBA da FGV Getúlio Vargas no Brasil. Experiente em planejamento para marcas de renome no País, Nino Carvalho analisa que, ao contrário do que muita gente pensa, este é o período mais adequado para impulsionar os negócios e até mesmo investir em treinamento de pessoal para alavancar ainda mais as vendas em qualquer que seja o segmento. “Se neste período o negócio tende a esfriar está aí também uma boa oportunidade para treinar a equipe, experimentar novas formas de trabalho, mas nunca parar. A época é boa até mesmo para colocar em prática planos de contingência feitos no meio do ano. A pior situação que existe é surgir uma boa oportunida-

Biblioteca

mercado está mais agressivo. Quem deixa para começar depois do carnaval, pode acabar sambando”, conclui o especialista. Aproveite melhor o fim do ano - Pesquise o seu concorrente. Aproveite os pontos fracos dele e ouse, faça diferente. - O movimento diminui? Crie promoções ou ações para escoar estoque de produtos ociosos. Diminua mesmo os preços, ofereça opções de compras coletivas. Mas não deixe de aproveitar o momento para criar estratégias que tragam o cliente para o seu negócio em qualquer época. - Você oferece serviços que no final do ano ninguém procura? Aproveite para treinar a sua equipe. Avalie com seus colaboradores os últimos anos. O que deu certo, o que deu errado, o que não foi vendido, o que foi mais procurado? As empresas têm informações de inteligência valiosíssimas que muitas vezes não são percebidas por falta de tempo e ação para esse tipo de análise. - Aproveite os eventos diversos de um ano. Em 2014, por exemplo, temos, entre outros, a Copa do Mundo e as eleições. Use os principais acontecimentos para promover os seus produtos e atrair clientes. Trace seus planos agora, antes do carnaval. Não deixe para começar depois, enquanto o seu concorrente já está na frente.

- Comportamento x Consumo

Um livro divertido, objetivo e de profundo conhecimento sobre o comportamento humano em suas relações de consumo. Muitos estudos existem sobre os motivos que nos levam a consumir. Você vai ler comentários sobre eles neste livro, mas dentro de suas pesquisas o autor chegou à conclusão de que somos seres biológicos, e as leis que nos governam são biológicas. O ser humano é conhecido e classificado como um ser racional. Mas será que somos sempre racionais? Segundo esse estudo, não. E não existe nada de “errado” conosco por conta disso. O nosso cérebro é o mesmo de milhares de anos atrás. Para os psicólogos evolucionistas o homem precisa de 20 mil a 200 mil anos para adaptar o seu corpo às mudanças do ambiente, ou seja, o organismo e seus órgãos precisam desse tempo para adquirir novas características biológicas provocadas pela pressão do ambiente externo. Sendo assim, tudo de estranho que fazemos é porque nosso cérebro, centro que gera todos os nossos comportamentos, parou de evoluir há milhares de anos. Segundo os estudos, os motivos biológicos que perP. 6

de e não ter um plano de contingência para abraçá-la. O fim do ano é ótimo para que essas boas oportunidades surjam”, afirma. Por mais que se ouça a afirmação “no Brasil o ano começa depois do carnaval”, na prática, dificilmente encontramos esse comportamento. É entre janeiro e fevereiro que o comércio fica aquecido, quando o consumidor usa seu 13º para fazer compras, viagens ou até mesmo para concretizar planos feitos ao longo do ano. Atrelado a isso, o comércio move uma gama de serviços que precisam estar presentes para a “grande safra do 13º”. Até para conseguir um emprego o fim do ano está sendo melhor, porque é a época em que as empresas aproveitam para fazer contratações para o ano que se iniciará. “Hoje o consumidor está mais exigente e a competição do mercado fica mais acirrada. É tempo de contratar para oferecer melhor atendimento. Uma dica que dou é observar o movimento do mercado, as ações dos concorrentes e traçar diferenciais para ganhar mais nesta época do ano. A classe C, por exemplo, está aí, com um poder de compra maior, querendo e podendo consumir. Os grandes eventos também são um motivo a mais para planejar ações diferentes. Como podemos aproveitar a Copa do Mundo para atrair mais clientes? São fatores que se transformam em oportunidade e, a época do “recesso”, foi embora. Agora o

meiam nossas decisões tidas como irracionais são: sobrevivência e reprodução. Portanto, existe fundamento no comportamento dito como irracional. O autor nos leva a diversas situações nas quais percebemos agir de forma irracional, (impensada, improdutiva, ou menos vantajosa) e que, visto de forma “consciente”, não é a melhor alternativa. Talvez você se identifique com alguns dos exemplos ou vários. Comprar algo mais caro ou que não precisamos apenas para nos sentirmos mais felizes. Apresentados aos vilões do excesso de consumo os hormônios e neurotransmissores, poderemos tomar decisões diferentes para equilibrarmos o nosso organismo. Os índices de dopamina e serotonina, bem como dos nossos hormônios, podem ser equilibrados conscientemente de maneiras mais saudáveis e menos prejudiciais ao nosso bolso. É justamente isso que o autor nos propõe: trazer para consciência tais comportamentos biológicos para que, ao darmos conta de como se processa o comportamento de consumo, poderemos ter consciência da inconsciência de nossos instintos, da irracionalidade da natureza humana e, com esse conhecimento, mudar nossa maneira de agir, de gastar compulsivamente e comprarmos o que não precisamos. A leitura é leve e divertida e considero uma grande habilidade do autor conseguir nos demonstrar de um jeito novo e muito claro o sentido de adquirirmos certos hábitos de comportamentos que conhece-

mos e reconhecemos como sendo mais saudáveis, mas que, no dia a dia, muitas vezes não colocamos em prática. Atitudes que nos ajudam a reconhecer nossas reais necessidades para não sermos facilmente induzidos ao consumo nocivo e desenfreado. Suas dicas e informações vão além da relação de consumo e podem nos auxiliar em diversas situações que nos remetam a tomada de decisões. É um livro que nos leva ao auto conhecimento. Boa Leitura! Kerli Lima

Obra: Eu Compro, Sim! Mas a culpa é dos hormônios... Autor: Pedro de Camargo Valor: 24,90 Onde comprar: Livrarias Curitiba www.livrariascuritiba.com.br


Coluna RH

Bernt Entschev Headhunter e fundador da De Bernt Entschev Human Capital, com sede em Curitiba, PR. Trabalha com recrutamento de executivos há mais de 25 anos e já foi eleito o 4º Melhor Headhunter do Brasil pelo Canal RH. Bernt é comentarista de Recursos Humanos da Rede Globo de Televisão, na afiliada RPC, além de colunista nos jornais Gazeta do Povo, O Correio do Povo, La Nación, Revista Amanhã e rádios CBN e Transamérica Light. Atualmente se dedica como consultor, palestrante e conselheiro das instituições Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (AMCHAM), Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK), Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF).

Em algumas empresas, ser chamado ao departamento de Recursos Humanos é sinônimo de medo e insegurança. O colaborador imagina, na hora, que algo ruim vai ser comunicado, como uma advertência ou até mesmo uma demissão. Há também as situações em que o funcionário tem que resolver algum assunto referente às horas extras, folgas, férias e já vai preparado, porque sente no departamento um clima pesado, de má vontade e até de negação a determinados benefícios. Procure saber bem se este é o caso dos seus colaboradores e, se a resposta for afirmativa, trate de mudar logo essa realidade. O departamento de RH de uma empresa deve ser acolhedor, eficiente para a resolução de assuntos do funcionário e até mesmo um potencializador do capital humano. É o que defende o Headhunter Bernt Entschev, fundador presidente da De Bernt Entschev Human Capital, com sede em Curitiba, PR. “O ambiente do departamento de RH de uma empresa deve ser acolhedor e estruturado com pelo menos duas bases: o departamento pessoal, que cuida da parte operacional, como folha de pagamento, impostos, benefícios, etc., e o desenvolvimento de RH, que vai cuidar da carreira do indivíduo, prepará-lo. Ele deve se sentir bem por trabalhar na empresa e recompensado pelo seu esforço, pelo seu crescimento”, defende Bernt. O especialista afirma que o departamento pessoal pode até ser terceirizado, mas o setor de desenvolvimento de RH deve ficar dentro da empresa, oferecendo um cuidado especial ao funcionário desde o seu primeiro dia de trabalho até a aposentadoria. “O funcionário deve ser bem recebido e preparado até a saída dele da empresa. É necessário que ele receba um manual com as normas, os benefícios, os

cargos, os setores e, ainda assim, que haja um programa de apresentação para que ele conheça a organização no primeiro dia, por completo, sabendo quem são os chefes, os funcionários, quais são os departamentos existentes, etc.” explica. Uma empresa que prepara bem seus colaboradores tem mais chances de crescimento. O funcionário passa a trabalhar conforme os objetivos do negócio, direcionado da forma ideal para atingir as metas estabelecidas. Para isso, um segundo passo após a chegada do colaborador à empresa é investir em treinamento, constantemente. “As empresas têm de estabelecer políticas de desenvolvimento de capital humano. Muitas corporações já possuem universidades próprias, onde o indivíduo aprende o seu trabalho, conhece os problemas que vai ter naquele negócio e desenvolve suas habilidades. Esse modelo é um sucesso e, dificilmente, o colaborador não veste a camisa da empresa a partir desses investimentos”, afirma Bernt. Mas, em uma empresa que defende uma boa política de desenvolvimento humano o colaborador não deve ser lembrado somente enquanto dá retorno aos negócios. A hora da aposentadoria deve ser tão valorizada quanto o momento de entrada do funcionário na organização. “Alguns profissionais são tão apegados à empresa que, ao se aposentarem, entram em depressão pela falta de uma atividade e até morrem. Por isso, é fundamental que sejam desenvolvidos programas de preparação para a aposentadoria. É cada vez maior o número de empresas que adotam essa postura e todos só têm a ganhar. Ensina-se a empreender em carreira solo, ou a aproveitar o tempo que a aposentadoria proporciona para curtir a vida e o que já foi construído pelo profissional ”, conclui o especialista. P. 7


A hora da contratação

A empresa cresceu e você precisa contratar funcionários. Tem dúvidas sobre o assunto? O Boletim KL dá algumas dicas de procedimentos legais que não podem faltar em uma contratação. Fique bem informado e busque profissionais capacitados para realizar esse serviço tão importante para a sua empresa. Antes de mais nada, apresentamos alguns conceitos para que você entenda um pouco sobre as relações de trabalho:

Relação X Relação Trabalho Emprego

Relação de trabalho é a expressão genérica que diz respeito a qualquer prestação de serviços, seja de um empregado (funcionário registrado), seja de um trabalhador autônomo ou eventual. Já a relação de emprego é aquela proveniente do vínculo empregatício, ou seja, regula apenas o trabalho existente entre o empregado e empregador, quando estiverem presentes os quatro requisitos para a configuração de emprego, quais sejam: pessoalidade, habitualidade, subordinação e onerosidade.

Documentos e dados cadastrais

- Além da lista de documentos é muito importante que a empresa saiba qual é o sindicato da categoria e quais são as exigências da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a data base (mês em que ocorre o dissídio, o aumento de salários), tais como piso da categoria, percentual de adicional de horas extras, valor de vale refeição e /ou alimentação, seguro de vida, etc. - Os dados cadastrais dos funcionários (endereço, telefone, estado civil e grau de

escolaridade) devem estar sempre atualizados. Mudanças de nome em função de casamento devem constar em toda documentação, pois podem acarretar problemas na hora de receber um benefício do INSS ou de sacar o FGTS e receber o seguro desemprego em caso de demissão. - A empresa percebendo que o (a) funcionário (a) não fez a atualização deve notificar o funcionário para que o faça. Na próxima edição traremos dicas sobre aposentadoria e licenças médicas.

Contrato de trabalho – Artigo 442 da CLT:

Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Portanto, é de fundamental importância que a empresa saiba que, ainda que não tenha o contrato de trabalho (não a CTPS) por escrito, ainda assim, poderá haver a relação de trabalho ou emprego. Por outro lado, não basta apenas o registro na CTPS, mas indispensável é o contrato de trabalho para estabelecer os direitos e obrigações de ambos, empregado e empregador, ainda que constem da Lei ou dos acordos ou convenções coletivas de trabalho. - O empregado deve ser registrado a partir do primeiro dia de trabalho. A falta de registro do empregado é sempre mais prejudicial ao empregador do que ao empregado. Além dos riscos inerentes à atividade, os empregados estão sujeitos a intempéries que não estão sob o controle da empresa, como acidentes de trabalho, falecimento, invalidez, etc. - O empregado deverá realizar exames médicos tanto na admissão quanto na demissão, além de periódicos anualmente. P. 8

Em caso de mudança de função ou de local de trabalho que acarrete mudança nas condições de trabalho os exames também são obrigatórios. - Uma empresa de Medicina do Trabalho deve ser contratada para efetuar os laudos periciais PCMSO (Programa de controle médico de saúde ocupacional) e PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). - As empresas e equiparadas, que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição), devem solicitar a elaboração do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário). Além disso, todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP.


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