ALLGAZARRA ZINE Edição nº 1

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Edição nº 01 • Junho 2009

Bukowski

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Literatura e cachaça vo”

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noci é co ânti

Frank Black

Um ilustre desconhecido E mais, a estréia de Luther e Fabiano nos quadrinhos


junho BARBATANAS surf music Dia 11 de julho à partir das 20h; Local: Pesque Pague Peixe Dourado em Campina Grande do Sul; Show com as bandas= Los Bagres, Rabo de Galo, Barbatanas, “Eles Mesmos”, Sr. Prestes e Licet Ins; Entrada R$ 7,00 masculino, feminino FREE...

“Eles Mesmos” 13 de junho - Teatro Regina Vogue - trilha sonora da peça Romeu e Julieta

terroristas de butique http://www.myspace.com/ terroristasdebutique

os garotos chineses http://www.osgarotoschineses.com.br/ http://www.myspace.com/ osgarotoschineses

14 de junho - Teatro Regina Vogue - trilha sonora da peça Romeu e Julieta 04 de julho - TIJUCAS DO SUL - 10º Julhistock


editorial

Um gole, uma mesa e alguns amigos ... Não há nada como se divertir, fazer algo de boa vontade e obter grande aceitação e retorno mais do que se espera. Por isso continuamos! Estamos aqui de volta, tornando uma mera iniciativa em algo concreto, mesmo que em certos momentos não seja tão simples e fácil como possa parecer. Mas, basta tomar um gole, sentar ao redor de uma mesa e conversar com os amigos que as idéias fluem. Estes ingredientes, somados com o combustível que se tornou a resposta dos acessos, dos e-mails de elogios e incentivos enviados pelos leitores, fazem os pensamentos se multiplicarem e faltar espaço. Por isso, antes de mais nada, esta segunda edição – que será a edição de número 01 – é de, principalmente, agradecimento e promessa de tentativa de cada vez mais diversão, cultura, rock e bebedeira!!!

Esperamos que aproveitem! Fabiano César Pereira Editor Chefe ALLGAZARRA ZINE


expediente allgazarra zine publicação mensal edição nº 01 Junho 2009

Rua Mateus Leme, 1294 sala 4 Bloco B - CEP: 80530-010 Curitiba, PR - (41) 3779-0181 www.bugprojetos.com

direção de arte e projeto gráfico

Carolina Bittencourt Colaboradores

Carolina Bittencourt Fabiano César Pereira Fabiele Ariane Fábio Biondo Luther Ludvich Mud Hool Sandro Siqueira Suzana Amaral William R. Narciso Zé das Foia Editor Chefe

Fabiano César Pereira fabiano@bugprojetos.com

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® Todos os direitos reservados. 2009. Todas as informações técnicas são de responsabilidade de seus respectivos autores. As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião de ALLGAZARRA ZINE


Ă­ndice Frank Black

Um ilustre desconhecido

wander wildner + [entrevista]

literatura e cachaça

fabiano diz luther diz

cinema

comportamento

Allgazarra Zine indica:

Feliz dia dos namorados


Charles Michael Kittridge Thompson

IV.

Um nobre inglês? por Sandro Siqueira,

Não... mas Charles não fica atrás da realeza em se falando de música. Com vários súditos em todo o mundo, e alguns que qualquer um gostaria de ter como fã, entre eles David Bowie, Robert Smith e Kurt Cobain. Porém, nem assim sua música é conhecida como deveria ser, lamentável se compararmos sua importância, principalmente quando se fala em indie-rock. Se está perdido, Charles é conhecido como Frank Black e/ou Black Francis. E se ainda está difícil, ele formou o Pixies.


Frank Black

Um ilustre desconhecido


Não é necessário ter ouvido Pixies para ouvir Frank Black, na verdade a maioria das pessoas que dizem não gostar de FB é por fazer uma comparação direta com o Pixies. Frank Black é diferente dos Pixies. Na teoria não deveria ser, já que ele escreve ou escrevia quase todas as músicas da banda que influenciou meio mundo do rock nos anos 90. Mas desde que seu primeiro disco solo saiu, o ex-Black Francis tem desviado do caminho que lhe fez a fama, corajosamente dispensando a assinatura musical que tornou os Pixies conhecidos.

Próximo ao fim do Pixies, fez uma turnê pelos Estados Unidos em 1989 onde ele era acompanhado somente por um violão. Tocando algumas algumas canções do Pixies e algumas suas, ficando claro que estava na hora de lançar um álbum. Desde seus primeiros discos solo, a partir de 1993, deixa claro suas influências musicais com discos recheados de músicas com vários estilos, mas sempre para o lado do rock e fora dos padrões ou “receitas” usados por bandas que faziam sucesso na época.


Frank Black

Um ilustre desconhecido

Bandas essas que para não se rotularem diziam e dizem que seu som é uma mistura de vários estilos, mas acabam sempre fazendo a mesma coisa que os outros. Estes primeiros discos foram elogiadíssimos pela crítica, com um som bastante trabalhado e inovador, mas de certa forma, os discos foram ignorados pelo grande público. Mesmo tendo ótimas músicas com grandes melodias pop de grande potencial radiofônico, a pouca divulgação por parte da gravadora 4AD e até por parte do próprio FB, que mais uma vez, se deu melhor com a crítica do que com o público, nunca estourou.



Frank Black

Mas, ocorreram mudanças de gravadoras, alguns discos não foram recebidos bem nem pela crítica, o que tornou difícil a gravação de um novo álbum. Provando que o que gosta mesmo é fazer música, lança em 1998 na Europa e no Brasil (pela Natasha records) o disco Frank Black and the Catholics, antes do lançamento nos Estados Unidos. O disco foi gravado ao vivo em dois canais, com uma produção bastante simples que lembra uma demo, no entanto a qualidade do som é inqüestionável com excelentes músicas (onde já se sente uma leve puxada para algo que lembra um country/rock), o disco mais uma vez foi bastante elogiado.

Um ilustre desconhecido

segue esse método de gravação nos próximos discos. Em 2002, Frank lança em dose dupla, simultaneamente os discos Black Letter Days e Devil’s Workshop, mostrando que FB é um artista que esta sempre trabalhando e criando. Então, um “boom” no mundo musical acontece com noticias mundiais anunciando uma volta dos Pixies, o que realmente acontece para espanto de muitos que ouviram do próprio FB que isso nunca aconteceria, gerando muita polêmica. A questão era saber o porquê dessa volta, tudo leva a crer que foi simples e meramente por dinheiro, mesmo porque o sucesso e reconhecimento que o Pixies teve foi praticamente após seu fim. E porque não, como foi dito”colher os louros” agora com uma turnê mundial? Parece que essa “volta” dos Pixies reascende o lado rock de FB e volta a lançar discos com menos “country”, por assim dizer, como”BlueFinger” e “ Svn Fngrs”.


Muitas das críticas que recebeu por parte do público e até daqueles que acompanhavam sua carreira, mesmo com músicas muito bem tocadas e arranjadas, deixaram de ouvi-lo após o lançamento de álbuns como “Honeycomb” , “Fasterman Raiderman” , “Show me your tears” onde a influência country/rock que começara aparecer nos albuns anteriores se fizeram notar mais forte nesses discos (mais country que rock). Mas a crítica novamente fala bem dos discos, musicalmente falando, por ter músicos de grande nome, Veteranos na country music/ folk/rock, alguns que haviam tocado com Elvis Presley e outros com os BluesBrothers.

Bem ao estilo de Nashville, discos calmos, com slide guitars, um ou outro instrumento de sopro e ritmos desacelerados. Hoje em dia, com a facilidade de baixar músicas o artista não precisa ficar preso às determinações da indústria fonográfica e pode lançar suas músicas mais à vontade. Mas também fica mais difícil para um ouvinte que em minutos consegue baixar um álbum e ouvir os primeiros 30 segundos de cada música e deletar dizendo que não gostou.


Frank Black Para quem achava que não existiria outra pessoa que pudesse fazer par vocal com FB depois de Kim Deal (Pixies), surge Violet Clark, esposa e agora parceira musical, que já havia participado nos backing vocals em SVN FNGRS. Surgem com a banda “Grand Duchy” e o album “Petits Fours”. Permeado por sintetizadores, o teclado nas musicas lembram muito bandas como The Cure (inclusive fizeram uma ótima versão de “A Strange Day” do Cure e está no CD Tributo ao The Cure – Pictures of You), consegue surpreender com excelentes canções pop, talvez por causa de Violet que sempre se declarou fã de bandas dos anos 80. Seja você fã de Pixies, ou não, o que importa é que o Grand Duchy vem recheado com músicas perfeitas para você ouvir a qualquer momento.

Referência: www.frankblack.net

Um ilustre desconhecido

Frank Black é um grande musico, nem tudo que faz é perfeito, longe disso, mas tem ótimos albuns que valem a pena serem ouvidos, e usando as palavras do próprio Frank Black...

“Ninguém vai gostar de minhas músicas se ouví-las apenas uma vez.”




wander wildner


por Fabiano César Pereira Fabiano é fã do Wander, provavelmente viu todos os shows que o cantor fez em Curitiba nos últimos anos, e todas as vezes que sua mulher está indecisa se gosta mais das músicas do Wander Wildner, Frank Jorge ou Jupter Maçã, ele responde decidido e enfático: Wander!

Dia 21 de maio de 2009, show do Wander Wildner no John Bull Pub. A única vez que estive neste bar foi há muito tempo atrás, em um show da banda Blindagem. Por estar acostumado em ir a shows do Wander em outros locais, como o 92º e o antigo Retrô (hoje La Lupe), admito que tive um certo preconceito devido ao local, mas Wander deveria valer a pena. E valeu.


wander wildner

Chegando lá, a banda de abertura, Emerson Caruso Trio, estava tocando as últimas músicas. Admito que não conhecia, mas pelo pouco que vi, achei muito boa. Tocando covers do mais puro rock’n’roll dos anos 50, me surpreendi quando mandaram ver em “Great Balls of Fire” de Jerry Lee Lewis, com primazia. Findado o show de abertura, anunciaram para dali a pouco a atração principal: Wander Wildner. Nem quinze minutos depois do anúncio, estava lá o ex-Replicante, com seu paletó verde, acompanhado da banda Banho de Lua. Esta, muito boa por sinal.


Mais uma vez, o show foi de causar arrependimento a quem não foi, e quem estava presente certamente sentiu falta de algumas músicas a mais. Com direito a sucesso dos vários discos e de um pogo por parte do público, no final, ritmado por “Surfista Calhorda”, deixou um gosto pra todos de que, como diria o próprio Wander, ficou faltando “A última canção”. Normal, para quem tem tantas músicas boas, impossível agradar a todos os fãs. Aproveitando a deixa, tivemos a oportunidade de fazer algumas perguntas ao cantor gaúcho, como poderemos conferir em seguida.


wander wildner [entrevista] Primeiramente, gostaria de falar que é uma grande honra poder fazer estas perguntas a você, gosto muito de seu trabalho, desde a época dos Replicantes, mas confesso que prefiro sua carreira solo. AZ: Tratando deste assunto, você AZ: Hoje você é um dos principais acredita que seu público é o mesmo artistas da cena alternativa, como dos Replicantes? você vê isso?

Wander Wildner: Logicamente, não. É

outro tipo de som. Toco em outras cidades, outros lugares.

Wander Wildner: Principal não é o termo

correto. Talvez um dos mais antigos. Estou sempre buscando novas alternativas. É o tipo de AZ: Como foi sua saída da banda, aventura que gosto de fazer. você já tinha em mente virar um cantor solo? AZ: Seu novo disco, “La Cancion Inesperada”, traz a música, que Quando sai, não. na minha opinião é a melhor do Estive em três bandas depois que álbum, “Bocomocamaleão”. Qual sai dos Replicantes (de 89 a 94). é a história e inspiração para essa Fui fazer carreira solo só em 95. música?

Wander Wildner:

Wander Wildner: A letra foi presente

do Totonho Vileroy, cantor e compositor gaúcho. Na época estava sem inspiração para compor, então passei pro Jimi Joe fazer a música.



wander wildner [entrevista]


AZ: E, atualmente, quais são suas AZ: Você tem uma participação no influências, o que você ouve em CD “Melopéia” musicando o soneto casa ou no carro? “Ensaístico” de Glauco Mattoso. Como foi que aconteceu o convite? Kings of Leon, The Gossip, Foo Figthers, Bob Dylan, O glauco conhece e Johnny Cash... gosta do meu trabalho, e eu o dele, dai me convidou. levei quase um AZ: Em alguns de seus shows, ano para entender e descobrir você interpreta “Dormi na Praça”, qual a musicalidade de um soneto. conhecida com a dupla Bruno e Mas gostei do resultado. O Flu do Marrone. Como é sua queda pela Defalla participou e produziu a música dita popular ou brega, nunca musica no estudio. pensou em gravar um disco só com estes sucessos? AZ: E, finalizando, você faz muitos shows em Curitiba, qual é sua Quando pequeno ouvia relação com a cidade? musica brega pelo rádio, depois a jovem guarda. Isso me influenciou. Não acho que faço Mas hoje tenho interpretado cada muitos shows em Curitiba. Um por vez menos musicas bregas. ano. Toquei muito no 92 graus. Não gosto mais do amor romantico. Mas sempre senti falta de outros É nocivo. lugares rocks na cidade.

Wander Wildner:

Wander Wildner:

Wander Wildner:

Wander Wildner:


DESENHOS Carolina Bittencourt TEXTO Fabiano CĂŠsar Pereira Luther Ludvich


fabiano diz luther diz



fabiano diz luther diz


comportamento

Feliz dia dos namorados


Feliz dia dos

Namorados, meu

amorrrrrr ...

por Suzana Amaral Que já passou muitos dias dos namorados sozinha, outros mal acompanhada, e há algum tempo tem passado esse dia rindo a toa.

Essa poderia ser mais uma matéria chata sobre os dias dos namorados, especialmente se você não tem um. E não tem essa história de “estou sem namorado”, ou “estou dando um tempo”, tem também a galera do “quem disse que eu queria ter namorado” , corta essa, namorar é muito bom. Mas como eu ia dizendo apesar dessa matéria ser uma comemoração ao dia dos namorados, ela não é necessariamente sobre esse dia. É uma matéria sobre o amor, àquele que você já encontrou ou ainda está para encontrar.


comportamento

Feliz dia dos namorados

Claro que nem tudo é assim tão simples, entre encontrar o seu amor e esperar por ele existe o purgatório dos corações, aquele lugar onde você dá uma chance a uns bolhas e babacas no esforço fenomenal de achar que eles são a sua metade. E é para vocês que eu escrevo. Muitas vezes a gente se contagia com a imagem idealizada do amor, tanto para o bem quanto para o mal, para alguns uma atriz de cimena e seu par em diálogos provocativos-picantes, para outros o amor sid-nancy. Seja qual for o seu estilo é bem provável que você tenha uma imagem pronta na cabeça, o que torna muito difícil você saber quem é afinal de contas é seu amor. Especialmente se você está super empenhada em encontrar um amor. Quem é meu público alvo? Onde posso encontrá-lo? Que abordagem usar? O que devo vestir para atrair olhares? Amiga, se você está nessa vibe, be careful. Não só pode ser que você não encontre o que procure como pode ser que você perca muito esforço em uma baita roubada.


Minha dica é mais que isso, meu desejo para vocês que estão no purgatório do amor, é que vocês não só procurem como também encontrem pessoas verdadeiras, sinceras, que não façam posse, mas se divertem horrores de quem faz. Go with the flow, desencane e dê umas boas risadas com elas, quando você menos esperar vai estar numa turminha, onde vai ter um carinha que por acaso vai ser o cara mais maravilhoso do mundo... Então um dia vai ser só o começo de vários outros dias em que você vai acordar suspirando ao lado do seu amor. Nesse dia você vai entender que o amor não tem nada daquelas poses de cinema, o amor é sim uma coisa muito muito brega, os apelidos de casal são hilários e impublicáveis, e não importa o quão péssimo tenha sido seu dia, você sempre estará feliz quando o fim do dia chega, você se ajeita de conchinha e pensa naquele crediário nas Pernambucanas que você quer fazer.

Então quem sabe no ano que vem você vai dar Feliz Dias dos Namorados para alguém?!


Vocês querem poemas? por Zé das Fôia

Foi com esta provocativa e hostil frase que Bukowski generalizou uma quebradeira geral em um de seus muitos recitais, como Sean Penn declarou em uma outra ocasião conturbada envolvendo Bukowski; “... Fora a primeira vez que vira uma lenda a se comportar realmente como uma lenda...”. Esta frase foi para muitos os que Bukowski é para o mundo.


literatura e cachaรงa


Heinrich Karl Bukowski, este foi o nome de batismo de Charles Bukowski. Nascido em 16 de agosto de 1920, na cidade de Andernach, Alemanha, filho de um relacionamento muito recente entre seus pais Henry Charles Bukowski, sargento do exĂŠrcito americano e sua mĂŁe Katharina Fett uma costureira local.


literatura e cachaça Em 1923, a família Bukowski mudou-se para os Estados Unidos se estabelecendo na Califórnia. Com uma infância pobre e criado de uma forma extremamente severa, principalmente pelo seu pai, Bukowski adquiria um comportamento de garoto tímido, ainda porque a natureza não estava a seu favor no que dizia respeito à beleza, desde muito cedo teve que lutar com o surgimento de acnes em seu rosto, doença que os próprios médicos classificavam como anormais. A sua maturidade não teve grandes avanços no sentido de ser sociável com os que estavam a sua volta, o que fez com que em pouco tempo esmurrasse seu pai em uma briga e caísse fora da casa.


“Eu nasci bastardo – quer dizer, não nasci de um matrimônio” escreve Bukowski em 1971, período também em que o escritor já havia rodado inúmeros quartos de hotéis, bares, bordéis e prisões dos Estados Unidos, vivendo sempre com o auxilio das bebidas, drogas e mulheres das mais variadas possíveis. Bukowski vai registrar (segundo ele próprio) noventa e cinco por cento de sua obra como autobiográfica, contos, poemas, novelas, romances, etc, passando por gravações (de cassetes e discos) em seus recitais, documentários curta e longa metragens, sendo que o mais conhecido é “Barfly – Condenados pelo Vício” lançado em 1987 e, interpretando Bukowski, o durão Mickey Rourke.


literatura e cachaça Bukowski faleceu numa manhã de quarta feira, no dia 09 de Março de 1994 aos 73 anos, obviamente devido ao peculiar estilo vivido intensamente como “pesadelo americano” em seu epitáfio a homenagem de amigos “don´t try”, e nesta tentativa de homenagear-lhe, as suas próprias palavras! rio armá o n ca . fa fi a r eces r r a p g s a ha Minh ir min r ia, e f infon ra s a p a o m u nd r, ta em spera o i e d o i o luga ã d m n o u a t o um om em sso c idas Como u c sons t e s u e u q o e u o b s l Be ndo s en rama e ave r l volto; e o e s d r o a r d z ma toc , Há lu ns do efone i l f e n t o c agora O s e o l t e n e P am o calm e araís a p s o n a e int Bebo Bebo orte Eàm or. do am a r i ent Eàm

1920 1994

Este artigo foi baseado na obra de Howard Sounes. Charles Bukowski – Vida e loucuras de um velho safado. E pela admiração da vida e obra de Charles Bukowski.


Allgazarra Zine indica:

Há algum tempo, um dos ritmos musicais que mais se via presente na cena underground curitibana era o ska. Haviam por toda a parte shows de bandas como Skuba, Boi Mamão, King Kong de Conga, etc. Passado um tempo, essas bandas desapareceram e deram lugar a bandas que fazem um reggae pop, deixando órfãos aqueles que curtem a música jamaicana de qualidade, a verdadeira música de raiz.


A solução, neste período, era correr atrás do Kings’tone, até que no final de 2007, amigos, fãs de música jamaicana começam a se reunir em sessões acústicas caseiras para tocar seus artistas favoritos. Apesar de não saberem tocar direito, se empenham e começam a ensaiar em estúdio. Surgem composições próprias, novos integrantes começam a participar e a banda começa a seguir um rumo mais old school de estilos musicais tipicamente jamaicanos, resgatando o rocksteady, o earlie reggae e o dub. MY SPACE da galera http://www.myspace.com.br/ rocksteadycityfirm

Após muitos e muitos ensaios, um ano e meio depois a banda começa a se apresentar dentro de seu repertório composições próprias, em inglês e português, sem letras políticas, apenas relatando o que os integrantes mais apreciam: boa música e diversão, influenciados por grandes nomes como Symarip, John Holt, Pioneers, Laurel Aitken e Desmond Dekker. A banda é formada por:

Rodrigo Rude (vocal e gaita). Don Kaya (vocal e escaleta). Jeff (baixo) Thomas (guitarra) Zico (guitarra) Vinicius Vina (bateria) Cássio Lemes (teclado)


Dos Quadrinhos para o

Cinema Parte II

As Adaptações para o cinema como as conhecemos hoje.

por William R. Narciso, cinéfilo de plantão. William comanda o blog www.minha-critica.blogspot.com

A terceira (e ultima ???) geração. Na edição anterior pudemos reviver e relembrar os primórdios das adaptações das histórias em quadrinhos para o cinema, com clássicos memoráveis e fracassos inesquecíveis. A segunda parte dessa história começou a ser contada praticamente ao mesmo tempo em que acabava a segunda geração com a tentativa de levar para o cinema heróis pouco conhecidos do grande público, e o pioneiro foi O Máskara (1994), com Jim Carrey. Mas não demorou para pisarem na bola, com uma apelação ao grande astro do basquete NorteAmericano Shaquille O’Neal na pele de Steel (1997), ou Aço na tradução literal. Logo depois outro herói pouco conhecido ganhou forma fora dos quadrinhos: Spawn – O Soldado do Inferno (1997), destaque pra Jonh Leguizano na pele do “Palhaço”.


cinema Mas as atenções começaram a ser voltadas mais seriamente para os quadrinhos com Blade – O Caçador de Vampiros (1998), o vampiro que anda de dia, com o, até então, astro de ação Wesley Snipes. O filme chamou a atenção para esse tipo de produção, dando espaço para um novo gênero e colocando de vez os quadrinhos como uma fonte inesgotável de inspiração. Tanto que Blade ainda ganharia mais duas seqüências, Blade II (2002), dirigido pelo então pouco conhecido Guilhermo Del’Toro e Blade – Trinit (2004) , que apesar de não fazerem o barulho do original ganharam as graças do público. As grandes produtoras começaram a ver as histórias em quadrinhos como um nicho a ser seriamente explorado e grandes projetos começaram a sair das gavetas e serem filmados, juntamente com o fenômeno da Internet que disponibilizava em tempo real aos fãs mais árduos informações sobre o que estaria por vir, o que estava sendo filmado, produtores e diretores mantendo blogs sobre as filmagens, escolha de atores e todo o tipo de fofoca deixavam esse tipo de produção cada vez mais em voga.


cinema

Em 2000 o estardalhaço que as adaptações causariam teve o seu pavio aceso de vez, com X Men – O Filme, sendo lançado. E é ai que não podiam vacilar, pois os mutantes eram conhecidos do grande público, mas fãs raivosos torceram o nariz para algumas escolhas dos atores, principalmente para Wolverine. O mutante das garras de adamantium foi vivido pelo desconhecido ator australiano Hugh Jackman e por mais que tentassem colocar todo tipo de defeito na escolha, até mesmo na altura do ator que não era compatível com a do personagem, hoje não conseguimos mais não imaginá-lo

no papel. Sua continuação em 2002 foi melhor que o original e o fim da trilogia (2006), deram inicio as idéias de contarem histórias de seus heróis separadamente, com Wolverine ganhando seu filme solo em 2009.


Dentro desse novo universo criado, nada melhor do que, em 2002, um dos maiores ícones e mais populares personagens da Editora Marvel ir parar nas telas do cinema. Foi então que Homem-Aranha, sob a direção de Sam Raimi, estourou nas bilheterias mundiais, dando assim a certeza que esse era o caminho. O segundo filme do cabeça de teia (2004), ainda superou o primeiro com um dos melhores vilões desse tipo de adaptação, e um terceiro (2007), que apesar de perder na qualidade do roteiro e não agradar os fãs foi muito bem nas bilheterias. Em 2002, uma história pouco conhecida também foi adaptada e até hoje poucos sabem que teve sua origem nos quadrinhos: Estrada para Perdição, com Tom Hanks e Paul Newmann.


cinema Seguindo com as criações de Stan Lee em alta, foi a vez do Gigante Esmeralda, Hulk (2003) ser reconstruído para o cinema. O responsável em dar vida ao herói foi Ang Lee, mestre do cinema asiático que ao tentar poetizar o monstrão, entregou uma obra que não convenceu e não agradou nem público nem critica. No mesmo ano, outra criação de Stan Lee foi pra telona: O Demolidor – O Homem sem medo, com Ben Afleeck no papel do advogado cego que aguça os outros sentidos após perder a visão ainda criança. Da história de o Demolidor um Spin-off da heroína Elektra (2005), ambos fracassaram.


Ainda em 2004 foi a vez de outra re-imaginação, O Justiceiro (de novo), trocando Dolph Lundgren da adaptação de 1989 por Thomas Jane no papel de Frank Castle, recontando a sua história de vingança, mais decepcionando os fãs mais uma vez tentaram recriá-lo em 2008, trocando novamente o personagem principal, lançado diretamente em DVD no Brasil e pelo visto enterrando de vez a esperança de outra adaptação. Já com outro personagem pouco conhecido, a história foi um pouco diferente, Hellboy (2004) não só teve melhor sorte nos cinemas como ganhou as graças do público e critica, Dirigido por Guilhermo Del’Toro, ganhou uma sequência em 2008 com maior orçamento e liberdade criativa ao seu diretor, é uma das grandes surpresas das adaptações.


cinema

Em 2005, outra criação do mestre dos Quadrinhos Stan Lee foi recriada para película, Quarteto Fantástico chegou para agradar crianças e adultos, caindo no gosto de quase todos, também teve uma seqüência em 2007 que apesar de não agradar tanto quanto o original, deu espaço para o surgimento de outro personagem do universo marvel: O Surfista Prateado. Outra adaptação da marvel, também em 2005, permanece praticamente no anonimato até hoje, sendo difícil até achá-lo nas melhores locadoras, trata-se de O Homem-Coisa, sem qualquer relação com o Coisa do Quarteto Fantástico.


Mas, enquanto os personagens da Marvel tomavam conta desse novo mercado, a DC Comics não poderia deixar barato, e veio com artilharia pesada, Trazendo um personagem que parecia ter dado de vez sua contribuição para o cinema, Batman Begins (2005), recontava a origem do morcego mascarado e dessa vez com muito mais fidelidade à suas histórias nos quadrinhos, mais violento e realista que a série televisiva e as primeiras adaptações, Sua continuação, O Cavalheiro das Trevas, em 2008, fez o que parecia impossível, com o vilão coringa de Heath Ledger mais feroz e sarcástico que o de Jack Nicholson, tanto que lhe rendeu um Oscar (póstumo) de melhor ator coadjuvante.

Na busca por algo mais interessante e diferente do que já havia sido feito aparece Sin City (2006), dirigido por Roberto Rodrigues e pelo próprio criador dos quadrinhos Frank Miller, que também apoiou em 300 (2006), graphic novel de 1998, dirigido por Zack Snider, essas obras foram adaptadas de uma maneira até então não vista, sendo fiéis graficamente aos desenhos, Frank Miller acabou gostando tanto da idéia de direção que, em 2008, realizou The Spirit – o filme, utilizando as mesmas técnicas de filmagem. Em 2007, também foi realizado a adaptação de 30 Dias de Noite, baseado na obra escrita por Steve Niles, foi produzida por Sam Raimi e ganhou até uma série de TV, ainda inédita no Brasil.


cinema

OS VINGADORES Muitos personagens Marvel foram adaptados para o cinema, principalmente a partir do final dos anos 90. Os principais foram: as trilogias Blade O Caçador de Vampiros, Homem-Aranha e X-Men, dois filmes do Quarteto Fantástico, do Hulk, além de Demolidor, O Justiceiro, Elektra e O Motoqueiro Fantasma, este, lançado em 2007 com Nicolas Cage no papel principal. Mas foi em 2008 que o grande e ambicioso projeto da editora/produtora começou a ganhar vida: Os Vingadores, O primeiro passo foi dado com O Homem de Ferro, na produção Tony Stark, foi vivido por Roberto Downey Jr, que parece ter nascido para o papel graças (!?!) ao seu histórico de problemas com álcool, assim como o personagem, no filme algumas dicas foram dadas para que os vingadores possam um dia ganhar vida, primeiro com a aparição do escudo do Capitão América sendo

construído no escritório de Tony Stark, logo depois dos créditos do filme também podemos conferir Samuel L. Jackson como Nick Fury, chefe da F.I.E.L.D dando a dica do que espera o Homem de Ferro. Também produzido em 2007 e lançado em 2008, O Incrível Hulk, não possui nenhuma ligação com o longa de 2003, Dessa vez Edward Norton como Bruce Banner e, interligando projetos. Além disso, há uma breve aparição de Tony Stark. Existem projetos futuros para os Vingadores, Thor já está em fase de pré Produção sobre a direção de Kenneth Branagh e lançamento previsto para 2011, já Homem de Ferro ganhará uma seqüência já no próximo ano e o Primeiro Vingador – Capitão América, com previsão para começar a ser rodado em 2010, Se tudo der certo teremos a reunião desses heróis em 2012, como anunciado pela produtora.



cinema


Alan Moore um capitulo a parte A primeira adaptação cinematográfica de uma história sua, foi o filme Do Inferno (2001), com Jhonny Deep, Sucesso de público e crítica, embora “enxugue” muito do texto original. Depois, A Liga Extraordinária. Fracasso de público e crítica, não tem não ao menos um fio de similaridade com o original, e Sean Connery pagou um dos maiores micos cinematográficos na pele de Alan Quarteman. Em seguida, Constantine. Fracasso de crítica, mas nem tanto de público, muitos se ofenderam com o fato de, no filme, Constantine ser americano, viver em Los Angeles, ter cabelos castanhos e usar um casaco preto (A caracterização original é cabelo loiro, inglês, vive na Inglaterra e usa um sobretudo

bege), e nos quadrinhos ele não usa armas . E V de Vingança, esse foi um sucesso de crítica e público, mas Moore não gostou e tirou seu nome dos créditos, ainda tendo declarado que o roteiro era cheio de “buracos”. A última adaptação de uma obra de Moore foi Watchmen, considerado uma obra prima dos quadrinhos e da literatura mundial, dirigido por Zack Snyder, com roteiro do diretor, foi o que mantevesse mais fiel ao espirito da obra original. Alan detesta, declaradamente, a idéia de adaptarem suas obras para o cinema, e nunca se envolve nas produções e sempre faz declarações de desprezo com as adaptações que envolvem suas obras.

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