Jornal Olho Vivo Extra! Ano 1 Número 2

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olho vivo extra! Porto Alegre | RS | Ano I n. 2 | Julho 2015 | Olho Vivo Extra | www.aserghc.com.br | facebook/aserghc

Jornal da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição - ASERGHC | R. Marco Pólo, 93, Cristo Redentor, 91350-280, Porto Alegre - RS (51) 3019-3285 | Pres.: Valmor Guedes | Coordenação: Adriana Guimarães | Jornalista Resp.: Carla Ferreira (Reg. Prof. 7503) | Diagr.: Carolina Santos

Chega de protelação:

QUEREMOS PAGAMENTO DO REAJUSTE ATÉ 10 DE JULHO! É o terceiro mês que a Direção do GHC deixa de pagar aos servidores o reajuste de 8,42% autorizado pelo SINDIHOSPA. A justificativa para o atraso apresentada aos funcionários foi a não homologação da Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindisaúde-RS. Porém, o SINDIHOSPA havia orientado a todos os hospitais a ele vinculados que pagassem as perdas da inflação, pelo Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC), já a partir de 1º de abril. Apenas o GHC e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre não fizeram o depósito devido aos servidores. Os demais hospitais vinculados ao SINDIHOSPA pagaram o direito ao reajuste a seus funcionários na data correta e sem exigir condições, pois trata-se de evitar que as perdas inflacionárias sigam corroendo o poder de compra dos salários e prejudicando os trabalhadores.

P

rimeiro os trabalhadores tiveram seu contracheque de abril alterado. Faltando dois dias para o pagamento dos salários, os gestores do GHC retiraram o reajuste de 8,42% que já estava incluído no contracheque. No lugar do pagamento devido, os servidores receberam uma mensagem A Convenção assinada pelo Presidente do SINDISAÚDE, Arlindo Ritter, e pelo impressa em seu contracheque que representante do SINDIHOSPA, Fernando Andre Atta, já está registrada no Ministério do dizia expressamente o seguinte: Trabalho e Emprego. Conheça as principais conquistas: “O reajuste será dado somente após a homologação da Convenção Coletiva de trabalho”. Depois disso, Reajuste de 8,42% retroativo a 1° Estende todos os direitos, benefícios a mesma mensagem foi repetida nos de abril de 2015, relativo ao INPC e garantias concedidas aos pais contracheques de maio e junho. acumulado entre 1° de abril de 2014 e naturais aos pais adotantes O texto da mensagem sugere 31 de março de 2015 uma chantagem às organizações dos trabalhadores que, neste Recomenda a promoção período, lutavam por cláusulas mais de campanhas e atividades Equiparação do salário básico favoráveis na Convenção Coletiva informativas e preventivas dirigidas das auxiliares de enfermagem às de trabalho (ver conquistas novas aos associados sobre a doença técnicas de enfermagem, desde da Convenção no box ao lado). falciforme que possuam curso técnico de Haveria por trás dessa manobra a enfermagem validado pelo Conselho intenção de pressionar a assinatura Amplia de um para dois anos o Profissional e desempenhem as de uma Convenção Coletiva que mandato dos delegados sindicais mesmas atividades respeitadas as contivesse cláusulas desvantajosas promoções, antiguidade e demais aos trabalhadores, premidos pelas adicionais ou regras mais benéficas perdas salariais provocadas pelo já praticadas atraso no pagamento do reajuste? Garante ao sindicato a premissão Difícil saber, mas a atitude da gestão de afixar avisos e comunicados em provoca ao menos desconfiança sobre quadro mural de fácil observação Ampliação do benefício da creche de suas motivações. e localizado em área de circulação 12 para 24 meses O fato é que uma Assembleia destinada pelo empregador Geral da base do Sindisaúde-RS, realizada no dia 17 de junho, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, aprovou a Convenção Coletiva. E, agora, que a Convenção já foi até mesmo registrada no Ministério do Trabalho e Emprego, o que falta para depositar o reajuste na conta dos funcionários? O mês de julho chegou e a Em reunião realizada no último acumulado, retroativo ao 1º de abril Conceição. ASERGHC quer saber: dia 23 de junho com os Presidentes de 2015, em folha suplementar, até o O SINDISAÚDE-RS e a do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, dia 10 de julho. ASERGHC se mantém em alerta Por que o GHC está e da ASERGHC, Valmor Guedes, a Esta é a expectativa dos servidores permanente para que o reajuste seja protelando o pagamento Superintendente do GHC, Sandra que garantem incondicionalmente pago o quanto antes. Os servidores do reajuste devido aos Fagundes, sinalizou que pagaria o a excelência do atendimento aos do GHC merecem ser valorizados. trabalhadores? reajuste de 8,42% relativo ao INPC usuários do SUS no Grupo Hospitalar Por isso, se mantém mobilizados!

Convenção Coletiva 2015/2017

Sinalização positiva


OLHO VIVO EXTRA | JULHO | 2015

Higienizadores

ASERGHC SOLICITA REUNIÃO URGENTE COM DIREÇÃO DO GHC O objetivo é discutir problemas relativos à violação dos direitos dos novos contratados. Conversa da ASERGHC e SINDISAÚDE-RS com a direção do GHC será acompanhada por Comissão de Higienizadores. Os higienizadores contratados pelo GHC em 2014, graças a luta histórica da ASERGHC pelo fim das terceirizações nesse setor, estão enfrentando diversos problemas para sua plena incorporação como servidores. Na prática, os novos funcionários têm sido tratados como trabalhadores de segunda categoria. A origem dos problemas está no contrato de trabalho, o qual prevê carga horária de 220 horas/mês, superior a adotada para servidores que desempenhavam as mesmas funções anteriormente, cuja jornada mensal era de 180 horas. Além disso, os novos higienizadores estão recebendo salários proporcionalmente mais baixos do

que os antigos trabalhadores com as mesmas funções, entre outras graves violações de direitos. Para tratar do conjunto dos problemas enfrentados pelos trabalhadores da higienização, o Presidente da ASERGHC, Valmor Guedes, solicitou uma reunião formal da ASERGHC e do SINDISAÚDE-RS com a direção do Grupo Hospitalar Conceição. Uma Comissão de Higienizadores foi criada para acompanhar as duas entidades representativas nas reuniões com a superintendência. O pedido foi feito por meio do ofício 005/2015, protocolado no dia 29 de junho. A urgência deste encontro foi ressaltada no documento.

Problemas enfrentados pelos higienizadores

Como resolver esses problemas

Sobrecarga de trabalho por subdimensionamento das necessidades do quadro funcional

Estudo de Dimensionamento da força de trabalho necessária para a prestação de um serviço de higienização de qualidade sem superexplorar os trabalhadores

Desrespeito à Norma Regulamentadora Nº 32, que prevê procedimentos de controle de contaminação. Os trabalhadores são obrigados a depositar roupas de uso pessoal no mesmo recipiente (“saco”) onde carregam os uniformes contaminados. Por orientação das chefias, por sua vez, os uniformes têm sido levados para lavar nas residências dos funcionários

Respeito à NR 32 e demais procedimentos recomendados ao controle de contaminação, inclusive no que diz respeito aos uniformes. É preciso preservar a vida dos pacientes, funcionários e suas famílias

Proibição do uso de sanitários dos funcionários

Livre acesso aos sanitários funcionais

Falta de vestiários adequados e armários (ver foto)

Vestiários adequados e armários individuais com chave para guarda de objetos pessoais

O desabafo dos colegas da higienização: Nós somos vistos como “desprezíveis, sujos, “pés

de chinelo”. Os nossos próprios supervisores nos discriminam!

“Trocamos de roupa em um

depósito de material e o ‘armário’ do uniforme é um saco de pano!

que está sendo tão “ Por difícil nos incorporar como trabalhadores iguais aos demais?

“ Comecei a trabalhar

no hospital cheia de vida e esperança. Hoje, me sinto esgotada, desvalorizada.

VESTIÁRIO OU DEPÓSITO DE ENTULHO?

Os vestiários masculinos estão com obras paralisadas há meses. Nessas condições, os funcionários tomam banho, trocam de roupa e vestem uniformes em meio aos entulhos.

Entre outros problemas, como o “tarefismo”, ou seja, a exigência de cumprimento de tarefas que não correspondem à função, como atividades de camareira. Neste caso seria necessário um concurso específico para camareiras

EXPECTATIVA DE REABERTURA DO DIÁLOGO SOBRE O ACORDO INTERNO A Superintendente do GHC, Sandra Fagundes, se mostrou disposta a reabrir as negociações em torno aos 15 pontos do Acordo Interno, em reunião realizada no dia 23 de junho com o Presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, e o Presidente da ASERGHC, Valmor Guedes. Na ocasião, também participou da conversa o assessor da direção, Pedro da Luz. Em seguida, no

dia 25, os diversos sindicatos de trabalhadores que atuam no GHC, reunidos, louvaram a reabertura do diálogo e, na segunda-feira, 29, protocolaram solicitação de reunião de todos os sindicatos signatários com a Superintendência. Agora, todos aguardam que uma solução saia até a metade de julho para ser incorporado em tempo no orçamento federal de 2016, cujo prazo é final de julho.


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