Agenda CNJ'21

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Ficha Técnica Diretor do Festival - Carlos A. Ribeiro Mota Produção - Dina Santos Secretariado - Vanessa Gonçalves Comunicação - Catarina Alves Contabilidade - Olga Castro Coordenador da Equipa Técnica - José Manuel Ramalho Técnico de Som - João Nunes Técnico de Iluminação - Vasco Cavalheiro Técnico de Vídeo - Sérgio Roxo Técnico de Palco - Pedro Godinho Ilustração Gráfica e Projecto - Pedro Velho (Estágio) Técnico de Imagem - Susana Valadas (Estágio) Técnico Operacional e Manutenção - José Carlos Vieites Posto de Informação - Ângela Pereira e Isabel Roldão Coordenadora Frente Casa - Raquel Adrião Bilheteira - Teresa Alves e Natércia Tempero


CALDAS nice JAZZ’21 Apresentado pela primeira vez em 2012, o Caldas nice Jazz tem sido provavelmente um dos festivais contemporâneos que contribuiu para influenciar uma nova vaga de festivais do género em Portugal. Na verdade, não nos comparamos aos de grande referência nacional como são os casos do Cascais Jazz, Guimarães Jazz e do Jazz em Agosto, na Fundação Gulbenkian ou mesmo a Festa do Jazz em Lisboa, entre outros. Uma das questões que se pode colocar é, será ou não importante manter uma proposta tão singular no “território” Caldas da Rainha? O objectivo foi, desde o início, apresentar músicos/projectos para conhecedores, mas também para novos públicos, que não estavam familiarizados com estas sonoridades. Na realidade, o Jazz aprende-se a gostar ouvindo e descobrindo sonoridades extraordinárias e temas verdadeiramente revolucionários, regularmente. Na verdade o Caldas nice Jazz não é uma opção comercial nem popular. É um projeto que consagra a diversidade cultural, técnica e instrumental, proporcionando uma verdadeira oferta singular no panorama regional, a par de muito poucos que já fazem parte do panorama do “jazz” nacional. O que se tem procurado, desde o início, é proporcionar uma ideia de globalização, ou seja, possibilitar que uma comunidade como Caldas da Rainha pudesse usufruir, mesmo contra as lógicas pseudo-culturais “regionalistas/populistas”, de uma diversidade extraordinária de sonoridades. Este é um processo em construção, que faz história e que não está vinculado a nada que não seja à comunidade e a uma nova geração de músicos. Já vai para uma década a “impressão” de uma referência de abertura nas opções musicais que apresentamos (o histórico está registado em edições discográficas que são um marco importante para a cultura local e regional). Alguns, poucos, não aceitaram este caminho, dizendo que não éramos capazes de impor a marca “Caldas nice Jazz” e proporcionar uma abertura ímpar na fruição cultural da região. Recordemos Jorge Lima Barreto que no seu livro “Revolução do Jazz” dizia a propósito ...“A nota musical, no Jazz, é mais que um signo servindo um conceito, ela é evocativa dum complexo indefinido de imagens. O seu antiformalismo retém a energia imperativa do acto, exprime um pensamento mais próximo da realidade concreta.”

Não, não queremos comparar o Festival Internacional Caldas nice Jazz a qualquer outro.


Nenhum é melhor ou pior, possuem realmente características diferenciadoras que merecem, de públicos cada vez mais conhecedores e cosmopolitas, a atenção porque os seguem nacional e internacionalmente. No histórico também proporcionamos a transversalidade da fruição deste género musical levando-o a diversos espaços pela cidade, desde museus, escolas, cafés, terminais rodoviários, nunca esquecendo que o Jazz estabelece o princípio de uma linguagem partilhada com muitas outras formas artísticas e sonoras. Importante, também, a formação e conhecimento, que propomos todos os anos de forma a construir uma comunidade conhecedora e cada vez mais interessada, nunca nos afastando das práticas artísticas e partindo da noção da integralidade daquilo a que podemos estabelecer entre cultura, cidadania e desenvolvimento. Noção que se afirma no programa JazzOut e no projeto “Filarmónicas também tocam Jazz”, bem como no ciclo de conferências alusivas e na arte que se expõe e no cinema que se revela, porque acreditamos que a escola do Jazz está na comunicação directa e na convivência gerada com essa partilha. Posso mesmo afirmar que o nosso trabalho pretendeu sempre ser um contributo para a criação de um património que tem como objeto a transmissão e disseminação dos bens materiais e imateriais de uma geração para outra. Salientamos a coragem que algumas empresas, instituições e o município tiveram desde a primeira hora, ao apoiarem este festival, ao contrário daqueles que estão sempre do outro lado da história, como resistentes ao novo. Podemos e devemos manifestar uma gratidão pelo manifesto ato de coragem que demonstram contra a banalização demagógica das tendências “normalizantes” instaladas na cabeça de muito boa gente. Procurei fazer deste festival uma festa verdadeiramente singular, assim o futuro lhe reserve mais apoios para que a sua afirmação seja ainda mais, um poderoso cartão cultural da cidade, nacional e internacionalmente. Aceitem o meu convite , venham daí para a festa, tal como Natália Correia escreveu a propósito do Jazz ... “Poesia sem letras, magia sem esperança, assembleia de bacantes na festa do descobridor da vinha, limando as unhas para arrancar os olhos aos usurpadores do sonho. Porque no Jazz o que importa, acima de tudo, é não acordar.”

Carlos A. Ribeiro Mota Diretor do Festival


Nik Bärtsch 29 OUT.

Bilhete: 15€ Bilhete Duplo: 25€ Estudante | Sénior: 10€

Carlos Bica

Bilhete: 15€ Bilhete Duplo: 25€ Estudante | Sénior: 10€

Daniel Erdmann DJ illvibe

30 OUT. Orquestra Jazz de Matosinhos

Bilhete: 12,50€ Bilhete Duplo: 20€ Estudante | Sénior: 10€

com Tomás Marques

04 NOV.

Tord Gustavsen Trio

Bilhete: 17,50€ Bilhete Duplo: 30€ Estudante | Sénior: 12,50€

Samara Joy

Bilhete: 17,50€ Bilhete Duplo: 30€ Estudante | Sénior: 12,50€

05 NOV.

com Pasquale Grasso Trio

06 NOV.

Livre Trânsito / 65€ até 29 de Outubro Workshop

Valor da Inscrição: 12,50€ Participantes da 1ª Edição: 10€

O Círculo da Voz II 30 OUT. Conferência Musicada

Os Grandes Standards do Jazz: Uma Viagem Sonora e Comentada

05 NOV. BILLIE M/12

de James Erskine CINECLUBE CNJ

Bilhete: 4,50€ Estudante|Sénior: 2,50€

20 OUT

JazzOut :

JazzOut

As filarmónicas também tocam Jazz

23 OUT.

Back to Clubbing

JazzOut

29 OUT. E 06 NOV.

28 OUT.

Discos de Jazz no Clube

DUO MISTURADA




29 OUT. 21:30 CCC

Um dos pianistas mais proeminentes do mundo, um filósofo da música!

Bilhete: 15€ Bilhete Duplo: 25€ Estudante|Sénior: 10€

Nik Bärtsch

A performance a solo de Nik Bärtsch é uma viagem não só entre a clareza da música clássica e a improvisação do jazz, mas também entre a harmonia ritual ancestral dos sons japoneses e o minimalismo moderno.

O pianista suíço, Nik Bärtsch, é considerado pela crítica um filósofo da música. Não limita a sua música aos géneros clássico ou jazz e por isso chama-lhe simplesmente de zen-funk ou ritual groove. Este termo refere-se tanto à harmonia de sons quanto ao conceito de pensamento: é um plano de som limpo e arquitetonicamente alinhado, irradiando ritmos repetitivos, entrelaçados e hipnotizantes. Depois de ouvir as obras deste pianista, o público não vai confundi-las com mais nada: o seu espaço é fechado, provocando a atenção constantemente repetitiva e infinitamente lenta, e a improvisação mínima, quase imperceptível. De acordo com a Downbeat, uma das revistas de jazz mais importantes, a música de Nik Bärtsch encanta os ouvintes com as suas composições de várias camadas hipnotizantes e inebriantes, pensativas, psicologicamente influentes e cheias de inteligência encantadora. Nik Bärtsch, diz que a maior influência no seu trabalho foi feita pelos compositores de música clássica contemporânea Steve Reich, Morton Feldman, Igor Stravinsky e pela música ritual japonesa. A música inteligente, envolvente e construtiva de Nik, foi, sem dúvida, influenciada pela sua formação: além do Conservatório e da Escola de Música de Zurique, estudou filosofia, musicologia e linguística. O diálogo que o pianista provoca nos seus concertos não é apenas uma conversa entre o criador e os ouvintes, mas também um olhar profundo e explorador sobre si mesmo. O trabalho musical de Nik é editado pela ECM Records, um dos rótulos mais importantes na edição de Jazz em todo o mundo. Nik Bärtsch - Piano


Daniel Erdmann DJ illvibe

30 OUT. 21:30 CCC

Bilhete: 15€ Bilhete Duplo: 25€ Estudante|Sénior: 10€

Carlos Bica “I Am the Escaped One”

O contrabaixista e compositor Carlos Bica construiu um nicho musical de uma forte identidade com o seu estilo inventivo de um jazz ao mesmo tempo lírico e indie. Entre os vários projetos musicais que lidera, o seu trio AZUL tornou-se na sua imagem de marca como contrabaixista e compositor. Há mais de vinte anos que o trio AZUL de Bica, com Frank Möbus e Jim Black, fascina os seus ouvintes. Agora encontramo-lo com Daniel Erdmann (saxofone tenor) e DJ Illvibe (gira-discos), o mesmo que já conhecíamos da sua participação no álbum Believer, do trio Azul. O saxofonista Daniel Erdmann vem ganhando nome na cena europeia do jazz e os críticos não hesitam em apontá-lo como um dos mais inventivos músicos da atualidade. Em ensembles como Das Kapital, Lenina e Velvet Revolution, Erdmann definiu um estilo saxofonístico que, sem fazer tábua-rasa de todas as tradições que definem o jazz, acrescenta-lhes novas perspetivas. Pelo seu lado, DJ Illvibe, de seu verdadeiro nome Vincent von Schlippenbach, filho do pianista de free-jazz Alexander von Schlippenbach, traz as sonoridades do hip-hop e da música eletrónica para os domínios da improvisação, mediante colaborações com o seu pai e a pianista Aki Takase, ou quando a eles se associa o baterista Paul Lovens, ou com músicos como Lawrence Casserley, Jeffrey Morgan ou Harri Sjöström. Illvibe é um explorador à procura dos mais loucos fragmentos de sons, um DJ maníaco, um consumidor de Vinyl. Vincent von Schlippenbach é o DJ Illvibe e o mundo é um disco! Carlos Bica - Contrabaixo / Daniel Erdmann - Saxofone Tenor DJ Illvibe - Gira-Discos




com Tomás Marques

Bilhete: 12,50€ Bilhete Duplo: 20€ Estudante|Sénior: 10€

Orquestra Jazz de Matosinhos 04 NOV. 21:30 CCC

Orquestra Jazz de Matosinhos apresenta “Viagem pelo Jazz Português: Novos Talentos” com Tomás Marques “Viagem Pelo Jazz Português: Novos Talentos” é a quarta e última fase de um ciclo itinerante iniciado em 2018 com “Uma Viagem Pelos Tempos do Jazz I/II” - onde a Orquestra Jazz de Matosinhos apresentou dois repertórios: do chamado “período de ouro” das big bands nos EUA até aos dias de hoje - e que, em 2020, se debruçou sobre as criações originais em “Viagem Pelo Jazz Português: Compositores”. Resultado do trabalho desenvolvido duas vezes por ano pela OJM, que convida uma jovem promessa do Jazz para ser solista à frente da big band e ouvir os seus temas arranjados para este formato, “Viagem Pelo Jazz Português: Novos Talentos” vai percorrer o país em 2021 com direcção musical de Carlos Azevedo. O novo talento que acompanhar a OJM nesta aventura é o saxofonista Tomás Marques. Natural de Estarreja, criou o seu próprio quarteto enquanto estudava na Escola Superior de Música de Lisboa, uma viagem entre o jazz tradicional e o jazz moderno de forma singular. Membro da Big Band Estarrejazz, já tocou com grandes nomes do jazz português e internacional. Vencedor do Prémio Jovens Músicos 2019, na categoria jazz combo, Tomás Marques, de 21 anos, integra o projecto “Entre Paredes” de Bernardo Moreira. Ao vivo, Tomás Marques e a OJM vão interpretar temas de Kurt Rosenwinkel, João Paulo Esteves da Silva, Carlos Azevedo, Carlos Bica e Florien Ross, mas também dois originais do saxofonista, com arranjos de Andreia Santos e Paulo Perfeito. Recorde-se que o Ciclo Novos Talentos do Jazz se realiza desde 2014, duas vezes por ano, com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos.

Carlos Azevedo - Direcção Músical / Tomás Marques - Saxofonista Convidado


05 NOV. 21:30 CCC

This is music that sings, at once gentle and robust. Lyrical, immediately memorable songs, songs of an appealing freshness, yet sophisticated in their involvement with the melodic line.

Bilhete: 17,50€ Bilhete Duplo: 30€ Estudante|Sénior: 12,50€

Tord Gustavsen Trio All About Jazz

Com 5 álbuns editados, o compositor e pianista Tord Gustavsen, regressa a Portugal para apresentar no Caldas nice Jazz o aclamado último trabalho do seu trio ‘The Other Side’. Depois de explorar outras bem sucedidas formações, com particular destaque para o quarteto com o qual editou dois álbuns‘The Other Side’ (ECM Records) representa o regresso de Tord Gustavsen ao trio instrumental, formato clássico que levou a sua música a um amplo público internacional. Inovador e futurista no que respeita à liberdade musical e inventividade, mas ao mesmo tempo é clara a ligação à quietude e à terrena sensualidade dos anteriores e extraordinariamente bem-sucedidos, álbuns em trio de Tord. Neste mais recente disco, volta a abraçar e de forma paradoxal o som cheio e a simplicidade dos ‘Nordic Blues’ – que tanto apaixonou o público no álbum estreia de Gustavsen (‘Changing Places’, 2003) – lado a lado com paisagens harmónicas abertamente impressionistas e um ambiente geral poético e meditativo. ‘The Other Side’ apresenta sete das composições originais de Tord em diálogo com os antigos hinos escandinavos e três impressionantes versões dos Corais de J.S. Bach. Tord Gustavsen realizou longas digressões com o seu trio, com o seu quarteto e formações alternativas nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Noruega. Marcou presença em grandes festivais em vários outros países, incluindo Austrália, Brasil, Japão, Coreia, Turquia, Itália, Espanha, Portugal e Polónia; e recebeu diversos prémios da crítica especializada. Tord Gustavsen - Piano, Electrónica / Ellen Brekken - Contrabaixo / Jarle Vespestad - Bateria




com Pasquale Grasso Trio 06 NOV. 21:30 CCC Com uma voz suave como veludo, Samara Joy é uma estrela que parece subir a cada apresentação.

Bilhete: 17,50€ Bilhete Duplo: 30€ Estudante|Sénior: 12,50€

Samara Joy

Após ter vencido o Sarah Vaughan International Jazz Vocal Competition 2019, está atualmente a gravar o álbum de estreia, que contará com Pasquale Grasso Trio.

Cresceu em Nova York, a música foi uma presença generalizada, devido à inspiração dos seus avós paternos, Elder Goldwire e Ruth McLendon, que lideraram o conhecido grupo gospel sedeado em Filadélfia, The Savettes. O seu pai viajou com o grande artista de gospel Andrae Crouch, e a sua casa estava permanentemente repleta de sons, não apenas das músicas e do processo de composição do seu pai, mas também da inspiração de muitos artistas de gospel e R&B, incluindo Stevie Wonder, Lalah Hathaway, George Duke, Musiq Soulchild, Kim Burrell, Commissioned e muitos outros. “Embora eu não tenha crescido a cantar na igreja”, explica Samara, “constantemente ouvia a minha família a cantar músicas inspiradoras, o que me inspirou a valorizar a minha linhagem musical. Com os musicais no ensino médio, adorei explorar o alcance da minha voz e aplicar as diferentes cores para se adequar aos personagens que interpretei. Eventualmente, durante o ensino médio, entrei para o coro da minha igreja, onde me tornei numa líder de louvor, cantando três cultos por semana durante quase dois anos. Este foi o meu treino.” A primeira “exposição” de Samara ao jazz foi quando frequentava a Fordham High School for the Arts, onde se apresentava regularmente com a banda de jazz, ganhando o prémio de Melhor Vocalista na competição Essentially Ellington da JALC. No entanto, o jazz não era realmente o seu foco, até que chegou a hora de escolher uma faculdade. Querendo estudar numa escola estadual perto de casa, ela escolheu a SUNY Purchase, tendo sido aceite no seu aclamado programa de jazz, com um corpo docente que inclui muitos mestres de jazz (Pasquale Grasso e o baterista Kenny Washington, que aparecem no seu álbum de estreia).


“Os meus amigos gostavam de jazz e começaram a compartilhar as suas músicas favoritas comigo. O ponto de viragem foi quando ouvi a versão de “Lover Man” de Sarah Vaughan e as gravações de Tadd Dameron com o trompetista Fats Navarro. Fui “apanhada”. A partir desse ponto, Samara começou a seguir os seus estudos de jazz com uma paixão intensa, sendo nomeada pela Ella Fitzgerald Scholar, participando e vencendo a Sarah Vaughan International Jazz Vocal Competition. Embora só recentemente tenha celebrádo o seu 21º aniversário, Samara já se apresentou em muitas das grandes referencias de jazz de Nova York, incluindo Dizzy’s Club Coca Cola, The Blue Note e Mezzrow, além de trabalhar com grandes nomes do jazz como Christian McBride, Pasquale Grasso, Kirk Lightsey, Cyrus Chestnut e o Mestre de Jazz da NEA, Dr. Barry Harris. Lança o seu álbum de estreia através da Whirlwind Recordings. Apresentado com o trio do guitarrista Pasquale Grasso, o baixista Ari Rolande o baterista Kenny Washington. No encarte do álbum, o escritor veterano Will Friedwald comenta que Samara Joy é “uma coleção fantástica de novos arranjos altamente originais, lindamente cantados por um talento em ascensão, e um primeiro álbum muito impressionante. As pessoas estão sempre a usar a palavra ‘intemporal’ como se fosse o maior elogio de todos, mas de certa forma, a voz de Samara e a sua música parecem pertencer a todos os tempos, como se ela estivesse conectada a toda a história do jazz de uma só vez - como se ela existisse em todas as épocas em simultâneo, ela soava tanto clássica quanto contemporânea.” Ganhar o prémio Vaughan foi transformador para Joy. “Eu estava de repente no radar do jazz. Ainda é bizarro pensar em quão rápido as coisas progrediram.” Desde então, Joy trabalhou arduamente para descobrir as suas raízes no jazz, sem perder de vista a simplicidade inata com que faz o seu som brilhar. O seu primeiro álbum anuncia a chegada de uma jovem artista destinada à grandeza.

Samara Joy - Voz / Pasquale Grasso - Guitarra / Dario di Lecce - Contrabaixo / Steve Brown - Bateria




O Círculo da Voz II 30 OUT. 17:00 CCC

Valor da Inscrição: 12,50€ Participantes da 1ª edição: 10€

Workshop

Manuel Linhares vai orientar o workshop “O Círculo da Voz II”. Uma experiência a não perder, que visa impulsionar a improvisação e criatividade vocal! Manuel Linhares tem uma vasta experiência como facilitador de workshops e retiros musicais e trabalha frequentemente como assistente de artistas como Meredith Monk ou Bobby McFerrin. “O Circulo da Voz II” pretende dar a conhecer estas novas formas de trabalhar a voz, a improvisação e a criatividade musical, democratizando o seu acesso, impulsionando comunidades de cantores e dinamizando a criação artística interdisciplinar a nível nacional. “O Círculo da Voz” é um laboratório de improvisação e criatividade vocal que foi fundado em 2017 pelo cantor Manuel Linhares e que decorre regularmente no Porto, no espaço Yoga Sobre o Porto. Nestas sessões procura-se entender a voz enquanto possibilidade de expressão artística e individual, mas também enquanto manifestação e construção de um espaço comum, através de circlesinging e outros exercícios de canto e improvisação em grupo. São aprofundadas técnicas contemporâneas para trabalhar a voz que não as tradicionais formas corais, baseando-se integralmente na improvisação para criar composições e fomentar a musicalidade dos seus participantes. O grande percussor destas técnicas foi o cantor Bobby Mcferrin, com o qual Manuel Linhares teve a oportunidade de estudar e ser professor assistente do seu workshop “Circlesongs” no passado ano de 2019. O que o “Círculo da Voz II ” propõe é a procura de uma forma de expressão vocal espontânea que promova o desenvolvimento musical, a improvisação e a criatividade, enquanto se cria um forte sentido comunitário e de partilha. Pretende-se que a individualidade possa ser superada pelo grupo que utiliza a sua voz de uma forma exploratória e livre, criando os mais improváveis cenários musicais. Explorando-se ritmo, timbre, movimento, harmonia, melodia, palavra, corpo, expressividade e, sobretudo, criatividade.


Os Grandes Standards do Jazz: Uma Viagem Sonora e Comentada

05 NOV. 23H

MOMENTOS RESTAURANTE CCC

Nesta sessão, João Moreira dos Santos, investigador e autor do programa «Jazz A2» (Antena 2), e Cláudio Alves, compositor, guitarrista e cantor, propõem uma viagem histórica e musical pelos 25 standards do Jazz mais populares. Desde os anos 1920 que os músicos de Jazz procuram, através de grupos e autores como a Original Dixieland Jazz Band (“Tiger Rag”) e King Oliver (“West End Blues”), compor, interpretar e gravar temas da sua autoria. Expandido enormemente entre as décadas de 1930 e 1960, esse vasto conjunto de peças originais foi sendo aprendido e reinterpretado pelas sucessivas gerações de músicos. Os referidos temas tornaram-se, assim, standards do Jazz, constituindo o idioma comum deste género musical, condição que partilham com os standards do cancioneiro popular norte-americano. Vão assim soar no Caldas nice Jazz clássicos como “Take the A Train”, “Take Five”, “Cantaloupe Island” ou “Birdland”, todos eles contextualizados esteticamente, musicalmente e discograficamente.

Entrada Livre

Conferência Musicada



João Moreira dos Santos Doutorado em Ciências da Comunicação (ISCTE), tem realizado o seu percurso profissional entre os média, a comunicação empresarial e o ensino universitário. É autor, desde 2013, do «Jazz a Dois» (RTP/Antena 2), distinguido em 2018 com o Prémio Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores, na categoria de «Melhor programa de rádio». Tem colaborado também no Expresso, Visão História, Blitz, A Capital, Jornal de Letras, etc., em sites norte-americanos de referência e no seu próprio blogue (2003-2011). É autor de 10 livros, alguns dos quais representados na Library of Congress, na New York Public Library, na British Library, na Bibliothèque Nationale de France e nas bibliotecas das universidades de Harvard, Yale, Princeton e Columbia. É também autor de várias exposições (Assembleia da República, Biblioteca Nacional e Centro Cultural de Cascais), roteiros, palestras culturais (Banco de Portugal e Centro Nacional de Cultura), documentários e espectáculos teatrais/musicais. Criou e produziu, igualmente, diversos eventos culturais de referência, nomeadamente o festival Allgarve Jazz e o ciclo Dose Dupla (CCB), um dos quais distinguido em 2012 pela UNESCO.

Cláudio Alves Músico, cantor, compositor, letrista, fotógrafo e videógrafo Português. Nascido em 1992, desde cedo mostrou grande interesse pelas artes. Em 2007, começa a tocar guitarra durante o curso de design gráfico na Escola Secundária Artística António Arroio. Em 2010, inicia os seus estudos musicais mais aprofundados no Hot Clube de Portugal e conclui o curso. Durante este período, participa como aluno em festivais internacionais, tais como o Atina Jazz Festival (Itália, 2012) e o IASJ (Dinamarca, 2013). Em 2014, inicia os seus estudos na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) e conclui a licenciatura de jazz em 2016. Desde então tem actuado em várias salas de concerto pelo país, tais como o Hot Clube de Portugal, Teatro Garcia de Resende (Évora Jazz Fest), Cascais Jazz Club (Antena 2), Museu Nacional de Arte Antiga (Antena 2), Liceu Camões (Antena 2) (Museu do Traje (Jazz no Museu de Traje de S. Brás), Palácio de Congresos ‘Manuel Rojas’ de Badajoz (Prémios Grada 2018), Centro de Ocio Contemporáneo COC, Badajoz (XI edición de Jazziberia de Badajoz), Festival Nazionale Dei Conservatori Italiani Città Di Frosinone, Itália, Royal Academy of Music, Dinamarca, entre outros. Ao longo do seu percurso já participou na gravação de cerca de 10 discos de música original com diversos grupos, tendo lançado o seu primeiro álbum em nome próprio de música original em Português no presente ano de 2020 (“Encontro”). Faz parte de vários projectos tais como “Nebuchadnezzar Group”, “Gonçalo Sousa Quinteto”, “Nelson Cascais Quinteto”, “Pela Rua Fora”, “Produtos Biológicos Grátis”, entre outros. As artes visuais ainda fazem parte do seu imaginário. Para além da música, Cláudio dedica-se também à videografia e fotografia.



Entrada Livre

As Filarmónicas também tocam Jazz

Sociedade Filarmónica Catarinense

23 OUT. 11:00

TERMINAL RODOVIÁRIO - CALDAS DA RAINHA

A fundação da Sociedade Filarmónica Catarinense deve-se a um grande homem, padre Agnelo Monteiro Diniz que ocupava o lugar de pároco na nossa freguesia no ano de 1892. O seu gosto pela música fez com que em Maio desse mesmo ano nascesse a Sociedade Filarmónica Catarinense, tendo sido consagrada ao Sagrado Coração de Jesus pelo seu fundador. Ao longo dos 129 anos de existência, surgiram muitos executantes que fizeram carreira em bandas militares. Na década de 60, durante a Guerra do Ultramar, a banda sofreu uma ruptura pelo facto de muitos jovens músicos terem sido convocados para o serviço militar obrigatório e também pelo elevado fluxo migratório. Ainda assim, os músicos disponíveis juntavam-se sempre a 25 de Novembro para realizar a procissão do dia de Santa Catarina. Em 1976, a Sociedade Filarmónica Catarinense voltou a reerguer-se pela mão do Sr. Silvino Heliodoro que iniciou a escola de música. No ano de 1978, foi constituída a primeira direção, composta pelos elementos Silvino Heliodoro (presidente), Almerindo Silva (secretário)e António Matias Zeferino (tesoureiro), como vogais David Funcheira, José Bernardino Ramalho e Álvaro do Carmo Almeida. Em 1985 foi construída a sede da banda no edifício polivalente próximo da Junta de Freguesia de Santa Catarina. Em Maio de 1992, a Sociedade Filarmónica Catarinense comemorou o seu 100º aniversário, tendo sido galardoada com a medalha de mérito-Ouro pela Câmara das Caldas da Rainha. A Sociedade Filarmónica Catarinense pertence à federação de bandas do distrito de Leiria. Ao longo dos 129 anos, a banda foi dirigida por diversos maestros, Sr. Moniz, Sr. Costa, Sr. Zeferino, Sr. Isascas, Sr. Santos, Sr. Valente, Sr. Ilídio Ferreira, Sr. Silvino Heliodoro, Sr. Manuel Alves, Sr. Bruno Santos e desde fevereiro de 2018 que está sob a direção do Maestro Gonçalo Sousa. Atualmente a Sociedade Filarmónica Catarinense é composta por 30 elementos, na sua grande maioria jovens. A escola de música é gratuita e funciona às terças e sextas.


Sara Pestana e Giovanni Barbieri

28 OUT. 16:00

Entrada Livre

DUO MISTURADA

ESCOLA DE HOTELARIA E TURISMO OESTE

O duo Misturada nasce da vontade de uma lisboeta e de um gaúcho de juntar a bossa-nova, o frevo, o forró, o baião e o samba num caldeirão com temperos jazzísticos. Sara Pestana e Giovanni Barbieri levam-nos numa viagem pela riqueza do repertório da Música Popular Brasileira, visitando temas “lado B”, bem como algumas canções conhecidas do grande público.


JazzOut :

Back to Clubbing Discos de Jazz no Clube

TOCA DA ONÇA BISTRO & MOMENTOS RESTAURANTE CCC 29 OUT. | 23H - 02H - TOCA DA ONÇA BISTRO 06 NOV. | 23H - 02H - MOMENTOS RESTAURANTE, CAFÉ CONCERTO & COCKTAIL LOUNGE O Jazz e o regresso da animação nocturna. Uma aventura de duas noites pelo Jazz Dance Scene na companhia de Tomás Emídio (aka Senhor Alto) e outros convidados.

*Lotação limitada e de acordo com as regras e recomendações da DGS. *Mediante Reserva: Facebook - facebook.com/tocadaoncabistro / facebook.com/MomentosCCC Instagram - tocadaonca.bistro / momentos_restaurante


Bilhete: 4,50€ Estudante|Sénior: 2,50€

Billie

M/12

de James Erskine 20 OUT 21:30 CINECLUBE CNJ Billie Holiday é uma lenda do jazz e uma das grandes vozes do século XX.

Nos anos 70, a jornalista Linda Lipnack Kuehl gravou mais de duzentas horas de entrevistas com pessoas que tinham convivido com Billie: músicos, amigos, família, amantes. Essas entrevistas, preparação para uma biografia que nunca chegaria a escrever, nunca foram ouvidas e são reveladas pela primeira vez neste documentário. Juntamente com actuações e imagens de arquivo agora restauradas, constituem um retrato único da vida tumultuosa e do talento de Billie Holiday. REINO UNIDO - 2019 - 98’ - cor e p&b

FICHA TÉCNICA Direcção James Erskine Montagem Avdhesh Mohla Director de fotografia Tim Cragg Co-produtor Shianne Brown Supervisão musical Kle Savidge Colorista Marina Amaral distribuição Midas Filmes


Jazztoon

Cartoons Cnj’21 2015-2021 Exposição de Bruno Prates 29 OUT a 6 NOV - FOYER CCC

Desde 2015 que o Festival Internacional Caldas Nice Jazz conta com a colaboração de Bruno Prates que, incansavelmente, desenha os seus artistas “cabeça de cartaz”. O convite surgiu por parte da direção deste festival com base da ideia de contemplar os artistas convidados com uma caricatura, entre tantas outras lembranças regionais. Ao longo destes 7 anos de festival foram realizados 45 desenhos. Todos entregues no palco antes ou depois do “encore”, preconizando quase sempre, um momento de boa disposição entre o público e os artista visados. Para Bruno Prates, o FICnJ sempre se configurou como um momento de experimentação gráfica. Funcionando o festival como charneira entre os diferentes modelos de representaçãocuja evolução e maturação gráfica é facilmente perceptível ano após ano ou não fosse o desenho, tal como o jazz, uma forma de expressão artística. Mais que um momento de inspiração ou de experimentação, esta colaboração é uma responsabilidade, mas também motivo de orgulho por representar a cidade de Caldas da Rainha além fronteiras. É uma forma de levar o desenho à cena internacional. Uma forma de contribuir para a democratização da cultura local. Uma forma de confraternizar com artistas de outras áreas que, surpreendentemente (talvez por culpa do jazz) sempre manifestaram respeito, amizade e admiração pelo facto de lhes ser dedicado tempo através da feitura de um desenho. Por fim, lembrar que foram 45 momentos de inspiração onde a música e o desenho andaram de mãos dadas, uma vez que cada desenho foi feito ao som da originalidade musical de cada um dos artistas. 45 momentos de liberdade. “O jazz é sobre a alma humana, não sobre a aparência. O jazz tem valores, ensina a viver o momento, trabalhar em conjunto e, especialmente, a respeitar o próximo. Quando músicos se reúnem para tocar juntos, é preciso respeitar e entender o que o outro faz. O jazz em particular é uma linguagem internacional que representa a liberdade…” (2013), Herbie Hancock.



STANDARDS, O IDIOMA UNIVERSAL DO JAZZ de João Moreira dos Santos

Kirk Lightsey e Carlos Ba em concerto no Centro Cultural de Belém © J. M. S

A história do jazz é, em grande parte, a história dos chamados standards, que têm sido, nos últimos 100 anos, a verdadeira coluna vertebral deste género musical, garantindo-lhe a sua invulgar e particular universalidade. Adoptado por sucessivas gerações de instrumentistas e vocalistas, o referido termo pretende nomear um vasto conjunto de peças musicais que, de tão amplamente conhecidas, tocadas e gravadas pelos músicos ao longo de várias décadas, e escutadas avidamente pelos ouvintes, se tornaram no repertório básico, fundamental, do jazz. Os standards constituem, portanto, um idioma universal que torna possível aprática conjunta do jazz. São os elementos federadores que permitem que numa qualquer jam-session – um concerto informal – realizada, por exemplo, no Hot Clube de Portugal (HCP), músicos de diferentes gerações, oriundos de países distintos e que falam idiomas incompreensíveis entre si, consigam, ainda assim, tocar jazz de forma imediata e articulada. Além da difusão através dos discos, a sua bíblia tem sido, desde os anos 1970, o chamado Real Book. Criado de forma informal por estudantes do prestigiado Berklee College of Music, em Boston, o referido livro mais não é do que uma colectânea das pautas de três ou quatro centenas de temas tocados habitualmente pelos músicos profissionais e amadores, democratizando e perpetuando a sua interpretação. Embora usado de forma genérica, o termo standards está, contudo, longe de designar um repertório homogéneo. Pelo contrário, abrange dois tipos de peças musicais com origens, temporalidades e características bem diferentes. Por um lado, as canções populares emanadas, entre as décadas de 1920 e 1960, de Tin Pan Alley, do teatro musical da Broadway e dos filmes de Hollywood, comumente referidas como o Great American Songbook. Da autoria de compositores como Irving Berlin, os irmãos George e Ira Gershwin, Jerome Kern, Harold Arlen, Johnny Mercer e Richard Rodgers, caracterizam-se por terem linhas melódicas facilmente reconhecíveis e reproduzíveis pelo público, estruturas pequenas e tipificadas (12, 16 ou 32 compassos), e progressões harmónicas apelativas para os músicos de jazz. Noutro plano, as composições criadas pelos próprios músicos de jazz, de que são exemplo os clássicos “St. Louis Blues” e “Caravan”, de W. C. Handy e Juan Tizol, e os bem mais contemporâneos “Now’s the time” e “So what”, de Charlie Parker e Miles Davis. Este material, em particular, expandiu-se enormemente nas décadas de 1930 a 1960, muito por via da emergência dos estilos jazzísticos swing, bebop, hard bop, cool e modal, e de músicos como, além dos citados, Duke Ellington,


arretto (2010) Santos

Billy Strayhorn, Count Basie, Benny Goodman, Thelonious Monk, Dizzy Gillespie, Sonny Rollins, John Coltrane, Wayne Shorter ou Herbie Hancock. Em Portugal, há registo de grupos que já nos anos 1930 e 1940 tocavam os standards do jazz, nomeadamente o clássico “Tiger rag”. Não obstante, uma verdadeira cultura sistematizada dos standards surgiu apenas na década de 1950. Três actores revelaram-se cruciais nesse processo. Desde logo, o HCP, que agregou, a partir de meados dos anos 1940, vários músicos e logrou criar uma escola informal e homogeneizante da prática jazzística. Na década seguinte, desenvolveu-se nesse caldo cultural uma nova geração de instrumentistas amadores – oriunda, sobretudo, de Coimbra e Leiria, mas também de Lisboa – que tinham em comum a paixão pelo jazz moderno, isto é, pós swing. Esses músicos, de que são exemplo António José de Barros Veloso, José Luís Tinoco, Vasco Henriques, Rui Cardoso, Justiniano Canelhas, Bernardo Moreira, Manuel Jorge Veloso e Paulo Gil, beneficiaram da presença em Portugal, a partir de 1956, do saxofonista belga Jean-Pierre Gebler. Graças a ele, aprenderam a interpretar os standards nas tonalidades originais em que tinham sido compostos e também as introduções perpetuadas pelos discos que os celebrizaram. Na posse desse conhecimento, ficaram aptos a acompanhar os músicos estrangeiros que actuavam pontualmente na sede do HCP. Mas, se os músicos dessa geração tocavam quase exclusivamente os standards estrangeiros, compondo apenas quando convidados a escrever música para bandas sonoras de filmes nacionais (como sucedeu com Manuel Jorge Veloso e de Paulo Gil), os instrumentistas que lhes sucederam apostaram, sobretudo a partir das décadas de 1970 e 1980, na criação e gravação do seu próprio repertório. Rão Kyao, António Pinho Vargas, Zé Eduardo ou Mário Laginha investiram, portanto, em composições originais. Essa inflexão não agradou, inicialmente, a alguns músicos da geração anterior, que temiam ver perder-se, assim, o carácter universalista do jazz. Iniciado tal processo, importa saber se a prática jazzística nacional gerou, tal como sucedeu nos EUA, os seus próprios standards, isto é, composições de músicos portugueses interpretadas ou gravadas sistematicamente pelos pares. Embora tímidos, há sinais positivos nesse sentido, encontrando-se materializados num pequeno conjunto de álbuns gravados por João Paulo Esteves da Silva (Plays Carlos Bica White Works, 2009), pela Orquestra Jazz de Matosinhos, que revistou em Bela Senão Sem (2013) a música do referido pianista, pela Orquestra do HCP (A Dança dos Pássaros: a música de António Pinho Vargas, 2017) e pela Big Band Júnior (Abraça Sassetti, 2019). Pode enquadrar-se ainda nesse âmbito a publicação de três volumes do songbook de Bernardo Sassetti, uma iniciativa promovida recentemente pela Casa Bernardo Sassetti. A existirem já standards de jazz portugueses, um deles é “Olhar”, um tema de Bernardo Sassetti que deu título a um álbum de Carlos Barretto (1999), que o pianista retomou em Nocturnos (2002) e que Barros Veloso gravou no disco DocTetos (2012). Outro forte candidato é “Certeza”, de João Paulo Esteves da Silva, estreado em Esquina (2000). Resta saber se ambos resistirão ao implacável teste do tempo e à contínua progressão estética do jazz, tornando-se, assim, verdadeiros standards nacionais deste género musical.



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