Revista do PAM - Ano 2 - Edição 4

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Editorial

Desafio de primeira

O ano prossegue seu curso e os desafios missionários estão bem diante de nós. Por isso vamos continuar avançando sempre! Nesta edição você terá no Desafio de Primeira a evangelização dos grupos indígenas do Brasil, uma visão geral do trabalho e as necessidades para os próximos anos. Na seção Sempre Orando estamos sugerindo que o mês de abril inteiro seja dedicado a intercessão para alcançarmos os índios brasileiros para Cristo. Em O Que Vai pelos Campos você encontrará algumas notícias diretamente do campo missionário de Dionísio Cerqueira, SC. Os missionários Jefferson e Simone Mendes contam como o evangelho resgatou uma família que morava literalmente “no meio do mato”, sem condições dignas a um ser humano e que hoje são novas criaturas e suas condições de vida não são mais as mesmas. Em Histórias de Parcerias vemos o caso de Willian Ferracioli Júnior, um parceiro de apenas 3 anos, mas que tem história para contar. Outro caso de parceiros do Clubinho Missionário é o de Davi Macharet, de apenas 2 meses, e mesmo sem ter consciência disso já vivenciou juntamente com sua família um grande livramento. Estas são algumas boas notícias que você encontrará na Revista do PAM Brasil. Continuamos juntos até que Jesus seja o Senhor do Brasil. Pr. Fernando Brandão Diretor Executivo

Revista Pam Brasil é uma publicação da Junta de Missões Nacionais da CBB Direção Executiva: Pr. Fernando Brandão – Gerente de Recursos Estratégicos: Pr. Jeremias Nunes dos Santos – Jornalista Responsável: Marize Gomes Garcia – DRT 41.487/RJ – Redação: Alzira Souza Barroso Gomes – Revisão: Adalberto Alves de Sousa – Arte: Oliverartelucas Mais informações sobre o PAM Brasil: Tel. (21) 2107-1812 ou 2107-1843 E-mail: pambrasil@missoesnacionais.org.br Tiragem: 30 mil exemplares Junta de Missões Nacionais da CBB – Rua Gonzaga Bastos, 300 Vila Isabel 20541-000 Rio de Janeiro, RJ – Tel. (21) 2107-1818

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Avançando na evangelização dos povos indígenas Temos como desafio evangelizar e discipular cada pessoa em solo brasileiro e as etnias indígenas ainda são um grande desafio missionário. Ao contrário do que alguns pensam, ainda existem vários grupos isolados. Hoje há oficialmente 227 etnias indígenas com uma população 700 mil pessoas, entre índios aldeados e não aldeados. Cerca de 60% desta população vive na Amazônia Legal, que compreende Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão. Há ainda 170 etnias sem nenhuma presença evangélica; cerca de 103 grupos sem presença missionária e apenas 70 grupos étnicos

Primeiros passos Os primeiros registros encontrados do trabalho de evangelização de índios pelos batistas brasileiros, datam de julho de 1922, no Jornal Baptista, que menciona as primeiras viagens do missionário Manoel Gomes dos Santos na Amazônia. Só na convenção de 1927, em São Paulo, o então executivo de Missões Nacionais, L. M. Bratcher apresentou em seu relatório o casal Zacharias e Noemi Campelo, que iriam trabalhar com os índios krahôs no norte do estado de Goiás, hoje Tocantins. Atualmente a Missão Novas Tribos do Brasil dá continuidade ao trabalho entre os krahôs. onde há missionários, considerando que este número é resultado do trabalho de várias agências missionárias que atuam na evangelização dos índios brasileiros. Ainda há muito que avançar. Segundo o missionário Ronaldo Lidório, da Missão ALEM (Associação Linguística Evangélica Missionária) e doutor em Antropologia, devemos relembrar a proposta de Jesus: tornar-se conhecido dentre todos os povos, tribos, línguas e nações da terra e isto jamais acontecerá enquanto não alcançarmos os grupos minoritários. “Apesar das 25 agências missionárias que bravamente atuam entre os índios, em nosso país ainda contamos com um vasto campo que necessita do evangelho. São vidas, histórias e culturas milenares as quais têm sofrido ao longo dos séculos a devassa dos conquistadores, a forte imposição socioeconômica e perdas culturais. Em meio a todo este


quadro há necessidade gritante de homens e mulheres que se disponham a encarar a transmissão do evangelho valorizando o homem e sua cultura dentro de uma esfera de compreensão linguística e aplicabilidade social, o que envolve o ultrapassar de várias barreiras. Uma delas é o estudo, registro, preservação, uso e valorização”, afirmou Lidório. O trabalho dos missionários da JMN, pastor Guenther Carlos e Wanda Krieger, com 50 anos de experiência na evangelização dos xerentes, reflete este processo. Estudaram a língua, registraram e têm preservado e valorizado a mesma com a publicação de materiais didáticos e a edição do Novo Testamento em Xerente. A forte atuação na área de educação e também da saúde foram determinantes para a preservação desta etnia e a consequente valorização de sua língua pelos próprios indígenas.

Quadro atual de obreiros UF Nome do(s) obreiro(s) Tribo - Cidade AM Alysson e Miriã Reis Tribo Nyengatu - Buia Igarapé MA Everli Nascimento de Barros Tribo Guajajara - Arame PA Édina Maria Santos Prado * Tribo Mamaidé - Aldeia Xingu PB Emídio e Angelina Coura Tribo Potyguara - Mamanguape PB João Santana e Lisonete Santos Tribo Potyguara - Marcação RJ Valdeval e Roseli dos Santos Tribo Guarani - Paraty RO Joel Carlos e Maria Aparecida Silva Tribo Arara - Ji-Paraná RO Samuel e Ilma Regina Souza Tribo Nambikwara – Vilhena RR Elias e Nara Rubia Taets Tribo Yanomami - Boa Vista RS Ray Miller e Luciana da Conceição Tribo Kaingang – Nonoai TO Cláudio Luiz e Renilva Viana Tribo Xerente - Aldeia Funil TO Mário e Sueli Moura Tribo Xerente - Aldeia Lajeado TO Guenther e Wanda Krieger Tribo Xerente - Aldeia Lajeado TO Rinaldo e Gudrun de Mattos Tribo Xerente - Aldeia Salto DF Valdir e Ana Maria Silva Gerência Regional de Missões * Está concluindo um curso de graduação em Aracaju, SE

Perfil do obreiro Um vocacionado por Deus para evangelizar grupos indígenas precisa estudar muito. É desejável que o obreiro tenha um curso teológico, um curso linguístico e outra graduação nas áreas da saúde, agricultura ou educação. Ele precisa ter convicção de sua chamada e capacidade de se adaptar a novos contextos.

Desafios JMN Enviar 60 novos missionários para o trabalho indígena até o ano de 2020, sendo: • Dois casais para o Vale do Javari, sendo um casal mayruna; • Um casal para os povos não aldeados em Manaus; • Um casal para trabalhar com povos não aldeados em Dourados, MS; • Um casal para trabalhar com povos não aldeados em Porto Velho, RO; • Um casal para trabalhar com os ticunas; • Um casal para trabalhar com os xerentes; • Um casal de obreiros para trabalhar com a recuperação de alcoolismo; • Um casal para trabalhar com os ianomânis – Roraima; • Um casal para trabalhar com povos monolíngues na Bahia; • Dois casais para trabalhar com povos monolíngues em Pernambuco; • Dois casais para trabalhar com os povos monolíngues em Alagoas; • Um casal para trabalhar com os povos caigangues – Nonoai, RS; • Um casal para trabalhar com povos não aldeados caigangues – Curitiba, PR; • Um casal para trabalhar com os povos macuxis (ianomâmis) – Roraima; • Um casal de obreiros para trabalhar em São Gabriel da Cachoeira – Amazonas; • Cinco casais para trabalhar com os iaonomâmis, na região de São Gabriel da Cachoeira e Santa Izabel do Rio Negro; • Dois casais para trabalhar com os ianomâmis – Roraima; • Um casal para trabalhar no vale do Xingu – Canarana; • Um casal para trabalhar com os ticunas – Amazonas; • Quatro evangelistas indígenas para trabalhar com os ticunas – Amazonas. • Quatro casais de missionários para trabalhar com povos não aldeados na região Nordeste (Pernambuco, Bahia, Sergipe e Ceará).

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O que vai pelos campos Batismos na região da Chapada Diamantina “Portanto ide, ensinai todas as nações, batizandoas em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado, e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Mateus, 28.19 e 20 Cumprindo a orientação do Senhor Jesus, a Frente Batista Missionária em Barra da Estiva, BA, tem realizado muitos batismos desde o seu início. Os missionários pastor Marcos e Alessandra Azevedo residem na cidade desde junho de 2008. Um ano depois a jovem Ana Lúcia, 26 anos, aceitou a Cristo. Ela era envolvida com espiritismo e tinha um altar dentro de sua casa. Era mãe de santo muito conhecida na região da Chapada Diamantina até Ilhéus. Após entregar sua vida a Cristo, uma verdadeira luta foi travada com o inimigo, que tentou de todas as maneiras tirá-la dos caminhos do Senhor. Na semana seguinte à sua decisão, um pai de santo de Ilhéus foi até Barra da Estiva para impedi-la de continuar. Ele alegou que ela era muito importante e que não poderia abandonar o pacto que fez com as entidades. Como ela não recuou, ele fez ameaças e disse que destruiria sua vida. Mas para honra e glória do Senhor Jesus, a irmã Ana Lúcia seguiu firme e foi batizada no domingo 15 de novembro, cumprindo assim os ensinamentos da Palavra do Senhor Jesus.

Aula de música em Brejo Santo As crianças que frequentam a frente missionária no bairro Morro Dourado, sob a liderança das missionárias Marinélia Lopes Amaral e Anália de Lourdes Santos, que atuam em Brejo Santo, CE, têm a oportunidade de penetrar no mundo da música. As

Aulas de musicalização é uma boa opção para os adolescentes do Ceará

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O batismo da irmã Ana Lúcia foi uma grande vitória no reino de Deus

Também foram batizadas outras 4 pessoas que têm se dedicado à obra. Mas no dia anterior ao batismo, o missionário recebeu um telefonema da irmã Rosângela, que iria se batizar junto com seus filhos. Ela estava separada de seu companheiro havia algum tempo. “Ela nos contou emocionada que o seu marido a procurou e disse para ela não se batizar agora, pois ele queria aceitar ‘esse Jesus’ que ela serve e ser batizada junto com ela”. Irmã Rosângela aguarda a nova data do batismo agora em família enquanto seu esposo está sendo discipulado. Mas antes o casal oficializará sua união para então descerem às águas do batismo. Orem pelo trabalho em Barra da Estiva, BA, onde já houve 27 batismos desde que o trabalho batista foi iniciado há 16 meses. Precisamos de mais parceiros de Missões Nacionais. Ainda existem milhares de pessoas sem Cristo na região. Precisamos enviar mais missionários e com isso avançar na conquista de nossa Pátria para Cristo! missionárias disponibilizaram para os interessados aulas de musicalização, que é um dos cursos do Projeto Criança Futuro Presente. O professor do curso é o jovem Henrique, que também é fruto do trabalho da missionária Anália. Ela o ensinou a tocar teclado e ele, além de dar aulas, é tecladista na igreja. Henrique também lidera o time de futebol, que tem como objetivo evangelizar os rapazes do bairro Morro Dourado. Além das aulas de flauta e de teclado há também um coralzinho para crianças menores. Durante a formação do jovem Henrique, outra obreira deu sua contribuição. É o caso da Maria de Fátima, que com o seu esposo, pastor F. Washington, são coordenadores regionais de Missões Nacionais. Outros cursos disponíveis à comunidade são alfabetização, artesanato, corte e escova de cabelo, musicalização e, em breve, curso de corte e costura.


Vivendo com dignidade É assim que os missionários Jefferson e Simone Mendes, que atuam em Dionísio Cerqueira, SC, podem referir-se à família de Natalino e Neiva, que vivia com três crianças literalmente no meio do mato. Tudo começou quando o missionário ofereceu ao Natalino umas roupas em boas condições de uso. Natalino trabalhava na mesma rua em que os missionários moram. Na primeira conversa, pastor Jefferson descobriu que Natalino trabalhava limpando um quintal por R$ 10,00 por dia. Isso mesmo! Pastor Jefferson acompanhou Natalino até sua casa para levar as roupas. Ao se aproximarem, nosso obreiro não acreditou no que via: “quando chegamos lá o meu coração chorou. Achei que nunca encontraria pessoas vivendo num estado de miséria tão grande. Eles moravam num barraco sem água nem luz, dormiam no chão, não tinham nem fogão. Moravam no meio do mato na fronteira do Brasil com a Argentina. Realmente uma visão fora do comum”. Pastor Jefferson conversou com alguns irmãos e logo tudo começou a mudar. Para surpresa de todos, no domingo seguinte a família estava na igreja. No apelo eles manifestaram o desejo de receber Jesus como salvador. Os irmãos de Dionísio Cerqueira conseguiram fogão, pia, cama, colchão e alimentos, mas a família ainda continuava no meio do mato.

Um irmão da frente missionária, chamado Arlindo que é mestre de obras, ofereceu trabalho para Natalino. Nós alugamos uma casa, que seria paga nos primeiros meses por nós. Mas a bênção de Deus foi maior ainda, no primeiro mês o aluguel foi pago como combinado. O irmão Arlindo assumiu a construção de um grande colégio na cidade. E Natalino foi contratado para também morar na obra. Eles estão recebendo estudos bíblicos semanais e Natalino já até deixou o vício do fumo. Isso nos remete a Palavra: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Cr 5.17 Orem por esta família.

Neiva e seus filhos na antiga “casa” com a missionária Simone

Palavra do Parceiro Este espaço é seu Esta revista é produzida exclusivamente para os Parceiros na Ação Missionária. Escreva-nos e conte suas histórias que revelam a alegria de contribuir com o avanço do Reino de Deus no Brasil. Sua história pode incentivar outros parceiros. Compartilhe com outros irmãos a revista a fim de conquistarmos novos parceiros. De mãos dadas conseguiremos chegar mais longe, superando as dificuldades e caminhando a passos largos para a salvação dos brasileiros.

Deus é o nosso escudo Continuem nessa sua força, pois o Senhor é quem nos sustenta. Ele é o nosso escudo e fortaleza, por isso nada temeremos.

Espero poder estar com vocês em breve aí. Pois sei que tenho esse chamado também e é a vontade do Pai. Estamos vivendo no ano do impossível... Por isso tão somente creia que obras maiores serão feitas sobre a sua vida e de toda sua família sem medidas... Amo vocês. Luziane Castro da Silva

Como foi com Josué Continuem na luta, pois nosso Deus é com vocês por onde quer que andarem, assim como foi com Josué. Nós estamos orando e contribuindo até enquanto for possível. Mas Deus nunca desamparará vocês. Fiquem na paz sempre. Recebam a bênção de Números 6. 24 a 26. Lúcia Franco de Moura

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Histórias de Parcerias Instrui o menino A irmã Eunice é a mãe do pequeno Wilson Ferracioli Júnior, de quase três anos. Ela aguardou por quase 15 anos a chegada de um bebê. Com o passar do tempo achou que não desfrutaria desta grande bênção, que é a maternidade. Certa ocasião Eunice ficou tão doente que algumas pessoas pensaram que ela iria morrer. Ela já era membro da IB em Eldorado, MS, e recebeu muita ajuda, tanto espiritual como materialmente, e enquanto isso Deus trabalhava o coração do seu esposo, Wilson, que até então não tinha aceitado Jesus como Salvador. Quando ele entendeu que só Jesus poderia curar a esposa e também salvá-lo, entregou-se e foi transformado por Ele. A família foi abençoada com uma casa grande, que fora comprada com a venda de uns equipamentos que o pai possuía. Eunice já recuperada perguntava ao Senhor: “Deus, por que o Senhor me deu esta casa tão grande para nós dois?” O tempo foi passando e ela foi fazendo amizades no bairro e viu a situação das crianças, que não frequentavam nenhuma igreja e ficavam ociosas na rua. Ela convidou uma daquelas crianças para ir com eles à EBD e a notícia se espalhou. No outro domingo oito crianças foram para a igreja com eles. Deus respondeu à pergunta da irmã Eunice, plantando um lindo plano em seu coração: criar uma Escola Bíblica na casa, que funcionaria só aos sábados à tarde. O nome é Escolinha Amiguinhos de Jesus e funciona há cinco anos. Começou numa sala e se estendeu até a metade da casa. Deus lhe deu condições para fazer a sua casa nos fundos e a casa grande ela ofertou ao Senhor. No mesmo ano surge no bairro a Missão Batista Cerâmica, e Deus foi despertando e colocando no coração do casal um ardor missionário. Ela voltou a estudar para concluir o ensino médio e compartilhou com o esposo e com o pastor da igreja que Deus a estava chamando para ser missionária, e por isso deveria ir para o seminário. Em 2006 ela terminou o ensino médio, em agosto teve uma grande surpresa. Estava grávida! Nessa mesma época soube que seu esposo estava gravemente enfermo. À medida que se aproximava o nascimento do bebê, ele ficava mais doente e fraco. No dia 8 de maio de 2007 nasceu o único filho do casal, Wilson Ferracioli Júnior, apesar de o médico ter dito que Eunice não engravidaria porque tinha as trom-

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pas deformadas. Era impossível que ela gerasse um bebê nestas condições. Foi um milagre o nascimento do pequeno Wilson. Depois que viu o nascimento do menino, o pai só ficou 15 dias em casa. Ficou internado 45 dias em Campo Grande, MS, e faleceu. Eunice não sabia como agir diante dessas dificuldades e mais uma vez Deus falou com ela. Ele disse que não a deixaria só e que supriria as suas necessidades, que tinha dado a ela o presente, que estava separando para ela: sua obra. No dia 3 de janeiro de 2008 ela foi consagrada missionária para trabalhar no bairro Cerâmica, para pregar a Palavra nos cultos, escolinha, programa de rádio, faz visitas, dá estudos bíblicos e está fazendo a faculdade de Teologia. O que Deus falou tem se cumprido. “Não tem faltado nada para nós”, é o que diz a irmã Eunice. Um dos maiores desejos dela é ver o filho servindo ao Senhor e tem orado por isso desde já. Durante a campanha missionária de Missões Nacionais em 2009, ela sentiu o desejo de firmar uma parceria por meio do Clubinho Missionário para contribuir com o Lar Batista F. F. Soren. Mesmo em meio a tantas experiências difíceis, a irmã Eunice continua firme na Palavra: “Ensina o menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. Pv 22.6

Wilson antes de um ano com a mãe, irmã Eunice. Ele com a Bíblia, um desejo da mãe


Um grande livramento O pequeno Davi Lobo Macharet nasceu no dia 26 de dezembro de 2009, mas já era parceiro do PAM Brasil mesmo antes de nascer. A família passou uma experiência marcante neste mesmo dia. Às 6h30 foram assaltados em Niterói, RJ a caminho do hospital. Levaram o carro com tudo, inclusive as malas com as roupas do bebê. A mãe, Lilian, esteve calma durante todo o assalto, mesmo ao observar seu esposo, Ricardo, sendo revistado pelos assaltantes armados. Ricardo, que é militar, tirou do bolso um pouco antes a carteira com a identidade de militar. Mas a mão do Senhor os protegeu e ainda providenciou pessoas que os ajudassem: um casal de senhores abrigou a Lilian, além de franquear o telefone para as primeiras providências. Enquanto um taxista chega ao local para levá-lo à Delegacia, mesmo sem que Ricardo pudesse pagar, pois todo o seu dinheiro fora levado. Eles ligaram para o hospital, falaram com o médico que faria o parto. Ele veio buscar Lilian. Antes da cirurgia de cesariana, que já estava programada, o carro da família foi encontrado com as roupas, entre outros pertences como notebook e filmadora. Só alguns pertences foram levados.

O pequeno Davi sendo apresentado na IB Campo dos Afonsos

Antes deste fato, o casal foi marcado também pela intercessão de alguns irmãos, que se apresentaram para orar por eles e pelo bebê que nasceria em breve. Mesmo sem compreender o casal se manteve firme na fé. O Davi hoje está com dois meses e vive com sua família em Dourados, MS, para onde seu pai foi transferido. Além de Davi, seu irmão João Pedro Lobo Macharet, de 4 anos, também é parceiro, e ainda o avô paterno, o irmão Roberto Santos Macharet, que aprendeu com sua mãe, irmã Luzia, que já está com o Senhor, a importância de se devolver o dízimo e de ofertar para a obra do Senhor.

Irmão Roberto com os filhos e noras. A filha Daneile (de verde) grávida da futura parceirinha Maria Eduarda, que nascerá entre abril e maio

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Dica Como preparar uma Sala de Oração

Não há dúvida de que precisamos orar muito mais até que todo o Brasil seja alcançado com a mensagem do Evangelho. A obra missionária no Brasil precisa tanto de obreiros na linha de frente quanto daqueles que, de joelhos, possam cobrir em oração constantemente a obra. Uma sala na igreja pode ser separada para a oração. Um local reservado para todos os interessados em clamar a Deus pela evangelização do Brasil. Se em sua igreja não há uma sala para oração, aproveite a dica e prepare uma para os 30 dias de oração pela evangelização dos povos indígenas do Brasil.

Como funciona a sala de oração?

A sala de oração deve ser disponibilizada para uso durante a semana inteira e pelo maior tempo possível. O ideal seria sete dias por semana, 24 horas por dia. Todo o tempo será dedicado à intercessão. Além da equipe de intercessores, que cumpre uma escala, cada pessoa da igreja, desde as crianças até os idosos, deve ser encorajada a vir pelo menos uma vez por semana para orar na sala de oração. Cada pessoa que vier para orar deve assinar o livro dos intercessores. A equipe de intercessores será responsável pela atualização dos cartões dos missionários que receberão cobertura permanente e período no qual determinados pedidos estarão ali apresentados. Pode-se criar um uniforme, colete, crachá ou algo que identifique a equipe para ser usado durante seu período de plantão.

Equipe de intercessores: como formar?

A equipe de intercessores é responsável pela preparação e funcionamento da sala de oração e tem um coordenador e tantos auxiliares quantos for possível, de acordo com a realidade local da igreja. Os participantes devem ser pessoas íntegras, que vivam um relacionamento contínuo com Deus e sua Palavra e sejam sensíveis às necessidades espirituais e emocionais dos outros.

Perfil da sala de oração

Uma sala decorada com motivos missionários desperta os crentes para interceder por missões.

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Um mapa do Brasil estimula a orar sempre pelo Brasil. Artigos feitos por índios como, por exemplo, bijuterias e artesanatos indicando a tribo e o estado, podem ser usados. Isso ajuda a formar consciência da realidade missionária. Estas são apenas sugestões, mas você pode decidir como fazer sua própria decoração. Preferencialmente a sala de oração não deve ser para outro fim a não ser orar e todas as faixas etárias da igreja devem ser motivadas a ter prática da oração pela obra missionária no Brasil. Escolha uma sala arejada, clara e de fácil acesso a todas as pessoas, mas que seja ao mesmo tempo com pouco barulho ao redor, para evitar distrações desnecessárias. Coloque uma mesa para o material, cadeiras, tapete, almofadas ou genuflexório, aparelho de som com CDs instrumentais, globo terrestre, lixeira, água e lenços de papel. Exponha nas paredes um quadro com a escala de plantão dos intercessores e quadros com os mapas do município, do estado e do Brasil.

Materiais necessários: quais são? • Cartões de oração, como ficha de arquivo, contendo os pedidos indicados na seção Sempre Orando; • Fichários para colocar os cartões de oração; • Livro de assinatura dos intercessores do período do dia; • Um mapa do Brasil indicando a localização dos índios, (procurar pelo Google); • Um cartaz com os nomes dos obreiros, suas tribos e os estados de atuação; • Fotos de índios; e uma Bíblia.

Como se comportar dentro de uma sala de oração Ao entrar na sala de oração, a atitude deve ser de reverência e de silêncio para não atrapalhar os outros intercessores. Ouça o Senhor, ficando por um momento em silêncio meditando. Os primeiros minutos de oração devem ser dedicados à adoração, gratidão e louvor ao nosso Senhor. Fonte: Material Desperta Débora, adaptado


Sempre Orando Março 1 Amazonas – Ore pela igreja que está sendo plantada no bairro Cidade Nova, em Manaus, onde atuam os missionários Djalma e Ana Margarida Cabral. Js 11 a 13

11 Espírito Santo – Interceda pela conservação dos frutos colhidos em janeiro no bairro Lourdes, em Vitória, onde atuam as missionárias Rosilene Vieira e Laudiceia Mirandola. Rt 1 a 4

2 Ciganos - Ore pelo irmão Jeancarlo, líder cigano que está sendo treinado pelos missionários Igor e Sayuri, que atuam no Paraná. Js 14 a 17

12 Ceará – Coloque diante do Senhor as crianças que são alcançadas em Brejo Santo, onde atua a missionária Marinélia. 1Sm 1 a 3

3 Amapá – Interceda pelas crianças que estão sendo alcançadas nos bairros Marabaixo em Macapá, onde atuam os missionários Dirceu e Ana Paula. Js 18 a 20

13 Bahia – Ore para que todas as crianças do Lar Batista David Gomes aceitem Jesus como seu Salvador pessoal. 1Sm 4 a 6

4 Minas Gerais – Ore pelo missionário Rondinele Siqueira e família, que estão plantando uma igreja em Andrelândia. Js 21 a 24 5 São Paulo – Ore pelos líderes da frente missionária que estão sendo treinados pelos missionários Sandro e Denise Pereira, de Saltinho. Jz 1 a 3 6 Santa Catarina – Ore pelos contatos que os missionários Júlio e Carla Souza têm feito em Palhoça e também com os funcionários da fábrica de sorvete da cidade. Jz 4 a 7 7 Rio de Janeiro – Peça a Deus mais estratégias para a missionária Amariz alcançar os jovens e adolescentes do bairro Poaia, em Paty do Alferes. Jz 8 a 10 8 Rio Grande do Sul – Ore pelo trabalho com crianças que os missionários Robson e Vânia estão iniciando em Portal da Maestra, Santa Fé, em Caxias do Sul. Jz 11 a 14

14 Amazonas – Ore pelo trabalho da segunda turma do Radical Amazonas na evangelização dos ribeirinhos do estado, liderados pelos missionários Donaldo e Marinalva Santos. 1Sm 7 a 9 15 Sergipe – Ore pelo ministério esportivo; Projeto Calçada; estudos bíblicos e evangelização nas escolas em Gararu, onde atuam as missionárias Vanessa Costa e Rosa Santos. 1Sm 10 a 12 16 Bahia – Interceda pelo Projeto Mãos do Sertão, que evangeliza e ensina a gerar renda em Morro do Chapéu, liderado pela missionária Jaqueline Augusto. 1Sm 13 a 15 17 Paraná – Agradeça ao Senhor pelas crianças e adolescentes alcançados pelo Projeto em Santo Antônio do Sudoeste, onde atuam os missionários Valdir e Odete Tomé. 1Sm 16 a 19 18 Rio Grande do Norte – Clame a Deus pelo município de Pedro Avelino, onde atuam os missionários Eliel e Lídia Silva. 1Sm 20 a 22

9 Bahia – Ore pelo Projeto Som da Garotada, uma das atividades que os missionários Renato e Juliana Fagundes vêm desenvolvendo em Ibicoara. Jz 15 a 17

19 Rio Grande do Sul – Ore pelas pessoas que têm recebido estudos bíblicos em Santo Antônio da Patrulha, onde atuam os missionários Filipe e Cristiane Niemeyer. 1Sm 23 a 25

10 Paraíba - Ore pelos irmãos que estão sendo discipulados pela missionária Alda, em Bonito de Santa Fé. Jz 18 a 21

20 Minas Gerais – Interceda pelos alunos de música da frente missionária em Uberaba, onde atuam os missionários Jonas e Dayse Mary Coelho. 1Sm 26 a 28

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21 Paraíba – Ore pelos missionários Eguinomar e Zulmira Souza, que estão iniciando o Projeto em Catolé do Rocha. 1Sm 29 a 31 22 Ceará – Ore pelo fortalecimento dos crentes; por oportunidades de emprego e pela formação de lideranças em Viçosa, onde atua a missionária Ana Paula Amorim. 2Sm 1 a 3 23 Rio Grande do Norte – Interceda pelo processo de emancipação da Congregação Batista de Patu, onde atuam os missionários Luzinaldo e Graça Tomaz. 2Sm 4 a 6 24 Rio de Janeiro – Coloque diante de Deus as vidas alcançadas pelo Projeto no Morro da Mangueira, onde atua o missionário Wagner José. 2Sm 7 a 10 25 Piauí – Interceda pela formação da liderança e pelo discipulado dos novos crentes que estão em Matias Olimpio onde está o missionário Douglas Oliveira. 2Sm 11 a 14

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Abril Trinta dias de intercessão pelos povos indígenas brasileiros 1 Ore por nossa população indígena composta por 700 mil pessoas aldeadas e não aldeadas. São 185 línguas diferentes e 170 tribos ainda não alcançadas com o evangelho. 1Re 10 a 12 2 Os batistas brasileiros mantêm apenas 27 obreiros em oito estados. Rogue ao Senhor da seara que envie mais obreiros para evangelizar e discipular os indígenas. 1Re 13 a 15 3 Clame ao Senhor por obreiros com aptidão linguística que se disponham a morar ao lado da reserva dos waimiri-atroari que fica entre Roraima e Amazonas, já que a entrada na reserva é vedada aos missionários. 1Re 16 a 19

26 São Paulo – Ore pelo trabalho iniciado em Juquitiba, pelos missionários Valdemi e Martha Lima. 2Sm 15 a 17

4 Ore para que Deus fortaleça os líderes xerentes no testemunho e na evangelização na Aldeia Funil, TO onde atuam os missionários Cláudio e Renilva Viana. 1Re 20 a 22

27 Rio Grande do Sul – Ore pelos estudos bíblicos que acontecem numa roda de chimarrão às quartas-feiras em Taquara, onde atuam os missionários Gilberto e Cinara Souza. 2Sm 18 a 20

5 Ore para que Deus levante estratégias de suporte espiritual aos Karipuna de Rondônia, um grupo que ficou impossibilitado de receber obreiros por imposição do governo. 2Re 1 a 3

28 Paraná – Ore para que Deus abra mais portas para testemunho e ensino da Palavra em Prudentópolis, onde atuam os missionários Erondi e Hellen Fernando. 2Sm 21 a 24

6 Ore pelas aldeias Lagoa Grande, Nova Brasília, Carneira e Três Rios e pela formação de liderança entre os potiguaras em Marcação, PB, onde atuam os missionários João Santana e Lizonete Santos. 2Re 4 a 6

29 Santa Catarina – Ore pela conservação dos frutos do trabalho realizado durante o carnaval em Garuva, onde atuam os missionários Walter e Elizabet Caetano. 1Re 1 a 3

7 Ore pelo trabalho entre os nambiquaras da Aldeia Cerradinho em Vilhena, RO, onde atuam os missionários Samuel e Ilma Souza. 2Re 7 a 9

30 Mato Grosso – Ore pelas pessoas que recebem estudos bíblicos no bairro Luiz Carlos Tessele Júnior, em Lucas do Rio Verde, onde está o missionário Roosevelt Lima. 1Re 4 a 6

8 Ore pelos xerentes que estão compremetidos com a evangelização na Aldeia Salto, TO, onde atuam os missionários Guenther e Wanda Krieger. 2Re 10 a 12

31 Árabes – Coloque diante do Senhor este grupo étnico e também os missionários que se dedicam à evangelização de árabes e descendentes. 1Re 7 a 9

9 Ore pelo trabalho desenvolvido entre os potiguaras em Mamanguape, PB, onde atuam os missionários Emídio e Angelina Coura. 2Re 13 a 16 10 Ore para que os missionários Joel e Maria Aparecida Silva, que estão na Tribo Arara em Ji-Paraná, RO, avancem na tradução de porções do NT. 2Re 17 a 19


11 Ore pela libertação dos índios do alcoolismo é o pedido dos missionários Cláudio e Renilva Viana, que atuam entre os xerentes na Aldeia Funil, TO. 2Re 20 a 22

21 Ore pelas instituições voltadas para a formação teológica, treinamentos linguísticos, por seus alunos, professores e equipe de apoio. 1Cr 27 a 29

12 Ore para que Deus abra as portas do evangelho aos korubos que estão no Vale do Javari no estado do Amazonas. Até recentemente nenhum korubo ouviu falar de Jesus. 2Re 23 a 25

22 Ore pelos missionários Mário e Sueli Moura que atuam na Tribo Xerente, na Aldeia Lajeado, TO. 2Cr 1a3

13 Coloque diante do Senhor a igreja na aldeia Salto, que se firma a cada dia e pelos missionários Rinaldo e Gudrun de Mattos, que atuam na Aldeia Salto, TO. 1Cr 1 a 3 14 Ore pela missionária Édina Prado, que está concluindo um curso de graduação para aperfeiçoar seu trabalho na tribo Mamaidé, na Aldeia Xingu, PA. 1Cr 4 a 6

23 Ore para que Deus anule as “forças antimissionárias” que emitem calúnias e denúncias contra o trabalho missionário entre os índios. 2Cr 4 a 6 24 Ore pela conversão dos ianomâmis, em Boa Vista, RR, onde estão os missionários Elias e Nara Taets. 2Cr 17 a 19

15 Ore pela maturidade cristã dos crentes nambiquaras da Aldeia Kithãulu, onde atuam os missionários Samuel e Ilma Souza, Vilhena, RO. 1Cr 7 a 9

25 Ore pelos índios kalapalos, que vivem no Parque Nacional do Xingu, MT. Este grupo ainda não foi alcançado pelas Boas-Novas do evangelho. 2Cr 10 a 13

16 Ore pelos missionários Ray Muiller e Luciana Conceição, que estão atuando entre os kaingang em Nonoai, RS. 1Cr 10 a 12

26 Os tuyukas vivem em áreas demarcadas na região do Alto Rio Negro, AM, e o trânsito de não-índigenas evangélicos é proibido. 2Cr 14 a 16

17 Os missionários Valdeval e Roseli Santos estão entre os índios guaranis, em Parati, RJ e precisam muito de nossas orações. 1Cr 13 a 15

27 Ore pelos missionários Valdir e Ana Maria Silva, gerentes regionais e líderes do projeto índios brasileiros para Cristo da Junta de Missões Nacionais. 2Cr 17 a 19

18 Interceda pelo domínio da língua e pela saúde da missionária Everli Santos, que atua na tribo Guajajara, em Arame, MA. 1Cr 16 a 18 19 Ore pela salvação dos índios brasileiros e para que as organizações missionárias, que atuam unidas, atinjam maior representatividade junto aos órgãos do governo. 1Cr 19 a 22 20 Ore pelos missionários Alysson e Miriã Reis, que atuam na tribo Nyengatu, em São Gabriel da Cachoeira, AM. 1Cr 23 a 26

28 Ore pelas seis etnias isoladas do Vale do Javari, em Atalaia do Norte, AM. Eles são arredios e não há permissão para qualquer trabalho evangelístico entre eles. 2Cr 20 a 22 29 Ore pelos índios isolados do São José do Vale do Javari, AM. Conhecidos como “flecheiros” por ser este o seu modo de enfrentar os invasores. 2Cr 23 a 26 30 Ore pelos índios tsohom-djapás do Vale do Javari, AM. Pouco se sabe sobre eles. 2Cr 27 a 29

Como ser um parceiro na evangelização do Brasil Se você ou sua igreja ainda não aderiram ao PAM Brasil, ore a Deus e, sentindo-se tocado pelo Espírito Santo, faça um contato ainda hoje com Missões Nacionais. Quem participa do PAM Brasil tem a alegria de fazer mais por missões. Que mais igrejas, empresas e profissionais liberais, crianças, adolescentes, homens e mulheres tornem-se parceiros na ação missionária. É tempo de avançar! Por amor aos brasileiros. Assuma esse compromisso com Deus e faça contato com Missões Nacionais pelo telefone (21) 2107-1818, ou pelo e-mail pambrasil@missoesnacionais.org.br, ou ainda acessando o site www.missoesnacionais.org.br.

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