INFRAXBLUE [Amigo Otaku - Light Novels Project] - 00

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Jonathan Gomes e Marcelo Augusto

INFRAXBLUE


Jonathan Gomes e Marcelo Augusto

INFRAXBLUE

2014


A gente é otaku. A gente se entende. www.amigootaku.com Autores Jonathan Gomes e Marcelo Augusto Edição Jonathan Gomes Revisão Marcelo Augusto Publicação Amigo Otaku Group Capa >http://hdwalli.com/cool-white-and-red-background-hd-cool-7-hdwallpaper.html< Edição Gráfica Jonathan Gomes


Dedico este livro a todos aqueles que assim como eu, possuem sonhos e lutam por eles. Continue acreditando em seus ideais e nunca se esqueça de colocar Deus no início de todos os seus projetos, pois só ele irá concluí-los. Jonathan Gomes Criador e Fundador do Amigo Otaku


Agradecimentos

Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter me concedido um dom incrível, e também ao apoio da minha família e da minha namorada, amiga e companheira, sem suas críticas e conselhos eu não teria nem se quer começado esta obra. Agradeço também aos meus amigos e todos os mestres e professores que me acompanharam e acreditaram em mim. A equipe do AOGroup, eu não só agradeço a credibilidade que me concederam, como também ao esforço e iniciativa de cada um estar investindo seu tempo e suas habilidades em um sonho que eu dei início, mas que hoje é um objetivo em comum para nós. Aos demais, eu agradeço pelas barreiras e comentários negativos, ou como diriam, críticas construtivas, só me fizeram ter mais vontade de continuar e mostrar um dia aonde chegaria. Finalizando, eu agradeço a você que ao menos chegou a ler estes agradecimentos, não sei se terminará o livro, mas espero que ao menos isso o motive a também acreditar que você pode fazer diferente dos demais, que pode sair da caverna e ver o mundo como ele realmente é: cheio de oportunidades e esperando que alguém acredite em si, em Deus e na força do seu poder. Obrigado.

Jonathan Gomes


Prólogo í No ano de 2043 o governo da China uniu-se em segredo a Rússia. Essa união criou uma nova nação chamada de União Federativa da Eurásia. Seus governantes tinham um único objetivo: obter o domínio sobre todos os povos da terra. Para cumprir seus objetivos, a UFE criou os “HERCULES”, uma nova adaptação de tanques de guerra que usavam uma energia conhecida como INFRA, estes novos modelos por serem maiores e com mais poder de fogo, logo fez com que muitos países se rendessem a UFE. O mundo estava em guerra novamente, e o Japão então, se viu obrigado a ir contra sua constituição colocando em prática o plano militar chamado de Shōkan (Redenção), criado após a Segunda Guerra Mundial. Juntando os melhores cientistas que possuía, o país criou uma nova energia sete vezes mais potente que a atual INFRA da UFE. Os cientistas a batizaram de BLUE, devido ao grande brilho intenso de cor azul que surgiu em sua criação. De alguma forma, ainda desconhecida, a grande descoberta nipônica chegou aos ouvidos de Lao Sin Jung, príncipe da UFE do Sul fazendo com que ele ordenasse2 tropas contendo em cada 1.500 soldados e 500 tanques HERCULES a iniciarem a invasão e posse do país desde região norte até o sul, tornando cada província conquistada território da UFE do Sul. Atualmente todas as províncias ao norte foram tomadas, as tropas enviadas deixaram em cada área conquistada um general, com o número de soldados e tanques HERCULES exigidos pelo mesmo para manter o controle e o poder sobre o povo e as fronteiras. Aqueles que não tiveram chance de fugir para o centro e sul do país, foram embarcados em navios para como escravos para as indústrias desenvolvedoras de tanques “Hercules” da UFE do Norte, antiga Rússia. A União Federativa da Eurásia é a maior potência no mundo, nenhum país é capaz de impedir seu avanço ou suas ações, ela possui suas leis e seus ideais, e fará de tudo para conquistar seu objetivo.

***


Conexão 00

Higashi observava no alto da colina do bosque, em um final de tarde com o sol já se pondo ao longe, o centro da cidade sendo invadida por tanques Hercules. Todas as províncias das regiões de Hokkaido a Tōhoku já haviam sido tomadas. Gunma, província onde ele vivia na região de Kantō, estava na divisa entre a parte norte e o centro do Japão. Ainda não consigo acreditar que isso está acontecendo. O país que um dia chamado de potência agora foge de seu “predador”. – Sussurra para si mesmo - Isso me enche de ódio – Diz fechando a mão em punho, sentindo a raiva por saber que poderá se tornar um escravo. - Mas, eu não posso fazer nada, ninguém pode, o jeito é aceitar nossos destinos e se entregar de vez a esse caos. Mesmo de onde Higashi estava, era possível ouvir as rodas engrenadas dos grandes tanques que circulavam pela cidade, e isso o deixaria cada vez mais preocupado, mas sua preocupação se transformava em sentimento de ódio por pensar que nada que fizesse seria o suficiente para deter o que parecia ser o destino de todos. A escravidão. De repente seu telefone toca o trazendo de volta a realidade, não muito longe de suas imaginações. -

Aya?! – Surpreende-se ao olhar o telefone tocando.

Aya era sua amiga desde o ensino fundamental. Ela havia vindo para a província de Gunma com seus pais, que se mudaram por motivo de trabalho e acabou por morar próximo à casa de Higashi. -

Aya? Oi, acabamos de nos ver no colégio, já está com saudade...

Alô?! Higashi-kun é você?! Por favor me ajuda, estão em minha casa, e-eu não sei o que fazer, estou com medo, por favor, peça para seu pai vir falar com eles, e-eu... – Aya chorava, era possível ouvir barulhos de moveis sendo arrastados, estava muito nervosa, com a sua voz tremula seguida de pequenos soluços. Calma Aya! Quem está aí?! O que eles procuram?! – Higashi responde tentando manter a calma para que ela também se acalmasse, no mesmo momento levantasse de onde estava e sai correndo na direção de sua casa. São os soldados da UFE. Eu não sei o que eles querem, só perguntam algo sobre protótipo e energia, Higashi-kun me ajude por fa- AH!!! – Grita Aya.


Neste momento, três soldados entram no quarto onde ela estava. Um deles a pega pelo braço, toma o celular de suas mãos e o joga no chão enquanto os outros dois revistam o quarto. Higashi ouvia tudo do outro lado da linha, desesperado grita por ela. -

Aya?! Aya?!

Apenas o som dos passos e de portas e gavetas abrindo e fechando eram possíveis de se escutar, e num instante nada mais se ouvia. Aya!!! – Grita Higashi fazendo com que sua voz ecoe no quarto através do telefone. Isto chama a atenção do último guarda que estava a sair e acaba voltando e percebendo o aparelho próximo da escrivaninha. Hi-kun?! – Diz o guarda com sarcasmo ao pegar o celular e ver a foto de Higashi. Desativa a metade da frente do seu capacete, deixando a sua boca a mostra e fala ao telefone. Sua namoradinha não pode ouvir você rapaz, ela está dormindo agora. – Dito isto ele sorriu de forma maléfica, soltou o aparelho e pisou sobre ele. Naquele momento Higashi perdeu todo o senso mínimo desesperança que ainda tinha. Ele para ofegante e se apoia ao lado de uma árvore, olha para a tela de seu celular ainda mostrando a foto de Aya e uma mensagem informando que a chamada havia sido encerrada, nesse momento sua imaginação o leva longe o fazendo imaginar o que teria acontecido com ela. Ele fica atordoado com as várias cenas que passavam em sua mente e por alguns minutos fica ali parado sem nenhuma reação. “Eu não posso ficar aqui sem fazer nada. ” Pensava ao tentar fazer seu corpo reagir e sair daquele estado de transe. Novamente escuta novos tanques Hercules se aproximando mais ainda da região onde estava, respira fundo e decide seguir em frente. “Mesmo que eu já não possa fazer mais nada, prefiro morrer tentando. ” Ele segue rumo a sua casa em busca de ajuda com seu pai. Ele vivia em um bairro nobre, seu pai, o Sr. Miyamoto, possuía grande influência tanto com os moradores por ter sido há alguns anos atrás presidente de bairro, como também com políticos e empresários, pois já havia trabalhado quando mais novo para o governo japonês. Esses eram os motivos que alimentaram a esperança de Aya e de Higashi, os mesmos acreditavam que o Sr. Miyamoto poderia de certa forma convencer que o que a UFE procurava não estava com eles, fazendo com que os deixassem em paz. Ao chegar ao morro próximo a sua casa, ele consegue ver de relance o grande tanque Hercules parado na frente da casa de Aya. “Aquele... Provavelmente deve ser o mesmo que passou por mim agora a pouco. Devo me apressar! ” Pensa consigo. Muito parecida com uma mansão ocidental, sua casa era feita de dois pisos, de cor branca com janelas de vidro cobertas com fumê preto. Na frente havia um pequeno jardim em “meia-lua”, uma pequena escada de três degraus levava até a porta feita de madeira, era alta e larga. Sua arquitetura era bem trabalhada, havia harmonia em seus


ângulos retos e as pequenas áreas arredondadas, sendo uma delas o quarto de Higashi de onde se podia observa toda a cidade, o bosque e a casa de Aya. Ao entrar ele deixou a porta aberta e largou a mochila que carregava, foi de encontro ao local mais provável que seu pai poderia estar o chamando e gritando desesperadamente. Descendo as escadas, que para muitos poderia levar apenas a um porão, ele abre para os lados uma porta de madeira revelando um elevador que era liberado por leitura de digitais. “Vamos! Vamos! Rápido! ”, pensa ele preocupado. Tudo parecia não estar ao seu favor, assim que a porta se abre ele rapidamente entra e sem perca de tempo aciona o botão para descer ainda mais. Ali no subsolo da grande mansão seu pai havia construído um laboratório, além de alguns de confiança do governo e patrocinadores, somente ele e Higashi possuíam conhecimento daquele lugar. Após sair do elevador, ele ainda precisou passar por um pequeno corredor antes de chegar à porta do laboratório, nela havia uma trava liberada somente por senha. Assim que a porta se abriu um clarão azul ofuscou sua visão. Pai?! Por favor, faça alguma coisa! – Ele gritava ainda sem poder enxergar muito bem. Era possível de se ouvir sons mecânicos e robóticos vindo de partes diferentes do salão. O clarão azul aumentava e diminuía sua intensidade. Pai! – Grita ele novamente com o braço estendido frente ao seu rosto para que pudesse enxergar algo. Num relance, uma sombra aparece movendo-se rapidamente através do clarão e ativa o fechamento da sala que brilhava. As luzes normais se acendem e seu pai assustado aparece, tira os óculos de proteção e vai ao encontro de dele. -

Higashi?! O que faz aqui?! Você sabe que é perigoso e- -.

Pai, você tem que me ajudar! É a Aya, eles estão na casa dela, o senhor tem que fazer alguma coisa. –Higashi o interrompe e fala puxando-o para fora do laboratório. Como assim?! Quem está na casa dela? – Pergunta seu pai ao passarem pelo corredor Os soldados da UFE, o senhor... – O pai se assusta, e nesse instante para de prestar atenção no que Higashi falava e rapidamente abandona o jaleco branco que estava usando dentro do elevador no momento em que estão subindo. -

E o que eles procuram filho?! – Pergunta o pai preocupado.

O senhor não me ouviu? Como eu disse, estão atrás de algo sobre um protótipo, uma energia, não entendi muito bem... – explica Higashi, saindo com seu pai de sua casa e indo em direção a casa de Aya – Espero que nada de grave tenha acontecido com ela. Se aqueles soldados a tiverem machucado eu vou.... Eu...


-

Acalma-se filho. Tente não fazer nada impulsivo. – Alerta o pai.

Já em frente à casa de Aya, eles pararam próximos ao grande tanque Hercules, aos seus olhos era possível que tivesse aproximadamente oito metros de altura e seis de largura, seu comprimento seria de aproximadamente dez metros, era realmente gigantesco. Na entrada da casa de Aya, em frente ao pequeno cercado de ferro havia dois soldados, eles usavam fardamento vermelho escuro com detalhes amarelos, no alto dos capacetes havia o símbolo da UFE, as viseiras eram escuras e a parte que cobria a boca era prata, cada um carregava consigo armas semiautomáticas e pistolas tipo INFRA. Boa tarde senhores, eu sou Miyamoto e.... – O pai de Higashi se apresenta aos soldados na entrada do portão, porém é barrado no mesmo instante. Saiam daqui, este lugar está isolado. – Avisa o soldado sem dar importância a presença do Sr. Miyamoto. -

Será que não poderíamos conversar, eu conheço esta família e-

Saiam daqui! – Alertam novamente, desta vez com as armas apontadas para eles – Isso é um aviso, se derem mais um passo nós iremos atirar. O.K, tudo bem. Filho se afaste! – Alerta Miyamoto recuando e estendendo o braço para impedir qualquer ação impulsiva e para que também Higashi recuasse. Neste mesmo momento, saem Aya, seu pai e sua mãe de dentro da casa algemados e usando um estranho capacete que os impedia de ver, ouvir e falar. Ao ver tal cena Higashi se enche de ódio, passa por debaixo do braço de seu pai e corre ao encontro de Aya, mas um dos soldados se adianta e o chuta. -

Nós mandamos se afastar! – diz o soldado ao chutá-lo.

Aya! – Tosse sentindo a força do chute em seu peito. - Vocês não... podem fazer isso! Aya! – Grita repetidas vezes o nome de sua amiga, mas Aya sem poder ouvi-lo não consegue demonstrar nenhuma reação. Ela é guiada e colocada dentro do tanque Hercules junto com sua família. Higashi fica sendo detido por seu pai que o segura pelos braços. Sem forças e ainda sentido as dores em seu peito, ele apenas chora e se debate, tentando soltar-se. Os dois estavam sendo ameaçados, com armas apontadas em sua direção pelos dois soldados que já estavam ali. Neste instante de dentro da casa, mais soldados começam a sair e junto com eles sai um homem alto, aparentava ser o comandante, pois estava usando farda de infantaria pesada. Ele não possuía cabelos, era muito forte e carregava debaixo de seu braço esquerdo o seu capacete. Ao sair da casa ele pega seu capacete e o segurando com as duas mãos, descendo as escadas ele se prepara para o colocar, é então que ver, num relance, Higashi chorando, debatendo-se e gritando o nome de Aya e com um sorriso torto diz, o comandante diz de forma sarcástica.


Dê adeus a sua namoradinha, garoto! E... Não se preocupe, nós iremos nos divertir muito juntos. – Gargalha, põe o capacete e entra no Hercules. Higashi cai de joelhos, sentindo-se totalmente derrotado, olha o grande tanque entrar em funcionamento e começar a partir. Sentindo o ódio consumir seu coração, ele levanta a cabeça pros céus e pronuncia uma única palavra. Um único nome. -

AYA! Seu pai o abraça tentando acalmá-lo, mas parece ser um sacrifício de tolo.

***

Em casa. Na escola. No caminho de casa. Higashi não reagia a nada e nem ninguém, seu olhar estava perdido em lembranças dolorosas, era como se sua alma estivesse morrendo aos poucos ao ficar cada vez mais distante de Aya, apenas seu corpo parecia estar realmente vivo, na verdade, era como se fosse apenas uma marionete. Dois dias depois do ocorrido ele volta para o local onde recebeu a ligação e olha para o horizonte, para o centro da cidade, para o caos. Não há nada que se possa fazer... Nós... Nós somos como insetos para eles. – abaixa sua cabeça, lembra de tudo o que ocorreu anteriormente e novamente começa a chorar. – MISERAVEIS, PORCOS IMUNDOS! COMO FORAM CAPAZES?!... JÁ NÃO BASTA TEREM O MUNDO AOS SEUS PÉS?! – Ele grita e expressa toda a fúria que estava sentindo ao centro da cidade e nesse surto pega algumas pedras e começa a arremessá-las. – MEDÍOCRES! ESPERO QUE SUAS VIDAS SEJAM LEVADAS A RUÍNA E AO FRACASSO... - Nesse momento segura a última pedra que possui, corre para pegar impulso e a joga em direção ao centro da cidade, dizendo – Eu vou ma- - Antes que termine a frase ele tropeça e cai. Ele passa um tempo deitado ali com as mãos fechadas em punho e ao tentar mover sua perna para se levantar percebe que o cadarço do seu tênis estava preso em um tipo de ferro, após soltá-lo ele tentar puxar aquele objeto em forma de “U” mas parecia estar preso ao chão. Mas o que será isso?! – Ele agarra com as duas mãos, o que parecia ser agora algo como uma maçaneta ou alavanca, ajoelha uma das pernas e com a outra coloca impulso para levantar e arrancar aquele objeto do chão, de repente ouve um pequeno estalo seguido de um pequeno estrondo. – Era só o que me faltava... - O chão se abre abaixo de seus pés e ele cai, escorrega por algo que o leva ainda mais para baixo e o joga ao chão daquele buraco. Uma grande nuvem de poeira se alastra naquela escuridão, ele tosse, tenta levantar-se e balança as mãos no intuito de afastar a poeira, ao virar-se rumo à luz que vinha do buraco onde havia caído ele vê uma grande estrutura, pelo brilho refletido na parte onde havia escorregado parecia ser de ferro ou aço mas estava muito empoeirado para se ter certeza.


Quando sua visão se adapta mais ao escuro ele começa a enxergar mais detalhadamente o local onde estava. Havia caído em algo como uma passarela, estava tudo muito empoeirado e em algumas partes dos corrimãos havia musgo, não se podia ver muita coisa do interior do local, mas pelo eco causado por suas pisadas na passarela ele deduziu que seria muito extenso. Parte da passarela levava o para mais próximo da estrutura em que havia escorregado. O que seria isso? – Ele toca com a ponta dos dedos que se sujam com a poeira, em seguida os esfrega na jaqueta e então dá duas batidas como se estivesse batendo em uma porta, pelo formato quadrado, realmente parecia com uma porta porem sua superfície era lisa e meio arredondada. – Realmente parece aço... Como eu vou fazer para sair daqui? Por essa estrutura não vai dar a poeira a deixou mais lisa. – Recua e olha para o teto onde havia a abertura em que havia caído. – Minha mochila ficou lá em cima... Junto com meu almoço... – Poe a mão na barriga, como se pudesse conter a fome. Com receio de que pudesse haver animais naquele local ele procura não fazer tanto barulho. “Vou dar uma olhada e ver se encontro alguma escada ou corda, ao menos meu celular está comigo assim posso usar a luz do flash como lanterna” pensa e começa a caminhar pela passarela. Para não se sujar mais ele tenta não tocar em nada e nem fazer barulhos para não chamar a atenção de algo inesperado. Depois de um tempo andando ele para frente ao que parecia com uma porta de um elevador, do lado direito havia botões e ao lado de cada um, seus respectivos andares. – SS-1, SS-2...? Isto por acaso seria um galpão secreto do governo ou será que seria da UFE? – Ao foca a luz do lado esquerdo ele ver uma placa “PHANTOM GATE – 01” – Espera um momento... – Ele volta os seus olhos para trás, o sol havia mudado de direção e a luz da passagem por onde tinha caído revelava algo que para muitos poderia assustar de imediato, mas para Higashi poderia até mesmo ser tido como um milagre. A estrutura em que havia escorregado era na verdade a cabeça de um grande robô. Sem se importar com barulho ele corre pela passarela ao encontro da sua esperança. “Se isso for realmente um robô e eu puder usá-lo para salvar Aya...”, ao chegar mais próximo ele se encaminha para a parte de trás da cabeça. Isso é.... Será que ainda funciona? – procura um lugar para subir. Atrás da cabeça havia uma passarela que levava as costas do robô, nela havia uma escada para a cabeça, ao subir encontra uma escotilha já aberta atrás, entra devagar e com as mãos tira as teias de aranha que ali estavam. Usando ainda o seu celular como lanterna ele ver, pendurado por cabos um par de luvas longas, um peitoral que possuía outros dois pequenos cabos que se ligavam em outras duas partes encaixáveis e um capacete, e no piso duas botas. Tudo estava muito empoeirado, cheio de teias, mas mesmo assim era possível perceber que aquilo era o centro de controle de todo o robô. Com certeza a cabeça é o cockpit. Estas peças ligadas a cabos devem ser os controles, parece ser um modelo anatômico adaptável, talvez se eu usá-los... – começa a vestir as luvas que eram bem maiores que suas mãos e iam até o antebraço – O piloto que usou isso antes deve ter sido bem forte... Ou era apenas gordo mesmo. – Comenta


de forma sarcástica. Veste o peitoral, as partes encaixáveis da coxa, calça as botas. Todo o equipamento fica bem maior que ele, bem frouxo, mesmo assim ele pega o capacete e determinado diz. –

Hora de voltar à ativa, Phantom. – E então coloca o capacete.

Com o capacete ele ver apenas tudo escuro, após fazer vários movimentos com os dedos o visor parece ligar algumas luzes branca em volta, mas ainda com a tela escura. E então, letras em cores brancas aparecem.

“LOADING”

É isso aí, vamos lá, vamos lá! – Diz empolgado abrindo e fechando as mãos, balançando os braços e as pernas como um boxeador antes de iniciar sua luta, pequenos tremores são sentidos vindos do robô, os controles que envolviam o corpo de Higashi parecem ter reação a tela que pisca algumas vezes e mostra em cada aparição o local externo a cabine. Porém as reações duram pouco, a tela apagasse novamente, e as luzes ao redor, antes brancas agora são vermelhas e novas palavras, também em vermelho, aparecem piscando no meio da tela.

“FAILED: LOW BATERY”

Sem energia?! – Diz Higashi ao tirar o capacete. – Mas que droga! Se eu fosse capaz de fazê-lo funcionar... Talvez eu pudesse resgatar Aya e sua família. – Tira as luvas e o resto dos controles e pensa em voz alta. – Os soldados levarão uma semana para chegar ao porto e transportá-la para a UFE, nas notícias que saíram nos últimos jornais todos os presos estão sendo transportados para a UFE do Norte através de navios e submarinos. É isso, irei consertá-lo, de alguma forma que ainda não sei ao certo e então resgatarei Aya e aniquilarei aqueles soldados de merda. Sai do cockpit e sobe na cabeça do robô. – Tenho que sair daqui, se eu conseguir alcançar a escotilha por onde caí posso escalar por ela. – Nas laterais havia partes mais extensas e finas, ele sobe na ponta de uma delas e pula para alcançar a alça da escotilha, por muito pouco não caí novamente. Sobe e fecha a passagem novamente, pega alguns galhos da arvore mais próxima e os coloca em cima do local para esconder e evitar a queda de outra pessoa. Já era tarde, estava quase anoitecendo. Antes de pegar sua mochila e voltar para casa ele olha rapidamente para ter certeza de que ninguém o havia visto. – Vou estudar alguma forma para restaura a energia do robô. – Diz abrindo a bolsa. – Mas antes, vou comer e restaurar a minha energia.


***

Higashi não dormiu naquela noite, ao chegar em casa ele subiu para seu quarto e foi direto ao notebook. Pesquisou e leu todos os artigos que encontrou sobre a energia INFRA. Porém nada o fazia encontrar um meio de recarregá-la e ele não possuía recursos para construir um núcleo, até por que a UFE havia retirado o que podia do país e levado para as usinas e fábricas do Norte. Talvez meu pai possa me ajudar, o pouco que sei sobre engenharia mecânica foi ele que me ensinou... Talvez ele conheça alguma forma de ao menos recarregar o núcleo. – Ele então desce ao laboratório a procura de seu pai. – Ele não está aqui, talvez tenha ido dorm- - Vê uma luz de cor azul muito forte no fundo do laboratório. – Isso é.... Então ele realmente estava trabalhando no projeto de energia sustentável do governo naquela época... Por isso estranhei, ele sempre me levava ao trabalho dele, por isso aprendi muita coisa, mas em relação a esse projeto, ele nunca me deixou ter acesso. Só que ele não está aqui... – Higashi dá um sorriso torto e vai ao encontro da luz. E essa deve ser.... – Aproximasse de uma esfera brilhante do tamanho de uma bola de basquete. – A famosa energia BLUE. 7x mais potente que a INFRA e totalmente auto recarregável... Toca a esfera. Interessante... É quente e ao mesmo tempo fria. Incrível, ela deve possuir um auto sistema de resfriamento! É isso! Já sei o que devo fazer – Ele então sai correndo de volta ao seu quarto, e com o programa de simulação que possuía começar a criar vários modelos de formas de juntar as duas energias. – Talvez possa ser loucura, mas se eu conseguir juntá-las possuirei um poder incrivelmente superior ao dos Hercules e das armas da UFE. Ele retorna ao laboratório agora com seu notebook e começa a pesquisar nos arquivos do seu pai. A cada leitura e testa uma nova formula de junção, mas todas as simulações demonstram a explosão do núcleo. Não entendo, a meu ver os cálculos estão corretos... – Diz Higashi, ao analisar a simulação 315, com um lápis em uma das orelhas, as pernas esticadas sobre a mesa com o notebook sobre elas e comendo um pedaço de pizza que encontrou no frigobar do laboratório. – Transferência de INFRA à BLUE, isso deveria funcionar, assim a energia INFRA seria canalizada pela BLUE aumentando assim a potência e.... Analisa novamente a conexão. Meu Deus como eu sou burro! – Exclama ao perceber o erro. Põe o notebook em cima da mesa, levantasse e fica olhando atentamente para a esfera azul brilhando a sua


frente. – Pitsu, iniciar nova simulação. – Diz ele ao sistema operacional que havia criado ao seu computador. -

Iniciando simulação número 316. – Responde Pitsu.

Copie a formula da simulação 315 e a cole na 316. – A formula está certa, a sequência é que está colocada de maneira errada. – Pensa ele ainda olhando para a esfera. -

Copiando... Colando... Okay. Formula copiada.

Altere a formula. A parte da formula {B/I=2x} para {IXB-2x} e reinicie a simulação. Alterando... Formula alterada. Reiniciando simulação. União de energias INFRA e BLUE em 15%... 30%... 45%... 62%... 75%... 84%... 90%... Vamos... Tem que dar certo... – A expectativa de Higashi aumenta junto com sua ansiedade. -

92%... Energias instáveis.

-

Pitsu, aumente o valor de rotação dos dínamos em 15%

Dínamos aumentados em 15%. Velocidade de rotação a 380KM por segundo. União em 96%... 97%... Energias instáveis. Droga... Falta tão pouco, o que está faltando?! – Ele começa a se frustrar. – Pitsu, acrescente mais dois canais de transferência de 90mm, um em cada lado do de 60mm. Acrescentando canais de transferência de 90mm. União de energias em 98,2%... 99%. Energias unidas com sucesso! É isso aí! Consegui! - Comemora dando um salto, até que lembra que não possui alguns materiais. – Onde é que vou conseguir os 3 dínamos e os canais de transferência?! Eu preciso ir... Ir dormir. – Nesse instante ele desmaia de sono e dorme ali mesmo. Seu corpo estava exausto tanto por desgaste físico como mental, ele já estava acordado há 25 horas e meia.

***

Ao acordar, ele levantasse assustado por perceber que ainda estava no laboratório e achar que seu pai poderia ter visto seus planos ou poderia chegar a encontrá-lo ali. A tela do seu notebook mostrava o horário de “13:50pm” da tarde.


Estranho, meu pai não parece ter vindo ao laboratório, mas é a primeira coisa que faz quando acorda, será que ainda está dormindo? – Pensa subindo no elevador. A casa estava totalmente em silêncio, Higashi com o notebook em baixo do braço sobe até seu quarto e na porta encontra um bilhete de seu pai dizendo “Fui ver alguns amigos. ” Hm, ele foi se encontrar com os patrocinadores, provavelmente vão citar o sobre o caso da Aya. Eu não tenho tempo a perder, agora que tenho a formula vou ver se consigo algum dos materiais no galpão. Ele entra no quarto, toma um banho e após vestir-se, põe o notebook na mochila e desce novamente até laboratório. Vou levar esse protótipo daqui, a única esperança que possuo, se os soldados UFE vierem para cá e o encontrarem não haverá mais nenhuma chance. – Ele tira o notebook e põe a esfera dentro da mochila envolta de algumas roupas. Em seguida deixa um papel dobrado em cima da mesa dos computadores do laboratório e então sobe e vai para o galpão. No caminho ele vai mais atento, sempre prestando atenção em cada movimento e barulho que ocorria no bosque. Seu medo agora era que o pegassem com a esfera ou pior, descobrissem sobre o robô. Ao chegar à entrada da escotilha, ele verifica novamente se não há ninguém o observando e então tira os galhos da entrada, abre a passagem e olha em direção a sua casa. – Desculpa pai, mais vou ter que sumir por um tempo. – Pula e escorrega novamente sobre a cabeça do robô Phantom. No galpão ele passa a procurar por materiais e equipamentos, dessa vez com uma lanterna bem maior que seu celular. No andar abaixo das passarelas ele encontra uma empilhadeira, que após alguns consertos voltou a funcionar, ele fixou a lanterna na frente da empilhadeira desceu mais um andar, onde encontrou vários recursos e equipamentos. No meio de tantas caixas, equipamentos e materiais havia um grande recipiente, cerca de 3 metros de altura, ainda estava lacrado com um adesivo escrito “NANORESOURCES” como se não houvesse nem se quer sido visto. Ao lado do recipiente havia uma pequena caixa, com um selo escrito “Drive and plug-ins” e mais abaixo outro escrito “Manual and Pen drive with OS”. Isso é perfeito! – Diz Higashi ao terminar de ler o manual. – Esses Nanoresources servem para construir praticamente tudo, pequenos robôs com a capacidade de se transformarem no elemento que for necessário para a reconstrução ou criação de algo na máquina que possua os drives e plug-ins que vem neste pequeno pen drive. Se eu instalá-los no Phantom não irei precisar encontrar os dínamos ou canais de transferência, apenas precisarei mandar o comando.


Com a empilhadeira ele leva o grande recipiente para o andar acima onde estava Phantom. Usando as escadas como passarelas ele sobe até a cabeça e começa a instalar o drive dos Nanoresources no grande robô através de seu notebook. Enquanto era instalado ele começar a mudar o código-fonte do sistema operacional que estava em Phantom usando os códigos que utilizou para construir o de Pitsu. Tudo parecia estar cooperando ao seu favor com exceção do tempo, em 5 dias Aya seria enviada a UFE do norte para se tornar escrava. Phantom precisa ficar pronto amanhã, segundo os meus cálculos consigo chegar ao porto em 4 dias, ou seja, preciso sair daqui amanhã às 08:00 da manhã estando tudo pronto ou não. O Pitsu já está com 80% instalada em Phantom, assim que terminar insiro o drive dos Nanoresources ao novo sistema e então veremos a velocidade em que construirão os dínamos e canais. – Pensa Higashi, deitado no cockpit olhando para o progresso da instalação em seu notebook.

***

No dia seguinte ele desperta às seis da manhã pelo alarme de Pitsu. -

Acorde mestre Higashi! Acorde Mestre Higashi!

Já acordei. – Diz Higashi ainda sonolento. – Informe o progresso da instalação do OS em Phantom. Instalação OS: Completa. Instalação dos drives e plug-ins de Nanoresources: Completa. Progresso da construção de canais de transferência: Completo. Progresso da construção de dínamos: 70%. – Informa Pitsu. -

O que?! Pitsu! – Ele se surpreende.

O sistema Pitsu após ser instalado em Phantom, de alguma forma recebeu um upgrade, não somente fez a sua instalação no robô, foi além da ordem dada. Naquele momento Higashi se levantou dentro do cockpit e viu todas as telas ligadas, Pitsu estava operando normalmente, ou melhor, estava operando acima do esperado. Não apenas obedeceu as ordens base dadas do Higashi, como também as secundárias como instalar os drives dos Nanoresources e iniciar a construção dos dínamos e canais de transferência. Nossa! É como se você soubesse o que fazer... Como se conhecesse minhas necessidades. – Diz ele ainda sem acreditar no que seus olhos estavam vendo. Pitsu era um sistema operacional que ele criou quando tinha 14 anos, usou códigos-fonte básicos de sistemas mais utilizados na época como Doors, Penguyn e Avocado. De início não respondia, apenas executava comandos básicos, já em sua


segunda versão possuía uma voz robótica e já executava tarefas mais complexas, após isso passou por várias atualizações até chegar à versão atual instalada em seu notebook executando tarefas mesmo em stand-by e com uma voz feminina bem próxima ao de uma criança, ele quis manter esse tom, pois a tinha como sua obra-prima. -

Muito bem Pitsu, não temos tempo a perder, qual o progresso das criações?

-

Dínamos em 82%. Quantidade atual de Nanoresources: 56%

-

Hm, parece que gastamos muito... Qual tempo para conclusão?

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Conclusão de criação de dínamos em 36 minutos e 20 segundos.

Ótimo, assim que estiver pronto daremos início ao resgate de Aya, Pitsu mostreme o modelo da estrutura completa do corpo de Phantom. Todo o modelo do corpo com detalhes é mostrado na tela de seu notebook, ele então estende para as outras três telas que havia no cockpit e as analisa uma a uma. Interessante, a armadura não é pesada e pelas formas arredondadas nos braços, pernas, tronco e a cabeça sendo fina e esticada para frente dando uma aparência felina, eu diria que foi projetado para trabalhar usando aerodinâmica. Ele não possui nenhuma arma a não ser alguns ferros escuros e pontiagudos na perna protegendo o a ligação onde seria o joelho e outros dois aos lados de onde seria o início da coxa. Há outros que cobrem o que seria o cotovelo humano e sobre os lumbricais de cada uma das mãos há um de aparência como a ponta de uma lança com três laminas. É retrátil, preso por um cabo de ferro de 15KM de comprimento, ou seja, ele pode ser lançado e puxado de volta. É, parece que minha luta com os tanques terá que ser no mano-a-mano... Construção de dínamos completa. – Informa Pitsu interrompendo o raciocínio de Higashi. Ótimo, pronto para o teste final. – Ele arruma seu notebook em local apropriado no cockpit, coloca sua mochila em um local separado e ao pegar seu celular percebe que havia ligações de seu pai. – Desculpa pai, mais não posso lhe atender. Nem saberia explicar a loucura que estou fazendo e nem estou com cabeça para ouvir o que você iria dizer. Eu tenho que resgatar Aya, nem que eu morra tentando, não vou desistir até vê-la salva da UFE. Fazendo essa promessa para si ele começa a colocar novamente os controles atômicos, todas as luzes no cockpit estavam acesas, Phantom parecia ter energia mas Higashi, no fundo do seu coração, ainda não sabia se seria o suficiente, a cada parte que vestia do controle anatômico ele sentia o frio do medo de que tudo desse errado. Nem que eu morra tentando... – Diz Higashi encarando o capacete. – Eu irei salvá-la, Aya!


Ele põe o capacete e novamente começar a mexer os dedos, os braços e pernas assim como um lutador antes de começar a luta. As luzes brancas então se acendem e agora com o seu sistema instalado em Phantom ele dá suas ordens. -

Pitsu, iniciar!

“CARREGANDO”

...

“SISTEMAS ON LINE”

Nesse instante, fluxos de energia passam a correr pelo corpo de imenso robô se alternando entre as cores azuis e vermelhas, os olhos começam a piscar com vários pontos azuis e vermelhos e então se tornam completamente azuis. Higashi agora possuía a visão de Phantom, todo o galpão a sua frente parecia estar iluminado. Quem diria, possui visão noturna clara como o dia! – Diz ele. Os controles anatômicos começam a se adaptar ao corpo de dele. – Ei! Ei! Mas o que é isso?! As luvas estão se adequando ao meu corpo assim como todos os outros controles! O capacete possuía algo como dois parafusos, um de cada lado da cabeça, assim como a cabeça de Phantom que parecia ter duas grandes rodas acopladas a si e possuíam a marca de um “I”, ou um em algarismo romano para demonstrar que aquele era o primeiro projeto, o primeiro grande robô criado. Neste momento elas começam a girar assim como os parafusos no capacete, que adapta completamente a cabeça de Higashi. Todos os controles possuíam estes parafusos e todos giram e se adaptam as suas partes. -

Vamos aos testes.

Ele começa a levantar seu braço lentamente e em seguida o outro. Phantom faz o mesmo instantaneamente. Abre e fechas as mãos e movimenta a cabeça para todos os lados. – Ele parece estar respondendo a todos os meus movimentos, agora só preciso saber como vou fazer para sair daqui. - Inconscientemente Higashi leva a mão a seu queixo fazendo com que o braço direito de Phantom destrua as passarelas. – Ah! Droga! Eu já quebrei tudo mesmo, vou me mandar daqui! Ele empurra o teto sobre si abrindo um enorme buraco no chão, dentro do cockpit era criado um holograma a sua volta e embaixo dos seus pés sobre o terreno que


o rodeava, assim ele poderia saber onde estava pisando e ter uma noção espacial do tamanho do robô em relação ao que tivesse em sua volta. -

Hora de aprender a andar.

Os primeiros passos não foram os melhores, derrubou três arvores nas três quedas que levou. Tenho que ser mais sutil ou todos descobrirão minha localização. Pitsu, mostre no GPS a rota que devo fazer até o porto. -

Rota feita através dos bosques.

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Está na hora, vou aprender a correr agora!

Ele começa a correr por entre as arvores, cai, levante, escorrega e cai novamente. Os moradores próximos do bosque ficam assustados ao ouvir as arvores caírem ou estalarem ao serem quebradas e então ele começa a se adaptar a sua armadura e ao terreno. -

É acho que estou indo bem. Vamos ver o quanto você corre Phantom.

Com os braços para trás ele usa a aerodinâmica a seu favor, sua velocidade triplica. Pequenos tremores são sentidos a cada pisada. Mas assim como um fantasma, aqueles que ouvem e sentem os tremores afirmam apenas terem visto um vulto. -

Eu com certeza te salvarei... Espere por mim, Aya!

***


Próximo capítulo Aya está com sua família no interior de um dos grandes tanques Hercules. Todos os cinco grandes tanques se dirigem em direção ao porto da península de Chiba para enviar os novos prisioneiros às grandes indústrias da UFE do Norte. Higashi em sua grande armadura corre o mais rápido que pode para poder alcançá-los, será que ele conseguirá resgatar Aya? Confira em no próximo capítulo!

Conexão 01


“A busca de Higashi parece ter apenas começado, será que nosso herói conseguira resgatar sua amiga?! Prepare-se para grandes aventuras e lutas extraordinárias entre mechas e.... Acho que falamos demais, continuem apoiando o trabalho da equipe do Amigo Otaku e surpreendam-se ainda mais! ” AOGroup


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