Jornal Mídia Livre

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ANO 1 N0. 1 / TEMA: CIDADANIA LGBT

_jornal mídia livre www.agenciamidialivre.org

Rio de Janeiro - Setembro|Outubro 2010 LEIA E PASSE ADIANTE

Jornal produzido por jovens participantes do projeto Agência Mídia Livre.

CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA

A Rua é a Casa

A vida de homossexuais em sitação de rua

Saiba como é a vida de jovens homossexuais que vivem nas ruas. A relação com as drogas, sexo, prevenção de doenças e os perigos a que estão expostos. Woaiza Kelly conversou com dois jovens sobre esses assuntos. Página 02

DST e AIDS

o que você precisa saber sobre isso?

Que sexo é bom todo mundo sabe. Mas é preciso muita responsabilidade para se proteger de doenças e de uma gravidez fora de hora. Conheça os programas de saúde e como se informar sobre esse tema. Página 04 - Por Damires Teixeira

Campanha - Não Homofobia

Dicionário Português X Portugays

Nos últimos 30 anos, o Movimento LGBT Brasileiro vem concentrando esforços para promover a cidadania, combater a discriminação e estimular a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A partir de pesquisas que revelaram dados alarmantes da homofobia no Brasil, a Associação O Jornal Mídia Livre elaborou um dicionário para você vencer o preconceito e conhecer um Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), juntamente com pouco do universo divertido e criativo LGBT. mais de 200 organizações afiliadas, espalhadas por todo o país, desenvolveram o Projeto de Descubra algumas expressões para se comu- Lei 5003/2001, que mais tarde veio se tornar o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que nicar livremente com todos os grupos. propõe a criminalização da homofobia. Saiba como está essa discussão. vença o preconceito e conheça algumas palavras

Página 04 - Por Heitor de Jesus

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Os direitos sexuais, a liberdade sexual e a diversidade sexual são direitos humanos Rulian Emmerick - Advogado

Você já ouviu falar em diversidade sexual, em liberdade sexual e em direitos sexuais? Pois é, a garantia da diversidade sexual, do direito à liberdade sexual e dos direitos sexuais são reconhecidos, hoje, como direitos humanos. Mas o que se entende por direitos humanos? Os direitos humanos são direitos fundamentais da pessoa humana. Esses direitos são considerados fundamentais porque, sem eles, a pessoa não é capaz de viver com dignidade. Podemos dizer que a diversidade e a liberdade sexual são direitos sexuais e, portanto, direitos humanos. Mas o que são direitos sexuais? Podemos dizer que são direitos humanos que foram conquistados nos últimos anos e que pertencem a todas as pessoas, ou seja, é: (i) o direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violên-

cia, discriminações e imposições, isto é, de dizer que sou heterossexual, homossexual, bissexual, travesti, entre outras; (ii) o direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual; (iii) o direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças; (iv) o direito de viver a sexualidade independentemente de ser casado, solteiro, da idade, da condição física; (v) o direito de escolher se quer ou não quer, quando ou com quem, ter relação sexual; (vi) o direito de ter relação sexual independente da reprodução, ou seja, de ter relação sexual independente de querer ou não ter filhos; (vii) o direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e das doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV/AIDS, a sífilis, dentre outras; (viii) o direito aos serviços públicos de saúde sexual que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação; (ix) o direito à informação e à educação sexual para que todos e todas possam viver uma vida sexual saudável. A garantia dos direitos sexuais é muito importante para que todas as pessoas possam viver a sua sexualidade com igualdade, autonomia, intimidade, privacidade, saúde, segurança, etc. Ao mesmo tempo, para a garantia dos direitos sexuais é preciso políticas públicas que garantam o acesso aos serviços de saúde, que assegurem

informação e educação sobre saúde sexual. E mais: os governantes (prefeitos, governadores, presidente, vereadores, deputados) tem o dever de criar políticas públicas buscando garantir os direitos sexuais para que todas as pessoas possam exercer a sua sexualidade com autonomia, liberdade, saúde, segurança, etc. e que todos(as) possam alcançar o mais elevado nível de saúde sexual, sem sofrer discriminação, coação ou qualquer tipo de violência. Entre os serviços para a garantia da saúde sexual que os governantes devem prestar, podemos citar os programas de prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. No Brasil muito se avançou na prevenção e tratamento do HIV/AIDS, e de outras doenças sexualmente transmissíveis através do fornecimento do preservativo (camisinha), do fornecimento de medicamentos e de muitas outras políticas públicas. Contudo, os avanços ainda não são suficientes para garantir de forma adequada os direitos sexuais. Desta forma, somente através das lutas e das reivindicações dos nossos direitos junto aos governantes é que conseguiremos ter garantido os direitos sexuais, que são direitos humanos e, portanto, fundamentais para que possamos viver com dignidade.


_editorial É com grande prazer que anunciamos a chegada do número um do Jornal Mídia Livre. Esta edição já surge histórica porque é produzida por jovens participantes das oficinas de comunicação e novas tecnologias do projeto Agência Mídia Livre, realizado pela organização Excola com o financiamento do Oi Futuro. Nesta primeira edição enfocamos o tema “Liberdade Sexual e Cidadania LGBT”. Muito se consquistou no campo dos direitos e esses grupos podem sinalizar diversos fatos importantes para a consolidação dessa luta. Como é o caso da PLC 122/2006 que prevê a criminalização da homofobia. Mas ainda há muito o que fazer para vencer o preconceito e alcançarmos a justiça social. Nesta edição você vai conhecer os detalhes dessa luta, bem como personagens marcantes. Temos também um infográfico super explicativo sobre a evolução mundial da luta por direitos sexuais. Informações sobre DSTs e Prevenção de AIDS, baladas LGBTs, dicionário com os principais vocábulos do universo gay e muito mais informação. Acompanhe nossas ações pelo site além de algumas matérias em audio e vídeo.

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_não homofobia Por Heitor de Jesus Infelizmente nos dias de hoje a homossexualidade humana e o preconceito ainda andam de mãos dadas. Mesmo com tanta informação e a mudança e a evolução dos pensamentos que vem acontecendo ao longo desses últimos anos com a nossa geração, muitos de nós temos dentro da gente um certo receio contra tudo aquilo que é diferente. Apesar de muito presente em nossas vidas nos dias de hoje, os homossexuais ainda sofrem muito preconceito, fazendo com que muitos deles se sintam discriminados e tenham vergonha de se assumirem e almejarem a uma vida normal. A psicologia tenta explicar e classifica o homossexualismo como “um desvio de conduta que vai contra a natureza”. Muitas religiões pregam a idéia de que é um pecado sujo e a sociedade, que é bombardeada com essas informações, aceita e dissemina a homossexualidade como uma doença, perversão, safadeza, “falta de porrada” e etc. É praticamente impossível sentir-se bem tendo tantos rótulos pejorativos e por mais que existam coisas piores, muitos defendem um criminoso e condenam a homossexualidade. Para ser homossexual nos dias de hoje é preciso além de tudo coragem. Coragem que muitas vezes falta até para o próprio homossexual que por ter vergonha de lidar com esse preconceito na sua

vida familiar, profissional e etc, prefere se esconder e não se assumir perante a sociedade com medo das conseqüências que o preconceito pode trazer para a sua vida e à vida das pessoas que ele ama. Temos que parar com essa idéia de que o homossexualismo é uma coisa ruim. Assim como nasce o um indivíduo heterossexual, nasce um homossexual. Cientificamente não existe a possibilidade de uma diferenciação de uma pessoa homossexual de um heterossexual. Muito se especula, mas nada ainda foi ainda foi comprovado veridicamente. Segundo o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos assinada desde 1948 “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. Então se todos nós nascemos iguais e temos que agir com espírito de fraternidade uns com os outros, deveríamos tirar o preconceito de nossas vidas e respeitarmos as diferenças que existem entre os 6,8 bilhões de pessoas espalhadas mundo a fora seja ela homossexual ou não!

_expediente www.agenciamidialivre.org

_a rua é a casa

redação - agenciademidialivre@gmail.com Conselho Editorial - Elizabeth Serra, Toni Monteiro e Victor Ribeiro. Edição e Diagramação - Agência Mídia Livre Reportagem - Woaiza Kelly, Rafael Galo, Heitor de Jesus, André Fogliano, Damires Teixeira e Victor Ribeiro. Fotos - Grupo Arco Íris, Não Homofobia e Divulgação. Colaboração - Rulian Emmerick, Robson Tomate, Shirley Vasconcelos, Filipe Silva, Thiago Benayon, Fernando Damázio, DJ Mosca, Ted, Arquimedes, FASE, Grupo Arco Íris e ABGLBT. Coordenação de projeto - Victor Ribeiro Realização - Excola. www.excola.org.br Apoio - Oi Futuro. www.oifuturo.org.br Impressão - Arquimedes Edições (1.000 exemplares) Esta publicação é de responsabilidade do projeto Agência Mídia Livre. Não descarte esse jornal em via pública.

Para ler ouvindo:

Vocês sabem que homossexuais sofrem um grande preconceito pela sua orientação. Imagine ser homossexual, morador de rua e ainda por cima usuário de drogas? É assim que vive X. 22 anos e Y.28 anos. Ambos homossexuais e moradores de rua. X. é um homossexual que foi expulso de casa ainda cedo pelos pais por não aceitarem sua orientação sexual. Aprendeu nas ruas tudo o que sabe e como ele mesmo diz, “já fez de tudo” para se manter, até se prostituir para poder comer. Ele conta que é solteiro, mas que de vez em quando encontra uns “rolos por ai”, se arruma todo, toma banho, se perfuma, penteia os cabelos e sai com homens de classe alta, casados que sentem atração por homens. Conta também que quando era menor sofria muito pelo fato de ser homossexual, mas agora que o mundo está mas “colorido”, as pessoas o aceitam mais. Às vezes o tratam mal por ser usuário de drogas, mas por ser homossexual nem tanto, só as crianças das comunidades que gritam e jogam pedras, mas as pessoas mais maduras não têm o mesmo comportamento. Diz que está nessas condições porque a vida não lhe proporcionou algo melhor, que se pudesse escolher pensaria duas vezes antes de fazer as coisas que fez, mas em relação a sua homossexualidade ele afirma que é feliz com um sorriso hipnotizador. Y. é uma bissexual (afirma ser mais homossexual que bissexual) que está na sua oitava

A vida de jovens homossexuais em situação de rua Por Woaiza Kelly gravidez e conta que as últimas duas gestações foi um presente para sua companheira, pois ela gostaria de ter um filho e as duas sendo mulheres não seria possível. Ela está com seis meses de gravidez e com um bebê de sete meses de idade que mora com sua companheira e as demais crianças vivem com a avó materna. Quando perguntada do por que não evitar a gravidez, ela respondeu sorrindo: - “Todos os meus namorados e namoradas querem ter filhos, mas depois que engravido ao invés de assumirem eles somem”. Afirma também que, o ruim é na hora do parto, onde ela vê que é discriminada por ser moradora de rua. No ultimo parto ela foi com a atual companheira e falou: “O que mais chocavam os outros era a roupa que estávamos vestindo e não se éramos um casal homossexual”. Essas pessoas entrevistadas moram em um local totalmente desprovido de condições Básicas. Embaixo da linha amarela você encontra crianças, mulheres grávidas, homens, jovens, animais, roedores, etc. Mas se acham que eles são infelizes, que nada, cada vez que eles falavam sobre a vida deles, eles sorriam, olhavam um para o outro e riam mais ainda.


_gay line

Evolução da luta LGBT O Jornal Mídia Livre elaborou um infográfico para você conhecer os principais acontecimentos históricos na luta por direitos de grupos LGBTs. Por Rafael Galo, André Fogliano e Victor Ribeiro

_cidadania LGBT Estado lança o disque cidadania LGBT O governo do estado, através da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, lançou em 28 de junho o Disque Cidadania Gay, um serviço telefônico gratuito com o objetivo de orientar e aconselhar homossexuais sobre seus direitos para o exercício pleno de sua cidadania. A informação foi prestada pelo titular do órgão estadual, Cláudio Nascimento, na tarde deste domingo, durante o ato de combate à homofobia, organizado pelo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, em Ioanema, na Zona Sul do Rio. – Também vamos criar sete Centros de Referência de Promoção de Direitos da Comunidade LGBT, espalhados pelo estado, para prestar serviços de apoio jurídico e psicológico, entre outros, aos homossexuais. No projeto, estarão envolvidos cerca de 30 profissionais, entre advogados, psicólogos e assistente sociais – acrescentou Nascimento. O superintendente lembra também de outra ação inédita do governo estadual que, desde o dia 1 de junho de 2009, passou a registrar os casos de crimes de homofobia nas delegacias, tornando o

Rio o primeiro estado do país a ter dados oficiais de discriminação. Desde então, segundo ele, já foram registrados 300 casos. Mesmo assim, Nascimento acredita que há muita luta pela frente até que a comunidade LGBT consiga exercer sua cidadania sem discriminação e a principal delas é a aprovação do PLC 122.

que mais tarde veio se tornar o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006. O projeto torna crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero – equiparando esta situação à discriminação de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexo e gênero, ficando o autor do crime sujeito a pena, reclusão e multa. Depois de ser aprovado na Câmara dos Deputa- Nos últimos 10 anos, tivemos três mil homo- dos, o projeto agora está no Senado. Se for aprossexuais assassinados e, desses, o Rio é o ter- vado no Congresso Nacional, o PLC alterará a Lei ceiro colocado. Ano passado, foram 192 mortes 7.716, de 5 de janeiro de 1989. no Brasil, sendo 23 no Estado do Rio. É um dado assustador, considerando que o Rio de Janeiro Quem quiser mais informações a respeito dos tem um comportamento cultural mais liberal. Pre- projetos da Superintendência podem ligar para os cisa haver uma legislação federal para punir esses telefones 2334-5545/5546. casos, equiparar o crime de homofobia ao crime de racismo e intolerância religiosa – pediu Nasci- Fonte: Secom/Governo RJ mento. Nos últimos 30 anos, o Movimento LGBT Brasileiro vem concentrando esforços para promover a cidadania, combater a discriminação e estimular a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A partir de pesquisas que revelaram dados alarmantes da homofobia no Brasil, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), juntamente com mais de 200 organizações afiliadas, espalhadas por todo o país, desenvolveram o Projeto de Lei 5003/2001,


_saúde

DST / AIDS - prevenção e conscientização O Jornal Mídia Livre pesquisou informações fundamentais para você se informar sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e os programas de saúde e educação para conscientização junto aos jovens.

Por Damires Teixeira É claro que lembrar sempre é bom e pra quem gosta de curtir a balada e depois se relacionar com pessoas desconhecidas, a melhor coisa é usar camisinha. É prático e você pode prevenir muitas doenças quando faz o uso do preservativo que é distribuído gratuitamente pelo governo e você não precisa nem gastar. Quanto mais consciente você estiver fica mais fácil se manter longe das DST’s. DST’s = Doenças Sexualmente transmissíveis .

Os principais sintomas das DSTs são: - Coceira ao redor da vagina e/ou corrimento vaginal - Corrimento/secreção na uretra peniana no homem - Dor durante o sexo, ao urinar, ou na região da pelve - Dores de garganta após sexo oral - Dores no ânus após sexo anal - Lesões de tipo cancro, não dolorosas na área genital, ânus, língua e/ou garganta - Urina escura; urinar a todo momento; fezes mais claras - Pequenas vesículas ou nódulos que se rompem na área genital - Perda de peso, suores noturnos, cansaço inexplicável, infecções raras acontecendo - Verrugas cor da pele na área genital

Tratamento - Todas as pessoas com DSTs devem procurar um médico para evitar o desenvolvimento e agravamento da doença. Cada DST tem um medicamento específico, por isso não se deve buscar remédios com amigos ou em farmácias sem precrição médica.

Grupo Arco Íris de Conscientização Homossexual Rua Profº Otávio Kelly nº 15 – A – Tijuca – Rio de Janeiro/ RJ – CEP:202030-01 Tel: (21) 2208-2799, (21) 2238-8292, (21) 2208-9027 Homepage: http://www.arco-iris.org.br DAVIDA – Prostituição, Direitos Civis, Saúde Rua Santos Rodrigues, nº 103 – Estácio – Rio de Janeiro/ RJ - Cep: 20250-430 Tel: (21) 2502-1376 – Fax: (21) 2285-4687 Homepage: www.excola.org.br ATOBÁ – Movimento de Emancipação Homossexual Rua Prof. Carvalho de Melo, nº 471 – Magalhães Bastos – Rio de Janeiro/RJ - Cep: 21735-110 Tel: (21) 3332-0787 – Fax (21) 3331-1527 Associação de Travestis e Liberados do Brasil – ASTRAL Rua Frei Caneca, 130 – Centro - Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.211-010 Tel: (21) 2232-2181 - Fax: (21) 2205-4796 Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS – ABIA Rua da Candelária, 79 – 10º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ Tel: (21) 2223-1040 Homepage: http://www.abiaids.org.br Centro de Educação Sexual – CEDUS Av. General Justo nº 275 – Bloco I – Sala 203 A - Rio de Janeiro/RJ Tel: (21) 2544-2866 – Fax: (21) 2517-3293 E-mail: cedus@ig.com.br

_dicionário português X portugays Acuendar - Prestar a atenção em algo. Arrasou/ Abalou - Expressão de admiração em relação a um ato bem-sucedido de outra pessoa. Alibã – Policial. Amapô - Mulher. Aqüé - Dinheiro. Atender - Ficar com alguém, transar. Azuelar - O mesmo que dar a Elza (roubar). Bafão - Confusão. Barbie - Homem homossexual malhado e afeminado. Beijar - O mesmo que dar a Elza (roubar) só que descaradamente. Bofe - Homem bonito. Cheque – Cocô. (Da mesma forma que nena). Chuchu – Barba. Carimbar - Transmitir doença. Carão - Fazer pose, debochar. Chuca - Lavagem instestinal. Close - Pessoa metida. Colar velcro - Ato sexual entre duas mulheres. Colocação - Se drogar, beber muito. Demônio – Homossexual feio(a). Dumdum - Pessoa negra. Desaqüendar - Sair fora, deixar o lugar, para de prestar a atenção. Doce – AIDS. E aí? - Expressão de cumprimento, talvez a mais usada no meio homossexual. O mesmo que olá, como vai? Ebó - Macumba, trabalho, pessoa feia Edí - Ânus

Saiba Mais

É tudo! - Algo muito bonito e/ou interessante. Entendida(o) - Lésbica, gay. Elza - Roubar. Erê – Criança. Equê - Mentira. Gravar – Fazer sexo oral em alguém. Mona – Mulher; ou homossexual masculino bem afeminado. Mala - Órgão genital masculino. Maricona - Homem homossexual com mais de 50 anos. Mati - Pouco, pequeno. Montada – Arrumada, produzida (geralmente para sair). Nena – Fezes. Neca - órgão genital masculino. Odara - Muito, grande Ocâne - Órgão genital masculino. Pencas - Em grande quantidade, muito. PAM - Sigla para Passiva Até a Morte. Parô tudo! - Expressão de admiração sobre algo que seja bonito ou um ato corajoso. Pintosa - Homem homossexual bem feminino. Racha - Órgão genital feminino. Se joga! - Expressão de estímulo, o mesmo que “Vá em frente!”. Tombar - Arrasar, chegar arrasando. Tô loka! - Expressão de raiva, também usada para indicar que a pessoa está sob o efeito de drogas ou álcool. Uzê - Ruim, pior que uó.

_dicas da madame Depois de eleita pelo site TravelOutGayTravel.com como “o melhor destino gay do mundo”, a cidade do Rio de Janeiro disponibiliza inúmeras boates e bares GLS para se divertir - confira as melhores do centro e o guia na íntegra no site www.agenciamidialivre.org.

Por Heitor de Jesus Buraco da Lacraia Rua André Cavalcante, 58 Tels: 2242-0446 e 2242-8880 Funciona sextas e sábados Cabaré Casa Nova Cine Ideal Rua da Carioca, 64/ Tel: 2221-1964 Funciona sextas e sábados Sal & Pimenta Rua Mem de Sá, 120 Tel: 3852-0864 e 3970-6640 The Week Rua Sacadura Cabral, 154 Tel: 2163-2000 Funciona somente aos sábados.


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