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Origem O Se Essa Rua Fosse Minha-SER surge na década de 1990 buscando sensibilizar a sociedade e o poder público em torno da questão dos meninos e meninas em situação de rua, além de iniciar uma ação educativa de inclusão e garantia de direitos. No dizer do sociólogo Herbert de Souza (o Betinho), co-idealizador do projeto, o Se Essa Rua é “um movimento que tem como objetivo mobilizar toda a sociedade brasileira para resolver o que hoje é um grande escândalo: a situação das crianças deste país, particularmente daquelas que trabalham e vivem nas ruas”.
Missão Buscando sempre fortalecer habilidades sociais como autonomia e protagonismo nas crianças e jovens, por meio da arte da cultura, nossa missão é, desde 1991, desenvolver e apoiar campanhas e ações sociais e educativas voltadas para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, tendo como fundamentos : ?
A garantia dos direitos humanos básicos como ser ouvido, respeitado e valorizado em suas singularidades;
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A promoção dos potenciais humanos, sociais e culturais do público atendido;
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A garantia de direitos sociais básicos (ECA - Lei n.° 8.069, de 13 de julho de 90 - Art. 4.°) que permitam uma proteção integral;
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A mobilização da sociedade e do poder público para a questão.
Apresentação Institucional
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O trabalho desenvolvido nas ruas, para além do fortalecimento de habilidades sociais como autonomia e protagonismo, dá concretude ao sonho de meninos e meninas, voltado para a construção de projetos de vida alternativos à vida nas ruas. A partir do trabalho nas ruas, o SER foi pioneiro na sistematização do uso de técnicas circenses como ferramenta de diálogo pedagógico para a construção de cidadania, lançando as bases do conceito de Circo Social. O Circo Social ganha uma dimensão especial dentro da história do projeto, a partir do protagonismo de alguns jovens advindos das ruas que começam a multiplicar a metodologia, respondendo assim, de maneira original às demandas dos "meninos e meninas de rua” e dos “meninos e meninas sem ruas”, em comunidades de onde muitos tinham sido expulsos, devido à violência resultante da ausência de políticas de proteção e garantia de direitos O “Se Essa Rua Fosse Minha” passa a ser procurado para multiplicar a experiência, aprimorando na prática seus conceitos metodológicos, fortalecendo o potencial criativo, a solidariedade e o protagonismo dos jovens "Circuladores". A metodologia de Circo Social nos Núcleos de Educação Popular a partir da Rua - NEPaR, se consolida com o aprendizado das atitudes corporais e do movimento de migração dos meninos e meninas, dialogando com as rodas de capoeira, com artistas de rua e do Teatro do Oprimido, instalando fóruns educativos em praças públicas, com o objetivo de (re) pensar o estar nas ruas. Identidade, pertencimento, expressão e transformação são, assim, eixos que têm como tônica a ludicidade, a ética e a estética dentro de uma concepção de arte, cultura e cidadania que fundamenta o Circo Social do Se Essa Rua.
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De um modo geral pode-se definir a Metodologia de Circo Social como a construção por meio da arte circense de um diálogo pedagógico no contexto da educação popular e numa perspectiva de promoção da cidadania e de transformação social. Assim, pelo longo processo de sistematização das suas práticas, que data de inícios da década de 1990, e pelo explícito conteúdo social, político e cultural da proposta e do contexto em que se desenvolve, o conceito de Circo Social é muito mais do que simplesmente aplicar oficinas de técnicas circenses em projetos sociais. É sim, uma proposta político-pedagógica que aposta no desenvolvimento criativo e na construção da cidadania a partir dos saberes, necessidades e potencialidades das crianças, adolescentes e jovens das classes populares. Hoje, centenas de organizações nas cinco regiões do Brasil trabalham com o conceito de Circo Social, servido como trampolim para a cidadania de milhares de crianças e jovens. Educar com circo é apostar na alegria e recuperar todo o potencial civilizatório de uma arte milenar, que desde suas origens teve por base a diversidade, a aceitação do outro, o sentimento do fantástico e do mágico, a superação dos limites, a convivência e criação coletivas e acima de tudo, a brincadeira e o jogo levados a sério. São estes alguns dos elementos que baseiam a concepção do Circo Social. O Circo Social sonha com um mundo diferente, integrado e solidário, que se aceite como o que é: o lugar de todos: redondo, itinerante e a céu aberto.
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Redes e Políticas Publicas
Sensibilização
Ação direta
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Sensibilização ?
O SER articula e lança um disco com aos maiores artistas da musica popular brasileiras como Chico Buarque, Djavan, Gilberto Gil e personalidades como Pelé entre outros. O clipe com a musica e a imagem de mais de 40 artistas, circula por mais de três meses na televisão, sensibilizando a população, vende milhares de discos e capta recursos para 30% do orçamento inicial do projeto;
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O SER articula um jogo de futebol entre dois maiores times do Rio do Janeiro contra dois de São Paulo, reunindo mais de 80 mil pessoas no Estádio do Maracanã, sensibilizando e gerando recursos para manutenção do projeto;
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O SER lança quatro cartões postais unindo imagem de meninos que saíram das ruas por meio do circo social aos pontos turísticos da cidade e mostrando alternativas educativas para saída ativa das ruas.
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Blocos populares de Carnaval realizam homenagem ao SER, incluindo os jovens nos desfiles;
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A Trupe do Circo Social do Se Essa Rua e os Grupos Operativos de Criação
realizam apresentações e
debates sobre cidadania em escolas, Universidades e praças da Cidade. ?
Mídia impressa e televisada realiza reportagens espontâneas mostrando o trabalho do SER.
Ação Direta ?
O SER desenvolve desde 1992 atividades sistemáticas em Copacabana e Leblon, dois importantes bairros de classe média alta, turismo com maior incidência de meninos e meninas vindo das periferias do Rio de Janeiro;
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O SER torna-se uma das principais referencia para meninos e meninas e educadores sociais, e organizações não governamentais na cidade do Rio de Janeiro;
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O SER é pioneiro na utilização de técnicas circenses como metodologia de inclusão, criando o conceito de Circo Social;
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Jovens do SER vão à Escola Nacional de Circo e constituem a primeira geração de artistas, ex-moradores de rua, como circenses profissionais.
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O Circo Social serve de modelo para o Cirque du Soleil, sendo replicada em cinco regiões do Brasil e em diversos países, criando a Rede Circo do Mundo;
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A Prefeitura do Rio de Janeiro convida o SER para administrar uma Casa de Acolhida;
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O SER é convidado para desenvolver núcleos de circo social em 5 comunidades e favelas da periferia do Rio de Janeiro, em parcerias com ONG´s locais e internacionais e como referência para educação de rua e atividades com arte e cultura na cidade do Rio de Janeiro;
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Vários jovens saídos das ruas, formados em Circo vão atuar no exterior, formam nossa trupe e o primeiro grupo de multiplicadores;
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Os núcleos geram empregos para 16 jovens multiplicadores que atuam, em projetos de educação nas ruas, nas periferias do Rio de Janeiro, atendendo uma média de 1.100 crianças e adolescentes em situação de risco social e pessoal. Apresentação Institucional
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Rede e Políticas Públicas ? O SER formou a primeira equipe com média de 30 educadores de rua da Prefeitura do Rio de Janeiro em 1992; ? O SER tem assento no Conselho de Direitos que propõe e monitora as políticas públicas no Rio de Janeiro; ? A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro utiliza o conceito de circo social criado pelo SER para lançar três dois projetos "trupe da criança" na cidade do Rio de Janeiro; ? O SER se articula na Rede Rio Criança, que tem como foco das ações, meninos e meninas em situação de rua no Rio de Janeiro, agregando 12 ONGS e dois órgãos governamentais; ? O SER é co-fundador e um dos principais articuladores da Rede Circo do Mundo Brasil, que reúne em torno de 30 organizações nas 5 regiões do país, com atendimento de aproximadamente 10.000 crianças, adolescentes e jovens; ? O SER é eleito membro da Câmara Setorial de Circo que faz parte de Sistema Integrado de Cultura, para elaborar o plano Plurianual de Cultura; ? O SER é convidado a falar da Experiência, dando palestras em seminários em diversas UNIVERSIDADES do País; ? Representante do SER é convidado pela FUNARTE a participar da I CONFERÊNCIA NACIONAL DE CULTURA em Brasília, sendo definido como Especialista em Circo Social. ? O SER articula uma Rede Local pela cidadania envolvendo Associações de moradores de diversos Bairros e comunidades (Cerro Cora, Guararapes, Vila Cândido, Cosme Velho, Laranjeiras, entre outras), colégios particulares, escolas da Rede Pública; Igrejas Evangélicas e Católicas, uma Cooperativa de Garis e vizinhos do Bairro. ? O SER é eleito membro da Comissão para elaboração da política de atendimento a crianças e adolescentes em situação de rua no CMDCA; ? O SER é co-fundadorédo GT Crianças Jovens Rua/AIDS, composto pelos porgramas Munipal, Estadual e Nacional de prevenção às DST/AIDS e mais duas Organizações da Sociedade Civil, desenvolvendo projetos de intervenção articulados, sendo convidado a relatar sua experiência em nivel nacional e internacional;
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O SER tem multiplicado sua ação implementando diretamente núcleos comunitários de Circo Social em parceria com outras Organizações Não Governamentais, associações e lideranças comunitárias e escolas da rede pública. Esta ação multiplicadora da experiência tem se dado em cidades como Niteroi, Queimados, São João de Meriti e bairros da grande Rio de Janeiro como Santa Cruz, Vila do João e no complexo Cerro Corá no Bairro do Cosme Velho.
Neles, os jovens circuladores têm um importante papel de ação junto às crianças e adolescentes de cada comunidade. Junto a eles e à comunidade, as equipes do SER se encarregam do planejamento das ações, da formação e capacitação metodológica das equipes e da implantação dos sistemas de monitoramento e avaliação para atingir os objetivos pedagógicos durante o período de implantação, que pode durar entre dois a três anos. Numa segunda fase, o projeto é assumido integralmente pelas organizações parceiras e/ou pelas organizações de base comunitária, empoderadas e capacitadas para tal ação.
Veja algumas das experiências de Circo Social que são hoje organizações com ações de sucesso em suas comunidades:
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Circo Baixada - Queimados
Implantamos o Circo em 2003 que hoje pertence a Comunidade de Queimados.
Circo Social da Casa da Cultura - São João de Meriti
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Circo das Bromé Bromélias Vila Paciência
Implantamos o Circo em 2004 que hoje pertence a Comunidade de Vila Paciência.
Morro do Estado
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Vila do João – Complexo da Maré Maré
Nucleos de Educação Popular a Partir da Rua
Projeto Dando Bola Pra Vida Complexo Cerro Corá Corá
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Ao longo dos seus 18 anos, o SER tem participado ativamente da mobilização da sociedade civil pelos direitos da infância, buscando incidir no debate e na implementação de políticas públicas, seja como membro da ABONG, do Fórum DCA Rio, ou como conselheiro do CMDCA. Nesta perspectiva o SER aposta no trabalho articulado em Redes locais, regionais e internacionais, tanto na troca de saberes e informações, como na busca de sinergia nas ações implementadas. A ação de incidência política (Advocacy) do Se Essa Rua se estabelece em todos os níveis (local regional, nacional e articulação internacional) e campos de sua atuação (Educação, Assistência social e Cultura), em uma perspectiva de promoção e defesa de direitos humanos, e se desprende diretamente da missão e dos princípios de transformação social e cidadania que orientam nossa ação.
O SER foi reconhecido, em novembro de 2005, por representantes de todas as categorias circenses das cinco regiões do país, como especialista em Circo Social, na Câmara Setorial de Circo. As Câmaras Setoriais são parte integrante do Sistema Nacional de Cultura (MinC e Sociedade Civil). Nesta condição participamos ativamente da I Conferência Nacional de Cultura, em Brasília, em dezembro de 2006. A I Conferência Nacional de Cultura constitui um momento histórico sem paralelo na história do Brasil. Nela, representantes da cultura das mais diversas áreas e regiões do país, eleitos em fóruns estaduais e regionais, junto aos membros eleitos das Câmaras setoriais, levantaram as diretrizes do que será o 1º plano plurianual de Cultura, uma política pública para a cultura cuja implementação é atrelada ao orçamento geral da União, permitindo sua ação contínua independente das mudanças de governo.
Redes co-implantadas pelo Se Essa Rua
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? Consolidar o CDC como espaço de Referência para a formação de Jovens agentes de cidadania cultural. ? Ampliar a capacidade do CDC para atender a rede de jovens vindos dos diversos núcleos e organizações que trabalham com arte educação e Circo Social. ? Dar maior estrutura e visibilidade ao CDC como pólo de cultura popular. ? Fortalecer a capacidade institucional face às novas demandas surgidas do impacto local e nacional das ações desenvolvidas (Advogacy e produção de conhecimento). ? Criação de Centro de Referência da Baixada Fluminense para fazer frente à demanda da população infanto-juvenil que migra para o Centro e Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. ? Consolidar a ação de Incidência política (Advocacy) a partir de um projeto que dê sustentabilidade à ação, possibilitando a articulação em nível nacional e permitindo a publicação de material educativo e de sensibilização. ? Consolidar a formação de um Núcleo de pesquisa em arte educação e educação popular
congregando a
reflexão teórica sobre a prática, alimentado por uma rede de colaboradores de diversas Universidade e institutos de pesquisa que vêem acompanhando nossa ação, visando a socialização dos saberes adquiridos e a possibilidade de multiplicação das ações.
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Ministério da Saúde
Junto a eles pensamos e agimos de modo articulado:
Rede Social do Cosme Velho