Jornal Olho Vivo Extra! Ano 1 Número 4

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olho vivo extra!

Porto Alegre | RS | Ano I n. 4 | Dezembro 2015 | Olho Vivo Extra | www.aserghc.com.br | facebook/aserghc

Jornal da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição - ASERGHC | R. Marco Pólo, 93, Cristo Redentor, 91350-280, Porto Alegre - RS (51) 3013-6200 | Pres.: Valmor Guedes | Coord. Editorial: Ricardo Sarmanho | Jornalista Resp.: Carla Ferreira (Reg. Prof. 7503) | Diagr.: Carolina Santos

Téc. de Enfermagem TEMPORÁRIOS LUTAM PELA CRIAÇÃO DE VAGAS

Higienizadores

A UNIÃO FAZ A FORÇA! Nesta sexta-feira, 18, durante reunião do Conselho de Administração do GHC, tem mobilização dos trabalhadores pela jornada de 180 horas/mês

Esperar, até quando? Circula entre os trabalhadores do GHC um abaixo-assinado que pede a criação de vagas permanentes para técnicos de enfermagem. Muitos dos trabalhadores encontramse subordinados a contratos temporários embora tenham sido aprovados em concurso público. O que causa preocupação entre os trabalhadores é que o GHC já realizou outro concurso para técnico de enfermagem mas não chama ninguém. Ao contrário, faz uma espécie de rodízio entre os aprovados vinculando-os mediante contratos temporários, precários. O movimento pela criação de vagas para técnicos de enfermagem no GHC é apoiado pela ASERGHC e pelo SINDISAÚDE-RS e tem por objetivo garantir empregos de qualidade e reduzir a falta de pessoal que tanto sobrecarga de trabalho gera entre os servidores do Grupo. Colega técnico de enfermagem em contrato temporário, firme o abaixo-assinado. Demais colegas, apoiem essa luta!

Colega servidor do Grupo Hospitalar Conceição, os Auxiliares Técnicos em Higienização Hospitalar estão travando uma dura batalha pelo fim da superexploração. Submetidos a jornadas de trabalho fora dos padrões gerais vigentes no GHC e em uma função particularmente perigosa e extenuante, os higienizadores estão adoecendo muito acima da média verificada entre os demais trabalhadores do Grupo. O índice de absenteísmo entre os higienizadores é de cerca de 20%, enquanto nos demais setores gira em torno de 6%. Os colegas estão adoecendo. A causa principal: o super desgaste de suas forças físicas e psíquicas. Diante de um trabalho tão pesado e que machuca o corpo, a Direção do GHC, em vez de atender à

recomendação do Grupo de Trabalho criado por Portaria que indicou a viabilidade e necessidade de redução da jornada mensal de 220h para 180h, responde com assédio moral. Com isso, ofende a todos/as

trabalhadores/as. As punições e ameaças são a forma encontrada pela Direção do GHC para resolver um problema que é de saúde dos funcionários. Por tudo isso, a ASERGHC e o SINDISAÚDERS pedem a tua solidariedade aos higienizadores. Participa do Ato Protesto pela implementação das 180h para higienizador e mostra teu apoio à justa causa dos colegas. No dia 18 de dezembro, ocorrerá nas dependências do GHC a reunião do Conselho de Administração do Grupo, com a participação de representantes do Ministério da Saúde. Esta é a hora de mostrar a solidariedade e a unidade entre os trabalhadores/as para que a condição de trabalho de nossos/as colegas/as sejam melhores!

Juntos, podemos!


OLHO VIVO EXTRA | DEZEMBRO | 2015

RAZÕES PARA APOIAR AS 180H PARA HIGIENIZADORES:

A luta pela redução da jornada de trabalho de 220h/mês para 180h/mês é justa e tem por objetivo impedir que os Auxiliares Técnicos em Higienização Hospitalar sejam superexplorados. O objetivo é também garantir serviços de limpeza, higiene e desinfecção de maior qualidade aos usuários do SUS! Já provamos que a jornada de 180h/mês sem redução de salário tem custo irrisório, é viável e necessária. Agora só falta implementar!

Já são vários meses de mobilização, atos, vigílias, assembleias e a Direção do GHC não implementa nem se posiciona claramente sobre a necessidade e a viabilidade da jornada de 180h/mês para Auxiliar Técnico em Higienização Hospitalar.

Desde o processo de contratação, passando pela falta de preparação para receber os novos trabalhadores (falta de armários, vestiários, refeitório etc), houve descaso da Direção para com esses trabalhadores. Para o concurso foram calculados 685 higienizadores para realizar o serviço diário no GHC. Porém, atualmente, são pouco mais de 500 higienizadores para fazer todo o trabalho de limpeza e desinfecção hospitalar.

A atual jornada de 220h/mês vem provocando o adoecimento dos trabalhadores para além do que poderia ser considerado normal e muito acima da média verificada nos demais setores do GHC. Enquanto o absenteísmo médio no GHC é de 6%, os afastamentos por doença laboral entre os higienizadores é muito superior, atingindo cerca de 20% do quadro atualmente na ativa. A redução da jornada de 220h/mês para 180h/mês significará uma diminuição da sobrecarga de trabalho e, com isso, haverá a tendência à redução das faltas por doença laboral.

Um Grupo de trabalho (GT) constituído de forma paritária por representantes dos higienizadores, ASERGHC, SINDISAÚDE-RS e a Direção do GHC concluiu que há razões técnicas e jurídicas para a adoção imediata da carga horária de 180h/ mês para os Auxiliares Técnicos em Higienização Hospitalar, sem redução de salários.

Conforme demonstrou o Relatório Final do Grupo de Trabalho que elaborou uma proposta de Redimensionamento da Carga Horária dos Higienizadores para 180h, a redução da jornada seria viável mediante a criação de dois turnos diurnos de 6 horas e dois turnos noturnos no regime de compensação horária de 12hx36h, a exemplo do praticado no restante no Grupo. Essa reestruturação é de fácil implementação e a compensação horária 12hx36h está prevista na Convenção Coletiva de Trabalho firmada entre SINDISAÚDE e SINDIHOSPA. Os estudos do GT comprovaram a viabilidade da adoção desses dois regimes horários.

NÃO AO ASSÉDIO MORAL!

É importante que os trabalhadores saibam que uma sobrecarga excessiva de trabalho durante um período prolongado de tempo provoca invalidez. Se mantida a carga horária de 220h/ mês, os adoecimentos tendem a ser periódicos em sua vida, provocando a longo prazo o encurtamento de sua vida útil para o trabalho. Ou seja, a jornada de 220h/mês superexplora os trabalhadores e não somente provoca doenças físicas e psíquicas, mas, tende a incapacitá-los para o trabalho.

Se essa jornada persistir tão elevada, além de já comprometer a qualidade de vida dos trabalhadores, pode ainda provocar uma elevação significativa das aposentadorias por invalidez e sobrecarregar a Previdência Pública, gerando custos adicionais ao Estado brasileiro por pura má gestão dos recursos humanos disponíveis.

A implementação das 180h/ mês, além de ter um impacto financeiro irrisório (0,00008% dos gastos com pessoal), tende a elevar a qualidade de vida dos trabalhadores e os níveis de segurança na prestação da higiene e limpeza do ambiente hospitalar. A higienização é fundamental para a saúde pública, em especial na prevenção contra infecções hospitalares. A redução da jornada deve elevar a qualidade da prestação dos serviços prestados à população usuária do SUS.

A atual jornada de 220h/mês excede as capacidades físicas dos trabalhadores e está sendo mantida mediante a prática do assédio moral. Os trabalhadores vem sendo ameaçados com punições para executarem tarefas que estão para além de suas forças. Isso provoca doenças psíquicas, stress e desespero entre os trabalhadores.

10º

A jornada de 180h/mês deverá aumentar a disposição de permanência no trabalho e tenderá a reduzir as desistências na convocação, garantindo uma menor rotatividade, além de possibilitar o aperfeiçoamento e a padronização dos processos de trabalho que hoje se veem afetados pelo excesso de trabalho.

Por que a Direção do GHC não implementou as 180h até agora? Só com luta se conquista!


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