Jornal de Missões - Edição 29

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Campos do Ceará e de São Paulo recebem visita de Igrejas do Rio de Janeiro Pág. 8

Brasil Mundo Geral

Projeto capacitará igrejas para alcançar comunidades de risco social Novas congregações e frentes missionárias na Espanha Regiões Sul e Nordeste celebram batismos

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Capelania: Um trabalho reconhecido na América do Sul Pág. 10

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M ISSÕES JORNAL DE

Órgão Oficial das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da Convenção Batista Brasileira Ano VI | Nº 29| Setembro • Outubro | 2009

Missões Nacionais lança campanha

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omo dizer que amamos a Deus se não demonstramos esse amor ao próximo? Apesar do tempo, esse questionamento continua ecoando no coração das igrejas batistas, soando como o apelo do Espírito Santo para que lancemos as mãos no arado, restaurando vidas que estão se perdendo pela falta de uma ação direta do Povo de Deus. Foi pensando nisso que Missões Nacionais preparou a campanha Por Ti, Darei Minha Vida, que no mês de setembro levará aos batistas brasileiros uma reflexão séria sobre um engajamento vivo e sem medidas em prol da expansão do Evangelho no Brasil. O desejo da Junta de Missões Nacionais é que o material desenvolvido para a campanha 2009 contribua para um despertar maduro, em que os vocacionados se sentirão seguros para dizer “eis-me aqui” e as igrejas se despojarão do conforto de seus templos para, em uníssono, afirmarem: “Pelo Brasil, Daremos Nossa Vida”. Pág. 5

Oportunidades nas fronteiras com o Brasil

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issões Mundiais segue apresentando alguns desafios previstos em seu Planejamento Estratégico para os próximos quatro anos, em especial os países que estão para se tornarem campos das igrejas da CBB. Nesta edição, dois países sul-americanos que fazem fronteira com o Brasil, Suriname e Guiana Francesa, são os destaques. A Guiana

Dia histórico Pela primeira vez, em 102 anos de existência da agência missionária nacional dos batistas brasileiros, o Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira comissionou 100 novos obreiros desde abril. Pág. 6

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Mais ceifeiros

Francesa vive sob o estigma de ter sido colônia penal da França durante anos (na foto ao lado, ruínas da prisão na Ilha do Diabo). Já no Suriname vivem pessoas de várias etnias, que trazem suas culturas e religiões para o cotidiano do país. Ambos são desafios à evangelização. Pág. 14

PEPE lança CD com músicas inéditas Lançamento

As músicas são todas em português e o CD será distribuído nas várias unidades do PEPE Pág. 15

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Editorial Dando a vida por um Brasil sedento de Deus A nossa nação está buscando respostas para as ansiedades, lutas e problemas. Infelizmente, milhões de pessoas têm seguido pelo caminho da dependência química, de distúrbios de comportamentos como a pedofilia, da prostituição, da violência implacável que ceifa vidas por motivos tão irrisórios, da idolatria, que escraviza e martiriza sem piedade. Para mudar esta realidade nós precisamos agir rápida e intensamente indo ao encontro do clamor do nosso povo. Agradecemos a Deus pelas vidas que têm se levantado para fazer esta obra ao redor da nossa nação: gente que tem assumido a responsabilidade de cuidar das crianças feridas pela violência familiar ou pela exploração sexual e que estão em um dos nossos lares; voluntários que dedicaram tempo de suas vidas para participar de uma das 8 Operações Jesus Transforma; missionários que têm deixado tudo o que tinham em suas igrejas e cidades para irem ao campo semear a mensagem de salvação em Cristo Jesus, entre estes, os Radicais que estão na Cracolândia de São Paulo resgatando vidas das pesadas correntes da dependência química; igrejas que têm saído para visitar campos missionários apoiando os obreiros que estão na frente de batalha e aprendendo muito ao ver a triste realidade da nossa pátria amada; promotores que têm dedicado tempo para mobilizar suas igrejas na direção da obra missionária que se transforma na grande esperança para o nosso Brasil. Estes estão fazendo diferença e dando suas vidas pelo Brasil, que está sedento de Deus. Leia as experiências e seja mais um a unir-se ao grande exército que está combatendo o bom combate na defesa da fé. Venha fazer parte desta obra de transformação a fim de que possamos ver o dia em que todo o joelho no Brasil se dobrará diante de Jesus, reconhecendo-o como o único Senhor desta nação. Pr. Davidson Freitas Gerente Executivo de Planejamento e Estratégia da JMN

Expediente O JORNAL DE MISSÕES é uma publicação bimestral das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da CBB. JORNALISTAS RESPONSÁVEIS: Sérgio Dias 25.944/DRT-RJ (JMM) Marize Gomes Garcia 41.487/DRT-RJ (JMN) MISSÕES MUNDIAIS: Rua Senador Furtado, 71 Praça da Bandeira, Rio de Janeiro - CEP: 20270-021, RJ Tel.: (21) 2122-1900 - Fax: (21) 2122-1911 E-mails: jmm@jmm.org.br; redacao@jmm.org.br Portal: www.jmm.org.br DIRETOR EXECUTIVO (Interino): Pr. Sócrates Oliveira de Souza GERENTE DE COMUNICAÇÃO E MARKETING: Pr. Luiz Cláudio Marteletto REDATORES: Sérgio Dias, Ailton de Faria Figueiredo e Márcia Pinheiro PROJETO GRÁFICO: Joatan de Souza EDITORAÇÃO: Rosimar Costa e Joatan de Souza MISSÕES NACIONAIS: Rua Gonzaga Bastos, 300 Vila Isabel CEP: 20541-000 - Rio de Janeiro, RJ Tel.: (21) 2107-1818 | Fax: (21) 2107-3851 E-mail: falecom@missoesnacionais.org.br Site: www.missoesnacionais.org.br DIRETOR EXECUTIVO: Pr. Fernando Brandão GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA: Pr. Davidson Freitas REDAÇÃO: Tiago Monteiro REVISÃO: Adalberto Alves de Sousa COORDENAÇÃO DA PRODUÇÃO EDITORIAL: Gerson Daminelli Ribeiro DIAGRAMAÇÃO: Wellington Nunes • Oliverartelucas TIRAGEM: 170.000 exemplares

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Palavra do Diretor Não vamos recuar...

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Igreja nasceu para se multiplicar. A visão transmitida pelo Senhor Jesus aos discípulos estava focada na multiplicação. “Ide, fazei discípulos...” O poder concedido pelo Espírito Santo em Atos 1.8 visava à multiplicação daqueles que invocam, confessam, adoram e glorificam o nome do Senhor Jesus Cristo, ou seja, discípulos. O DNA da Igreja é multiplicador. A Igreja foi estabelecida com uma grande visão de multiplicação. Ser igreja é ser multiplicadora. Em todas as direções e ministérios a Igreja precisa se multiplicar. Mesmo desprovida da maioria dos recursos que temos em nossos dias, a Igreja se multiplicava de forma exponencial no livro de Atos dos Apóstolos (At. 6.3-7). O diferencial era que eles se mantinham unidos, na total dependência do poder do Espírito Santo, e focados na missão de multiplicar o número de discípulos, mesmo que lhes custasse a vida. Eles estavam cheios do Espírito e nada podia detê-los. A Igreja avançava e a Palavra se multiplicava em circunstâncias adversas e hostis. Eles não recuavam sob nenhum pretexto. Esta visão de multiplicação precisa ser retomada por todos nós. Há milhões em nosso país que precisam ser alcançados e abençoados com o evangelho e com o discipulado. Se não agirmos rápido na proclamação do Evangelho, eles continuarão morrendo sem esperança de vida eterna. Morrerão nas trevas e estarão perdidos para sempre. Nós batistas, povo que ama missões, não podemos ficar de braços cruzados enquanto tudo isso acontece. Temos que agir. É preciso avançar na multiplicação de discípulos e na plantação de igrejas multiplicadoras. Estes são os nossos objetivos.

Não podemos perder o foco da missão nem nos dispersarmos. É preciso unidade. Temos que dar a vida no cumprimento da missão. Por ti, darei minha vida é o nosso compromisso, custe o que custar. Estamos em campanha para levantar uma grande oferta. Uma oferta de fé e que represente o melhor que poderíamos oferecer ao Senhor para que a multiplicação dos discípulos continue e a expansão do reino aqui na terra não pare. Precisamos enviar mais missionários para iniciar a plantação de centenas de igrejas multiplicadoras. Nossa meta é enviar 200 missionários nos próximos 12 meses. Para isso é necessário levantar 10 milhões de reais nesta campanha. Este valor permitirá a manutenção de parte dos projetos atuais e o envio de novos missionários aos campos. A diferença será complementada com o PAM-BRASIL. Convidamos e desafiamos todos os batistas, igrejas, promotores de missões, pastores e líderes para uma grande mobilização nesta campanha. O esforço da sua igreja representará até onde poderemos ir com o envio de missionários para proclamar vida em Cristo Jesus. Vamos trabalhar unidos e na total dependência do Espírito Santo para que o número de discípulos se multiplique exponencialmente em nossa pátria. Depende de cada um de nós. “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo”. At 5.42 Por Fernando Brandão Diretor Executivo de Missões Nacionais

Palavras de Gratidão

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ossas palavras são de gratidão a Deus qu e te m n o s u s a d o co m o i n st r u mentos Seus para alcançar pessoas nos continentes onde estão os missionários das igrejas da Convenção Batista Brasileira – Américas, Ásia, África e Europa. De igual modo agradecemos a cada crente que tem, de forma muito especial, se empenhado nesta missão determinada pelo Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Somos a agência missionária dos batistas brasileiros a serviço do Reino de Deus, altamente integrada com as igrejas e os campos missionários. Missões Mundiais atua em todo o sistema de missões, desde a mobilização e inspiração das igrejas em nosso país, passando pelo despertamento de vocacionados e sua capacitação para atuarem no contexto transcultural, até a colheita dos convertidos a Jesus além das nossas fronteiras. Os batistas brasileiros, através de Missões Mu n d i a i s , a l c a n ç a m h o j e 6 2 p a í s e s , co m d e s a f i o s e s i n g u l a r i d a d e s e sp e c í f i c a s e m cada um. E pela misericórdia de Deus temos avançado, sem interrupções à proclamação do Evangelho. A equipe JMM é formada por pessoas capacitadas que respondem aos desafios da obra missionária. Conferimos vital importância ao nosso capital humano, tanto os missionários, como o pessoal da Sede, os Representantes e outros que direta ou diretamente estão envolvidos no trabalho de Missões Mundiais.

O cuidado do Senhor não permitiu desequilíbrio nas finanças nestes tempos de crise global. E Deus tem mandado o suficiente para a Sua obra. Temos seguido um estilo de administração na linha de crescimento maduro, com reserva e sem dívidas. Nosso compromisso é o de sempre trabalhar com total controle financeiro, priorizando a redução de custos, mas sem comprometer a qualidade e a intensidade da missão. Um grande desafio que temos pela frente é a ampliação da sustentação financeira da obra missionária. De acordo com institutos de pesquisas missiológicas internacionais, os cristãos contribuem com apenas 0,11% para missões. O islamismo está avançando e cada fiel muçulmano contribui com 27% de sua renda anual. Missões se faz com joelhos que se dobram, com mãos que contribuem e com pés anunciam as boas-novas do Evangelho. A nossa oração é para que, muito em breve, seja nomeado o Diretor Executivo efetivo de nossa querida Junta de Missões Mundiais, de modo que este possa dedicar tempo integral e exclusivo a esta tarefa que tanto demanda dedicação e ação. E, para este tempo, rogamos para que Deus continue a nos usar para a salvação de vidas entre muitas nações e povos.

Pr. Sócrates Oliveira de Souza Diretor Executivo (interino) de Missões Mundiais

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Batistas ajudam a restaurar vidas através das ações sociais de Missões Nacionais

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Quem dará a vida pelas crianças?

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utubro se aproxima e os pequeninos logo gritam: Dia das Crianças! Pais, mães, tios e avós também pensariam nesta data comemorativa, pois é tempo de percorrerem, ávidos, as lojas de brinquedos para a escolha de um presente que é ansiosamente aguardado pelas crianças da casa. Já em setembro as crianças estão na mídia nos anúncios de brinquedos, inacessíveis à grande maioria das crianças do país, contrastando com as notícias que surgem a cada dia sobre crianças e adolescentes vítimas de abusos. A desigualdade pode ser observada na declaração de L.R, 9 anos, há três anos no Lar Batista David Gomes: “Se tivesse muito dinheiro, compraria carrinho, bicicleta, biscoito, relógio e doces”. Assim como muitos outros internos nas duas instituições de Missões Nacionais, foi para o Lar em virtude de os pais não terem condições de criar seus filhos. M. chegou ao Lar com 10 anos, acompanhada de seis irmãos. Moravam todos sob a marquise do hospital municipal. O pai saiu um dia em busca de emprego e nunca mais voltou. A mãe apenas os visitou nos primeiros dias no Lar. Reconhecendo que o Lar é muito bom, assim como o que aprende lá, M. mantém em

seu coração um sonho que mescla a mentalidade infantil com a consciência da realidade: “O maior sonho da minha vida é ser missionária e se eu tivesse muito dinheiro compraria muitos brinquedos e ajudaria minha mãe.” Outros pequeninos, no entanto, chegam aos lares em decorrência de histórias mais dramáticas. Alguns presenciaram o

assassinato de suas mães, outros sofreram maus-tratos ou abusos. Um menino chegou a Barreiras há dez anos sem nenhuma informação sobre sua família. Não sabia nem mesmo seu nome. Havia sido abandonado em uma cidade próxima e encaminhado pela promotoria ao Lar. Desconhecer sua história antes da chegada ao Lar e o desejo de um dia encontrar a família não impedem

sua alegria: “Eu sou muito feliz porque moro no Lar Batista e tenho muitos amigos”. O investimento feito nos Lares, visando garantir o direito das crianças e adolescentes à educação, à saúde, à segurança e a um convívio familiar tem resultado em vidas restauradas e salvas por Jesus. L. tem 9 anos e chegou ao Lar encaminhada por decisão judicial em virtude de maus-tratos que sofria por parte dos pais. Era muito agressiva e a adaptação foi dif ícil. Dois anos depois, seu comportamento tem mudado e já é uma das melhores alunas de sua classe. Atualmente, 290 irmãos contribuem mensalmente com a manutenção de crianças e adolescentes nos dois Lares Batistas na Bahia e no Tocantins, representando apenas 31% de seu custo total. Se você deseja contribuir para que feridas emocionais sejam curadas e vidas transformadas, torne-se um mantenedor de criança. Trata-se de uma categoria do PAM Brasil por meio da qual você contribui com uma criança específica ou ainda com a instituição que as atende. Optando por uma criança ou adolescente, você tem a oportunidade de acompanhar seu desenvolvimento, podendo também enviar presentes, correspondência e programar uma visita. Informe-se pelo tel. (21) 2107-1818 ou pambrasil@missoesnacionais.org.br.

Investindo para a transformação de vidas

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Após 45 anos de funcionamento, algumas instalações do Lar encontram-se inadequadas, mas, graças a doações de parceiros, as obras estão caminhando. Uma dessas ações de parceria veio por intermédio do Congresso de Ação Social em Salvador, promovido pela Convenção Batista Baiana, com o apoio da JMN. A programação comoveu o coração de um irmão que, diante da possibilidade de ajudar, não hesitou. “Vamos fazer essa reforma. Precisamos começar já. Apenas me envie o valor”, disse à gerente de Ação Social Alice Carolina Barbosa Cirino. Sua oferta garantiu a concretização de todas as obras pendentes para a conclusão do projeto de reforma do Lar. O novo Lar Batista F. F. Soren, que está sendo construído em Palmas, TO, também tem sido alvo de ações solidárias. Atuando em mutirões, membros das igrejas locais se revezam e colocam a mão na massa para erguer muros e casas. Montagem das colunas pré-moldadas no novo F.F. Soren

omo resposta aos desafios na área de ação social, Missões Nacionais tem erguido verdadeiros centros de restauração do ser humano, onde a Palavra de Deus é o parâmetro para as medidas de recuperação da dignidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Dentre as instituições sociais, algumas passam por uma fase de reestruturação, como é o caso do Lar Batista David Gomes, em Barreiras, BA, que lançou um projeto de revitalização e modernização na área de infraestrutura.

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O muro que cerca toda a propriedade já foi construído e agora quatro das casas estão sendo construídas. Na área de reabilitação de dependentes químicos, Missões Nacionais enfrenta dois grandes desafios, sendo o primeiro deles a Terreno onde será construído o centro de apoio a dependentes químicas aquisição de um terreno para o Projeto Reviver – Centro nárias comissionadas em agosto. Com de Recuperação de Dependentes Quí- funcionamento diário, um programa de micos, em Muriaé, MG – que funciona cuidados intensivos (8h/dia), mas sem em um espaço alugado. “A meta é dupli- regime de internação, a casa atenderá car a capacidade de atendimento, atu- mulheres acima de 16 anos, assistindoalmente limitada a 15 internos”, explica as nos âmbitos espiritual, psicológico, Alice. O segundo desafio é a abertura de terapêutico e social. um centro de apoio a mulheres depenEste é mais um projeto que contadentes químicas, projeto que nasceu rá com o apoio de parceiros, igrejas, com a doação de um imóvel em Campos convenções e associações. Se você dedos Goytacazes. tem a inauguração pre- seja apoiar o trabalho social de Misvista para 30 de novembro e terá a co- sões Nacionais, entre em contato pelo ordenação do pastor Fernando Arêde, já telefone (21) 2107-1818 ou pelo email contando com a atuação de duas missio- falecom@missoesnacionais.org.br

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Radical Brasil convoca voluntários para atuação em comunidades atingidas pelo tráfico de drogas

Brasil

Crianças para Jesus Pr. Marcelo Farias, Gerência de Evangelismo e Discipulado Selio Morais

“Depois disso, algumas pessoas levaram as suas crianças a Jesus para que ele as abençoasse...” Lc 15.15a

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mês de outubro se aproxima e com ele a grande colheita de vidas, pequenas, mas muito preciosas para o nosso Senhor Jesus. Todo o planejamento foi realizado, assim como os treinamentos e a hora de executar o programa de evangelização e recolher os resultados, dando a eles manutenção (discipulado), se aproxima. A União Feminina Missionária Batista do Brasil, nossa parceira nesta campanha, esteve presente em todas as suas etapas e continuará apoiando a conservação dos resultados por meio de suas organizações-filhas espalhadas pelas igrejas batistas do Brasil.

Missões Nacionais, por intermédio do tema da campanha de 2009 – “Por ti, darei minha vida” – nos leva a uma reflexão: quanto você está disposto a se doar pela vida de uma criança?

Jesus entregou-se por inteiro, sem reservas. Nós, seus servos, precisamos estar dispostos a pagar o preço da obediência, prontificando-nos a fazer desta campanha uma grande oportunidade de levar nossas crianças até os pés do Mestre. Nossas igrejas precisam despertar para a responsabilidade na evangelização de crianças. Não podemos mais negligenciar esse grande desafio que Deus tem colocado diante de nós. Elas não são a igreja do amanhã, elas são a igreja de hoje, pois lá estão elas, tão carentes e receptivas como nenhum outro grupo de pessoas. Como disse Moody, “Um adulto quando se converte é uma vida para Jesus. Quando uma criança se converte é uma vida inteira para Jesus”. Precisamos chegar até as crianças antes da prostituição, das drogas, do consumismo e de tantas ou-

tras coisas que têm se apresentado a elas, conduzindo-as aos desvios de comportamento que tanto têm afligido a nossa sociedade. A igreja, ou seja, nós não podemos mais acreditar que o governo dará resposta a esses problemas. É a igreja que possui as respostas, Jesus é a solução e, no caso das crianças, é a vacina que poderá fazer com que elas nunca venham a experimentar as amarras de Satanás. Não trate essa campanha como mais uma, mas trate-a como uma possibilidade de transformação de vidas. Se negligenciarmos, pagaremos um preço muito alto, pois serão mais vidas a serem resgatadas dos vícios, lares destruídos etc. Ainda há tempo para se envolver nesta campanha. Faça isso, não vamos falhar com esses pequininos.

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projeto Radical Brasil colocou a denominação frente a frente com a problemática do tráfico de drogas que assola a capital paulista, na região conhecida como Cracolândia. Desde então, esse universo que, apesar de tão próximo a muitos, andava camuflado, tem sido revelado em detalhes, mostrando aos batistas brasileiros que o desafio – antes conhecido por vídeos e fotografias – é maior do que se imaginava. Assim como em muitas cidades brasileiras, a Cracolândia paulista é um barril de pólvora prestes a explodir. Há anos, as autoridades lutam contra o comércio de drogas, usando a força como estratégia principal. Mas o tempo mostrou que as ações policiais são ineficazes e que, ao contrário do que muitos dizem, a Cracolândia não acabou, apenas mudou de

Selio Morais

Radical Brasil: estratégia ousada em situações extremas No mesmo endereço estão vivendo 13 pessoas que, por conta de uma postura diferente, passaram a ser respeitadas pela “comunidade do crack”. O respeito surgiu pelo interesse em ajudar, em transformar realidades, individualmente, apresentando o evangelho capaz de restaurar o Homem em Durante o período do projeto, Radicais deverão morar na todos os aspectos. Em comunidade onde atuarão dois meses de atuação endereço. E nesse endereço perambu- em becos, esquinas e favelas, dezenas de lam pelas ruas centenas de usuários e vidas conheceram o amor de Cristo e duas traficantes. Muitos que trocaram a con- jovens foram encaminhadas para centros vivência familiar pelos efeitos – quími- de recuperação, com tratamento custeado cos ou financeiros – do crack e outros por igrejas parceiras de Missões Nacionais. entorpecentes. É dessa forma, sofrendo com os que sofrem,

sentando à mesa de “publicanos e pecadores” – a ponto de serem confundidos em investidas policiais – que os Radicais estão conquistando a Cracolândia para Cristo. De acordo com a Gerência Executiva de Evangelismo e Discipulado de Missões Nacionais, a estratégia que está dando certo em São Paulo será difundida para outras três capitais brasileiras que padecem do mesmo mal, escolhidas ainda neste ano. O sucesso desse projeto dependerá apenas da disposição de futuros candidatos a radicais, pois é notório que Deus deseja a salvação do Brasil. Você que se identifica com o projeto Radical Brasil, entre em contato para saber mais sobre o projeto pelo telefone (21) 2107-1818 ou radicalbrasil@missoesnacionais.org.br Venha fazer parte dessa tropa de elite, venha ser um Radical!

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o mês de agosto, mais duas igrejas foram treinadas para usar a estratégia evangelística Ponte da Fé: Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro e a IB Esperança em Taguatinga, DF. Os dois treinamentos contaram com 143 participantes que, durante a aula prática (fora do templo), tiveram a alegria de ouvir a

oração de 179 pessoas recebendo Jesus como Salvador de suas vidas. Desejosos em ver suas igrejas frutificando, alguns líderes já estão agendando treinamento com a JMN. Se você compartilha o mesmo desejo, entre em contato pelo e-mail falecom@missoesnacionais.org.br ou pelo telefone (21)2107-1818.

Selio Morais

Vidas para Cristo PIB do RJ em treinamento do Ponte da Fé

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Setembro: mês da campanha anual de Missões Nacionais. Leve sua igreja a engajar-se

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Brasil

Por Ti, Darei Minha Vida

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s dias passando rápido, o clima cada vez mais imprevisível e o surgimento de novas doenças dão sentido ao que foi profetizado por João no livro de Apocalipse. Ser cristão e ignorar os sinais dos últimos dias seria como negar a própria fé. Do mesmo modo, negar a urgência da evangelização do Brasil seria deixar de perceber não apenas o pouco tempo que resta para proclamar o nome de Cristo mas também negar a própria missão que a nós foi confiada. Assim, a Junta de Missões Nacionais, preocupada em estimular um ardor missionário sincero e sem medidas, lança neste ano a campanha Por Ti, Darei Minha Vida. No ano de 2008, os batistas brasileiros levantaram seus olhos para o Brasil e viram quão grande é o clamor que vai do Norte ao Sul da Pátria. Viram os ricos que caminham sem rumo, apegando-se aos bens materiais como se isso pudesse salvá-los da condenação eterna. Viram moradores de rua e suas necessidades, meninas exploradas sexualmente. Viram brasileiros depositando a esperança em imagens esculpidas por mãos humanas e, diante do questionamento “Quem terá compaixão?”, deixaram os bancos das igrejas para ir ao encontro dos sedentos de Deus. Agora, em 2009, o mesmo quadro se apresenta e esperamos que a resposta dada no ano passado tenha amadurecido e provocado em cada batista um desconforto santo. Algo que conduza a igreja à origem de sua existência: ganhar almas para Cristo. Ao mesmo tempo em que esse desafio atinge a denominação, torna-se bastante pessoal para aquele que sentiu a chama do comissionamento. Sim, esperamos vi-

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utilização, como é o caso do Cartão de Oração, com novo formato, que possibilita ao membro ter em mãos quatro projetos missionários que serão constantemente lembrados em orações. Os vídeos também sofreram alteração: neste ano serão 20 filmes com duração máxima de 8 minutos. Dessa forma ficará mais fácil transmiti-los em reuniões e conjugá-los a outros materiais da campanha.

Ofertas Missionárias

das dispostas a estarem conosco na linha de frente, como guerreiros dessa geração. Você daria sua vida por este ideal?

Material de Campanha Dedicar a vida a Missões é um grande passo. Para ajudar na compreensão de mais este desafio, elaboramos um material que apela ao coração de forma singular. Neste ano são 4 diferentes cartazes para serem utilizados nos quatro domingos do mês de setembro. Eles retratam um posicionamento estratégico que a igreja deve ter para ganhar a Pátria para Cristo. Para o melhor aproveitamento dessas imagens, damos algumas sugestões de utilização na Revista da Campanha, que neste ano

vem com diversos textos sobre os desafios do campo missionário brasileiro, desde os projetos de expansão missionária aos de ação social, testemunhos e artigos para boletins. Além disso, a revista continua dando sugestões sobre atividades que poderão ser aplicadas durante cultos e programações especiais. Também continuam fazendo parte do kit da campanha as revistas Infantil – com ênfase na Campanha Nacional de Evangelização de Crianças, do Músico – que traz partituras de canções que poderão ser entoadas nos momentos missionários – e o Caderno de Gratidão, com relatório das ofertas enviadas entre os dias 01.01.2008 a 30.03.2009. Alguns itens do material de campanha foram modificados para melhor

“É possível contribuir sem amar, mas é impossível amar missões sem contribuir”, diz um antigo ditado. Ofertar para missões é uma das formas de expressar o amor que temos pelo crescimento do Reino, e isso deve ser feito de maneira diligente. Sendo assim, sua igreja receberá, junto ao kit da campanha, quatro boletos por meio dos quais poderá ofertar para a obra missionária no Brasil. A ideia é que, conforme for levantando recursos, sua igreja envie as quantias já levantadas. Esse sistema facilitará nosso controle financeiro e a identificação da igreja ofertante. Apesar das datas de vencimento (30.12.09 e 30.09.10), realizando o pagamento destes boletos até 30.03.10 a oferta já constará no caderno de gratidão 2010. O que for ofertado após esse período só constará no relatório de 2011. Lembre-se, quanto antes sua igreja enviar a oferta da campanha, poderemos planejar melhor o avanço missionário para o ano. *Evite enviar sua oferta por meio de depósito bancário. Esse sistema não permite a identificação da igreja ofertante. Entretanto, se assim fizer, não se esqueça de enviar um fax para Missões Nacionais, contendo a cópia do comprovante do depósito e o nome da Igreja.

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Missões Nacionais convoca obreiros para a expansão do Evangelho na Pátria

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Marco na história missionária Selio Morais

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segunda reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira do ano foi encerrada com o culto de comissionamento de mais 20 missionários de Missões Nacionais, na Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, prática que tem sido repetida nos últimos tempos. No entanto, nesta reunião, o Conselho Geral aprovou 100 novos missionários de Missões Nacionais desde o último mês de abril, sendo um momento histórico para os batistas, pois nunca, nos 102 anos da agência missionária, foram aprovados tantos missionários. Com esses obreiros serão atendidos 19 estados brasileiros. Nenhuma região do país deixou de ser contemplada. No Sul e Sudeste, todos os estados estão recebendo obreiros; no Centro-Oeste, Goiás e o Distrito Federal também recebem; no Norte, Amazonas, Amapá e Pará; e no Nordeste, sete estados. No Piauí, por exemplo, serão iniciados 14 novos projetos.

Cristiane testemunha no culto de comissionamento

O testemunho da nova missionária Cristiane Araujo Cabral Niemeyer, que ao lado de seu esposo, Filipe Vieira Niemeyer, atuará em Santo Antônio da Patrulha, RS, demonstra a relevância da plantação de igrejas multiplicadoras. Cristiane foi alcançada por intermédio do

trabalho missionário da JMN realizado pelo casal pastor Cláudio e Marly Souza, na cidade de Osório. Desta mesma igreja já havia saído outro casal missionário, que atualmente planta igreja em Porto Alegre. São vidas gerando vidas e igrejas gerando novas igrejas.

Para honra e glória de Deus e expansão de seu reino, o Brasil vive um novo tempo missionário, com apresentação de vocacionados, missionários entregando suas vidas para anunciar salvação e irmãos e igrejas sustentando este avanço missionário com suas orações e compromisso financeiro. Estamos em plena campanha anual e o desejo de Missões Nacionais é ter o apoio de todas as igrejas neste mover missionário que o dono da obra, o Senhor Jesus, tem promovido entre nós. “É tempo de avançar, pois ainda é necessário enviar muitos mais missionários”, convocou pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais. Se depender de você e de sua igreja, a obra missionária avançará por todo o Brasil? Que a frase “Por ti, darei minha vida” não seja apenas repetida ao longo do mês durante os cultos dominicais, mas que seja traduzida em ação prática de anunciar o evangelho onde você está, interceder pela obra e apoiar financeiramente aqueles que estão indo aonde você não pode ir.

Por Ti, darei minha vida! Pr. Samuel Meira Moutta, Gerente executivo de Expansão Missionária da JMN

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oi em um clima de mover sobrenatural, num ambiente completamente tomado pela presença e manifestação visível de Deus, que o jovem Isaías ouviu a voz do Senhor, que dizia “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” e respondeu: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. O desenrolar da vida e do ministério do profeta nós conhecemos, e até hoje continua a influenciar nossas vidas. Todos nós gostaríamos de passar por uma experiência como esta. Simplesmente fantástica! Quem há de ter dúvidas sobre o chamado de Isaías? Ele jamais hesitou, ninguém nunca o questionou, todos estavam convictos de que Deus o chamara. Estamos nós hoje querendo ver os mesmos sinais? Esperamos as mesmas manifestações sobrenaturais? Temos diante de nós milhões de pessoas em nosso país vivendo sem Jesus, sem esperança, sem vida eterna, caminhando para a perdição. Se partirem nesta condição, estarão condenadas ao inferno por toda a eternidade. Nosso povo vive iludido, enganado, envolto em densas trevas: idolatria, feitiçaria, espiritismo, promiscuidade, vícios, secularismo, falta de esperança, vidas vazias, vidas desperdiçadas... almas tão preciosas, pelas quais Jesus morreu, que não conhecem a verdade, que não ouviram do verdadeiro evangelho, que clamam por salvação.

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Mas talvez eu e você desejemos passar pela mesma experiência incrível de Isaías, e então não atendemos o clamor dos brasileiros, pois ainda não vimos o trono, os querubins, as brasas tiradas do altar. Ficamos a sonhar com o dia em que o Senhor há de se revelar miraculosa e extraordinariamente a nós, chamando-nos para esta grande obra da conquista da Pátria. Talvez neste momento, enquanto você lê este jornal, o Espírito do Senhor esteja incomodando tremendamente o seu coração, e o que mais você está esperando? Que um anjo venha tocando trombetas? Quer ver o céu aberto, o alto e sublime trono, os serafins voando? Precisamos de missionários para os estados do Sul (RS, SC, PR), para a Amazônia, para o Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, para regiões metropolitanas e cidades grandes, bem como para o interior, para os ribeirinhos, para os indígenas, para trabalhos sociais, para desafios radicais, enfim, temos inúmeras necessidades, e talvez o Senhor tenha preparado você para este tempo, para esta tarefa, e o(a) esteja chamando! Há necessidade de que homens e mulheres de Deus, íntegros e sinceros, cheios do Espírito de Deus, de vigor e profundo amor pelas almas perdidas, visionários da conquista da Pátria apresentem-se para a peleja!

Eu entendi que o Espírito do Senhor me chamava para a obra missionária. Não vi serafins nem brasas de fogo, mas o mesmo Deus que chamou Isaías me chamou, trabalhando em minha mente e meu coração, testificando com o meu espírito, incomodando-me profundamente e dirigindome para esta decisão. Então deixei tudo e tão-somente obedeci. Creio que nunca há de me faltar coisa alguma, pois vivo na dependência do Senhor do céu e da terra. Ele

cuida de mim. O melhor lugar do mundo é aquele em que Deus deseja que estejamos, sendo usados por Ele. Então, o que você está esperando? Se Deus está falando ao seu coração, apresente-se a Missões Nacionais pelo e-mail candidato@missoesnacionais.org.br, dispondo-se a ser usado poderosamente por Ele para a conquista da Pátria para Cristo. Faça real em sua vida o tema deste ano: Por Ti, darei minha vida!

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Vocações despertadas e vidas transformadas são os principais elementos dos testemunhos das Trans

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Brasil

Transradical urbano Comando de guerra para resgate de vidas

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ovo projeto nasce para capacitar igrejas na evangelização de comunidades carentes e de risco social, ajudando-as a cumprir sua missão em seu próprio bairro ou cidade, tendo como objetivo a plantação e/ou revitalização de igrejas nestes locais. “Não é nem uma Trans, nem um Radical, mas tem características dos dois, e acontece dentro do contexto de missões urbanas”, explicou pastor Celso Godoy, missionário coordenador deste projeto. Como definiu pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, será um comando

de guerra para atuar em local onde exista maior resistência, normalmente por causa do tráfico ou da prostituição. Na fase de treinamento, os voluntários serão capacitados para o trabalho com grupos específicos e de plantação de igreja. “É necessário contextualizar o trabalho junto a comunidades ou tribos urbanas, por exemplo. A realidade e cultura são diferentes”, compartilha pastor Godoy que, com larga experiência neste ramo, ministra também Clínicas de evangelismo em missões urbanas, convivência e acolhimento (CEMUCA), oferecendo às igrejas mó-

dulos específicos sobre capelania prisional; trabalho com dependentes químicos; meninos de rua; tribos urbanas etc. “Trabalhamos para despertar a consciência de que é necessário um trabalho específico para alcançar um grupo específico”. Com o Transradical urbano, Missões Nacionais será uma ferramenta para que a igreja desperte seus membros, permitindo que surjam missionários urbanos ampliando a ação da igreja em sua própria localidade. A realização do projeto contará com o envolvimento integral da igreja e Missões Nacionais entrará com a

capacitação e o acompanhamento. É a igreja que enviará até 15 de seus membros como voluntários, e será a igrejamãe da frente missionária iniciada na comunidade. O primeiro projeto acontecerá em janeiro no Espírito Santo e o desejo de Missões Nacionais é que em julho aconteça no Rio de Janeiro, possivelmente na Mangueira. Para conhecer mais do projeto, faça contato conosco pelo e-mail: celso.godoy@missoesnacionais.org.br ou visite nossa página: www.missoesnacionais.org.br

Histórias que nascem nas Trans Pr. Fernando e Ivanete Leiros, Missionários da JMN em São Carlos/SP

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ueremos narrar um testemunho que nos aconteceu. Após o dia de trabalho em nossa região, na Igreja Batista Filadélfia em Jardim Dracena, fomos para o centro da cidade de São Paulo em direção ao Terminal Rodoviário do Tietê, para comprarmos a passagem de ônibus para um de nossos missionários. Ao sairmos de lá, por volta das 22h15, minha esposa, a missionária Ivanete, pediu ao irmão Alexandre, o nosso condutor, que fôssemos até a Cracolândia, só para conhecer como e onde era. O Alexandre não se importou, desde que não fôssemos parar lá, àquela hora. Assim fomos em direção ao tal lugar. Ao chegarmos àquela região, nosso querido guia entrou em uma rua na contramão, o que gerou um tumulto dentro do carro. Irmão Artur avisou que a rua era contramão e o irmão Jean disse com muita ênfase: “Olha a polícia ali na frente!” Mas já era tarde! Fomos interceptados e postos para fora do carro como se fôssemos suspeitos (nada fora do padrão). Até porque, dada a hora, cinco elementos dentro de um carro preto, com os vidros filmados e na Cracolândia, qualquer um de nós teria a mesma reação. Saímos do carro e, como no padrão, fomos colocados com as mãos na cabeça e começamos a ser revistados. Antes mesmo de eu ser revistado, Ivanete começou a conversar com o comandante

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da patrulha, que, ainda bastante ressabiado, ouviu com reservas as explicações dela. E seguiu-se assim o diálogo (com a participação de todos, é claro!): Missionária Ivanete: – Nós somos missionários de uma ONG, somos da Junta de Missões Nacionais! (e começou a abrir a bolsa da Junta para pegar um exemplar do Evangelho de João). Capitão: – Que Junta é esta? Pr. Fernando: – Nós somos missionários da Junta de Missões Nacionais, da Convenção Batista Brasileira! Somos da Igreja Batista! Missionária Ivanete: – Este é o material (Evangelho de João) que estamos distribuindo e estudando com quem se interessa! Capitão: – O que vocês fazem? Posso ficar com este para mim? Como é este trabalho? O comando da Polícia sabe deste trabalho? (aqui eu mostrei minha carteira da OPBB). Missionária Ivanete: – O nosso trabalho consiste em levarmos a Palavra de Deus às pessoas desamparadas. Fazê-las conhecerem Jesus e o terem como Salvador de suas vidas. Neste momento toda a desconfiança já havia acabado e o diálogo mudou de rumo. O Capitão disse de suas convicções quanto à possibilidade de haver mudança para aquelas vidas e aquela região. Na preleção noturna, ele, que havia assumido

pela primeira vez o comando daquela região, ficou muito triste ao falar com os seus comandados e perceber que todos já estão acomodados com a situação. Descrendo da possibilidade de uma mudança. Com alegria, o Capitão pede que a missionária Ivanete faça uma dedicatória para ele no evangelho de João, quando o missionário voluntário Jean começou a explicar sobre os seis passos de como ter a paz com Deus. O Capitão ficou tão espantado e animado com este tipo de trabalho que declarou o seguinte: “Sou católico de nome! Só vou à igreja em casamentos e batizados, quando vou! Mas creio que este tipo de trabalho tem como dar resultados. É dif ícil ver gente assim com este pensamento. Vou falar com o meu comandante, para ver em que nós podemos ajudar vocês. Quem sabe a gente consegue melhorar isto aqui?!”. E pediu: “Posso tirar uma foto de vocês comigo? Eu quero mostrar na corporação, para o meu comando, quem são vocês, o que vocês fazem e como é o tipo de trabalho”. Aqui, eu (pr. Fernando) o convidei para a programação de sábado às 17h30 na 1ª IB de São Paulo e perguntei se poderia orar por ele e pelo Cabo que o acompanhava. Meus amados, para mim, minha esposa e para toda a equipe que estava comigo, isto foi o poder de Deus na vida daquele homem da lei. Ele, no cumpri-

mento de sua missão, poderia não ter sido atencioso como foi. Poderia ter nos revistado até o final; ter visto todo o nosso material e não ter dado a mínima importância para nada daquilo. Porém ele, uma autoridade, mostrou respeito e interesse por uma verdade a que muitos de nós às vezes não damos muito valor nem respeito. Ele se mostrou interessado por um trabalho que pode mudar o coração e curso das histórias de várias pessoas. A história de uma cidade, quem sabe de um país! Mas como estamos dentro de nossas igrejas? Como estamos com relação à obra evangelizadora de Deus? Estamos como comandados e guarnições apáticas e descrentes do poder a nós outorgado? Precisamos rever nossas vidas e posições. Se Deus começa a usar o “simples de coração” é porque talvez nós não estejamos dando a devida importância para um trabalho de proporções tão grandes e resultados incontáveis. As operações missionárias Trans são instrumentos de Deus para a mudança de vidas e vidas que precisam de Jesus. Como será a nossa oração? “Por ti, darei minha vida, vamos avançar!”. Ou nem sequer iremos orar? Como iremos participar? Deus está se movendo. E cada um de nós, missionários das Trans, nos dispusemos nas mãos de Deus. E você? Como está a sua vida?

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Igrejas levam grupos para abençoar campos missionários

Brasil

Igrejas vão aos campos 1ª IB em Magé vai a São Paulo

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m ano após receber a visita da equipe da sede de Missões Nacionais, a missionária Odeth Brites recebeu, na cidade de Santa Cruz das Palmeiras, SP, uma equipe de 46 irmãos vindos da 1ª IB em Magé, RJ entre os dias 24 e 26 de julho. O campo foi escolhido em decorrência da amizade existente entre a educadora religiosa da igreja, irmã Olga Maria Tavares de Souza, e a missionária Odeth, desde os tempos de seminário. No campo, realizaram trabalho infantil, apresentaram o Evangelho diretamente a 238 pessoas e deixaram 63 estudos bíblicos agendados para as missionárias Odeth e Risuete Silva. Até mesmo em meio a uma manifestação em frente ao sindicato dos trabalhadores rurais a Palavra foi semeada pelo jovem Matheus Tavares, que interrompeu os sindicalistas para falar de Jesus. Ao final, o grupo pediu que orasse para que Deus os ajudasse naquela negociação com seus patrões. Integrantes da equipe de Magé tiveram a oportunidade de falar de Jesus também

a uma família marcada por uma tragédia neste ano. Em maio passado, um homem matou sua filha, atirou na esposa, grávida, e se matou. A mulher sobreviveu e está com sete meses de gestação. Ao lado de seus pais ouviu sobre o Evangelho transformador e realizou estudos bíblicos. Irmão André Daniel Loureiro, um dos organizadores da viagem, afirmou que o trabalho realizado foi maravilhoso, superando todas as expectativas. “Imaginávamos levar uma van, mas acabamos indo

em um ônibus e houve pessoas que queriam ir e não podiam. A igreja inteira se mobilizou com bazar, cantinas, almoços, contribuições financeiras, enfim, recursos de todas as partes foram aparecendo. Deus falou profundamente à igreja, não só aos que foram, mas também aos que ficaram”. Na primeira viagem realizada sob seu pastoreio, o pastor Luiz Carlos Corrêa Xavier se impressionou com o fato de ver as pessoas totalmente envolvidas

em um mesmo projeto, amando o que estavam fazendo e alegres por estarem sendo úteis à causa do Mestre. Destacando que muitas igrejas têm sido despertadas para a realização de viagens missionárias, teme, no entanto, que isso se torne apenas um programa de igreja, quando deveria ser um ardor missionário permanente. “Que o Espírito de Deus nos leve sempre em direção ao seu amor e amor pelas almas perdidas deste mundo”, exclamou. Três jovens da caravana, Thaís, Juliana e Denise, permaneceram ainda por uma semana no campo, apoiando a missionária Risuete. A primeira delas relatou que percebeu que nas casas do centro da cidade, com melhores condições, as pessoas não queriam recebê-las, com medo, mas nos bairros mais humildes raramente eram mal recebidas. “Encontramos muitas pessoas com dificuldades pra ler e escrever, mas isso não as impedia de fazer perguntas e, graças a Deus, tínhamos sempre a resposta na ponta da língua”, compartilhou entusiasmada.

1ª IB em Brasilândia abençoa campo no Ceará

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elo segundo ano consecutivo, a 1ª IB em Brasilândia, São Gonçalo, RJ, enviou um grupo de 43 membros, incluindo seu pastor, Dario Francisco de Oliveira, para abençoar o campo missionário de Tauá, CE, onde está o casal pastor Marcos e Márcia Xavier. Ano passado, a igreja visitou o campo mineiro de Campina Verde, tendo a viagem sido organizada com o objetivo de envolver a igreja de maneira mais efetiva na obra missionária, conforme informou o pastor Dario. “Com este envolvimento, a igreja tornou-se mais sensível às necessidades do mundo sem Cristo, com reflexo direto no seu próprio crescimento”. O pastor ressaltou

ainda que apesar de sempre ter participado das campanhas missionárias tanto da JMN como da JMM, o envolvimento se restringia ao envio de recursos. “A partir das viagens missionárias, a igreja vivencia missões como um estilo de vida, com a compreensão de que a obra missionária começa dentro de casa, conforme Atos 1.8: ‘...tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra’. É essa a compreensão que temos desenvolvido como igreja”. A equipe encarou seis horas de viagem, indo até Fortaleza de avião, e de lá percorreu de ônibus os 350 km que separam Tauá da capital, mas isso não diminuiu o ânimo da equipe. No período de 15 a 23 de julho, os irmãos da Brasilândia realizaram um impacto evangelístico na cidade, cantando pelas ruas, evangelizando nos lares e nas ruas, realizando cultos ao ar livre, além de atividades com as crianças. Um curso para liderança também foi ministrado Casal missionário com pr. Dario e Lina de Oliveira aos missionários e líderes locais.

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Parte do grupo da PIB em Brasilândia

Para o missionário, pastor Marcos, receber a caravana representou uma oportunidade de reciclagem e abertura de muitas portas para a evangelização. Segundo ele a presença dos irmãos impactou, de fato, a cidade, tornando a igreja mais conhecida e levando várias pessoas a integraremse a ela. “A atitude dos irmãos em sair de suas casas para realizar um projeto missionário assim traz novo ânimo para continuarmos desenvolvendo o nosso trabalho.” Dos 43 irmãos, 20 faziam sua primeira viagem missionária, entre eles o

irmão Osmar dos Anjos Quelhas, 55 anos, acompanhado de sua esposa, Rose, e de uma das duas filhas. Membro há 12 anos da 1ª IB em Brasilândia, afirmou: “Foi uma bênção, porque agiu no meu interior como forma de crescimento e fortalecimento espiritual. Estou voltando para a minha igreja com uma visão muito diferente do que é o campo missionário. Uma coisa que eu desejava há muito tempo e que só agora eu pude realizar”. A impressão deixada pelo grupo na cidade pode ser avaliada a partir da afirmação do vigia da Escola de Ensino Fundamental Dr. Júlio Rego, que hospedou o grupo: “A vinda da caravana foi um exemplo do que significa ser cristão, porque tratam as pessoas com respeito e dignidade”.

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Institucional

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Por decisão do governo do Chile, cada presídio do país terá um capelão evangélico

Mundo

Capelania na América Latina Missões Mundiais, através de alguns missionários na América Latina, tem investido no trabalho de Capelania que tem levado esperança e salvação a muitas pessoas. Confira um pouco do que Deus tem feito através desse ministério na América do Sul.

Missionária Clélia de Oliveira

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jornal “Mente Abierta”, de Montevidéu, publicou uma entrevista com a missionária Clélia de Oliveira em duas páginas, que fala sobre acompanhamento a familiares de pacientes terminais. A missionária dos batistas brasileiros está radicada no Uruguai há 20 anos e, após um período de capacitação, passou a integrar um grupo de voluntários que apoia os capelães evangélicos no país. Ela tem dedicado sua vida

nessa importante tarefa. Segundo a matéria, nas últimas décadas o trabalho de capelania no Uruguai vem diminuindo e, em alguns lugares, desapareceu por completo. Somente poucos hospitais e sanatórios ainda mantêm um trabalho forte e bem desenvolvido. Entretanto, a missionária Clélia está desenvolvendo um trabalho muito interessante na área de capelania no Hospital Evangélico que, nos últimos anos, foi revitalizado com a capacitação de seu pessoal. A missionária Clélia afirma que a primeira coisa a ser feita, como capelã, é escutar o paciente e seus familiares; procurar entender o drama que estão atravessando e quais são os seus sentimentos. Ela explica que o capelão deve ter o cuidado de observar a particularidade de cada um para, aí sim, oferecer-lhes o que é mais necessário para as suas vidas: o apoio espiritual. “Nós cremos que Deus está conosco e cremos na palavra de Jesus que diz: ‘Venham a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados que eu lhes darei descanso’. Deus está aqui e vocês podem crer que Ele quer ajudá-los”, diz a missionária Clélia. Segundo ela, para as pessoas que já creem nisso, não se deve questionar sua fé. Pois – entre a vida e a morte – este é o momento de renovação da crença em Deus. É nisto que consiste o

trabalho de capelania. O ministério de Capelania é muito especial, pois visa levar Cristo aos enfermos, aos encarcerados, aos portuários, aos oficiais em quartéis etc – para consolá-los e salvá-los – mas alcança também, os seus familiares. Esse trabalho precisa de sua ajuda. Caso deseje colaborar para a manutenção desse ministério, faça contato com Missões Mundiais da CBB.

Chile como capelão militar para a região de Arica, no norte do país. Ele presta assessoria espiritual para 1.200 pessoas, desde a direção daquela instituição – que é muito reconhecida no país e no mundo – até os alunos que estão se preparando ali. Por decisão do governo do Chile, cada região terá um capelão evangélico para trabalhar com os Carabineros, Exército, Marinha e Aeronáutica. Este foi um acontecimento inédito!

Missionários reconhecidos no Chile O casal Pr. Antonio e Aline Alvares foi certificado pela Capelania da Pastoral Evangélica de Gendarmería, no Chile, pelos serviços prestados dentro do Presídio de San Antonio, na cidade de Valparaíso, onde eles têm levado a mensagem do amor de Deus aos encarcerados. A Capelania Nacional de Gendarmería é uma instituição penitenciária encarregada da ordem, segurança, cumprimento de condenações e segurança dos Tribunais de Justiça do país. O desejo da direção é que outros presídios do país também possam contar com pessoas como o Pr. Antonio e Aline Alvares no trabalho de capelania. Ainda no Chile, o obreiro da terra Bernardo Martinez foi nomeado pela instituição Carabineros de

Pr. Antônio Alvares exibe seu certificado

Projetos abrem portas na Colômbia

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urante participação no 1º Congresso de Missões organizado pela Fundação Universitária Batista de Cáli, na Colômbia, as missionárias Ana Lóide Soares e Carmen Lígia receberam um “presente” da Convenção Batista Colombiana: a cessão de um espaço para a implantação de uma igreja missionária. O trabalho desenvolvido por Missões Mundiais, através dessas missionárias, tem aberto portas na Colômbia. Os resultados alcançados no ministério de evangelismo e o desenvolvimento de projetos sociais, como PEPE e o Calçada, são algumas das ações que credenciaram as missionárias a participarem daquele congresso, que teve participações de conferencistas dos Estados Unidos, do Peru e da Argentina. O espaço cedido pela Convenção Batista Colombiana é, na verdade, um templo que está inativo e que precisa de um

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Bons resultados em projetos como o PEPE possibilitaram a doação de imóvel para criação de igreja

bom reparo. As missionárias estão muito felizes com o presente recebido porque já existe o espaço físico que, normalmente, é a parte mais difícil para a organização de uma igreja. “Podemos ver que Deus está agindo de uma forma muito especial”, diz a missionária Ana Lóide. A “nova” igreja missionária já teve até sua primeira reunião. Participaram, além das missionárias, o casal de obreiros da terra, Pr. Nelson e Maria Patrícia Gomes, e mais nove irmãos. A igreja fica num morro de Medelin, na localidade de Buenos Aires, no bairro Milagrosa, nome sugestivo para o que Deus tem a operar naquela região. Ainda neste ano, as missionárias Ana Lóide e Carmen Lígia têm várias viagens agendadas para promover a capacitação dos voluntários das 18 unidades do PEPE na Colômbia, além de motivar e direcionar igrejas que desenvolvem projetos com crianças.

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Crianças formadas por batistas são fonte de esperança na Guiné-Bissau

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Mundo

Evangelho avança em São Tomé

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pesar de ser um país aberto à pregação do Evangelho, São Tomé e Príncipe vive debaixo de uma atmosfera de religiões ligadas às tradições animistas africanas. Com isso, cada alma salva para Jesus na região é celebrada como se fosse a conquista de um grande tesouro. No mês de agosto, a PIB de São Tomé, que em 2009 completa 10 anos de organizada, dirigida pelos missionários da JMM no país, o casal Pr. Levi e Lúcia Godinho e Rosângela Batista, comemorou o resgate de mais cinco vidas que encontravam-se nas trevas. Os irmãos Dugas, Inácia, João Carlos, Jorge e Manuchi professaram sua fé em Jesus Cristo e foram batizados. Para o Pr. Levi Godinho, foi uma bênção ouvir o testemunho da conversão destes irmãos, vendo o mover de Deus em suas vidas. A obra missionária no país dá frutos através de estratégias evangelísticas. Uma delas é o Centro Comunitário Batista, onde o irmão Dugas fazia cursos de informática

e acabou sendo alcançado pela Palavra de Deus. A partir deste primeiro contanto com Jesus, ele começou a frequentar a igreja, assistiu o filme evangélico “Com quem você vai?” e tomou sua decisão ao lado de Jesus. Já o irmão João Carlos, mais conhecido como Lelinho, antes envolvido com feitiçarias, ouviu a missionária Rosângela Batista falar do Evangelho, foi liberto e já começou a experimentar as maravilhas de servir a Deus. Impossibilitado de andar por causa de uma deficiência física, ele orou para que o Senhor lhe desse uma moto especial, que o permitisse ganhar o seu sustento, e foi atendido. Ainda há muito trabalho a ser feito e o desafio atual dos missionários em São Tomé é a construção de um novo templo; o atual lugar onde as reuniões acontecem ficou pequeno para comportar o número de crentes e visitantes que vão até lá adorar ao Pr. Levi Godinho (sentado) entre os novos convertidos Senhor de Missões. “Somos gratos a Deus investido seus recursos para alcançarmos o suas orações e do seu envolvimento na obra pela vida dos batistas brasileiros que têm mundo para Cristo. Esta colheita é fruto das missionária”, finaliza o Pr. Levi Godinho.

Escola forma cidadãos na Guiné-Bissau O mundo ainda tem 20% de sua população formada por analfabetos, segundo dados mais recentes da Organização para a Educação, Ciências e Cultura (Unesco). Ou seja, são cerca de 875 milhões de pessoas que não têm acesso à Bíblia, porque não sabem ler e nem escrever. Os países onde mais de 50% da população são analfabetos encontram-se na África Central e no Sudeste Asiático. Missões Mundiais tentar modificar esta realidade através de projetos educacionais como a Escola Batista, que há 12 anos atua na cidade de Bafatá, na Guiné-Bissau. Através deste trabalho, centenas de crianças podem contribuir para o crescimento de seu país como cidadãos produtivos. No entanto, mais do que formar cidadãos, a Escola Batista de Bafatá forma servos de Deus. Os alunos recebem a mensagem do Evangelho e a disseminam entre suas famílias. Edna Ferreira, missionária de Missões Mundiais em Bafatá, espera formar cidadãos que escrevam uma nova história para a Guiné-Bissau, longe das recentes tensões políticas e guerras. “Temos orado para que a Guiné-Bissau seja um país livre de tanta confusão e que uma nova página se abra para o progresso”, declara. Objetivando este progresso, a Escola Batista de Bafatá comemorou os bons resultados de mais um ano letivo. A cerimônia

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de encerramento das aulas e a formatura aconteceram em agosto e contaram com a participação de alunos, pais e voluntários da área de educação. O trabalho ganhou o reforço de mais uma missionária, a pedagoga Adriana Justino, que chegou de São Paulo para implantar o PEPE (Programa de Educação Pré-Escolar) na cidade e ajudar na Escola Batista. Mas o número atual de

voluntários ainda não é o ideal. “É uma pena que ainda não tenhamos pessoas suficientes para contarem a verdade sobre Jesus à população de Bafatá. O campo é vasto, mas os trabalhadores são poucos. Há oportunidades aqui, para ajudar na transformação do país. Então, ouça a voz do Senhor e seja usado para alcançar as nações”, convoca a missionária Edna.

13 anos de vitórias

Em Bafatá, uma das principais cidades da Guiné-Bissau, muitas são as vitórias alcançadas por Missões Mundiais desde 1996. A organização da Primeira Igreja Batista de Bafatá, em dezembro de 2000, a implantação da Rádio Jam Jamaa e a fundação da Escola Batista de Bafatá são frutos visíveis que referendam uma obra que continua avançando. De lá para cá Deus tem abençoado imensamente a obra. A Missão Batista conta hoje com uma escola para aproximadamente 600 alunos, com turmas do jardim de infância ao ensino médio, uma rádio FM e a Igreja Batista de Bafatá, que já tem seus pastores nacionais, alcançados e treinados pelos missionários que por lá passaram. A Escola Batista de Bafatá trabalha para contribuir com a redução do índice de analfabetismo no país, que ultrapassa os 65%, formando crianças com a responsabilidade de colaborar para a exclusão da Guiné-Bissau da lista dos países mais pobres do mundo, com um alto índice de mortalidade infantil e renda per capita de 230 dólares anuais.

Alunos em Bafatá compartilham educação e Evangelho

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Cesena na Praça mobiliza voluntários na pregação do Evangelho no norte da Itália

Mundo

Novas congregações e frentes missionárias na Espanha

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s ares tradicionais da cidade espanhola de Sevilha começam a ceder espaço ao que há de mais moderno e futurista na Europa. E é num dos bairros mais pitorescos da cidade que está plantada a Igreja Batista de Sevilha, que tem à sua frente o casal missionário Pr. Élton e Miriam Rangel. Eles são integrantes de um povo erguido por Deus para, com dedicação e compromisso, levar o Evangelho aos mais de um milhão de habitantes da Grande Sevilha. Só o templo da igreja recebe até mil pessoas e é solicitado para eventos de outras congregações e até da prefeitura. Na Sede e nas congregações há mais de 250 membros. O último batismo ocorreu em junho, quando 12 irmãos desceram às águas. Seis pessoas estão sendo preparadas para o próximo batismo, que deve

acontecer até o fim deste ano, segundo expectativa do Pr. Élton Rangel. Em Alcalá de Guadaira, uma cidade vizinha, a frente missionária organizada há mais de dois anos tem crescido tanto que deverá ser organizada em igreja, possivelmente antes de dezembro. Para que isso ocorra é necessário que o número de membros passe dos atuais 40 para 50. O Pr. Élton Rangel iniciou outras três frentes missionárias em Sevilha: uma em Macarena, um dos bairros mais populosos da cidade, outra em Pino Montano e a terceira no Parque Alcosa. A frequência em Macarena superou as expectativas da igreja e levou o pastor a procurar um novo espaço para abrigar os cerca de 20 irmãos que atualmente se reúnem semanalmente em um apartamento. “Deus tem nos dado muitas alegrias aqui em Sevilha. Realmen-

te estamos contentes com o que o Senhor está realizando em nossa igreja e através dela”, diz o Pr. Elton. Missões Mundiais tem contribuído para a mudança do panorama religioso no país, que registra crescimento estável do número de evangélicos. E a igreja de Sevilha segue trabalhando por uma maior cooperação na comunhão entre os cristãos e na prática de evangelismo, para que haja uma maior aceitação da Palavra de Deus. A expansão do Evangelho na Espanha clama por mais homens e mulheres comprometidos com o Senhor. A necessidade desta nação é enorme; segundo missionários no país, mais de 13 milhões vivem em cidades, vilarejos e distritos onde não há nenhuma igreja evangélica. Das 52 províncias, 28 têm menos de mil evangélicos.

Casal missionário Pr. Élton e Miriam Rangel

Uma estratégia para salvar os italianos

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elo sexto ano consecutivo, a cidade de Cesena, ao norte da Itália, recebeu a ação missionária que tem como meta levar seus habitantes aos pés da cruz. Organizado pelo casal missionário Pr. Fabiano e Anne Nicodemo, o Cesena na Praça promoveu, nos principais parques e praças da cidade, atividades musicais, recreativas e esportivas, sempre encerradas com a pregação da Palavra de Deus para crianças e adultos. No primeiro dia do evento, em 29 de junho, o casal missionário visitou o prefeito, Paolo Lucchi, dando início à campanha de evangelização. Ao final, os missionários o presentearam com uma Bíblia e oraram por sua vida, sua família e pela cidade. A exemplo dos anos anteriores, o Cesena na Praça mobilizou toda a igreja. De forma voluntária, os irmãos se dispuseram a preparar as refeições, o louvor e as ações evangelísticas. “Após os preparativos, tudo era apresentado a Deus em oração e o programa era iniciado. Ao final, as crianças ouviam a pregação do Evangelho numa linguagem criativa. Depois tínhamos mais músicas, testemunhos e a pregação do Evangelho para os adultos. Todos eram

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desafiados a entregar sua vida para Jesus”, lembra o Pr. Fabiano. Em entrevista concedida pelo missionário da JMM a uma repórter do jornal Corriere della Romagna, ele aproveitou a

oportunidade para falar do projeto Cesena na Praça e pregar-lhe a Palavra. O evento foi encerrado com o batismo da irmã Patrizia Pace, uma jovem que, mesmo sem o apoio da família, aceitou a Jesus como

Pr. Fabiano Nicodemo (ao centro) ora com italianos e voluntários

salvador. Ela espera, em breve, ver toda a sua casa ser alcançada pelo amor e pela graça de Deus. “No ano que vem, pela fé, teremos mais um Cesena na Praça. Comece desde já a orar, sustentar e participar deste esforço missionário”, convoca. A Itália está entre as nações do Velho Continente com menor número de evangélicos e, embora tenha boa qualidade de vida, sofre um verdadeiro deserto espiritual. No país apenas 1% da população (cerca de 500 mil pessoas) são evangélicas, atrás até do grupo dos sem religião (12,9%) e dos ateus (3,6%). Há liberdade religiosa no país, apesar da forte pressão histórica e cultural dos católicos-romanos. Porém, faltam obreiros dispostos a seguirem aos “campos brancos”. E os que lá estão precisam ser mantidos de forma material e espiritual. Qual a sua resposta? Em 2010, Missões Mundiais conta com você para o crescimento de mais esta ação evangelística. Caso você tenha sentido o desejo de tornar-se voluntário e contribuir para a campanha , entre em contato através do e-mail regiao2@jmm.org.br .

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“Através de atividades como as escolas bíblicas de férias e da escolinha de futebol, passamos valores bíblicos e ensinamos a Palavra. Assim, investimos nas gerações futuras da nação”, diz o Pr. Evaldo Teixeira

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Mundo

Um retrato dos cristãos na Índia Missões Mundiais mantém convênio com 24 obreiros da terra na Índia, responsáveis por levar a mensagem de salvação em Cristo a um país considerado um dos maiores desafios missionários da atualidade. Entre as dificuldades vivenciadas diariamente estão, além dos contrastes sociais, a difícil convivência entre hindus, cristãos e muçulmanos, e as longas distâncias a serem percorridas – muitas vezes a pé – entre as aldeias do interior do país.

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esmo diante de tantos desafios, os obreiros da terra enfrentamos com admirável abnegação e conquistam resultados significativos, para a glória de Deus. De acordo com o testemunho de um dos supervisores dos missionários na Índia, tamanha dedicação é motivo de inspiração e reflexão sobre o quanto fazemos pela obra de evangelização do mundo. “As principais organizações políticas têm colocado seus representantes em cada aldeia para assegurar que nenhum trabalho evangélico seja realizado. Em outros lugares, fundamentalistas são contra a presença de cristãos. É realmente tocante ver estas pessoas trabalhando intensamente em circunstâncias tão difíceis e em lugares de risco”, analisa o missionário. Entre os detalhes do ministério nas aldeias, o supervisor comenta como são os cultos que acontecem nas casas dos crentes. “As reuniões acontecem secretamente nas aldeias. Assim como os pastores, muitos irmãos caminham até 6 quilômetros para estar nessas reuniões. Não existem rodovias ou ruas, e até para viajar de bicicleta é muito complicado. Eles precisam tomar cuidado para não serem atacados por animais ferozes ou ladrões” narra, ressaltando ainda

a “criatividade” usada nos cultos para não despertar a atenção dos vizinhos. “Nossos obreiros têm realizado os cultos das 22h30 às 0h30, procurando falar baixo para não chamar a atenção. É realmente muito difícil trabalhar em lugares assim. Apesar das dificuldades, nossos irmãos estão fortes na fé em Cristo Jesus e o trabalho do Senhor está sendo feito e crescendo. Agradecemos o apoio dos irmãos e a participação nesta preciosa obra”, finaliza.

Mobilização para ajudar Para suprir estas necessidades, Missões Mundiais promoveu recentemente dois projetos, Bharat e Hindus Populares, que objetivam minimizar essas carências equipando os obreiros da terra. Graças às contribuições que chegam à JMM, alguns desses alvos serão atingidos nos próximos meses. Um deles é o início da construção do Centro de Desenvolvimento Comunitário (CDC) – exigência do governo para a continuidade do trabalho cristão. O CDC atenderá as carências da comunidade local através de cursos educacionais e profissionalizantes. Para ajudar nos deslocamentos até aldeias onde há trabalho cristão, as ofer-

Ofertas contribuíram para que obreiros da terra recebessem bicicletas para ajudar seus ministérios

tas arrecadadas entre os crentes brasileiros possibilitaram atingir as metas de compra de bicicletas e do sustento das famílias missionárias. Entre as atuais prioridades está a aquisição de terrenos para a construção de sete templos e a compra de uma ca-

minhonete que suporte as condições das estradas indianas. O veículo será utilizado para transporte de cargas e pessoas e atenderá as 30 igrejas já plantadas e as 25 novas congregações que estão em desenvolvimento. Continue orando por estes dois últimos objetivos.

Formando vidas para mudar o Timor-Leste

Na falta de professores, recém-formados pelo Vida Mais ensinam aos novos alunos

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Centro de Formação Vida Mais está em pleno funcionamento em Dili, capital do Timor-Leste. Coordenado pelos missionários das igrejas batistas do Brasil no país, o casal Pr. Evaldo e Vanete Teixeira e Silvânia Costa, o Vida Mais conta com vários projetos que visam

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beneficiar a população local e ajudar na mudança da realidade do país. Através do curso de alfabetização na língua portuguesa, os obreiros da JMM estão estreitando relacionamentos e, assim, criam oportunidades para testemunhar de Jesus. Inaugurado em novembro de 2007, o Vida Mais já formou

mais de 200 alunos. Além do curso de português, são ensinados inglês, matemática, culinária, violão, futebol para as crianças, palestras e trabalhos manuais. A grande necessidade do projeto, atualmente, é o recrutamento de professores para ensinar o português aos timorenses. Devido à ocupação indonésia no país, que durou 14 anos, o ensino do idioma foi proibido. Com isso, uma grande parcela da população até fala o português, mas não sabe ler nem escrever. Diante dessa grande oportunidade, os missionários da JMM estão investindo no ensino do idioma, especialmente para as crianças. “Estamos ensinando-as hoje para serem os cidadãos timorenses do futuro. Ainda fazemos pouco, principalmente pela falta de professores, mas temos a esperança que isso mudará em breve”, conta a missionária Vanete. Tentando suprir a falta de professores, os melhores alunos formados no projeto são aproveitados e lecionam para as novas turmas. Dessa forma, servindo à comunidade local, os obreiros sinalizam o amor

de Deus e contribuem na transformação da realidade do Timor-Leste. Em contrapartida ao bom trabalho no Centro de Formação Vida Mais, não tem sido fácil testemunhar de Cristo e evangelizar os timorenses. Apesar de haver liberdade religiosa, o timorense não “reconhece” os evangélicos, muito em função da forte presença católico-romana na vida e cultura da sociedade. “Os mais idosos nem nos recebem. Há muito preconceito na sociedade, inclusive com perseguições. É necessário, primeiro, adquirir amizade e confiança para depois evangelizar”, conta o Pr. Evaldo. O missionário ressalta a importância do novo direcionamento do trabalho evangelístico, focando nas crianças. “Através de atividades como as escolas bíblicas de férias e da escolinha de futebol, passamos valores bíblicos e ensinamos a Palavra. Assim, investimos nas gerações futuras. E os resultados já estão surgindo, para a glória de Deus”, finaliza o Pr. Evaldo Teixeira.

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Ruínas da prisão da Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. População do país espera pela verdadeira libertação: Jesus.

Mundo

Oportunidades nas fronteiras com o Brasil O Jornal de Missões segue apresentando alguns desafios previstos no Planejamento Estratégico da JMM para os próximos quatro anos, em especial os países que estão para se tornarem campos das igrejas da CBB. Guiana Francesa e Suriname, dois países sul-americanos, são os destaques dessa edição Por Sergio Dias

GUIANA FRANCESA

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Guiana Francesa ainda não é um país independente e, junto a outros países e protetorados, faz parte da República da França, tanto que é representada no Senado e na Assembleia Nacional franceses e seus cidadãos participam das eleições para presidente. O país é dirigido por um “prefeito” escolhido pelo governo francês. Dessa forma, é integrante da União Europeia e utiliza o Euro como moeda oficial. A Guiana Francesa fica no nordeste do continente sul-americano e faz fronteira com o Brasil (sendo divididos pelo rio Oiapoque, no Amapá) e com o Suriname. Dos mais de 210 mil habitantes, 35% (ou 70 mil) vive na capital Caiena. A religião da maioria da população é o cristianismo, com 85% de seguidores. Entretanto, a realidade é bem diferente e o nominalismo cristão tem forte presença. Apenas 10% são, oficialmente, cristãos protestantes ou evangélicos e estão agrupados nas mais variadas denominações. De acordo com dados da Federação das Igrejas Batistas da Guiana Francesa, fundada em 1993 pelos Batistas do Sul dos EUA e filiados à Aliança Batista Mundial, existem oficialmente seis igrejas batistas no país e cerca de 450 membros arrolados (média de 75 membros por igreja).

Alvos: estrangeiros e o interior do país A Guiana Francesa vive sob o estigma de ter sido colônia penal francesa entre 1852 e 1945. Mais de 70 mil prisioneiros comuns e políticos eram deportados da França para a então colônia, em especial para a Ilha do Diabo (hoje denominada Ilha da Salvação). Entre os prisioneiros que por ali passaram estão Alfred Dreyfus e Louise Michel, personagens g ns do livro “Papillon”, ge de Henri

Charrière, mais tarde adaptado em filme, que retratou o cotidiano de condenados e o tratamento brutal ao qual eram submetidos. Tamanha opressão se faz sentir entre a população. Os guianenses são reservados, até certo ponto apáticos, e supersticiosos. Do total da população (210 mil habitantes), 70% são afro-caribenhos (sendo 86 mil creoules e 25 mil haitianos), europeus franceses (11%), brasileiros (8%) e chineses (2,5%). Muitos dos estrangeiros são atraídos para o país em função da possibilidade de ganhos salariais em euros e não, propriamente, pelas oportunidades de empregos no país que, de fato, são poucas. As principais fontes de renda são a agricultura, a pesca do camarão e, principalmente, a cessão de parte do território para a construção e manutenção do Centro Espacial de Kourou, que hospeda a base de lançamento de foguetes e satélites da Agência Espacial Europeia (ESA). O desafio é trabalhar com os estrangeiros que vivem no país, em especial brasileiros e haitianos, mais receptivos à mensagem cristã. Há, também, os povos ameríndios que vivem no interior da Guiana Francesa (arawakans, palikur, wayana, oyapi e emerillon) em especial nas fronteiras com Brasil e Suriname. Para alcançar estes objeti-

vos são precisos vocacionados que atuem com programas médicos, com projetos nas áreas de esportes e, principalmente, na educação teológica para tradução da bíblia e na plantação de igrejas.

SURINAME A República do Suriname também fica no Norte da América do Sul e faz fronteira com o Brasil, a Guiana Inglesa e a Guiana Francesa. Vivem no país mais de 467 mil habitantes, entre surinameses (45%), indianos (37%) e javaneses (15%). Sua principal cidade é a capital Paramaribo, onde se concentra a maior parte da população (45%, ou 210 mil pessoas). O idioma oficial é o holandês, mas outros idiomas como hindustâni, javanês, inglês e francês, além de dialetos locais e o espanhol, são falados. No Suriname, além do cristianismo com 53% (sendo 24% católicos, 18% protestantes e 11% para outros segmentos), a presença maciça de outras religiões como o hinduísmo (17%) e o islamismo (13,5%) com suas mesquitas, tornam o país um grande desafio à obra de evangelização. De acordo com informações da Aliança Batista Mundial, os batistas são representados pela União de Igrejas Batistas do Suriname, formada em 1991, e conta com nove igrejas e 220 membros oficialmente registrados.

Oportunidades em meio à diversidade de culturas Negros africanos (descendentes de escravos levados ao país nos séculos XVII e XVIII), mestiços de negros e europeus, indianos, javaneses, chineses, alguns poucos holandeses e até mesmo laosianos convivem pacificamente no mesmo território. Cada uma dessas etnias tem seu próprio idioma e costumes. Mas a secularização da sociedade, somada à entrada de outras religiões, criou um quadro social diversificado. E é essa diversidade de línguas e culturas que se apresenta como um desafio e uma grande oportunidade para a expansão obra missionária. Há registros de bons trabalhos evangélicos, plantados por missionários, entre as comunidades javanesas e chinesas. Entre os indianos, tanto hinduístas como muçulmanos, há resistência à obra de evangelização e as comunidades cristãs crescem pouco. Porém, existe liberdade religiosa no Suriname e pode-se pregar o evangelho livremente. Uma estratégia que tem funcionado é a exibição do filme “Jesus”, que já foi traduzido para quatro dos principais idiomas do país. As nações clamam! E para atender a este clamor que vem da Guiana Francesa e do Suriname, Missões Mundiais pretende enviar missionários em parceria com as convenções nacionais daqueles países. Qual a sua resposta? Fontes: Almanaque Abril 2009, Aliança Batista Mundial, Wikipédia e Livro Intecessão Mundial – edição século 21

Uma das inúmeras mesquitas existentes em Paramaribo, capital do Suriname

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A inclusão da música no currículo do Programa justifica-se pelo fato de ela contribuir para o desenvolvimento da crianças em várias áreas

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Transformando vidas pela educação O PEPE (Programa de Educação Pré-Escolar) é um programa missionário, destinado a igrejas locais que desejam impactar comunidades carentes com o Evangelho a partir de um atendimento sócio-educacional e espiritual para crianças de 4 a 6 anos. Esta poderosa estratégia de evangelização através da educação é desenvolvida em 15 países e alcança mais de 7.600 crianças em 319 unidades, que funcionam em sua maioria nas igrejas. O PEPE envolve, também, 762 missionários-educadores e 70 coordenadores na infra-estrutura das unidades. Nos últimos meses, de acordo com informações da missionária Terezinha Candieiro, coordenadora internacional do PEPE, foram colhidas 84 decisões e mais de 3.200 contatos evangelísticos junto às famílias dos alunos. Entretanto, para a glória de Deus, em breve estes números deverão ser superados. A expansão do Programa prevê a abertura de unidades na Romênia, Timor-Leste, República Dominicana, Índia, Filipinas e Haiti, entre outros em estudos.

Conquistas na América do Sul e na África Em nosso continente funcionam, atualmente, 129 unidades do PEPE, que atendem 2.032 crianças. Entre as conquistas

destacam-se as transformações de vidas, tanto de crianças quanto de seus pais, que têm feito a diferença nas sociedades da Colômbia e do Equador, além da formalização de parceria no Peru que possibilitará apoio da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) às unidades no país, e da doação de material de ensino para os PEPEs no Paraguai pela organização Alfalit Internacional. No continente africano são 43 unidades, alcançando 2.068 crianças e suas famílias com o ensino da Palavra. Apesar dos grandes desafios sociais do continente, como o avanço de doenças e a falta de estrutura básica em muitos países, as conquistas têm enchido o coração de todos os envolvidos com o Programa, dando a certeza de que a estratégia é um presente de Deus. Como por exemplo em São Tomé e Príncipe, onde o PEPE vem ganhando estabilidade e visibilidade junto ao governo do país. A missionária Lúcia Godinho, a pedido do governo, é a coordenadora oficial do trabalho e tem recebido apoio para o sustento dos educadores. No Mali, a mais nova unidade na África, o impacto tem sido grande na comunidade graças aos testemunhos de transformação de vidas. Foi o caso de um aluno que, segundo o pai, não falava, não se movimentava e todos pensavam que iria morrer. Quando

Ajudar a criança em seu desenvovimento sócio-educacional e espiritual: missão do PEPE

chegou ao PEPE ainda apresentava sequelas da doença. Mas, ao ter contato com os missionários e os coleguinhas, aos poucos começou a se desenvolver e atualmente é o aluno com melhor aproveitamento na unidade. “Ele tem ouvido e experimentado

do amor de Jesus através do PEPE. Este é um grande testemunho para os pais e toda a comunidade local, predominantemente muçulmana. O Senhor tem agido com sinais e prodígios naquele lugar”, finaliza a missionária Terezinha Candieiro.

PEPE lança CD com músicas inéditas

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m parceria com Missões Mundiais, a coordenação do PEPE Network produziu um CD com 16 músicas e playbacks para apoiar o trabalho desenvolvido nas mais de 300 unidades do Programa nos 15 países onde está instalado. O CD, que teve a produção musical da Ministra de Música Mônica Coropos, da PIB de Irajá, Rio de Janeiro/RJ, que ofertou seu trabalho para o PEPE, faz parte de um projeto que tem como lema “Esperança e alegria para a criança”. De acordo com a missionária Terezinha Candieiro, coordenadora internacional do PEPE, a inclusão da música no currículo do Programa justifica-se pelo fato de ela con-

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tribuir para o desenvolvimento da crianças em várias áreas. “A música aumenta a capacidade de concentração, ajuda o raciocínio lógico-matemático e a memória, aumenta a sensibilidade, a percepção auditiva, o canto, o ritmo, o compasso, que são elementos essenciais para a criança adquirir uma harmoniosa alfabetização, além de ser forte desencadeadora de emoções”, diz. As músicas são todas em português e o CD será distribuído nas várias unidades do PEPE no Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. Os interessados em adquirir o material devem enviar uma doação, no valor de R$ 10,00 (dez reais), para o PEPE Network. O valor

arrecadado, de acordo com a missionám ria, será revertido para a produção du ução do CD em espanhol, inglêss e francês (que já conta com a tradução de todas as músicas), para que as centenas de unidades do PEPE em países da América Latina e da África recebam o material. Outras informações podem ser adquiridas através do e-mail exec.central@ pepe-network.org, ou através éss do telefone (11) 3739-0302, de segunda à sexta-feira, no horário o orário das 9 às 15 horas.

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“A igreja é serva da missão e para realmente ser a Igreja de Cristo, tem de ser missionária por convicção e compromisso.”

Artigo

Um conceito dinâmico de missões Por Sebastião Lúcio Guimarães

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em sempre o atual enfoque dado a missões preenche todo o seu dinamismo bíblico enquanto ação da Igreja de Cristo. Este aspecto dinâmico da obra missionária faz com que o seu conceito esteja em constante devir e tenha que ser redefinido a cada geração, seguindo o dinamismo da própria obra missionária e do progresso. Ainda que o conteúdo da mensagem missionária não mude, nossos conceitos precisam ser ampliados de acordo com as novas compreensões e aplicações dos princípios bíblicos da missão, feita em diferentes momentos históricos e em diferentes contextos. A teologia elabora conceitos e abordagens à luz das diferentes realidades contextuais e humanas, bem como de acordo com os avanços da técnica, da linguagem e da cultura geral. Nisto está o principio hermenêutico que nos ensina a ler o texto bíblico de modo a poder aplicá-

lo nas situações reais de cada momento e contexto. Novos tempos exigem novas abordagens conceituais, bem como novas atitudes estratégicas e metodológicas. E a missiologia não foge a esta regra básica. Aí está o conceito de missões, em seu sentido de tarefa da igreja no plano estratégico de Deus para a salvação do homem. A Igreja, Corpo de Cristo presente no mundo após a ascensão de Jesus, recebe a tarefa de anunciar a salvação para todos os povos através da história. Para a tarefa aconteça é preciso usar todos os recursos humanos disponíveis e possíveis, sob a unção e capacitação do Espírito Santo. Neste conceito está incluída a Missão de Deus (Missio Dei) e a Missão da Igreja (Missio Ecclesie), que se complementam em termos de conceito e prática, de anúncio e de obra, de teoria e de práxis, na missiologia e na obra missionária, de teologias exegética e prática. Estas dimensões distintas da tare-

fa missionária se resumem na consciência de que missões é a igreja movendo-se em direção ao mundo com um propósito definido. Missões exige movimento, disposição e envolvimento. Deus não deseja nenhum dos seus filhos passivos diante do eminente perigo que corre a humanidade sem Cristo. Deus tomou a iniciativa para transformar a história humana através de Jesus Cristo. Ao cristão comprometido com Deus e com a obra dEle não é possível acomodar-se. Até onde podemos permitir que a insensibilidade diante das necessidades humanas à nossa volta nos faça desobedecer ao Mestre? Somos chamados por Deus a nos envolver. Não podemos esquecer do fato de que todos os cristãos são chamados: uns para sair, outros para ficar. A figura de uma pessoa que desce ao poço, mas que precisa daqueles que ficam fora do poço, sustentando as cordas, ilustra bem esta realidade.

Ainda que o conceito básico de missões seja o de enviar uma pessoa, esta ação é cheia de significado pelo fato de ter um propósito definido. Esta lição objetiva nos é dada pelo próprio Deus, quando envia o seu Filho ao mundo. Jesus não foi simplesmente enviado, mas tinha um propósito definido: “buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10). Da mesma forma, os apóstolos de Jesus, bem como a sua igreja, não foram simplesmente enviados ao mundo, mas enviados com um propósito trípl tríplice: p iccee:: pl fazer discípulos, discípulos oss, batizar e ensi ensiinar (Mateus (Mateu us 28.19,20).

Continua naa próxima edição

A Missão de Deus e o projeto evangelizador da igreja Alcir Souza, Pastor batista, professor e coordenador acadêmico do Centro Evangélico de Missões (Viçosa, MG)

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ma das importantes contribuições para a reflexão acerca da missão da igreja vem do conceito de missio Dei (missão de Deus, em latim). Apesar de articulado na primeira metade do século passado, é somente nas últimas décadas que ele tem encontrado espaço na reflexão e prática missionária das igrejas protestantes. Segundo este princípio, que reafirma a perspectiva missionária encontrada nas Escrituras, Deus tem uma missão em relação ao mundo, e a igreja está incluída, como um instrumento, no cumprimento desta, pois foi para isso que o Senhor a constitui e capacitou (At 1.8). A missão nasce no coração do Pai, aponta para o senhorio de Jesus Cristo sobre todos os homens e mulheres, em graça e amor, e se manifesta na história mediante o poder do Espírito Santo. Ela faz parte do plano salvífico de Deus, e não é apenas um

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“mandamento” ou “ideia”, mas uma manifestação concreta da ação de Deus (Jo 3.16). Se a missão tem seu princípio e fim em Deus, a fé cristã torna-se essencialmente missionária, e a igreja é convidada a cooperar sendo fiel na proclamação dos desígnios divinos, vivendo o evangelho de maneira que possa ser útil na tarefa de regenerar os homens, de forma integral, e servindo ao Senhor por intermédio de todos os cristãos. Com isso podemos afirmar que a missio Dei contribui com o projeto evangelizador da igreja, entre outros aspectos, realçando a necessidade de uma mudança na concepção de “uma missão centrada na igreja” para a noção de “uma igreja centrada na Missão”. Assim, se é verdade que a igreja existe para cumprir uma missão no mundo, e se esta deve modelar-se segundo a missão de Cristo (Jo 20.21), então a identidade

da igreja não pode encontrar-se em si mesma, e sim no serviço ao Senhor Jesus Cristo no mundo. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, deixa bem claro que o alvo da missão da igreja é a proclamação de Jesus Cristo, crucificado e ressurreto como Salvador e Senhor do universo, para a Glória de Deus (Rm 15.9-13). A igreja é fundamental, mas não é o centro da missão. A igreja é serva da missão e para realmente ser a Igreja de Cristo, tem de ser missionária por convicção e compromisso (Jo 17.17-19). Neste sentido, a igreja deve ser compreendida como uma comunidade missionária, como um povo em marcha, que vive em contínua esperança da presença de Deus. E nessa esperança é chamada a anunciar as grandezas daquele que a chamou das trevas para sua maravilhosa luz (1Pe 2.9). Desta forma a evangelização não é apenas um ministério, mas deve ser

um estilo de vida que caracterize todos os seus membros (Mt 5.13-16). Segundo o teólogo batista porto-riquenho Orlando Costas (1942-1987) uma genuína experiência de evangelização “capacita a igreja evangelizadora a focalizar a cruz de Cristo e a olhar para o Reino de Deus, investindo suas energias na mensagem da cruz e no serviço do Reino. Isso produz um crescimento integral, gratuito, mas não supérfluo, no qual as energias disponíveis são multiplicadas para o bem-estar da humanidade e para a glorificação do Deus cujo reino aguardamos com fé e esperança”. Portanto, o ímpeto evangelizador da igreja deve promover nos homens e mulheres uma experiência libertadora, de reconciliação. Mas antes de esta conversão se concretizar na vida em uma nova terra, ela aponta para uma nova maneira de se viver nesta terra: Por ti, darei minha vida!

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Institucional

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Cartas

Geral

Sempre Orando

Evangelismo com meninas

Tenho me colocado na brecha da oração. A Junta e seus participantes são o meu alvo. Celina Silva Cabo Frio, RJ

Oportunidade Para nós, é motivo de muita alegria ter um executivo que ama o trabalho social e que ama todos os órfãos, todas as crianças que foram abandonadas pelos pais... Não precisamos de caridade, o que precisamos é de oportunidade de pessoas que olhem para a gente como o senhor nos olha. Crianças e adolescentes do Lar Batista David Gomes Barreiras, BA

Campanha 2009 Parabenizo a Junta de Missões Nacionais pelos grandes empreendimentos vitoriosos no presente e pelas perspectivas de outros tantos no futuro. Acompanho tudo em oração. Gostei muito do tema desse ano. Já recebemos o material de Missões Nacionais e esperamos levantar uma boa oferta. Missionária Dilene Nascimento Rodrigues Anápolis, GO

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ecentemente, as missionárias da JMM em um país do Norte da África realizaram um trabalho evangelístico

PEPE em Marabaixo

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Promotores de Missões Foi uma benção o acampamento este ano! Que possamos colocar em prática tudo o que aprendemos, entregando nossas vidas por inteiro ao SENHOR e que muitas, muitas vidas venham a ser salvas. Amém! Liliane Meireles IB Central de Volta Redonda, RJ

Desperta pelo Brasil Fazer missões é o foco do meu ministério. Através do Desperta pelo Brasil e da Juventude Batista de Pernambuco, fui impactada pelas mensagens do Pr. Fernando Brandão. Diante do que foi pregado pelo pastor, tive a certeza do ardor missionário no meu coração em assumir um compromisso com o meu país em Caruaru-PE. Suely Marilene da Silva Igreja Batista Conjunto 27 de Novembro, Recife - PE

Feliz por cumprir o Ide Meu compromisso com missões começou quando os jovens do Projeto Radical estiveram na minha igreja há alguns anos. O Senhor falou ao meu coração: “Adote um missionário”. Desde então, tenho sido edificada a cada dia mais. Maria Aparecida Laudelino Vansan, IB da Fé – São Paulo/SP

Sendo útil em Missões Sempre tive vontade de trabalhar na obra missionária de forma direta, em um campo. Como isso não é possível, no momento contribuo com aqueles que lá estão, levando o Evangelho. Jucélia da Consolação Teles, IB do Bairro Brasília – Sarzedo/ MG

Desejando fazer mais

Através da educação, PEPE abre portas para o Evangelho

Nossa maior missão é pregar o Evangelho. Se eu não posso ir além dos limites da minha cidade, posso contribuir com aqueles que podem. Este compromisso tem edificado a minha vida e espero alcançar novos alvos. Nazilma Barbosa do Nascimento, PIB de Maceió – Maceió/AL

ESCREVA-NOS CONTANDO SUAS EXPERIÊNCIAS COM MISSÕES Envie sua carta ou e-mail com experiências com a obra missionária. Sua opinião sobre o nosso trabalho, e o conteúdo do Jornal de Missões, é muito importante. Escreva para redacao@jmm.org.br ou redacao@missoesnacionais.org.br.

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PEPE (Programa de Educação PréEscolar) já chegou a Marabaixo, AP, por intermédio da frente missionária liderada pelo casal Dirceu e Ana Paula Bonomo. O projeto, que funciona na própria igreja, já conta com 13 crianças e também com o apoio de igrejas parceiras, como a igreja-mãe do projeto, Igreja Batista Central de Macapá. “O PEPE é o primeiro passo, pois temos como meta construir um centro social com atendimento médico, cursos profissionalizantes etc.”, explica pastor Dirceu, que acredita que o projeto abrirá portas para o evangelho.

Futebol no Oriente Médio

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ivendo em um país do Oriente Médio há cerca de um ano, os missionários de Missões Mundiais Jessé e Quézia estão trabalhando ativamente na evangelização de jovens e adolescentes. A última atividade desenvolvida foi com um grupo de jovens e durou quatro dias. Além de muito futebol, foram desenvolvidos trabalhos técnicos e táticos, onde foram aplicados princípios para a vida e sobre a importância da fé em Deus. De acordo com o missionário, todos ouviam com muito respeito e atenção e a boa semente do Evangelho foi semeada em seus corações.

Deus atendeu o meu desejo em contribuir com missões, dando-me um emprego abençoado. Sei que ainda faço pouco diante do que Deus tem feito na minha vida. Claudiane Camacho Nery da Silva, IB Betânia – Volta Redonda/RJ

Para alcançar novos alvos

com meninas de comunidades carentes. Cerca de 30 garotas, de 6 a 12 anos, receberam capacitação em trabalhos manuais e ouviram sobre o amor de Deus. Entre as meninas haviam filhas de mães solteiras, outras abandonadas e algumas que moram com outras pessoas mas possuem família. O principal objetivo era demonstrar que o amor de Deus pode transformar suas vidas. Foi um tempo de muito trabalho, mas também de muita realização para as missionárias. Ore pelas crianças desse país.

Primeiros frutos

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Frente Missionária de Passo Fundo, RS, liderada pelos obreiros pastor Delton e Fátima Pereira, realizou no dia 1º de agosto o batismo de 10 novos membros. Esses são os primeiros frutos do trabalho missionário, iniciado em 2 de fevereiro de 2009. A cerimônia contou com a presença do pastor de missões Rogério Leite e do missionário Eduardo Bottim, ambos da IB do Passo D’areia – igreja-mãe, que fica localizada em Porto Alegre. Oremos para que esse momento

Novos membros da frente em Passo Fundo

se repita até que todo o município reconheça Cristo como Senhor e Salvador.

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Dez pessoas são batizadas em frente missionária de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul

Geral

Ciganos missionários na Romênia

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ste país do Leste Europeu tem uma grande concentração de ciganos, uma comunidade voltada para o misticismo e o amor às riquezas materiais. Entretanto, um cigano convertido ao cristianismo, o obreiro da terra da JMM Cornel Sugube-

ata, está envolvido com a obra de Deus. Ele trabalha para a construção de um salão de culto na localidade de Carpenisu. Porém, a obra foi suspensa pela prefeitura sob a alegação de documentação incompleta. Em Padureni, ex-ciganos lutam contra o tempo para reerguer o casebre onde se reuniam para adorar a Deus. A obra precisa ser concluída, no máximo, até novembro quando começa o inverno no país. A construção desabou enquanto um grupo de irmãos fazia a reforma do teto. Graças a Deus, ninguém se feriu. A igreja tem contribuído financeiramente para a obra, mas os gastos são muitos. Ore para que os recursos cheguem.

Cultos na internet

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site da Igreja Batista de Mântova, na Itália, dirigida pelo missionário da JMM Pr. Fábio Pêgas, está ainda mais interativo. Com a inauguração do canal de televisão online, exibindo para o mundo o que de mais importante acontece naquela igreja, tem sido priorizada a excelência na pregação do Evangelho. Enquanto muitos

insistem em dizer que a Internet é “coisa do inimigo” para disseminar a pornografia, a violência e todo o tipo de comportamento contrário ao cristianismo, a Igreja de Mântova usa esta poderosa ferramenta do mundo globalizado para levar a esperança da salvação em Cristo até os confins da Terra. O endereço é www.cebam.org.

Aniversário

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o mês de junho, a frente missionária de Estância Velha, RS, completou um ano de trabalho. Apesar da “desconfiança peculiar” ao povo gaúcho, a congregação já conta com uma frequência de 30 participantes aos domingos. Além das reuniões semanais, os missionários Sérgio e Rosita Ortlieb realizam estudos bíblicos com ca-

sais e estratégias de aproximação com a comunidade, como o trabalho infantil, que já conta com um grande atrativo: uma cama elástica. “Por fim, quero dizer aos parceiros desta obra que o trabalho está crescendo e que, com o apoio de cada um, logo teremos uma grande igreja glorificando a Deus em Estância Velha”, concluiu pastor Sérgio.

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Apoio ao campo sua insatisfação. No entanto, no dia seguinte, ao ser encontrado por acaso pelo missionário, abriu o coração afirmando estar cansado de viver traficando crack. “Perguntei ao Elias se ele Além da visita, os irmãos americanos ajudaram na compra do terreno da tinha entendido frente em São José do Rio Preto a mensagem do e 29 de junho a 3 de julho, a frente dia anterior, e se ele queria entregar sua missionária de São José do Rio Pre- vida a Cristo. Ali, naquela praça, ele reto, SP, liderada pelos obreiros Marcelo e cebeu Jesus como Senhor!”, disse pastor Simone Santos, recebeu a visita de um Marcelo. Além da conversão do traficangrupo de oito irmãos da Primeira Igreja te, a semente lançada pelos americanos Batista de Marion, no Estado de Arkansas, resultou na decisão de cinco jovens, que Estados Unidos. Um grupo de morado- trabalhavam em uma loja que , desde res de rua escutava enquanto os irmãos 2008, abriu suas portas para o evangecompartilhavam o evangelho, auxiliados lho, concedendo cinco minutos para a pelo intérprete. Um dos homens, contu- exposição da Palavra, antes do início do do, não prestava atenção, demonstrando experiente.

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Amor por Missões

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Segunda Igreja Batista do Grajaú, Rio de Janeiro/RJ, através do irmão Jair Barbosa da Silva, Promotor de Missões daquela igreja, enviou e-mail para Missões Mundiais relatando o grande envolvimento dos irmãos e do pastor Daniel Marcelo David Viana na Campanha da JMM 2009. De acordo

com o testemunho do promotor, a igreja não se intimidou com o alvo proposto e trabalhou incansavelmente para ultrapassar a meta. “Parabéns para cada membro da SIB do Grajaú pelo empenho e dedicação durante esta Campanha. Juntos somos mais fortes”, encerra o irmão Jair.

Reintegração familiar

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o dia 13 de agosto, internos do Lar e missionários se despediram de Adriana, que retornou para sua família, cumprindo, assim, um dos objetivos do trabalho no Lar, que é a reintegração de crianças e adolescentes à família de origem. Reunidos no Ministério

Público para formalizar o ato solene de entrega, a 6ª Promotoria da Infância e Juventude de Barreiras, BA enalteceu o trabalho do Lar no cuidado e desenvolvimento integral promovido durante o tempo de permanência da menor na instituição.

Batismos no Cariri Crianças são o alvo

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a capital do Senegal um fato que, lamentavelmente, é muito comum nas grandes cidades do Brasil, chamou a atenção dos Voluntários Sem Fronteiras no país. São centenas de crianças pedindo esmolas pelas ruas de Dacar. Os pedintes são conhecidos como talibês (“discípulos” no idioma local, o uolofe). Isso significa que eles foram entregues ao marabu (ou líder religioso) para serem “discipulados”, a fim de se tornarem “bons” muçulmanos. Em troca da “educação religiosa”, os talibês têm que pedir dinheiro nas ruas para o sustento do marabu. Eles ficam vagando e também

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pedindo esmolas. Que os Voluntários Sem Fronteiras possam mostrar a verdadeira liberdade em Jesus àquele povo.

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a primeira quinzena de agosto, três frentes missionárias da região do Cariri, CE, estavam em festa. Barbalha, Missão Velha e Brejo Santo comemoravam, respectivamente, o segundo, terceiro e quarto ano de organização. Para marcar a data, o pastor Francisco Washington de Oliveira, coordenador da região, organizou uma série de conferências evangelísticas com realização de batismos de seis novos membros em Barbalha e três em Brejo Santo. Em Aurora, outra localidade alcançada pelo trabalho missionário, também houve batismos. Nessa, a cerimônia aconteceu no fim de agosto, quando 14 pessoas desceram às

Batismo marca conferência na PIB de Barbalha

águas, sendo duas de Monte Alegre, onde atua o obreiro Francismar Júnior. Para encerrar a programação, mais 15 novos convertidos demonstraram interesse em fazer parte dos próximos batismos.

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Mobilização Missionária

Promotores de 4 estados foram revigorados em acampamentos missionários

Selio Morais

Acampamentos aquecem os promotores para a campanha de Missões Nacionais

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romotores da Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo ficaram impactados com as mensagens, testemunhos e atividades dos acampamentos de Missões Nacionais, realizados nos três primeiros fins de semana de agosto. As programações fizeram parte dos preparativos para a campanha da JMN, em setembro deste ano. Os dias de acampamento foram intensos, com a palavra de pastores, missionários e coordenadores sobre a importância do papel do promotor, bem como orientações sobre as atividades que poderão ser realizadas nas igrejas durante o período da campanha missionária. Entre os pastores convidados, estavam pr. Eliezer Perruci - da PIB em Irecê, BA; Alexandre Aló – da IB Missionária do Maracanã, Rio de Janeiro, RJ; Sandro Santoro – da 1ª IB de Vila Velha, ES; e José Valdemir Bezerra Lamarque – da 1ª IB do Brás, SP. “Foi a melhor capacitação para promotores de que eu participei”, comentou a irmã Sebastiana da Silva, da 1ª IB da Serra, ES. “Na chegada já deu para perceber que esse seria um encontro diferente”, completou Eliane Nascimento, da IB Ágape em Cariacica, ES.

Novidades marcantes Um ato simbólico, comum aos acampamentos, renovou de maneira especial o ardor missionário dos participantes. Incentivados a sonhar com o crescimento do ministério missionário em suas igrejas, os promotores colocaram suas aspirações em

foram incentivados a interceder pela paz e transformação da Pátria. Em outra atividade que chamou atenção foi o treinamento dado aos promotores sobre a utilização do Evangelho de João. Divididos em grupos, eles “evangelizaram” pessoas que interpretavam marginalizados e dependentes químicos dos grandes centros urbanos.

Um importante ministério

Em ato simbólico, promotores soltam balões contendo pedidos de oração

balões de gás para serem levados ao céu. Entre lágrimas e sorrisos, no coração havia o mesmo sentimento de esperança em ver crescer o ardor missionário de suas igrejas. “Houve um momento de grande quebrantamento entre os promotores que, de joelhos dobrados na grama, se derramaram diante de Deus”, afirmaram os coordenadores regionais de SP, pastor Exequias e Maria Helena Santos. “Louvamos a Deus por tudo que se passou durante o acampamento e temos a certeza de que muitos resultados teremos na vida dos promotores e suas igrejas”, concluíram. No Rio de Janeiro, além do simbolismo dos balões, a Sala do Compromisso levou os promotores a uma compreensão mais

profunda acerca desse ministério. Com um castiçal na mão, cada um deles visitava uma sala totalmente escura, com imagens e perguntas sobre o compromisso com os que ainda não conhecem Jesus, tendo, ao fim, um espelho e a pergunta: “Por quem você daria a sua vida?”. A intenção era levar cada um a dar uma resposta a si mesmo. Diante da responsabilidade da evangelização do Brasil que sofre, dos excluídos, dos idólatras, das crianças em situação de risco etc, muitos deixaram a sala atônitos. Na Bahia, um dos pontos-chave da programação foi o clamor levantado em uma das madrugadas, quando, diante da simulação de um assassinato, os participantes, com bandeiras brancas em punho,

Com um grande papel a desempenhar, não só no período de campanha, mas durante todo o ano, cai sobre o promotor de missões uma grande responsabilidade. Como comentou a coordenadora regional do ES, Fabiola Molulo, “cada promotor é de fato nossa voz, mantendo a chama missionária acessa em cada lugar aonde nós nem sempre podemos chegar; ali esteve uma turma muito comprometida com esse ideal”. Esse compromisso foi o elemento principal para o sucesso dos acampamentos. Expressando a alegria de ver o agir de Deus nesses dias de imersão na obra missionária, os coordenadores do RJ, pastor Cleber e Claudia Souza, declararam: “Somos gratos ao Senhor porque tudo é dele, por Ele e para Ele! Planejar e executar este acampamento traz satisfação e alegria, porém alegria maior é saber que Deus conduz, dirige e traça planos que nos fazem enxergar, cada vez mais, a grandeza da sua glória, nossa dependência e nossa necessidade de levarmos sua Luz a cada pessoa em solo brasileiro”.

Trabalho com surdos Batistas participam de treinamento

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Ministério com Surdos da Junta de Missões Nacionais realizou, nos dias 21 e 22 de agosto, mais um Congresso de Evangelização e Discipulado de Surdos na re-

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gião sudeste. A programação, sediada na Primeira Igreja Batista de Campo Grande – pastor Carlos Elias – contou com 150 inscritos, entre surdos e ouvintes.

A programação teve a participação de missionários e voluntários de Missões Nacionais, como Alexandra Paiva, surda da 1ª IB da Penha, que dirigiu o momento de louvor. Os missionários

Luís Antônio Passos e Valdelina Beda atuaram como palestrantes, levando aos congressistas uma reflexão sobre missões entre os surdos no Brasil, apresentando os desafios de Santa Catarina

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Congresso renova ardor missionário dos batistas brasileiros

e da Bahia. O voluntário da 1ª IB de Niterói, Luiz Carlos dos Santos de Souza, que sempre apoia a JMN e tem chamado missionário, ministrou a oficina de formação de grupos de discipulado, uma vez que ele lidera – ao lado da missionária Marília – o grupo de discipulado da JMN. Surdos como Luiz têm recebido vários convites para representar o Ministério com Surdos de Missões Nacionais em cultos missionários. Para eles, é mais que

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Mobilização Missionária

Participantes do congresso de capacitação para o ministério com surdos

passos em direção à inclusão social, mas uma grande oportunidade de salvar vidas para Cristo. “Antes de me envolver com a JMN não conseguia ver uma motivação para trabalhar entre os surdos, mas agora as igrejas estão abrindo espaço para que (os surdos) se apresentem”, lembra Luiz, que ressalta a importância de as igrejas continuarem avançando nesse sentido, alcançando surdos, despertando intérpretes, pessoas que desejem aprender a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Norte e Nordeste recebem o congresso Desperta pelo Brasil

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o mês de agosto, batistas paraenses e pernambucanos foram impactados com os congressos missionários Desperta pelo Brasil, promovidos por Missões Nacionais, em parceria com as convenções estaduais e igrejas que sediaram o evento. Ao todo, mais de mil pessoas compareceram aos cultos, que contaram com uma programação rica em testemunhos e desafios. A edição paraense aconteceu em Belém, entre os dias 7 e 8 de agosto, na 1ª IB do Pará. A programação de abertura incluiu testemunhos de missionários, como o do pastor Fábio Borges, coordenador do projeto Esperança na Praça, que atua em locais de risco social no Rio de Janeiro. Em sua palavra, ele argumentou: “Sem atitude não faz sentido dizer um ‘amém’ quando um missionário sobe aqui para contar um testemunho. É preciso subir o morro, dar a vida”. No último dia da programação, a Campanha Nacional de Evangelização de Crianças recebeu destaque especial. Seguindo essa temática, a missionária Aidete Brum deu um testemunho do trabalho no Lar Batista David Gomes, onde presta assistência a 51 crianças. Em Pernambuco, o Desperta pelo Brasil foi realizado, entre os dias 21 e 23 de agosto, na Primeira Igreja Batista de Caruaru. O congresso missionário aconteceu simultaneamente ao congresso da juventude do estado. A fusão das duas programações deu certo e resultou em grande participação nas atividades elaboradas, tais como as 15 oficinas ministradas, sendo 6 delas promovidas pela JMN. Os missionários surdos Josivaldo e Valdelina Beda, que atuam em Morro do Chapéu/BA, participaram da

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Com fitas verdes no pulso, juventude pernambucana assume pacto de obediência a Deus e Sua Palavra

programação, testemunhando sobre o desafio de levar o Evangelho a moradores desse município, bem como o trabalho de integração de surdos à comunidade. A palavra e perspectiva de trabalho do casal foram bastante apreciadas pelos congressistas. Na noite de encerramento do congresso, o mensageiro, o diretor executivo de Missões Nacionais, pastor

feita com Deus. “Custe o que custar a minha vida será dirigida na Palavra. Assumirei compromissos pela Palavra... mudem as leis do país... mudem tudo... mas eu serei fiel ao Senhor. Eu andarei com o Senhor e obedecerei a sua Palavra. Eu tenho um pacto com o Senhor e na minha vida não terá altares a Baal”, ressaltou pastor Fernando, incentivando os presentes a assumir

“O cuidadoso trabalho da JMN está formando uma geração de jovens com caráter missionário” Fernando Brandão, pregando em 2 Reis 23.1-11, fez uma reflexão sobre o compromisso que se deve ter com a obra missionária e levou os congressistas a firmar um pacto de obediência a Deus e sua Palavra. Nesse momento, foram distribuídas pulseiras com as cores do Brasil para que os participantes lembrassem a aliança

uma postura firme contra os apelos do mundo. A jovem Marcela Oliveira das Neves, da Congregação Batista Boa Fé – filha da 1ª IB de Rio Doce, orou a Deus, representando os congressistas no ato de compromisso. Segundo Marcela, a vontade de Deus é que os jovens de todo o Brasil possam se dispor a serem

usados por Ele, escrevendo a história de missões nesta geração. Diante do pacto firmado, “a impressão que tive é que Deus está preparando momentos inesquecíveis para aqueles que aceitam o chamado para a colheita”. E completou: “O cuidadoso trabalho da JMN está formando uma geração de jovens com caráter missionário, transformados pelo poder do Espírito Santo para mudar a história do nosso amado Brasil”. A exemplo desse cuidado, durante o Desperta, Missões Nacionais sorteou inscrições para as operações missionárias Jesus Transforma do próximo ano. Ao todo, 10 pessoas foram beneficiadas, sendo duas delas ganhadoras de passagens de ida e volta ao campo da Trans em que participarão. Além do grande número de jovens, o Desperta em Caruaru contou com a presença de líderes estaduais, como o presidente da Convenção Batista de Pernambuco, pastor Ney Ladeia, a 2ª vice-presidente Daisy Santos Correia de Oliveira e representantes das 20 associações batistas do estado. Entusiasmada com a programação, Daisy definiu o congresso pernambucano como “uma ação da JMN com resultados excelentes” para a vida dos participantes em termos de desafio para um maior comprometimento com a obra missionária. “Creio que possibilitou uma reflexão muito profunda da vida cristã no contexto do mundo atual para possibilitar um pacto com o Senhor. As mensagens do pastor Fernando impactaram todos os participantes e os testemunhos missionários foram também desafiadores”, afirmou. Com os corações jubilosos diante dos resultados da programação, os pernambucanos já aguardam o retorno do Desperta ao estado. “Já estamos esperando o Desperta de 2010”, concluiu a 2ª vice-presidente.

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Mobilização Missionária Voluntários fazem missões em Moçambique U

ma caravana de 22 voluntários da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba/PR, esteve em Moçambique entre os dias 12 e 29 de julho, apoiando o trabalho dos missionários de Missões Mundiais. O irmão Walmir Kesseli, um dos organizadores do grupo, esteve na sede da JMM e relatou a experiência naquele campo. O projeto nasceu há dois anos no coração de Marco Paulo Ferreira, pastor de adolescentes daquela igreja, depois de uma viagem de férias à África. Vendo o trabalho realizado pelos obreiros batistas brasileiros naquele país, ele acabou se apaixonando pela obra missionária. O grupo foi se formando e reuniu profissionais de várias áreas, que colocaram suas experiências para realizar o trabalho no campo. Antes de embarcar para Moçambique, o grupo passou por um treinamento de preparação para missões transculturais com o Pr. Lauro Mandira, Gerente de Missões da JMM. Eles tiveram reuniões semanais

Envie relatórios de viagens aos campos, fotos de campanhas, depoimentos marcantes... Conte o que a sua igreja está fazendo para levar Cristo aos extremos da terra.

Investindo em Missões ao longo de 75 anos

durante seis meses, e oravam diariamente pelo projeto. O trabalho foi viabilizado por empresários de igrejas de Curitiba que doaram livros e vários materiais, especialmente remédios, que foram entregues para os projetos desenvolvidos na África. Em Moçambique, os voluntários se dividiram em três frentes (cidades): Chimoio, onde atuaram numa fazenda experimental; em Dondo e em Beira, locais de trabalho da missionária Noêmia Cessito, enfatizando o trabalho na área de saúde. Em Maputo eles foram acompanhados pela missionária Dra. Maria da Conceição. Os voluntários realizaram 200 atendimentos médicos, concentrando a equipe de saúde no Posto de Mafarinha e no Hospital de Dondo; ministraram aulas, fizeram trabalhos com adolescentes, EBFs e treinamento (ensinando como contar histórias bíblicas). Uma das programações chegou a reunir cerca de 350 crianças. PIB Duque de Caxias cumprindo o Ide de Jesus nas ruas do munic;ipio e até os confins da terra

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Walmir Kesseli (à esq.), da IB Bacacheri, voluntário em Moçambique, ao lado do irmão Válter Campagnolo

Primeira Igreja Batista em Duque de Caxias/RJ, pastoreada atualmente pelo Pr. Cláudio Capetini, celebra 75 anos de existência no dia 27 de setembro de 2009. Ao longo desta jornada, a igreja implantou dezenas de congregações, que depois foram emancipadas, e contribui efetivamente no sustento de centenas de missionários, através de parcerias com as Juntas Missionárias da Convenção Batista Brasileira. Embora a PIB de Duque de Caxias esteja envolvida com a ampliação de seu templo, desde 2007, mais de 140 membros participam do Programa de Adoção Missionária – PAM de Missões Mundiais. Assim, a igreja tem colaborado

com a expansão do Reino de Deus, não só no Brasil mas no mundo! A reforma do templo começou em novembro de 2007 e foi concluída em 2009, sendo reinaugurado no dia do aniversário da igreja. Ao longo dos últimos três anos – além das parcerias missionárias através do PAM e do PIM – a membresia da PIB de Caxias se envolveu com a obra missionária e enviou as maiores ofertas das Campanhas de Missões Nacionais e Mundiais de sua história. “Isso só nos fortalece em Cristo e mostra, à Igreja de Jesus, que investir em missões é o caminho sempre a seguir”, diz Jacqueline Cucco Xarão, Ministra de Administração e Finanças da igreja.

Queremos mostrar as “igrejas missionárias” S

ua igreja é uma “igreja missionária”? Daquelas que enviam vocacionados aos campos ou apoiam, através de viagens missionárias, trabalhos em países onde atuam missionários brasileiros através da Junta de Missões Mundiais? Os líderes estão preocupados em passar aos membros as necessidades dos povos que não

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conhecem a Cristo? O Departamento ou Ministério de Missões atua durante todo o ano para levar seus membros a participar da obra missionária e não somente nos períodos de campanha? Se a sua igreja vive Missões intensamente, escreva para Missões Mundiais contando suas experiências e testemunhos missioná-

rios. Envie relatórios de viagens aos campos, fotos de campanhas, depoimentos marcantes... Conte o que a sua igreja está fazendo para levar Cristo aos extremos da terra. Escreva para redacao@jmm.org.br ou para Rua Senador Furtado, nº 71 – Praça da Bandeira – Rio de Janeiro/RJ – CEP: 20270021, aos cuidados da Redação.

Irmãos da PIB de São João de Meriti, RJ mobilizados para a Campanha 2009

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“Continuamos contando com suas orações, que nos ajudam a permanecer firmes nAquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz”, diz o Pr. Marcos Grava

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Mobilização Missionária

Parceria na obra de evangelização

Turnê ALEM-Brasil dá bom testemunho na África D

Radicais da JMM ao lado do casal Pr. Rinaldo e Gudrun de Mattos, de Missões Nacionais

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urante 50 dias, entre os meses de junho e julho, Ionata de Souza Rodrigues, Sara Jane Rodrigues e Simone Ferreira Bezerra, três ex-Radicais de Missões Mundiais, estiveram na aldeia de Salto, na cidade de Tocantínia, em Tocantins, para apoiar o trabalho do casal missionário de Missões Nacionais, Pr. Rinaldo e Gudrun ~ de Mattos entre o povo xerente (ou akwe, como os mesmos se autodenominam). Sara Jane, inclusive, seguirá em breve para a Colômbia como missionária efetiva de Missões Mundiais. O propósito do projeto missionário era ajudar nas atividades já existentes e ainda trabalhar na formação de liderança. Assim que chegaram à aldeia, as jovens estreitaram laços com o povo local e puderam desenvolver diferentes ministérios. Mas o que causou maior impacto foi o trabalho com o esporte. Como eram apenas três jovens para controlar um número grande de participantes, logo surgiu a necessidade de treinamento. Nove pessoas da igreja na tribo, que possui 25 membros, receberam capacitação. Uma vez treinados, era a hora de realizar os jogos. E o resultado foi extraordinário, segundo conta a missionária Sara Jane. “Pela primeira

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vez em terras xerentes se ouviu falar em KidsGames, estratégia tão usada por nós, Radicais, nos campos de Missões Mundiais. Cerca de 80 crianças participaram dos jogos”. Também foram realizadas uma EBF, que contou com a participação de 70 crianças, aulas de informática e um trabalho intenso com crianças através de histórias bíblicas. Além das atividades em Salto, as missionárias seguiram para outras duas aldeias menores, onde realizaram cultos e também os KidsGames, com média de 25 crianças participantes. As experiências no campo, de acordo com as missionárias, trouxeram uma nova visão sobre a obra de missões. “Essas atividades chamaram nossa atenção no que se refere a trabalhar em uma nova cultura, pois estávamos no território brasileiro, mas num contexto de Missões Mundiais. As crianças xerentes, com menos de 10 anos, não falam português e tivemos que contar com o apoio de tradutores. Há um clamor que vem dos corações de Deus e dos xerentes: ‘... A quem enviarei, e quem há de ir por nós?’. Esperamos que sua resposta seja a mesma que a nossa: ‘Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim’”, finaliza Sara Jane.

urante os 25 dias de turnê em que passaram por Burundi, Uganda, Quênia, Madagascar e África do Sul, a equipe de ex-atletas profissionais do ALEM–Brasil (Atletas Levando o Evangelho ao Mundo) fez amistosos, inaugurou um dos estádios da Copa 2010 e promoveu diversas atividades sociais que testemunharam o amor de Jesus Cristo. Nestes cinco países africanos eles foram recepcionados por autoridades como ministros de Estado. No Burundi, no leste do continente, a equipe participou de um jantar na residência do presidente do país, que é cristão. A recepção incluiu um culto de cerca de três horas de duração. A caravana, supervisionada pelo Pr. Marcos Grava, que também coordena o PEM – Programa Esportivo Missionário da JMM, contou com grandes nomes do futebol brasileiro, todos evangélicos, como Giovanni (ex-Santos e Barcelona), Paulo Sérgio (campeão mundial em 94), Aílton (ex-Flamengo, Fluminense e Grêmio), Zé Carlos (ex-São Paulo, que foi à Copa de 98), Mario Tilico (ex-São Paulo), Claudecir (exPalmeiras) e Kelly (ex-Atlético-PR). Entre uma partida e outra, os integran-

tes da Tour 2009 realizaram clínicas de futebol, visitas a igrejas, participaram de entrevistas e compartilharam princípios e valores cristãos através do futebol. O encerramento da Turnê da Esperança pela África ocorreu no dia 9 de agosto com uma goleada de 7 x 2 sobre a seleção de ex-jogadores da África do Sul, campeã africana de 1996, no estádio Porto Elizabeth, na África do Sul. Cerca de 40 mil pessoas compareceram a esta primeira partida internacional no estádio construído para a Copa do Mundo de futebol de 2010. O jogo também foi televisionado para quase todo o continente. A Turnê da Esperança despertou a atenção não só da mídia africana, mas também da brasileira. O site Globoesporte. com publicou uma matéria destacando esta grande experiência de nomes consagrados do futebol brasileiro, que puderam levar um pouco da alegria do nosso esporte a um povo tão carente. “Continuamos contando com suas orações, que nos ajudam a permanecer firmes nAquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz”, diz o Pr. Marcos Grava

Cena comum: Jogadores agradecem a Deus após mais uma partida na África e impactam espectadores

Missões Mundiais comissiona novos missionários E

m culto realizado no dia 20 de agosto, na Quarta Igreja Batista do Rio, na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio de Janeiro, a Convenção Batista Brasileira comissionou mais sete missionários da Junta de Missões Mundiais, que seguirão para a África, Sul da Ásia e América do Sul. Na ocasião, cerca de 100 obreiros da JMN também foram comissionados.. A celebração foi dirigida pelo Pr. Josué Mello Salgado, Presidente da CBB, e teve como preletor o Pr. Tércio Ribeiro de

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Souza, da PIB de Maceió/AL. Após a mensagem, os diretores das Juntas apresentaram os missionários, que ajoelharam-se para receber a oração dos Conselheiros e de toda a igreja. O Pr. Lauro Mandira, Gerente de Missões da JMM, apresentou os sete obreiros de Missões Mundiais e seus respectivos campos. Sara Jane Rodrigues seguirá para a Colômbia; Priscila Pancotti, Efetivo Radical, atuará na República da Guiné; Dione Virgínio de Lima seguirá para Moçambique; Luís

César e Deise Queiroz, missionários do Programa Esportivo Missionário, seguirão para o Chile; e um casal de missionários para trabalhar no Sul da Ásia. Depois das apresentações, o missionário Luís César Queiroz deu seu testemunho de vida e emocionou a todos. A irmã Alzira de Araújo, Vice-Presidente da CBB, orou ao final consagrando a Deus a vida de todos os missionários, para que sejam abençoados e abençoadores em seus campos de atuação, para a glória de Deus.

Missionários com os pastores Lauro Mandira (ao centro) e Josué Salgado (à dir.)

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Institucional

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