ALLGAZARRA ZINE Edição de Lançamento nº 0

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Edição nº 00 • Maio 2009

Confira nesta edição:

motörhead em Curitiba

SLADE:

DO SKINHEAD AO GLAM

E mais, a estréia de Luther e Fabiano nos quadrinhos



editorial

Respondendo nossas perguntas com idéias

Dia-a-dia nos deparamos com fatos ocorridos ao redor; são curiosidades, informações novidades... A partir disso, cada um guarda para si ou divulga, no máximo, para os amigos do trabalho, dos estudos e do boteco. De certo tempo até hoje notamos uma crescente popularização de fatos públicos e privados graças ao instrumento que é a internet. São blogs, sites de relacionamento, comunicação on-line, etc. É cada vez mais difícil encontrarmos alguém que não utiliza e gasta um tempo com ferramentas oferecidas pela informática. E por que ao invés de cada um se fechar no seu mundo virtual, não criar um lugar onde várias pessoas colaboram? E por que esse lugar não pode ser uma revista, grátis e que qualquer um possa acessar? Foram exatamente estas perguntas que fizemos e chegamos à conclusão de que não tínhamos mais nada melhor para fazer mesmo! E que é completamente possível beber cerveja enquanto fazemos isso! Daí surgiu a Allgazarra zine, que tem a pretensão de levar ao leitor informação,curiosidades e entretenimento nas mais variadas doses. Esperamos que aproveitem! Fabiano César Pereira Editor Chefe ALLGAZARRA ZINE


expediente allgazarra zine publicação mensal edição nº 00 MAIO 2009

Rua Mateus Leme, 1294 sala 4 Bloco B - CEP: 80530-010 Curitiba, PR - (41) 3779-0181 www.bugprojetos.com

direção de arte e projeto gráfico

Carolina Bittencourt Colaboradores

Carolina Bittencourt Fabiano César Pereira Fábio Biondo Luther Ludlud Mud Hool Suzana Amaral William R. Narciso Zé das Foia

Editor Chefe

Fabiano César Pereira fabiano@bugprojetos.com

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índice

“We are motörhead... the play rock and Roll” A IDENTIDADE CULTURAL NA JUVENTUDE ATUAL

Dos Quadrinhos para o Cinema

SLADE:

DO SKINHEAD AO GLAM


música


SLADE:

DO SKINHEAD AO GLAM por Mud Hool

A banda Slade tem uma hist贸ria singular e muito interessante. Antes de toda fantasia e pose do glam, eles come莽aram a tocar juntos nas Bahamas, ritmos bem diferentes, servindo como banda de apoio, tocando reggae e soul.


música

Após voltar para Inglaterra, passaram a tocar covers, com seus cabelos compridos e, seu som chamou a atenção de Chas Chandler do The Animals, que resolveu empresariar à banda.


Mas nesta época, em 1969, a Podemos observar isto em fotos moda skinhead estava em alta na divulgadoras e na célebre frase dita Ingalaterra, foi devido a isso que por seu vocalista Noddy Holder: Chas teve a idéia de implantar um novo visual na banda, tornando- “Os skins são só moleques realistas, os skinheads. De nada adiantou, a que têm o pé no chão e trabalham pra banda não fez sucesso, só adquiriu notoriedade mesmo em 1971, quando viver. A gente usa bota e suspensório já haviam aderido a aparência que realmente gostavam, os cabelões e porque gosta, e pronto.” as roupas chamativas. Referência: MARSHALL, George. Espírito de 69: a Bíblia do Skinhead. Trama Editorial. 1993. Nota do tradutor: Glauco Mattoso.


motรถrhead


“We are motörhead...

the play rock and Roll” por Zé das Fôia

“We Are Motörhead... The Play Rock and Roll” é com esta frase que Ian Fraiser Kilmister, mais conhecido como Lemmy, vocalista, letrista, baixista e fundador da banda Motörhead iniciou no último domingo de Páscoa (2009) o show da banda em Curitiba.


motörhead

Para uma matéria sobre Motörhead é impossível que quem a escreva não o faça sem constantes citações sobre Lemmy, e para se falar em Lemmy é também impossível deixar de mencionar as inúmeras participações de um frontman do Rock and Roll, em atividade constante.


O Motörhead surgiu na Inglaterra, na década de 1970, o nome Motörhead era uma gíria usada para o alto grau de chapação que um indíviduo (Lemmy) se encontrava ao ingerir anfetamina em grande quantidade e também fora título de uma música ainda quando Lemmy fazia parte do Hawkwind, banda progressiva que emplacou um grande sucesso em 1972: “Silver Machine”. O desligamento com a banda foi devido ao fato de Lemmy ser esquecido na prisão, pelos integrantes depois de ser preso por porte ilegal de anfetamina nos Estados Unidos. Voltando para a Inglaterra formou o Motörhead, banda que lançou no final da década de 70 três discos importantíssimos, que servem de referência para quem quer começar a ouvir paulada: Overkill, Ace of Spades e Iron Fist, estas três musicas fizeram-se presentes no repertório da banda, nesta passagem por Curitiba.


motörhead

Ultimamente, Lemmy Kilmister vem colaborando com inúmeros projetos, dentre eles o “The Head Cat” que é um projeto de Rockabilly formado por Lemmy, Slim Jim Phantom (ex-Stray Cats) e Danny B. Harvey, e o Probot de David Grohl, ex-baterista do Nirvana e atual vocalista do Foo Fighters.


Entre os berros e distorções em alto volume, o Motörhead vai além de uma simples banda pesada, basta dar uma conferida em suas letras como “I Don´t Believe a Word”, “Lost in the Ozone” ou “No Remorse”, estas e outras tantas transcendem letras de gêneros pesados, são verdadeiras poesias viscerais do rock.

Para quem quiser dar uma conferida diferente de letras traduzidas “a la vagalume” existe uma comunidade no Orkut chamada “Lemmy Kilmister o Poeta do Caos”, moderada por Rodrigo Contrera, que possui material, o qual ultrapassa traduções sem nexo. Além disso, vocês podem encontrar também parte da autobiografia de Lemmy traduzida, intitulada “White Line Fever”.


motörhead

A paixão que envolve os fãs por todo o mundo é a mesma com que Lemmy, Mickey Dee e Phil Campbell sobem ao palco e impressionam a todos. Esta é a terceira vez que o Motörhead vem a Curitiba excursionando e desta vez, divulgando seu recente disco de estúdio “Motorizer”. Com um repertório pra lá de inusitado, foi uma excelente e prazerosa surpresa ouvir além da novíssima Rock Out, Another Perfect Day, Killed by Death (essa última era a predileta de Joey Ramone) e Roadhouse Blues (acústica). Claro que o show não forneceu tanto prazer assim para os que foram para ouvir Hellraiser e Orgasmatron, pois eles não tocaram. No mais, o destaque vai para “Going to Brazil” não só por eles a terem tocado aqui, mas por eles tocarem em todos os países inclusive e principalmente na Argentina!!! Good Rockin Tonight!!!



UMA HISTÓRIA DE: Carolina Bittencourt Fabiano César Pereira Luther Ludlud





Dos Quadrinhos para o Cinema A Célula embrionária das Adaptações como as conhecemos hoje. por William R. Narciso, cinéfilo de plantão. William comanda o blog www.minha-critica.blogspot.com

A primeira Geração Etimologicamente, uma adaptação possibilita a seu possuidor, fazer algo. Na fisiologia esta palavra é empregada para descrever o ajustamento do ser vivo ao seu ambiente. Para a biologia evolutiva, uma adaptação é uma característica que, devido ao aumento que confere no valor adaptativo, foi moldada por forças específicas de seleção natural atuando sobre a variação genética. No cinema uma adaptação é quando se acabaram as boas e originais idéias e então adaptam uma obra de outra mídia para a tela grande, ou então aproveitasse mesmo, uma idéia que já deu certo para tentar repetir o seu sucesso com outros ares. E é ai que mora o perigo, pois nem sempre essa fórmula acaba dando certo.


cinema Não é de hoje que “best sellers” são adaptados para o cinema, jogos de Vídeo Game, desenhos animadoseatémesmobrinquedos estão ganhando o seu espaço na telona, mais vou focar um pouco nas história em quadrinhos e das “graphic novels”. Nos dias atuais, o sucesso que gira em torno de um nome famoso como “HomemAranha” ou “Homem de Ferro” é impressionante, cria-se uma expectativa enorme em ver os heróis da adolescência ou infância criar vida na telona, mais o problema é que nem sempre foi assim. Houve um tempo em que sempre que tentávasse levar uma história em quadrinho para a televisão ou para o cinema, conseguiam no máximo produzir caricaturas do que eram no papel. Vistos hoje, muitas dessas passagens são motivos de risada para a geração atual, por razões óbvias de orçamento e tecnologias existentes na época.

Lembremos de um dos pioneiros no assunto: Batman com Adam West e Burt Ward, hoje criticado pelos atuais fãs do morcegão não se lembram que o inicio do herói era tão bobinho quanto o seriado, logo depois foi a vez da “mulher-maravilha” ser popularizada na pele da atriz Lynda Carter no papel da princesa amazona.


Tivemos também aquele que para nós, brasileiros, é um dos mais marcantes de uma geração, o Incrível Hulk, Bill Bixby assumiu o papel de Dr. David Bruce Banner, enquanto o fisioculturista Lou Ferrigno fez o papel do Gigante Esmeralda. Me lembro também (estou falando daqueles que eu me lembro) de uma TV série do Homem-Aranha, era bizarra, e é só isso que eu me lembro, procurando no “youtube” existem alguns episódios. Essas séries foram as células embrionárias de uma, ou melhor, algumas gerações de adaptações que seguiram da tv como essas citadas para o grande público dos cinemas ávido por boas aventuras, e no começo parecia que tudo andaria bem e muito bem por sinal, Barbarella é um clássico da ficção cientifica, Jane Fonda, surpreendendo, ficando nua no espaço, Conan o Bárbaro com o até então desconhecido fisiculturista Arnold Schwarzeneger, que também faria o Rei Kalidor em Red Sonja, quadrinhos na época proibido para menores.


cinema Ai vieram alguns fracassos como Howard – o Pato, já passou tantas vezes na sessão da Tarde, que aquela cena do Super Pato transando com uma humana me aterroriza até hoje. Fomos presenteados com o verdadeiro herói (muitos defendem que sim é o verdadeiro herói porque nasceu assim e não adquiriu poderes por algum acidente ou coisa parecida), Super Man, a trilogia de Richard Donner, que definiu o herói nos cinemas e o ator Christopher Reeve como o eterno Homem de Aço, abrindo espaço ainda para os efeitos especiais na premiação do Oscar.


The Flash também ganhou um tele-filme e uma série com o ator John Wesley Shipp (quem? Ah ele fez A História Sem Fim) na pele de Berry Allen, outro sacrilégio foi o que fizeram com o (meu preferido) Capitão América... sem comentários. The Flash e o famigerado Capitão América, ou melhor famigerado é esse fime não o personagem encerraram uma primeira geração de adaptações.

A Segunda Geração O Embrião Em 1989 os filmes começaram a ter uma melhora tecnológica que seriam o “The Punisher” , o cara da camisa de caveira que sai matando a torto e a direito procurando vingar sua família, primeira adaptação desse personagem com Dolph Lundgrem, um bom filme, longe de ser a adaptação definitiva (e que estarão presentes na Segunda e na terceira geração de adaptações.) Outra adaptação que fez muito sucesso foi Dick Tracy, com Warren Beatty como o personagem titulo, Al Pacino, Dustin Hoffman, Kathy Bates, James Caan e Madonna no elenco. rendeu 3 Oscars. O Sombra teve sua adaptação com Alec Baldwin, O Fantasma com Billy Zane, e um dos melhores (na minha modesta opinião) O Corvo, que ganhou muito mais notoriedade pela morte de Brandon Lee durante as filmagens do que pelo filme em si.


cinema Já naquele ciclo interminável que tudo se transforma voltamos para o Batman, Tim Burton recriou o personagem para o cinema com dois filmes no clima pretendido pelos fãs (que ainda não sabiam o que lhes aguardavam), com o Coringa fantástico de Jack Nicholson no primeiro e Michelle Pfeiffer como a Mulher Gato no segundo, depois passou as rédeas para Joel Schumacher que ainda fez Batman Forever e Batman e Robin substituindo Michael Keaton dos dois primeiros por Val Kilmer e George Clooney respectivamente, o maior problema desses filmes foram a devoção exagerada aos vilões, deixando de lado o herói, lição que seria aprendida num futuro não tão distante. Outro astro dos filmes de ação também deixou sua passagem nas adaptações, Silvester Stallone deu vida ao “Judge Dreed” , onde no futuro as autoridades terão o poder de Prender, Julgar e executar a sentença, fracasso total, estão pensando em revivê-lo em breve.

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wilnarciso@hotmail.com




A IDENTIDADE CULTURAL NA JUVENTUDE ATUAL por Suzana Amaral

É amplamente visível como as tendências absorvidas pelos jovens se modificam em curtos espaços de tempo. Uma banda, um ator, um estilo de música são motivos de mudanças de comportamento.


comportamento


comportamento Estes são mecanismos de implantar ideologias, talvez sem a menor consciência disso, mas ascendem propósitos de diversos setores alavancando alterações no setor comportamental, e por conseqüência, também no econômico. Estas tendências giram e, de tempos em tempos, retornam a aparecer sob o mesmo conceito, ou em formatos diferentes, mas com características semelhantes.


Encontramos em shows, bares, shoppings e pelas ruas em geral, jovens de ambos os sexos, usando a aparência de um estilo, o qual não tem o menor conhecimento. O utilizam por gostar de uma banda que se veste de tal modo, por influência de amizades e, com isso, em diversas vezes denigrem tal cultura, tal movimento, tornando-o irreconhecível para aqueles que sempre o seguiram e o defenderam Calçados, roupas, músicas, cortes de cabelo, acessórios tornam os jovens um centro de interesse de meios que visam apenas lucrar. Por isso, é interessante cada vez mais consciência por parte desta faixa etária, com o propósito de cada cultura, cada estilo urbano, não perder sua identidade.




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