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EDITORIAL Um Milagre de Natal Um coral com 200 vozes, regido pelo maestro Roberto Minczuk, da Orquestra Sinfônica Brasileira e da Filarmônica do Canadá, acompanhado também pelos músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira, cantando numa praça da capital paulista por ocasião das celebrações natalinas. Até aqui nada de extraordinário, mesmo sendo noticiado pela Rede Globo de Televisão e outras emissoras de TV. Mas quando o jornalista, que fazia a reportagem do evento para o Bom Dia São Paulo da Rede Globo, informa que o coral é formado por homens que viviam nas ruas da cracolândia da capital paulista, ex-viciados em crack, a história muda de perspectiva. Cantando com alegria e júbilo, os integrantes do Coro Cristolândia proclamavam em alto e bom som “eu sou livre”. O maestro Roberto Minczuk não se conteve e foi às lagrimas. O público, emocionado e totalmente tomado pelo som das músicas cantadas, não podia acreditar que aqueles homens que agora celebravam a Jesus eram os mesmos que vivam no lixo das ruas da cracolândia da cidade. A mensagem estampada na camisa amarela que já se tornou uma marca do projeto era impactante e transmitia o que realmente aconteceu com cada um deles: JESUS TRANSFORMA. Enquanto via a matéria transmitida pela Rede Globo não me contive, chorei de alegria e emoção. Considero tudo isso um verdadeiro milagre de Natal, pois a transformação da vida destes homens somente foi possível porque um dia o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Também é um milagre porque não é fácil lidar com a restauração de vidas que estão escravizadas pelas drogas. Só pela

graça e misericórdia do Senhor é possível superar este inimigo, que veio matar, roubar e destruir. O Espírito Santo tem usado os missionários e voluntários que trabalham com amor e dedicação para alcançar essas preciosas vidas que perambulam pelas ruas sem esperança e sem a verdadeira alegria. Pessoas que dormem nas ruas, comem lixo e não têm mais forças para superar a situação deplorável em que se encontram. É preciso que uma mão de compaixão se estenda e ministre graça em nome de Jesus. Aí o milagre acontece. A primeira mensagem a ser pregada é amor, mas na prática. A principal estratégia da Missão Batista Cristolândia é amar o próximo sem preconceito. Cada pessoa que vive nas ruas das cracolândias é preciosa para Jesus e também para nós, seus discípulos. É bom lembrar que uma alma vale mais que o mundo inteiro. Aproveito para agradecer aos batistas brasileiros que têm orado, apoiado e contribuído para o avanço missionário em nossa pátria. Dou graças a Deus pelos irmãos voluntários que têm ajudado as Cristolândias em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Em breve teremos Cristolândias em Vitória, Belo Horizonte e Brasília. Não posso deixar de agradecer àqueles que mensalmente contribuem com o PAM Brasil para sustentar esta grande obra. Não podemos recuar, é preciso avançar. Desejo em nome de Missões Nacionais, Feliz Natal e um abençoado ano novo para todos e que em 2012 o Coral Cristolândia cresça muito mais e proclame que verdadeiramente JESUS TRANSFORMA. Pr. Fernando Brandão Diretor Executivo

ÍNDICE Cartas de e-mails.........................................................................4 Gente que faz Missões PIB de Atibaia visita a Mangueira ....................06 Impactando vidas .............................................07 Caravana missionária no Cariri.......................07 Testemunho Alcançando os surdos .......................................08 Desafios e vitórias .............................................08 Gestos que garantem a eternidade ...................08 Mobilização Dicas para promotores de missões .....................9 Sempre Orando Agenda de oração de dezembro de 2011 ..........10

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Clubinho Missionário O pão também é nosso .....................................12 Matéria de Capa Trans: mola propulsora para a multiplicação ...14 Entrevista Para libertar os cativos .....................................17 Panorama Missionário Notícias do campo ............................................18 História de Missões Um passado marcado pela evangelização .......24 A Grande Comissão Missões para hoje........................................................................26

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CARTAS E E-MAILS Neste ano, a APPC completa 65 anos de informação missionária em nosso Brasil. Agradecemos a Deus e a você, nosso leitor, por sua fidelidade. Se você tem sido edificado por este veículo, mande-nos uma mensagem para redacao@missoesnacionais.org.br ou deixe um recado em facebook.com/missoesnacionais “É a Pátria para Cristo, aos 65 anos de árduo trabalho no Brasil. Muitos foram edificados por esta obra.!!!!!” Humberto Marinho – pelo Facebook “Eu tenho esse chamado. Quero ir para o Radical Amazônia. Deus está comigo e estou disposto. Sou de São José do Rio Preto, SP.” André – pelo Youtube “Fico feliz que mais vidas serão alcançadas por Deus por meio desse ministério.” Nara Neiva sobre a Cristolândia Recife – pelo Facebook “Glória a Deus pelos infantes dessa guerra. No tempo de Deus estarei lá.” Wendel Silva sobre os novos missionários da JMN – pelo Facebook “É muito bom saber como Deus tem trabalhado por intermédio dos nossos missionários, que doam suas vidas para resgatar outras. Engrandecido seja o nosso Deus!” Rozinete Marinho – pelo Facebook “Sergipe será impactado com minha vida. Em nome de Jesus!” Rafaela Carneiro – pelo Facebook “Louvamos e agradecemos a Deus por vocês, que estão aí sendo usados na obra de maneira tão especial e abençoadora”. Laurênio e Eunice Ramos sobre a Cristolândia SP – por e-mail

Uma publicação da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira Ano LXVI nº 253 - Tiragem: 30.000 Dezembro/2011 Direção Executiva Pr. Fernando Brandão Gerência Executiva de Soluções Estratégicas Pr. Jeremias Nunes

Redação Jornalista Responsável Marize Gomes Garcia – DRT 25.994/RJ Assistentes Ana Luiza Menezes / Tiago Pinheiro Monteiro Revisão Adalberto Alves de Sousa Arte Oliverartelucas

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Nossa Missão: Conquistar a Pátria para Cristo. Nossa Visão: Ser uma agência missionária dinâmica e criativa, com excelência na gestão missionária, voltada para servir às igrejas da CBB no cumprimento da sua missão. Endereço da Sede: Rua Gonzaga Bastos, 300 – Vila Isabel 20541-000 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: (21) 2107-1818

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GENTE QUE FAZ MISSÕES

PIB de Atibaia visita a Mangueira

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Um grupo formado por 46 irmãos da 1ª IB de Atibaia (SP) visitou a comunidade da Rua Sinimbu, na Mangueira, no Rio de Janeiro (RJ). Foram realizadas visitas, houve evangelismo pessoal e orações em locais específicos do morro. Foi organizado um torneio de futebol e outros serviços foram prestados como de manicure, corte de cabelo, fisioterapia e medição de pressão arterial e glicose. Quanto às caminhadas de oração e outras ações, o missionário Wagner José Oliveira contou: “As pessoas paravam para observar, pois isso não tinha acontecido aqui na Mangueira. Pretendemos realizar outras caminhadas no futuro, pois o nosso objetivo é levar Cristo a todos os moradores da comunidade”. Como resultado da ação, 78 casas foram visitadas, 38 estudos bíblicos foram agendados e mais de 400 folhetos foram entregues. Muitas pessoas receberam os atendimentos sociais disponibilizados. “Esta viagem foi ao interior do meu coração e me desafiou a fazer isso mais vezes. Foi um presente de Deus para minha vida”, disse um dos integrantes do grupo de São Paulo, Adilson Quaresma, de 24 anos. Segundo ele, o tempo foi curto e ainda há muito a ser feito. Mesmo assim, pôde afirmar: “Voltei feliz por ser usado pelo Mestre Jesus”.

Jovens de Atibaia na Mangueira

Deus tem resgatado vidas por intermédio do ministério do missionário Wagner, na Mangueira. “Meu maior prazer é servir, e foi muito bom ver o que o missionário Wagner tem feito ali na Mangueira e também como Deus o usa de tal maneira”, comentou uma das voluntárias, Giovanna Rufino, de 16 anos. O apoio dado pelos parceiros que visitam os campos é sempre válido, pois além de fortalecer a obra, promove salvação e edifica as vidas de todos os participantes. “Foi muito gratificante fazer parte desse ministério, uma honra

e privilégio. Quem acha que vai ensinar algo, acaba voltando com o caráter acusado e com as prioridades afetadas”, afirmou Luiz Ricardo Macedo, de 25 anos, que também foi como voluntário do grupo paulista. Quanto à experiência que teve, completou: “O poder de Deus está claramente evidenciado quando olhamos para a situação atual do Morro da Mangueira. O missionário Wagner e outros estão sendo capacitados por Deus para efetuarem a obra independentemente da situação e das barreiras no caminho”.

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Impactando vidas

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A Igreja Batista na Paulicéia, em Duque de Caxias, foi realmente impactada pela Campanha de Missões Nacionais. Inspirados e com o objetivo de usar suas vidas para abençoar as pessoas que estão ao redor de onde vivem, os irmãos da igreja promoveram um impacto missionário no aterro sanitário de Jardim Gramacho, em Caxias, RJ. Entre as outras atividades realizadas recentemente pela igreja, estão a adesão ao MIT – Minuto que Impacta e Transforma –, festa missionária, arrecadação de alimentos para a Cristolândia RJ, semana intensiva de oração e espaço mis-

sionário, funcionando dominicalmente com o material da promoção. Houve a programação ‘Brasil de tantas etnias’, com o testemunho de uma mulçumana que se converteu ao cristianismo. Certamente, essas são apenas algumas das muitas ações de que eles farão parte por amor aos que carecem da salvação que há em Cristo. “A cada atividade, os membros foram se envolvendo e assumindo o compromisso de intercessão, parceria e voluntariado. A cada momento missionário, nos três cultos semanais, a igreja vem demonstrando o crescimento de seu amor pela causa

Impactando vidas no aterro sanitário

missionária. Glorificamos a Deus, na certeza de que missões nacionais é uma realidade em nosso meio o ano inteiro”, disse Cláudia de Souza Lino, promotora de missões.

Caravana missionária no Cariri

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Uma equipe formada por 87 irmãos da Igreja Batista de Barão da Taquara, do Rio de Janeiro, esteve na região do Cariri cearense. Eles visitaram as cidades de Juazeiro do Norte, Barbalha e adjacências, onde distribuíram cestas básicas e ofereceram serviços médicos (clínico geral e ginecológico) odontológicos, psicológicos, enfermagem, cursos para trabalhos ma1. IB Barão da Taquara no Cariri

nuais, corte de cabelo e esportes, cada dia finalizando as atividades com o musical ‘A escolha’, sobre a vida de Jesus e atraindo pessoas para ouvir a mensagem do evangelho de Cristo. Em apenas três dias de trabalho, 135 residências já tinham sido visitadas, foi possível contabilizar um total de 220 atendimentos pelos dentistas e mais de cem pessoas pelos serviços médicos, atendimento infantil e na escolinha de futebol. “Continuo empenhada em missões. Faço parte de uma igreja missionária e respiro missões. Juazeiro do Norte me encheu de alegria. Que Deus

nos dê, a cada dia, mais vigor para o engrandecimento de sua obra”, disse a irmã Isabel Gama, que foi uma das voluntárias da caravana carioca. O pastor da igreja, Carlos Novaes, destacou o apoio oferecido pelo missionário Francisco Washington Oliveira, que é o coordenador regional de missões em Barbalha, CE. “Eles nos desafiou, dando todas as condições de infraestrutura para a realização de todas essas atividades”, elogiou pastor Novaes. O missionário Francisco Washington expressou sua gratidão aos irmãos do Rio de Janeiro, que aceitaram o desafio de participar de um projeto que preparou muitos corações para receberem a Cristo. Sobre a continuidade de trabalhar com as vidas impactadas pela caravana, ele afirmou: “Todos estamos empenhados em colher os frutos desta safra que o Senhor nos proporcionou”. 7

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T TESTEMUNHO saindo com outro. Um semblante de paz, alegria e com a autoestima bem melhor. Este é o Deus a quem sirvo. Um Deus que restaura, Apesar das campanhas de conscientização contra o preconcei- transforma, salva e preenche todo o vazio que alguém possa sentir. to, muitas pessoas continuam excluídas, sendo discriminadas até Missionária Christiana Silveira – 1ª IB de Goiânia pelos próprios familiares. Fazer com que o evangelho seja levado aos surdos tem sido a missão daqueles que não se limitam a aprender a se comunicar, mas que vão até eles, não importa onde estejam, mesmo que seja preciso ir para outras cidades. Tivemos a oportunidade Acompanhe os testemunhos de cristãos que têm participado de encontrar duas senhode projetos que visam alcançar surdos em todo o Brasil. ras surdas, que são irmãs (72 e 55 anos). Elas sabem No primeiro dia de evan- poucos sinais em libras e gelismo, eu e a equipe saímos, sua comunicação é basiprocurando surdos de casa em camente por gestos criados casa. Paramos em uma e en- por elas e pela família. Foquanto eu falava com a dona mos bem recebidos por elas da casa, vi uma mulher pas- e na primeira visita conver- As duas irmãs que receberam estudos sando pela rua. Perguntei se ela samos muito e entregamos o folheto ‘A escolha’. Elas ficaram inconhecia algum surdo naquela teressadas e marcamos outra visita para estudá-lo. Lá chegando, região ou na família dela. Ela ensinamos por meio das imagens e desenhos, e alguns gestos, e respondeu que não e eu con- elas entenderam bem a diferença entre céu e inferno; apontaram Christiana evangelizando tinuei conversando com a dona da casa. Instantes depois, aquela que queriam o céu. Usamos também o cubo e quando mostramulher voltou onde eu estava e me disse que conhecia uma surda. mos a figura de Cristo na cruz, logo o reconheceram. Nas demais visitas, mostramos o folheto ‘O grande amor Me alegrei e perguntei onde poderia encontrá-la e ela disse que a surda que conhecia era sua filha; que só se comunicava com ela de Deus’. Achamos que seria difícil para elas entenderem a de vez em quando, por mímica ou gestos. Perguntei se poderia ir à história da criação, da origem do pecado, mas elas entendem sua casa, mas ela não deixou; não foi a nenhuma programação e que Jesus Cristo, filho de Deus, morreu na cruz. Então, explitambém não levou a filha de 7 anos a nenhuma das programações camos (com desenhos do folheto) que Ele ressuscitou e está para crianças. Fiquei chocada. Dias depois, estávamos fazendo o no céu. Mostramos que Deus queria morar no coração delas mesmo quando paramos em uma casa e fiz a mesma pergunta: e que quando elas morrerem aqui, poderão ir para o céu com “Você conhece algum surdo na sua família ou que more aqui na Jesus. Naquele momento, vimos os rostos daquelas senhorua?”. O senhor respondeu que não e caminhamos por 5 ou 10 ras brilhar de alegria e esperança e, por meio de gestos, elas minutos quando, de repente, ouvi alguém chamar, em alta voz: mostraram que querem Deus no coração e querem morar no “Dona, dona, espera, eu lembrei. Eu conheço um surdo e ele mora céu. Então, oramos por elas e cremos que poderemos nos enem outro setor”. Este senhor chegou até nós com os olhos lacrime- contrar no céu. Em nosso jando, com falta de ar de tanto correr atrás de nós e supereufórico. coração, cremos que a Este, ao contrário da mãe que teve vergonha da filha, quis que a semente do evangelho de Cristo foi plantada no comensagem chegasse até o surdo. O que mais me chamou a atenção foi a falta de interesse das ração daquelas senhoras famílias em não querer aprender a se comunicar com seus filhos. e jamais será arrancada. Equipe: Sinara Ribeiro, Na maioria das casas a que fui, as famílias acham que eles não preSusy Silva, João Vitor Leite e cisam estudar e que não podem sair sozinhos. Vi surdos chegando com um semblante triste, abatido e sem rumo nos primeiros dias, e Pr. Fernando Cruz (surdo) Equipe que alcançou as senhoras

Alcançando os surdos

Gestos que garantem a eternidade

Desafios e vitórias

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M MOBILIZAÇÃO

Notas para boletim As informações a seguir foram feitas especialmente para a utilização no boletim de sua igreja. Dessa maneira, fica mais fácil tornar acessíveis aos membros os projetos da JMN.

Trans 2012

100 Dias de Oração

Em janeiro, o Sul do país, Sergipe e Amazonas, esperam por você. Participe das mobilizações missionárias Jesus Transforma e ajude a conquistar a Pátria para Cristo. Mais informações e inscrições pelo site www.missoesnacionais.org.br

Missões Nacionais está preparando um grande movimento de oração em 2012. Serão 100 dias de intercessão pelo Brasil, além de propostas de vigílias, oração em família e outras. Para mais detalhes, adquira na Loja JMN o manual 100 Dias que Impactarão o Brasil, disponível a partir de fevereiro.

Oportunidade de servir

Mobileze-se

LAR BATISTA F. F. SOREN Estamos precisando de voluntários que tenham disponibilidade nos fins de semana ou que venham passar um período conosco para o desenvolvimento das seguintes atividades: Pai ou Mãe social; Aulas de Violão e Teclado; Projeto Férias com Cristo (mês de janeiro de 2012) - oficinas de artesanato, atletismo, lazer, brincadeiras, palestras, gincanas e outras atividades; Reforço escolar; Atividades na Brinquedoteca; Aulas de Inglês; Manutenção Geral (pedreiro, eletricista, pintor e outros); Capacitação para as missionárias cuidadoras; nutricionista, psicólogo, dentista, médico e outros.

Capacitar a igreja para a obra de evangelização e ainda arrecadar recursos para missões. Esse foi o pensamento do promotor Luiz Carlos Pereira, da Igreja Batista do Forte, quando apresentou a ideia da Biblioteca Missionária. A sugestão é simples e aplicável em qualquer contexto, como mostramos a seguir: Adquira livros sobre evangelização. Você poderá comprá-los ou pedir doações dos próprios irmãos. Organize um espaço para colocar o material em exposição. Escolha um lugar estratégico, de preferência na entrada do templo. Anuncie. Peça uma oportunidade para falar a respeito da biblioteca. Estimule e mostre a importância dessa atividade. Uma boa divulgação fará a diferença no resultado de sua estratégia. Dica: Enfeite a biblioteca com os cartazes missionários da atual campanha. Isso dará identidade à ação. Se você também é uma pessoa criativa e deseja compartilhar ideias de momentos missionários, envie suas sugestões para redacao@missoesnacionais.org.br . 9

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SEMPRE ORANDO

INTERCEDENDO NA ESPERANÇA DE VER GRANDES TRANSFORMAÇÕES Agenda de Oração Dezembro 2011

8 – Ore por missionários vocacionados para liderança das Cristolândias, e por aqueles que já se encontram no “Campo de Batalha”. (Filipenses 1-4)

“INVOQUE O NOME DO SENHOR”

9 – Ore por uma par cipação cada vez mais efe va das Igrejas Ba stas nos Projetos de Plantação de Igreja nas Cracolândias do nosso Brasil. (Colossenses 1-4)

“Isaque construiu nesse lugar um altar e invocou o nome do Senhor...” (Gen 26.25) Grandes desafios Deus tem apresentado para o crescimento da Obra Missionária no nosso Brasil; grandes fransformações esperamos ver. Juntos con nuemos a invocá-LO, para vermos a manifestação da sua glória sobre o nosso Brasil!

RADICAL BRASIL Amazônia e Cracolândia 1 –Ore por voluntários para o Radical Amazônia. O início do Treinamento da nova turma será em Janeiro de 2012. (2 Corín os 5-7) 2 – Ore pelo casal de missionários (Pr Donaldo e Marinalva – Manaus/AM) líderes do Radical Amazônia e sua família; por proteção, capacitação e sustento. (2 Corín os 8-10) 3 – Ore por recursos financeiros para aquisição de um local próprio para funcionamento da Sede do Projeto Radical Amazônia. (2 Corín os 11-13) 4 – Ore pela expansão da evangelização entre os Ribeirnhos da Amazônia. (Gálatas 1-3) 5 – Ore por recursos financeiros para aquisição de dois barcos(um maior e outro menor) para transporte dos Radicais pelas Comunidades Ribeirinhas. (Gálatas 4-6) 6 – Ore pela turma Radical Cracolândia ES. O treinamento dessa turma teve início em Novembro de 2011. (Efésios 1-3) 7 – Ore por voluntários para o Radical Cracolândia RJ, MG e PI. O início do Treinamento das novas turmas será em Março de 2012. (Efésios 4-6)

10- Ore por recursos financeiros para manutenção das Cristolândias em todo o nosso Brasil. (1 Tessalonicenses 1-5)

“CLAME AO SENHOR” “Clame a mim e EU responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece.” (Jer 33.3) Que Deus nos ajude a clamar tanto tempo quanto necessário!

VALE DO AMANHECER - DF 11 – Ore por um lugar para congregar os novos decididos do Vale do Amanhecer. Isso implica a compra de um terreno e a construção de um Templo Ba sta. (2 Tessalonicenses 1-3) 12 – Ore pelo casal de missionários (Valdeir e Morgana) líderes do Vale do Amanhecer e sua família; por proteção, capacitação e sustento. (1 Timóteo 1-3) 13 – Ore pela consolidação da fé nos novos decididos, pois eles são fortemente pressionados a voltar para a doutrina do Vale. (1 Timóteo 4-6) 14 - Ore por voluntários que amem o povo do “Vale do Amanhecer”, que tenham compaixão, sem julgamento. (2 Timóteo 1-4) 15 - Ore pelas crianças e adolescentes envolvidos com violência e marginalidade que vivem na comunidade do Vale do Amanhecer. (Tito 1/ Filemom)

CRIANÇAS PRA JESUS 16 - Ore pelo Pr. Marcelo Farias, coordenador do Programa de Evangelização de Crianças da Junta de Missões Nacionais da CBB. (Hebreus 1-4)

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17 – Ore pelo Programa de Evangelização de Crianças da Junta de Missões Nacionais, que tem como alvo evangelizar crianças de todas as classes sociais e culturais, na faixa etária de 4 a 12 anos de idade. (Hebreus 5-7) 18 - Ore pelos Congressos de Evangelização de Crianças: Crianças para Jesus! Para que nossas Igrejas tenham a visão de inseri-las no plano de evangelização da nossa Pátria. (Hebreus 8-10) 19 - Ore pelos projetos missionários de plantação de igrejas que têm u lizado o Pepe como meio de oferecer atendimento socioeducacional e espiritual a crianças de 4 a 6 anos e suas famílias, em comunidades de baixa renda. (Hebreus 11-13) 20 - Ore pela conscien zação e capacitação de nossas Igrejas para assumirem a responsabilidade de evangelizar, discipular e integrar as crianças que se encontram ao seu redor. (Tiago 1-5)

“LUTANDO EM ORAÇÃO” “... Não te deixare ir, a não ser que me abençoes” (Gen 32.26) Que Deus nos ajude a sermos perseverantes em oração!

100 DIAS DE ORAÇÃO 100 MIl INTERCESSORES 21 – Ore pelos “ 100 DIAS QUE IMPACTARÃO O BRASIL” (Cem dias de Oração); pela confecção do MANUAL. Os 100 Dias De Oração acontecerá de 22 de abril a 31 de julho de 2012. (1 Pedro 1-5) 22 - Ore por muitas Igrejas Ba stas par cipando dos 100 Dias de Oração; pelos pastores para que mobilizem suas Igrejas para par ciparem dos 100 Dias de Oração. (2 Pedro 1-3) 23 –Ore por 400 Igrejas que assumam o compromisso de orar durante 6 horas, sem cessar, em um dos 100 Dias de Oração. (1 João 1-5) 24 - Ore por 2.400 líderes que assumirão a responsabilidade de orar por uma hora durante os 100 Dias de Oração. Cada líder será responsável por um horário

específico e mobilizará mais pessoas para orar naquele período. (2 e 3 João / Judas) 25 - Ore por 100 Mil Intercessores pedindo por mudanças profundas em nossa Pátria. Unidos em oração pela transformação do Brasil! (Apocalipse 1-3)

100 MIL VOLUNTÁRIOS TRANS 2012 26 – Ore por 100 MIL VOLUNTÁRIOS para as Trans (Projeto Evangelização Jesus Transforma) que acontecerão em 2012; pela gigantesca organização. (Apocalipse 4-6) 27 – Ore por 18 MIL VOLUNTÁRIOS para o Estado de São Paulo; por 11 MIL VOLUNTÁRIOS para Minas Gerais; por 6 MIL VOLUNTÁRIOS para o Espírito Santo; por 37 MIL VOLUNTÁRIOS do Rio de Janeiro. (Apocalipse 7-9) 28 –Ore por 10 MIL VOLUNTÁRIOS para o Estado da Bahia; por 5 MIL VOLUNTÁRIOS para Pernambuco; por 1600 VOLUNTÁRIOS para Alagoas; por 3 MIL VOLUNTÁRIOS para o Maranhão. (Apocalipse 10-12) 29 –Ore 2 MIL VOLUNTÁRIOS para Goiás; 2 MIL VOLUNTÁRIOS para o Mato Grosso do Sul; por 2 MIL VOLUNTÁRIOS para o Distrito Federal; por 3 MIL VOLUNTÁRIOS para o Pará. (Apocalipse 16-18) 30 –Ore pelas TRANS que acontecerão em JAN de 2012: PR, SC, RS, SE, AM. ; pelos voluntários que estarão participando; pela coordenação. Para que Deus esteja no controle de tudo; para que muitas vidas sejam salvas pelo precioso sangue de Jesus! (Apocalipse 19-22) 31 -Ore por 1500 VOLUNTÁRIOS para o Rio Grande do Sul; 4 MIL VOLUNTÁRIOS para o Paraná; 1400 VOLUNTÁRIOS para Santa Catarina; por MIL VOLUNTÁRIOS para Sergipe; 2 MIL VOLUNTÁRIOS para o Amazonas. (Apocalipse 13-15)

“O PODER DO LOUVOR” “Entrem por suas portas com ações de graças, e em seus átrios, com louvor; dêem-lhe graças e bendigam o seu nome”. (Salmos 100.4) 11

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MATÉRIA DE CAPA M

Trans: mola propulsora para a multiplicação Unindo batistas de todo o Brasil, a mobilização Jesus Transforma é uma ferramenta valiosa no contexto missionário

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Em 1974, quando era realizada a priira mobilização m meira Jesus Transforma – a entã Operação Op então Transtotal – há quem imag nãoo im imaginasse que ela tomaria uma ção de vanguarda entre os batistas. posição T i t e sete t anos depois, a Trans tornouTrinta -se o elo que une a denominação em torno da evangelização e, consequentemente, uma mola propulsora para a plantação de igrejas. No próximo ano, há previsão de uma grande colheita: mais de 2,5 milhões de pessoas alcançadas pelas Trans 2012. Essa estimativa é logicamente proporcional ao número de voluntários. Entretanto, na matemática da Trans, a mesma estimativa passa a ser um dever se considerarmos os mais de 1,5 milhão de batistas brasileiros. As Trans são, atualmente, a linha de frente no processo de avanço missionário, abrindo portas para tornar conhecido o evangelho e o modo de ser igreja dos batistas. Sem se importar com o lugar, as condições climáticas ou a dificuldade de penetração da mensagem de Cristo, um grande exército de “amarelinhos” – como são conhecidos os participantes, por conta da cor do uniforme do projeto – toma as ruas de grandes centros e pequenos municípios. Essa mobilização é, na maioria das

vezes, o pontapé inicial da plantação de igrejas multiplicadoras, as quais, em período de quatro anos, geram outras cinco missões em comunidades vizinhas. Mas o processo de plantação de igrejas com DNA missionário não é tão simples. Se assim fosse, já teríamos conquistado a Pátria para Cristo. Parece que esbarramos em um dos piores problemas que impedem o avanço de missões: a letargia e a falta de visão de muitos. Temos jovens, líderes e voluntários para todas as ações que ousarmos empreender,

mas onde eles estão? O que parece óbvio é também triste: eles estão dentro das igrejas. “Nosso país está clamando pelo evangelho, então nós temos que fazer a obra do Senhor. A hora é agora, com tantos líderes e jovens em nossas igrejas... creio que podemos evangelizar o Brasil”, convoca o pastor Fernando Brandão em vídeo promocional da Trans. Os apelos de Missões Nacionais ecoam todos os anos por mais voluntários em ações evangelísticas. Graças à atuação do Espírito Santo, não raras as vezes encon-

Juliana, ao centro, ministra treinamento sobre evangelização para voluntários da Trans

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tram corações como o de Juliana Costa, 22 anos, que em 2010 sentiu-se desafiada a participar de uma Trans. “Vi na Trans uma forma de participar de um projeto de grande alcance evangelístico e com uma duração que eu poderia incluir, por exemplo, em um período de férias”, disse a voluntária, experimentando um pouco do que era viver como um missionário, respirando o campo 24h por dia. Nem o interior do Amazonas, nem o solo gelado do Rio Grande do Sul. Juliana evangelizou em Anchieta, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Sobre a decisão de ter ajudado na evangelização no local onde sua igreja já atua, ela ressaltou: “Entendo que meu lugar precisa ser tomado pelo amor de Deus por meu intermédio, pois vivo lá. E fica mais fácil na hora de planejar ações quando já se sabe o estilo de vida do lugar”. Esse sentimento de pertencer, de relação com o ambiente e as pessoas tranquiliza e facilita o avanço missionário, podendo ser ainda a chave para as Trans de julho de 2012, cuja expectativa é a adesão de 100 mil voluntários em todo o Brasil. O gerente executivo de Evangelismo e Discipulado da JMN, pastor Nilton Antônio de Souza, afirma que a possibilidade de igrejas realizarem Trans em seus próprios ambientes de atuação não está descartada, mas ainda há questões estruturais a serem avaliadas e consideradas. “Temos duas possibilidades: uma é fazer conforme a Trans tradicional, em que a Junta e as convenções definem as cidades e as bases... Outra opção é a igreja, no seu próprio ambiente de trabalho, no seu próprio local de atuação. Essa igreja então resolve fazer uma Trans por ela mesma usando fins de semanas, usando cinco dias, dividindo por turnos”.

Pr. Marcolino e voluntário da Trans visitam lares em Santo Antônio

Por que participar da Trans? A Trans por si só prova sua eficácia ao longo dos anos. Muitas frentes missionárias foram plantadas com o apoio de voluntários desse projeto. Mas, para além dos resultados, há de se considerar alguns aspectos que fazem dessa estratégia uma das mais importantes no avanço dos batistas brasileiros. A primeira delas é a capacitação recebida no projeto. “Quando um voluntário vem para a Trans, ele é treinado e desafiado a fazer o mesmo quando voltar para sua igreja”, aponta o pastor Nilton. Ivan Regis, 63 anos, membro da Igreja Batista da Capunga, em Recife (PE), tem em seu currículo ministerial a passagem por cinco projetos Trans. Mesmo com a experiência de um veterano, não desanima e se prepara para mais uma participação em janeiro de 2012, na Trans Sergipe. Com o aprendizado adquirido, Ivan tam-

bém tem deixado sua marca no interior de PE, evangelizando de porta em porta com um grupo de irmãos. “Nosso Mestre andava por cidades e aldeias... A minha motivação é o amor do nosso Salvador”, mencionou ele, que também é aluno do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Outra razão para participar da Trans é o apoio aos missionários, que, devido aos desafios do campo, precisam de encorajamento. “Às vezes ele está desanimado e, com a passagem da Trans, ele tem uma nova motivação porque agora conta com a abundância de frutos para conservar”, comenta pastor Nilton. Essa abundância foi conhecida no campo missionário do pastor Marcolino de Pontes Jr., obreiro na cidade de Santo Antônio (RN). Apoiado pela Trans no início da plantação de sua frente missionária, a Igreja Batista Betel, ele destaca algumas impressões que teve sobre a mobilização, explicando a 15

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Igreja Batista Betel – plantada sobre os alicerces de uma Trans

forma como foi abençoado em seu ministério. “Durante esse período de 15 dias em que as duplas saem pelas ruas, a população passa a conhecer a frente de trabalho. Lembro-me que mesmo depois de alguns meses as pessoas ainda comentavam a respeito do trabalho realizado pelos batistas aqui em nossa comunidade. De certa forma todo esse trabalho se torna um marco nas cidades que têm o privilégio de receber essa operação”, disse o missionário. O apoio dos voluntários traz credibilidade ao trabalho desenvolvido pelos missionários. No caso de pr. Marcolino, numa região marcada pelos maus feitos de seitas, é de grande importância as ações de pessoas que zelam pelo evangelho, pelo nome de Cristo. “Quando minha família e eu

chegamos aqui no RN, em 2008, muita gente não acreditava numa igreja que se reunia na garagem de nossa própria casa. Com a chegada dos voluntários e o alvoroço que eles fizeram pelas ruas, pregando a palavra de Deus de casa em casa, isso nos trouxe credibilidade e confiança. Vale lembrar que as nossas igrejas não são conhecidas nessa região... daí a relevância desse grupo apoiando a chegada da família missionária nessas cidades”.

Fazendo discípulos com estratégia Boa parte da eficácia da Trans vem logicamente de sua estratégia de evangelização. Tendo como principal ferramenta a própria Palavra de Deus,

seus métodos são simples, podendo ser apresentados a quem nunca teve a curiosidade de examinar as Escrituras. “Fazer discípulos é muito diferente de entregar um simples folheto nas tardes de domingos. Esse grupo é treinado para entrar nos lares e ouvir as necessidades das pessoas pacientemente, como Cristo fazia”, lembrou o missionário. Na Trans, a estratégia de evangelização está intimamente ligada ao conceito de discipulado multiplicador. “Aqui em Santo Antônio tenho procurado colocar em prática essa estratégia. Hoje temos cinco igrejas plantadas em cidades diferentes, além de minha esposa e eu, nós temos quatro casais de obreiros da terra que atuam nessas cidades (Passa e Fica, Lagoa d’Anta, Serrinha, Espírito Santo e Santo Antônio). Louvamos a Deus porque conseguimos injetar um DNA de multiplicação nessas vidas. Graças a essa visão de Cristo de fazer discípulos de todas as nações é que chegamos até aqui”, concluiu. Um ditado antigo diz que “quem quer ir depressa vai sozinho, mas quem quiser ir mais longe precisa de companhia”. Se desejamos mais igrejas plantadas como resposta aos desafios missionários, precisamos nos unir em torno de estratégias como as Trans. Não perca a oportunidade de impactar o Brasil. Você pode fazer parte do grupo dos que fazem a diferença.

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ENTREVISTA

Para libertar os cativos

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que estava passando por muitas lutas. Ele foi levado ao vale pelo próprio pai e passou a crer que merecia passar por aquilo, pois era o carma dele. Com isso, não venceu as lutas, mas se entregou a elas. Eu fiquei, desde aquela época, com o desejo de levar Jesus para o vale. Eles são muito dedicados, fazem rituais, mas Jesus está longe. A redenção Traçando um panorama, como da alma, que é a grande vocês definem o Vale do Ama- mensagem do cristianismo, está excluída do vale. nhecer? Missionários - Eles são espiritualisComo vocês avaliam a tas. As pessoas confundem espiritistas ação das igrejas na evancom espiritualistas, mas quando se Valdeir e Morgana trabalham para que haja gelização desse grupo? pensa em espíritos cósmicos, envolvenresgate no vale Missionários - É quase do outros planetas, não é apenas espiritismo, é espiritualismo. O Vale passou zero porque é um campo missionário foram treinados nesse mesmo sena existir a partir da busca do contato muito novo. Então, como muitos não tido de tratá-los bem e, assim, abrir com esses espíritos. Neiva Zelaia, uma sabem como abordar, não evangeli- diálogos e conseguir chegar perto senhora que teve uma experiência, zam. Nossa proposta é entrar como deles. Estivemos lá dentro, no temna época inicial de Brasília, passou a uma igreja que zele realmente pela plo e conversamos com eles. Somos gratos a Deus porque um mestre acreditar nos espíritos. Ela passou a Palavra de Deus. nos convidou para irmos à casa crer que precisava fundar um vale em Usando o conceito de que a luz dele e disse que não poderia aceiBrasília, abrindo uma nova era para e as trevas não se misturam, tar Jesus porque o preço era muito conhecimentos de uma espiritualidade muitos não pregam para esse alto, mas que queria que seus filhos chamada de ‘doutrinador’. povo. Como é manter esse rela- aceitassem. E os meninos vieram e cionamento e como é o desafio aceitaram. Como começou o envolvimento de preparar um grupo que vai Outro rapaz recebeu tanto carinho de vocês na evangelização dos evangelizar? dos jovens que, no fim da Trans, aceiadeptos dessa seita? Missionários - Uma das carac- tou a Jesus, voltou ao vale para devolMissionário - Desde quando eu era adolescente, a partir de um caso terísticas da seita é serem muito ver suas roupas e está com a gente. A pontual que envolvia uma pessoa educados. Na Trans, os voluntários base é amor e ousadia de Deus. Vale ale ddo Amanhecer é uma seita consti constituída por 600 comunidades místicas espalh espalhados por toda a nação brasileira. Sua sede silei se está situada nas proxiBrasília e é lá que estão os midades de Br mid missionários Valdeir e Morgana Contaifer para levar a Palavra que liberta e transforma. Saiba sobre os desafios desse ministério e no que consiste a crença dessa seita, que tem enganado tantos por meio do envolvimento com espíritos e do sincretismo religioso.

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PANORAMA MISSIONÁRIO Pesquisa de missionário escolhida para virar material didático A Associação Indígena Akwe (AIA), uma organização indígena para a preservação da Cultura Xerente, com o objetivo de publicar materiais culturais e educacionais da tribo, concorreu a uma licitação feita pela Secretaria de Cultura do Estado do Tocantins. Entre esses materiais dois são de autoria do missionário Rinaldo de Mattos, que há anos pesquisa sobre a cultura desses indígenas, com os quais ele e sua esposa, Gudrum, trabalham no ministério de plantação de igrejas, na Aldeia Salto, TO. Após uma reunião com a Secretaria de Educação do Estado do Tocantins, quarenta professores xerentes, por unanimidade, votaram que o primeiro trabalho a ser publicado deve ser o livro ‘Língua Xerente – Como se lê, como se escreve’, produzido pelo missionário. Eles afirmaram que é exatamente isso que os professores dessa etnia estão precisando em sala de aula. A outra pesquisa do missionário Rinaldo, escolhida para o processo de licitação é uma coleção de mitos e discursos pronunciados por vários anciãos xerentes das décadas de 60 e 70, hoje, já falecidos, que foram gravados e transcritos por ele. Missões e cultura estão relacionados, uma vez que antes de evangelizar um povo é preciso estudar seus costumes.

deles e, com isso, vamos acompanhá-los para erradicar os problemas bucais existentes”, disse Dani Alves Paes, coordenador do programa, que conta com a ajuda de José Miranda, dentista voluntário, que se disponibilizou para estar, semanalmente, na Unidade de Assistência Social (UAS) do Dentista Cidadão, na Mangueira. Segundo Dani, a meta é implantar também uma UAS na Central do Brasil para atender não apenas os radicais, mas as pessoas das comunidades próximas. Esse projeto é também uma ferramenta para compartilhar a Palavra de Cristo, além do atendimento odontológico.

Batismos em Colônia Leopoldina

Ações do Dentista Cidadão Primeiros frutos do novo ministério

Após dois anos trabalhando em Maragogi (AL), o pastor José Agenildo e Isabel Soares aceitaram o desafio de redirecionar o ministério de plantação de igrejas para Colônia Leopoldina, outro município de Alagoas. Estando há quatro meses no novo campo, eles têm se surpreendido com o agir de Deus. Recentemente, sete irmãos foram batizados, “confirmando o desejo de serem multiplicadores para impactar essa nação’, como afirmou o missionário. Entre outras conquistas, o casal missionário destacou o novo local de reuniões da Missão Batista em Colônia Leopoldina, que tem capacidade para receber 80 pessoas, já que no Radical sendo atendida antigo o espaço estava apertado. “Deus tem nos surpreendido. Radicais da Cristolândia Rio de Janeiro foram abençoados Ele demonstra sua fidelidade àqueles que se colocam à disposipor meio da ação chamada ‘Pratas da Casa’, realizada pelo pro- ção para se juntar a Ele, onde Ele está operando”, disseram os grama Dentista Cidadão. “Estamos mapeando a saúde bucal missionários. 18

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Recentemente, o casal recebeu a visita de seis jovens de várias igrejas batistas de Alagoas e Pernambuco. O grupo já havia estado no município durante a Trans de julho e, com o desejo de continuar apoiando o ministério dos missionários, realizaram uma Escola Bíblica Infantil especial do dia das crianças, que contou com a participação de mais de 140 crianças, sendo a maioria de origem carente. Essa região da mata norte-alagoana também é muito carente espiritualmente. Existem várias cidades sem uma igreja batista. Por causa desse desafio, os missionários sentiram o desejo de plantar igrejas na histórica Colônia Leopoldina, uma cidade com aproximadamente 25 mil habitantes, que vivem basicamente do cultivo da cana-de-açúcar para fabricação do álcool ou etanol. Não deixe de interceder por esse e outros projetos para que o evangelho continue se expandindo em cada canto do Brasil.

Potencial para crescer

Recentemente houve a celebração do primeiro batismo da Congregação Batista em Maraponga, quando a irmã Neci, fruto deste novo trabalho, desceu às águas. Devido ao fato de a congregação estar ainda em sua fase inicial, o batismo foi realizado no templo da Igreja Batista em Henrique Jorge, que é a igreja-mãe do novo projeto liderado pelos obreiros de Missões Nacionais, José Carlos Marcelino e Francisca Maria de Freitas. Os missionários explicaram que Maraponga é o bairro que mais cresce em Fortaleza (CE), contando atualmente com 75 mil habitantes. Segundo eles, porém, não há nenhuma igreja batista. Dispostos a mudar esse quadro, aceitaram o desafio de levar a mensagem de Cristo para os moradores. “Vemos nesse bairro um grande potencial para uma igreja batista”, disse Marcelino. Confiantes no poder de Deus, os missionários acreditam que Crianças evangelistas esse batismo foi o primeiro de muitos outros que irão presenciar, No intuito de impactar e conduzir as crianças para Jesus, 17 para a glória do Senhor. Eles contam com as orações dos irmãos crianças da Frente Missionária de Sapiranga (RS) participaram da para que mais vidas sejam resgatadas. No momento, a congregadistribuição de convites e folhetos nas ruas da cidade. Foram entre- ção tem oito membros e nove congregados, além dos visitantes. gues mais de cem folhetos para crianças e adultos. O pastor Walter Azevedo, que lidera a missão no município gaúcho, dirigiu o carro Evangelho para outras etnias que estava com o som alto para chamar a atenção de todos. A esposa dele, missionária Nair de Azevedo, coordenou o evento. A filha do casal, Naiara, está sendo preparada para se tornar líder do ministério infantil, com mais duas jovens, que são novas convertidas. O percurso da caminhada dos pequenos foi superior a 3 km. “No fim, apesar do cansaço, todos estavam felizes por cumprir essa fase na evangelização de crianças”, contou pastor Walter.

Louvor no culto hispânico

Prontos para o desafio de compartilhar Jesus

Missões Nacionais investe no evangelismo de outros povos que vivem no Brasil, uma vez que o objetivo é alcançar cada pessoa em solo brasileiro. Em São Paulo, A missionária Sueli Câmara tem trabalhado com os hispânicos e a obra está avançando. Novos crentes já foram batizados e os membros da igreja têm participado das atividades e do ministério de louvor. 19

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Quanto ao desenvolvimento espiritual dos irmãos, Sueli disse: “É gratificante vê-los crescer dia a dia na presença do Senhor”. Também foi implantado um PEPE que atende, há mais de um mês, várias crianças que, além dos ensinamentos bíblicos e brincadeiras, têm almoço garantido. “Tem sido maravilhoso desfrutar da grande alegria de vê-los chegando com tanto entusiasmo para la escuelita”, contou a missionária. O trabalho ainda enfrenta desafios como produção de material evangelístico e de discipulado em espanhol, aquisição de bíblias em espanhol, levantamento de mais líderes e começo do ministério esportivo com crianças de 6 a 10 anos. “Continuem dobrando seus joelhos e intercedendo por este povo e para que mais irmãos sejam tocados e chamados para este ministério tão lindo e edificante”, convocou a missionária Sueli, contando com o apoio não apenas financeiro mas no que diz respeito às orações de seus parceiros do PAM Brasil.

música. “O resultado tem sido o aumento do número de crianças na EBD e mudanças de comportamento entre elas”, contaram os missionários. Eventos para os adultos, como o ‘Chá entre Amigas’, organizado recentemente, contou com a presença de mais de 70 mulheres. As mulheres da igreja organizaram testemunhos e uma palestra sobre depressão. Como resultado, foram preenchidas várias fichas para estudo bíblico e visita nos lares. Outros destaques, apontados pelo casal missionário, são o movimento de oração ‘Desperta Débora’, que também tem envolvido o ministério feminino da igreja; o treinamento de liderança; e o trabalho de evangelização na cidade, e demais povoados. Fora isso, “as atividades rotineiras do campo continuam a todo o vapor”, afirmaram os missionários.

Bênçãos em Morro do Chapéu

Agir de Deus no interior gaúcho Os missionários Filipe e Cristiane Niemeyer têm experimentado as bênçãos de Deus em Santo Antônio da Patrulha, RS. Desde que a igreja liderada por eles mudou de endereço, indo para a avenida principal da cidade, a obra avançou e a frequência nos cultos passou de 15 para 40 pessoas. Recentemente, sete pessoas foram batizadas e já estão frutificando e discipulando outros sete, conforme a estratégia de igreja multiplicadora. Duas famílias batistas passaram a fazer parte da igreja e já estão sendo preparadas para plantar dois novos pontos de pregação.

Fachada do templo da igreja

Muitos têm sido os motivos de gratidão a Deus na Igreja Batista de Morro do Chapéu (BA). De acordo com os missionários Renê e Jaqueline Santos, depois da inauguração do templo, ficou possível ter espaço para realizar diversas atividades, além do culto. Entre elas, está o futebol para meninos, que acontece todo domingo, após a EBD. Eles explicam que para participar do futebol é preciso primeiro estudar a Bíblia para aprender a não brigar e xingar. Para as meninas, são oferecidas atividades relacionadas à arte e

Festa da igreja atraiu mais de 400 pessoas

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Por estarem perto dos principais prédios da cidade como câmara de vereadores, prefeitura, rodoviária, tabelionato e biblioteca municipal, os missionários têm aproveitado cada oportunidade para mostrar sua relevância perante a sociedade local. Depois que fizeram a festa do Dia das Crianças, realizada em frente à igreja, com a autorização do secretário de turismo e da prefeitura, eles ganharam destaque no jornal e foram chamados para que apresentassem uma peça durante a Feira do Livro. A proposta se estendeu, inclusive, para um estande com literatura cristã. Sobre as vitórias recebidas, os missionários declararam: “Estamos felizes com a manifestação de Deus e, assim, seguimos militando nos pampas gaúchos”.

Deixai vir a mim os pequeninos

transferência no trabalho, mudaram-se para Timbó. “Ficaram sabendo que a JMN iria enviar missionários para a cidade e abriram as portas de casa para nos receber até que alugássemos nossa moradia”, relatou Wilton. Por iniciativa própria, William pediu estudo bíblico e, assim que as lições começaram, tomou sua decisão. “Foi a primeira vez que hospedamos missionários em nossa casa e eu adorei. No segundo dia, pedi para eles me darem um estudo da Bíblia e escolhi o livro ‘O que Jesus deseja que você faça’. Todas as noites, eles me davam o estudo, que era muito bom, e eu aceitei a Jesus”, disse William, que alegrou o coração de seus pais. “Ele é muito firme em suas convicções e nos impressiona pela vontade de ver logo uma igreja formada aqui em Timbó”, contou o missionário Wilton, que também contou que o menino pede para que seja realizada uma Trans na cidade, pois deseja participar de uma. Em sua Palavra, Jesus disse para que deixassem os pequeninos irem até Ele. Muitos obreiros têm testemunhado sobre o que Deus tem feito por intermédio das crianças, seja pelos testemunhos que dão perante familiares ou pela bênção que elas, de fato, representam no ministério, uma vez que ajudam bastante e amam ao Senhor com um coração puro.

Shopping arrecada doações para Cristolândia BH Os gerentes regionais da JMN em Minas Gerais, Pr. Gerson e Lizete Perruci, foram procurados pelas donas da Ambientarte, Cláudia Moura e Sheilla Antão, que mostraram interesse em apoiar o projeto que vai ser instalado na capital mineira. Dispostas a divulgar o projeto na cidade, elas colocaram a Cristolândia para ser beneficiada no concurso de árvores de natal no shopping Minascasa. “Nosso objetiA missionária Ana Paula e William vo, desde que recebemos o convite pela Associação BrasiEm Timbó (SC), os missionários Wilton e Ana Paula leira de Designers de Interiores (AMB) para participar da Farias viram surgir o primeiro fruto do trabalho recém- mostra no Minascasa, era trazer à memória das pessoas o -iniciado por eles na cidade. William Araújo, de 9 anos de verdadeiro sentido do Natal”, relatou Sheilla Antão, uma idade, é filho de um casal que recebeu a família missio- das sócias da empresa. nária no campo catarinense. Seus pais se converteram na A árvore, formada por caixas onde as pessoas podem coIgreja Batista de Balneário Camboriú e, por causa de uma locar donativos para a Cristolândia atraiu a atenção dos 21

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Batismo entre o povo macuxi

Os missionários com as sócias da Ambientarte

Como disseram os missionários Marcelo e Elaine Okasawara, a Água da Vida tem sido dada e muitos têm bebido. Eles têm atuado com indígenas da tribo macuxi, de Roraima e, ao completarem 1 ano de trabalho, 14 novos convertidos, entre homens, mulheres e jovens foram batizados. Ainda de acordo com os missionários, mais três aldeias abriram suas portas, com convites dos chefes tribais, totalizando mais de 600 indígenas ainda sedentos. “Junto com o povo batista, vamos para mais e mais fundo do poço, encontrar, dar de beber e batizar”, afirmaram, contando com as orações e parcerias que apoiam o trabalho deles no norte do país. Em Roraima, habita uma das etnias mais numerosas do nosso país. São mais de 30 mil indígenas, entre eles os macuxis. No começo do trabalho, havia 7 adultos e 12 crianças, mas, atualmente, só na escola dominical a frequência média é de 80 pessoas, 6 das quais estão sendo treinadas para o ministério. Há classes para adultos, adolescentes e crianças, que são divididas em alfabetizadas e não alfabetizadas. “Temos a intenção de deixar esta igreja pronta para seguir sozinha a partir do fim de 2012”, afirmaram os missionários.

presentes ao coquetel de inauguração da mostra. “Foi bacana perceber que deixamos claro que as caixas de presente que compõem a nossa árvore estão simbolizando a ajuda à instituição e não o consumismo presente em nossa sociedade”, contou Sheilla. Na árvore, que ficará montada até o mês de janeiro, também foram colocados os fôlderes de parceria do PAM Brasil para o projeto Cristolândia BH, que será iniciado no ano que vem. Além disso, a diretora de marketing do shopping cedeu à Cristolândia todos os presentes depositados, em dezembro, no ‘Baú de Presentes’ – um baú onde as pessoas colocam presentes para instituições sociais. “É um projeto que tem muito de Deus. O nosso objetivo ao entrar no concurso e mostra de árvore de Natal era falar de Cristo. E, hoje, quando olhamos os resultados, percebemos que a luz de Cristo brilha por intermédio das vidas restauradas por Ele, por meio do projeto. E ficamos muito felizes quando percebemos que, com nossa árvore, podemos contribuir para a divulgação deste projeto aqui em Belo Horizonte”, afirmou Cláudia Moura. Ela é membro da Igreja Batista do Barro Preto e conheceu o projeto em um congresso de Missões Nacionais realizado em sua igreja, que teve como preletor o pastor Fernando Brandão. Faça a sua parte e apoie ou divulgue esse e outros projetos de Missões Nacionais, que visam à libertação dos que estão cativos.

Nas duas fotos, Pr. Okasawara e alguns dos que já foram batizados

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HISTÓRIA DE MISSÕES

Um passado marcado pela evangelização

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Às portas do lançamento da grande campanha de evangelização e intercessão denominada 100 dias que impactarão o Brasil, recordamos os esforços empreendidos pelos batistas brasileiros ao longo de sua história. Os fatos passados representaram um desejo coletivo de salvação da Pátria e acabaram traçando uma interessante linha do tempo, repleta de movimentos que fizeram arder o coração de muitos que estavam adormecidos e passaram a ter um estilo de vida missionário, tendo o testemunho pessoal como uma grande ferramenta de condução de vidas a Cristo. É difícil datar o início dos movimentos de evangelização em âmbito denominacional, mas sabe-se que Missões Nacionais teve um importante papel no processo das campanhas evangelísticas. Isso porque a partir da década de 40, mais especificamente em 1943, a JMN passou a fomentar um esforço batista em favor dos perdidos durante o mês de setembro, quando também divulgava uma de suas campanhas anuais. Na ocasião, foram confeccionados e distribuídos às igrejas folhetos evangelísticos para ações locais. Era apenas o pontapé inicial de uma série de eventos, cujo intuito seria a conquista da Pátria para Cristo. Mais tarde, em 1950, uma campanha regional tomava forma no estado de Pernambuco. Com o tema Cristo, a solução para os vossos problemas, o pastor Joseph Buie Underwood, então executivo da Convenção Batista Pernambucana, dirigia uma programação que, pela primeira vez, reunia igrejas em um movimento coordenado, buscando obter resultados que fizes-

sem frente aos desafios da época. “Pela primeira vez realizou-se uma campanha de evangelização em que igrejas estiveram juntas, orando, divulgando, coordenando forças e recursos”, celebrou Underwood em matéria publicada no Jornal Batista da época. Na década de 60, a região sudeste também foi marcada por grandes campanhas. A primeira delas aconteceu em 1960, quando o Rio de Janeiro sediou o Congresso da Aliança Batista Mundial, com a presença do pastor Billy Graham, lotando o estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Dois anos mais tarde, os batistas de São Paulo marcavam sua geração com a campanha Cristo, a Única Esperança. Esta última, inclusive, motivou o pastor Rubens Lopes, reeleito presidente da Convenção Batista Brasileira, a propor um desafio de amplitude nacional. Sendo assim, em 1965 acontecia a primeira Campanha Nacional de Evangelização (CNE) dos batistas brasileiros.

As ações que se deram por ocasião da campanha tiveram grande repercussão. No Rio de Janeiro, por exemplo, em 30 de janeiro de 1965, 30 mil batistas desfilaram pelas ruas do centro da capital, dando a abertura da CNE no estado. Com cartazes e faixas em punho, adoravam a Deus entre carros alegóricos confeccionados para o evento. A imprensa local noticiou o fato: “Batistas anunciam outra revolução, mas só espiritual”, fazendo menção à revolução política de março de 64. “Sempre foi nossa convicção de que somente uma revolução espiritual pode salvar o Brasil dos males que o atormentam e oprimem”, disse o pastor Rubens Lopes. A primeira CNE trouxe marcas positivas para a denominação. Sedentos por mais ações de alcance aos perdidos, os batistas decidiram criar, em 1968, a Junta de Evangelismo (Jevan), que por sua vez desencadeou a segunda edição da CNE – Só Jesus Cristo Salva. As ênfases da nova empreitada eram a visitação evangelística,

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irmãos nasceriam como fruto de um genuíno avivamento batista. Com um apelo ainda mais pessoal, a campanha da JMN Cristo é a Única Esperança, de 1998, conclamava os batistas para que, em duplas, alcançassem pelo menos cinco residências com testemunho pessoal e entrega de folhetos, o que resultaria na visitação, num só dia, de 2,5 milhões de lares, atingindo cerca de 10 milhões de brasileiros. “Atingimos, sim, algumas metas e o crescimento das igrejas foi notado nos anos seguintes. Ainda hoje, quando viajo para fazer conferências pelo Brasil afora, encontro o símbolo da campanha na fachada de muitas igrejas que participaram”, disse o pastor Miquéias Barreto, membro do o evangelismo pessoal e os estudos bíbli- ES, em 1987, e sua execução prevista para o Conselho Geral da CBB. cos nos lares, que, mais tarde, tornaram-se período de 1988 a 1992. O desafio continua programas regulares, tal qual o Núcleo de Alvos arrojados Hoje, os batistas estão às vésperas de Estudos Bíblicos (NEBs). grandes movimentos evangelísticos orienAnos depois, em 1984, a Jevan convidava Com o surgimento de novas campaa JMN para a realização de uma consulta nhas de evangelização, metas desafiado- tados pela Junta de Missões Nacionais. nacional de evangelismo. A ideia era bus- ras eram elaboradas. Com o tema Cristo Os 100 dias que impactarão o Brasil, as car respostas, opiniões dos batistas, acerca é o caminho, a verdade e a vida, em 1996 Trans, entre outras atividades, reavivam do futuro espiritual do país. Para viabilizar a JMN propôs a organização de 341 novas a tentativa de unidade em torno de resula estratégia, as organizações realizaram 5 igrejas, o batismo de 146.700 novos cren- tados que beneficiaram toda a nação. As congressos regionais e um nacional, além tes com fins de, no ano 2000, chegarmos a metas propostas pela JMN, que pretende de reuniões de líderes e uma pesquisa que 2 milhões de fiéis. Para isso, a campanha contar com 100 mil voluntários em juera enviada pela revista A Pátria Para Cristo. tentou desenvolver em cada crente um lho de 2012 para a Megatrans, não são o Após grandes debates e questionamentos, estilo de vida pautado no testemunho pes- foco, mas norteadores que nos permitem criou-se o Plano Nacional de Evangeliza- soal. “A partir do Ano do Testemunho Pes- enxergar que é possível conduzir mais de ção, “visando suprir as necessidades senti- soal cada crente batista deverá ser sempre 2 milhões de vidas aos pés de Cristo nesse das e apontadas nos Congressos realizados, um anunciador da Boa-Nova”, declarava período. Esse envolvimento não depende desfazendo ao máximo as insatisfações e pastor Ivo Seitz, então executivo da JMN, de grandes discursos, de convocações que mobilizando os crentes, as lideranças, as em sua palavra no manual da campa- surgem da boca de palestrantes famosos, igrejas e instituições denominacionais para nha, explicando-a como uma campanha ou de vídeos apelativos. Esse engajamento o crescimento geral; motivando os cren- para o dia a dia, de compromisso diante é obra de Deus e é para quem deseja obetes e as igrejas para se reativarem na obra de Deus e do povo. “Nesta campanha não decer a Ele. Nossa expectativa é que, daqui de evangelização de maneira audaciosa perguntaremos o que faremos para Deus, a alguns anos, alguém relembre a históe agressiva”, compartilhou pastor Nilton mas o que deixaremos Deus fazer em ria de missões, o dia em que celebramos Antônio de Souza, gerente executivo de nós”. A partir de então, esperavam-se mo- o maior batismo da história dos batistas Evangelismo e Missões da JMN. O PNE foi vimentos de evangelização simultâneos brasileiros. E que você possa dizer: “eu e aprovado na Assembleia da CBB em Vitória, em todo o país, a partir dos quais novos minha igreja fizemos parte disso”. 25

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A GRANDE COMISSÃO

Missões para hoje A palavra missões vvem do latim missio, oonis que significa eenviar, deixar ir. É a tarefa que alguém deve executar a pedido ou por ordem de outrem. E temos bem claro, em Atos 1.8, a tarefa, quem deve executar a ordem dada e onde fazê-la. A tarefa é ser testemunha de Jesus Cristo em qualquer lugar onde esteja. Significa viver os princípios e valores do Reino 24 horas por dia onde quer que esteja. Observando a sociedade em que vivemos, extremamente utilitarista, secularista, hedonista, em que cada pessoa pensa em si e no seu bem-estar, fica difícil cumprir a ordem dada no texto bíblico. As pessoas estão interessadas em valores que lhes dão retorno rápido e fácil sempre pensando nas vantagens que vão levar. A minha visão missionária para os dias de hoje está voltada mais para as crianças e adolescentes. Não mais a Janela 10/40, na linguagem geográfica, mas a 4/14, na linguagem etária. Esta é a geração mais dotada de bens de consumo e facilidades tecnológicas que jamais vimos em toda a história da humanidade. No entanto, é uma geração perdida em seus valores. Precisamos chegar primeiro antes que companhias, conceitos e amizades cheguem e tomem espaço. Numa conversa com uma amiga, ela ao apresentar algumas crianças na idade entre 9 e 12 anos a um amigo, este fez a pergunta a um deles “o que você vai ser quando crescer?”. O garoto respondeu “pastor ou bandido, depende de quem

chegar primeiro”. Se não chegarmos primeiro colocando na cabecinha de nossas crianças os valores do reino de Deus e deixarmos para quando crescerem, com certeza, não teremos mais espaço, pois outros “programas” ou “softwares” já terão sido instalados e para desinstalar e colocar novos conceitos é mais complicado. Por isso, vejo no campo missionário com as crianças, a maior fonte de desafios. Nossas crianças estão sendo criadas por terceiros, que não têm compromisso com a Palavra de Deus, e acabamos achando isso normal e aceitável. Estamos terceirizando a educação como um todo, inclusive a espiritual, e vamos chorar muito lá na frente quando virmos nossos jovens compromissados com outras ideologias que não os valores da Palavra de Deus. As igrejas terão falta de líderes, enquanto na marginalidade, sobrarão. É triste visualizar esse quadro! Mas ainda há tempo para revertê-lo. A Geração “Z”, nascidos de 1990 a 2009, e a Geração “Alfa”, nascidos a partir de 2010, segundo os estudiosos, fazem o nosso grande campo missionário. São os nativos digitais e que manuseiam as máquinas com uma velocidade e facilidade invejáveis. Como contar histórias da Bíblia de uma forma atual, atraente, verdadeira para essas gerações? Esse, para mim, tem sido o maior desafio. Como é uma geração multitarefa, fazem mil coisas ao mesmo tempo, como vamos chegar até eles? São envolvidos com salas de bate-papo na internet. Daí, uma porta que se abre para um trabalho missionário via internet. Como seria bom ter um grupo de professores e teólogos que estivessem prontos para

responder a perguntas “complicadas” na área espiritual para esses internautas curiosos, ou nem tão curiosos, ocasião em que poderiam ser provocados com habilidade pelos missionários virtuais! Um grupo de missiólogos poderia ter um site (não sei se já existe) direcionado para esse público-alvo. Assim, como um missionário sai de sua casa e parentela e enfrenta uma cultura diferente, da mesma forma, a cultura virtual seria um desafio para chegar ao coração dessa geração carente do amor de Deus e da salvação em Cristo. Quanto mais cedo levamos uma pessoa a Cristo, mais tempo ela terá para servir ao Rei dos reis. Entendo que precisamos de “missionários” que manuseiem bem toda a tecnologia para que os que manuseiam a Palavra tenham condições de compartilhar. Quantos “missionários em TI” temos em nossas igrejas que poderiam colocar à disposição seus conhecimentos para que nossas crianças e adolescentes chegassem a Cristo antes que outros interessados o façam. Que tal uma sala de bate-papo sobre vida espiritual na linguagem dessa geração antenada? Eu sou da geração de imigrantes e ainda tateando nesse universo maravilhoso da tecnologia, falo um pouco dessa língua, mas com muito sotaque, mas nossos jovens têm muito a oferecer com seus conhecimentos para que a Janela 4/14 seja totalmente atingida para a Glória de Deus. Essa é minha oração e a minha visão de missões modernas. Nancy Gonçalves Dusilek 1ª. vice-presidente da CBB

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