Encarte especial de aniversário - Jaú

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Caderno especial

JaĂş

160 anos


A origem Da chegada dos primeiros moradores à sua autonomia adinistrativa, Jaú se desenvolveu em ritmo acelerado

E

Cristiano Guirado

de um

ram meados do século 18 e as bandeiras estavam a todo vapor, auxiliando na missão da Coroa Portuguesa de povoar terras cada vez mais a oeste. Naquele tempo, ocupar o território e fazê-lo prosperar era a forma mais eficiente de proteger suas fronteiras. Neste contexto, bandeiras que seguiam território adentro pelo rio Tietê, encontravam com uma frequência acima do normal, um peixe chamado Jaú. A foz daquele ribeirão ficou conhecida como Barra do Ribeirão do Jaú.

Conforme a região foi perdendo o aspecto de sertão selvagem e as notícias se espalharam pelo resto do território, aumentava o interesse das pessoas pela terra roxa de excelente qualidade e abundância em recursos naturais. Os primeiros habitantes vieram de cidades próximas, como Itu, Porto Feliz e Capivari, mas também era grande o número de migrantes de outros estados, principalmente Minas Gerais. Anos mais trade, mora-

povo

dores da região organizaram uma comissão para oficilizar a existência daquele novo lugar. Durante o Brasil-Império, Estado e Igreja trabalhavam juntos na administração do território. Com isso, para que uma nova localidade surgisse, era preciso que houvesse uma doação de patrimônio ao seu santo padroeiro. Esse gesto aconteceu em 1853, quando Bento Manoel de Moraes Navarro, capitão José Ribeiro de Ca-

margo, Tenente Manoel Joaquim Lopes e Francisco Gomes Botão se reuniram para tratar da fundação formal do novo povoado. A escolhida foi Nossa Senhora do Patrocínio e a data marco, 15 de agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora. O tratado definiu Jaú como um povoado a ser desenvolvido em uma área de 40 alqueires, terras compreendidas entre a margem esquerda do rio Jaú a do Córrego da Figueira. Em 1857, esse território cres-

ceu, com a incorporação dos bairros Tietê, Curralinho e Jacareí. Jaú deixou de ser distrito de Brotas pela lei número 11, de 24 de março de 1859, quando foi elevada à condição de freguesia. Sete anos mais tarde, em 23 de abril de 1866, foi promovida à vila, conquistando sua independência administrativa. Foi finalmente enquadrada na categoria de Município pela lei número 6, editada no dia 6 de fevereiro de 1889.


Solo

privilegiado

D

esde seus primórdios, Jaú sempre se valeu muito bem de estar situada em uma região de terra roxa, de alta fertilidade. Muito rápido, a

cidade se tornou um dos principais centros produtores de café do país. Na década de 1870, poucos anos depois de sua independência administrativa, a cultura

Terra roxa foi a origem da pujança econômica que Jaú demostrou desde seus primeiros, chegando a ser uma das cidades mais importantes do país

cafeeira já estava solidificada no município. Estrutura que ainda ganharia uma injeção de ânimo em 1887, com a chegada da The Rio Claro Railway – a Companhia Estrada de Ferro do Rio Claro. Com a facilidade no escoamento da produção, as exportações cresceram sensivelmente. Em 1900 – e com uma população estimada em 36 mil habitantes – Jaú estava entre as dez cidades mais populosas do

estado de São Paulo. Era uma das três únicas cidades do interior paulista (junto com Ribeirão Preto e Campinas) a ter calçamento urbano. Com a inauguração da Companhia de Força e Luz do Jaú, tornou-se o quarto município do país a ter o benefício da luz elétrica.

Cristiano Guirado

Algumas informações sobre a aniversariante População – 131 mil habitantes (IBGE – 2010) Área - 688,337 km² Altitude - 541 m

Hidrografia - Rio Ave Maria, Rio Jaú, Rio Tietê, Rio Jacaré-Pepira Rodovias - SP-225/BR-369 - que liga a leste com Brotas, Itirapina, São Carlos, Rodovia Washington Luís e Rodovia Anhanguera; a oeste com Bauru, Marília e Rodovia Marechal Rondon. SP-251, que liga a São Manuel, Avaré. SP-255, que liga a norte com Bocaina, Araraquara, com São Carlos a nordeste pela Rodovia Luís Augusto de Oliveira; e a sudoeste com Barra Bonita e São Manuel. SP-304, que liga a noroeste com Bariri e a sudeste com Torrinha, Santa Maria da Serra. Principais atividades econômicas: Indústria calçadista, Indústrias de transformação, metal-mecânica, alimentícias e de celulose. Agroindústria canavieira, café, frutas e algodão. A atividade comercial também é influente na economia Jaúense, com destaque para os quatro shoppings do município.



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