A NOSSA VOZ nº 79

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EDITORIAL Que a ANAC é uma Associação fundamental para assegurar o bem-estar dosA Direção Aposentados da Caixa todos nós o sabemos. Que a ANAC é um pilar fundamental para o saudável convívio no “universo CGD” também todos nós o sabemos. A gestão da CGD também reconhece a importância da Associação de tal forma que, no seu “Relatório de Gestão e Contas de 2018”, faz três referências (págs 664, 702 e 799) à atividade da ANAC e à sua importância no contexto do “universo CGD” e também ao seu papel desempenhado no Grupo Europeu de Pensionistas das Caixas Económicas e Bancos (GEPCB). No entanto, na prática, a Associação tem vindo a deparar -se com um número crescente de dificuldades internas que levam a que, na aparência, a Direção não consiga cumprir com as suas obrigações. Relembramos os números apresentados no “Relatório e Contas” de 2018 onde está refletida a falta de apoio financeiro da CGD à ANAC. Este ano segue igual... Ultimamente temos conseguido efetuar a cobrança dos valores devidos pelos Associados relativos às suas participações em atividades, eventos, passeios ou viagens com muita dificuldade e intermitência… Assim, só com grande esforço e empenhamento dos Associados manteremos a ANAC a desempenhar o seu papel fundamental!

Que a ANAC é uma Associação fundamental para assegurar o bem-estar dos Aposentados da Caixa todos nós o sabemos. Que a ANAC é um pilar fundamental para o saudável convívio no “universo CGD” também todos nós o sabemos.

XXV EUROENCONTRO Realizou-se em Viena de Áustria, entre 28 de abril e 05 de maio, o XXV Euroencontro. Neste Euroencontro estiveram presentes mais de 90 Associados da ANAC, Familiares e Amigos, representando Portugal. Este foi o grupo mais numeroso presente em Viena. Congratulamo-nos com tão expressiva comitiva, o que revela o interesse da “família ANAC” nos eventos do Grupo Europeu. Como é do conhecimento geral, a estrutura do XXV Euroencontro foi diferente do habitual, atendendo sobretudo ao facto de ele ser realizado pela primeira vez fora do triângulo Portugal/Espanha/Itália e também tendo em conta os preços correntes praticados nos países do centro da Europa. O Encontro ficou marcado pelas alterações dos cargos nos Órgãos Sociais, nomeadamente pela substituição do Presidente. O Presidente da ANAC, que era também Presidente do GEPCB, decorridos 6 anos de mandato, pediu a sua resignação. Em sua substituição foi eleito o Vice-presidente espanhol Francisco Ramírez. O Presidente da ANAC transitou para o lugar de Vicepresidente do Grupo Europeu. Portugal continua a ter 6 representantes no Grupo Europeu: 4 são da ANAC (Cândido Vintém, Cremilda Cabrito, Orlando Santos e Domingos Martins), a AAE BNU tem um Delegado (Ribeiro Gonçalves) e a ARMontepio Geral também conta com um Delegado (Rui Fevereiro). Quanto à componente turística, ela foi muito bem aproveitada por todos pois a cidade de Viena, os seus arredores (incluindo Bratislava, na Eslováquia) e o belo e omnipresente Danúbio oferecem paisagens, monumentos e enoturismo que foram amplamente explorados quer no decurso das viagens programadas quer nos tempos livres. O próximo Euroencontro retornará ao formato habitual e irá realizar-se em Espanha (muito provavelmente em Pamplona). A Direção

A Direção


ATIVIDADES DA ANAC PROMOVIDAS NA SEDE ROTA DA CEREJA NO VALE DO JERTE (Espanha) Decorreu, entre 01 e 03 de junho a viagem para visitarmos as cidades de Plasencia e Cáceres e também alguns monumentos importantes, como o Mosteiro de Yuste. Também houve tempo para apanharmos (e degustarmos largamente...) as cerejas na não muito conhecida região do Vale do Jerte. A produção de cereja, nesta região muito bela, foi abundante quer em quantidade quer em qualidade. Isso permitiu-nos fazer uma boa "colheita de consumo imediato". Como estava previsto, cada um dos participantes trouxe para casa uma boa parte dessa colheita (embalada...). As cidades e aldeias visitadas corresponderam à expectativa. Apenas as refeições no hotel desiludiram. No entanto, tendo em conta o excelente ambiente no grupo, a beleza da região, as outras refeições e o tempo quente, podemos dizer que foi uma bela jornada.

FÉRIAS DE PRAIA EM FUENGIROLA O grupo era grande (48 pessoas) não apenas em número mas também em alegria. Foram 10 dias de praia bem passados em Fuengirola, local que começa a ter muita aceitação entre os nossos Associados. Para além do merecido descanso e da praia, houve oportunidade de visitar alguns dos lugares mais interessantes das redondezas - Frigiliana, Marbella, Ronda, Balcão de Europa, etc. Houve tempo para passear, ir à praia, conviver e também para comemoração do Dia de Portugal e de assistirmos à grande vitória portuguesa na Liga das Nações (o que sabe sempre bem, sobretudo quando se está longe da nossa terra). A viagem de regresso decorreu muito bem (apesar de um pequeno susto), com o grupo a almoçar num excelente restaurante em Altura (Infante II), com muito boa qualidade e simpatia. Local a repetir. Para o ano que vem esperamos voltar para mais uns dia de descanso e de convívio.

Ficha Técnica

Propriedade da ANAC—Associação Nacional dos Aposentados da Caixa Geral de Depósitos * Sede: Av. João XXI, 63 - piso –1 - 1000-300 LISBOA * Tels 217953815 * Fax 218036581 * Email: anac@cgd.pt * Blogue: anaccgd.blogspot.pt * Coordenação - Cândido Vintém * Periodicidade - Trimestral * Impressão: Marsil—R. Central de Carvalhido, 374 - Moreira - 4470-584 MAIA * Tiragem—1.800 exemplares impressos e 1.500 digitais* Depósito Legal nº 55350/92 * Distribuição - gratuita aos Associados da ANAC * Colaboram neste número: Ana Paula Dias, Cândido Vintém, Delegação Norte, Maria Cremilda Cabrito e Orlando Santos

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ATIVIDADES DA ANAC PROMOVIDAS NA SEDE VISITA AO PALÁCIO DO MARQUÊS DE POMBAL (Oeiras) Foi um grupo significativo (46 participantes) o que se deslocou até Oeiras para "visitar" o Marquês de Pombal no seu palácio. Infelizmente ele não estava presente mas fomos muito bem recebidos pela sua hilariante criada Jocelyne. Embora o Palácio não esteja totalmente visitável, esta condicionante foi ultrapassada pela beleza das salas que percorremos, pelos magníficos jardins e também pela interessantíssima forma de conduzir a visita. Após o percurso, todos se deslocaram à parte antiga da vila para degustar um apetitoso almoço num dos mais antigos e tradicionais restaurantes - "O Pombalino" - onde também fomos recebidos com muita simpatia e qualidade - o arroz de tomate estava excelente! Mais um jornada de sã camaradagem e de enriquecimento cultural.

FORMAÇÃO, ATIVIDADES E ENSINO DE LÍNGUAS NA SEDE Estamos a concluir os trabalhos da época 2018/2019 e é tempo de prepararmos os da próxima. Assim, lembramos que a ANAC desenvolve as seguintes atividades na sede: 

Colecionismo

Danças

Ensino da língua francesa

Ensino da língua inglesa

Ensino da língua italiana

Ensino da viola

Expressão cénica

Grupo Coral

Grupo de Cantares

Informática

Pintura em acrílico

Prepare-se você também para frequentar qualquer uma destas atividades. Saia de casa e conviva com os Colegas e Amigos. Venha até à nossa sede e informe-se. A frequência da generalidade destas atividades é gratuita. Mesmo nos casos excecionais em que é necessário dar algum contributo para a deslocação dos “professores”, o valor é meramente simbólico.

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“OS NOSSOS TALENTOS” Prosseguimos a publicação de textos dos “Nossos Talentos” apresentados a concurso aquando do nosso XVI Encontro Nacional que decorreu em setembro último. Desta vez trata-se do texto “O caminho dos Pássaros” da autoria de “Salomé”, isto é, da nossa Associada Maria Manuela Félix.

O caminho dos Pássaros A rapariga olhava as palmas das mãos atentamente. Ali se encontrava o seu destino segundo a avó que sabia decifrar o código escrito nas linhas e traços e assim se ficava a saber da boa ou má sorte da pessoa ou do rumo de diversos acontecimentos. A avó era mágica e ensinara-lhe vários sortilégios. Sorria, o rosto encarquilhado, a voz ainda segura e doce. Na sua vida há um nome de Homem começado por A. A de António, André, ou outro, sonhava a rapariga navegando no seu lado mais romântico. A de Amor, amor pelos outros: amigos, vizinhos, a Humanidade inteira. Todos irmãos. Unidos por um cordão de luz. Mas poucos acreditavam nisso. Hesitou. Tinha receio do que iria encontrar mas num impulso saltou para uma das linhas. Encontrava-se agora numa colina verdejante. À sua volta tudo era silêncio, apenas interrompido às vezes por um leve chilrear de pássaros Searas violetas ondulavam ao vento. Os potros da aventura outrora emparedados corriam agora livres pelos prados. Havia um rio e ela reconheceu o rosto desenhado nas águas cristalinas da corrente. A rapariga assistia à vivência da avó com o marido, o avô que amava a neta acima de tudo, mas que vociferava com a mulher, chegava a altas horas da noite, muitas vezes alcoolizado e lançava sobre ela asneiras e impropérios. Muitas vezes assistia à mesma cena. O Avô chegava do trabalho, cansado, sentava- se no cadeirão, ela trazia uma bacia de água quente, ajoelhava-se, lavava-lhe os pés, enxugava-os numa toalha de linho. A neta trocista ria-se. - Agora és a Maria Madalena Avó? Ao que ela respondia: - Em todas as mulheres há uma Maria Madalena. - Só que o Avô não é propriamente Jesus Cristo. E pensava, não me apanham nesta. Por isso nunca quisera compromisso com nenhum Homem. A Avó sempre insistia com ela para que estudasse, se tornasse independente financeiramente, sem isso, sublinhava, não havia liberdade possível. Quando era criança e monstros enchiam o quarto de medo, chamava por ela. Ela vinha, no seu passo lento um odor a rosas envolvia o ar e ambas começavam a desenhar estrelas nas paredes. O quarto iluminava-se e o medo dissolvia-se no seu colo. Às vezes a avó também falava do seu receio do que iria acontecer no mundo, num futuro próximo.

Filha, a violência vai alastrar, vejo filas de gente fugindo à fome e à guerra, tantos morrendo, gente sem casa, tendas e tendas, temos que ser solidárias, o mundo precisa tanto de Amor. Falava-lhe da Natureza, das árvores, dos animais que tinham que proteger. Gaia, a terra precisa de respeito e gratidão. Quando conheceu Jorge, alto moreno, de grandes olhos castanhos e lânguidos, às vezes franzidos e trocistas, outras vezes imbuídos de profunda melancolia, algo mudou nela internamente. O efeito que a sua presença lhe causava assustava-a, algo lhe dizia para se afastar, mas acabava sempre ficando. Mais tarde, quando ele a pediu em casamento quis dizer que não mas um amolecimento apoderou-se de todo o seu ser, levou-a a dizer sim. Quando ele a tocava, as mãos grandes e quentes uma corrente eléctrica sacudia-a. Não sabia se morria ou nascia de novo, até a sua alma se expandia. A terra estremecia num abalo telúrico, pressentindo uma promessa de eterna alegria. Tudo isso antes de começar a voar. Um sentimento novo apoderava-se dela. Suspensa de si mesma permanecia num estado de graça por muito tempo. Só mais tarde haveria de entender: era Amor o que sentia. Naquele dia estava nervosa. Trazia consigo os amuletos num saquinho pequeno atado à cintura, oculto dos olhares alheios. A cabeça da víbora, dente de tubarão e outros. Tudo o que pertencia a uma noiva, calcinhas azuis por debaixo do vestido branco, uma peça oferecida, outra emprestada, uma liga azul que o noivo, masculino e forte haveria de rasgar com os dentes. Olhou para o palco, hesitou. Levantou-se, sentou-se, voltou a levantar-se. Sentou-se. Mas ciente da sua força, saltou. Foi recebida com uma salva de palmas. Todos os actores estavam presentes, sentados no chão de pernas cruzadas e no regaço uma tigela com arroz e pétalas de rosa. Quando ele entrou alto, bonito, de fato branco com gravata vermelha, o cabelo penteado para trás os sapatos pretos de biqueira branca, pensou que ia cair redonda no chão emocionada. Em vez de mostrar as ligas, envoltas numa profusão de rendas brancas e azuis endireitou-se ajeitou o vestido, correu para ele. Uma chuva de arroz e rosas caíram sobre ambos. O tango iniciou os 1ºs. acordes. Ainda o pano não tinha descido quando perceberam que o casal se tinha dissolvido no ar. Teriam seguido, quem sabe, o caminho dos pássaros.

Salomé 4


“OS NOSSOS TALENTOS” - cont. “OS NOSSOS TALENTOS” APRESENTAM-SE

GRUPO CORAL: O Grupo Coral está a funcionar em pleno e a fazer apresentações públicas. De dois em dois meses dá um pequeno concerto para todos os colegas (aposentados e no ativo), à hora do almoço, no espaço da entrada do restaurante do piso –1 do edifício-sede da Caixa. Os concertos deste ano decorreram nos meses de janeiro, março, maio e junho. O concerto (de Reis) no mês de janeiro assumiu um caráter diferente porque a apresentação foi feita “em movimento”, o que provocou um maior envolvimento dos assistentes. Fazendo-se as apresentações em local de passagem para a tomada de refeições é natural que os colegas do ativo, no seu “lufa-lufa” diário, tenham menos tempo para assistir à totalidade da apresentação mas sempre vão desfrutando de momentos agradáveis durante alguns momentos.

GRUPO DE CANTARES: Também o Grupo de Cantares faz as suas apresentações regulares no átrio junto ao restaurante do piso –1 do edifício-sede da Caixa. Este grupo tem sido convidado para participar fazer apresentações em outros locais fora do “ambiente CGD”. No passado mês de abril participou no “Concerto da Primavera”, em Montalvão (Nisa) juntamente com outros grupos locais. Foi uma excelente oportunidade para troca

de experiências e de reforço do espírito de amizade que preside a todas as atividades desenvolvidas na Associação. No dia 17 de junho o Grupo deu mais um concerto, desta vez no “Museu Nacional da Música”, em Lisboa.

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“OS NOSSOS TALENTOS” - cont. “OS NOSSOS TALENTOS” APRESENTAM-SE

EXPRESSÃO CÉNICA: Esta é uma das atividades mais recentes na ANAC mas também das mais dinâmicas. Graças ao empenhamento do seu responsável (Eurico Leote), as apresentações públicas “fora de portas” têm-se sucedido.

Foi assim que aconteceu no Algueirão,

na Tapada das Mercês, na Casa da Juventude

em Almada, no decorrer das V Jornadas NAUS, dedicadas a Fernando Pessoa

e no Teatro “A Barraca”. A peça trabalhada é “Pessoa(ndo)”, uma adaptação do próprio Eurico Leote. Irá seguir-se uma outra peça, sobre os tempos negros da Inquisição, da autoria do saudoso membro do grupo (Armando Martins).

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ESPAÇO CULTURAL - CURIOSIDADES MAS O QUE É A DESFOLHADA ? TODA A ALDEIA AJUDA

Nos fins de Setembro, princípios de Outubro cortam-se as canas do milho, que são transportadas para a eira no carro de bois. Na eira faz-se a desfolhada. A desfolhada é um trabalho agrícola onde se retira a espiga (ou maçaroca) da planta, que se chama milho. Embora possa parecer uma festa, é um trabalho duro e cansativo, tanto para os adultos, homens e mulheres, como para os jovens e as crianças que, por essas aldeias fora, trabalham no campo. À medida que se desfolha, vão-se amontoando as espigas em cestos de verga ou de costelas que, depois de cheios, são despejados no canastro ou espigueiro. Os jovens participam entusiasmados nas desfolhadas, sempre na esperança de encontrar milho-rei ou rainha para poderem dar um beijo à namorada. Onde está o milho-rei? Durante as desfolhadas, o aparecimento das espigas de milho vermelho é fundamental para manter o entusiasmo de todos. É que o feliz achador tem a obrigação de gritar bem alto: - MILHO REI ! - e o direito de dar uma volta a todos os trabalhadores, distribuindo abraços. Antigamente, esta era uma oportunidade única para se aproximar fisicamente das raparigas, das namoradas, até das noivas porque, na época, as convenções sociais eram muitas e a vigilância por parte dos pais era muito apertada. Sempre, após as malhadas ou desfolhadas, os donos da casa ofereciam uma lauta merenda, geralmente constando pão de milho ou centeio, azeitonas, iscas de bacalhau ou sardinha assada, não faltando, é claro, o indispensável vinho servido em cabaça por onde todos vão bebendo. Durante essa merenda e prolongando-se por algum tempo mais, entre os presentes sempre tinha alguém que tocava, ou pelo menos “arranhava” uma concertina (é

assim que chamam aos acordeões menores) e o baile estava formado. No Minho não se compreendia que se pudesse executar qualquer faina (trabalho) agrícola sem ser acompanhada ou coroada por cantos e danças. Depois das desfolhadas, as folhas eram aproveitadas para encher colchões. As espigas eram malhadas para a desfolhar os grão e o carolo ( aparte branca do interior da espiga) era aproveitado para o fogo. O pó, chamado moinha, dava para encher almofadas. O grão do milho era passado por um limpador e posto na eira a secar. Depois de seco, era limpo novamente e posto em caixas (arcas). por António Jorge M. Cabral em portugaldeantigamente.blogs.sapo.pt

Lisboa cidade de encantos A AVENIDA DA LIBERDADE, situada na freguesia de Santo António em Lisboa, com 90 m de largura e 1 100 m de comprimento, é uma das principais avenidas da cidade, ligando a praça dos Restauradores à praça Marques de Pombal. Do tipo boulevard inaugurada em 1886, tem origem no antigo passeio público do séc. XVIII, inicialmente rodeado por muros e portões por onde só passava a alta sociedade, tendo mais tarde o rei D. João VI ordenado que os muros fossem derrubados para circular toda a gente, rica ou pobre. Estruturada em três ruas paralelas, tem várias faixas de tráfego com largos passeios pavimentados com calçada portuguesa, decorados com jardins, árvores, vários quiosques e diversa estatuária e fontes. Esta avenida, servida por três estações de Metro, possui ainda alguns belos e antigos edifícios, apesar de muitos outros terem sido demolidos para novas construções nos meados do séc. XX, sendo ocupados por grandes hotéis, teatros e lojas de luxo, pelo que é considerada uma das avenidas mais caras do mundo. É a Avenida da Liberdade, que os bairros lisboetas utilizam como palco dos desfiles tradicionais das festas da cidade, na noite de Santo Antonio, para competirem entre si pela melhor marcha. É também aqui que se realizam outras festividades, cortejos e manifestações. Em 2015, tendo em vista uma melhoria da qualidade do ar, passaram a estar proibidos de circular os automóveis com matrícula anterior a 2000, entre as 07H00 e as 21H00. Esta medida gerou controvérsia, dizendo alguns que voltamos aos tempos em que só os ricos podiam circular, uma vez que a medida só permite circular a quem tem dinheiro para comprar/trocar o carro antigo por um novo. Retirado da internet por Orlando Santos

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A WIKIPÉDIA ATINGIU A MAIORIDADE ESPAÇO CULTURAL - CURIOSIDADES (cont.) sesse ir. A partir desse dia, a estrelinha nunca mais aban-

VIAJANDO PELAS NOSSAS ALDEIAS A nossas aldeias conservam histórias e lendas tão antigas, como as pedras das calçadas por onde passeio. É

donou o pastor, sorrindo-lhe do céu noite após noite. Um dia, o pastor resolveu partir à descoberta e chamou a estrela para o acompanhar.

com alguma tristeza no olhar e com um profundo suspi- Caminhou por vales e montanhas, sempre em busca do ro que as gentes que ainda por lá andam me dizem que seu destino. Um dia, o pastor chegou à serra mais alta já nada é como antes. Cada aldeia tem uma história ou uma lenda para contar, bem diferente das histórias e das lendas das aldeias vizi-

que tinha encontrado, e resolveu parar. Sentiu que ficava mais perto do céu e por isso mais perto da sua estrela. Então, resolveu por ali ficar até morrer.

nhas. Cada uma é melhor que outra, sendo que a imagi- Por isso ainda hoje podemos ver desta serra uma estrela nação do povo é fértil e havia, em tempos idos, tempo que brilha mais do que as outras, de saudade e de amor para fomentar essa imaginação. Por isso, há muito para por um pastor..." Sabe a "menina" de que serra estamos falando, perguncontar mas muito poucos para ouvir. Gosto de ouvir, as vozes das gentes com sotaque, que tou-me a Ti Lurdes!!!!! com toda a simpatia e muita paciência, contam uma len- Claro Ti Lurdes, é a nossa Serra da Estrela, certo? da, falam da história da aldeia ou até cantam uma modinha, que se cantava na apanha da azeitona ou na desfo-

Ana Paula Dias

lhada.

expressões populares: MAL E PA(O)RCAMENTE “Significado: Muito mal; de modo muito imperfeito. Origem: «Inicialmente, a expressão era "mal e parcamente". Quem fazia alguma coisa assim, agia mal e deficientemente, com parcos (poucos) recursos. Como parcamente não era palavra de amplo conhecimento, o uso popular tratou de substituí-la por outra, parecida, bastante conhecida e adequada ao que se preE foi numa dessas aldeias, plantada na margem esquerda tendia dizer. E ficou " mal e porcamente", sob protesto do rio Zêzere, na nossa Beira profunda, com os picos da suíno.” serra pintados de branco no horizonte, que ouvi a lenda in A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta, vol. 1 (Editora Campus, Rio de Janeiro) ……!!!!!! que convosco vou partilhar. Assim, a senhora de cabelos grisalhos e olhos brilhantes A segunda explicação já nos remete à mitologia: “Mal e porcamente (coitado do porco, ficou com má fama) tem de entusiasmo, conhecida por Ti Lurdes, começou.... "...havia um pastor muito pobre que tinha por compa- origem na mitologia grega. A expressão original é mal e nhia um cão e viviam numa aldeia muito triste. O sonho parcamente” porque tinha a ver com as deusas Parcas. desse pastor era poder um dia viajar para além das ser- As Moiras, que na mitologia, são deusas que determiras que rodeavam a sua aldeia. Numa noite de luar, o nam o destino, também são chamadas de Parcas. Elas pastor olhava o céu estrelado quando desceu até ele geralmente são retratadas dentro de uma gruta sombria uma estrela muito pequenina, muito asadinha, com um que simboliza tanto o útero que gera a vida como a tumrosto de anjo, e lhe falou do seu desejo. Estava ali por ba para a qual se retorna. É o início e o fim. vontade de Deus, para guiar o pastor até onde este qui-

Retirado da internet por Orlando Santos

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OS SENIORES QUE SE CUIDEM… PREVENIR É PROTEGER BOAS FÉRIAS Se vai de férias entre Julho e Setembro, dirija-se ao posto da

PROGRAMA “APOIO 65 - IDOSOS EM SEGURANÇA” O Programa Apoio 65 – Idosos em Segurança, é

GNR da sua zona de residência e solicite a vigilância especial da uma iniciativa do Ministério da Administração Interna sua casa. Como fazer? Solicitar o serviço com uma antecedência de 48h úteis antes de partir; Preencher um formulário e apresentar o bilhete de identidade e comprovativo da morada, por exemplo o último recibo da luz

que visa apoio à camada da população mais desfavorecida/vulnerável, como é o caso dos idosos, principalmente os que vivem mais afastados ou isolados dos centros populacionais mais ativos assume uma especial relevância, e enquadrável no apoio social que à Guarda é come-

ou do telefone;

tida, dentro desta nova filosofia do servir socialmente:

Fornecer informações relevantes para o serviço a prestar;

Garantir as condições de segurança e a tranquilidade das pessoas idosas;

Ação da GNR:

Promover o conhecimento do trabalho da GNR junto

Vigilância das residências de forma sistemática e metodológica desta população; verificando os aspetos exteriores de inviolabilidade do domicí- Ajudar a prevenir e a evitar situações de risco. lio; No intuito de aumentar o grau de confiança e conheciAlertar de imediato, o proprietário da habitação ou o seu mento, direcionou-se o patrulhamento, conseguindo-se representante, em caso de anomalia.

assim um conhecimento mútuo muito melhor e mais aprofundado.

Outras Precauções: -Se for possível peça a um vizinho ou a um amigo de confiança que recolha o seu correio; -Se tiver um segundo carro e o não levar de Férias, peça a alguém que o mude de lugar de vez em quando durante a sua ausência;

Levantamento exaustivo dos idosos a viverem isoladamente - foram referenciadas pequenas comunidades e elaboradas listas de instituições públicas e privadas diretamente ligadas ao apoio que a estes devem ser conferidos.

-Durante a sua ausência, deixe as joias e outros objetos de

Através de:

valor num lugar seguro e de preferência fora de casa;

-Se tiver instalado em casa um sistema de alarme verifique se Reforço de policiamento dos locais públicos mais freestá devidamente ligado antes de sair;

quentados por idosos.

-Evite fazer publicidade da sua viagem de Férias;

Criação de uma rede de contactos diretos e imediatos

-Deixe a alguém da sua confiança o endereço do local onde vai entre os idosos e a GNR, em caso de necessidade. passar as Férias, para o caso de ser necessário contactá-lo; Instalação de telefones nas residências das pessoas que -Informe as Forças de Segurança da sua área de residência, da vivem mais isoladas e têm menores defesas. sua ausência, fornecendo-lhes o seu contacto de Férias ou indicando o contacto de uma pessoa da sua confiança; -Não carregue o carro que vai utilizar para ir de Férias na noite

Colaboração com outras entidades que prestam apoio à 3ª idade.

anterior, faça-o na manhã da partida; -Antes de partir, verifique se todas as portas e janelas estão

Para esclarecimentos adicionais, contactar:

bem fechadas e que leva consigo todas as chaves necessárias;

Direção de Operações/Comando Operacional/GNR

-Dê uma aparência de atividade à sua residência;

Tel: (+351) 213 217 000

-Peça a alguém que abra regularmente as persianas e cortinas, durante o dia, e ligue a iluminação interior algumas noites.

Retirado da página https://www.gnr.pt/ProgEsp_idososSeguranca.aspx

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Delegação Norte da Anac Resposta à Rubrica “Quem é o Autor ?”

Atividades, Passeios e Viagens

As respostas à rubrica “Quem é o Autor?” publicada no último boletim da Delegação Norte da Anac, são as seguintes: Rui Calafate (Colunista); Guerra Junqueiro (1890); Prof. Antunes Varela (Ministro da Justiça), na posse do seu sucessor (Diário de Lisboa de 25/Set/1967. O Sócio António Barata respondeu corretamente aos dois primeiros textos merecendo, por isso, os nossos parabéns e agradecimento pela colaboração. Neste número do Boletim da Delegação Norte da Anac a rúbrica “Ao Postigo” não irá ser publicada devido a impossibilidade temporária do Autor, António da Costa Neves. Esperamos poder retomar a rúbrica no próximo Boletim..

Passeios à descoberta do Porto... O Ciclo de Passeios de Primavera do programa “à descoberta do Porto…”, organizado e orientado pela Subdelegada Fernanda Vilarinho, decorreu entre 02 de Março e 27 de Abril e incluiu quatro programas que proporcionaram aos participantes um melhor conhecimento da cidade e uma perspetiva diferente na sua abordagem. Este ciclo incluiu os seguintes passeios: -O Porto Oriental; -A Foz e os seus Escritores; -Os Ingleses no Porto; -Os Teatros no Porto.

Comemoração do Dia Mundial do Livro A Delegação Norte da Anac comemorou, no dia 23 de Abril, o Dia Mundial do Livro. Esta comemoração foi aberta a todos os Sócios da Anac e seus Familiares que quisessem participar no evento apresentando trabalhos literários próprios ou de terceiros. A maioria dos Sócios preferiram simplesmente assistir e confraternizar com os Colegas. No fim da comemoração houve um lanche oferecido pela Delegação. A efeméride foi aberta pelo Diretor José Coimbra, que apresentou os intervenientes e fez uma p eq ue n a resenha das comemorações anteriores. A Comemoração contou com a intervenção de diversos Sócios destacandose entre eles o nosso mais distinto Sócios e colaborador, António da Costa Neves. Seguem as fotos dos palestrantes.

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Atividades, Passeios e Viagens

Delegação Norte da Anac Passeio a Trancoso A Delegação Norte da Anac realizou, no dia 13 de Abril, um passeio a Trancoso. Trancoso é uma cidade pertencente ao distrito da Guarda. A cidade de Trancoso, devido à sua localização, entre os rios Douro, Côa e Mondego faz parte de um conjunto de fortalezas situadas junto da Serra da Estrela e da fronteira com Espanha. Com os seus numerosos monumentos, da arquitetura civil, religiosa e militar constitui um dos mais expressivos e belos centros históricos do país.

Passeio a Vinhais A Delegação Norte da Anac realizou um passeio a Vinhais no dia 18 de Maio de 2019, com o seguinte programa: Visita à Galeria de Arte Sacra; Visita ao Centro Interpretativo do Porco e do Fumeiro; Visita ao Centro Histórico -Centro de Interpretação do Parque Natural de Montesinho; e Visita ao Parque Biológico de Vinhais e respectivos Centros. Vila muito antiga. Em meados do século XIII, surge pela primeira vez uma referência a Vinhais, num documento de doação ao Mosteiro Leonês de São Martinho da Castanheira. Vinhais recebeu o foral de D. Afonso II no dia 20 de Maio de 1253, o qual foi outorgado pelo rei D. Manuel I em 4 de Maio de 1512. Na crise 1383/1385, quando D. João I de Castela invadiu Portugal em 1384, o Castelo de Vinhais foi um dos muitos castelos que hastearam a bandeira Castelhana.

Viagem a Mérida, Cáceres e Olivença A Delegação Norte da Anac realizou uma viagem a Mérida, Cáceres e Olivença, nos dias 30 de maio a 2 de junho. Fomos descobrir uma região cujos traços históricos se encontram preservados de forma notável. Em Mérida encontramos um incrível Teatro e Anfiteatro Romano que ainda hoje serve de palco para festivais dramáticos. Visitamos o centro monumental de Cáceres – Património Mundial da UNESCO –, rico em arquitetura, com influências renascentistas, góticas e romanas. Devemos destacar a passagem por Olivença, uma cidade fronteiriça reivindicada por Portugal e Espanha, cuja vincada influência cultural dos dois países, a torna uma localidade muito peculiar.

Passeio à Batalha A Delegação Norte da Anac realizou um passeio à Batalha no dia 15 de Junho, com visita ao Mosteiro, à Aldeia da Pia do Urso e Fátima. Vila Portuguesa do Distrito de Leiria. A povoação foi criada pelo Rei D. João I, com o Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Este Mosteiro foi construído para agradecer o auxílio Divino, concedido na vitória da Batalha de Aljubarrota em 14 de Agosto de 1385, que levou à saída dos Castelhanos de Portugal. Em 18 de Março de 1500, o Rei D. Manuel I, concedeu jurisdição própria à Vila da Batalha.

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PLANO DE ATIVIDADES EM 2019 NA SEDE Junho

- dias 28 a 30

Segada e malhada no Minho

setembro

- dias 08 a 16

Férias de praia em Saïdia (Marrocos)

- dia 21

Almoço Nacional em Viseu Viagem à Patagónia

novembro

- dias 27 de outubro a 11 de novembro OU 29 de outubro a 13 de novembro - dias 1

dezembro

- dia 14

Almoço de Natal

- data a definir

Viagem de fim de ano

outubro/novembro

São Martinho

Outras atividades serão divulgadas ao longo do ano

NA DELEGAÇÃO NORTE julho

- dia 20

Passeio dos troféus—Geraz do Lima, Viana do Castelo

- dias 23 a 26

Viagem a Salamanca e Douro Internacional

- dia 14

Visita à Nazaré

- dia 21

Almoço Nacional em Viseu

outubro

- dia 19

Visita à Covilhã

novembro

- dia 09

Passeio de S. Martinho em Santa Maria do Zêzere

- dias 20 e 21

Viagem a Lisboa e concerto de André Rieu

- dia 14

Passeio/Festa de Natal

setembro

dezembro

Outras atividades serão divulgadas ao longo do ano

NA DELEGAÇÃO DA BEIRA INTERIOR julho

- dia 11

Rotas da Guarda - Roteiro Unamuniano

- dia 29

Aniversário da Delegação

Novembro

- dia 11

Passeio de S. Martinho

dezembro

- dia 14

Passeio/Festa de Natal

Outras atividades (nomeadamente as “Rotas da Covilhã”) serão divulgadas ao longo do ano

CAR@ ASSOCIAD@: A expedição de circulares para Associados que não têm endereço de mail registado na base de dados é uma das rubricas com maior peso no orçamento da Associação (quase €20.000,00 no ano de 2018...). Por essa razão, a Direção pede a todos os Associados que utilizam mail habitualmente para que o indiquem à Associação. Conseguirá, assim, ter três vantagens: - Receber mais rapidamente a correspondência da Associação; - Contribuir para a redução de custos da Associação; - Contribuir para a sustentabilidade do planeta, com a redução de consumo de papel e de poluentes.

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