Afubra - Anuário Verde é Vida 2023

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PALAVRA DO COORDENADOR

Os frutos de 32 anos de ações

Ao olharmos a trajetória de 32 anos de ações ininterruptas do nosso Verde é Vida, nos enchemos de alegria e orgulho. São tantas histórias e exemplos que nos chegam, de todas as nossas regiões de atuação. Uma delas, é o da catarinense Eloise que, a partir do desafio da Pesquisa Científica do Verde é Vida, levará o trabalho dela para os Estados Unidos. Parabéns a ela, aos colegas, professores, pais e, também, à nossa equipe da Afubra. Nosso reconhecimento pelo empenho de todos os estudantes que se esforçam para apresentarem belíssimos trabalhos na Pesquisa Científica.

Outro fruto a ser comemorado são os 20 anos dos Grupos Ambientais. E esses frutos estão deliciosos! E, as sementes estão germinando e estão dando mais e mais frutos. Querem exemplos? As ações fundamentais que esses alunos desenvolvem na sua escola, propriedades dos familiares e comunidade em geral. É recolhimento de óleo saturado, coleta de sementes, separação e destino correto de lixo, hortas, pomares e recuperação de nascentes. E tem mais; muito mais ações. E, com os depoimentos do Mateus e do Peterson, creio que estamos no caminho certo ao, como entidade, assumirmos, junto com a família e a escola, o papel de indicar o caminho às nossas crianças e jovens!

Adalberto Sidnei Huve coordenador geral do Verde é Vida

Chega às mãos de vocês o Anuário Verde é Vida 2023. Constam ações e trabalhos das nossas equipes da Afubra realizadas com as escolas parceiras. Chamo a atenção de vocês, além, claro, para as histórias, ações e relatos contidos no Anuário, para fotografias antigas do Grupo Ambiental SOS Natureza que, há 20 anos, como um projeto-piloto para a implantação dos GAs, era formado por filhos de colaboradores da Afubra. Quem se reconhecer nos avise!! Reiteramos, novamente, o nosso compromisso com cada um de vocês! Boa leitura!

índice

Anuário Verde é Vida 2023

Publicação da Associação dos Fumicultores do Brasil – Afubra

Rua Júlio de Castilhos, 1031

96810-156 - Santa Cruz do Sul (RS)

Telefone: 51 3713-7700

Website: www.afubra.com.br

E-mail: verde@afubra.com.br

Os trabalhos publicados neste Anuário são de responsabilidade da coordenação editorial, dos relatores, orientadores e pesquisadores. É permitida a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, desde que citada a fonte.

Coordenação Geral: Adalberto Sidnei Huve

Coordenação Editorial: José Leon Macedo Fernandes, Luciana Jost Radtke

Redação: Cristina Severgnini (MTb/RS 9.231) e Luciana Jost Radtke (MTb/RS 13.507)

Capa, Projeto Gráfico e Diagramação: Cristiano H. Schindler

Ilustração da Capa: Márcio Leal Silveira

Colaboração: Márcio Castro Guimarães, Vivian Padilha Nardi e coordenadores regionais

Impressão: Cromo Gráfica e Editora

Tiragem: 700

expediente
exemplares Distribuição gratuita Palavra do Presidente da Afubra O agir coletivamente em prol do meio ambiente 5 Coordenação e Abrangência Quem coordena e quem são os parceiros 6 Grupos Ambientais 20 anos de ações nas comunidades 8 Influência Histórias de quem fez parte de GA 18 Preservação Projeto NasceVida – assim renasce um rio 20 Bolsa de Sementes Ações socioambientais e rurais 24 Óleo Saturado Ações socioambientais e rurais 26 Pesquisa Científica Os trabalhos da Expoagro Afubra 2024 30 Anais Resumos coordenadores municipais 36 Resumos das escolas 45 Resumos pesquisas científicas 72
Foto: Luciana Jost Radtke
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A importância de agir coletivamente pela preservação ambiental

2023 marcou ações produtivas do Verde é Vida, tudo em parceria com escolas, prefeituras e comunidades do Sul do Brasil

Para mudar hábitos e costumes e ter novas atitudes, deve-se investir em educação de crianças, adolescentes e jovens. Na questão ambiental, não é diferente. Eu trago comigo minha própria experiência de vida, pois, no meu grupo de jovens lá nos anos 1970, praticávamos essas ações coletivas com o plantio de lavouras em conjunto. Principalmente em relação ao meio ambiente, tivemos resultados bem concretos. Semeamos e cuidamos de canteiros de mudas de árvores e, chegado o ponto de serem replantadas, cada participante do grupo recebia sua cota de mudas e tinha por missão plantar na propriedade da sua família.

Isso fez com que criássemos a consciência da importância de cada um no coletivo e, também, da preservação do meio ambiente. Nossas mudas, no futuro, deram bons resultados, inclusive econômicos, com o corte e comercialização da madeira dessas árvores plantadas. Considero-me um exemplo prático da importância de se disseminar a prática de tudo o que se faz na questão ambiental e no coletivo. Em relação ao Verde é Vida, os exemplos são incontáveis, principalmente entre os participantes dos Grupos Ambientais, que são organizações dos alunos dentro das escolas. Nesses grupos, os jovens são protagonistas, junto com o professor coordenador, de muitas atividades que beneficiam a comunidade escolar e suas localidades.

Aliás, o andamento das ações do Verde é Vida têm valorosas parcerias, principalmente das escolas, que facilitam e viabilizam a implementação de projetos e

atividades. Portanto, isso tudo beneficia as comunidades, geralmente interioranas, onde é mais fácil a aplicação de várias formas de ações ambientais. O Verde é Vida investe nessas parcerias e aposta em todas as parcerias que podem unir-se a nós em prol do trabalho para termos resultados ainda mais positivos.

Aos estudantes participantes dos Grupos Ambientais do Verde é Vida, digo que reconhecemos e elogiamos as ações feitas por eles e que devem continuar o seu belo trabalho nas comunidades. Já tivemos experiências elogiáveis na trajetória até aqui e queremos sempre mostrar e continuar disseminando a ideia do coletivo e de tornar mais fáceis e eficientes as ações em prol do meio ambiente.

Tenho certeza de que em 2023 o Verde é Vida conseguiu cumprir com todas as suas metas e propósitos, sempre com forte parceria das escolas e dos municípios conveniados. O objetivo é sempre fazer o melhor e ter resultados efetivos dentro daquilo que se aposta no planejamento da programação do ano. Nas páginas seguintes deste Anuário está o resumo do que fizemos em 2023, ano em que o Verde é Vida completou 32 anos de atuação. E em 2024 seguimos fazendo tudo o que está dando certo e ampliando ações, buscando sempre maximizar os resultados.

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PALAVRA DO PRESIDENTE
Marcilio Laurindo Drescher presidente da Afubra Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra

RA Araranguá

RA Imbituva e Irati

RA São Miguel do Oeste

Escolas: 8

Municípios: 5

Araranguá, Jacinto Machado, Meleiro, Sombrio e Turvo;

RA Arvorezinha

Escolas: 66

Municípios: 5

Guamiranga, Imbituva, Irati, Prudentópolis e Teixeira Soares;

RA Rio Negro e Mafra

Escolas: 28

Municípios: 6

Princesa, São José do Cedro, São Miguel do Oeste, Iporã D’Oeste, Descanso e Guarujá do Sul

Escolas: 11

Municípios: 4

Anta Gorda, Arvorezinha, Ilópolis e Itapuca;

RA Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo

Escolas: 65

Municípios: 7

Agudo, Cachoeira do Sul, Candelária, Nova Palma, Paraíso do Sul, Restinga Seca e Silveira Martins;

RA Camaquã

Escolas: 46

Municípios: 6

Campo do Tenente, Itaiópolis, Mafra, Piên, Quitandinha e Rio Negro;

RA Rio do Sul e Ituporanga

RA Sobradinho e Arroio do Tigre

Escolas: 26

Municípios: 7

Escolas: 75

Municípios: 16

Agrolândia, Atalanta, Braço do Trombudo, Dona Emma, Ibirama, Imbuia, Ituporanga, Lontras, Mirim Doce, Petrolândia, Presidente Getúlio, Rio do Campo, Rio do Sul, Taio, Trombudo Central e Vidal Ramos.

Arroio do Tigre, Lagoa Bonita do Sul, Passa Sete, Salto do Jacuí, Segredo, Sobradinho e Tunas;

RA Tubarão e Braço do Norte

Escolas: 11

Municípios: 3

Escolas: 18

Municípios: 7

RA Santa Cruz do Sul

Arambaré, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Chuvisca, Cristal, Dom Feliciano e Sertão Santana;

RA Herval D’Oeste

Escolas: 46

Municípios: 11

Água Doce, Capinzal, Catanduvas, Herval D’Oeste, Joaçaba, Lacerdópolis, Luzerna, Ouro, Treze Tílias e Vargem;

RA Francisco Beltrão

Escolas: 112

Municípios: 13

Butiá, Encruzilhada do Sul, Gramado Xavier, Guaporé, Herveiras, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Serafina Corrêa, Sinimbu, Vale do Sol e Vera Cruz;

RA São Lourenço do Sul

Escolas: 38

Braço do Norte, Gravatal e Tubarão;

RA Venâncio Aires

Escolas: 43

Municípios: 6

Arroio do Meio, Boqueirão do Leão, Cruzeiro do Sul, Lajeado, Mato Leitão e Venâncio Aires.

Municípios: 6

Escolas: 3

Municípios: 1

Arroio do Padre, Canguçu, Pelotas, Rio Grande, São Lourenço do Sul e Turuçu;

Francisco Beltrão;

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Coordenadores Regionais do Verde é Vida

Araranguá

Lédio Motta Bento

Jaguari

Arvorezinha

Jonas Hermes

Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo

Carlos Alberto Loewe

Márcio Vasconcelos da Rosa

Renato Arthur Roos

Camaquã

Claudiano Bender Schmechel

Francisco Beltrão

Cássio Voese

Herval D’Oeste

Alceu Hoffamnn

Fábio Igor Fuchs

Imbituva e Irati

Carlos Roberto Stadler

Gerson Gomes da Silva

Rio do Sul e Ituporanga

Geison José Schmoeller

Rafael da Silva

Rio Negro e Mafra

Edemar Pedro Konckel

Henrique Felczak

Santa Cruz do Sul

Adalberto Sidnei Huve

José Leon Macedo Fernandes

Márcio Castro Guimarães

Vivian Padilha Nardi

São Lourenço do Sul e Canguçu

Geber Conrad Ehler

Marcos Efraim Lessa Jung

São Miguel do Oeste

Jandir Stock

Sobradinho e Arroio do Tigre

Jonimar Moura de Oliveira

Rodrigo Eichelberger

Tubarão e Braço do Norte

Hilário Boing

Laércio Heidemann

Venâncio Aires

Luiz Carlos da Silva

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Foto:LucianaJostRadtke

Há 20 anos, Grupos Ambientais fazem a diferença nas escolas e nas comunidades

Atualmente, são 205 grupos ativos em 180 escolas. Em duas décadas, 15,5 mil alunos já fizeram parte de GA

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GA SOS Araucária, da escola Felipe Becker, de Santa Cruz do Sul/RS

Há 20 anos, quando o Verde é Vida já contava com 12 anos de estrada, para aumentar ainda mais o envolvimento das comunidades escolares, a atuação passou a contar com Grupos Ambientais (GAs). De lá para cá, em torno de 15,5 mil estudantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná já fizeram ou fazem parte de algum dos GAs do Verde é Vida. Constituídos formalmente, com professor orientador e diretoria escolhida entre os alunos participantes, os grupos assumem atividades ambientais e tomam iniciativas em ações práticas, que ultrapassam os limites do pátio da escola.

Conforme o professor José Leon Macedo Fernandes, coordenador pedagógico do Verde é Vida, o objetivo é proporcionar ao educando a possibilidade de desenvolver

ações socioambientais na escola e na comunidade, tornando-o agente na integração entre ambas, e promovendo o crescimento da comunidade escolar. “Em 2003 foi criada a Cartilha dos Grupos Ambientais e, de lá para cá, já tivemos mais de 600 GAs”, conta.

Atualmente, são 205 Grupos Ambientais, que estão em 180 escolas de 60 municípios nas 16 regiões de atuação do Verde é Vida. “Temos, hoje, em torno de 2,5 mil alunos envolvidos, diretamente, nos GAs. Muitos exemplos mostram a dimensão do alcance das atividades propostas junto aos GAs e escolas, indo além da conscientização ambiental”.

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Foto: Arquivo Afubra Foto: Arquivo Afubra Alunos do GA SOS Natureza durante passeio de estudo Atualmente são em torno de 2,5 mil alunos envolvidos diretamente nos GAs Grupos assumem atividades ambientais e tomam iniciativas em ações práticas
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Professor José Leon Macedo Fernandes: iniciamos o GA com 16 crianças entre 6 e 12 anos Atividades eram voltadas para o trabalho de educação ambiental Alunos do SOS Natureza criaram entre si uma relação de amizade e de integração

GA SOS Natureza: um piloto que deu certo

Em 2003, quando o Verde é Vida resolveu criar os Grupos Ambientais, foram feitos alguns questionamentos, como, por que criar e qual seria a proposta. Foi a partir da experiência com outras atividades envolvendo alunos, que a equipe pedagógica do Verde é Vida formatou a proposta de criar grupos de alunos, nas escolas parceiras, com o objetivo de proporcionar ao educando o desenvolvimento de ações na escola e na comunidade, auxiliando a escola em suas atividades pedagógicas, sociais, culturais e ambientais. A ideia era de que o GA assumisse e se encarregasse de atividades pontuais de forma a ajudar a escola a desenvolver seu trabalho socioambiental. A proposta foi de proporcionar aos alunos o seu crescimento, cidadania, senso crítico, união e espírito de liderança, através do contato direto com os problemas de sua comunidade.

Para melhor entender todo esse processo, a equipe do Verde é Vida teve a ideia de criar um Grupo Ambiental, formado por filhos de funcionários da Afubra, exatamente com o propósito de realizar um projeto piloto e, ao mesmo tempo, proporcionar aos filhos dos funcionários da Afubra uma nova experiência de trabalho em grupo e de forma não formal.

O professor José Leon Macedo Fernandes lembra que “iniciamos o GA com um número de 16 crianças com idades entre 6 e 12 anos. No primeiro encontro foi escolhido o nome do GA, a diretoria e o dia que seriam

realizados os encontros do grupo. O nome do grupo ficou SOS Natureza e nos encontros seguintes, sempre aos sábados pela manhã, foram definidos o logotipo e as ações que seriam realizadas”.

O GA SOS Natureza teve atividades voltadas para o trabalho de educação ambiental realizando pedágios de sensibilização, passeios ciclísticos, incursões no município, tanto na cidade como no meio rural, excursões de estudos, bem como ações sociais e culturais. Ao longo deste período, os alunos do SOS Natureza criaram entre si uma relação de amizade e de integração. Embora com idades diferentes, os objetivos eram os mesmos, e isto os colocava no mesmo patamar de responsabilidade e de cooperação.

Hoje, 20 anos depois daquele projeto piloto, a equipe do Verde é Vida encontra os membros do GA SOS Natureza, como profissionais nas diferentes áreas: são farmacêuticos, engenheiros, contadores, professores, enfermeiros que atuam em suas áreas de forma responsável e profissional. Portanto, para o Verde é Vida, a proposta dos Grupos Ambientais deu certo e hoje colhe-se, nos três estados do Sul do Brasil, frutos de uma árvore que cresceu muito bela e frondosa, a partir das sementes plantadas pelo Verde é Vida.

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Proposta foi de proporcionar aos alunos crescimento, cidadania, senso crítico e união Logotipo do GA SOS Natureza

Em Atalanta/SC, escola Ribeirão Matilde conta com forte atuação de seus dois GAs

Cultivo de mudas de árvores frutíferas, hortaliças e coletas de sementes e de recicláveis fazem parte das atividades

No município de Atalanta, em Santa Catarina, fica a Escola Municipal de Ensino Fundamental Ribeirão Matilde com 150 alunos e onde há dois Grupos Ambientais (GAs): o RM Ambiental, com 15 alunos do período matutino e o Patrulha das Sementes, com 15 alunos do vespertino. Ambos possuem atuação há quase uma década e desenvolvem ações na comunidade, na escola e até na cidade toda. Um exemplo recente é a gincana ambiental de arrecadação de material reciclável para ser usado nas aulas de artesanato e para venda e obtenção de fundos para melhorias no parque infantil.

A diretora Rosane Jochem Herbst, que também é a coordenadora do Verde é Vida na escola, conta que, dentro das ações ambientais, no viveiro da escola foram cultivadas mudas de diversas frutíferas, como uva, figo, ora-pro-nóbis e pitaya. “Com orientação da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), foi utilizando o processo de estaquia na produção das plantas. E essas mudas foram doadas para as famílias em um evento promovido pela escola”, diz.

Outras atividades que têm o comprometimento dos alunos são a coleta e beneficiamento de sementes para o Bolsa de Sementes da Afubra. Além disso, eles confeccionaram

plaquinhas com os nomes das plantas da horta, ajudaram no plantio dos milhos de pipoca e auxiliam na manutenção dos canteiros do jardim da escola. Os alunos dos GAs são responsáveis ainda por plantar, cultivar e colher as hortaliças da horta e levar para as merendeiras da escola.

Conforme Rosane, as atividades dos Grupos Ambientais contribuem com as atividades pedagógicas de forma prática e incluem, também, ações sociais. Ultrapassando as atividades ambientais, os alunos do GA empenharam-se na implantação da geladeira literária, que foi deixada no mercado da comunidade para que todos tenham acesso. “E, como nossa região passou por enchentes, neste

O que significa participar do Grupo Ambiental?

Alunos são responsáveis por plantar, cultivar e colher as hortaliças que são ingredientes da merenda escolar

ano foi feita arrecadação de alimentos não perecíveis para as famílias dos atingidos das cidades vizinhas”, relata.

Sobre o Verde é Vida, a diretora conta que, em uma década de engajamento e parceria, foram desenvolvidas várias atividades e projetos pedagógicos voltados à realidade em que as famílias estão inseridas. “Os projetos anuais da escola levam em consideração a sustentabilidade, o desenvolvimento de valores e práticas que visem a consciência ambiental, engajando toda a comunidade escolar nas ações desenvolvidas”, completa Rosane.

Foto:Divulgação

“Participar do Grupo Ambiental tem sido muito gratificante porque proporciona aprendizados novos e a gente consegue passar isso para os outros alunos da escola de uma forma interativa. Participei ativamente do GA durante todo o ano de 2023 e tem sido muito legal. A gente faz coletas de óleo saturado, pilhas, latinhas, lixo reciclável e de sementes de árvores nativas. Entre os conhecimentos, o que mais me chamou a atenção foi o do projeto científico, de como cuidar das plantas. Percebi que a questão ambiental é algo que engloba tudo e o interior está sendo visto por ser importante na preservação, já que, atualmente, o rural é bastante valorizado.”

Júlia Emanuele Kelzenberg

14 anos - Grupo Ambiental Chico Mendes

EMEF Cardeal Leme - Santa Cruz do Sul/RS

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Foto: Divulgação

O que significa participar do Grupo Ambiental?

Para mim, fazer parte do Grupo Ambiental é algo muito gratificante, pois através do desenvolvimento de suas ações, contribuo para manter o meio ambiente e garantir uma vida de qualidade para as pessoas. A cada encontro realizado, aprendo coisas novas, as quais levo para vida. Participar do GA é uma experiência única e incrível, e fico muito feliz em fazer parte.”

Vitória Telöken Fischer

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Produção e plantio de mudas de árvores frutíferas é uma das atividades dos GAs da Escola Ribeirão Matilde Diretora Rosane Herbst: ações pela sustentabilidade e consciência ambiental Fotos: Divulgação Foto:Divulgação
Grupo Ambiental Planeta EMAB EMEF Professor Arlindo Back - Arroio do Meio/RS
14 anos -

Em Rio Pardo/RS, escola Olavo Bilac tem horta com relógio de chás e diversas ações sociais

Desenvolvimento do protagonismo juvenil é um dos resultados da agremiação na escola

O Grupo Ambiental (GA) Vigilantes da Natureza é um dos projetos mais representativos entre os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Olavo Bilac, em Rio Pardo/RS. A diretoria do GA busca incluir toda a escola nas ações ambientais e sociais realizadas. Criado em 2017 da união entre dois GAs existentes anteriormente, o grupo tem sido bastante ativo, principalmente depois do fim da pandemia. Entre as atividades, estão as coletas de sementes, de óleo saturado, de pilhas e baterias e de plástico reciclável. Também é o GA que toma a frente na organização da horta escolar, onde está o relógio de chás, tema de pesquisas e estudos de algumas turmas da escola.

Durante o ano de 2023, algumas ações de destaque foram a distribuição de mudas de árvores para a comunidade, dentro do projeto Plante uma Árvore, e a retirada de 221 quilos de garrafas pet do entrono da escola e envio para reciclagem, além de outras coletas. A diretora Ana Lúcia Barros ressalta que os alunos se integram aos mais diversos projetos da escola, desde os ambientais até os culturais e sociais. “Quando se lança uma proposta, eles são muito participativos e contribuem com ideias a ações”, diz. Ela cita como exemplo a campanha de arrecadação de alimentos para o Lar Mary Taranger, de Rio Pardo, realizada no primeiro semestre de 2023.

E a professora Cátia Mello, que atua junto com a coordenadora do Verde é Vida na escola, Marília

Marques, ressalta que o GA faz toda a diferença na conscientização ambiental porque os alunos se tornam protagonistas. “É mais do que discursos feitos por adultos”, enfatiza. “Por exemplo, a coleta de garrafas pet resultou em pesquisas, curiosidades e até projetos, pois a partir dali a gente fez o espaço Mostra Científica Verde é Vida e muitos dos estudos tinham por base o reuso da garrafa pet de forma prática e útil”, conta. Conforme Cátia, a diretoria do GA é formada por estudantes que se destacam pelo protagonismo, mas toda a escola participa das atividades, desde a pré-escola até o 9º ano. “Participar de projetos também desenvolve lideranças comunitárias”, conta.

GRUPO - Gabriela Kern, 15 anos, presidente do GA desde 2021 e também presidente do Grêmio

"Para mim, é um momento de ajudar nas atividades práticas na escola. Gosto de aprender coisas diferentes e trocar experiências com meus colegas. É muito legal ver que nossas ações do GA Proteger é Viver ajudam a transformar a escola num ambiente melhor."

Estudantil da Olavo Bilac, conta que todas as ações do grupo são divertidas e instrutivas, desde as coletas, até os cuidados da horta e as ações sociais. “Para mim, participar dos projetos é interessante, pois aprendo sobre como preservar o meio ambiente”, diz. “Uma atividade foi a doação de tampas e pilhas ao Lar São Vicente de Paula, de Rio Pardo. E tivemos o retorno de que os recursos obtidos foram usados na compra de cadeira de rodas e de alimentos”, conta. Raunan Linhares, 15 anos, vice-presidente do GA, completa dizendo que o projeto é importante porque trata de questões ambientais. “E proporciona conhecer novos lugares e ajudar novas causas”, acrescenta.

Foto:Divulgação

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significa participar
Ambiental? Luis Felipe Emmel
anos - Grupo Ambiental Proteger é Viver EMEF São João Batista - Vale do Sol/RS
O que
do Grupo
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Diretoria do GA Vigilantes da Natureza agrega todos os estudantes da escola nas ações Foto: Divulgação

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Para mim, significa ter uma grande responsabilidade de participar das atividades no turno inverso de aula. É necessário saber trabalhar em grupo, pois cada um tem seu jeito de trabalhar e sua forma de pensar. Nas atividades desenvolvidas, o grupo aprendeu a trabalhar em equipe, a cuidar do meio ambiente e a promover a consciência das pessoas. O grupo ambiental teve e continuará tendo um papel muito importante, que é dar o destino correto ao lixo, orientando as famílias a separarem o material reciclável em suas casas evitando que sejam queimados ou jogados na natureza.”

Pyetra Nagieli Prade

11 anos - Grupo Ambiental Defensores da Natureza

EMEF Alberto Pasqualini - Agudo/RS

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Horta é uma atividade praticada pelos alunos Fotos: Divulgação Foto:Divulgação Diretora Ana Lúcia Barros: alunos participativos Professora Cátia Mello: estudantes protagonistas Gabriela Kern: ajudar o meio ambiente e a comunidade

Em Prudentópolis/PR, GA Abelhinhas do Bem busca conscientização da comunidade

Foto: Divulgação

Escola promove diversas ações, como plantio de árvores, revitalização do bairro, recuperação de nascentes e coletas de sementes, óleo e materiais recicláveis

Em Prudentópolis, no Paraná, o Grupo Ambiental (GA) Abelhinhas do Bem, da Escola Municipal Favo de Mel, voa além da cerca da escola e faz diversas ações em favor da comunidade. Uma delas é a revitalização da praça do bairro; e outras são orientações sobre a importância de cuidar do meio ambiente, da saúde e do bem-estar. Ações de sustentabilidade e cooperação são realizações permanentes do grupo, que foi criado em 2018, e proporciona aos alunos terem iniciativas e assumirem compromissos e responsabilidades.

Conforme a coordenadora do Verde é Vida na escola, Terezinha Mazur, o objetivo principal do grupo é desenvolver ações e atividades de sustentabilidade, melhoria de vida e organização na comunidade escolar e no bairro. Atualmente composto por 12 alunos entre 8 e 11 anos, o GA tem até um fundo financeiro para possíveis oportunidades. “O Abelhinhas do Bem tem feito um trabalho em conjunto com os supermercados da cidade coletando óleo saturado e orientando os cidadãos sobre os perigos de descartar o óleo no meio ambiente e do consumo excessivo para a saúde”, conta.

No projeto de arborização do bairro, em parceria com a Secretaria Municipal do

Meio Ambiente, já foram plantadas árvores nativas na pracinha e retiradas as espécies invasoras que haviam no local.

“Aproveitamos para orientar também os moradores sobre a importância de se plantar árvores nativas presentes na flora da nossa região. No contraturno fazemos visitas aos moradores, entrevistas com os mesmos e levamos suas reivindicações para o prefeito, ação que recebeu o apoio da Secretária da Educação, inclusive com um ônibus para os deslocamentos”, explica a coordenadora do Verde é Vida.

O GA também coordena a coleta do lixo reciclável na escola, onde a comunidade deixa os materiais, uma empresa de reciclagem compra os resíduos e o lucro é usado na compra de jogos e brinquedos pedagógicos. “Os alunos do GA também organizam os recreios, fazendo escalas nos brinquedos e brincadeiras. Em parceria com as mães dos componentes do grupo, é produzida a pomada milagrosa, o kombucha e a fermentação natural para fazer pães e bolos mais saudáveis”, relata.

Para a diretora da escola, Josélia Maria Caciano Kulik, o Verde é Vida coloca em prática os conteúdos que estão nos livros e na sala de aula. “Os alunos saírem para o pátio, para o bairro, fazer coleta de lixo reciclável, de óleo saturado, é outra coisa. Nossos alunos vão no mercado local uma vez por mês para fazer uma campanha para que as pessoas entreguem o óleo saturado, que é enviado para a Afubra”, conta. “Nisso, eles estão colocando em prática os conhecimentos que eles têm nos conteúdos escolares, porém saindo da sala de aula e indo além, fazendo as suas campanhas”, acrescenta.

Outra ação encabeçada pelo GA é a

proteção de nascentes com o plantio de árvores. Conforme a diretora, essa atividade prática tem interação com outras disciplinas, pois eles pesquisam sobre como se forma uma nascente, do que ela precisa para ser protegida e produzem textos. “Então, está envolvendo todos os conteúdos de todas as disciplinas e todos os componentes curriculares. Quando eles fazem os relatos e passam para os colegas, estão desenvolvendo, também, oratória nas apresentações de trabalhos e pesquisas científicas”, comenta. “O projeto faz ainda com que os alunos cobrem, de seus familiares, ações mais voltadas à proteção da natureza, as nascentes e plantio de árvores”, relata.

“Sinto-me muito honrado em fazer parte do GA da minha escola, pois existe uma seleção entre os alunos do 6º ao 9º que devem cumprir alguns critérios como: boas notas, bom comportamento, gostar de atividades práticas, manter um bom relacionamento e diálogo com colegas e principalmente, saber trabalhar em grupo respeitando as diferenças. Significa também participar de atividades que estão relacionadas ao meio ambiente, tanto no cuidado, preservação como, em promover ações que buscam proporcionar uma vida mais sustentável a todos.

Em cada encontro aprendo algo novo, sendo na pesquisa e elaboração de projetos com a orientação dos professores Mônica e Sérgio, como nas tarefas práticas cuidando da horta, dos canteiros, da separação do lixo com a professora Olívia. Também gosto quando temos oficinas ou palestras com algum convidado (professores, Emater, Afubra, Senar). Participar do GA é um grande aprendizado sobre o meio ambiente, nossas ações e os cuidados que temos que ter com ele, buscando sempre viver em harmonia com a natureza.”

O que significa participar do Grupo Ambiental? Gabriel

Foto:Divulgação

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Luan Bartz 12 anos - Grupo Ambiental Parceiros do Ambiente Inteiro EMEF Germano Hübner - São Lourenço do Sul/RS
Diretora Josélia Kulik: colocar em prática os conteúdos curriculares

Terezinha Mazur: mobilizações em favor do meio ambiente

Horta é uma atividade praticada pelos alunos

Grupo Abelhinhas do Bem: plantio de árvores

Fotos:Divulgação

Alunos da Favo de Mel fazem campanhas de conscientização

Foto:Divulgação

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Participar de um grupo ambiental significa se envolver em atividades e ações voltadas para a proteção e preservação do meio ambiente, como conscientização, educação ambiental, plantio de árvores, recuperação de nascentes, cuidado com a horta e com a coleta de semente entre outras iniciativas. Me sinto realizada. Além de fazer parte do grupo, descobrir pesquisas científica que podem me levar a lugares que sonho um dia chegar como a universidade. Minha pesquisa científica vai ser muito importante para o mundo e quem me ajudou foi o grupo ambiental.”

Taymilene Freitas Correa

10 anos - Grupo Ambiental Cidadão Mirim em Ação EMC Santa Isabel - Piên/PR

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Eles levaram aprendizados do Grupo Ambiental para a vida

Para os estudantes participantes, presença do Verde é Vida nas escolas significa o despertar para a conscientização ambiental

Mais de 15 mil estudantes de escolas gaúchas, catarinenses e paranaenses já fizeram ou fazem parte dos Grupos Ambientais (GAs) do Verde é Vida. Na história do projeto, essa participação tem influência direta na postura das crianças e adolescentes diante dos recursos naturais e, também, no desenvolvimento de habilidades de trabalho em grupo e liderança. Ao sair da escola, cada ex-aluno tem suas próprias histórias, que incluem plantio de mudas, horta escolar, elaboração de projetos, participação em mostras científicas, ações na comunidade e coletas de sementes, lixo reciclável e óleo saturado.

Mateus Coelho, 20 anos, foi membro do GA Flora Viva, do Centro Educacional Curt Hamm, em Ituporanga, Santa Catarina, dos 12 aos 15 anos. E hoje, com 20 anos, ele segue auxiliando nas ações, pois, como ocupa o cargo de monitor de educação no educandário onde estudou da pré-escola ao 9º ano, se voluntaria a ajudar a atual turminha do GA. “Auxilio diretamente o grupo, trabalhando em conjunto com alunos e professores no desenvolvimento, aperfeiçoamento e conclusão de atividades”, conta.

Ele é um dos muitos ex-alunos de destaque e que levaram a consciência ambiental para a vida. “No âmbito administrativo do grupo, desempenhei a função de secretário, atuando na transcrição de atas e planos, bem como na confecção de cartazes e informativos que eram distribuídos para os alunos e famílias da unidade escolar”, relata. Em relação às atividades do GA, Mateus lembra que todos os membros do grupo se empenhavam e colaboravam. Entre as ações realizadas, ele destaca a coleta de sementes e a arrecadação de óleo saturado, latas e vidros. Também menciona o trabalho de conscientização das famílias e os cuidados com a horta escolar, local onde são cultivados temperos e verduras para a merenda escolar.

Segundo Mateus Coelho, os principais aprendizados do

período em que fez parte do Grupo Ambiental foram a consciência sobre a importância da preservação do meio ambiente, o trabalho em equipe, o desenvolvimento de habilidades de liderança e a capacidade de promover mudanças positivas na comunidade. Na opinião de Mateus, as atividades do Verde e Vida contribuem bastante, pois as ações como plantio de árvores e educação ambiental ajudam a sensibilizar as pessoas sobre os impactos negativos da degradação ambiental. “Também incentivam práticas sustentáveis, contribuindo para a conscientização sobre a importância de cuidar do meio ambiente”, diz.

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Participar do Grupo Ambiental significa fazer novos amigos, aprender novas coisas e principalmente aprender a trabalhar em grupo. Saber um pouco mais sobre preservação das matas, sobre as campanhas da Bolsa de Sementes, que incentiva a conservação das espécies de árvores nativas, e sobre a Coleta do Óleo Saturado, que ajuda a darmos um destino certo ao óleo que não tem mais utilidade. É aprender a proteger o meio ambiente de forma consciente; colaborar com a escola e com a comunidade, proporcionando um ambiente mais agradável através da manutenção do jardim e pátio da escola e do cultivo de alimentos orgânicos na horta escolar.”

Camila da Conceição Silva

12 anos - Grupo Ambiental Amigos da Natureza EMEF João Beckel - Camaquã/RS

Foto:Divulgação

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Mateus Coelho: capacidade de promover mudanças positivas na comunidade Foto: Divulgação
“Nossas ações geram consequências, e a ausência delas também”

Outro ex-aluno sempre lembrado pelos professores por seu comprometimento com as atividades do Verde é Vida é Peterson Alves Santos, que estudou na Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Terezinha, em Dom Feliciano/RS. Atualmente com 25 anos, ele é enfermeiro, professor e está na Espanha como pesquisador visitante para concluir seu doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Peterson foi membro do Grupo Ambiental (GA) Guerreiros do Verde, em 2011, e é citado, na escola, como exemplo por seu engajamento.

Da época do GA, ele lembra de projetos relacionados à reciclagem, composteira comunitária, apresentações dentro e fora do município e algumas viagens. “Na minha opinião, a atividade que fez uma grande diferença na minha vida por ter começado uma centelha de amor pela pesquisa foi o projeto da disciplina de Fundamentos Agropecuários que foi levado a um encontro do Verde é Vida. Desenvolvi um sistema para controle de formigas na horta da escola e apliquei duas técnicas de controle que não utilizavam pesticidas”, explica.

Peterson atribui sua consciência ambiental e social à educação básica e aos projetos que participou na escola. “Dizer que o problema não é meu, não resolve e não faz ele sumir. Muitas vezes, fazer a minha parte não é o suficiente, precisamos dar o nosso máximo e pelo menos tentar conscientizar aqueles que nos cercam”, frisa. “Aprendi que, se eu tenho um conhecimento, é meu dever passar ele adiante. Porque o conhecimento que não é compartilhado é inútil para a sociedade”.

E a conscientização sobre a necessidade de preservação ambiental segue presente na vida dele. “Curiosamente, segui uma área de pesquisa que integra saberes múltiplos - farmacologia, toxicologia e doenças do sistema nervoso, como Parkinson e Alzheimer - e é inevitável relacionar o ambiente como um fator determinante nessas patologias”, revela. “Hoje nós usamos o termo ‘One Health’, ou ‘Saúde Única’, que, resumidamente, significa a integração e as interações entre as saúdes do meio ambiente, dos animais e dos seres humanos e como tudo está conectado”, diz. “Não podemos falar em saúde humana sem falar de onde estamos inseridos e com quem compartilhamos este planeta, não é mesmo?”, questiona.

Peterson Alves Santos: conhecimento não compartilhado é inútil para a sociedade

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Participar do Ambientalistas é maravilhoso. Trabalhar em equipe com pessoas que compartilham do mesmo sentimento em relação à natureza, é uma oportunidade única de fazer a diferença e cuidar do nosso planeta. Juntos, podemos contribuir para a preservação do meio ambiente, seja através de ações de conscientização, reciclagem ou até mesmo plantando árvores, sempre incentivando mudanças positivas na sociedade. É incrível como podemos alcançar resultados significativos e inspirar outras pessoas a se envolverem também. Preservar a natureza é um dever de todos nós, cada pequena ação que fazemos pode ter um grande impacto. Fico muito feliz em poder participar do Grupo Ambiental fazendo a diferença e deixando um lindo legado para as futuras gerações.”

Nicoly de Cerqueira Thomé

14 anos - Grupo Ambiental Os Ambientalistas

EM Irmã Filomena Rabelo - Treze Tílias/SC

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Foto:Divulgação Foto: Divulgação

Preservar onde nasce a vida

Projeto NasceVida é o nome dado à ação que reúne estudantes para recuperar áreas de nascentes de água

As nascentes são as torneiras que trazem a água do subsolo para dar início aos cursos hídricos na superfície. Para que formem sangas, arroios e rios, precisam de condições adequadas, entre as quais estão a presença de vegetação nativa e sombreamento. Sabendo disso, nos anos 2000, escolas ligadas ao Verde é Vida começaram ações pontuais de recuperação de nascentes que estavam comprometidas ou com vazão reduzida.

Como a Afubra fornecia mudas de árvores nativas, diversas escolas viram a possibilidade de ajudar suas comunidades com recuperação de nascentes. Essas iniciativas escolares se multiplicaram e em 2022 tornaram-se um projeto que recebeu o nome de NasceVida – assim renasce um rio, e que chegou com a missão de ampliar,

ESCOLAS QUE CUIDAM

Ações de recuperação de nascentes

ainda mais, o número de nascentes recuperadas.

Conforme o professor José Leon Macedo Fernandes, coordenador pedagógico do Verde é Vida, o embrião do NasceVida foi em 2006, com os Grupos Ambientais (GAs) de algumas escolas dos municípios gaúchos de Santa Cruz do Sul e Boqueirão do Leão. Mudas foram plantadas, em conjunto, entre os proprietários das áreas de nascentes e as escolas. Ano a ano, as plantas cresciam e os resultados positivos na qualidade das fontes era acompanhado pelos membros dos GAs propositores das ações.

Leon: novo momento na atividade de recuperação de áreas de nascentes

regiões dos três estados sul-brasileiros. Duas ações atuais de destaque são a da EMEF João Moré, iniciada em 2022 em Gramado Xavier/RS, e a do Colégio Estadual Técnico Dr. Zeno Pereira Luz, de 2023, em Encruzilhada do Sul/RS.

EMEF Felipe Becker

Alto Paredão, Santa Cruz do Sul/RS

“Foi a partir da continuidade dos trabalhos com as primeiras escolas que entramos no segundo momento: em 2015, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi integrada à ação com foco na recuperação de duas nascentes em Boqueirão do Leão em parceria com a Escola Estadual Adolfo Manica. Nesse caminho, a equipe da Afubra de Água Doce, Santa Catarina, se uniu à Escola Municipal Assentamento 1º de Agosto para a recuperação de uma nascente”, relata.

EMEF Vidal de Negreiros

Arroio do Couto, Santa Cruz do Sul/RS

EMEF Cardeal Leme

São Martinho, Santa Cruz do Sul/RS

E, recentemente, com as primeiras nascentes já consideradas totalmente recuperadas, o projeto batizado de NasceVida está se espalhando por diversas

Linha Araçá, Boqueirão do Leão/RS

EM Assentamento 1º de Agosto

EEEF Adolfo Manica de Água Doce/SC

“Nós acompanhamos todas as nascentes na área de abrangência do Verde é Vida, pois toda nascente acaba gerando um arroio que desemboca em algum rio e segue”, explica Leon. “Por exemplo, uma nascente que cuidamos, hoje, em Gramado Xavier é afluente do Rio Pardinho, que por sua vez, é afluente do Rio Pardo e Jacuí. No caso da nascente de Encruzilhada, ela faz parte de um subafluente de um arroio que é afluente do Rio Jacuí”, acrescenta.

EMEF João Moré

Pinhal Novo, Gramado Xavier/RS

Colégio Estadual Técnico Dr. Zeno Pereira Luz

de Encruzilhada do Sul/RS

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Participar do Grupo Ambiental Sementes do Amanhã representa um compromisso coletivo com a preservação do planeta. Nele, compartilhamos ideias e ações sustentáveis, buscando soluções para desafios ambientais. Cada membro contribui para um impacto positivo, fortalecendo a voz coletiva pela conscientização. É uma oportunidade de aprendizado, crescimento e influência positiva na comunidade.”

Maria Vitória Gomes Machado

14 anos - Grupo Ambiental Sementes do Amanhã

EMEB José Francisco de Aguiar - Jacinto Machado/SC

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Foto: Ana L. de Lara / Afubra
Foto:Divulgação

De terreno limpo a mata fechada

Arnildo e Miralda Dreier apresentam o resultado da ação realizada em conjunto com a Escola Felipe Becker na recuperação da nascente da propriedade

Uma mata fechada de cerca de meio hectare circunda a nascente da propriedade de Arnildo Dreier (70 anos) e Miralda Maria Theis Dreier (66), fonte que fornece água para duas moradias e é outorgada para a produção de suínos, chegando a abastecer 400 porcos. Mas, nem sempre foi assim. Quando o casal adquiriu as terras, a escassez de água era um problema e a fonte era penas um buraco em um terreno limpo e exposto ao sol forte.

Por isso, em 2006, quando Arnildo ficou sabendo sobre a possibilidade de receber mudas de árvores nativas através do Verde é Vida, buscou a solução. Ele solicitou 300 mudas junto à EMEF Felipe Becker para plantar na área da nascente, o que foi feito com os professores e alunos em uma ação ambiental. “No passado, já chegamos a ficar sem água e, desde 2010, com as árvores crescendo, nunca mais tivemos esse problema”, conta Miralda Dreier. “O grande benefício das árvores foi a disponibilidade de água, que melhorou em quantidade e qualidade. Agora, de vez em quando recebemos os estudantes para mostrar a recuperação”, completa Arnildo.

Miralda e Arnildo Dreier: mudas foram plantadas há 17 anos

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“É uma honra participar de um projeto assim, idealizado por uma empresa que se preocupa com o meio ambiente, conscientizando as novas gerações sobre a importância da educação em relação ao meio ambiente, com atitudes simples do nosso cotidiano. É o primeiro passo para a mudança de pensamento em favor da preservação dos recursos naturais, contribuíndo para a diminuição dos danos causados ao meio ambiente. Com ações simples, mostramos que é possível preservar e zelar pelo meio onde vivemos.”

Livya Maysa Maciel

9 anos - Grupo Ambiental Defensores da Natureza

EM São Miguel Arcanjo - Imbituva/PR

Antes: 2006

Depois: 2023

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Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra Foto: Luciana Jost Radtke/Afubra Foto:Divulgação

Grupo ambiental fazendo a diferença

Estudantes contribuem com ações ambientais junto à comunidade de Alto

Paredão, em Santa Cruz do Sul/RS

Alto Paredão, em Santa Cruz do Sul/RS, possui altitude em torno de 660 metros e a água não é algo abundante. Por isso, as nascentes são valorizadas e o Grupo Ambiental SOS Araucária, da EMEF Felipe Becker, se junta à comunidade para contribuir com a recuperação e proteção de nascentes. Criado em 2004, o GA já faz parte da história local por suas ações ambientais e, em especial, pelo cuidado de nascentes na localidade. Além de Arnildo Dreier, eles cuidam de fontes nas propriedades de Bianca Ferreira, Maria Ivete Henn, Romildo da Rosa, Marli de Queiroz, Lauri da Silveira e Pedro Greiner.

Conforme a professora Delani Catarina Grasel, coordenadora do Verde é Vida na escola, atualmente o GA SOS Araucária é composto por 25 alunos motivados para a realização de diversas atividades. “Dias de ir para as nascentes é de felicidade para eles, pois pesquisam espécies, levam as mudas e fazem o plantio junto com os proprietários, que ficam com o compromisso de cuidar das plantas. E a escola faz visitas periódicas de estudos e para providenciar replantes, se necessários”, conta.

Porém, as ações do Grupo Ambiental vão muito além. Junto com os professores e alunos da escola e ajuda do auxiliar de serviços gerais Mauro Raincke, foram feitos composteira, horta e um bosque com árvores frutíferas nativas, onde já é possível comer as frutas na sombra das árvores. E a escola está dando início ao seu viveiro para a produção de mudas, que terão origem em sementes coletadas pelos estudantes. “Há vários anos, é realizada a coleta para a Bolsa de Sementes, trabalho que tem a ajuda da auxiliar de disciplina, Marlene Ferreira”, conta Delani. A coleta de óleo saturado, que é entregue para que se transforme em combustível, e a coleta de lixo reciclável são ações que rendem recursos para a escola. E o grupo faz ainda a doação de tampinhas plásticas para entidades da comunidade.

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Participar do GA é muito importante para mim, pois é um projeto que desperta várias expectativas boas pelas atividades que realizamos. Aprendi a trabalhar em equipe, a ter responsabilidade e entender a importância de preservar o meio ambiente. Antes de entrar no grupo, eu não me interessava por esse assunto, mas realizando a pesquisa científica, aprendi que a preservação do meio ambiente traz novos caminhos para os agricultores que buscam melhores meios para produzir, sem causar danos à natureza. Agradeço à direção da escola e à professora Célia Ritter pelo incentivo, pelas tardes divertidas e por todas as coisas novas que aprendi.”

Joaquim Seefeldt Einhardt

13 anos - Grupo Ambiental Antônio Curi

EMEF Antônio Curi - Cristal/RS

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Professora Delani Grasel: diversas atividades ambientais na escola Alunos no pomar cultivado pelo Grupo Ambiental SOS Araucária Fotos: Luciana Jost Radtke Foto:Divulgação

“Nós acompanhamos todas as nascentes na área de abrangência do Verde é Vida, pois toda nascente acaba gerando um arroio que desemboca em algum rio e segue.”

Prof. José Leon Macedo

Fernandes: coordenador pedagógico do Verde é Vida

Foto:Divulgação

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Significa ter a conscientização e a responsabilidade sobre a importância da preservação e cuidados com os animais e com a natureza, praticando os 5Rs: repensar, recusar, reduzir, reciclar e reutilizar. Assim, nós termos um meio ambiente mais sustentável e um planeta mais limpo e mais saudável.”

Samuel Macagnan

10 anos - Grupo Ambiental Folha Verde CEM Frei Silvano - Água Doce/SC

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A cada ano ambiental, mais sementes espalham a conscientização

Durante 2023, foram coletados 850,55 quilos de sementes para contribuir com a reconstrução da flora sul-brasileira

Durante o ano ambiental de 2023, foram coletados 850,55 quilogramas (kg) de sementes de árvores nativas da flora do Sul do Brasil. E, neste período, foram doados à comunidade 168 kg de 75 espécies diferentes através do subprograma Bolsa de Sementes, realizado numa parceria entre o Verde é Vida e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Houve 78 pedidos, sendo a maior procura com o objetivo de produção de mudas (54%), com 42 pedidos. “Tendo em vista somente a doação de sementes para geração de mudas, o potencial de produção é de cerca de 1,94 milhão, de 57 espécies florestais nativas”, revela o coordenador operacional do Verde é Vida, Márcio Guimarães.

Ranking das 10 escolas destaque em 2023

Márcio Guimarães: ganhos em educação ambiental, aquisição de bens para as escolas, conhecimentos acadêmicos e reconstrução da flora nativa

EMEF Felipe Becker - Santa Cruz do Sul/RS

coletou 235,56 quilos e recebeu R$ 8.617,00

EMEF Ervino A. G. Konrad - Arroio do Tigre/RS

coletou 90,64 quilos e recebeu R$ 5.259,00

EMEF Vila Gropp - Atlanta/SC

coletou 85,40 quilos e recebeu R$ 1.893,00

EMEF Euclides Kliemann - Salto do Jacuí/RS

Reconhecido pelos benefícios na recuperação da mata nativa, o Bolsa de Sementes apresenta várias características que levam aos resultados sólidos e eficazes, especialmente em relação à conscientização ambiental. “O trabalho começa na escola, que, por sua vez, alicerça o desenvolvimento de práticas visando a capacitação de alunos, professores e comunidade escolar, seja através da pesquisa ou por pessoas da própria comunidade”, explica Guimarães. “Esse trabalho envolve pessoas que, muitas vezes, não têm formação acadêmica na área, mas possuem experiências e práticas e detém o conhecimento necessário para orientar o manuseio das árvores, desde a identificação até o beneficiamento das sementes”, acrescenta.

coletou 17,34 quilos e recebeu R$ 1.621,00

EMEF João Gonçalves Vieira - Salto do Jacuí/RS coletou 17,17 quilos e recebeu R$ 1.519,00

EMEF Ribeirão Matilde - Atalanta/SC coletou 42,04 quilos e recebeu R$ 1.225,00

EEB Prof. Julieta Lentz Puerta - Joaçaba/SC coletou 56,76 quilos e recebeu R$ 1.224,00

E a educação ambiental acontece ao natural. “O trabalho é realizado por parceiros que aceitam e acreditam no propósito de trabalhar práticas de sustentabilidade, envolvendo, através das escolas, desde a criança até o vovô ou vovó de centenas de comunidades de atuação da Afubra que, juntamente com a UFSM, coordena o Bolsa de Sementes”, relata o coordenador operacional do Verde é Vida.

EM Ivo Silveira - Capinzal/SC coletou 27,42 quilos e recebeu R$ 863,00

EMEF Francisco Fromming - São Lourenço do Sul/RS coletou 29,22 quilos e recebeu R$ 619,00

Além disso, a UFSM tem sido um laboratório de formação, apoiando estudantes de graduação, pós-graduação e doutorado de áreas ligadas ao conhecimento florestal.

EMEF São Paulo - Candelária/RS coletou 11,16 quilos e recebeu R$ 613,00

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Para mim, ser do Grupo Ambiental Chico Mendes é saber que você foi escolhido para um ‘cargo’ de confiança. Também, ser do Grupo Ambiental é poder fazer um pouco a mais pela escola e que futuramente será recompensado e lembrado pelos futuros alunos e professores. Se você, em alguma hora, puder fazer parte de um grupo ambiental, faça! Você não vai se arrepender!”

Bernardo Demarch Persch

11 anos - Grupo Ambiental Chico Mendes

EMEIEF Padre José de Anchieta - São Miguel do Oeste/SC

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Foto: Ana L. de Lara / Afubra Foto:Divulgação

Mais de 30 toneladas de sementes para recuperar a mata nativa

Em 22 anos de ação, Bolsa já soma volumes que têm potencial de produção de mais de 88,6 milhões de mudas de árvores.

Nos 22 anos do Bolsa de Sementes, o total de sementes enviados pelas escolas participantes soma 30,34 toneladas. Desse volume, 18,46 toneladas receberam parecer viável por parte da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que é parceira na avaliação das sementes, na geração dos relatórios ambientais e é onde o material genético fica armazenado em ambiente apropriado para garantia das propriedades de germinação.

O total de sementes doadas à comunidade ao longo dos 22 anos do Bolsa é de 6.540 kg, com média de 300 kg por ano, em quantidades variáveis ao longo dos anos. “A partir do peso de mil sementes e o cálculo de porcentagem de germinação consultados na literatura relativos a 109 espécies (80% das espécies da lista atual), o potencial de produção foi de cerca de 88.605.000 mudas”, explica o coordenador operacional do Verde é Vida, Márcio Guimarães.

“Quando se fala em resultados palpáveis, não podemos esquecer da recompensa financeira para as escolas que, em contrapartida, usufruem de vários benefícios, trocando os bônus conquistados por mercadorias nas lojas da Afubra”, lembra Guimarães. “O histórico ano a ano nos revela que as escolas conquistaram valores que variaram entre R$ 36,00 e R$ 9.539,00”, conta. Com os valores recebidos ao final de cada ano, as escolas adquirem produtos do mix das lojas Afubra, entre os mais de 22 mil itens disponíveis.

PREMIAÇÃO PARA AS ESCOLAS - O Bolsa de Semente trabalha com 138 espécies de árvores nativas, sendo que cada espécie tem suas particularidades. A premiação anual às escolas é dada através da conquista de pontos, sendo que os principais aspectos para pontuação são raridade, quantidade de espécies, empenho no encaminhamento, preenchimento das etiquetas, qualidade e peso de sementes. São avaliados ainda a abundância da espécie na natureza, dificuldade de coleta e de extração das sementes e beneficiamento.

Nos 22 anos do projeto, escolas coletaram mais de 30 toneladas de sementes

Em 22 anos do Bolsa, 6.540 quilos de sementes foram doadas a comunidade

"Participo desde 2021 e venho coletando incontáveis memórias boas e felizes. Aprendi muita coisa durante esses três anos. Realizamos gincanas com as crianças no turno da tarde, o que me fez aprender a lidar melhor com elas e ter novamente a sensação de voltar à infância; realizamos coletas de tampinhas e de óleo de cozinha; hortas com diferentes temperos para preparar a deliciosa comida da escola; pesquisas e projetos, onde apresentamos a outras pessoas e profissionais, e demais atividades que me fizeram evoluir muito como pessoa. Nunca irei me arrepender de ter participado dessa experiência incrível. Fazer parte do GA não é pouca coisa, é algo que demanda do nosso esforço, da nossa força de vontade, que mesmo nos dias mais difíceis, estamos lá pela nossa escola, por nossos colegas e por nós mesmos.”

13

25
Dornelles
O que significa participar do Grupo Ambiental? Liah
do
EMEB
Adolpho Sebastiany - Sobradinho/RS
anos - Grupo Ambiental Sementes
Amanhã
Dr.
Foto:Divulgação

Em vez de ir para o ralo, óleo move motores

Em 15 anos, Programa da Afubra contabiliza mais de 1,5 milhão de litros de óleo coletado e reciclado

O óleo saturado, resíduo altamente poluidor, pode ter utilização nobre em vez de ir parar no solo e na água. Por isso, desde 2009, o Verde é Vida, juntamente com parceiros conquistados ao longo da trajetória, possui uma ação de coleta do óleo usado nas cozinhas. E esse resíduo é transformado em biodiesel, que move parte da frota de máquinas agrícolas e caminhões da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Desde a implementação do Programa de Coleta de Óleo Saturado, já foram recolhidos 1.562.153,5 litros, em um trabalho que envolve o Verde é Vida e a equipe técnica da Afubra em prol da proteção dos recursos naturais e conscientização sobre a preservação ambiental. Na história do Programa, depois de um ano inicial de divulgação e mobilização das escolas, 2010 já foi de expansão e o volume recolhido quadriplicou. Nos anos seguintes, cada vez mais escolas e entidades se integraram, mobilizados pela conscientização de dar destino adequado ao resíduo e pela compensação financeira, que permite adquirir equipamentos e insumos nas lojas Afubra.

Até agora, o ano de 2019 foi o de maior coleta de óleo da história do Programa, com mais de 190 mil litros. Depois disso, durante a pandemia, com as escolas fechadas e as pessoas evitando sair de suas casas, a entrega de óleo saturado ao Programa diminuiu

Foto: Arquivo Afubra

Óleo entregue ao programa para ser beneficiado e transformado em biodiesel

significativamente. Por isso, atualmente, um novo trabalho de mobilização vem sendo implementado, buscando novos caminhos para que o óleo de fritura das cozinhas do Sul Brasil tenha o destino adequado.

NOSSA HISTÓRIA

Quem

são os campeões de coleta a cada ano:

A iniciativa reúne escolas e entidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná em uma grande ação de ESG (Environmental, Social and Governance). Segundo a assessora administrativa do Verde é Vida, Vivian Nardi, o alto volume de óleo reciclado representa um ganho ambiental que integra as escolas e entidades aos propósitos da agenda ESG. “Com isso, atividades individuais de estudantes e comunidades contribuem com grandes resultados nas áreas ambiental, cultural e social, além do ganho financeiro com os cheques bônus”, diz.

2009

2010

2011

2012

Total coletado:

14.249 litros

Campeão:

Escola Dona Leopoldina

Santa Cruz do Sul/RS

Litros coletados:

881 litros

Total coletado:

47.426 litros

Campeão:

Escolinha de Futebol NCA Arambaré/RS

Litros coletados:

1.756 litros

Total coletado:

59.305 litros

Campeão:

APP CEI Rosa Branco Joaçaba/SC

Litros coletados:

2.059 litros

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Muito se fala a respeito da importância da Educação Ambiental, onde devemos nos sensibilizar, informar e formar as pessoas a respeito da importância de se proteger o meio ambiente, preservar os recursos naturais e promover o desenvolvimento sustentável para uma qualidade de vida. Para mim fazer parte do grupo ambiental é um orgulho, através de minha contribuição/ação penso que posso ajudar o meio ambiente e o planeta Terra. Costumo toda semana ajudar na coleta, limpeza e embalagem das sementes de árvores nativas as quais são enviadas para a Afubra dentro do Projeto Bolsa de Sementes. Agradeço à escola pela oportunidade de fazer parte do GA Levando a Natureza a Sério.”

Bianca Haas

11 anos - Grupo Ambiental Levando a Natureza a Sério

EMEF Ervino Alberto Guilherme Konrad - Arroio do Tigre/RS

Total coletado:

87.122 litros

Campeão:

CEI Rosa Branco Joaçaba/SC

Litros coletados:

3.410 litros

Foto:Divulgação

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Quase 35 mil litros coletados em 15 anos

Campanha de conscientização realizada pela

Escola Nossa Senhora da Glória mobilizou a comunidade para a entrega do óleo saturado

A estatística dos 15 anos do Programa de Coleta de Óleo Saturado mostrou que a Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Glória, de Sinimbu/RS, foi a que entregou a maior quantidade do resíduo no período. São 34.836 mil litros que foram retirados da natureza, entregues ao Verde é Vida para reciclagem e passaram a movimentar os motores das máquinas agrícolas e caminhões da frota da Afubra.

Conforme a diretora da escola, Claisi Goetze Behling, o recolhimento de óleo é levado a sério e são várias as ações de coleta. Uma delas é a conscientização dos alunos e familiares para que entreguem na escola o óleo usado nas suas casas. Outra é a parceria que o Grupo Ambiental tem com estabelecimentos comerciais de alimentação da cidade. “As pessoas valorizam porque é um ganho ambiental e a escola conta com a sensibilização da comunidade, que já criou o hábito de guardar o óleo para entrega”, conta.

A campanha da escola inclui explicação sobre a transformação do óleo saturado em biocombustível. E os cheques recebidos do Programa, bem como o uso do valor na aquisição de bens e utensílios para a instituição, são apresentados nas assembleias de pais. “Com os valores recebidos da Afubra, já compramos diversos bens para a escola, inclusive ar-condicionado, televisão e um assoprador de folhas”, revela a diretora.

Historicamente, a Nossa Senhora da Glória se destaca com o maior volume de óleo entregue entre todas as escolas que contribuem. “Nos 10 anos do Programa, ganhamos a placa por sermos a escola que mais havia coletado”, diz Claisi. De 2009 a 2019, a soma deu 21.851 litros e, em 2023, o total fechou em 34.836 litros de óleo que tiveram como destino a reciclagem.

COLETA - A coleta junto aos estabelecimentos comerciais de Sinimbu é feita pela turma do Grupo Ambiental (que conta com 16 alunos de 6º e 7º ano) e tem a coordenação do professor de Ciências,

biólogo Marcel Luiz Pabst. Os alunos se revezam em pequenos grupos e, acompanhados pelo professor, vão até os estabelecimentos buscar o óleo. “Temos, atualmente, seis pontos fixos, restaurantes e lancherias, onde vamos toda semana buscar o óleo usado nas cozinhas”, conta Pabst, lembrando que as pessoas sabem as datas em que os alunos vão aparecer e deixam o produto separado. Junto com isso, há a ação de conscientização ambiental com os alunos, que também auxiliam no preparo do óleo para entrega à Afubra, retirando impurezas e fazendo o envasamento.

Entre os alunos participantes, estão Laura Carolina Steil, 12 anos; Régis Luan Henn, 13 anos; e Evelin Dandara Hirsch, 12 anos. Para eles, sair pela cidade nos dias de coleta é uma atividade bastante divertida. “O óleo polui a natureza e a gente coleta para mandar para reciclagem”, ressalta Laura. Evitar que o óleo saturado de Sinimbu vá parar no solo e na água é importante para toda a população regional, pois a cidade fica às margens do Rio Pardinho, manancial que abastece também os municípios vizinhos.

2013

Total coletado:

95.721 litros

Campeão:

Escola Nossa Senhora da Glória Sinimbu/RS

Litros coletados:

2.538 litros

2014

Total coletado:

118.795 litros

2015

Total coletado:

127.556 litros

Campeão:

Colégio Nossa Senhora Medianeira Candelária/RS

Litros coletados:

3.452 litros

Campeão:

APP EM São Francisco

Litros coletados:

4.000 litros

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Ao participar do Grupo Ambiental Pegada Verde estamos tendo a oportunidade de mudar o local onde se vive, isso através de pequenas ações e atividades e da troca de experiências. Estamos trazendo um ganho ambiental e social para as próximas gerações.”

João Paulo de Chaves

10 anos - Grupo Ambiental Pegada Verde EMEF José de Lima - Rio Negro/PR

2016

Total coletado:

143.702 litros

Campeão:

APP EM Ella Kurth Luzerna (SC)

Rio do Sul/SC

Litros coletados:

4.732 litros

Foto:Divulgação

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Grupo de alunos recolhe o material em pontos comerciais da cidade de Sinimbu Foto: GugaPedro Augusto de Andrade Silva

Asdisc, a entidade que se destaca

Ação Social Diocesana de Santa Cruz do Sul contribuiu

com 34,5 mil litros de óleo saturado coletados para o Programa

A Ação Social Diocesana de Santa Cruz do Sul (Asdisc) é a entidade que mais contribuiu com o Programa, pois já entregou 34.544 litros de óleo saturado. O resultado se deve à campanha de conscientização realizada também em outros municípios da área de abrangência da Diocese de Santa Cruz do Sul. Ao longo dos anos, a Asdisc foi conquistando e integrando novos parceiros. Como resultado, atualmente há uma grande rede de coleta, com escolas, empresas de alimentação e pessoas físicas que guardam o óleo das suas cozinhas para o envio à reciclagem.

Instituição que se destaca pelo volume recolhido, a Asdisc tem figurado diversos anos em primeiro lugar entre os que mais contribuem com o Programa de Coleta. Em 2018, ficou no topo do ranking, com a entrega de 4.004 litros. Em 2021, foram 6.244 litros, garantindo o primeiro lugar; em 2022 seguiu no topo da lista com 5.256 litros entregues; e em 2023, novamente, encabeçou o ranking com 6.140 litros de óleo entregues ao Programa.

Segundo a assistente social Maria Raquel Fagundes, e a secretária da Asdisc, Irene Cargnin Ferrari, os primeiros anos de coleta foram com quantidades menores, mas os volumes aumentaram e, atualmente, há diversos pontos fixos que contribuem. “Até nas ações sociais da Diocese, algumas pessoas chegam aos encontros trazendo óleo para entrega”, conta Irene, lembrando que a conscientização realizada ao longo dos anos foi importante para conseguir parceiros permanentes em vários municípios.

Maria Raquel recorda que os relatos ouvidos dos integrantes e usuários das ações sociais eram de descarte na natureza ou no ralo da

pia. E o trabalho de divulgação do Programa de Coleta do Óleo Saturado levou à conscientização das pessoas sobre os benefícios de dar destino adequado aos resíduos das frituras. “Além disso, através da coleta de óleo conseguimos melhorar a sede da Asdisc”, conta, ao mostrar móveis, ar-condicionado, eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e peças de decoração das salas de atendimento e de reuniões.

“Até peças de bazar e utilidades para equipar os locais de encontros de senhoras e de idosos das ações sociais da Diocese nos bairros foram adquiridos com os cheques que recebemos anualmente da Afubra pela entrega do óleo”, conta Maria Raquel. “Além disso, quando queremos recompensar palestrantes ou alguém que faz trabalhos significativos nas nossas ações, alguns presentes saem da loja Afubra e são descontados dos cheques do óleo saturado”, acrescenta.

ASDISC – A Ação Social Diocesana de Santa Cruz do Sul é uma entidade sem fins lucrativos ligada à Diocese de Santa Cruz do Sul, que abrange 41 municípios da região. Criada em 1970, a associação é beneficente, filantrópica, com ações educacionais, culturais e de assistência social.

2017

2018

2019

Total coletado:

153.035 litros

Campeão:

Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) Tubarão/SC

Litros coletados:

3.016,2 litros

Total coletado:

171.984 litros

Campeão:

Ação Social Diocesana de Santa Cruz (Asdisc)

Santa Cruz do Sul/RS

Litros coletados:

4.004 litros

Total coletado:

191.550 litros

Campeão:

Colégio Galileu

Ituporanga/SC

Litros coletados:

7.699 litros

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“O Grupo Ambiental, nos proporciona vivenciar o cuidado e a preservação com a natureza, a incrível e prazerosa experiência de saber que estamos mudando o mundo para melhor, tendo sempre em mente a reciclagem, reutilização e a redução do lixo na comunidade, também a sustentabilidade para ter um mundo mais seguro e natural. Inclusive adquirimos muito conhecimento, com trocas de informações, atividades práticas e a integração com alunos.”

Riquelme Eduardo Paranhos e Isadora Librelotto Mohr

15 anos e 14 anos - Grupo Ambiental Preservando para Viver EMEF Balduino Thomaz Brixner - Arroio do Tigre/RS

2020

Total coletado:

91.213 litros

Campeão:

Santa Casa de Misericórdia

São Lourenço do Sul/RS

Litros coletados:

4.883 litros

Foto:Divulgação

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Irene Cargnin Ferrari e Maria Raquel Fagundes, na sala de reuniões equipada com móveis e utensílios adquiridos através do Programa Fotos: Luciana Jost Radtke / Afubra

Em 2023, mais de 78 mil litros destinados à reciclagem

Para contribuir, é só guardar o óleo residual das frituras e entregar diretamente à Afubra ou a alguma instituição parceira do Programa de Coleta.

Durante o ano de 2023, o Verde é Vida recebeu 78.372,5 litros de óleo saturado, volume que foi coletado por 386 escolas e entidades e encaminhado ao programa que viabiliza a transformação em bicombustível. Conforme a assessora administrativa do Verde é Vida, Vivian Nardi, como retribuição pelo óleo, as instituições recebem cheques que são trocados por mercadorias das lojas Afubra. “As escolas e entidades que quiserem aderir ao Programa, devem entrar em contato com a equipe do Verde é Vida de sua região e realizar o cadastro, podendo participar escolas e entidades que tenham CNPJ, para poderem receber os cheques bônus”, explica.

Ao final de cada ano, conforme a quantidade entregue no período, a instituição recebe o valor referente para adquirir mercadorias nas lojas da Afubra, em qualquer uma das linhas de itens disponibilizados. “Temos exemplos de escolas que conseguem equipar suas cozinhas, melhorar suas secretarias e salas de aula e até suas hortas escolares com a recompensa por tomarem a decisão de contribuir com o meio ambiente através da destinação adequada do resíduo”,

conta Vivian.

Para contribuir, basta acumular o óleo que sobra das frituras em garrafa pet com boa vedação e entregar a uma escola ou entidade cadastrada, que encaminhará para o Programa. “Além disso, todas as unidades da Afubra possuem pontos de coleta de óleo”, acrescenta Vivian. Então, as pessoas físicas e estabelecimentos comerciais podem contribuir doando o resíduo diretamente para a Afubra ou destinando a alguma escola ou entidade cadastrada junto ao Verde é Vida e, assim, contribuir com o montante do valor do bônus recebido pela instituição parceira ao final de cada ano.

Para todo o óleo coletado é dado um destino correto. Parte dele é levado para a usina de biodiesel da Afubra, localizada no Parque da Expoagro Afubra, em Rincão Del Rey, Rio Pardo/RS, para ser transformado em biodiesel, um combustível renovável, que gera menos gases poluentes e menos emissão de gases de efeito estufa. Porém, para que o óleo possa ser reciclado, não pode conter resíduos sólidos nem água. Para isso, a orientação é que seja coado, caso haja restos de alimentos,

e envasado em garrafas plásticas, que são as mais apropriadas para o transporte.

As 10 mais de 2023

2021

Total coletado:

92.158 litros

Campeão:

Ação Social Diocesana de Santa Cruz (Asdisc) Santa Cruz do Sul/RS

Litros coletados:

6.244 litros

2022

Total coletado:

89.967 litros

Campeão:

Ação Social Diocesana de Santa Cruz (Asdisc) Santa Cruz do Sul/RS

Litros coletados:

5.256 litros

2023

Total coletado:

78.372 litros

Campeão:

Ação Social Diocesana de Santa Cruz (Asdisc) Santa Cruz do Sul/RS

Litros coletados:

6.140 litros

ABRANGÊNCIA – o Programa de Coleta de Óleo Saturado tem parceria com cerca de 490 escolas e entidades localizadas em mais de 120 municípios em 16 regiões de atuação nos três estados sul-brasileiros

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Participar do Grupo Ambiental Semeando o Futuro é ter uma responsabilidade em proteger nosso meio ambiente. É também conscientizar a nossa comunidade de como é importante proteger o ambiente em que vivemos, através de ações realizadas e planejadas com professores, colegas, funcionários e a comunidade em geral.”

Riane Luísa Muniz Marchi

14 anos - Grupo Ambiental Semeando o Futuro EMEF Marino da Silva Gravina - Boqueirão do Leão/RS

1º lugar: 6.140 litros

Ação Social Diocesana de Santa Cruz do Sul/RS

2º lugar: 3.032 litros

EMEF Nossa Senhora da Glória de Sinimbu/RS

3º lugar: 2.621 litros

EM São Francisco de Luzerna/SC

4º lugar: 2.112 litros

EMEF Maurício Cardoso de Herveiras/RS

5º lugar: 1.834 litros

Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul/RS

6º lugar: 1.653 litros

EM Belisário Pena de Capinzal/SC

7º lugar: 1.315 litros

EM Viver e Conhecer de Capinzal/SC

8º lugar: 1.276 litros

EMEF José Leopoldo Rauber/RS

9º lugar: 1.265 litros

FUNOESC Fundação Universidade do Oeste de SC de Joaçaba/SC

10º lugar: 1.237 litros

EMEI Recanto Feliz de São Lourenço do Sul/RS

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Vivian Nardi: ganho ambiental para o planeta e recompensa financeira para as escolas e entidades
Foto: Ana L. de Lara / Afubra

Pesquisa científica para gringo ver

Estudante catarinense Eloise Antunes de Lima irá para a Feira Internacional de Ciência e Engenharia, em Los Angeles, Estados Unidos

Uma pomada com folhas de goiaba-serrana que pode ser usada no processo de cicatrização de lesões cutâneas é o resultado da pesquisa científica da estudante catarinense Eloise Antunes de Lima, 18 anos, da Escola de Educação Básica Ruth Lebarbechon, parceira do Verde é Vida. Devido à excelência e inovação apresentadas, o estudo foi classificado para a International Science and Engineering Fair - ISEF - (Feira Internacional de Ciência e Engenharia), que será em maio de 2024, em Los Angeles, Estados Unidos (EUA).

Mas antes disso, em março, a pesquisa fará parte da Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida, na Expoagro Afubra 2024. O trabalho foi selecionado para representar a Região de Atuação (RA) de Herval do Oeste na exposição. A pesquisa “Bio Guava: tintura fitoterápica e pomada cicatrizante de compostos da goiaba-serrana”, foi feita com a orientação da professora Janete Rodrigues e já foi apresentada na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), em Novo Hamburgo/RS, em 2023, onde concorreu com 800 projetos e conquistou o terceiro lugar na categoria Bioquímica, classificando-se para o evento no Estados Unidos.

Conforme Eloise, a ideia da pesquisa surgiu nas aulas de Educação Empreendedora da professora Janete, que sugeriu o desenvolvimento de um produto inovador, tendo como base, planta nativa do bioma Mata Atlântica. “Nossa turma de aula foi conhecer uma propriedade de Água Doce/SC que possui um vasto pomar da goiaba-serrana (Acca sellowiana). A ideia foi criar algo na área medicinal, abordando questões de sustentabilidade e a natureza, então a goiaba-serrana estava propícia para formular os protótipos de produtos”, explica.

A estudante conta que o desenvolvimento da pesquisa foi bem intenso e envolveu diversos professores e estudantes. “Nós começamos com as pesquisas de campo e fomos para a bibliográfica verificar quais seriam as propriedades desta planta constatadas na literatura. Eu me aprofundei na pesquisa das folhas para conhecer mais das propriedades delas e começamos com as experimentações de retirada de bioativos das folhas”, descreve.

Eloise: pomada com propriedades cicatrizantes e potencial para tratar lesões cutâneas

Segundo a professora Janete, o incentivo à pesquisa e às ideias inovadoras é uma meta permanente do planejamento da escola. “Nós apresentamos ideias aos alunos e, mesmo não tendo um laboratório de ponta, somos capazes de fazer pesquisas de alto nível”, salienta. E a diretora da escola, Elisete Aguiar Vieira Balestrin, diz que o suporte à pesquisa é fundamental para que os alunos possam aplicar na prática aquilo que aprendem na teoria. “Sabemos que é primordial apoiar esses trabalhos e damos todo o suporte possível para que os projetos saiam do papel, ganhem vida e tomem a direção que estão tomando”, ressalta.

SAIBA MAIS

A pesquisa identificou que a goiabeira-serrana apresenta bioativos como potenciais propriedades cicatrizantes, antioxidantes e antibacterianas (flavonoides, ácido ascórbico e compostos fenólicos).

Foi priorizado o estudo das propriedades da folha, desenvolvendo uma formulação sustentável de tintura vegetal e sua derivada pomada, considerando a compatibilidade de ingredientes naturais, sua estabilidade e eficácia terapêutica.

Houve diversos experimentos laboratoriais com os processos de extração do óleo da folha e de formulação da tintura fitoterápica e do protótipo da pomada.

Desenvolvida com substâncias naturais, a composição da pomada contou com a utilização de cera de abelha, óleo de coco, óleo de amêndoas, goma xântana e a própria tintura.

Foram obtidos dois protótipos promissores com possibilidade de testes para verificar suas ações no tratamento de feridas e problemas de pele.

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Para mim, significa uma nova porta sendo aberta. Significa que juntamente da Afubra através do Projeto Verde é Vida e do nosso querido Grupo Ambiental Semeando Vidas poderemos e vamos mudar nossas atitudes buscando sempre o melhor e também ajudar a natureza para que nossos filhos e netos tenham um futuro mais sustentável. Juntos e unidos num mesmo objetivo podemos mostrar a grandeza do nosso meio ambiente e assim fazer com que a comunidade escolar entenda a importância de cuidar bem dele.”

Pedro Murilo da Silva

12 anos - Grupo Ambiental Semeando Vidas

EEEM Professor Fábio Nackpar dos Santos - Candelária/RS

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Foto:Divulgação

A Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida surpreende a cada edição

Quando eles pesquisam para apontar soluções

Mostra Científica Sul-Brasileira apresenta trabalhos realizados por estudantes de escolas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná

A Mostra Científica Sul-Brasileira Verde é Vida surpreende a cada edição da Expoagro Afubra ao expor os trabalhos selecionados no ano anterior em etapas escolares, regionais e estaduais. A visão dos estudantes em busca de soluções para os problemas ambientais e sociais das suas localidades, regiões e até para a vida no planeta têm origem em reflexões coletivas e aprofundados trabalhos de pesquisa.

Na Expoagro Afubra 2024, em Rio Pardo/RS, 16 delegações dos três estados do Sul do Brasil estarão presentes para expor e explicar aos visitantes sobre seus estudos e conclusões. Para selecionar os participantes da Mostra houve etapas regionais que somaram 150 trabalhos apresentados, e etapas estaduais com 36 pesquisas expostas. E, desses, saíram os 16 trabalhos selecionados para a Etapa Sul-Brasileira.

O que significa participar do Grupo Ambiental?

“Para mim, significa ter uma grande responsabilidade de participar das atividades no turno inverso de aula. É necessário saber trabalhar em grupo, pois cada um tem seu jeito de trabalhar e sua forma de pensar. Nas atividades desenvolvidas, o grupo aprendeu a trabalhar em equipe, a cuidar do meio ambiente e a promover a consciência das pessoas. O grupo ambiental teve e continuará tendo um papel muito importante, que é dar o destino correto ao lixo, orientando as famílias a separarem o material reciclável em suas casas evitando que sejam queimados ou jogados na natureza.”

Heithor Morais da Silva

12 anos - Grupo Ambiental Amigos do Meio Ambiente

EMEF Taufik Germano - Cachoeira do Sul/RS

Na Expoagro Afubra 2024, 16 delegações dos três estados do Sul estarão presentes

Foto:Divulgação

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QUEM ESTARÁ NA MOSTRA SUL-BRASILEIRA

Compostagem: destino ecologicamente correto dos resíduos orgânicos.

EMEB Adolpho Sebastiany - Sobradinho/RS

Alunas: Maria Gabriela Nunes (14 anos) e Fernanda Festinalli Dal Ri (14 anos), do 9º ano

Professora: Anilda Dorneles

Produção de geoproduto com morango

Cenoura e suas peculiaridades

EMEF Alberto Pasqualini - Agudo/RS

Alunas: Ana Júlia Wittke (13 anos) e Janaina Mikaela Friedrich (13 anos), do 8º ano

Professora: Lisiane Weber

Óleo para que te quero?

EM Marciano de Carvalho - Pien/PR

Alunas: Ana Luiza Lesniovski (10 anos) e Isabelli Correia de Olivreira (10 anos), do 5º ano

Professora: Cleonice Aparecida Stal Kobsczinski

Ecoturismo em Jacinto Machado

EMEB José Francisco de Aguiar - Jacinto Machado/SC

Alunos: Gabriel Marques Casemiro (13 anos) e Kendrick Boeira Nicoleti (14 anos)

Professora: Denise Martignago Ghellere

Os reflexos do meu desperdício

EM Frei Silvano - Água Doce/SC

Alunos: José Angenor Ribeiro (10 anos) e João Antônio Fachin, do 5º ano

Professora: Salete Zarpelon Parenti

Proteção do solo por meio do cultivo de plantas de cobertura

EMEF Antonio Curi - Cristal/RS

Alunos: Joaquim Seefeldt Einhardt (13 anos) e Kaiane da Silva Westphal (12 anos), do 7º ano

Professora: Célia Regina de Oliveira Ritter

Inseticidas caseiros à base de eucalipto citriodora

EMEF Balduíno Thomaz Brixner - Arroio do Tigre/RS

Alunos: Riquelme Eduardo Paranhos (15 anos) e Isadora Librelotto Mohr (15 anos), do 9º ano

Professora: Magda de Almeida

Reduzir, reutilizar reciclar

ERM José de Lima - Rio Negro/PR

Alunos: Luciano Jaros (10 anos) e Gabrielly Morretes Maneira (11anos), do 5º ano

Professora: Karina Francieli Faszank de Assumpção

EMEF Cardeal Leme - Santa Cruz do Sul/RS

Alunos: Julia Emanuele Kelzenberg (13 anos) e Juliana Maitê Furtado (13 anos), do 9º ano

Professora: Ândrea Betina Lauschner

Aquecimento com energia solar térmica

EMEF Carlos Altermann - Paraíso do Sul/RS

Alunos: Mathias Jeiel Luz Reips (14 anos) e Nicole Isabele Achterberg (14 anos), do 9º ano

Professora: Carla Hulda Pfeifer Drescher

Meliponicultura - Uma alternativa viável

EMEF Felipe Becker - Santa Cruz do Sul/RS

Alunos: Alan Josiel de Melo (14 anos) e Milena Watte (14 anos), do 9º ano

Professora: Márcia Maria Rodrigues

As águas do Rio Batalha

CEP Curt Hamm - Ituporanga/SC

Alunos: Camile Vitória Cardoso (10 anos) e Yasmin Coelho (10 anos), do 5º ano

Professora: Andresa Franco

O uso de plantas medicinais no combate da ansiedade

EMEF Jacob Rech Segundo - Arroio do Tigre/RS

Alunos: Dafinyn Eduarda da Silva (12 anos) e Júlia Eduarda Bulsing (11 anos), do 6º ano

Professora: Leni Furlan Limberger

Semana da alternância: valorizando a educação do campo

EMEF Nossa Senhora de Fátima - Cachoeira do Sul/RS

Alunos: Aline de Mello Bicca (15 anos) e Bruna da Rosa Garcia (15 anos), do 9º ano

Professora: Amanda Moura de Fraga

Reutilizar para preservar

EMEF Olavo Bilac - Rio Pardo/RS

Alunos: Cristiny da Silva Silveira (8 anos) e Marcine Silveira da Rosa (7 anos), do 2º ano

Professora: Marta Eliane da Silveira Silveira

Bio Guava - Tintura fitoterápica e pomada cicatrizante de compostos da goiaba-serrana

EEB Ruth Lebarbechon - Água Doce/SC

Aluna: Eloise Antunes de Lima (18 anos), do 3º ano do ensino médio

Professora: Janete Aparecida Rodrigues

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O Verde é Vida, programa de educação socioambiental e rural da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), desenvolve suas atividades nos municípios onde a entidade atua, atendendo os associados e produtores rurais, tendo como referência as escolas e suas comunidades. O Verde é Vida realiza suas ações nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul com o objetivo de desenvolver uma educação socioambiental, promover a educação no meio rural, sua diversificação, sustentabilidade, proteção da criança e do adolescente, sucessão, bem como, a valorização da agricultura familiar.

Em 2023, o Verde é Vida comemorou os 20 anos dos Grupos Ambientais (GAs), que tem por objetivo, desenvolver, junto ao aluno, o crescimento do mesmo, promovendo a cidadania, o senso crítico, a união e o espírito de liderança, através do contato direto com os problemas de sua comunidade. Neste ano, a proposta foi de se fazer, juntamente com as escolas e as Diretorias dos Grupos Ambientais, uma reflexão sobre o trabalho que os GAs realizam na comunidade escolar.

Para o Verde é Vida foi um ano de continuidade, onde escola e comunidade desenvolveram ações voltadas para a proteção ambiental, o trabalho, a saúde, a ética e a cidadania, tendo como base os Parâmetros Transversais da LDB (Lei. 9394/1996). Neste contexto, o programa de educação da Afubra ofereceu, para suas escolas parceiras, as 15 ações operacionais, deixando para que cada educandário realizasse estas ações quando e como achasse necessário, ou seja, desenvolver as ações propostas conforme a realidade e as necessidades da sua comunidade escolar.

Com a proposta de continuidade, para este ano o Verde é Vida desenvolveu suas atividades de forma híbrida, presenciais e online, atendendo o tema anual do programa: “Solidariedade e voluntariado: família, escola e comunidade juntos” Novamente, o tema foi referência para

as atividades realizadas pelo Verde é Vida e suas escolas parceiras envolvendo alunos, professores, pais e comunidade em atividades ambientais, sociais, culturais e lúdicas com a participação em reuniões, campanhas, eventos sociais e esportivos. Durante o ano, o Verde é Vida atuou em 91 municípios, onde desenvolveu atividades em parceria com 468 escolas. Nestas atividades híbridas, envolveu 32 funcionários da Afubra e da Agro-Comercial Afubra Ltda., que atuaram dando apoio técnico, pedagógico e logístico para que cada escola pudesse desenvolver suas atividades durante o ano.

Em 2023, o Verde é Vida deu continuidade à parceria com as escolas, entidades e empresas focando nas atividades de desenvolvimento sustentável, buscando desenvolver com seus parceiros ações ambientais, sociais e econômicas. Focamos nas atividades dos Grupos Ambientais, cujo trabalho completou 20 anos, melhoramos algumas ações pontuais na área social e cultural, bem como intensificamos a Bolsa de Sementes, a Coleta de Óleo Saturado e investimos nas atividades lúdicas nas escolas, atendendo alunos e comunidade de forma presencial. Criamos novos caminhos para as escolas desenvolverem ações de proteção ambiental através da recuperação de nascentes, da implantação da Feira Rural Pedagógica e da Microempresa Escolar, ações estas ligadas ao desenvolvimento sustentável da comunidade local.

Neste processo de continuidade, o Verde é Vida inovou e se reorganizou como um programa de educação, atuando em todos os segmentos do processo de ensino aprendizagem, dando às escolas o suporte necessário para a realização do seu Projeto de Execução, trabalhando nas diferentes áreas de inovação, seja para o desenvolvimento da família do aluno ou da comunidade local.

Para 2024, o Verde é Vida manterá suas atividades de forma híbrida, com sua proposta original, de proteção ambiental, e inovando com ações pedagógicas e tecnológicas, trabalhando, dessa forma, uma educação socioambiental rural com uma visão construtivista e holística voltada para o desenvolvimento sustentável. O tema, em 2024, será “Qualidade de vida, a saúde socioambiental da comunidade”.

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Foto: Arquivo Afubra

Números do Verde é Vida em 2023

256.000 pessoas foram atendidas durante as atividades do Verde é Vida neste ano

468

escolas atendidas de 91 municípios envolvidos

78.378,5

litros de óleo saturado coletados por 386 parceiros em 84 municípios

850,55 kg

de sementes que foram coletadas por 65 escolas e distribuídas para viveiros do Brasil

1.365 alunos

realizaram 273 trabalhos de pesquisa científica em 85 escolas

1.868 ações

65 escolas

realizaram 285 ações sociais

de 78 Grupos Ambientais realizadas nas escolas e nas comunidades

2.811 alunos foram envolvidos em 34 atividades lúdicas realizadas

13.776 pessoas

foram envolvidas nas ações conjuntas de 65 escolas

45.000

cadernos e réguas foram doados par escolas e entidades parceiras

18.000 mudas

O Verde é Vida recebeu

76 projetos e 65 relatórios. Foram publicados 50 resumos de suas escolas parceiras e 57 resumos de pesquisa científica

168 kg

de sementes que foram doadas para 78 viveiros de todo o Brasil

80 palestras

foram realizadas envolvendo 8.015 pessoas em 2023

de árvores nativas foram doadas para parceiros do Verde é Vida de resíduos produzidos na matriz Afubra, com destino correto

30,31 toneladas

82,5 toneladas

de resíduos foram geradas na 21ª Expoagro Afubra com destino correto

8.500 pessoas

assistidas no Espaço de Inovação do Agro durante a Expoagro Afubra

62.299

pessoas assistidas em 39 eventos

228 reuniões em escolas, envolvendo 2.461 pessoas

420 visitas

realizadas pelos Coordenadores Regionais nas escolas parcerias

720 alunos

participaram na Gincana sul-brasileira/online e 605 no encontro de GAs/online

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Resumos coordenadores municipais ÍNDICE 36 Sinal verde para o aprendizado SMEC. Candelária/RS 37 Ações de sensibilização ambiental realizadas pelo município de santa cruz do sul SMEC. Candelária/RS 41 Relatório geral do Verde é Vida nas escolas da rede municipal de ensino de Dom Feliciano SME. Dom Feliciano/RS 38 Mostra municipal de conhecimentos de Cristal SME. Cristal / RS 38 Sustentabilidade é educação parceria de sucesso SME. Prudentópolis/PR 39 Mais do que falar, é necessário agir! SME. Atalanta/SC 39 Educação ambiental na contemporaneidade SME. Ituporanga/SC 40 Escola segura SMECD. São Lourenço do Sul/RS 42 Boas ações só funcionam com a ajuda de todos! SEC. Arroio do Meio/RS 43 Pequenas ações, grandes transformações SMECD. Mato Leitão/RS 43 Conecta educação SME. Venâncio Aires/RS 44 Educação ambiental em Vera Cruz: projetos e ações SECT. Sinimbu/RS 42 Programa Verde é Vida 2022, inovando sempre pela qualidade do ensino SMEC. Paraíso do Sul/RS 37 Projeto Verde é Vida: a conscientização de hoje é a preservação do amanhã SME. Piên/PR 40 Sinimbu mais sustentável SECT. Sinimbu/RS 41 1.365 alunos realizaram 273 trabalhos de pesquisa científica em 85 escolas
Arquivo Afubra
Foto:

SINAL VERDE PARA O APRENDIZADO

Candelária/RS

SMEC. Candelária/RS

Relatoras: Maiara Priscilla de Souza e Estela Voigt

O Verde é Vida é um programa essencial para disseminar boas práticas em se tratando de educação socioambiental, diversidade, sustentabilidade, proteção da criança e do adolescente, bem como a valorização do homem do campo. Neste contexto, contamos no município de Candelária com três escolas que se enquadram neste âmbito e que participam do projeto, que são as Escolas Municipais de Ensino Fundamental Francisco Hübner, Percílio e São Paulo. A disseminação de conhecimentos em relação à essência do Verde é Vida, certamente traz inúmeros benefícios para as escolas e para os estudantes que a frequentam, no que se refere às boas práticas a serem utilizadas em seus estudos e vida profissional. Apesar de ser uma vantagem, as amplas opções de temas que podem ser abordados neste projeto fazem com que muitas escolas não consigam trabalhar alguns assuntos de forma mais aprofundada ou até mesmo não os trabalhem por terem receio ou algumas dúvidas, como já nos foi comunicado em algumas situações. Considerando estes aspectos, a Secretaria Municipal de Educação de Candelária propõe um acompanhamento de amparo e suporte para as escolas de modo que os professores,

PROGRAMA VERDE É VIDA 2022, INOVANDO SEMPRE PELA QUALIDADE DO ENSINO

Paraíso do Sul/RS - SMEC. Paraíso do Sul/RS

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Paraíso do Sul desenvolve o Projeto Verde é Vida em parceria com a Afubra e tem por objetivo desenvolver ações conjuntas com as Escolas, envolvendo professores, educandos e a comunidade em geral. Diversas são as atividades que ocorrem no dia a dia durante o desenvolvimento da prática pedagógica nas escolas, como o trabalho voltado para a identificação dos problemas envolvendo educação socioambiental, inovação tecnológica, qualidade de vida, visando à preservação do Meio Ambiente em nossa cidade, sustentabilidade, diversificação e valorização da agricultura – a educação no meio rural, também objetiva-se atividades promovendo o protagonismo do aluno, atividades que subsidiam o crescimento das propriedades rurais, da agricultura familiar e da permanência da família no campo são as atividades disponibilizadas aos cidadãos para que possam integrar-se na busca do bem-estar social e ambiental. No ano de 2022 com o tema “Planeta Sustentável: agir localmente e pensar globalmente”, cada um precisa fazer a sua parte para impactar o todo. Temos que ter em mente que a união de todos fará a diferença na busca por este propósito, isto é um trabalho que deve ser desenvolvido sempre. Foram

quando tiverem qualquer dificuldade ou dúvida, possam contar conosco para esclarecimentos. Além disso, queremos propor o projeto “Sinal verde para o aprendizado” aonde iremos nos dispor a trazer informações importantes sobre um determinado assunto de interesse em forma de seminários ou palestras de modo a ter um melhor esclarecimento sobre determinados assuntos. Ou seja, se a escola quiser trabalhar com redução de energia na escola, iremos oferecer algum seminário sobre o assunto, demonstrar cálculos de gasto de energia, auxiliar nas formas de redução na escola e fazer algo lúdico a fim de fortalecer este conhecimento. Por termos integrantes da área de ciências biológicas e química, podemos trazer materiais e falar com propriedade de assuntos diversos que se enquadram no Verde é Vida. Além disso, queremos trazer maiores aprofundamentos e uma aprendizagem pedagógica lúdica sobre assuntos de interesses não somente dos estudantes, mas também de professores, escola e comunidade local. Com isso, visamos despertar o interesse dos participantes do “Verde é Vida”, para darem continuidade aos seus projetos de forma mais segura e consciente.

Relatoras: Cristiane Suzana Langbecker Ehle e Rosângela Aparecida Ribeiro Baumhardt

desenvolvidas várias ações a nível municipal e um trabalho voltado para a realidade dos alunos, suas famílias e comunidades com o intuito de promover o desenvolvimento sustentável local, dentre as quais se destacam: consciência ambiental – bolsa de sementes, doação de mudas de árvores nativas e flores, plantio das mesmas na cidade e pátio das Escolas com objetivo de arborizar e embelezar os ambientes e a cidade, tornando o mesmo mais agradável para o lazer; trabalho nas hortas escolares com a organização de composteira; desenvolvimento de ações à distância com o objetivo de levar às Escolas a consciência da valorização e preservação da natureza, contribuindo assim para um futuro mais saudável; Recolhimento de materiais recicláveis e de óleo saturado; Realização de pesquisa e atividades feitas pelos educandos que enfatizem a preservação do Meio Ambiente e conservação do mesmo com objetivo de despertar a consciência ambiental dos envolvidos no processo educativo. O Projeto Verde é Vida enriquece a prática pedagógica e através de programas como este conseguimos desenvolver ações que trarão vários benefícios ao planeta terra e gerações futuras.

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MOSTRA MUNICIPAL DE CONHECIMENTOS DE CRISTAL

Cristal / RS

SME. Cristal / RS

Relatoras: Daniele Bracher e Claudia Simone Vitola Schranck

O município de Cristal – RS busca desenvolver atividades que promovam a pesquisa e o interesse dos alunos na construção de suas aprendizagens. Contando para isso com a parceria do Projeto Verde é Vida da Afubra que está presente nas escolas do campo de nosso município - EMEF Otto Becker e EMEF Antônio Curi. Nestas escolas são realizadas ações com foco na educação socioambiental como: Grupos Ambientais; Coleta de óleo saturado; Paisagismo; Horta ecológica e Pesquisa científica, abrangendo cerca de 500 alunos.

Nesse viés, surge no município a Mostra Municipal de Conhecimentos (MMC de Cristal), promovida pela Secretaria Municipal de Educação, cujo objetivo é a exposição de trabalhos científicos e artísticos, integrando ciência e cultura. No ano de 2022 a MMC de Cristal aconteceu no dia 25 de agosto e contou com a exposição de 30 trabalhos científicos ou artísticos das escolas municipais e estaduais de Cristal. O evento aconteceu no centro da cidade e esteve aberto à comunidade para visitação, contando com um grande público.

Os projetos expostos na MMC de Cristal foram selecionados em etapa anterior, durante as Mostras

Escolares de Conhecimentos. As EMEF Otto Becker e Antônio Curi, EMEI Primeiros Passos, o Colégio Estadual Bento Gonçalves da Silva e a EEEF Darcy Peixoto da Silveira promoveram suas Mostras Escolares de Conhecimentos, na qual os alunos expuseram seus projetos, construídos com a mediação de um ou mais professores da escola e a partir dos interesses dos educandos. Esses trabalhos foram selecionados para a MMC de Cristal a partir da avaliação de uma comissão julgadora formada por professores externos à escola e que avaliaram quesitos como relevância do tema, criatividade, apresentação, entre outros.

Enquanto Secretaria Municipal de Educação ficamos maravilhados com o que foi apresentado pelas escolas de Cristal. As Mostras Escolares de Conhecimentos e a MMC de Cristal foram momentos de divulgar para a comunidade aquilo que é produzido na escola e de prestigiar os grupos de trabalho, além de propiciar uma aproximação e troca de experiências entre as escolas e inclusive com a comunidade cristalense. Finalizamos nosso relato com uma frase inspiradora e com o pensamento na edição 2023 da MMC de Cristal que ocorreu no dia 10 de agosto: “O conhecimento é o alimento da alma.” Platão.

RELATÓRIO GERAL DO VERDE É VIDA NAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE DOM FELICIANO

Dom Feliciano/RS - SME. Dom Feliciano/RS

Relatoras: Carmem Terezinha Wolowski de Jesus e Carine Lopes Rodrigues

No ano de 2022, a Secretária Municipal de Educação desenvolveu o Projeto “Verde é Vida” em parceria com a Afubra, nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Dom Feliciano, a qual conta com cinco escolas que juntamente com os professores Coordenadores desenvolveram diversos trabalhos ao longo do ano letivo.

O desenvolvimento deste projeto tem sido de grande importância para todos os envolvidos, que são os alunos juntamente com suas famílias, professores e direção das escolas. Este projeto promove o pensar voltado para um mundo sustentável, para a preservação da natureza e do meio ambiente, pensando no futuro e na continuidade de plantações de árvores para um ambiente limpo e saudável.

No município de Dom Feliciano há cinco escolas de Ensino Fundamentais, no qual três delas fazem parte do G1 que são a EMEF São João Batista que é coordenada pelo Professor Tiago Stelmaszczyk, EMEF Padre Constantino coordenada pela Professora Joice Kolesny, EMEF Santa Terezinha, coordenada pelo professor Renato Luiz Scislewski e duas escolas do G2 que são a Catulino Pereira da Rosa, coordenada pelo Professor Eliezer Soares Priebe e EMEF Nossa Senhora

de Fátima, coordenada pelo Professor Renato Scislewski. Cabe salientar que a EMEF Padre Constantino irá representar o município na Expoagro Afubra 2023, com a Pesquisa Científica sobre Energia Fotovoltaica.

O Projeto foi desenvolvido por todas as escolas que coletaram óleo saturado, sementes nativas para a bolsa de sementes, plantação de flores, de chás e verduras. Houve também a participação dos alunos do Grupo Ambiental na encenação da Semana Santa, no hasteamento da Bandeira na Semana da Pátria, na campanha do agasalho e houve visitação na casa de passagem e no lar do idoso.

Diante do exposto, o projeto está sendo desenvolvido, buscando aprimorar de forma contínua, aprendendo novas habilidades e por consequência vivenciando bons resultados. Assim, espera-se que os alunos, no futuro, sejam conscientes e responsáveis diante da sociedade.

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SUSTENTABILIDADE É EDUCAÇÃO PARCERIA DE SUCESSO

Prudentópolis/PR

SME. Prudentópolis/PR

Relatoras: Ana Cristina Gonçalves Dos Santos Antônio e Thais Pimentel

A educação socioambiental é fundamental para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis em relação ao meio ambiente e à sociedade em que vivem. Ela visa fornecer informações e promover reflexões sobre a importância da preservação do meio ambiente, dos recursos naturais e da biodiversidade.

A falta de educação ambiental pode levar a problemas como poluição, desmatamento, esgotamento dos recursos naturais, mudanças climáticas e desequilíbrios ecológicos. Por isso, é importante que a educação socioambiental seja integrada no currículo escolar desde as séries iniciais, para que os estudantes possam aprender a importância de cuidar do meio ambiente e aplicar esses conhecimentos em suas vidas diárias.

Portanto, a educação socioambiental é essencial para promover um desenvolvimento sustentável e garantir um futuro saudável para as próximas gerações. Pensando no desenvolvimento da educação socioambiental a Secretaria Municipal de Educação de Prudentópolis propôs para as Escolas que fazem parte do Programa Verde é Vida o desenvolvimento de atividades para mobilizar ações sustentáveis. A Escola Municipal do Campo de Tijuco

MAIS DO QUE FALAR, É NECESSÁRIO AGIR!

Atalanta/SC

SME. Atalanta/SC

desenvolveu ações de coletas de sementes, qual a proposta é a germinação de novas árvores nativas e a continuidade da flora paranaense. A Escola Municipal Favo de Mel buscou desenvolver ações sustentáveis mobilizando os alunos a coletar lixos recicláveis qual em todas as turmas os professores trabalharam a importância de retirá-los da natureza e destinar para o local correto. Também em uma parceria com a comunidade criaram o dia da coleta do óleo saturado em um supermercado, qual semanalmente quatro alunos iam até o mercado mobilizar a sociedade e coletar o óleo que a sociedade deixava no ponto de coleta na semana, qual o critério principal para a participação deste momento era a disciplina em sala de aula. A Escola Municipal Favo de Mel desenvolveu a pesquisa científica sobre: A importância das abelhas na polinização das plantas. Junto desta pesquisa os alunos foram a campo conhecer um apiário, desenvolveram técnicas e práticas para que no pátio da escola e nas casas próximas às abelhas fizessem a sua polinização. Com este projeto os alunos participaram da Mostra Científica no Rio Grande. Todos os trabalhos são de grande aprendizagem. Enquanto educadores buscamos sempre o melhor para o nosso município desenvolver se de forma sustentável.

Relatoras: Scheila Daniele Henning e Rosane Jochem Herbst

Atalanta possui uma parceria de vários anos com o verde é vida, acreditamos que ao falarmos de meio ambiente muito mais do que conscientizar é necessário agir. Atualmente o nosso trabalho engloba em torno de 180 alunos que frequentam regularmente, e boa parte deles o contraturno.

Em 2022 a EMEF Vila Gropp celebrou o seu cinquentenário, um ano de comemoração, mas de muito planejamento e ações, e também de muitos resultados positivos. Mais uma vez a unidade foi destaque e o grupo ambiental recebeu o troféu “Gota verde” em relevância aos serviços prestados ao meio ambiente. Durante o ano de 2022 diversas pesquisas científicas foram desenvolvidas, mas destacamos a pesquisa “Plantar bem para comer bem”, a qual foi classificada para a Expoagro 2023. Esse projeto envolveu toda a unidade e visa melhores resultados no cultivo, evitando desperdícios e gerando uma alimentação mais saudável e consequentemente uma melhora de qualidade de vida. Além disso, buscamos relacionar o sobrepeso, o consumismo e os impactos gerados no meio ambiente.

Na escola complementar os alunos têm contato direto com a natureza. A escola dispõe de um viveiro onde as crianças produzem mudas de diversas variedades como: ingá

anão, palmeira jerivá, palmeira real, cortiça, primavera, suculentas, além de diversas mudas de verduras, temperos e hortaliças. As mudas de árvores nós destinamos às famílias na semana do meio ambiente, dia dos pais, dia das mães, dia da família e encerramento. Os temperos, verduras e hortaliças eram plantados na horta escolar e as mudas excedentes eram destinadas às famílias para enriquecer as hortas familiares.

Produzimos também mudas de erva mate dentro do projeto: erva mata do bosque para a cuia, onde as crianças conheceram esta variedade de planta existente no espaço escolar e participaram de todas as etapas até o chimarrão estar pronto para o consumo.

Para destacar ainda mais o vínculo que a nossa cidade possui com o Verde é Vida fomos contemplados com o plantio de uma muda de ipê amarelo, simbolizando os 20 anos da Bolsa de Sementes.

Com as diversas ações desenvolvidas durante o ano em nossas escolas e muitas delas em parceria com o Verde é Vida, podemos destacar que o trabalho ambiental é feito há várias mãos, e que cada ação é um passo importante para promover mudanças de atitude em relação ao meio ambiente.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA CONTEMPORANEIDADE

Ituporanga/SC

SME. Ituporanga/SC

Relatoras: Renata Machado Pereira e Neudéti Marta Schäfer Medeiros

O Projeto Verde é Vida é desenvolvido no município de Ituporanga por meio da Secretaria Municipal de Educação, envolvendo professores, educandos e a comunidade escolar. Tendo como tema deste ano “Solidariedade e voluntariado: família, escola e comunidade juntos”. O objetivo é promover a integração de alunos e professores para a troca de informações, experiências e conhecimentos da divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelas escolas CE Pedro Júlio Müller e CE Professor Curt Hamm.

O CE Professor Curt Hamm fomenta o Projeto “As águas do Rio Batalha”, ao abordar esta temática com os estudantes pretende-se realizar ações para a conscientização em relação aos cuidados e preservação dos rios. O envolvimento de toda a comunidade escolar é essencial para que haja uma mudança de pensamento e atitudes. Deve-se iniciar no meio familiar, estendendo-se na escola e avançando para toda comunidade escolar.

O CE Pedro Júlio Müller com o Projeto “Alimentação Saudável”, visando a melhoria da qualidade de vida de todos os estudantes e comunidade escolar em geral. Por meio da alimentação na escola ensinar a importância do plantio dos alimentos traz oportunidades que vão além do

desenvolvimento de consciência sobre sustentabilidade. Os benefícios do trabalho com cultivos e plantações envolvem também os hábitos alimentares de estudantes, professores e demais funcionários da própria comunidade escolar como um todo. Sendo assim, o professor oportuniza experiência de cultivo e encoraja os estudantes a experimentarem novos alimentos entendendo mais sobre plantações, ciclo da água, amadurecimento de frutos, rendimento dos alimentos e partilha com colegas para a promoção da saúde de forma atraente, lúdica e educativa.

A Secretaria Municipal de Educação com a parceria com da Afubra com o Projeto Verde é Vida busca sensibilizar os alunos desde pequenos que precisa cuidar, preservar e que o futuro depende do equilíbrio entre o homem e a natureza e do uso racional dos recursos naturais, por meio das ações individuais que fazem a diferença para a transformação do meio em que mora.

A questão ambiental deve ser um processo contínuo e permanente em todas as etapas da educação. Bem como, mudar hábitos, transformar a situação do planeta terra e proporcionar melhor qualidade de vida.

PROJETO VERDE É VIDA: A CONSCIENTIZAÇÃO DE HOJE

É A PRESERVAÇÃO DO AMANHÃ

Piên/PR - SME. Piên/PR

Relatora: Leonice Zimmer

No município de Piên-PR, quatro escolas participam do Projeto Verde é Vida, sendo duas escolas do campo e duas escolas urbanas. Cada instituição participante possui suas particularidades que são base de referência para a abordagem do Projeto Verde é Vida.

A conscientização ambiental é o que move as ações vivenciadas por nossos alunos. Seja através da coleta de óleo, através da bolsa de sementes ou até mesmo de ações de escolas, não participantes do projeto, mas que solicitam apoio para a realização de atividades de preservação ambiental e recuperação de nascentes. Todas as ações impactam diretamente na comunidade e envolvem pais, alunos e professores, nesse mover coletivo em prol de um bem comum.

Na Escola Alminda Antônia de Andrade os alunos desenvolvem um projeto empreendedor que movimenta a comunidade com a vendas das Bolachas da Vó Maria, um sucesso reconhecido e prestigiado pelas famílias. No ano de 2022 tivemos a satisfação de nossas alunas da Escola Marciano de Carvalho serem escolhidas para representar nosso município na Expoagro Afubra 2023, com o trabalho “Quem Disse que Coisa Boa Não Cai do Céu?”. Neste trabalho desenvolveram

uma cisterna para coleta de água pluvial na escola, a qual é utilizada para atividades como: irrigação da horta e limpeza de calçadas, além de outras atividades evitando assim o consumo excessivo de água potável e promovendo a prática do uso consciente da água. Vale ressaltar que essa já era uma prática da avó de uma das alunas e foi, portanto, a base de pesquisa para a execução dele na escola. As vivências e experiências proporcionadas durante os dias de apresentação do projeto na Expoagro 2023, contribuirão para a formação pessoal e até mesmo acadêmica das alunas que viveram na prática o que aprendem na escola. A importância desse projeto é, inicialmente, a transformação de um conhecimento empírico em um conhecimento científico capaz de ajudar famílias e cidades no consumo consciente de água.

O Projeto Verde é Vida estimula e desenvolve a consciência ambiental na prática, rompendo com os muros da escola e permitindo que as ações sejam vivenciadas além da sala de aula, pois impactam na mudança de comportamento, tão urgente por parte de todos, afinal tudo o que fazemos terá consequências e a conscientização ambiental é algo inadiável, pois através da conscientização dos alunos hoje, garantiremos a preservação no amanhã.

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AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL REALIZADAS PELO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL

Santa Cruz do Sul/RS - SME. Santa Cruz do Sul/RS

Relator: Eduardo Soares

No decorrer do ano de 2022 o Município de Santa Cruz do Sul-RS deu continuidade ao PROJETO TROCA

SOLIDÁRIA nas escolas Municipais. Este projeto teve por objetivo proporcionar a oportunidade de troca de resíduos sólidos recicláveis por alimentos oriundos de produtores agrícolas familiares do Município de Santa Cruz do Sul. Procurou-se, também, incentivar os alunos das escolas a separarem seus resíduos e conscientizá-los sobre a destinação correta dos recicláveis. Ainda, o propósito foi melhorar a qualidade da alimentação dos beneficiários.

Os materiais recicláveis aceitos para troca foram todo tipo de material que seja possível reciclar, como plástico, papel, papelão, vidro e latinhas de alumínio, limpos, secos e não contaminados. Também foi permitida a troca de óleo vegetal usado.

Outra ação que merece destaque foi a SEMANA

MUNICIPAL DE ADOÇÃO, PROTEÇÃO E BEM-ESTAR

ANIMAL – 2022. O Objetivo geral é fomentar e estimular a guarda responsável, a adoção e repassar informações quanto a procedimentos relacionados a situações de maus tratos e abandonos a animais. Durante a semana ocorreram ações como Drive thru Solidário e pontos de

SINIMBU MAIS SUSTENTÁVEL

Sinimbu/RS

SECT. Sinimbu/RS

Relatora: Fátima Wink Bohnen

“É dentro do coração do homem que o espetáculo da natureza existe; para vê-lo, é preciso senti-lo.” Eis um manifesto de autoria de Jean-Jaques Rousseau, atribuindo ao ser humano tamanha missão de garantir espetáculos apreciáveis às presentes e futuras gerações. Para tanto, é essencial a contínua sensibilização por meio da informação, o engajamento na ação ambiental, a percepção constante do quão importante é o cuidado com todos os recursos naturais. Desmedida missão é continuamente incentivada pela Secretaria de Educação, encorajando as escolas, diante de seus contextos, a movimentarem, sustentavelmente, a sua comunidade. No decorrer de 2022, a Sec. de Educação, em parceria com a Sec. da Agricultura, Indústria, Comércio e Meio Ambiente, e através do Dep. Mun. do Meio Ambiente promoveu uma gincana, envolvendo as escolas da rede, atingindo cerca de oitocentos estudantes. Como maior propósito, a promoção de ações de sensibilização sobre a importância da preservação, especialmente cuidados na produção de resíduos, ao consumo consciente, buscando a diminuição da exploração de recursos naturais e estimulando a destinação adequada de resíduos gerados no município.

Participação em quizzes com uso do Kahhot,

coleta para arrecadação de doações para o Banco Municipal de Ração e Utensílios para Animais; Feira de Adoção do Canil Municipal em conjunto com as ONGs; shows e apresentações artísticas; atividades educacionais nas escolas; Visita ao Sítio da ONG Cavalo de Lata; Palestras sobre temas relacionados a Zoonoses, Saúde Pública e Maus Tratos a Animais; Atividades na Praça Getúlio Vargas com estandes de oficinas, palestras, vídeos, distribuição de material informativo, visita de alunos das escolas, estande com material das ONGs (brechó), cadastros para castração gratuita, cadastro para atendimento no HVet, cadastro para o Banco Municipal de Ração e a Mateada "#AdotarAquiéBomDemais" com encontro de tutores de animais adotados seus respectivos Pets e workshop com adestradores. Todas essas ações somam-se às demais atividades rotineiras realizadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade.

confecção de bombas de sementes, revitalização de espaços, plantio de mudas, produção de brinquedos com sucatas, foram tarefas executadas com êxito pelos escolares. A gincana ainda contemplou ações sustentáveis que as escolas já realizam, como os ecopontos de resíduos recicláveis, impulsionando-os junto à comunidade. A Educação Ambiental potencializa atividades e discussões conectadas com o tempo atual e com o que a Base Nacional Curricular Comum orienta. Abraçar essa causa e vê-la como uma necessária conexão capaz de transversalizar todas as áreas do conhecimento com competência e propriedade, encontrando brechas e caminhos para contribuir na construção de valores e posturas, capazes de possibilitar ao homem um convívio mais harmônico com o Planeta que o abriga.

Seja coletando resíduos e destinando-os corretamente, seja desencadeando projeto a partir de plantas medicinais, ou ainda, mantendo viva a participação das escolas nas ações educativas do Programa Verde é Vida, toda e qualquer ação saudável reverbera, com sentido, a qualquer cidadão planetário.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM VERA CRUZ: PROJETOS E AÇÕES

Vera Cruz/RS

SME. Vera Cruz/RS

Relatoras: Mariani Ines Stoeckel e Márcia Beatriz Gabe

O município de Vera Cruz busca despertar a consciência ambiental e a mudança de atitude em sua população, priorizando o trabalho de conscientização e preservação do seu meio realizando diversos projetos na área da Educação Ambiental, envolvendo toda a comunidade.

As Escolas das diversas redes estão envolvidas no Projeto Saúde em Educação Ambiental, com alunos desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, reforçando a importância do meio ambiente na construção de uma sociedade sustentável. Dentre as atividades realizadas com estudantes, professores, funcionários e cidadãos estão: palestras, oficinas, gincanas, cursos, saídas a campo, produção de composteiras e hortas. Assim, busca-se a construção de estratégias e ações para garantir a sustentabilidade e qualidade de vida.

Da mesma forma, há um olhar especial para a área da Sub-bacia Hidrográfica do Arroio Andréas. Por meio do Projeto Protetor das Águas, mantido há vários anos, o município incentiva produtores rurais a adotarem boas práticas de conservação de suas margens, água e solo. Com esta iniciativa, a água de nosso município vem apresentando maior qualidade e vazão. A importância da água na vida de

ESCOLA SEGURA

São Lourenço do Sul/RS

SMECD. São Lourenço do Sul/RS

Relatoras: Maria Denise Klein

Depois dos tristes episódios de ataques em escolas em Blumenau (SC) e na capital paulista, acontecidas em março e abril foi necessário um novo olhar, uma reflexão sobre as escolas, famílias, valores e principalmente ações que buscassem sobressair sobre a insegurança, impotência e fakes que a mídia compartilhava mostrando o desequilíbrio do ser humano.

O poder público através de seus governantes foi solicitado e, estes precisaram articular meios para manter a ordem e segurança nos ambientes escolares, o Ministério da Justiça criou um canal para denúncias e informações sobre ameaças e ataques a escolas, colocaram a Brigada Militar nas escolas.

Em nosso município foram debatidas soluções para reforçar a segurança nas escolas de São Lourenço do Sul, entre elas a instalação de um sistema de segurança com monitoramento de câmeras de vigilância nas escolas municipais que ainda não possuem o serviço.

Em meio a todos esses cuidados, as escolas municipais se reinventaram, proporcionaram atividades que promoveram gestos de cuidado e carinho com o próximo, práticas que remeteram a paz, a humanização

toda população e dos cuidados em sua preservação vem sendo uma temática muito trabalhada em todas as escolas do município.

Durante este ano, será realizado o projeto Educar para Transformar em uma das escolas localizadas na zona rural de Vera Cruz, visando despertar o interesse dos estudantes em relação às vivências do campo, contribuindo com a formação destes e oferecendo subsídios para uma escolha consciente sobre o futuro profissional. Esta iniciativa é da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vera Cruz, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SMED).

Outra iniciativa importante é o trabalho conjunto entre a SMED, escolas públicas e a Associação dos Fumicultores do Brasil (AFUBRA) por meio do Verde é Vida, que realiza diversas ações, com o objetivo de desenvolver educação socioambiental. Com diversos projetos e ações na área da Educação Ambiental realizados em todas as esferas do município, a transformação e a sustentabilidade ocorrerá com toda população envolvida, de forma gradual e efetiva, provocando mudanças e atitudes conscientes, em âmbito familiar, escolar e social.

na sociedade que hoje se encontra carente de afeto, empatia e valores.

Estas ações mostram a importância da escola, do professor, em trabalhar além de conteúdos curriculares, de contribuir na formação de habilidades e competências que possibilitam ao educando a percepção de sua importância, do seu protagonismo na promoção da paz, na projeção de um futuro mais fraterno, com valores e cuidado com a vida. Nossos educandos, famílias e colaboradores mostraram que é possível a promoção de ações simples, mas que fazem um bem enorme aos olhos do coração e da alma... Um abraço faz tão bem ao nosso corpo, um doce adoça a vida, um cartaz embeleza nosso caminho, uma flor colore o ambiente, um bilhetinho eterniza a lembrança de pessoas que passam em nossas vidas.

Que todos os dias sejam de gestos de cuidado com o próximo nas comunidades escolares e que estes sejam contagiantes para toda sociedade, porque quem cuida de si, do outro, já ama o Meio Ambiente num todo. Que possamos ser agentes transformadores!

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BOAS AÇÕES SÓ FUNCIONAM COM A AJUDA DE TODOS!

Arroio do Meio/RS

SEC. Arroio do Meio/RS

Relatoras: Joana Maria Bruxel Prediger e Regina Klein

O município de Arroio do Meio implantou no ano de 2022 o Sistema de Coleta Seletiva e Triagem dos resíduos. O projeto foi apresentado para as equipes diretivas das escolas com intuito de divulgar e engajar o sistema junto às famílias, promovendo a conscientização e envolvimento da comunidade escolar. A coleta seletiva, que tem por objetivo estimular a reciclagem e a conservação dos recursos naturais, como forma de promover a conscientização da comunidade para separação dos resíduos.

Outra ação que já é realizada no município e que continua acontecendo é a Campanha do Descarte, cujo objetivo é o recolhimento de eletrônicos, lâmpadas fluorescentes, óleo de cozinha, papelão, plástico e vidro. Esta ação envolve o Departamento do Meio Ambiente, Serviços Urbanos e Secretaria de Educação e Cultura. Desta forma, as escolas municipais e escolas comunitárias de educação infantil cadastradas no Projeto Verde é Vida, recebem o óleo saturado trazido pelas famílias e empreendimentos comerciais locais. A conscientização com o meio ambiente tem ficado cada vez mais evidente por meio do envolvimento da comunidade nesta campanha.

O Programa Saúde na Escola - PSE é um projeto

desenvolvido e que envolve os estudantes da rede pública de ensino, por meio de ações que integram as áreas de saúde e educação. Em 2022, foram realizadas atividades de visita em propriedades onde são produzidas frutas e verduras sem agrotóxicos e que fazem parte da merenda escolar dos estudantes das escolas públicas do município. Já nas Escolas Comunitárias de Educação Infantil foi realizado um trabalho com as crianças em diferentes etapas e turmas, desde o preparo do solo, plantio, cuidados, colheita e após consumidos nas refeições das crianças de 0 a 3 anos. Mas o PSE teve também ações desenvolvidas nas escolas das três redes de ensino do município através de um projeto de combate à dengue. Uma equipe multidisciplinar, formada por Equipe da Saúde, Agentes Epidemiológicos e Secretaria de Educação mobilizou-se e levou para o espaço escolar uma palestra, atingindo alunos do Nível A ao 9º ano. Através da ação buscou-se informar as características do transmissor, sintomas e sinais da doença e os principais meios de proliferação do mosquito, mobilizar e incentivar os estudantes no controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti no seu espaço de convivência (casa, comunidade e escola).

PEQUENAS AÇÕES, GRANDES TRANSFORMAÇÕES

Mato Leitão/RS

SMECD. Mato Leitão/RS

Relatora: Simone Eliana Ruppenthal Silberschlag

O meio ambiente em que vivemos nos permite sobreviver neste planeta, mas exige atitudes de cuidado e preservação. É neste sentido que são pensadas as ações no território municipal, especialmente no âmbito educacional.

Na rede de ensino de Mato Leitão, temos três escolas municipais e uma da rede estadual que realizam ações voltadas para este objetivo. Cada escola tem estruturas de captação e armazenamento de água da chuva através de cisternas. Esta água é utilizada no dia a dia para limpeza e manutenção, evitando o desperdício de água potável. Além das escolas, na Secretaria de Educação também ocorre este processo para limpeza dos ônibus utilizados no transporte escolar, pois são higienizados diariamente. Além disso, ainda acontece o recolhimento de óleo saturado com ponto de recolhimento em cada escola e trabalho de sensibilização com a comunidade escolar para correta destinação do óleo de cozinha usado e assim, contribuir para a preservação do meio ambiente.

O programa Mudá Alimento também fez parte de ações desenvolvidas nas três escolas municipais. Os alimentos arrecadados foram revertidos para famílias carentes do município cultivando atitudes de solidariedade e as mudas contribuíram para a preservação ambiental e

conscientização.

Na EMEF Santo Antônio de Pádua, o Grupo Ambiental EcoSap, será o carro-chefe para muitas ações planejadas para 2023. Entre elas, além das já citadas, está o cuidado com a separação e destinação correta do lixo e de pilhas, tudo isto, envolvendo a comunidade escolar. O grupo ambiental também está planejando um “Pedágio Ambiental”, previsto para ocorrer em junho, na semana do meio ambiente. A Administração Municipal desenvolveu uma ação voltada para a conscientização do descarte correto do lixo doméstico. Foram confeccionados folhetos informativos imantados com o objetivo de ser colocado nas geladeiras de cada família, para que pudesse ficar num local de fácil visualização. Esta sensibilização também ocorreu através de formação com equipe de profissionais da educação.

Para consolidar práticas de cuidado com o meio ambiente, as três escolas da rede municipal contam com energia solar, contribuindo assim, para reduzir os impactos da poluição no nosso planeta. Através do Verde é Vida, muitas ações são possíveis e assim, oportunizamos bons exemplos para as crianças através de uma cultura não somente da escola, mas de uma sociedade.

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CONECTA EDUCAÇÃO

Venâncio Aires/RS

SME. Venâncio Aires/RS

Relatoras: Fernanda Saldanha e Julia Weiss Niedermayer

A Secretaria Municipal de Educação de Venâncio Aires, no ano de 2022, dá continuidade ao projeto Conecta Educação, que considerou os impactos da pandemia nos processos de ensino e aprendizagem e os desafios da contemporaneidade, que impõem a necessidade de repensar ações educativas que priorizam espaços de diversidades, práticas cooperativas, pesquisa e inovação. Frente a esse cenário, organizaram-se ações com vistas à inserção das novas tecnologias, com destaque à robótica e aos recursos digitais. Ressalta-se o desenvolvimento de consistente programa de formação continuada com vistas à capacitação dos docentes para a integração dessas tecnologias à prática pedagógica.

O projeto Conecta Educação, em desenvolvimento, tem como objetivos: estimular o desenvolvimento do protagonismo dos estudantes, humanização dos processos escolares, construção de aprendizagens significativas, conexões, pesquisa, criatividade e produção de conhecimento; utilizar aplicativos e softwares educacionais potentes na qualificação das aprendizagens; e fomentar a robótica educacional nas escolas municipais, a partir da abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática), além do desenvolvimento do pensamento computacional com vistas à

sustentabilidade e consciência ambiental. As ações envolvem as professoras e os professores da rede municipal de ensino de Venâncio, contabilizando em torno de 900 profissionais, as crianças da Educação Infantil e os estudantes do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, totalizando, aproximadamente, cinco mil alunos. Contudo, toda a comunidade é contemplada pelas pesquisas, práticas e ações desenvolvidas a partir do projeto. Foram realizados investimentos tecnológicos nas escolas municipais que ultrapassam R$ 3,5 milhões.

Ainda em 2022, ocorreu a 11ª Mostra Municipal de Pesquisa e Inovação, MOMPI, e a 1ª Olimpíada de Robótica de Venâncio Aires, ORVA, destacando pesquisas desenvolvidas pelos Clubes de Robótica com temáticas voltadas ao meio ambiente, sustentabilidade, busca de soluções para problemas regionais como a prevenção de incêndios em estufas de fumo e proteção aos animais em extinção.

A SME Venâncio Aires tem como slogan “Por uma educação humana, tecnológica e empreendedora”, desse modo, prezamos por uma educação que valorize a pessoa, integre a tecnologia e encoraje a autonomia e a colaboração entre todos.

168kg de sementes que foram doadas para 78 viveiros de todo o Brasil
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Foto: Arquivo Afubra

Resumos das escolas

Os

ÍNDICE 45 Sustentabilidade: o aluno como sujeito protagonista das mudanças EMEB Albino Zanata - Jacinto Machado/SC 47 Uma semente plantada há 50 anos EMEF Vila Gropp - Atalanta/SC As águas do Rio Batalha CMEF Professor Curt Hamm - Ituporanga/SC 55 55 Horta inserida no ambiente escolar EMEF José de Lima - Rio Negro/PR 57 O planeta que eu quero EMEF José de Anchieta - Passo do Sobrado/RS 58 Ecoescola EMEF Casemiro de Abreu. Rio Pardo/RS 58 Escola limpa: um ato de cidadania EMEF Olavo Bilac - Rio Pardo/RS 59 Educando para a sustentabilidade EMEF Emanuel - Santa Cruz do Sul/RS 60 Saúde e educação: um diálogo necessário EMEF Felipe dos Santos - Vale do Sol/RS 61 Educar para se ter uma vida saudável EMEF Francisco de S. Machado - Cachoeira do Sul/RS 48 Bem Viver EMEF Percílio Joaquim da Silveira - Candelária/RS 48 Essa escola é cem! EMEF São Paulo - Candelária/RS 49 Energia solar no meio rural EMEF Alfredo Jacobsen - Camaquã/RS 50 Trilha ecológica dirigida EMEF Chequer Buchaim - Camaquã/RS 50 Resgatando valores na Batista EMEF São João Batista - Dom Feliciano/RS 51 Canudo biodegradável - Naturalstraw EEB Ruth Lebarbechon - Água Doce/SC 52 Projeto de intervenção plantando se-mentes EM Rotary Fritz Lucht - Joaçaba/SC 53 Tempo de cuidar EM São Francisco - Luzerna/SC 53 Educação do campo: um campo de possibilidades de ações sustentáveis EMEF Carlos Altermann - Paraíso do Sul/RS 49 Educação ambiental e sustentável no ambiente escolar CEM Frei Silvano. Água Doce/SC 51 Escola do campo: integração e valorização do ser no espaço em está inserido EM Ivo Silveira - Capinzal/SC 52 Araucárias como uma alternativa para reflorestamento ERM Tijuco Preto - Prudentópolis/PR 54 Projeto Escola ConscientePromovendo a sustentabilidade por meio de ações socioambientais EMEB José Francisco de Aguiar - Jacinto Machado/SC 47
recicladinhos da profe marcia: trabalhando a educação ambiental a partir da produção de brinquedos com materiais recicláveis Escola Modelo Ella Kurth - Rio do Sul/SC 56 Embelezar o espaço escolar com as plantas ornamentais e a horta / bolacha da Vó Maria EM Alminda A. Andrade - Piên/PR 56 Era uma vez uma escola... Um conto que encanta. EM Marciano de Carvalho - Piên/PR 57 Escola x família: um empreendimento de sucesso EMEF Cardeal Leme - Santa Cruz do Sul/RS 59 Meliponicultura, diversificação x fonte renda sustentável EMEF Felipe Becker - Santa Cruz do Sul/RS 60 Preservando a riqueza do campo: um projeto de sustentabilidade ambiental EMEF Rio Branco - Santa Cruz do Sul/RS 61 As nascentes de água na região serrana de Vale do Sol e a importância da sua preservação EMEF Willibaldo Michel - Vale do Sol/RS 62 Viveiro e horta escolar: uma brincadeira sustentável EMEF Ribeirão Matilde - Atalanta/SC 54

É

antes de tudo conhecer, nossa história,

Um

para a sustentabilidade:

18.000 mudas de árvores nativas foram doadas para parceiros do Verde é Vida

46 Escola e comunidade trabalhando juntos para uma melhor qualidade de vida EMEF São João Batista - Vale do Sol/RS 62 Diversificação e sustentabilidade EEEF Frederico A. Hannemann - Vera Cruz/RS 63 Vida que brota das nascentes EMEF José Bonifácio - Vera Cruz/RS 63 Guardiões da corticeira EMEF Martinho Lutero - São Lourenço do Sul/RS 65 Meu mundo, minha responsabilidade EPM Renascer - Princesa/SC 65 Projeto amorozidade na escola EMEF Balduino Thomaz Brixner - Arroio do Tigre/RS 67 Voluntariado em ação EMEB Dr. Adolpho Sebastiany - Sobradinho/RS 68 Projeto Cor e Amor EMEB Seomar Mainardi - Sobradinho/RS 68 Conecte-se com a vida! EMEF Santo Antônio de Pádua - Mato Leitão/RS 70 Razão e emoção em conexão e equilíbrio EMEF Alfredo Scherer - Venâncio Aires/RS 71 Escola do campo: família, escola e comunidade juntos EMEF Heitor Soares Ribeiro - Canguçu/RS 64 Contando e cantando a história da Escola Francisco Frömming EMEF Francisco Fromming - São Lourenço do Sul/RS 64 Meliponário escola padre josé de anchieta: dispersando sementes de educação ambiental EMEB Padre José de Anchieta - São Miguel do Oeste/SC 66 Juntos somos mais fortes: exemplos de perseverança e dedicação EMEF Ervino A. G. Konrad - Arroio do Tigre/RS 66 Conexões sociais: reflexões e mudanças de atitudes EMEF Arlindo Back - Arroio do Meio/RS 69 Sementes de sustentabilidade: saúde em nossas mãos EEEF Adolfo Mânica - Boqueirão do Leão/RS 70 Somos todos peças importantes na construção do todo EMEF Dom Pedro II - Venâncio Aires/RS 71
preciso
nossas
nossa comunidade EMEF Henrique Francisquet - Tunas/RS 69
culturas, nossa gente,
caminho
horta escolar EMEF Jacob Rech II - Arroio do Tigre/RS 67
Arquivo Afubra
Foto:

PROJETO ESCOLA CONSCIENTE - PROMOVENDO A SUSTENTABILIDADE POR MEIO DE AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS

EMEB José Francisco de Aguiar - Jacinto Machado/SC

Relatoras: Denise Martignago Ghellere

Partindo para as necessidades locais, e vislumbrando que Jacinto Machado está localizado no território Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, a Unidade Escolar adaptou os propósitos e objetivos do projeto “Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul” e “Projeto Verde é Vida” – AFUBRA (Associação dos Fumicultores do Brasil), com as práticas e ações socioambientais do Projeto “Escola Consciente - Promovendo A Sustentabilidade por Meio De Ações Socioambientais” da Escola Municipal de Educação Básica José Francisco de Aguiar, que é localizada no Bairro Arizona, em Jacinto Machado - SC. Atualmente tem 320 alunos, que residem em diferentes bairros de seu entorno. Cujo objetivo é disseminar técnicas e hábitos sustentáveis por meio de ações socioambientais, colaborando para a formação de cidadãos protagonistas e emancipados. Baseado no Projeto Político Pedagógico (PPP), o Projeto de Execução da Escola deverá ser desenvolvido a médio e longo prazo e atender as necessidades dos alunos, sua família e a à comunidade escolar, realizado dentro do ano letivo, e dentre essas ações e metodologia pode-se destacar:

1. Os Grupos Ambientais - GA tem por objetivo proporcionar ao educando a possibilidade de desenvolver ações socioambientais na escola e na comunidade,

SUSTENTABILIDADE:

tornando-se agente na integração entre ambas, e promovendo o crescimento da comunidade escolar.

2. Ação Conjunta: ação que a escola desenvolve junto a alunos, professores, família do aluno e comunidade conforme o tema apresentado pelo Programa Verde é Vida.

3. Pesquisas Científicas desenvolvidas pelos alunos na escola, na propriedade do aluno ou na comunidade de forma a promover o desenvolvimento sustentável.

4. A coleta de óleo saturado é uma atividade desenvolvida pela escola com o objetivo conscientizar sobre a destinação correta do óleo.

5. A Bolsa de Sementes coleta de sementes de árvores nativas do Bioma Pampa e da Mata Atlântica, e distribuí-las aos viveiros para produção de mudas.

6. Reciclagem do Papel: com o intuito de reduzir os impactos ambientais, então a EMEBJFA recicla o papel da Sicoob, em parceria com professores e grupos ambientais e transforma-o em cartões natalinos.

7. Criar um roteiro de saídas de estudos dentro de Jacinto Machado e no território Geoparque. O objetivo é que os estudantes conheçam o território Geoparque Caminho dos Cânions do Sul, que são unidades de conservação.

O ALUNO COMO SUJEITO PROTAGONISTA DAS MUDANÇAS

EMEB Albino Zanata - Jacinto Machado/SC

Relatoras: Andreia Regina Rosa da Silva

Nosso projeto terá como instrumento principal a coleta de óleo saturado e corroborando a esse tema uma série de habilidades que serão desenvolvidas a partir da consciência de sustentabilidade.

O propósito do projeto é a conscientização das ações sustentáveis, elevando o nível de entendimento para além dos portões da escola. Por isso o engajamento dos alunos é essencial para a proliferação dessa consciência. A ideia principal foi encontrar parceiros, sejam eles industriais ou de consumo caseiro, que precisem de um descarte correto para o óleo de cozinha utilizado. A ideia é que os alunos consigam fazer um trabalho comunitário de recolhimento desse óleo.

contemplados com palestras mediadas pelo parceiro da escola, o cooperjovem, que traz uma visão clara de cooperação, como também serão instruídos pelos professores da escola acerca da importância da preservação do meio ambiente, das causas e consequências de nossas ações e o conhecimento e explanação sobre o geoparque. Juntamente à coleta do óleo, um grande trabalho social de arrecadação de latinhas que serão destinadas ao hospital São Roque de Jacinto Machado, uma instituição que beneficia a todos os moradores e precisa da atenção dos mesmos.

Nesse quesito entra um detalhe importante, o protagonismo do aluno, pois ele será o responsável em conseguir os parceiros e manter a coleta em dia. Enfatizando também a autonomia nas funções de liderança, despertando no aluno o senso de responsabilidade. Os alunos desenvolveram um trabalho comunitário agindo como protagonistas, uma vez que eles mesmos buscavam o óleo, procuravam novos lugares para coleta e incentivavam demais turmas a participarem da ação. No decorrer do processo, os alunos foram

O que se estima é que essa ação venha a trazer uma reflexão exponencial na vivência dos alunos. E fechamos com nossa pesquisa científica que pretende nos conduzir por uma visão mais voltada a nossa cultura, nos remetendo aos costumes maternos de uma natureza que nos parece hoje tão desconhecida.

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EDUCAR PARA SE TER UMA VIDA SAUDÁVEL

EMEF Francisco de S. Machado

Cachoeira do Sul/RS

Relatoras: : Tamiris Sinnemann e Ana Francisca Barbosa da Rosa

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco de Souza Machado já vem há alguns anos desenvolvendo atividades voltadas à preservação do meio ambiente juntamente com os estudantes, professores, funcionários e comunidade escolar. Contamos com a Horta Escolar que tem por objetivo incentivar nossos estudantes a ter uma alimentação saudável, com o cultivo de alimentos livres de produtos químicos. A horta escolar é um local de muitas aprendizagens em que as crianças têm contato direto com a natureza.

Eles têm a oportunidade de preparar o solo, realizar o plantio, acompanhar o desenvolvimento e a fase mais esperada: a colheita. Além de complementar a merenda escolar. Atualmente há um crescente uso de produtos químicos nos alimentos que compramos diariamente, fator que poderá contribuir diretamente em nossa saúde, pois existe um aumento de problemas relacionados à má alimentação como diabetes, obesidade, problemas cardiovasculares, etc. O ser humano é integrante do meio ambiente e precisa estar cercado de atitudes saudáveis, como por exemplo, sua alimentação diária.

A horta é uma ferramenta didática que auxilia no

BEM VIVER

EMEF Percílio Joaquim da Silveira

Candelária/RS

Relatoras: Elusa Brixner Hitz e Carolina Pereira Machado

Ética e Pluralidade Cultural são temas que merecem uma atenção especial, seja nas relações de todos os que convivem na escola (professores, alunos, funcionários), seja nos conteúdos das áreas e dos demais temas transversais, ou mesmo na relação da escola com o meio que nos cerca, pois precisamos assegurar a equidade social, para termos um desenvolvimento social do indivíduo.

O Projeto Bem Viver tem como objetivo principal formar uma consciência crítica e sensível aos problemas ambientais e educacionais, bem como mostrar a importância da qualidade de vida em seus diversos aspectos, começando pelo desenvolvimento das relações, tão importantes para a escola, uma vez que colaboradores, alunos, pais, demais envolvidos, e também o público externo, precisam sentir-se parte do todo, responsáveis por essa interligação com o meio ambiente e com a própria vida.

Com o projeto pretende-se que seja formada uma consciência crítica nos alunos sobre os problemas que cercam o ambiente em que estão inseridos, para que assim os próprios pensem em soluções e contribuições não só para problemáticas que sejam de

processo de aprendizagem trabalhando com a resolução de problemas e pensamento lógico.

Os estudantes estarão mais próximos de um conhecimento significativo, trabalhando com seus interesses que condizem com sua realidade, pois vivem no meio rural. Com isso, o professor consegue promover uma aprendizagem dentro de uma prática atuante e diversificada, para que no futuro sejam cidadãos que realizam ações voltadas para o meio ambiente e sua saúde, que trará resultados efetivos na vida em sociedade. Contamos ainda com o uso de cisternas para a irrigação das hortaliças, que mostra a importância de aproveitarmos a água da chuva. A água é um líquido indispensável para todas as formas de vida, sendo um recurso natural renovável, que se tornará cada vez mais escasso a água potável!

Todas estas propostas desenvolvidas na escola poderão ser realizadas na vida familiar de cada estudante, mecanismos que desencadeiam mudanças na alimentação, no ambiente e na comunidade em que estamos inseridos.

dentro da escola, mas também para as do lado externo, gerando um retorno da escola na melhoria da qualidade de vida de sua comunidade, com isso fazendo dos alunos os protagonistas das suas ações, interagindo, argumentando, interferindo e transformando o ambiente em que vivem.

Trabalhando em conjunto com elaboração e organização de atividades e projetos desenvolvidos pela escola ao longo do ano, esperamos estar contribuindo de forma significativa, para uma maior conscientização em relação à saúde, à alimentação saudável, à preservação, aos cuidados, à economia da água, à proteção dos recursos naturais de modo geral, à qualidade de vida como um todo, considerando valores e evitando-se o consumismo desenfreado para que o ser humano não se torne vítima de si mesmo. Sendo assim, neste ano letivo de 2023 daremos sequência ao projeto iniciado em 2022 intitulado “Bem Viver”, seguindo o trabalho que já vem sendo feito pela escola, acrescentando ações a serem desenvolvidas a fim de aproximar a escola de sua comunidade.

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ESSA ESCOLA É CEM!

EMEF São Paulo

Candelária/RS

Relatoras: Elisângela Isabel Nicaretta Lawisch e Marione Michel Schwantes

A escola é considerada, para muitos, “sua segunda casa”. É neste ambiente que passamos a conviver com muitas pessoas, bem como, é o local onde além de favorecer a aprendizagem significativa, forma educandos que cumprem sua cidadania, pessoas com valores éticos e morais, humanos mais conscientes, participativos e responsáveis no convívio social.

inseridos, tornando-se protagonistas de seu desenvolvimento e sujeitos ativos no processo de ensino e de aprendizagem.

Valorizar este ambiente é de fundamental importância, pois é nele que ocorre a aprendizagem e onde proporcionamos algumas estratégias com intuito de promover um ambiente atrativo e acolhedor, para que possam repensar atitudes, desenvolver afetividade, ética, cidadania, cooperação e solidariedade.

Desta forma, como esta Instituição de Ensino está comemorando cem anos, pretende-se resgatar a história do educandário para que as atuais e as futuras gerações tenham acesso à sua história, bem como valorizar o crescimento e desenvolvimento da Instituição.

Nesta ação educativa, construída a partir de muitas ideias, as pessoas serão sensibilizadas para que cuidem das relações que estabelecem com os outros, respeitando e valorizando suas histórias e com o meio em que estão

As atividades e estratégias devem ser desenvolvidas a partir de várias ações, tais como: reuniões pedagógicas presenciais e on-line; Pesquisa com a comunidade, através de entrevistas e tabulação de dados através de gráficos; Participação de pessoas da comunidade para conversar com os alunos sobre suas vivências da escola; Construção de uma linha/túnel do tempo de todas as fases históricas da escola; Valorização das diferentes etnias que formam a comunidade escolar, relacionando com a importância da escola para estas; Elaboração de narrativas, poema, entrevistas e de um jornal sobre os cem anos da escola através de fontes históricas escritas, visuais, orais e da cultura material; Revitalização dos espaços do educandário; Cápsula do tempo com objetivo ser aberta na próxima década; Releitura de fotografias da escola.

EMEF Carlos Altermann - Paraíso do Sul/RS

A culminância do projeto será realizada no mês de novembro do decorrente ano n a qual será realizada uma exposição de todo o trabalho desenvolvido durante o ano na Mostra Pedagógica de Trabalhos. Assim, neste dia além da exposição, teremos apresentações envolvendo o centenário do educandário.

EDUCAÇÃO DO CAMPO: UM CAMPO DE POSSIBILIDADES DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS

Relatoras: Carla Hulda Pfeifer Drescher e Loiva Callonti Huff

Neste ano de 2022 as ações desenvolvidas pelo projeto Verde é Vida demonstram a integração da escola ( alunos, professores, funcionários e direção) com as famílias. Nossa comunidade escolar se fez participativa tanto no desenvolvimento das atividades de coleta de sementes, coleta do óleo saturado e da pesquisa científica. Mas principalmente na coleta de lixo, pois coletamos uma grande quantidade em todas as campanhas realizadas, cuja venda resultou na compra de diferentes materiais recreativos para os nossos alunos, como mesa de pebolim, jogos pedagógicos, bolas de vôlei, futebol, handebol, basquetebol, bolas e raquetes de ping pong. Aliamos o cuidado com o Meio Ambiente com ações que trouxessem alegria e divertimento as nossas crianças e foi uma ação que deu e muito certo.

consolida a cada ano que passa com a ampliação de responsabilidades dos alunos dentro do funcionamento da escola: neste ano os integrantes dos grupos ambientais desenvolveram gincanas, plantaram árvores dentro e fora do ambiente escolar, realizaram Hora do Conto para a Educação Infantil e Séries Iniciais, realizaram hora cívica, cuidaram do espaço escolar, do recreio, iniciaram a produção de suculentas, coletaram e organizaram sementes, óleo, representaram a escola em diferentes eventos. Percebe-se que cada ano que passa, a escola consegue desenvolver mais ações ambientais pois os alunos percebem-se parte fundamental no processo de consolidação do projeto na escola. Estamos crescendo em ações e principalmente em consciência ambiental na nossa comunidade.

A Pesquisa Científica é uma das marcas da nossa escola, a qual desenvolveu seu próprio seminário para a apresentação dos resultados, o SEPEC- Seminário Científico Pedagógico, que já obteve a sua 7ª edição, com participação de diferentes setores- alunos, professores, funcionários, pais, participantes externos de diferentes áreas de atuação. A ação dos GAs se

A cada ano o projeto Verde é Vida se renova e se fortalece através de ações que transpõem os muros da escola chegando até as casas de nossos alunos, mobilizando a comunidade em prol da preservação do meio em que se vive.

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ENERGIA SOLAR NO MEIO RURAL

EMEF Alfredo Jacobsen

Camaquã/RS

Relatoras: : Relatoras: Lílian Bierhals Ebel e Nicolly Duarte Holz

A utilização de energias limpas está cada dia mais ressaltada entre as pessoas que buscam alternativas para preservar o meio ambiente, então justifica –se com esta pesquisa o interesse pelas pessoas na utilização de energia solar e formas de obter a mesma com baixo custo, verificando desta forma sua rentabilidade.

A energia solar está em constante aumento pois as tecnologias evoluíram muito, ela é uma fonte renovável e sustentável de energia, e reconhecida mundialmente. O aumento do dólar e dos componentes de energia solar, faz com que as placas que geram energia fiquem com um preço elevado, dificultando muitas vezes a aquisição das mesmas por famílias de baixa renda, surge desta forma o interesse por novas alternativas. Desta forma, iniciou -se a pesquisa com a pergunta de partida: ”É necessário um alto investimento financeiro para instalar placas solares, e há maneiras de utilizar energia solar com baixo custo”? Acredita-se que a energia solar é uma forma benéfica de energia limpa, pois ao mesmo tempo que colabora com a sustentabilidade do planeta acaba beneficiando as famílias do meio rural

TRILHA ECOLÓGICA DIRIGIDA

EMEF Chequer Buchaim

Camaquã/RS

A trilha ecológica já é uma prática que adotamos com nossos alunos há muitos anos, e podemos observar ao longo do tempo o quanto nossos alunos tiveram um crescimento de consciência ambiental e da importância de reduzir a sua produção de resíduos na Escola e em suas casas. Assim, temos o sonho de abrir nosso espaço escolar para que outras crianças, das redes Municipal, Estadual e Particular, possam vivenciar essa experiência e ter o contato com a natureza, tão raro nos dias de hoje, além de apresentar o trabalho e a realidade de uma Escola Agropecuária. Essa prática proporcionará a experiência e a possibilidade de adquirir conhecimento sobre a fauna e flora de uma Mata do Bioma Mata Atlântica e Bioma Pampa, através de uma trilha dirigida possibilitando ao aluno interagir com esse ecossistema e todo seu nicho ecológico, trazendo experiência prática ao cotidiano escolar, podendo ser uma ferramenta para estimular o pensamento estratégico e o raciocínio lógico entre nossas crianças, podendo contemplar todas faixas etárias, mas principalmente os anos finais do ensino fundamental. Desta forma, poderão aprender vivenciando um pouco de como funciona um ecossistema de mata

financeiramente, sendo à longo ou curto prazo, pois há várias formas que podemos utilizar a energia solar, e também acreditasse que há maneiras de financiamento para instalação das mesmas.

A finalidade deste projeto de pesquisa foi: Verificar o custo benefício da utilização de placas solares; conhecer novas opções de obter energia solar de forma viável à renda da comunidade; testar a aplicabilidade de energia solar, através de experimento; e, divulgar os conhecimentos adquiridos com a pesquisa. Inicialmente realizou – se a pesquisa bibliográfica, através de sites de busca, informativos, redes sociais, logo após a coleta de dados se deu através de pesquisa etnográfica, com entrevistas e questionários. A realização da prática será através de experimentos de baixo custo e, com utilização de energia solar, que pretendemos realizar no próximo ano, pois daremos continuidade à pesquisa.

Relatora: Cíntia Eloisi Silva da Conceição e Diovana Pietra dos Passos Dambrowski

nativa totalmente preservada e protegida, fazendo com que sua aprendizagem aconteça de forma verdadeira e diferenciada, trazendo os estudantes para um ambiente novo e diferenciado, que eles, talvez, não tenham a oportunidade de conhecer no seu dia a dia.

Assim o objetivo principal desta pesquisa será:

• Despertar em nossas crianças a prática ecológica de cuidado com meio ambiente a sua volta;

• Buscar conscientizar a redução de produção de lixo em nosso dia a dia;

• Reconhecer ao longo da trilha os nomes populares e científicos das espécies que estão catalogadas e identificadas;

Nossa Escola possui hoje uma área total de 25 hectares de Mata nativa protegida, a trilha é feita numa área de 12 hectares de mata localizada no interior da Escola. Os alunos do Grupo Ambiental Verde Proteção responsáveis por esta pesquisa realizaram, juntamente com a Professora Orientadora e outros professores apoiadores, a catalogação das espécies de flora e sua identificação científica e popular para colocação de placas de identificação em madeira reciclagem escritas com pirógrafo ou pintadas. Assim como a identificação das espécies de fungos.

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RESGATANDO VALORES NA BATISTA

EMEF São João Batista

Dom Feliciano/RS

Relator: Tiago Stelmaszczyk

O projeto “Resgatando Valores na Batista” abrange projetos que visam promover o resgate dos Valores de convivência, solidariedade, sustentabilidade, auto estima e a expressão dos sentimentos dos alunos; discutir o cultivo da soja e seu impacto no meio ambiente, saúde e desenvolvimento econômico e sustentável; e a produção do lixo, num contexto de valorização da sustentabilidade e responsabilidade ambiental. O contexto social atual no qual adolescentes e jovens têm demonstrando dificuldades de socialização e desmotivação e a valorização da sustentabilidade e a preservação do meio ambiente apontam a necessidade do desenvolvimento dos subprojetos de modo que a escola se torne um ambiente de formação não somente em conteúdos formais, mas que invista no desenvolvimento socioemocional dos seus alunos e na formação de cidadãos conscientes e ativos por um mundo melhor, que entendam a premissa da sustentabilidade e da educação ambiental. O projeto Revelando Talentos, Resgatando valores e Auto estima (grupo de teatro) será desenvolvido em encontros semanais a partir de rodas de conversa, dinâmicas de incentivo a socialização, a autoconfiança e o espírito cooperativo. Oficinas de

treinamento de oratória, expressão corporal e artística, apresentação de peças teatrais, músicas e coreografias.

O projeto Meus sentimentos, será desenvolvido a partir de bilhetes anônimos nos quais os alunos irão se expressar suas dificuldades e facilidades com a escola. Será realizado uma vez por trimestre e os bilhetes serão entregues para que a direção possa promover mudanças no sentido de melhorar a convivência na escola.

O projeto O cultivo da Soja: vantagens e desvantagens (verde é vida) será desenvolvido a partir uma pesquisa acerca do cultivo da soja de forma a analisar como este cultivo pode ser desenvolvido de forma ambientalmente sustentável e economicamente viável. Além disto, será convidado um produtor de soja do município para que este possa repassar sua experiência neste cultivo. Por fim, o Projeto O lixo: o q produzimos, o que pensamos e qual o destino? (verde é vida) será desenvolvido a partir de uma pesquisa em relação a quantidade de lixo produzido pelas famílias da comunidade da Escola Batista e seu descarte. Após será entregue um folder explicativo sobre a importância da educação ambiental e da produção consciente de lixo e de seu descarte.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTÁVEL NO AMBIENTE ESCOLAR

CEM Frei Silvano

Água Doce/SC

Relatora: Janice Aparecida Gonçalves dos Santos

Considerando a importância da conscientização dos alunos em relação à educação ambiental e sustentabilidade, é necessário adotar medidas educativas e práticas que incentivem a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. O projeto Educação ambiental e sustentável na escola, tem como intuito sensibilizar a comunidade escolar em relação ao descarte adequado de resíduos, visando a preservação do meio ambiente. Para contribuir com o projeto-piloto da escola, o Centro Educacional Municipal Frei Silvano de Água Doce está na IV Gincana do Óleo Saturado, a gincana é realizada de forma competitiva entre os discentes e docentes da escola, onde o aluno e o professor que mais contribuir com o meio ambiente, através da coleta do óleo saturado, trazendo para a escola aquele óleo que seria descartado de maneira incorreta, receberá um prêmio. Esse óleo, após ser coletado é contabilizado pelos alunos que fazem parte do Grupo Ambiental Folha Verde, é destinado para a AFUBRAAssociação de Fumicultores do Brasil para que assim receba o seu destino correto. No ambiente escolar é preciso promover ações que incentivem a redução, reutilização e reciclagem de materiais, além de alertar sobre os impactos negativos do

descarte incorreto; pensando sobre isso, durante o ano de 2022 deu-se início também a campanha sobre a coleta de papelão, papel e plástico produzido na escola, que é posteriormente recolhido por um munícipe e em seguida destinado para a reciclagem.

Durante o ano letivo desenvolver-se-á diversas ações como atividades práticas e lúdicas, palestras e debates que possibilitarão que os alunos se tornem elementos protagonistas ao que se diz respeito a proteção ao meio ambiente. Sendo assim todos os alunos de maneira integrada participam diretamente das práticas desenvolvidas no ambiente escolar, sendo através da gincana do óleo saturado, da coleta de materiais reciclados ou até mesmo através da disseminação dos assuntos abordados na escola em seu âmbito familiar, instigando a todos se sensibilizar sobre a importância de preservar o meio ambiente para garantir um futuro sustentável para todos, possibilitando dessa forma que possam adotar práticas que contribuam com a separação e reciclagem de materiais e a redução do consumo de água e energia.

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CANUDO BIODEGRADÁVEL - NATURALSTRAW

EEB Ruth Lebarbechon

Água Doce/SC

Relatora: Janete Aparecida Rodrigues

O objetivo deste projeto de pesquisa é oferecer uma proposta de substituição dos canudos plásticos por um biodegradável, buscando a melhoria da vida dos seres vivos, conservando assim os solos e o meio ambiente. Além disso, este projeto visa a conscientização da população para conservar a nossa biodiversidade, estimular o empreendedorismo e a geração de renda. O projeto proposto caracterizou-se como um estudo exploratório, descritivo e experimental de natureza qualitativa e quantitativa. Para o preparo da massa do biocanudo utilizamos a fibra da espécie Jacaratiá spinosa, goma de milho, farinha de batata-doce, água e cera de abelha (Apis mellifera). A massa foi cilindrada até ficar bem fina e enrolada em moldes para assar em forno por 10 minutos a 320ºC. A cera de abelha foi utilizada para impermeabilizar os canudos. Após, os canudos foram submetidos a testes para avaliar o seu comportamento e a sua resistência. Nos testes de submersão à água o canudo teve durabilidade média de 40 minutos e nos teste de decomposição no solo o canudo levou em média 25 a 30 dias para se decompor. Outra etapa da pesquisa foi a aplicação de um

questionário com três questões sobre a utilização do canudo plástico e do biodegradável em uma amostra composta por 144 alunos da rede estadual do ensino de Água Doce SC.

A análise dos dados do questionário fechado nos possibilitou caracterizar que os alunos precisam de orientação ambiental e de alternativas sustentáveis para a substituição do plástico. Por ser um produto totalmente natural, compreende-se que o seu uso é um ato político, mas precisamos conscientizar a democratização do seu acesso para todos. Por isso, nossa meta de luta pela divulgação do canudo sustentável como uma atitude que busca um ambiente limpo, justo, igual para essa e futura geração. Os achados aqui apresentados não possuem um objetivo de acabar com esta temática tão importante que é o canudo sustentável, temos outras linhas de pesquisa oriundas durante o desenvolvimento desse projeto, tais como produção de pratos e copos biodegradáveis. Entretanto, é essencial que a argumentação começada nesse estudo permaneça e desperte a curiosidade da importância do meio ambiente consciente.

ESCOLA DO CAMPO: INTEGRAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO SER NO ESPAÇO EM ESTÁ INSERIDO

EM Ivo Silveira - Capinzal/SC

Relatora: Marcia Rosana Barth

A escola, lugar de transformação e de grande valor através da relação entre comunidade-professor-aluno, deveria ser a primeira a acompanhar a transformação e organizar-se com um currículo que contemple a identidade do grupo inserido no processo. A educação realizada nesse meio deve ser no e do campo e não para o campo. Com intuito de instigar os alunos a uma busca voltada a suas origens e a cultura local, pretende-se demonstrar a importância de pequenas ações que com o tempo poderão contribuir para transformar a realidade hoje existente, faz-se necessário trazer esta questão para o âmbito escolar, visto que a escola situa-se no interior do município e conta com uma área destinada para o desenvolvimento de pequenas ações que podem contribuir para a valorização e a importância do meio em que vive, permitindo práticas em equipe, explorando a multiplicidade das formas de compreender e aprender. Para conhecer a comunidade escolar foi realizado um “Inventário”, o qual consistem em um questionário entrevista que foi realizado “In loco” pelos professores e direção escolar as famílias dos educandos.

Neste ano a escola está funcionando em tempo integral, e as “Oficinas

Integradoras”, fazem parte do currículo, sendo produzido a “Cartografia Social” da Comunidade do Distrito de Alto Alegre, e apresenta-se como um recurso fundamental para o desenvolvimento da noção espacial, bem como permite identificar, analisar e problematizar os aspectos da realidade presentes na escola e na comunidade onde ela estiver inserida, sendo estudados os elementos políticos, econômicos, sociais e ambientais do local. Para dar sentido ao que está sendo ensinado, é necessário organizar atividades com as quais o aluno possa generalizar, diferenciar, abstrair e simbolizar os conceitos trabalhados. Pesquisas, rodas de conversa, palestras e visitas educativas fazem parte da rotina dos educandos.

“Um pequeno jardim, uma horta, um pedaço de terra, é um microcosmos de todo o mundo natural. Nele encontramos formas de vida, recursos de vida, processos de vida e, a partir dele podemos reconceitualizar nosso currículo escolar, pois, ao construí-lo e cultivá-lo podemos aprender muitas coisas...”.

Neste contexto, a horta, o horto e todo o entorno da escola torna-se um laboratório para aulas práticas e dinâmicas, onde o aluno aprende e apreende, levando esse conhecimento aos seus familiares.

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PROJETO DE INTERVENÇÃO PLANTANDO SE-MENTES

EM Rotary Fritz Lucht

Joaçaba/SC

Relatora: Lucineia Dal Medico Brandão

Sendo a agricultura um dos principais fatores da configuração do espaço geográfico brasileiro, tornam-se imprescindíveis reflexões sobre esta temática, pois, sabendo-se que uso adequado do solo é um fator de extrema importância para o sucesso de muitas economias ao redor do mundo, faz-se necessário trazer esta questão para o âmbito escolar, visto que a Escola Municipal Fritz Lucht, conta com uma área propícia para o cultivo de várias culturas. Desta forma, o PROJETO DE INTERVENÇÃO: Plantando Se-mentes, surge no intuito de colaborar tanto para as reflexões e ações sobre o uso da terra, bem como para as atividades práticas nas diversas disciplinas das séries iniciais e finais do ensino fundamental. É imperativo afirmar que a horta pode ser um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas. Além disso, o seu preparo oferece várias vantagens para a comunidade. Dentre elas, proporciona uma grande variedade de alimentos a baixo custo, na alimentação familiar. Acredita-se que as reflexões/ações inerentes ao projeto reverberem no cotidiano do aluno, estimulando o cultivo de hortaliças em seus lares, colaborando assim para uma educação ambiental que promova a redução de despesas e

TEMPO DE CUIDAR

EM São Francisco

Luzerna/SC

Relatores: Allan Mott e Dirlei Maria S. Boesing

O projeto TEMPO DE CUIDAR, desenvolvido por nossa escola no ano de 2023 teve como objetivo a instrução de alunos para o cuidado dos seus espaços, do outro, do seu corpo, finanças, meio ambiente, alimentação, mente, dos necessitados, entre outros para impactar a sociedade que por vezes é egoísta e deixá-la mais humanizada e fraterna.

Sabemos que a gama de tarefas envolvidas diante de tantas necessidades exige uma boa dose de planejamento e organização, por isso, observou-se necessária, como tarefa, trazer para os alunos a informação e disciplina do cuidado. Cuidar é uma relação que envolve atender as necessidades físicas, emocionais e sociais de algo ou alguém. Assim, afirmamos que cuidar é uma palavra que abriga muitas outras: preservar, desenvolver, incluir, transformar. Isso faz com que ela caiba em todas as áreas importantes da nossa vida.

A partir disso, para desenvolver o projeto durante o ano letivo colocamos o projeto integrado com a grade curricular e assim, apresentamos como ações: - Inserção do Projeto Pedagógico na sala de aula, conforme a disciplina e disponibilidade; - Criação de Calendário Temático com temas específicos a cada mês sobre a tarefa de cuidar;Troca de conhecimentos e experiências sobre a tarefa de

prevenção de doenças provocadas pela ingestão de alimentos cultivados com agrotóxicos, sendo esta uma questão socioambiental. O trabalho objetiva-se por integrar os diversos tipos de recursos de aprendizagem, relacionando ao dia a dia da escola, gerando fonte de pesquisa e observação, exigindo uma reflexão diária por parte dos educadores e educandos envolvidos, proporcionando possibilidades para o desenvolvimento de ações pedagógicas por permitir práticas em equipe, explorando a multiplicidade das formas de compreender e aprender.

Acreditamos que preservar o meio ambiente é emergencial e todos devem estar envolvidos. Devemos agir como cidadãos íntegros, conscientes em respeitar outras pessoas, animais e plantas, com o mesmo respeito que desejamos para nós mesmos.

O projeto de intervenção: plantando sementes, incentiva o conhecimento ambiental e atividades conscientes, autossustentáveis e saudáveis, sempre integrando os hábitos diários com atitudes socioambientais. Envolver as turmas do 1 ao 8 ano é uma forma de motivar o trabalho coletivo e integrador em prol das ações de educação ambiental.

zelar ou tomar conta de algo ou alguém; - Palestras educativas, interativas e reflexivas que levem aos nossos alunos o conhecimento sobre a importância do tema trabalhado e a necessidade de pôr em prática o ato de cuidar; - Promovemos Campanhas de Arrecadação de Donativos, Alimentos, Agasalho, entre outros para incentivar a ajuda ao próximo e necessitado; Envolvemos a família nas atividades da Escola para estimular o crescimento e desenvolvimento do projeto; - Promovemos ações de integração entre Escola, Secretaria de Educação e comunidade que visam a propagação do Projeto em todos os setores da vida comunitária; - Buscamos mais uma vez parceiros institucionais que desenvolveram junto com a escola projetos para a formação dos nossos alunos;Realizamos visitas com entrega de donativos arrecadados nas campanhas para instituições ou famílias menos favorecidas;

Durante esse ano, trabalhar juntamente com a AFUBRA, no programa Verde é Vida, teve como resultado o incentivo aos alunos na preservação e cuidado com o meio ambiente.

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ARAUCÁRIAS COMO UMA ALTERNATIVA PARA REFLORESTAMENTO

ERM Tijuco Preto

Prudentópolis/PR

Relatora: Ana Flavia Stek

Nossa realidade é dentro de uma comunidade rica por natureza, é aqui que conhecemos e aprendemos a cuidar das nossas heranças naturais. Em meio a várias espécies de árvores nativas, nascentes, e de um povoado faxinalense, nos encontramos também entre as araucárias. A semente do pinheiro, o pinhão, possui alto valor nutricional e pode ser usada na culinária. O pinhão também é um complemento da fonte de renda dos moradores locais. A mata de araucária tem sido alvo de desmatamento e destruição por décadas, existem estudos que apresentam esta realidade devasta e que apontam os principais motivos, pois o pinheiro pode ser utilizado para a produção de itens de madeira, assoalhos, forros, palitos de fósforo, caixas, e uma série de outros utensílios.

fazer uso da madeira para realizar suas atividades, que lhes assegura a sobrevivência. A ideia central deste projeto, é destacar a importância das araucárias para a vida e mostrar-lhes outras alternativas para a realização do trabalho, como por exemplo o eucalipto e o pinus.

Dentre os objetivos: conhecer a importância da preservação das matas de araucárias; conscientizar a população sobre o reflorestamento de fácil manejo, por meio das araucárias, para as áreas devastadas para a produção de carvão; despertar o interesse sobre a culinária típica do pinhão e seus valores nutricionais; trabalhar juntos contra a extinção das araucárias previstas para as próximas décadas.

Pensando na importância dessa vegetação para a fauna e a flora, considerando a luta contra a extinção das várias espécies de animais como a gralha-azul, a jaguatirica, o mico-leão-dourado, o macaco-prego, a capivara, o papagaio, dentre outros, as araucárias também servem como habitat para pequenos mamíferos, aves, répteis e insetos. Aqui existe o comércio e a produção do carvão, os produtores precisam

A proposta é envolver todas as disciplinas, adaptando os conteúdos e as atividades de conhecimento: leitura de textos e imagens; pesquisa envolvendo pais e alunos, sobre os que já tem algum programa de reflorestamento com araucárias; visita ao “pinheiro de pedra”, ponto histórico da comunidade; culinária típica do pinhão - novas receitas e degustação na festa junina da escola; assadas de pinhão- resgatando momentos de infância com a família e comunidade; plantio de sementes do pinhão na escola e depois levar a muda para replantar em casa.

VIVEIRO E HORTA ESCOLAR: UMA BRINCADEIRA SUSTENTÁVEL

EMEF Ribeirão Matilde

Atalanta/SC

Relatoras: Cíntia Eloisi Silva da Conceição e Diovana Pietra dos Passos Dambrowski

O futuro não é algo que simplesmente acontece por si mesmo. Estamos criando o amanhã neste mesmo momento. Hoje em dia muitas pessoas sentem-se como meros espectadores dos fatos globais. Mas devemos aprender que ”todos nós somos atores e que estamos modelando nosso futuro agora mesmo". Jostein Garder.

As atividades ligadas ao uso do solo tais como revolver a terra, plantar, arrancar mato, podar, regar não só constituem ótimo exercício físico como representam uma forma de aprendizado saudável e criativo, tal qual o contato com as coisas da natureza. Este projeto interdisciplinar procura apresentar atividades que despertem o interesse do aluno no cuidado com o ambiente, no preparo do solo para a semeadura e plantio de hortaliças como também a produção de mudas de árvores nativas, frutíferas e flores no viveiro da escola.

As turmas também adotarão um canteiro do jardim da escola e nele serão responsáveis por cultivar as plantinhas ornamentais. Portanto este projeto visa contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares da educação infantil e as turmas da complementar, identificando

estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas; decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares e fortalecer a competência pedagógica da nossa equipe escolar para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem; selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas e lúdicas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos/crianças, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc; conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os alunos nas aprendizagens; construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos e também selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tecnológicos para apoiar o processo de ensinar e aprender.

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UMA SEMENTE PLANTADA HÁ 50 ANOS

Atalanta/SC

Relatoras: Scheila Daniele Henning e Juraci Jochem Madalena

Há 50 anos uma semente era plantada na comunidade de Vila gropp, frente às necessidades da comunidade local uma pequena escola foi implantada.

Esta semente germinou, cresceu e frutificou. Nossa escola hoje atende em torno de 150 alunos, do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, oriundos de todo o município.

Através dos registros da escola e dos relatos dos funcionários que aqui trabalham podemos afirmar que o trabalho ambiental desenvolvido na unidade é de longa data e construído há várias mãos. Acreditamos que além do fato da escola estar localizada na área rural a maioria dos professores que aqui passaram provinham também da agricultura, o que fortaleceu ainda mais esse trabalho envolvendo o meio ambiente. Pensamos que a evolução do ser humano é um processo que nos permite observar a relação dos seres vivos com o meio em que vivem e consigo mesmos, na busca da sua satisfação transforma continuamente os recursos naturais. Viver de forma harmoniosa na sociedade atual tem sido um grande desafio. Diante desta perspectiva, a nossa escola desenvolve pesquisas e projetos nos quais procura mobilizar a comunidade escolar e a comunidade como um todo na busca

AS

ÁGUAS DO RIO BATALHA

CMEF Prof. Curt Hamm

Ituporanga/SC

Relatores: Nilson Rogério Costa e Andresa Franco

de alternativas para a melhoria do seu ambiente de vida.

O presente projeto visa conscientizar os alunos, funcionários e pais do Centro Educacional Professor Curt Hamm a respeito da ação humana, que é a principal responsável pela poluição das águas dos rios e córregos existentes nos arredores desta unidade escolar e nos lares dos participantes do projeto, levando-os a refletir e mudar suas práticas diárias, pois as fontes de poluição da água são realizadas através de atividades agrícolas, atividades industriais e também o uso inadequado da água nas residências, partindo destes fatos, serão realizadas visitas e pesquisas de campo no entorno da escola, confecção de barreiras de contenção, para verificar quanto lixo é jogado nos rios, os materiais encontrados nessas barreiras serão utilizados na escola com os alunos, para a confecção de brinquedos reciclados, a fim de resgatar brinquedos que os familiares utilizavam na sua infância e realizar-se-á assim a construção de atitudes coletivas e busca de melhorias para os rios, refletindo e mudando atitudes que só trazem malefícios a todos. O que podemos melhorar em nossas ações do dia a dia em relação a poluição de nascentes e cursos do rio?

Mas será que trabalhar as questões socioambientais com as crianças não é cedo demais? Acreditamos que a nossa história e a aprendizagem são escritas a cada dia, e que é necessário desenvolver com urgência os valores morais bem como a conscientização e responsabilidade com o meio ambiente. Então a resposta é não. Podemos afirmar sem medo de errar que os bons hábitos e costumes devem ser desenvolvidos desde muito pequeno, afinal cuidar da sociedade e do meio ambiente é cuidar de nós e da nossa casa.

Portanto é importante que o educando se sinta parte do processo de ensino-aprendizagem, que ele possua vivências e consiga dar significado ao processo para que de fato ele consiga transforma a si e o mundo a sua volta.

Entendemos e percebemos a necessidade da continuidade do trabalho socioambiental na educação, pois somos um polo de conhecimento e de transmissão de saberes. É fundamental que o educando se sinta parte da escola e da própria história, oportunizando ações socioambientais que permitam à ele se tornar um cidadão consciente e crítico, capaz de promover mudanças em si e na sociedade.

Com o aumento da população mundial, dos avanços industriais e tecnológicos, a demanda por água só tenderá a aumentar e, se não a consumirmos de forma consciente, ela será um recurso cada vez mais escasso, o que aumentará os conflitos pelo seu acesso, assim, precisamos cuidar desse nosso bem precioso, para que ele não nos falte no futuro e continue propiciando o funcionamento dos ecossistemas. Afinal, a água é um recurso finito.

Todos podem e devem ajudar a cuidar da água. Observe o seu uso diário de água e pense em como você poderia mudar os seus hábitos de forma a economizá-la, através de rodas de conversa, pesquisa científica e entrevista com as famílias da comunidade escolar, serão realizadas diversas maneiras de conscientização para haja mudanças de atitude que possam ser adotadas para contribuir com o consumo consciente de água, construindo barreiras ecológicas nos arredores da escola, promovendo a realização de análise da água, para verificar se ela é própria ou imprópria para o consumo, buscar-se-á maneiras de amenizar a poluição do rio nesta comunidade escolar.

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OS RECICLADINHOS DA PROFE MARCIA:TRABALHANDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DA PRODUÇÃO DE BRINQUEDOS COM MATERIAIS RECICLÁVEIS

Escola Modelo Ella Kurth - Rio do Sul/SC

Relatoras:Marcia Aparecida Rizzo e Raquel Dotta Corrêa Moser

Com o objetivo de mostrar o artesanato como forma de estimular a reciclagem e a conscientização ambiental, envolver os alunos em atividades lúdicas procurando despertar o gosto pela arte, a conscientização para a reutilização de materiais que seriam descartados em suas casas e escola, estimulando a curiosidade, criatividade, amor pela arte, trabalho em equipe e o aprendizado, respeitando as suas individualidades, propusemos este projeto para nossas turmas. Falar de arte é falar de cultura, e a cultura é construída no meio em que vivemos. A arte, fruto singular de nossas ideias e vivências, é influenciada pelo meio e nele atua como agente transformador. No contexto da educação ambiental, a arte é um instrumento fundamental, tendo em vista sua capacidade de levar o indivíduo a uma reflexão de ideias e atitudes, diversos conceitos e atividades artísticas podem ser desenvolvidas para promoção da educação ambiental.

Através da confecção de brinquedos a partir de materiais recicláveis, é possível trabalhar as potencialidades de cada aluno, pôr à prova suas aptidões e testar seus limites. O ato de criar brinquedos com materiais recicláveis de diferentes naturezas permite à criança descobrir as diferentes

propriedades e características do lixo. O brinquedo, em especial é concebido como suporte da brincadeira, o material a ser reciclado torna-se brinquedo quando assume uma função lúdica, ou seja, quando o aluno reveste esse material de um significado social, podendo agregar arte, educação, cultura e cidadania (SOUZA, 2004).

O professor deve entender que para os alunos adquirirem consciência dos problemas ambientais, terão de se envolver em um aprendizado constante, pois as transformações que ocorrem na natureza também ocorrem de maneira continuada, e eles podem ser os agentes que levarão todos esses conhecimentos tão necessários. Assim, experimentando diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, dobradura, escultura, modelagem, etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais, identificando que materiais (papelão, plástico, vidro etc.) são feitos os objetos que fazem parte da vida cotidiana e como esses objetos são utilizados e com quais materiais eram produzidos no passado, o manejo do lixo e o excesso de resíduos descartados. Escolhemos a caixa do leite, a garrafa pet e o rolo.

EMBELEZAR O ESPAÇO ESCOLAR COM AS PLANTAS ORNAMENTAIS E A HORTA / BOLACHA DA VÓ MARIA

EM Alminda A. Andrade - Piên/PR

Relatoras: Maria Aparecida Hümmelgen e Sabrina M. A. Stahelin

Nossa escola vem a alguns anos desenvolvendo o projeto

Embelezamento do ambiente escolar através da horta e jardim, a cada ano aprimoramos mais com o objetivo principal, que é deixar nossa escola mais bonita, aconchegante e cheia de vida através do urbanismo. Através dos cuidados com as plantas os alunos aprendem que com as pequenas ações é possível mudar um ambiente e que juntos podem se tornar cidadãos melhores e mais conscientes no futuro.

Desenvolvemos também o empreendedorismo através da venda de verduras e flores, já que no ano passado iniciamos com o jardim das suculentas, mudas que estão em alta no mercado e de fácil cultivo e cuidados.

Através do cultivo das plantas os alunos desenvolvem a consciência e cuidado em relação ao meio no qual estão inseridas, desfrutando do contato com terra, água, vegetais, minhocas, sementes e o fato de estarem inseridas no espaço natural já desenvolve muito mais além do esperado. Esse ano além do projeto embelezamento do ambiente escolar através da horta e jardim, iremos dar continuidade a pesquisa científica de receitas das famílias, na qual na época foi escolhida a receita “Da bolacha da Vó Maria”, e

durante esse ano estaremos dando continuidade a esse trabalho para que a nova geração de alunos conheça a origem dessa história. Sendo que as bolachas continuam como uma das fontes de renda da nossa escola.

O nome da Bolacha Vó Maria, é porque foi uma receita trazida na época por um aluno que era neto da Dona Maria, ela sempre foi uma senhora muito prendada cheia de talentos tanto na culinária, como no artesanato. Foi professora na escola Alminda por muitos anos até se aposentar.

E para resgatar essa linda história e fazer com que todos os alunos conheçam, durante esse ano vamos aprofundar mais trazendo algumas pessoas da família de Dona Maria para enriquecer essa belíssima história de doação pelos outros, pela comunidade, e pela família.

Nossa bolacha é comercializada a mais de 05 anos com a comunidade escolar, e para esse ano de 2023 temos o propósito de expandir a comercialização da mesma, onde iremos criar o logotipo da bolacha, e com parceria da nutricionista da secretaria Municipal de Educação fazendo o valor nutricional, sendo assim será possível vende-las nos comércios, e com isso aumentar a renda da escola e divulgar essa belíssima receita, que além de ter um sabor maravilhoso é colocado muito amor.

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ERA UMA VEZ UMA ESCOLA... UM CONTO QUE ENCANTA...

EM Marciano de Carvalho

Piên/PR

Relatoras: Cleonice aparecida Stal Kobsczinski e Viviane Mirian Balansin Rutz

Vindo de uma recém-saída da pandemia, de ataques nas escolas que nos deixam inseguros e ansiosos com tomadas de atitudes sábias que visem a segurança de todos, chegamos à conclusão com a equipe de nossa escola, o qual importante e fundamental é a contribuição socioeducativa das instituições de ensino para a sociedade, e nossa escola nesse sentido tem um histórico merecedor de aplausos no legado deixado ao longo de sua existência na comunidade pienense. São vários fatores que fazem da educação oferecida pela Escola Municipal Marciano de Carvalho a merecer um lugar de destaque no compromisso, responsabilidade, ética, valores morais, que procura repassar aos seus educandos.

Somos semeadores de ações que viabilizem a construção de pessoas com boa índole, caráter, responsabilidade e demais valores que venham a agregar na sociedade, uma efetiva construção de um mundo melhor para se viver.

Dessa forma a Escola Municipal de Carvalho neste ano letivo de 2023 tem como base em seu projeto o resgate dessa história iniciada desde sua existência na

HORTA INSERIDA NO AMBIENTE ESCOLAR

EMEF José de Lima

Rio Negro/PR

Relatoras: Gisela Cunha e Caroline Ruthes Cunha

Com o Projeto Horta inserida no contexto Escolar pretendemos dar continuidade aos trabalhos com a participação dos alunos, professoras, funcionários comunidade em geral contribuindo no processo de construção do conhecimento através de observação, conservação, reflexão, utilizando metodologia de projetos, proporcionando uma aprendizagem diferenciada.O projeto consiste em implantar no ambiente escolar uma horta para fins pedagógicos, para que os alunos vivenciem os conceitos de agricultura orgânica, preparação do solo, plantio, colheita e aproveitamento dos alimentos.

Percebendo a importância das questões ambientais para todo o planeta, não ficamos de braços cruzados. Os projetos desenvolvidos buscam sensibilizar as crianças sobre a importância do meio ambiente e garantir que no futuro se tornem cidadãos responsáveis e conscientes de seu papel. Nesse projeto os alunos vivenciarão questões ambientais do dia a dia , valorizando os elementos naturais, participando da preparação de canteiros , semeadura, transplante e cuidados especiais na horta contando com o auxílio de professores e voluntários amigos da escola, compartilhando os conhecimentos

comunidade, sempre primando pela oferta de uma educação pública de qualidade. Somos defensores de princípios básicos na formação de cidadãos conscientes de suas responsabilidades, promovendo assim uma rede de apoio para construção de uma sociedade mais humanitária, justa e saudável.

A escola Marciano de Carvalho oferece a todos os seus educandos diferentes oportunidades de alcance a diferentes meios de conhecimentos, além dos conteúdos formais, prezamos pela participação de projetos, tais como: Verde é Vida, Senar, OBA, MPT, Paz nas escolas, entre outros, todos esses mecanismos dão respaldo a nossa escola para alavancar a qualidade da educação oferecida. Certos de que estamos no caminho correto, buscamos sempre ouvir nossos colaboradores, pais e comunidade para estarmos em comum acordo na busca pelo melhor desenvolvimento possível em todos os aspectos que abrangem a educação.

Somos uma instituição séria que tem como premissa fazer o seu melhor para a comunidade a que serve.

adquiridos até seus familiares, pois a produção de uma horta caseira proporciona alimentação de qualidade e contribui com a renda financeira da família, comer melhor pagando barato.

A questão ambiental centra-se principalmente no desenvolvimento de valores, atitudes e posturas éticas oferecendo aos alunos oportunidades que lhes possibilitem posicionar-se em relação às questões ambientais, desenvolvendo nos mesmos uma postura crítica de compromisso e responsabilidade com o meio ambiente e com a vida.

Procuramos atingir de forma lúdica e prazerosa os seguintes objetivos: conscientizar quanto a importância do meio ambiente e sua preservação para manter o equilíbrio natural do planeta, identificar diferenças, tanto nas espécies animais como vegetais; ressaltar através das atividades a importância da prática e do exercício diário, incentivar o uso consciente da água e práticas de reaproveitamento e reciclagem de materiais diminuindo a poluição do solo e da água.

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O PLANETA QUE EU QUERO

EMEF José de Anchieta

Passo do Sobrado/RS

Relator: Diego Joel Bandeira

A Escola Municipal de Ensino Fundamental José de Anchieta, situa-se na localidade de Potreiro Grande, interior do município de Passo do Sobrado, RS. O presente projeto tem por objetivo promover o desenvolvimento de uma consciência socioambiental e voltada para o desenvolvimento sustentável do planeta, realizando estudos a respeito dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável e criando meios de divulgação de técnicas e práticas que busquem uma vida harmônica no meio em que vivemos.

O presente projeto justifica-se pela necessidade de estudar e conhecer práticas e técnicas de sustentabilidade para o planeta mais harmônico e equilibrado ambiental e socialmente. Sendo que a sociedade humana cresce de forma acelerada e os recursos para nossa sobrevivência estão cada vez mais raros ou sendo poluídos, desperdiçados ou explorados de forma desproporcional, torna-se urgente que a humanidade foque em alternativas para a continuidade da vida humana no planeta. Para que possamos ter qualidade de vida e usar os recursos naturais de forma equilibrada, justa e que se atinja uma equidade entre as populações, é importante um trabalho de conscientização com os mais jovens e

ECOESCOLA

EMEF Casemiro de Abreu

Rio Pardo/RS

Relatora: Lavínia Matos

O projeto Ecoescola teve por finalidade despertar o olhar mais consciente para as questões ambientais e da sociedade como um todo.

Trabalhar com a metodologia de projetos é envolver o grupo em atividades mais amplas, vivas, instigantes, criativas e significativas do que as atividades tradicionais, onde os alunos tem a oportunidade de buscar informações, coletar dados, questionar opiniões, realizar reflexões. Dessa forma, o estudo e a permanência na escola se tornam mais agradáveis e com mais sentido para a vida, pois serão trabalhados temas de interesse geral e que beneficiem toda a comunidade escolar.

Com o nosso projeto buscamos conscientizar nossos alunos e comunidade escolar, através de campanhas, informações, atividades lúdicas, saída de campo, atividades de movimento onde os alunos terão de colocar a mão na massa para modificar o ambiente onde estão inseridos, dessa forma, eles irão entender que uma pessoa pode sim fazer a diferença, que na vida adulta se o outro não tomar inciativa “eu” posso tomar, sendo o exemplo para transformar para melhor qualquer ambiente em que estiver inserido.

Queremos trabalhar o ser humano e a sociedade, mostrando as

também com as famílias. Sendo assim, a escola é o local ideal para isto, visto que é um ambiente de transformação e inovação, é o berço da mudança de paradigmas, da construção e reconstrução de saberes, entre estes os que dizem respeito ao desenvolvimento sustentável, ao equilíbrio do planeta e à vida humana em toda sua complexidade.

Ao passo que a escola já desenvolveu, durante anos anteriores, diversos projetos socioambientais, o passo de agora é estudar o impacto destes e de outros que surgirão durante a caminhada e propor ações para o despertar de uma consciência na comunidade em que estamos inseridos, podendo servir de estímulo para outras, para que possamos fazer parte desta transformação do planeta, onde todos possam ter mais chances de uma vida equilibrada, em direitos e deveres, com o respeito à natureza e a todos os seres que nela coabitam.

Sendo assim, ao promover a união de nossos educandos em ações que despertem o amor e união de todos para um bem comum, a escola tem a proposta de criar atividades sustentáveis, à fim de preservar o meio ambiente, demonstrar a necessidade da equidade entre os povos e a busca de uma nova postura humana, e divulgar tais atividades para a população em geral.

mais diversas áreas que precisam da nossa atenção no meio ambiente, afinal “verde é vida” e precisamos cuidar do que é nosso, com determinação, consciência, iniciativa e acima de tudo, entusiasmo, os alunos precisam achar legal e divertido cuidar do meio em que estão inseridos, assim eles irão passar as informações adiante a passarão a cobrar dos pais e família os bons atos com o meio ambiente.

Durante o desenvolvimento do projeto “Ecoescola” usamos as seguintes metodologias: Apresentação do tema aos alunos, conhecimento sobre os 3Rs, palestra sobre reciclagem, incentivo em participar da ginana escolar que visa o envolvimento dos alunos nas questões sociais da comunidade escolar, revitalização do pátio da escola com plantio de flores e limpeza do ambiente, envolvimento da família nas atividades da escola, como nas datas comemorativas e também na participação das oficiais que iremos disponibilizar ao longo do ano.

Para que o projeto saia como o esperado, buscamos envolver os alunos no tema, através de todos os recursos disponíveis, internet, vídeos, palestras, atividades práticas, atividades em grupos, mobilizar a família e comunidade escolar, mostrar para os alunos que eles podem sim fazer a diferença.

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ESCOLA LIMPA: UM ATO DE CIDADANIA

Rio Pardo/RS

Relatoras: Marília de Barros Marques e Larissa Santos

A forma como nos relacionamos com o meio ambiente à nossa volta está diretamente ligada à qualidade de vida que temos. Observa-se no cotidiano da Escola Olavo Bilac atitudes que precisariam ser refletidas e reestruturadas, como lixo espalhados no chão das salas de aula, corredores, refeitório e banheiro da escola ocasionando um aspecto visual desagradável o que despertou interesse em estudar sobre esta temática. Com tudo, este projeto visa a necessidade de desenvolver uma análise na comunidade em geral, incluindo a comunidade escolar, professores, funcionários, alunos, pais e familiares, entre outros. Entendemos que precisamos explorar este contexto, analisando o ambiente escolar após atividades em sala de aula, no pátio da escola e nos banheiros e trazer a família e a comunidade para desenvolver este projeto juntamente, pois só assim entendemos que conseguiremos ter um maior alcance e que será mais satisfatório o resultado a curto e longo prazo.

O Projeto “Escola limpa: um ato de cidadania” tem como objetivo refletir sobre a problemática do lixo na escola visando promover a mudança comportamental

dos alunos, com a formação de novos hábitos no exercício da cidadania. Em sua metodologia, tem a preocupação de contemplar questões relacionadas ao lixo produzido na escola e a importância do trabalho colaborativo dos alunos em conservar o ambiente escolar limpo e agradável. Assim, no decorrer do Projeto, espera-se modificar de forma significativa o modo de pensar e a postura dos alunos para a melhoria da qualidade de vida na escola, na família e na comunidade.

EMEF Cardeal Leme

Santa Cruz do Sul/RS

Relatores: Juliana Behling e Leandro Bartholdy

Geral:

• Refletir sobre a problemática do lixo na escola visando promover a mudança comportamental dos alunos, com a formação de novos hábitos no exercício da cidadania.

Específicos:

• Incentivar a prática de atitudes de conservação do ambiente limpo para uma vida saudável;

• Identificar os tipos de lixo que são gerados na escola.

• Estimular o hábito de jogar o lixo nas lixeiras;

• Valorizar o trabalho dos serventes da escola;

ESCOLA X FAMÍLIA: UM EMPREENDIMENTO DE SUCESSO

pessoas para que possam interagir, resgatar a convivência social, o diálogo entre as gerações, entre outros.

Nesse ano de 2023, nossa escola buscou dar ênfase a família com o objetivo de mostrar a sua importância na vida escolar dos seus filhos, fortalecendo a parceria com a escola.

Percebemos que no período pós pandemia a comunidade escolar estava fragilizada, muitas famílias estavam enfrentando problemas em casa e na escola.

Também identificamos alunos com questões emocionais que necessitavam de ajuda profissional. Baseado nesta observação iniciamos o Projeto “Cuidar”, durante a realização deste, percebemos que na escola não tínhamos um espaço apropriado para fazer esse acolhimento aos nossos estudantes, pais e profissionais da escola.

Pretendemos resgatar a importância da figura feminina na pequena propriedade rural realizando uma oficina do Amor e Sabor, em que as mamães/avós possam fazer receitas na escola, oportunizando assim a troca de experiências e resgate da autoestima destas mulheres, envolvendo alunos e professores.

Em virtude disso, neste ano, pretendemos organizar uma sala de acolhimento com um mobiliário colorido e diferenciado, para que possamos atender de forma mais adequada toda nossa comunidade escolar. Além disso, a sala também servirá como um espaço de descanso/lazer para os alunos que ficam no turno oposto para o projeto de Pesquisa Científica e para os profissionais da escola que ficam direto para o turno da tarde. A ideia é aproximar as

A escola organizará uma feira solidária, onde as famílias poderão doar quinzenalmente algumas verduras, legumes ou frutas da época que estão em produção sobressalente na propriedade. Estas doações serão organizadas pelos alunos do Grêmio Estudantil e destinadas a uma instituição de Santa Cruz do Sul. (ASAN, AAPECAN, Hospital Monte Alverne).

Depois de cada doação às famílias participantes ganharão um selo de “ Família Solidária “ que através da contabilização dos mesmos, participarão de uma saída para visitar uma das instituições agraciadas, bem como participar de uma sessão de cinema com os alunos.

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EDUCANDO PARA A SUSTENTABILIDADE

EMEF Emanuel

Santa Cruz do Sul/RS

Relatora: Alex Luis Finkler

Este projeto tem como foco principal a educação para a sustentabilidade, e a conscientização da preservação dos recursos naturais, incentivando o consumo racional, produzindo em equilíbrio com a natureza.

Serão oferecidas aos alunos do1º ao 9º ano, atividades de conscientização ambiental, que ocorrerão nas oficinas no turno oposto ao das aulas, no contra turno, onde realizarão atividades de pesquisas no laboratório de informática, sobre assuntos de seus interesses, que envolvam o consumo consciente, e o cuidado com o meio ambiente.

As atividades serão desenvolvidas e ofertadas em diversas oficinas como: Conscientização Ambiental, Horta Escolar, Jogos Pedagógicos, Informática, Criativa, Esportiva, Craques da Bola, Xadrez, Música, em consonância com os componentes curriculares, dentro do projeto maior da escola, que é, Educando para a Sustentabilidade. São atividades que fazem o aluno crescer e se desenvolver pessoalmente, fisicamente e mentalmente.

Todas as atividades ambientais são desenvolvidas com a comunidade escolar, visando a consciência e o bem-estar onde vivem.

O projeto Educando para a sustentabilidade que engloba toda a comunidade escolar, destaca-se o Verde é Vida, onde

MELIPONICULTURA, DIVERSIFICAÇÃO X FONTE RENDA SUSTENTÁVEL

EMEF Felipe Becker - Santa Cruz do Sul/RS

Relatoras: Milena A. Watte e Kellin Y. Monteiro

Preservar o meio ambiente é fundamental para manter a saúde do planeta e de todos os seres vivos que moram nele. Baseados nisso, fomos desafiados a realizar uma atividade que nos tirasse da nossa zona de conforto e ao mesmo tempo, ser uma opção de renda familiar, uma diversificação da propriedade familiar. O projeto Diversificação Rural nas Escolas, então pesquisamos, abelha sem ferrão: uma espécie que não é agressiva e que poderíamos cultivar na horta da escola; um terço da produção de alimentos do mundo é dependente do trabalho das abelhas, que têm papel-chave para sobrevivência do ser humano, trabalho este ainda pouco difundido e conhecido.

Considerando que a maioria das propriedades rurais da nossa comunidade tem sua renda baseada somente na monocultura do fumo, pretende -se introduzir outras fontes de renda de fácil manejo e sem interferir no tempo a ser dedicado às demais atividades e de baixos investimentos. O projeto tem como objetivo: Analisar a viabilidade do desenvolvimento do projeto na escola; realizar a troca e captura de enxames; relacionar as atividades desenvolvidas em campo com as de sala de aula.

Conhecer a importante

trabalhamos várias ações de consciência ambiental, Coleta de Óleo Saturado, Bolsa de Sementes, Ação Conjunta, Projetos Científicos.

O projeto Horta Escolar, onde os alunos desenvolvem atividades como: produção de mudas de hortaliças, construção de canteiros, plantio e limpeza dos canteiros de hortaliças, irrigação e colheita das mesmas.

O projeto da Nóz Pecan, onde temos aproximadamente 100 árvores plantadas, que estão em desenvolvimento, uma parceria com a Divinut e Afubra, que nos disponibilizaram mudas para o plantio e insumos para a adubação das mudas, que vinham sendo plantadas a cada ano desde 2017.

O projeto dos Eucaliptos, implantado em 2015, onde foram plantadas 6 espécies, e que estão ainda em observação para saber os que melhor se adaptaram e obtiveram melhores desenvolvimentos na nossa região.

E o projeto Quintal Orgânico da Embrapa, onde temos diversas árvores frutíferas exóticas e nativas, este implantado em 2012, estando neste momento rendendo bons frutos. E com todas essas atividades e ações proporcionamos aos educandos e a comunidade escolar uma aprendizagem de qualidade e o desenvolvimento de valores, com um cuidado maior com o meio ambiente.

função das abelhas sem ferrão para a preservação ambiental, o manejo, criação e alimentação, estas práticas podem evitar o êxodo rural, onde muitas famílias se veem obrigadas a abandonar sua moradia, suas histórias e o desejo de continuar os sonhos de seus pais.

Desenvolvemos nosso projeto com as seguintes etapas: Análise e discussão da proposta entre o grupo de professores que farão parte das atividades; Apresentação das propostas para a turma do 8º ano; Saída de campo para uma visita técnica a uma propriedade modelo; Realização de pesquisas científicas; Saídas de campo para captura de enxames e troca de caixas; Observação e acompanhamento do desenvolvimento dos enxames. Coleta e mudança de abelhas de troncos de árvores para as caixas; Alimentação e manutenção das abelhas; Pesquisas no Laboratório de Informática para melhor compreensão da espécie. Relação do conteúdo em sala com as atividades do projeto; Relatório escrito sobre as atividades desenvolvidas; em sala de aula analisamos mapas, tentando compreender em quais regiões os diferentes tipos de abelhas mas se aclimatizar.

Pesquisou-se sobre o processo de diversificação rural e os possíveis lucros ao adotar esse sistema, realizamos trabalho de pesquisas.

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PRESERVANDO A RIQUEZA DO CAMPO: UM PROJETO DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

EMEF Rio Branco - Santa Cruz do Sul/RS

Relatores: Leonardo Sanguinet Sanson e Marciele de Castro

O projeto intitulado "Preservando a Riqueza do Campo: Um Projeto de Sustentabilidade Ambiental" tem como objetivo principal promover a sensibilização dos estudantes sobre a importância da preservação ambiental e da sustentabilidade no meio rural. Para isso, propõe-se a identificação dos principais problemas ambientais enfrentados pelas comunidades rurais locais, por meio de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados primários e secundários.

Com base nesse diagnóstico, serão desenvolvidas ações de educação ambiental que promovam a participação ativa dos estudantes e da comunidade local na preservação ambiental, tais como plantio de árvores nativas, oficinas de reciclagem, construção de cisternas, extração de óleos essenciais e diversificação rural. Também será criado um grupo ambiental, com a participação dos estudantes, para desenvolver e implementar projetos e ações de preservação ambiental no meio rural, trabalhando a temática ambiental de maneira interdisciplinar.

Através dessas atividades, pretende-se promover a conscientização sobre a importância da preservação ambiental e da sustentabilidade no meio rural, tanto para

os produtores quanto para os consumidores. O projeto busca ainda estabelecer práticas agrícolas sustentáveis, o uso consciente dos recursos naturais, a promoção da recuperação de áreas degradadas e a adoção de técnicas de manejo integrado de recursos hídricos.

Durante o processo de execução, serão realizadas parcerias com instituições locais, como cooperativas agrícolas, sindicatos rurais e associações, para a realização de atividades conjuntas de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável no meio rural. Serão também criadas melhorias na hora da escola, como compoteiras, minhocários e aspiral de ervas, de forma a incentivar a produção orgânica e a redução do lixo orgânico.

Por fim, será feita uma avaliação periódica das ações desenvolvidas, para verificar os resultados e identificar possíveis ajustes e melhorias.

O projeto tem como resultado esperado a sensibilização dos estudantes e da comunidade local sobre a importância da preservação ambiental e da sustentabilidade no meio rural, bem como o estabelecimento de práticas sustentáveis de produção e a redução dos impactos ambientais no meio rural.

SAÚDE E EDUCAÇÃO: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO

EMEF Felipe dos Santos

Vale do Sol/RS

Relatora: Cíntia Marisa Kern

Com o avanço de problemas relacionados à saúde mental na adolescência, programas preventivos tornam-se necessários e urgentes. Nessa perspectiva, a escola apresenta-se como um espaço de excelência para o desenvolvimento de atividades no âmbito da promoção da saúde mental, além da possibilidade de contribuir a reduzir tabus, estigmas e preconceitos em relação a problemas de saúde mental.

Hoje em dia vemos muitas pessoas sofrerem por causa da ansiedade e da depressão, felizmente a medicina já possui vários métodos para que as pessoas possam conviver com esse mal.

São cada vez mais comuns os casos de depressão, automutilação e até suicídio entre adolescentes, decorrentes da ansiedade e principalmente da depressão. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão, mas menos da metade dos afetados pelo transtorno recebem o tratamento adequado. Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio e entre jovens de 15 a 29 anos, já representa a segunda principal causa de morte no mundo. Em nossa escola muitas crianças e adolescentes vem apresentando esses problemas o que nos deixou muito preocupados. Por

este motivo, a saúde mental foi o objeto de pesquisa do presente trabalho. Nosso objetivo com esta pesquisa é alertar a comunidade escolar sobre os problemas causados pela ansiedade e depressão. Esta vem se apresentando cada vez mais presente em nossa comunidade escolar, por muitas crianças e adolescentes. Porém mesmo com tantos casos, algumas pessoas ainda tratam essas doenças como “frescura”, por causa de pouca informação.

O presente projeto foi desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Felipe dos Santos, localizada em Rio Pardense, Vale do Sol. O público alvo foi a comunidade escolar, em especial os alunos. A coleta de dados foi realizada através de pesquisas feitas com os alunos, professores e demais funcionários da escola, foram realizadas leituras em sites confiáveis, bem como bibliográficas, além de obter conhecimentos através de palestra realizada profissional habilitada. Diante disso, o presente projeto busca conscientizar a comunidade escolar sobre os problemas causados pela ansiedade e depressão, e também oferecer informações úteis e verdadeiras para a comunidade.

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AS NASCENTES DE ÁGUA NA REGIÃO SERRANA DE VALE DO SOL E A IMPORTÂNCIA DA SUA PRESERVAÇÃO

EMEF Willibaldo Michel - Vale do Sol/RS

Relatores: Évelin Hilana Stumm e Willian Gustavo da Silva Quoos

A água é fundamental para uma vida digna. Ela é o recurso mais precioso que a natureza nos oferece e que está cada vez mais escasso. É nosso dever cuidar dessa riqueza não apenas por causa de nós, mas pelas futuras gerações. A agricultura necessita dela, os hospitais, a indústria e o comércio. Todo ser vivo depende dela de alguma forma. Precisamos dela para nos hidratar, para cozinhar, para higiene pessoal, para lavar roupas e limpar a casa.

Diante das mudanças climáticas, do uso inadequado dos recursos hídricos (desperdício) e da poluição, a situação é cada vez mais preocupante. As chuvas não têm sido tão intensas e frequentes como antes, o que já é perceptível em diversas localidades do nosso município, onde nascentes que sempre estavam ativas, deixaram de funcionar. Temos também o desperdício da água, que infelizmente é muito comum, pois algumas pessoas, ao invés de armazenar água das chuvas para lavar calçadas e dar de beber aos animais, não o fazem. Sem contar que há nascentes que poderiam ser melhor aproveitadas.

Ainda temos a poluição de rios e vertentes, o que torna essa água imprópria para o consumo, inclusive para plantas e animais.

Uma forma de amenizar essa situação seria um olhar especial sobre as nascentes de água da região serrana do nosso município. Perante esse cenário, questionamos como elas estão sendo usadas. Será que essa escassez de água poderia ser amenizada com as nascentes? Será que essa falta de água é exclusivamente pela insuficiência de chuva? E antes da prefeitura oferecer a água da rede, de onde os moradores tiravam sua água? Essas nascentes que antes eram utilizadas por essas famílias, ainda estão ativadas? Preservadas? O que a população está fazendo para colaborar com sua preservação? E se tivessem de reativá-las, isso seria viável? Frente a tantos questionamentos e sabendo da importância delas para a nossa sustentabilidade, pretendemos colaborar com a comunidade local através desse projeto, que visa informar, sensibilizar e sugerir melhorias em relação à conservação das nascentes de água da nossa região serrana.

ESCOLA E COMUNIDADE TRABALHANDO JUNTOS PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA

EMEF São João Batista - Vale do Sol/RS

Relatores: Mauro Martin Quoos e Dagma Inês Reinke Seibert

A escola deve ser reconhecida como um lugar que acolhe e educa, que forma agentes transformadores na sociedade e oferece uma educação de qualidade, com foco no estudante, visando a informação e a formação integral. Também, permite que os estudantes coloquem seus conhecimentos em prática.

Para atingir as metas pretendidas é necessária a parceria com a família, pois sabe-se da importância da sua participação na vida escolar dos filhos. Desta forma, a escola desenvolve projetos para estreitar os laços com as famílias dos estudantes, além disso, demonstra a sua preocupação com a comunidade local. Sendo que, a família é a primeira a ensinar valores para a formação pessoal, e assim, o estudante veja a escola como uma oportunidade, tendo em vista que muitos não querem estudar e para contribuir, a escola reforça esses valores. Por isso, a ajuda da família é essencial, sendo muito difícil, por si só, a escola mudar a expectativa desses estudantes. A escola é um espaço de construção e trocas de conhecimentos, é um lugar que

deve proporcionar ao indivíduo condições de se desenvolver, tornando-se um cidadão com identidade social e cultural, ser crítico e reflexivo perante a sociedade.

Baseado em observações feitas pelos profissionais na escola, surgiu a necessidade de um projeto que vise o resgate dos valores tão escassos no convívio entre os estudantes, mas que são essenciais para um bom convívio escolar familiar e social. Assim, sentimos a necessidade de atuar de uma forma eficaz no que se refere aos valores humanos e podemos contribuir para que se tornem capazes de melhorar o mundo em que vivem e com a ação estaremos colaborando com a formação de alunos mais íntegros e socialmente saudáveis.

Justifica-se assim, esse projeto coletivo envolvendo a escola e a família. Porém, é importante ressaltar que nem a escola e nem a família precisam modificar sua forma de organização, basta que estejam dispostos a trocar experiências mediante uma parceria significativa e auxiliar no processo de formação e desenvolvimento do estudante, promovendo uma educação de qualidade.

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DIVERSIFICAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Vera Cruz/RS

Relatores: Mirna Virginia Dummer Becker e Douglas Vinicius Stumm

No contexto atual, a escola apresenta diferentes funções e cumpre diferentes papéis, haja vista as mudanças que têm sido observadas na sociedade. Muito além dos simples ensinamentos dos conteúdos escolares, já tradicionais na escola, cabe ressaltar que os educandários devem se propor a realizar diferentes atividades, envolvendo competências de naturezas diversas, a exemplo das competências socioemocionais, as quais estão registradas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Neste sentido, ainda é importante que a escola possa conciliar atividades alinhadas e em conformidade com o ambiente que se encontra, o que no caso de nossa escola é o meio rural. Sendo assim, um dos sonhos antigos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Frederico Augusto Hannemann era ter a sua cooperativa escolar, melhor dizendo, realizar um trabalho com o cooperativismo escolar de modo a integrar diferentes projetos e atividades, a exemplo do Grupo Ambiental, do Grêmio Estudantil e das Lideranças de Turma.

Tudo começou já no ano de 2019, onde a gestão da época trouxe esta ideia à baila e iniciou os procedimentos

VIDA QUE BROTA DAS NASCENTES

EMEF José Bonifácio

Vera Cruz/RS

Relatora: Mônica Maria Weiland

Nos últimos anos estamos passando por muitos períodos de estiagem, causando diversos prejuízos principalmente à agricultura e no abastecimento das nossas casas. Uma vez que nossos alunos são praticamente todos oriundos de famílias agricultoras, acreditamos que seria interessante sensibilizá-los quanto a importância da preservação das nascentes.

Nossa escola está situada em uma localidade onde se encontram diversas nascentes, visto que a água está cada vez mais escassa, é necessário repensarmos atitudes e desenvolver atividades que auxiliem na preservação desse recurso tão importante. Outro ponto crucial é a participação da comunidade no projeto "Protetor das Águas", desenvolvido pelo município em parcerias com outras empresas. Vimos então a necessidade de fazer algo aqui na escola, além de reflorestar as nascentes, encontradas nas propriedades dos nossos alunos, e o arroio Andreas, que abastece a maior parte do município de Vera Cruz, a ideia é reaproveitamos a água que sai dos condicionadores de ar em nossa escola, água esta que antes iria ser desperdiçada, causando inclusive transtornos na limpeza

de mobilização dos professores e da comunidade escolar. Infelizmente, a pandemia do COVID 19 veio a interromper os planos da escola e a ideia teve que ser adiada. Ao longo do tempo, realizamos atividades virtuais, atividades de cunho ambiental, atividades sobre agricultura sustentável, sempre buscando manter o vínculo com os alunos e o seguimento das atividades escolares, especialmente os projetos de todos os parceiros da escola.

Com o retorno das atividades presenciais, no ano de 2021, foi possível retomar o trabalho de todos os projetos, onde se buscou integrar os mesmos em um grande projeto de escola e de educação, sendo que a definição que tivemos foi do projeto "Diversificação e Sustentabilidade". Foram retomadas, na questão do Cooperativismo Escolar, os encontros com os estudantes, bem como se obteve êxito por parte da escola no deferimento de um professor para acompanhar estas atividades. A partir disso, realizamos ações de aprendizagem criativa, agricultura sustentável e cooperação no espaço escolar. Por fim, cabe dizer que a escola possui Grupo Ambiental em plenas atividades, que desenvolve ações diversas na área de educação ambiental e sustentabilidade.

da escola, e a partir da coleta servirá para ser reutilizada na nossa horta e na limpeza das partes externas da escola.

A água, por mais abundante que seja no mundo e especialmente em nosso país, apresenta escassez em diversos locais. Esse recurso é indispensável aos ecossistemas e às atividades humanas. Logo, ações que favoreçam o aumento da disponibilidade de água devem ser priorizadas pelos órgãos competentes.

Para isso é necessário que a escola, enquanto instituição, por onde todo brasileiro tem o direito e dever de passar, trabalhe assuntos que envolvam essa temática, desde a infância, até os alunos maiores, para que a mudança de atitudes, bem como a preocupação com esse recurso indispensável, se torne efetiva ara que futuramente não tenhamos maiores problemas. Vale lembrar que quando se trata de restaurar ecossistemas a natureza faz um bom trabalho, com aporte de sementes, trazidas pelo vento e animais, dentre milhares de outras interferências. Temos apenas que propiciar condições para que isto aconteça.

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ESCOLA DO CAMPO: FAMÍLIA, ESCOLA E COMUNIDADE JUNTOS

EMEF Heitor Soares Ribeiro Canguçu/RS

Relatora: Débora Kommling Treichel

Nosso educandário, Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Soares Ribeiro, localizada na zona rural do município de Canguçu/RS, fica uma distância de 32 km da cidade, é uma escola de turno integral, onde os alunos permanecem o dia na escola, trabalhamos com alunos de terça a sexta feira e na segunda desempenham atividades práticas na propriedade da família, termos como metodologia a pedagogia da alternância.

Assim, o objetivo do nosso projeto é contribuir com metodologias voltadas à participação dos pais na escola, para que estes sejam parte do processo de aprendizagem de seus filhos, procurando com isso, fazer com que a escola exerça um papel importante na vida familiar do aluno e vice-versa, constituindo um processo pedagógico dinâmico, onde ocorra um envolvimento harmonioso entre toda a comunidade escolar baseada na liberdade. Com isso, torna-se fundamental a participação e contribuição da família no desenvolvimento escolar junto aos alunos e as diferentes atividades, conhecimentos e habilidades desenvolvidas por eles.

O projeto da escola tem um tema geral: "Escola do Campo: família, escola e comunidade juntos" trabalhado e

CONTANDO E CANTANDO A HISTÓRIA DA ESCOLA FRANCISCO FRÖMMING

EMEF Francisco Fromming - São Lourenço do Sul/RS

A escola tinha um sonho.

O sonho de contar e cantar sua história.

O hino, sendo um instrumento com a responsabilidade de ser o porta-voz de toda comunidade escolar, carrega a identidade, exalta fatos, simboliza conquistas traçadas entre o passado, presente e futuro.

A composição musical surge com toda essência de um olhar externo, mas com sentimentos enraizados de um ex-aluno que carrega consigo lembranças, sentimentos e orgulho. O processo de construção da letra e melodia foi de responsabilidade de Vítor Hugo Redmer, músico, compositor e proprietário da Banda Sul Brass.

O hino começa dando ênfase ao Patrono da Escola, Capitão Francisco Frömming, e ao seu fiel cão, companheiro de trabalho, que simboliza o mascote da escola, carinhosamente chamado de Chiquinho.

Prossegue em suas estrofes, valorizando a localidade, o município, a aprendizagem, a excelência na educação, amizade e inclusão. A cultura também é um tema forte, mantendo sempre as tradições. Valorizando as etnias, sendo em sua maioria pomeranos e

executado em todas as turmas incluindo a educação infantil até o nono ano, para eficiência e execução do projeto temos um professor responsável para cada turma que trabalha com os alunos, família e comunidade. Trabalho que elaboram, criam estratégias na escola e colocam em prática na escola e nas propriedades dos mesmos. Cada turma juntamente com seu professor trabalham sub temas, pois escolhemos um tema amplo que contemplem várias atividades e depois o professor puxa para o interesse do aluno e das famílias nesses sub temas entram as mais variadas atividades como água, horta escolar, pomar, robótica com mini equipamentos para a lavoura (drone, trator ...), compoteira, relógio do corpo humano, leis ambientais, abelhas, consumo de energia consciente, jornal trimestral contando todas atividades escolar, eventos, palestra, equipamento para proteção, descartam correta das embalagens de agrotóxicos, entre outros.

Destacamos a importância da família nesse processo ensino-aprendizagem, e no projeto da escola, visto que o campo traz consigo um conjunto de conhecimentos e práticas, tornando-se necessário preparar as pessoas do campo a enfrentar as situações do dia a dia.

Relatores: Gerson Scherdien Altenburg e Márcia Regina Bierhals

alemães, o hino contempla um verso em língua pomerana, assim: “ Dat srijwen un dat leesen, dat hast du mij leirt. Nischt aners in dat leewent, hät soune groute wërd. Traduzindo significa que “O ler e escrever, você me ensinou. Nada neste mundo tem maior valor.

Um ritmo envolvente, numa mistura de clássico e bandinha, instrumentado com violão, bateria, tuba, trompete, flugelhorn, teclado e gravado em estúdio. É um convite para ser entoado com orgulho e entusiasmo.

O hino, símbolo da escola, está presente no seu dia-a-dia, como instrumento pedagógico, é também entoado em eventos, solenidades e faz parte do acervo musical do Grupo de Danças Alemãs Lustige Freunde, para qual foi criado uma coreografia é utilizado como abertura em suas apresentações.

Assim, a música se faz presente e sua melodia é poesia que enaltece a nossa história.

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GUARDIÕES DA CORTICEIRA

EMEF Martinho Lutero

São Lourenço do Sul/RS

Relatoras: Cristiane Siefert Neuenfeldt e Rosane Sell Rutz

A escola apresenta-se como o lugar ideal para propagar ações, desenvolver projetos em torno das questões ambientais, proporcionando movimentações e transformações sociais no espaço escolar e fora dele. São ações que visam possibilitar, principalmente, o desenvolvimento humano, para isso, é importante que atribuam significado àquilo que aprendem sobre as questões ambientais. O resultado da ligação que estabelecem entre o que aprendem e sua realidade cotidiana possibilita a utilização destes conhecimentos em outras situações. A preocupação com a natureza e conservação e manutenção do meio ambiente na EMEF Martinho Lutero é constante, o grupo ambiental Sentinelas da Martinho desenvolve anualmente ações tanto na escola, como na comunidade escolar. Este ano não poderia ser diferente. Durante a limpeza do pátio para o início do ano letivo, roçada, capina, enfim, notamos diversas mudinhas de “ corticeira” aos pés da árvore que se encontra no pátio da escola. E logo surgiu a ideia de plantarmos em um recipiente, para depois decidirmos o que fazer.

No início das aulas, foi comentado com os alunos da fartura de mudinhas que nasceram das sementes que

MEU MUNDO, MINHA RESPONSABILIDADE

Princesa/SC

caíram na grama, a natureza com certeza é perfeita.Gerou uma chuva de ideias, e com isso nasceu o Projeto “ GUARDIÕES DA CORTICEIRA”. Uma das ações será produzir mudas na escola. Coletar diferentes sementes de árvores nativas e plantar, para serem trocadas por latinhas e material reciclável coletado pelo grupo ambiental uma vez por mês. O grupo ambiental vai acompanhar o plantio das corticeiras e demais árvores nativas, nas propriedades dos alunos e acompanhar o crescimento e o local escolhido pela família para o plantio. Fazendo um diário da planta. Será uma atividade permanente, garantido o crescimento, orientando as famílias no controle de pragas e insetos. Este projeto será desenvolvido como atividade permanente do grupo ambiental.Discutir as ações socioambientais vai muito além de um debate em grupo. Essa discussão nos reporta a uma auto análise de nossas atitudes em relação ao convívio com as pessoas e com o meio ambiente. Devemos, portanto, pensar e agir localmente, promovendo, dessa forma, a harmonia do homem consigo mesmo e com a natureza, então estaremos construindo um meio social e ambientalmente correto. As ações que a escola desenvolve, têm tido resultados positivos ao longo dos anos.

Relatoras: Dione Luiz Merigo e Maira Cristina Klein Gheller

De acordo com a ONU, a população mundial já ultrapassou os 8 bilhões de pessoas, sendo que o aumento de 2 bilhões foi só nas últimas duas décadas. Esse crescimento populacional exige cuidados ainda maiores, como o ambiente, pois é inegável a simbiose entre ambos. Assim, a responsabilidade com o meio onde vivemos é nossa e precisamos nos valer de todos os mecanismos para garantir a manutenção da vida sem a degradação ambiental.

A demanda crescente por alimentos exige pesquisas, conhecimentos, os quais permitiriam a satisfação das necessidades sem a destruição do ambiente. A manutenção do atual modelo de desenvolvimento é insustentável, pois o custo a longo prazo é inviável. Dessa forma, pensar em alternativas é essencial pois permitiriam desenvolvimento, proteção e equilíbrio ambiental. A tecnologia e a medicina têm auxiliado e oferecido possibilidades. Essas mudanças, podem promover melhorias ou não, dependendo do uso que fizermos delas, bem como das ações posteriores relacionadas a elas. Resta, portanto, aos seres humanos, escolherem as melhores, com vistas a garantir segurança alimentar do planeta e a manutenção ambiental.

Neste sentido, a escola não pode ficar alheia a isso, pois está imersa em uma sociedade. Assim, ela precisa promover discussões que envolvam os modelos atuais, sejam econômicos, de produção, ambientais, de desenvolvimento, implementando ações que visem novos paradigmas, buscando o equilíbrio entre produção e respeito ao ambiente. Essas pequenas mudanças introduzidas em ambiente escolar, vão sensibilizando as famílias no sentido de melhorar a relação dos seres humanos com o seu entorno, já que não se constituem em partes isoladas, mas integradas ao todo.

O e aproveitamento de materiais, a redução de lixo e perdas pelo subaproveitamento, além de serem economicamente viáveis, são ambientalmente positivos e possíveis.

Aliado a isso, o conhecimento na utilização consciente do ambiente, pode atuar de maneira preventiva na saúde das famílias, tendo a escola uma função importante neste sentido. As pesquisas devem ser incentivadas desde os primeiros anos da vida escolar, pois dessa forma, teremos mais condições de implementarmos ações ambientalmente mais assertivas.

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EPM Renascer

MELIPONÁRIO ESCOLA PADRE JOSÉ DE ANCHIETA: DISPERSANDO SEMENTES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

EMEB Padre José de Anchieta - São Miguel do Oeste/SC

Relatores: Ademar Graeff e Tais Cristina Zanatta Lermen

A relação estabelecida pelo homem com o ambiente tem sido comprometida, especialmente pelo fato de o ser humano o explorar além da sua capacidade de recomposição. O que observamos é a conversão de áreas de vegetação natural para a implementação e ampliação de áreas agrícolas e o uso desenfreado de agrotóxicos. Isso tem levado à supressão de áreas nativas e consequentemente a extinção de muitas espécies, dentre elas as abelhas sem ferrão (ASF). As ASF são de extrema importância para a manutenção dos ecossistemas e são exímias polinizadoras, visto a amplitude do espectro floral que forrageiam, muitas espécies sendo de interesse econômico. Além disso, os subprodutos das abelhas também são de interesse econômico, como mel, própolis e a cera, compostos estes que também apresentam propriedades medicinais amplamente reconhecidas pela literatura. Dessa forma, pretende-se com o projeto desenvolver na comunidade escolar um olhar diferenciado para as abelhas sem ferrão, visto a sua importância.

O objetivo do projeto é conscientizar a comunidade escolar sobre a importância dos polinizadores para a

produção de alimentos e para a preservação ambiental, além de servir como espaço educativo. Para isso serão feitos momentos de formação com os estudantes sobre a importância e diversidade das abelhas sem ferrão. Esses momentos serão coordenados pela equipe docente, bem como por palestrantes convidados e especialistas no tema. Também serão feitas visitas (presenciais ou virtuais) a meliponicultores, com vistas a entender a dinâmica de trabalho que envolve a criação de abelhas sem ferrão. Ainda, serão desenvolvidas oficinas com os estudantes de criação de iscas para a captura, bem como a instalação das mesmas no entorno da escola, com o objetivo de criarmos o Meliponário Escola Padre José de Anchieta.

Também será desenvolvido um plano de jardinagem da escola amigáveis aos polinizadores, bem como a revitalização do Horto Medicinal da Escola. Por fim, após a implantação do meliponário, serão desenvolvidas ações de multiplicação das ideias para o entorno da comunidade escolar, além de utilizar o meliponário pelos professores de áreas afins à temática para o desenvolvimento de aulas práticas.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES: EXEMPLOS DE PERSEVERANÇA E DEDICAÇÃO

EMEF Ervino A. G. Konrad - Arroio do Tigre/RS

Relatores: Estela Maris Ecke e Marcus Sergio Neuenfeldt

Sentimos a necessidade de mostrar que o equilíbrio da natureza é essencial para a vida na Terra, que a degradação do planeta ocupa atenção local e mundial, onde a escola se engaja na busca de soluções para preservar o meio ambiente. Partimos do princípio que a Educação Ambiental é um processo longo e contínuo, e mudar isso não é algo fácil, devemos primeiro mudar nossos hábitos e atitudes, uma vez que, a mudança deve ser espontânea para que assim possa ocorrer algo diferente. Desta forma, a escola participa do Projeto Verde é Vida onde envolvemos todos que fazem parte deste educandário mantendo em ativa o Grupo Ambiental “Levando a Natureza a Sério” envolvendo os alunos na Bolsa de sementes, na Coleta de Óleo Saturado, na pesquisa Científica, Ação Conjunta, na Ação Social e no Grupo Ambiental.

Sendo assim a escola no segundo ano consecutivo destacou-se mais uma vez no Programa Bolsa de Sementes do Projeto Verde é Vida. No qual a escola conquistou pelo o 1º lugar em toda Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). Os números mostram o êxito da parceria que trouxe resultados positivos do trabalho incansável do professor

Marcus Sérgio Neuenfeldt, que no período de 1 ano coletou 115 Kg de sementes, sendo 41 espécies viáveis, equivalente a um cheque bônus no valor de R$7.204,00.

Todo esforço e dedicação são méritos de equipe que trabalha em conjunto, promovendo a preservação do Meio Ambiente, adquirindo conhecimentos socioambientais e na promoção da qualidade de vida. Ainda possibilita o engajamento das famílias nas ações de sensibilização.

A escola também foi contemplada com Prêmio Escola Destaque Verde é Vida recebendo um cheque Bônus de R$1.200,00. As atividades desenvolvidas pela escola durante o ano letivo e comprovadas no Relatório Final da Escola, contam pontos para a conquista do prêmio. Fomos agraciados com o Prêmio Escola Destaque Verde é Vida. Fomos agraciados e classificados para participar da 21ª edição da Expoagro Afubra onde nossas alunas Vitória Ecke e Laís Thumé Haas apresentaram no espaço cultural destinado a Mostra Científica, tendo como título: Ecocultivo: A horta Como uma Importante Ferramenta de Educação Ambiental e Alimentar. Além da apresentação do trabalho, as alunas vivenciaram experiências e adquiriram conhecimento sobre áreas voltadas ao meio ambiente e sustentabilidade. “Todo sucesso é fruto de um grande trabalho em equipe".

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UM CAMINHO PARA A SUSTENTABILIDADE: HORTA ESCOLAR

Arroio do Tigre/RS

Relatora: Aline Raquel Speth Rothmund

A EMEF Jacob Rech Segundo foi fundada no dia 13 de agosto de 1962 e está localizada a 5 km da sede do município de Arroio do Tigre/RS na zona rural, na localidade de Linha Rocinha. Atende atualmente, cerca de 255 alunos, desde a Educação Infantil ao 9° ano do ensino fundamental, vindos de várias localidades, sendo elas urbana e rural. A horta de nossa escola foi construída com o auxílio de pais de alunos e pessoas da comunidade, em um trabalho cooperativo e com parceria do CPM da escola.

espacial e motricidade da criança, isso porque a experiência oferece estímulo aos sentidos e mais conhecimento sobre o planeta, seu corpo, as formas de vida e seus limites.

Desde sua construção, a cada ano, os alunos se envolvem com o manuseio da terra, preparando-a para receber as mudas, plantio, cuidados e manutenção dos canteiros, até chegar ao ponto de colheita, sendo agregados ao cardápio da merenda escolar oferecida aos alunos da escola.

A iniciativa de cultivar um espaço para as plantações motiva os discentes a prestar atenção na natureza, suas diversas formas, cores, cheiros e sabores. Aprendendo a cultivar a horta, estimula o gosto pela alimentação saudável, ajudando a identificarem os alimentos que fazem bem para a saúde.

Além disso, o contato com a natureza permite um aprimoramento do esquema corporal, da percepção

PROJETO AMOROZIDADE NA ESCOLA

Relatora: Magda de Almeida

Para os Professores e Funcionários de nossa Escola um dos principais desafios encontrados hoje é a falta de respeito e a desvalorização do ambiente escolar além dos altos índices de evasão escolar. E somente com a integração da família com a escola será possível reverter o cenário atual que vivemos. Pensando nisso, vamos valorizar ainda mais o diálogo entre ambiente escolar e familiar, dando importância a tolerância, a responsabilidade, ao respeito pelas diferenças, enfatizando a diversidade cultural de nossa comunidade agrícola.

Promovendo o aprendizado das diversas áreas do conhecimento, de forma interdisciplinar promovendo o crescimento intelectual, pessoal, social e cultural dos alunos e, de forma indireta, de seus familiares e comunidade escolar. Mostrando para nossos alunos que a vida escolar é fundamental para o crescimento pessoal e profissional do indivíduo, não só daqueles que pretendem ingressar na universidade, mas, também, daqueles que irão trabalhar na agricultura para que assim não abandonem os estudos de forma precoce. Para um desenvolvimento integral do indivíduo a escola promove projetos que trabalham também a educação financeira a fim de formar um cidadão

O projeto Horta Escolar visa proporcionar possibilidades para o desenvolvimento de ações pedagógicas por permitir práticas em equipe explorando a multiplicidade das formas de compreender e aprender. Esses conhecimentos podem ser socializados na escola e transportados para a vida familiar dos educandos, por meio de estratégias de formação sistemática e continuada, como mecanismo capaz de gerar mudanças na cultura alimentar, ambiental e educacional. A importância do Projeto: “Um caminho para a sustentabilidade: horta escolar” é evidenciar que as questões de vida saudável e sustentabilidade devem ser consideradas cada vez mais urgentes pela sociedade, pois o futuro da humanidade dependem da relação estabelecida entre a natureza, o homem, o trabalho e o uso dos recursos naturais disponíveis.

Além da merenda escolar de qualidade, estamos pretendendo formar cidadãos conscientes, responsáveis e atuantes na comunidade em que vivem, e ao mesmo tempo difundindo, incentivando o trabalho voluntário, contribuindo para o fortalecimento das atividades na escola.

capaz de se organizar com relação ao dinheiro e futuramente poder ter uma independência e liberdade financeira consolidada.

Acredita-se que a possibilidade de vivenciar novas experiências seja capaz de despertar o engajamento do educando em diferentes áreas do conhecimento. As atividades visam despertar um consumo mais consciente o qual esbarra num conceito muito atual e urgente que é a sustentabilidade trabalhando com seus três pilares: o social, o ambiental e o econômico.

A escola oportuniza seus alunos a descobrirem seus talentos, oferecendo atividades para o aprimoramento de suas habilidades. Permitir que os alunos passem por situações práticas em que utilizem habilidades como visão empreendedora, iniciativa e liderança. Muito mais do que uma aula tradicional pode oferecer, é a vivência que faz o preparo das pessoas para o mundo. Seja para cumprir horários ou para alcançar metas, o comprometimento é essencial para o sucesso individual e coletivo. Alunos comprometidos se empenham mais, se esforçam mais, produzem mais e, consequentemente, aprendem muito mais.

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EMEF Balduino Thomaz Brixner. Arroio do Tigre/RS

VOLUNTARIADO EM AÇÃO

EMEB Dr. Adolpho Sebastiany

Sobradinho/RS

Relatora: Anilda Dorneles.

O presente projeto visa conscientizar o educando não só de sua responsabilidade social, ética, moral e ambiental enquanto futuro cidadão de um determinado território, mas sim que é necessário, nos dias de hoje termos mais empatia pelas necessidades do outro e termos consciência de que somos capazes de proporcionar momentos de alegria e bem-estar através de ações de cunho solidário.

Percebe-se nas relações cotidianas de nossos cidadãos, crianças e adolescentes cada vez mais atitudes voltadas para o egocentrismo. Diante desta realidade e com a consciência de que a escola possui um papel social de destaque dentro da comunidade que a cerca, e que nela ocorrem as trocas de conhecimento necessárias para o crescimento intelectual e social do aluno do aluno faz-se necessária a inserção de atividades que despertem a consciência de todos nós podemos repassar aquilo que não nos é mais útil, mas que muitas vezes falta na moradia de nosso semelhante e que tal atitude nos trará a satisfação de estarmos fazendo o bem a quem realmente necessita.

Atitudes cidadãs e responsáveis devem ser inseridas cada vez mais no cotidiano escolar, intercaladas com as habilidades imprescindíveis para a formação intelectual do

PROJETO COR E AMOR

EMEB Seomar Mainardi

Sobradinho/RS

Relatoras: Fabiana Wanzinck e Mariléia Ferraz Ceretta

Preservar o meio ambiente é fundamental para manter a saúde do planeta e de todos os seres vivos que moram nele. Baseados nisso, fomos desafiados a realizar uma atividade que nos tirasse da nossa zona de conforto e ao mesmo tempo, ser uma opção de renda familiar, uma diversificação da propriedade familiar. O projeto Diversificação Rural nas Escolas, então pesquisamos, abelha sem ferrão: uma espécie que não é agressiva e que poderíamos cultivar na horta da escola; um terço da produção de alimentos do mundo é dependente do trabalho das abelhas, que têm papel-chave para sobrevivência do ser humano, trabalho este ainda pouco difundido e conhecido.

Considerando que a maioria das propriedades rurais da nossa comunidade tem sua renda baseada somente na monocultura do fumo, pretende -se introduzir outras fontes de renda de fácil manejo e sem interferir no tempo a ser dedicado às demais atividades e de baixos investimentos. O projeto tem como objetivo: Analisar a viabilidade do desenvolvimento do projeto na escola; realizar a troca e captura de enxames; relacionar as atividades desenvolvidas em campo com as de sala de aula.

Conhecer a importante

discente, para que possamos formar pessoas que possuam não só uma formação intelectual, mas sim, capazes de perceber que precisamos ter mais empatia com o nosso semelhante que não foi afortunado tanto quanto nós, mas que também possui o direito de ter o mínimo de qualidade de vida para assim restaurar a sua dignidade e autoestima.

O presente Projeto vai ocorrer de forma interdisciplinar com os membros da Comunidade Escolar (pais, monitores, professores, funcionárias, Equipe diretiva e discentes) da Escola Dr. Adolpho Sebastiany de Sobradinho/RS, sobre o Tema: Solidariedade e voluntariado: família, Escola e comunidade juntos.

Para realização do mesmo serão inseridas atividades que contemplem as ações do projeto, tais como: Oficinas de aprendizagem de customização de roupas a fim de torná-las produtos com um destaque diferenciado; Participação em campanhas educativas, Projetos e Palestras que possam aumentar a autoestima dos discentes e familiares. As atividades buscam sempre a transformação do envolvido no processo produtivo e educativo, tornando-o mais conscientes de sua responsabilidade enquanto futuros cidadão de um determinado espaço.

função das abelhas sem ferrão para a preservação ambiental, o manejo, criação e alimentação, estas práticas podem evitar o êxodo rural, onde muitas famílias se veem obrigadas a abandonar sua moradia, suas histórias e o desejo de continuar os sonhos de seus pais.

Desenvolvemos nosso projeto com as seguintes etapas: Análise e discussão da proposta entre o grupo de professores que farão parte das atividades; Apresentação das propostas para a turma do 8º ano; Saída de campo para uma visita técnica a uma propriedade modelo; Realização de pesquisas científicas; Saídas de campo para captura de enxames e troca de caixas; Observação e acompanhamento do desenvolvimento dos enxames. Coleta e mudança de abelhas de troncos de árvores para as caixas; Alimentação e manutenção das abelhas; Pesquisas no Laboratório de Informática para melhor compreensão da espécie. Relação do conteúdo em sala com as atividades do projeto; Relatório escrito sobre as atividades desenvolvidas; em sala de aula analisamos mapas, tentando compreender em quais regiões os diferentes tipos de abelhas mas se aclimatizar.

Pesquisou-se sobre o processo de diversificação rural e os possíveis lucros ao adotar esse sistema, realizamos trabalho de pesquisas.

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É PRECISO ANTES DE TUDO CONHECER, NOSSA HISTÓRIA, NOSSAS CULTURAS, NOSSA GENTE, NOSSA COMUNIDADE

EMEF Henrique Francisquet - Tunas/RS

Relatores: Fabiano Rangel Wendler e Nadiane Cristina Demichei Kiraly

É preciso antes de tudo conhecer, nossa história, nossas culturas, nossa gente, nossa comunidade. Dessa forma a Escola Municipal de Educação Básica Henrique Francisquet no município de Tunas, RS desenvolve um projeto que busca ampliar o conhecimento sócio-histórico cultural e ambiental de nossos educandos, além de propiciá-los novos instrumentos de aperfeiçoamentos de leitura, escrita, compreensão, pensamento crítico enfim contribuindo direta e indiretamente por uma melhor aprendizagem. O projeto vem contemplar a formação de nossos alunos em todas as áreas do conhecimento, buscando um novo olhar sobre a comunidade onde estes estão inseridos, como seu modo de vida, seus costumes, sua cultura e tradições compreendendo temas relacionados ao turismo, religiosidade meio ambiente, patrimônio histórico municipal e a valorização do lugar onde vive, promovendo um olhar em que possam melhorar com ações diretas e indiretas, esse meio em que estão inseridos, já que nossa escola recebe alunos da cidade e todas as localidades do município. Isso faz o aluno valorizar o seu lugar e o do outro, pois se percebe

que uma grande parcela da população, tem dificuldades em sentir admiração e orgulho do município. Pois precisamos conhecer e valorizar a nossa própria história, para podermos apreciar e compreender a cultura e a história, para podermos apreciar e compreender a cultura e a história de outras pessoas, grupos ou povos.

EMEF Arlindo Back

Arroio do Meio/RS

A EMEF Prof. Arlindo Back, localizada no distrito de Forqueta, no município de Arroio do Meio, é uma instituição parceira da Afubra e através do desenvolvimento do projeto Verde é Vida, tem como objetivo, desenvolver uma educação socioambiental, voltada ao desenvolvimento sustentável das comunidades onde estão as escolas parceiras do projeto.

A partir de orientações da coordenação do projeto, a escola definiu como título do seu projeto “Conexões Sociais: reflexões e mudanças de atitudes”, tendo em vista o momento atual vivido pelas pessoas, permeado por profundas modificações, ocasionadas pelo desenvolvimento de novas características sociais, culturais e econômicas, decorrentes da expansão do capitalismo, da globalização, dos meios de comunicação e do surgimento de novas ferramentas tecnológicas.

Essas mudanças ocorridas no macro ambiente ou ambiente externo, também provocam transformações internas, ou seja, no íntimo das pessoas, que despertam reações atitudinais positivas ou negativas no campo cognitivo, afetivo e comportamental.

A partir das considerações acima, o projeto tem como

Essas atividades serão elaboradas através de relatos de familiares dos alunos onde eles irão abordar no questionário questões sobre cultura história da comunidade onde vivem elaborado por eles com orientação do professor coordenador isso será feito em forma de portfólio. Os projetos desenvolvidos no decorrer do ano letivo de 2021 na escola serão trabalhados com os alunos no turno extraclasse diversos projetos como embelezamento nos espaços físicos da escola, datas comemorativas, aulas de reforço e atendimento psicopedagógico, hora atividade com aulas diversificadas, hora do conto, cuidados com a saúde em tempos de pandemia.

CONEXÕES SOCIAIS: REFLEXÕES E MUDANÇAS DE ATITUDES

Relatores: Gilsomaro André Steiger e Sandra Cristina Kraemer Schneider

objetivo promover, através de iniciativas dos educandos, coordenados pelos educadores, ações individuais e coletivas que tenham o propósito de contribuir para melhoria da qualidade de vida das pessoas onde a instituição escolar está inserida.

Sendo assim, os educandos através de conexões sociais estabelecidas com os diferentes grupos e instituições presentes nas comunidades, percebam que através de suas atitudes possam construir um mundo social e ambientalmente melhor.

As ações do projeto serão coordenadas pelo professor responsável e pela equipe diretiva e desenvolvidas pelos professores da escola juntamente com os alunos nos diferentes espaços que compõem o território.

Quanto aos resultados do projeto, é esperado o desenvolvimento de um aluno crítico e proativo, consciente social e ambientalmente, capaz de sentir-se um sujeito ativo e responsável na comunidade, identificando as potencialidades e fragilidades, propondo melhorias e soluções para o desenvolvimento local.

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SEMENTES DE SUSTENTABILIDADE: SAÚDE EM NOSSAS MÃOS

EEEF Adolfo Mânica

Boqueirão do Leão/RS

Relatores: Júlia Tomazi e Leonardo Fernandes

No ano de 2023 a Escola Estadual de Ensino Fundamental Adolfo Mânica iniciou o ano letivo com uma questão a ser resolvida, pois o membro da comunidade que ajudava com os cuidados da horta da escola não tinha mais disponibilidade, então após pesquisa socioantropológica, diálogo e apoio da comunidade escolar, a escola decidiu iniciar um novo projeto.

Este projeto visa construir uma horta com base nas ideias de sustentabilidade, cuidado com meio ambiente e saúde. Desta forma foi iniciada, com ajuda dos alunos, a limpeza do local, preparação da terra e organização dos canteiros. Posteriormente, foram plantadas na horta, mudas de alface, repolho, couve e beterraba, que estão sendo cuidadas conforme a necessidade.

A adubação está sendo orgânica e a composteira está sendo construída com materiais que já temos no educandário. Enquanto as mudas estão se desenvolvendo, os discentes estão participando, juntamente com os professores, da escrita do projeto, realizando pesquisas e analisando dados sobre o assunto.

O desenvolvimento deste projeto contribuirá significativamente na qualidade da merenda escolar e consequentemente na saúde. Também haverá a conscientização dos envolvidos a respeito da necessidade de utilizar os recursos naturais com consciência e desenvolver o entendimento sobre o cultivo sustentável.

De acordo com a ideia proposta pelos estudantes, o projeto visa ainda implantar um sistema de irrigação, utilizando cisternas para captação da água da chuva e materiais que permitam o sistema de irrigação por gotejamento. O armazenamento de água da chuva será por meio da instalação de caixas de água, com cerca de 10 mil litros.

CONECTE-SE COM A VIDA!

EMEF Santo Antônio de Pádua

Mato Leitão/RS

Relatora: Bianca Toillier da Silva

O projeto "Conecte-se Com a Vida!" da Escola Municipal de Ensino Fundamental santo Antônio de Pádua busca desenvolver a reflexão sobre o que precisamos para termos uma vida melhor e o que realmente importa na vida. Andamos todos muito conectados ao mundo digital e por muitas vezes deixamos a vida passar sem realmente conviver com a família e amigos. Viver em paz é a nossa natureza. Mas, muitas vezes, é difícil conseguir o equilíbrio necessário à qualidade de vida, quando estamos cada vez mais conectados a tudo o que acontece no mundo. Com a globalização, especialmente com a internet, mesmo os acontecimentos mais distantes acabam tendo um forte impacto na forma como vemos e vivemos nosso dia a dia. A Internet amplia o que queremos e desejamos: podemos aprender além da sala de aula, a qualquer hora, em qualquer lugar e de múltiplas formas.

Entramos com a Internet em um universo fascinante de descobertas, pessoas, acontecimentos; mas também nos sentimos confusos diante de tantas informações, redes sociais, grupos e mensagens.

Temos pouco tempo para analisar, comparar, perceber de uma forma mais profunda.

O projeto é interdisciplinar e propõe um trabalho articulado entre todos os componentes curriculares de forma que, além do já exposto, os estudantes, sendo protagonistas de seu processo de aprendizagem, possam buscar informações de clima, solo, influência da lua, melhores períodos para semeadura e plantio desenvolver pesquisas que possam permitir o seu crescimento e também do projeto de construção coletiva.

É fundamental as pessoas se desconectarem um pouco mais do mundo virtual para conseguir uma conexão segura e permanente com a sua qualidade de vida. A natureza, por sua vez, é um elemento capaz de promover a desintoxicação digital que torna a vida mais saudável.

Todos percebemos como é difícil hoje manter esse equilíbrio. Muitos passam mais tempo em comunicações digitais do que físicas, presenciais. Há uma febre por aumentar o número de amigos virtuais, que dificilmente conhecemos e com a maioria dos quais não interagimos de verdade. Há também um certo narcisismo em querer aparecer demais, em postar seguidas mensagens nas redes sociais, em querer acompanhar de perto o fluxo incessante de textos, vídeos e áudios, que se multiplicam sem parar numa corrente infindável.

Pensando nisso, busca-se o equilíbrio acerca das conexões. As formas de se conectar permeiam nossa rotina mas a forma de se conectar com a nossa subjetividade e nossa coletividade precisa muito estar reverberando com o que faz sentido na vida, afinal como seres humanos temos toda questão social e emocional que precisa estar sempre sendo alimentada para que possamos viver em harmonia conosco, com o outro e com o meio em que vivemos.

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SOMOS TODOS PEÇAS IMPORTANTES NA CONSTRUÇÃO DO TODO

EMEF Dom Pedro II

Venâncio Aires/RS

Relatoras: Sabrina Daniana da Rosa e Julia Grasiele de Jesus Ferreira

Levando em consideração a importância de despertar em nosso educando o sentimento de pertencimento ao espaço em que ocupam, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Pedro II desenvolveu, ao longo deste ano letivo, o projeto: "Somos todas peças importantes na construção do todo".

O objetivo principal será demonstrar através de ações concretas o quão nosso aluno é parte importante do processo educativo, peça indispensável e mobilizadora de toda a engrenagem. Deste modo, e através de atividades práticas, buscaremos colocar nosso aluno como um dos responsáveis por sua aprendizagem (que não se limita apenas ao conhecimento formal). Desejamos transcender o paradigma de "conteúdo" e ir muito mais além: ensinar nosso aluno a viver em sociedade. Deste modo, a escola estará atingindo seu principal objetivo: formar alunos criativos, conscientes, críticos e reflexivos, aptos para viver em grupo com valores tais quais empatia, colaboração e autoestima. A partir da consolidação dos

aprendizados básicos a respeito de como a sociedade funciona, a escola ajuda a estimular o pensamento crítico, assegurando ao estudante a capacidade de interpretar, assimilar e debater sobre os assuntos sociais, tendo como base ideias bem embasadas e fundamentadas, exterminando, desta forma, problemas atuais como fake news.

É importante lembrarmos que pertencimento é algo que se constrói, não nasce de um dia para o outro. O pertencimento é construído por vínculos afetivos, por experiências compartilhadas, por memórias e lembranças divididas, o que buscamos exercitar diariamente. Trabalhar com projetos é, deste modo, uma forma de estabelecer vínculos significativos, pois os alunos se tornam autores e construtores de um conhecimento vivo, real e extremamente pertinente.

Sabemos também que nossos estudantes usam de relações coletivas para se definirem e criar suas identidades além disso atribuem à escola o papel de ponto de encontro com os amigos, uma primeira experiência a que são expostos enquanto sociedade.

RAZÃO E EMOÇÃO. EM CONEXÃO E EQUILÍBRIO

EMEF Alfredo Scherer Venâncio Aires/RS

Relatoras: Deise Cristina Weschenfelder e Graziela Pacheco

O tema do projeto da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Scherer tem como objetivo estar em conexão com a comunidade escolar mantendo equilíbrio entre as relações que envolvem a razão e a emoção.

O projeto surgiu a partir da discussão sobre as decisões que o ser humano enfrenta diariamente tanto hoje, na vida escolar do estudante, como também na vida profissional, quando adulto. A razão é a capacidade do ser humano de conhecer, julgar e agir conforme os princípios que o norteiam. A emoção é a reação imediata a um estímulo emocional relacionado a um certo momento, gerando sensações positivas ou negativas. Partindo desses conceitos, trouxemos uma reflexão muito significativa para a nossa realidade escolar, pois diariamente vivenciamos momentos em que temos que ter equilíbrio entre a razão e a emoção para podermos administrar situações diversas e peculiares. Portanto o projeto a ser desenvolvido justifica-se pela a importância que damos quando falamos em conexão e equilíbrio em uma comunidade escolar. Fazemos parte de um grupo heterogêneo, e sabemos o quão importante e necessário mantermos equilíbrio para melhor direcionarmos nossas ações e decisões diárias.

O mesmo tem como objetivo estar em conexão com a comunidade escolar mantendo equilíbrio entre as relações que envolvem a razão e a emoção. Iniciamos os trabalhos no início do ano letivo fazendo uma reflexão com o grupo de profissionais da Escola, analisamos os conceitos em si, razão e emoção, e posteriormente conexão e equilíbrio, partindo disso, cada um analisou, pensou o conceito que o norteia e registramos em imagens físicas de cérebro e coração, e finalizamos expondo em um mural na entrada da Escola intitulado: "Você é mais razão ou emoção?".

A mesma dinâmica realizamos com os estudantes e adicionamos as imagens no mural. A Equipe Diretiva realizou um trabalho pontual em cada turma refletindo o tema. No decorrer do ano serão desenvolvidos momentos que reflitam esse tema constantemente, como: palestras, bate-papo, filmes, documentários, enfim tudo que venha a somar para um melhor desenvolvimento socioemocional visando uma melhor qualidade de vida focando nas relações humanas.

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Pesquisas

Resumos
Científicas ÍNDICE 72 Ecoturismo em Jacinto Machado EMEB José Francisco de Aguiar - Jacinto Machado/SC 74 O estudo do consumo de açúcar por adolescentes da E. M. Ernesto Hachmann EM Ernesto Hachmann - Capinzal/SC 82 Mel - nosso aliado na saúde e no desenvolvimento sustentável EM São Francisco - Luzerna/SC 82 A importância dos jogos matemáticos na educação infantil CMEF Pedro Júlio Mäler - Ituporanga/SC 84 Ora-pro-nóbis e a manutenção da saúde EMEB Albino Zanata - Jacinto Machado/SC 74 Produção de geoproduto com morango EMEF Alberto Pasqualini - Agudo/RS 75 Ora-pro-nóbis EMEF Francisco de S. Machado - Cachoeira do Sul/RS 75 Copos descartáveis x garrafinhas EM Irmã Filomena Rabelo - Treze Tílias/SC 83 O Kombucha Escola Municipal Favo de Mel - Prudentópolis/PR 83 Estourou pipoca na nossa horta! EMEF Ribeirão Matilde - Atalanta/SC 84 As águas do Rio Batalha CMEF Prof. Curt Hamm - Ituporanga/SC 85 Para onde vai o meu lixo? EM Padre Heriberto Hartmann - Vidal Ramos/SC 85 Erva mate e os benefícios que nos proporciona EM Alminda A. Andrade - Piên/PR 86 Óleo, pra que te quero? EM Marciano de Carvalho - Piên/PR 86 Suculentas ERM de Gramado - Piên/PR 87 Reduzir, reutilizar e reciclar EMEF José de Lima - Rio Negro/PR 87 Escola limpa: um ato de cidadania EMEF Olavo Bilac - Rio Pardo/RS 88 Cenoura e suas peculiaridades EMEF Cardeal Leme - Santa Cruz do Sul/RS 88 O cultivo da mandioca EMEF Emanuel - Santa Cruz do Sul/RS 89 Meliponicultura: uma alternativa viável EMEF Felipe Becker - Santa Cruz do Sul/RS 89 Bem viver EMEF Percílio Joaquim da Silveira - Candelária/RS 76 Papel semente EEEM Prof. Fábio N. dos Santos - Candelária/RS 76 Aquecimento com energia solar térmica EMEF Carlos Altermann - Paraiso do Sul/RS 77 Geração recicla: preservando o meio ambiente EMEF Alfredo Jacobsen - Camaquã/RS 78 Trilha ecológica dirigida EMEF Chequer Buchaim - Camaquã/RS 78 Olivicultura EMEF Padre Constantino - Dom Feliciano/RS 79 Responsabilidade pessoal EMEF Santa Terezinha - Dom Feliciano/RS 80 Oliveiras: cultivo e benefícios EMEF São João Batista - Dom Feliciano/RS 80 Os reflexos do meu desperdício CEM Frei Silvano - Água Doce/SC 81
sustentável de propriedades medicinais da goiaba serrana na produção de uma tintura fitoterápica e pomada cicatrizante EEB Ruth Lebarbechon - Água Doce/SC 81 Proteção do solo por meio do cultivo de cobertura EMEF Antônio Curi - Cristal/RS 79 Aqui o mosquito não tem vez: todos no combate à dengue! EEEM Prof. Fábio N. dos Santos - Candelária/RS 77
Uso

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73 Plantas medicinais nativas e exóticas da região de Sinimbu/RS EMEF N. Senhora da Glória - Sinimbu/RS 90 Revitalização e preservação das nascentes e cacimbas EMEF Willibaldo Michel - Vale do Sol/RS 91 Tempo de decomposição das embalagens e consumo EMEF Ervino A. G. Konrad - Arroio do Tigre/RS 95 O uso de plantas medicinais no combate a ansiedade EMEF Jacob Rech II - Arroio do Tigre/RS 96 Acidentes de trabalho no meio rural EMEF Felipe dos Santos - Vale do Sol/RS 91 Captação da água da chuva EMEF Guilherme Simonis - Santa Cruz do Sul/RS 90 O uso de bioinseticidas nas hortaliças EMEF São João Batista - Vale do Sol/RS 92 O mundo dos microorganismo EMEF José Bonifácio - Vera Cruz/RS 92 Escola, família e comunidade juntos EMEF Heitor Soares Ribeiro - Canguçu/RS 93 Memórias afetivas: do Bakåwe para a vida EMEF Francisco Fromming - São Lourenço do Sul/RS 93 Projeto: escola solar energia renovável EMEF Martinho Lutero - São Lourenço do Sul/RS 94 Bebida kombucha EMEB Padre José de Anchieta - São Miguel do Oeste/SC 94 Produção de sal temperado artesanal EMEB Waldemar A. Von Dentz - São Miguel do Oeste/SC 95 Inseticidas caseiros à base de eucalyptus citriodora EMEF Balduino Thomaz Brixner - Arroio do Tigre/RS 97 Ações ambientais e a ressignificação dos objetivos da escola rural EMEF João Gonçalves Vieira - Salto do Jacuí/RS 97 Compostagem: destino ecologicamente correto dos resíduos orgânicos EMEB Dr. Adolpho Sebastiany - Sobradinho/RS 98 Kombucha - uma bebida saudável EMEF Jacob Dickel - São Miguel do Oeste/SC 96 Projeto Germinando Conhecimento 2023 EMEF Euclydes Kliemann - Salto do Jacuí/RS 98 Sementes de sustentabilidade: saúde em nossas mãos EEEF Adolfo Mânica - Boqueirão do Leão/RS 100 Óleo saturado: um ato consciente transformado em sabão EEEF Adolfo Mânica - Boqueirão do Leão/RS 102 Barragem subterrânea EMEB Seomar Mainardi - Sobradinho/RS 99 Do lixo à flor EMEF Arlindo Back - Arroio do Meio/RS 99 Gentileza gera gentileza EMEF Marino da Silva Gravina - Boqueirão do Leão/RS 100 Do amor a dor EMEF Dom Pedro II - Venâncio Aires/RS 101 Protegendo nossos animais EMEF Coronel Thomaz Pereira - Venâncio Aires/RS 101
ações de 78 Grupos Ambientais realizadas nas escolas e nas comunidades Foto: Arquivo Afubra

ECOTURISMO EM JACINTO MACHADO

EMEB José Francisco de Aguiar - Jacinto Machado/SC

Pesquisadores: Kendrick Boeira Nicolete e Gabriel Marques Casemiro

Orientadora: Denise Martignago Ghellere

Jacinto Machado pertence ao território Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, localizado em Santa Catarina, com área de 287,5 km², sendo que 70% dela é coberta por Mata Atlântica, possui uma grande biodiversidade de flora e fauna, sendo parte da Reserva Biológica e da Área de Proteção Ambiental da Serra Geral.

O ecoturismo é um dos potenciais do município. Entre as vantagens do ecoturismo, podemos citar:

Conservação do meio ambiente ao sensibilizar os visitantes para a importância da preservação e valorização da biodiversidade dos recursos naturais. Educação Ambiental oferece oportunidades educativas, permitindo que os visitantes aprendam sobre geologia, ecologia, biodiversidade e cultura local. Desenvolvimento Sustentável, ao integrar o turismo de forma sustentável, os geoparques podem impulsionar o desenvolvimento econômico local. A geração de empregos e oportunidades de negócios relacionados ao turismo contribui para a sustentabilidade econômica da região, e resultando na diversificação econômica.

Promoção do Turismo Responsável, quando praticado de forma responsável, minimiza os impactos negativos no meio ambiente e nas comunidades locais. Engajamento Comunitário, o envolvimento da comunidade local no desenvolvimento e gestão do ecoturismo fortalece os laços entre turistas e residentes. Pesquisa Científica, a visita de cientistas e pesquisadores interessados nos recursos geológicos e ecológicos dos geoparques pode ser facilitada pelo ecoturismo. Monitoramento e Gestão Sustentável, o fluxo de turistas permite que os gestores do geoparque monitorem as atividades e implementem medidas de gestão sustentável. Incluídos trilhas projetadas, regulamentação de visitação e preservação de áreas sensíveis.

Preservação do Patrimônio Cultural, permite a preservação e valorização do patrimônio cultural, promovendo a compreensão e o respeito pela herança local.

EMEB Albino Zanata - Jacinto Machado/SC

Orientadora: Andreia Regina Rosa da Silva

O nome científico dessa planta é Pereskia aculeata. Deriva do latim e significa “rogai por nós”. No idioma indígena se chama Mori ou Guaipá, em tupi-guarani significa “planta que produz frutos com muitos espinhos finos”. É uma espécie da família Cactaceae, mas apresenta uma aparência bem distinta dos cactos, com folhas verdes e flores brancas vistosas. É originária da América Tropical, com distribuição contínua do México até a América do Sul, muito conhecida por ser uma PANC*, com quase todas suas partes comestíveis. É uma planta trepadeira que pode atingir 10 metros de altura, com caule fino e com ramos longos. Em seus ramos se inserem folhas pequenas, suculentas e com a presença de mucilagem. A ora-pro-nóbis é uma planta que produz frutos comestíveis em abundância, dos quais é possível obter sucos, geléias, licores e gelatos. O plantio é realizado normalmente por estacas que apresentam facilidade de enraizamento e crescimento rápido e vigoroso. A planta adapta-se a diferentes ambientes, com muito sol ou meia sombra. Deve ser plantada em solo fértil e rico em matéria orgânica. A melhor temperatura para o

O ecoturismo incentiva a valorização e respeito pela natureza. Visitantes que experimentam a beleza e a diversidade de um geoparque são mais propensos a se tornarem defensores da preservação ambiental em suas vidas cotidianas. Ao concluir esta pesquisa se constatou que o Ecoturismo é uma ótima opção o nosso município, porém precisa ser explorado para desempenhar um papel crucial na promoção da conservação, educação, desenvolvimento sustentável e preservação do patrimônio em territórios geoparques.

ORA-PRO-NÓBIS E A MANUTENÇÃO DA SAÚDE

Pesquisadoras: Carolina Rosa da Silva e Millena Santos Emerich

desenvolvimento da planta está entre 25°C e 30°C. Embora seja resistente à seca, deve receber regas frequentes para se desenvolver de forma mais saudável e rápida. A colheita das folhas pode acontecer a partir de três meses após o plantio, e podem ser consumidas cruas em chás, saladas e sucos. Devido a grande quantidade de fibras que possui, a ora-pro-nóbis ajuda na digestão e no bom funcionamento do intestino, ajuda a regular o metabolismo, porque é rica em niacina, uma vitamina que transforma os carboidratos, as proteínas e as gorduras em energia, promovendo o bom funcionamento das células e dos órgãos do corpo. Os benefícios são evidentes devido ao fato da ora-pro-nóbis ser rica em fibras, proteínas, minerais, como potássio, magnésio, zinco, cálcio e ferro, vitamina A e vitamina B3. Tem ótima ação antioxidante e fotoprotetora, protege os olhos contra os danos causados raios ultravioletas do sol e contra a luz azul emitida por computadores e celulares mantendo a saúde dos olhos. PANC são Plantas Alimentícias Não Convencionais com potencial alimentício e desenvolvimento espontâneo, porém não são consumidas em larga escala ou são utilizadas apenas em determinada região.

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PRODUÇÃO DE GEOPRODUTO COM MORANGO

EMEF Alberto Pasqualini - Agudo/RS

Pesquisadora: Ana Júlia Wittke e Janaina Mikaela Friedrich (13

Orientadora: Lisiane Weber

Agudo é um município colonizado por imigrantes alemães e é tradicional e cultural a produção do morango e a utilização desta fruta em cucas e tortas. Esta tradição está presente nas famílias das estudantes Ana Júlia Wittke e Janaina Mikaela Friedrich que são produtoras rurais e possuem o plantio de morango em suas propriedades como fonte de renda complementar. Ana Júlia e Janaina propuseram um trabalho de pesquisa com o produto morango pois fazia e faz parte da rotina delas, em suas casas, e demonstraram vontade de aprender mais sobre a produção deste cultivar, além do que sabiam sobre a plantação, a venda, a produção do morango com base na vivência no dia a dia. O objetivo geral então foi produzir bolacha de Natal, culturalmente chamada de Bundadoss, transformando-a em um geoproduto contendo em sua receita o morango in natura. As alunas enumeraram algumas ações necessárias no decorrer da pesquisa que foram: pesquisar sobre a receita das bolachas Bundadoss com as famílias, verificar as características do produto morango e suas propriedades, estudar o que é um geoproduto, analisar as possibilidades de avanço na comercialização e rentabilidade para os produtores de

morango a partir do título de geoparque Quarta Colônia, realizar os testes da receita da bolacha. Procuraram ajuda do Geovane Neu, que é presidente da Associação de Produtores de Morangos de Agudo, técnico agrícola e engenheiro agrônomo e que presta assistência técnica aos produtores de morango da comunidade através do programa Pró morango. Conversaram com a Extensionista da Emater Claudia Bernardini que trouxe a lei de criação do programa Pró morango para que as alunas pudessem entender como funciona e quais regras que regem, além de conversar sobre o processo de registro de um produto para se tornar geoproduto com as referidas exigências documentais e quais as características necessárias para comprovar o registro e posteriormente adquirir o selo. Também trocaram ideias com a empreendedora Mara Dunke sobre como é o processo burocrático para obter o selo, pois ela já possui este registro. Após muitos testes, conseguiu-se o objetivo do trabalho da pesquisa que era a produção de um geoproduto com morango. As bolachas foram comercializadas na Feira de Cores e Sabores e na Festa do Moranguinho e da Cuca em Agudo. A família de Janaína já está no processo de aquisição do selo.

ORA-PRO-NÓBIS

EMEF Francisco de S. Machado - Cachoeira do Sul/RS

Pesquisadores: Yuri Lemes Farias e Franciele de Oliveira Lacerda

Orientadora: Tamiris Sinnemann

A ora-pro-nóbis, de nome científico, Pereskia aculeata, é uma planta alimentícia não convencional (PANC) que tem um papel fundamental enquanto alimento de cura. É resistente ao stress hídrico, não é exigente em adubação e não necessita de insumos externos, o que a torna viável ao agricultor familiar e contribui para garantir a subsistência e soberania alimentar.É utilizada na alimentação tanto in natura quanto em farinhas, em bolos, doces, pães e, uma infinidade de receitas. O seu cultivo é bem simples o que possibilita sua abrangência e seu acesso a todos.

É uma erva, encontrada no Brasil, ainda pouco conhecida, que apresenta grandes propriedades, como a de curar a anemia. Possui mais ferro do que qualquer outro alimento é uma planta de fácil manejo, seu plantio é simples e ela se espalha facilmente, por ser uma trepadeira.

Seu nome popular, ora-pro-nóbis, vem da história de que os mineiros a colhiam no quintal de um padre enquanto ele rezava a missa e repetia a frase em latim “Ora pro nóbis” que significa, em português “ora pro nós”. Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região sudeste do Brasil.

Ela é uma planta de folhas verdes escuras ricas em proteínas, sabor neutro e textura macia. Altamente nutritiva, é considerada um superalimento, embora seja pouco aproveitada no Brasil. Além da alta concentração de proteínas, é fonte de vitaminas A, C e do complexo B, cálcio, fósforo e ferro. Proporciona diversos benefícios para a saúde, incluindo: ação antioxidante; fonte de cálcio, fibras e ferro; propriedades anti-inflamatórias, entre outras.

O início do trabalho foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica, para aprofundamento da temática abordada. Para tanto, foram utilizados livros, artigos e alguns sites da Internet. Após organizou-se uma pesquisa quantitativa, com coleta dados através da distribuição de questionários na comunidade escolar. Foi realizado ainda uma pesquisa experimental, com o plantio de mudas por meio de estaquia.

Foram entrevistadas vinte e nove famílias da comunidade escolar, onde verificou-se através dos questionários que a grande maioria não conhecia a planta, nem suas utilidades, benefícios e qual sua função nutricional, que poderia ser substituída pela carne devido sua alta concentração de proteínas.

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BEM VIVER

EMEF Percílio Joaquim da Silveira - Candelária/RS

Pesquisadoras: Carolina Pereira Machado e Elusa Brixner Hitz

Orientadora: Maiara Priscilla de Souza

O projeto justifica-se pela necessidade emergente de resgatar nos alunos o pensamento no coletivo, pela carência de um olhar mais sensível para as demandas da comunidade, para que se pense mais em uma aproximação das famílias e da escola. Com o projeto pretende-se que seja formada uma consciência crítica nos alunos sobre os problemas que cercam o ambiente em que estão inseridos, para que assim os próprios pensem em soluções e contribuições a fim de que haja retorno da escola na melhoria da qualidade de vida da comunidade.

Ética e Pluralidade Cultural são temas que merecem uma atenção especial, seja nas relações de todos os que convivem na escola (professores, alunos, funcionários), seja nos conteúdos das áreas e dos demais temas transversais, ou mesmo na relação da escola com o meio que nos cerca. Pois precisamos assegurar a equidade social, para termos um desenvolvimento social do indivíduo.

O Projeto Bem Viver tem como objetivo principal formar uma consciência crítica e sensível aos problemas ambientais e educacionais, bem como mostrar a importância da qualidade de vida em seus diversos

PAPEL SEMENTE

EEEM Prf. Fábio N. dos Santos - Candelária/RS

Orientadora: Josiane Pereira Paranhos

O Projeto Papel Semente teve como objetivo estimular as pessoas para a sustentabilidade através de ações práticas que promovam a reciclagem de papel e o cuidado com o meio ambiente, através do cultivo de vegetais a partir de papel semente. Problema: É possível que de um papel jogado no lixo nasça uma planta?

Justificativas: a grande quantidade de papeis descartados nas lixeiras das salas de aula, a preocupação com o Meio Ambiente devido ao grande volume de lixo acumulado na escola, a reflexão do que estaria ao nosso alcance para diminuir o impacto da ação humana no ambiente e a possibilidade de produzir papeis artesanais a partir da reciclagem, inovando o trabalho através da realização de papel semente. Metodologia: confecção de lixeiras para colocar nas salas de aula; pesquisa sobre o conhecimento de papel semente; recolhimento nas salas duas vezes por semana; realização de pesquisas na internet como produzir papel reciclado e fazer papel semente; busca de informações das sementes a serem utilizadas; Início da Produção: rasgar papeis e deixar de um dia para outro na água para amolecer (polpa), no dia seguinte bater a polpa no liquidificador

aspectos, começando pelo desenvolvimento das relações, tão importantes para a escola, uma vez que colaboradores, alunos, pais, demais envolvidos, e também o público externo, precisam sentir-se parte do todo, responsáveis por essa interligação com o meio ambiente e com a própria vida. Pois visamos trazer para o dia a dia escolar a reflexão sobre a conduta humana. Tendo como comprometimento a aprendizagem, engajando toda a comunidade escolar em prol de uma educação de qualidade para efetivação de uma sociedade mais justa e igualitária.

O Bem Viver, além de perceber os problemas que enfrentamos no dia a dia em nossa comunidade escolar e na sociedade em si, queremos que os alunos se tornem protagonistas das suas ações, interagindo, argumentando, interferindo, assim transformando o ambiente em que vivem. Trabalhando com situações reais, participando da elaboração e organização de atividades e projetos desenvolvidos pela escola ao longo do ano, esperamos assim estar contribuindo, de forma significativa para um pleno desenvolvimento humano.

Pesquisadores: Ágatha Paola Lara e Gustavo Samuel Vollmer

para desmanchar, despejar num recipiente maior com mais água, passar a peneira ou forma dentro do recipiente e levantar devagar para que a polpa fique sobre a peneira e o excesso de água escorra, deitar o papel reciclado sobre uma folha de jornal, deixar escorrer mais, depois pegar duas partes recicladas, numa coloca-se as sementes e cobre com a outra parte formando um "sanduíche", deixar o jornal no varal até o dia seguinte e está pronto o papel semente para ser transformado em cartões, tags, etiquetas, folders etc. Testagem do problema: foi deixado o papel semente na água para amolecer, rasgado em pedaços menores e colocado na terra fofa e úmida, as espécies testadas foram alface, rúcula e flores. Para as Mostras de Trabalhos foram confeccionados cartões para entregar aos visitantes do nosso estande. Conclusão: Menos de 1% dos alunos de nossa escola tinham conhecimento sobre o papel semente. Durante o desenvolvimento do projeto o acúmulo do lixo na escola foi reduzido. Foi realizado uma sensibilização nas salas sobre o desperdício de papel. A hipótese se confirmou pois foi possível verificar que de um papel jogado no lixo, através da reciclagem foi transformado para ajudar nosso planeta a ficar mais verde.

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AQUI O MOSQUITO NÃO TEM VEZ: TODOS NO COMBATE À DENGUE!

EMEF São Paulo - Candelária/RS

Pesquisadores: Felipe Michel de Freitas e Leonardo Isaías Kopp

Orientador: Alceni Gass

O projeto “Aqui o mosquito não tem vez: Todos no combate à dengue! ”, teve como objetivo principal conscientizar os alunos e a comunidade em geral da importância do cuidado de pequenos hábitos para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue. Primeiramente os alunos fizeram uma expedição investigativa no pátio escolar, em suas residências e no entorno escolar (vizinhos e cemitério que fica em frente à escola) para investigar a existência de possíveis focos de proliferação dos mosquitos. No cemitério observou-se que a maioria das pessoas tem o cuidado para não deixar água parada. Os vasos encontrados com água foram virados com a abertura para baixo, para não acumular água parada e aqueles encontrados afixados ao túmulo foram preenchidos com terra, pois não havia areia por perto. Na escola, semanalmente, os alunos faziam um mutirão de limpeza, no qual realizavam a coleta de lixos que havia água acumulada, bem como pulverizaram com solução caseira nas flores dos canteiros com regadores confeccionados com material

reciclados. O mesmo procedimento foi aplicado na casa dos alunos, deixando pátios e jardins limpos. Na comunidade que a escola está inserida, foi realizada uma passeata e palestra, que teve como finalidade relatar e conscientizar os moradores da importância de se combater os focos de mosquito transmissor da dengue. Foram entregues folders confeccionados pelos próprios alunos, com orientações sobre essa doença. Os lixos e objetos que poderiam acumular água, encontrados durante a caminhada, também foram recolhidos. Houve palestras realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Secretaria de Educação durante a realização do projeto. Além de toda reflexão que o projeto proporcionou aos estudantes, foram realizadas oficinas aos demais alunos da escola, bem como várias outras atividades envolvendo essa temática. Para finalizar, o projeto participou da exposição na Mostra Pedagógica da Escola, onde todas as atividades desenvolvidas foram apresentadas a população que se fez presente durante o evento de Comemoração aos Cem anos de nossa escola.

AQUECIMENTO COM ENERGIA SOLAR TÉRMICA

EMEF Carlos Altermann - Paraiso do Sul/RS

Pesquisadores: Nicole Achterberg e Mathias Reips

Orientadora: Carla Hulda Pfeifer Drescher

A construção do nosso trabalho iniciou-se no ano de 2022, no qual começamos a realizar pesquisas aprofundadas sobre o assunto. Pesquisamos em livros e em sites da internet sobre a Energia Solar, a construção de placas e como estas poderiam aquecer a água. Assim, pesquisamos como o sistema de aquecimento iria funcionar e os materiais adequados para melhor funcionamento do aquecimento de água. Definidos os materiais que iríamos utilizar na construção da placa fizemos uma campanha de arrecadação de materiais recicláveis para arrecadarmos garrafas pet e caixas de leite. Então construímos um aquecedor solar com as garrafas pet, caixas de leite, mangueiras, cantoneiras e um galão de água de 20 litros. Os materiais que não foram doados pela comunidade escolar foram adquiridos pelo CPM da escola. A partir disso realizamos medidas para as caixas de leite, para as garrafas pet e também para as mangueiras. As caixas de leite foram pintadas de preto e após dobradas para o encaixe nas garrafas pet. No encaixe as garrafas pet foram encaixadas na mangueira juntamente com as caixas de leite. Após isso foi realizada a instalação para observarmos se o sistema seria eficaz. Essa instalação foi feita uma estrutura de madeira no chão próximo da

pracinha da escola, voltada para o Norte, para fixar a placa e fazer o sistema funcionar. A partir deste momento realizamos medições da temperatura da água do aquecedor e percebemos que o sistema é eficaz e chegamos a aquecer a água até 65ºC.

Ao analisarmos o sistema, percebemos que os materiais utilizados não eram muito duráveis, então neste ano decidimos reconstruir o aquecedor, desta vez utilizando materiais mais resistentes como por exemplo o cano de PVC para substituir a mangueira preta, e também percebemos que a quantidade de água utilizada na nossa escola é grande, então substituímos o galão de 20 litros por uma caixa de água de 500 litros. Para realizar a compra destes materiais que tinham um valor mais elevado, inscrevemos o projeto numa seleção de projetos da Fundação Antônio Meneghetti e conseguimos um auxílio de R$ 3.000,00 (três mil reais) para custear os materiais necessários e com este valor foram construídas e instaladas seis placas no telhado da cozinha do refeitório. O sistema foi instalado na pia e podemos afirmar que ele é autossuficiente pois aquece a água utilizada neste espaço para a limpeza da louça da merenda.

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GERAÇÃO RECICLA: PRESERVANDO O MEIO AMBIENTE

EMEF Alfredo Jacobsen - Camaquã/RS

Pesquisadoras: Lilian Bierhals Ebel e Julia Silveira Carard

Orientadora: Cleni dos Santos Ribeiro

A utilização de materiais e produção de lixo está cada dia maior, pela população, mas na medida em que o consumismo cresce, há também uma busca por alternativas que contribuem para diminuir os impactos ambientais causados no planeta, o objeto de nossa pesquisa é o alumínio, pois acredita-se que o impacto ambiental causado pelas latinhas descartadas erroneamente, contribuem para o aquecimento global, pois a extração da bauxita, minério utilizado na produção da latinha, gera gases poluentes, como o gás carbônico e os perfluorcarbonetos, além desta indagação, também pretende-se descobrir maneiras sustentáveis de reutilizar e reciclar o material em estudo. Justifica - se desta forma a realização deste projeto de pesquisa por ser um tema relacionado diretamente á questões ambientais, pois ainda hoje há pessoas indiferentes com os problemas enfrentados pelo planeta, e as atitudes das mesmas contribuem com o descarte inadequado das latinhas, com o consumismo, mas podemos reverter essa situação, reciclando e reaproveitando este material, além de conhecer tais formas de reutilizar e reciclar, outros objetivos da pesquisa é descobrir o tempo de vida útil das latinhas no ambiente e

seu impacto, e após divulgar os conhecimentos adquiridos com a pesquisa para a comunidade. Como métodos para coletar dados utilizou -se da pesquisa bibliográfica, e pesquisa etnográfica no qual analisamos dados vindos de questionários e entrevista. Realizou-se o questionário pelo Google forms, para coletar informações pertinentes à pesquisa. Foram enviados para 59 pessoas.A partir da análise dos dados foi possível verificar que todos os questionados admitem que as latinhas descartadas diretamente ao solo causam um grande prejuízo ao meio ambiente, deste 62% sabem relatar quais os possíveis danos, emitindo respostas, que poderá ser utilizada na escrita deste trabalho. Outro dado relevante foi de que muitas pessoas vendem ou mandam para o reciclado suas latinhas.Conclui-se o projeto de pesquisa “Geração recicla: preservando o meio ambiente” que é de suma importância sensibilizar a comunidade para o impacto ambiental que o planeta poderá sofrer com o descarte incorreto das latinhas de alumínio, desde a extração de minérios utilizados na fabricação, pois aumenta os gases que contribuem para o efeito estufa, até mesmo poluição de ecossistemas terrestres e aquáticos, podendo causar danos pro meio.

TRILHA ECOLÓGICA DIRIGIDA

EMEF Chequer Buchaim - Camaquã/RS

Pesquisadores: Gabriel Rodrigues Lucas e Cintia Eloisi Silva da Conceição

Orientadora: Eliana Tietz

A trilha ecológica já é uma prática adotada com nossos alunos há muitos anos, e podemos observar ao longo do tempo o quanto nossos alunos tiveram um crescimento de consciência ambiental e da importância de reduzir a sua produção de resíduos na Escola e em suas casas. Assim, temos o sonho de abrir nosso espaço Escolar para que outras crianças, das redes Municipal, Estadual e Particular, possam vivenciar essa experiência. Essa prática proporcionará a experiência e a possibilidade de adquirir conhecimento sobre a fauna e flora de uma Mata do Bioma Mata Atlântica e Bioma Pampa, através de uma trilha dirigida possibilitando ao aluno interagir com esse ecossistema e todo seu nicho ecológico, trazendo experiência prática ao cotidiano escolar, podendo ser uma ferramenta para estimular o pensamento estratégico e o raciocínio lógico entre nossas crianças, podendo contemplar todas faixas etárias, mas principalmente os anos finais do ensino fundamental. Desta forma, poderão aprender vivenciando um pouco de como funciona um ecossistema de mata nativa totalmente preservada e protegida, fazendo com que sua aprendizagem

aconteça de forma verdadeira e diferenciada, trazendo os estudantes para um ambiente novo e diferenciado, que eles, talvez, não tenham a oportunidade de conhecer no seu dia a dia. Assim o objetivo principal desta pesquisa será: promover integração das escolas municipais de Camaquã , desenvolver a educação ambiental; despertar em nossas crianças a prática ecológica de cuidado com meio ambiente a sua volta; buscar conscientizar a redução de produção de lixo em nosso dia a dia; a trilha ecológica entra como uma ferramenta de interação homem e natureza; reconhecer ao longo da trilha os nomes populares e científicos das espécies que estão catalogadas e identificadas. Nossa Escola possui hoje uma área total de 25 hectares de Mata nativa protegida, sendo que em 1996 ano de sua inauguração eram de 17 hectares, sendo assim podemos constatar o quanto nossa Escola se preocupa em proteger nossos recursos naturais por mais que seja uma Escola Agropecuária e temos toda a lida com animais e pastoreio. A Trilha é feita numa área de 12 hectares de mata localizada no interior da Escola, e onde as espécies de flora estarão catalogadas e identificadas com placas com seu nome popular e cientifico.

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PROTEÇÃO DO SOLO POR MEIO DO CULTIVO DE COBERTURA

EMEF Antônio Curi - Cristal/RS

Pesquisadores: Joaquim Seefeldt Einhardt e Kaiane da Silva Westphal

Orientadora: Célia Regina de Oliveira Ritter

O projeto de pesquisa científica do Grupo Ambiental Antônio Curi tem como tema o cultivo de plantas de cobertura como alternativa utilizada por produtores rurais para proteção do solo e a conservação do meio ambiente. Partindo do pressuposto de que as práticas de manejo do solo impactam diretamente de maneira positiva ou negativa nas produtividades das áreas cultivadas e no meio ambiente, o trabalho foi desenvolvido com o objetivo de evidenciar a importância da conservação do solo nas propriedades rurais, levando em consideração as práticas de proteção ao meio ambiente e os benefícios que esse sistema traz ao produtor rural, na busca de uma agricultura sustentável, visto que as plantas de cobertura agem como bloqueadores contra os agentes climáticos nocivos, como o impacto das gotas das chuvas, além de promoverem o enriquecimento nutricional do solo. A pesquisa se estendeu por todo o ano letivo de 2023 envolvendo atividades de pesquisa bibliográfica no laboratório de informática, pesquisa in loco em uma propriedade rural no interior de São Lourenço do Sul - RS e entrevistas com

OLIVICULTURA

EMEF Padre Constantino - Dom Feliciano/RS

o produtor Sr. Cléo Livano Waskow, o qual desenvolve um trabalho de conservação do solo utilizando o sistema de sobressemeadura, ou seja, a realização de dois cultivos durante a entressafra: o milheto (Pennisetum glaucum) como planta de cobertura de verão e, sobre sua palhada, a aveia preta (Avena strigosa) como planta de cobertura de inverno, garantindo palhada em excelente quantidade e qualidade para o posterior cultivo do tabaco, no sistema de plantio direto. Com base nas observações e discussões realizadas, concluiu-se que esse sistema de sobressemeadura protege o solo da erosão causada pelo impacto e escorrimento das chuvas, promove a supressão de ervas daninhas, a retenção da umidade no solo, a redução na amplitude térmica no solo, a redução de custos com adubação química, o aumento no teor de matéria orgânica no solo, um aumento na produtividade e proteção do meio ambiente como um todo, proporcionando uma agricultura mais sustentável.

Pesquisadoras: Myllena de Lacerda e Silva e Maysa de Oliveira Martins

Orientadora: Joice Izabel Majewski Kolesny

Olivicultura é o nome dado ao cultivo de oliveiras, uma árvore da família das oleáceas que produz azeitonas, as mesmas são usadas para fazer azeite, sendo nativas da parte oriental do mar Mediterrâneo.

Nosso país é considerado um mercado em expansão quando o assunto é azeitonas e azeites, cerca de 75% das produções da olivicultura são do Rio Grande do Sul sendo o restante de Minas Gerais, são Paulo, Santa Catarina e Paraná.

A pesquisa sobre o cultivo de oliveiras no Rio Grande do Sul é especialmente relevante devido ao potencial agrícola, às condições climáticas favoráveis dessa região, a diversificação do agronegócio, desenvolvimento econômico regional, contribui para a preservação do meio ambiente, investir no cultivo de oliveiras no Rio Grande do Sul pode levar a um cenário positivo, com a diversificação da agricultura, o fomento à economia local e a utilização sustentável dos recursos naturais.

Segundo Enio Bergoli, “A olivicultura surge como oportunidade e tem sido um importante fator de geração de emprego, fomentando renda e desenvolvimento para muitos municípios. A atividade de cultivo das oliveiras e a

recente conquista do processamento para produção de azeite, potencializa o agroturismo dessas regiões. ”

O processo de produção do azeite de oliva envolve as seguintes etapas: Colheita das Azeitonas; Trituradora e Batedora; Centrifugação; Filtragem e Decantação; Envase e Etiquetamento. Existem três tipos principais de azeite de oliva, entre eles: azeite refinado, azeite virgem e azeite extra virgem. Os benefícios da olivicultura para o meio ambiente incluem preservação do solo, a cobertura vegetal proporcionada pelas oliveiras ajuda a proteger o solo contra a erosão causada pela água e pelo vento, conservação da biodiversidade, promove a presença de polinizadores e ajuda a mitigar as emissões de gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global.

A olivicultura representa uma atividade agrícola vital que remonta a milhares de anos. Hoje em dia, a olivicultura continua a ser uma indústria importante, com benefícios econômicos e sustentáveis. A olivicultura desempenha um papel econômico e cultural importante, tanto historicamente quanto no cenário atual.

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RESPONSABILIDADE PESSOAL

EMEF Santa Terezinha - Dom Feliciano/RS

Pesquisadora: Alana Maliszewski Dombrowski

Orientador: Renato Luiz Scislewski

Atualmente, quando pensamos em responsabilidade social, é comum relacionarmos o conceito a práticas de empresas que buscam devolver para a comunidade os seus ganhos por meio de ações que beneficiam determinado grupo de pessoas ou um ambiente no qual está inserida, muitas vezes até como estratégia de marketing, porém a responsabilidade social não é, nem pode ser, só isso.

cuidar do meio ambiente é ter responsabilidade social.

A responsabilidade social tem a ver com o que cada um de nós enquanto indivíduos e pertencentes aos mais variados grupos fazemos para tornar melhor a vida de todos que estão ao nosso redor, inclusive aqueles que vão herdar da gente o planeta, nossos filhos e netos.

Podemos pensar em melhorar o mundo de muitas formas, reduzindo as causas e sintomas da pobreza, aumentando as oportunidades de trabalho, atuando em prol da educação, buscando melhores condições sanitárias em regiões que carecem de serviços dessa natureza ou mesmo o desenvolvimento de sistemas de saúde mais eficazes. Entre todas essas, o cuidado com o meio ambiente não pode jamais ser deixado de lado, pois, na verdade, se relaciona com tudo isso, com nosso bem-estar de maneira geral e nossa sobrevivência. Logo,

OLIVEIRAS: CULTIVO E BENEFÍCIOS

EMEF São João Batista - Dom Feliciano/RS

Orientador: Tiago Stelmaszczyk

Escolha do Tema: Ter uma empresa bastante premiada (Costa Doce) no Município que recebe, mostra e fornece informações sobre o cultivo e produção do azeite, fomentando o turismo rural e Inúmeros benefícios que o azeite de oliva traz para nossa saúde.

Objetivos: Compreender melhor essa prática agrícola; mostrar as inúmeras vantagens para a saúde e incentivar nossas famílias a consumirem alimentos saudáveis; O azeite de oliva extra virgem é um tipo de óleo muito saudável para o nosso corpo. Extraído da azeitona, seu consumo é feito há muitos séculos. Com sabor e aroma mais marcante que os outros tipos de azeite, ele tem acidez, demonstrada em ácido oleico, de até 1% e é rico em propriedades antioxidantes.

Segundo historiadores, o azeite já chegou a ser utilizado para aliviar dores e tratar feridas em períodos de guerra. Os mediterrâneos o chamavam de ‘ouro líquido’ pelos seus benefícios importantes para a Saúde.

Aqui no Brasil, a forma mais comum de utilizarmos o azeite é no tempero de saladas e para realçar o sabor

A emergência climática é um fato irrefutável. Infelizmente, as atividades humanas são o fator preponderante para o aumento da temperatura da Terra e os eventos extremos que temos testemunhado nos últimos anos.

E como responsabilidade social não se resume apenas à nossa sobrevivência, mas a nosso bem-estar e desenvolvimento, cuidar do meio ambiente tampouco, tendo impactos em questões que extrapolam esses tópicos. Mas para desenvolvermos essa responsabilidade social agindo no meio ambiente, precisamos investir e evoluir na educação. Os alunos são os multiplicadores das boas ideias, são eles que tem o potencial de desenvolver tecnologias limpas em favor da qualidade de vida de todo o planeta. Potencial e boa vontade temos, queremos apenas é pôr em prática.

Seja pela nossa sobrevivência, avanço tecnológico, científico e cultural ou pelo desenvolvimento econômico e uma vida mais sustentável, cuidar do ambiente trata-se de um trabalho de responsabilidade social manifestada e materializada no cotidiano do nosso Projeto!

Pesquisadores: Wellington Bica Moch e Laís Pereira Nunes

de diferentes tipos de receitas. Cultivo das Oliveiras: Existem cerca de 248 espécies; Plantio 8 x 6; Demora de 3 até 8 anos para produzir; 1 hectare = 233 pés; Um pé produz de 5 a 30 kg; Precisa de 10 kg para produzir 1l de azeite. 6 variedades: Arbequina, Koroneiki, Arbosana, Frantoio, Picual e Coratina.

Benefícios do Azeite de Oliva: Possui propriedades anti-inflamatórias, Previne doenças cardiovasculares, Reduz o colesterol, Diminui o risco de diabetes, Protege o cérebro graças à sua ação antioxidante, Melhora os sintomas da artrite, Faz bem para os ossos, Pode ser usado no combate à depressão, Previne casos de colite ulcerativa, Retarda o envelhecimento, Ameniza dores no ouvido, pois combate o excesso de cera, Pode ser usado no cabelo como hidratante natural, Ajuda na digestão e aumenta a saciedade e age como um hidratante para peles secas, melhorando a elasticidade e a vitalidade da pele. A única desvantagem é o alto custo.

Considerações finais: Grande aprendizagem sobre o tema; As informações que tivemos na empresa Olivas Costa Doce (Sr. Rodrigo); e Melhor Qualidade de Vida.

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OS REFLEXOS DO MEU DESPERDÍCIO

CEM Frei Silvano - Água Doce/SC

Pesquisadores: João Antonio Fachin e José Angenor Ribeiro

Orientadora: Salete Zarpelon Parenti

O projeto "Os Reflexos do Meu Desperdício" tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre os impactos negativos que o desperdício pode causar no meio ambiente e na sociedade como um todo. A ideia é mostrar como pequenas ações podem fazer a diferença e incentivar mudanças de comportamento que reduzam o desperdício de alimentos, água, energia e outros recursos naturais. A finalidade do projeto também busca destacar a importância da reciclagem e da reutilização de materiais, de forma a minimizar a quantidade de resíduos gerados e contribuir para a preservação do planeta. Um impacto significativo no meio ambiente e na nossa economia. Muitas vezes, nós não percebemos o quanto de comida, água, energia e recursos naturais estamos desperdiçando em nossas rotinas diárias. O desperdício de alimentos é um dos maiores problemas, já que contribui para a fome global e para as emissões de gases de efeito estufa decorrentes do seu descarte inadequado. Ao adotarmos práticas sustentáveis em nosso cotidiano, como reduzir o consumo de plástico e de energia, podemos contribuir para a preservação do meio ambiente e para a economia de recursos naturais. O projeto tem como finalidade atingir

todos os alunos da escola para que possuam o conhecimento do desperdício de alimentos, do descarte correto do lixo, do comprar com responsabilidade, planejamento e pensar no seu futuro. No decorrer do projeto foram realizas pesquisas, entrevistas, visitas e participação em palestras para demonstração da maneira correta do descarte do lixo, seco e do lixo orgânico e sobre a importância da água para nós e para o nosso planeta. Após vários estudos a maior preocupação dos alunos era o desperdício de alimento na escola, então começaram a monitorar o lanche servido. Com o monitoramento do lanche realizado através do projeto, os discentes perceberam uma diminuição considerável no desperdício de alimentos. Essas pequenas ações do dia a dia escolar podem ter um grande impacto na qualidade da educação e na experiência dos alunos e professores, e os pequenos atos podem parecer insignificantes, mas quando feitos em conjunto, podem ter um grande impacto positivo no meio ambiente, nas pessoas ao nosso redor e em nossa própria vida. Além disso, o fato de fazermos essas ações diariamente pode nos ajudar a desenvolver hábitos mais saudáveis e sustentáveis, o que pode levar a uma vida mais feliz e satisfatória.

USO SUSTENTÁVEL DE PROPRIEDADES MEDICINAIS DA GOIABA SERRANA NA PRODUÇÃO DE UMA TINTURA FITOTERÁPICA E POMADA CICATRIZANTE

EEB Ruth Lebarbechon - Água Doce/SC

Pesquisadora: Maria Carolina Pereira Toigo e Eloise Antunes de Lima

Orientadora: Janete Aparecida Rodrigues

O objetivo do presente projeto de pesquisa é apresentar o desenvolvimento de uma proposta de tintura fitoterápica e sua respectiva pomada cicatrizante a partir de ricos compostos, visando a utilização sustentável de componentes ativos da goiaba-serrana (Acca sellowiana) na criação de uma alternativa para a diminuição de custos com medicamentos sintéticos que são usados para tratar lesões cutâneas, oferecendo assim uma melhoria na qualidade de vida humana. Expondo também o processo de extração do óleo da folha da goiabeira-serrana. Tais fármacos foram criados baseando-se no caráter medicinal e sustentável desta goiaba presente em nosso bioma de Mata Atlântica e no Pampa. O processo metodológico desta pesquisa parte do campo da observação, passando pelo processo descritivo e aprofundando-se na área experimental, sendo de natureza qualitativa, visto que procurou entender de forma mais profunda o tema abordado. A pesquisa exploratória teve como proposta inicial a aproximação com o problema ligado à questão sustentável na indústria medicinal e à desvalorização

das árvores frutíferas do nosso bioma, além de estabelecer hipótese de solução para estes empecilhos. Em sequência, a estruturação da pesquisa descritiva abordou várias informações sobre a questão estudada e propiciou uma nova perspectiva sobre a realidade desta espécie de planta já observada. Na área referente à pesquisa experimental foram desenvolvidos diversos experimentos laboratoriais, sendo feito o processo de extração do óleo da folha da goiabeira-serrana, e após, envolvendo o processo de formulação tanto da tintura fitoterápica quanto do protótipo da pomada cicatrizante, ambos derivados de técnicas sustentáveis e ingredientes naturais, além das substâncias retiradas da goiaba-serrana. Logo, o projeto proposto caracteriza-se como uma pesquisa exploratória, descritiva e explicativa, na qual observa-se a potencialidade das propriedades medicinais existentes nas folhas da goiabeira-serrana, estabelecendo ideias de novas formulações medicinais com grande aptidão.

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O ESTUDO DO CONSUMO DE AÇÚCAR POR ADOLESCENTES DA E. M. ERNESTO HACHMANN

EM Ernesto Hachmann - Capinzal/SC

Pesquisadores: João Lucas Santana e Wellington Sidinei Baldissera

Orientadora: Carmem Maletzke Markus

Os padrões de alimentação estão mudando rapidamente. As principais mudanças envolvem a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados de origem e preparações culinárias à base desses alimentos por produtos industrializados prontos para consumo. Os adolescentes constituem um grupo nutricionalmente vulnerável, considerando-se suas necessidades aumentadas, seu padrão alimentar e sua suscetibilidade às influências ambientais, a presença do imediatismo inerente à idade, em que não há percepção das consequências futuras de suas ações e escolhas. O objetivo geral do estudo foi compreender os hábitos alimentares e quais os fatores que influenciam as escolhas alimentares dos adolescentes e como essas podem causar problemas de saúde, bem como refletir sobre a influência da indústria alimentícia e da mídia sobre as escolhas alimentares. O instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário estruturado com questões fechadas onde foram investigados diversos aspectos relacionados a alimentação saudável e ao consumo de açúcar. Pode-se observar que o almoço (94,3%) e o jantar (85,7%) são feitos pela maioria dos estudantes entrevistados. Em relação ao

consumo de fastfood, 45,7% dos estudantes consomem uma vez por semana. Quanto a leitura dos rótulos dos produtos consumidos, somente 11,4% dos estudantes e suas famílias têm esse hábito construído, sendo que 25,7% não leem e 52,9% leem os rótulos às vezes. Esse fato chama a atenção pelo motivo da importância do conteúdo apresentado pelos rótulos e é por meio deles que fizemos as escolhas alimentares. Em relação ao consumo de alimentos doces, 45,7% dos estudantes afirmam ter consumido para melhorar o seu estado de humor e 45,7% frequentemente consumia mais do que pretendia. Os estudantes também afirmam que em 48,6% continuavam a consumir alimentos doces mesmo sabendo que lhes causavam problemas de saúde ou problemas psicológicos. Contudo, percebemos o quanto é importante o consumidor ter conhecimento da rotulagem dos alimentos, pois trazem informações claras sobre o produto e dessa forma tem liberdade de escolha entre consumir alimentos processados e ultraprocessados ou in natura e minimamente processados. Os resultados das escolhas alimentares saudáveis serão qualidade de vida, prevenção a doenças, além da satisfação pessoal, e assim proteger a sua saúde e de sua família.

MEL - NOSSO ALIADO NA SAÚDE E NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

EM São Francisco - Luzerna/SC

Pesquisadoras: Eduarda Grahl e Rafaela Bragagnollo Horn

Orientador: Allan Mott

Quais são os benefícios do mel? Essa produção é rentável? Quais são as vantagens da apicultura para o meio ambiente? Iniciamos o projeto de pesquisa trazendo essas perguntas. E, a partir delas buscamos conhecimento sobre esse alimento que desde os tempos mais antigos, o mel está presente na vida do homem, seja como recurso medicinal e/ou econômico. Além de substituir o uso do açúcar, devido a sua característica adoçante, também é um alimento de alta qualidade, rico em energia e com substâncias benéficas ao equilíbrio dos processos biológicos do nosso corpo, presentes em sua composição.

A apicultura, por sua vez, é a atividade econômica que consiste na criação de abelhas para a produção de mel, própolis, geleia real, pólen e cera de abelha. No entanto, para além do valor econômico, a produção de mel é um importante aliado para a preservação do meio ambiente, uma vez que é uma atividade que não causa impactos ambientais consideráveis e contribui diretamente com a conservação das espécies. As alunas pesquisadoras buscaram por meio da pesquisa incentivar a produção de mel dos pequenos produtores rurais, trazer o mel como alternativa sustentável para as famílias.

Realizamos visita a criadores de abelhas e produtores de mel no município, onde as alunas viram na prática também como funciona todo o trabalho de produção de mel. Sobre os benefícios do mel, podemos listar uma infinidade desses.

O mel tem um alto potencial antioxidante e foi demonstrado em estudos. Não só está comprovado que é capaz de estimular o sistema de defesa antioxidante nos tecidos, como também há estudos que mostram que o consumo de mel (sozinho ou em combinação com outras terapias tradicionais) aumenta a capacidade antioxidante. Muitos estudos também demonstraram a atividade anti-inflamatória do mel, que é exercida por meio de vários mecanismos, reduzindo a resposta inflamatória dos tecidos celulares diante de diferentes agentes inflamatórios e impedindo a produção de substâncias pró-inflamatórias.

Assim, descobrimos com a pesquisa que o mel é muito mais do que água e açúcar. É um produto natural, com um grande número de compostos minoritários com propriedades biológicas e funcionais interessantes. Também uma atividade que apresenta um valor baixo de investimento e que dos resultados. Daí o seu grande potencial e interesse científico em suas aplicações, que seguiremos pesquisando.

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COPOS DESCARTÁVEIS X GARRAFINHAS

EM Irmã Filomena Rabelo - Treze Tílias/SC

Pesquisadores: Esther Karine Doss Carlet e Felipe Vicentini Schmohl

Orientadora: Maíra Godinho Cazarin Neves

Objetivo: A substituição de copos plásticos descartáveis por garrafas plásticas duráveis de uso individual, tem como principal objetivo a preservação ambiental e redução da produção de lixo, sendo os copos descartáveis uma grande parcela dos resíduos gerados nas escolas.

Justificativa: A maioria dos resíduos encontrados nos oceanos provém do plástico, material que leva centenas de anos para se decompor totalmente no meio ambiente. Levando em consideração os malefícios que o descarte incorreto de plástico resulta, foi colocada em prática uma ação que busca eliminar o consumo de copos descartáveis, fornecendo garrafinhas aos alunos.

Desenvolvimento: Os copos descartáveis são um grande problema ambiental pelo fato de serem feitos de plástico e levarem entre 250 e 400 anos em média para se decompor na natureza. Ou seja, muitas gerações passarão e o copo ainda existirá. É até contraditório se pensarmos que a vida útil dos copos é tão pequena. Embora o plástico tenha um grande potencial de reciclagem, o copo descartável é o resíduo sólido urbano menos reciclado ao redor do planeta.

Copos descartáveis geram vários danos ao meio

O KOMBUCHA

Escola municipal Favo De Mel - Prudentópolis/PR

Pesquisadores: Ana Maria Sybrux e Pedro Gabriel Sybrux

Orientadora: Terezinha Mazur

Fermentar alimentos é uma excelente forma de preservá-los e ainda consumir probióticos (bactérias boas) que reforçam o sistema imunológico, melhoram o funcionamento intestinal e a absorção de nutrientes. A qualidade da fermentação depende justamente da ação de bactérias ácido-láticas. Protegem contra doenças cardiovasculares e previnem diabetes. Fortalecem a estrutura óssea; reduzem o colesterol; melhoram o funcionamento metabólico; melhoram da digestão; regulam o funcionamento do intestino; Ação anti-inflamatória, entre outros.

No dia 4 de agosto de 2023 os alunos do grupo ambiental da Escola Municipal Favo de Mel se reuniram no contra turno de suas atividades escolares para a execução da pesquisa que envolve fermentação natural de pães e kombucha. O kombucha é uma bebida fermentada feita a partir de chás, como o chá preto ou chá verde, adoçados, contendo uma cultura de leveduras e bactérias, conhecidas como SCOBY, que equilibram a flora intestinal, ajudando a fortalecer o sistema imunológico e melhorar o funcionamento do intestino. Previne o câncer.

O kombucha é rico em compostos antioxidantes, como as catequinas, que possuem grande capacidade de eliminar os radicais livres que provocam alterações no

ambiente, sendo alguns deles a poluição dos Oceanos, pois são frequentemente jogados fora em praias e rios; emissão de CO₂, contribuindo para o aquecimento global; e a abundância de resíduos, que, no Brasil, são consumidos cerca de 720 milhões de copos descartáveis por dia, o que corresponde a 1500 toneladas de resíduos diariamente.

A produção de um copo descartável, feito para ser utilizado uma única vez, gasta em média 10 vezes mais que a higienização de um copo reutilizável. Enquanto para produzir um único copo, as fábricas tradicionais utilizam quase 3 litros de água, para lavar um copo na pia de casa gasta-se, em média, 300ml. Por isso, nossa escola está tentando evitar o uso de copos descartáveis sempre que possível e optando por alternativas mais sustentáveis, como nossas garrafas de água, fornecidas pela prefeitura da cidade, em nossos kits escolares

Conclusão: Sendo assim, com ajuda dos cálculos propostos pela professora de educação financeira em nossa escola, concluímos que em média eram gastos 600 copos descartáveis por dia, totalizando em média 12.000 copos por mês.

corpo, auxiliando, assim, na prevenção do desenvolvimento do câncer. Protege contra doenças neurodegenerativas. Por ser rica em antioxidantes, como os polifenóis, o kombucha evita o estresse oxidativo das células cerebrais, evitando o seu envelhecimento e desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, Parkinson ou demência. Alivia doenças inflamatórias. As propriedades anti-inflamatórias da kombucha são benéficas para aliviar as dores e auxiliar no tratamento de doenças de origem inflamatória, como gota, artrite reumatoide e reumatismo. Regula o açúcar no sangue. O kombucha possui efeito sobre as enzimas relacionadas com a digestão dos carboidratos, além de ser capaz de melhorar as funções do pâncreas, ajudando a regular os níveis de açúcar no sangue logo após as refeições, podendo essa bebida ser útil para no controle da síndrome metabólica ou diabetes do tipo 2. Ajuda a melhorar o humor. O kombucha é rico em vitaminas do complexo B e probióticos, que trazem benefícios para a saúde mental, sendo eficaz para ajudar a melhorar o humor, o estresse e a ansiedade. É possível também realizar a fermentação natural de legumes e cerveja. Saúde em primeiro lugar.

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ESTOUROU PIPOCA NA NOSSA HORTA!

EMEF Ribeirão Matilde - Atalanta/SC

Pesquisadores: Cassiano Pilar e Isadora Goulart

Orientadora: Suzana Aparecida Teles

A pesquisa teve início quando os alunos do ensino fundamental I de primeiro a quinto ano como de costume, tiveram e têm uma aula ou palestra de incentivo à agricultura familiar, que acontece em média a cada 3 semanas com o engenheiro agrônomo e extensionista da Epagri o senhor Lauro, neste dia explicou que as sementes crioulas são aquelas mantidas e selecionadas ao longo de gerações, em que a avó ganhou de uma vizinha ou de um parente e agora ela e seus filhos e netos as cultivam.

Em nossa pesquisa científica buscamos conhecer a história do milho de pipoca, sua origem, história, principais produtores e consumidores e como esta tradição está ou esteve presente em nossa região. Procuramos também buscar compreender quais os motivos que levaram aos agricultores a deixar ao esquecimento o plantio de pipoca, buscamos resgatar o processo de beneficiamento ao qual o milho passa até se tornar pipoca, uma vez que em nossa cidade muitas famílias faziam esse plantio em suas propriedades rurais. Depois exploramos, através de uma pesquisa, o conhecimento das famílias dos alunos sobre o milho de pipoca.

Como passo seguinte de nosso estudo buscamos escolher um local apropriado para o plantio do milho de pipoca que ocorreu no último trimestre de 2022. O plantio foi feito na horta escolar Duas espécies foram plantadas na horta da escola em períodos diferentes o 1º plantio ocorreu em Setembro de 2022, o 2º plantio ocorreu em novembro após um período seguro de plantio para não haver casamento das espécies, este possuía uma coloração mais escura, na adubação foi utilizado adubo químico para o nascimento e depois somente adubação orgânica como: adubo da composteira da escola e esterco animal, doado por famílias, na retirada de planta invasoras foi utilizada a capinação e limpeza manual.

Nas aulas de culinária buscamos conhecer o valor nutricional da pipoca, seus benefícios em relação ao consumo, comparar uma mesma proporção de grãos estourados de duas maneiras. Procuramos conhecer e pesquisar receitas doces e salgadas, assim como suas curiosidades. Incentivamos o plantio familiar em suas propriedades através de uma pequena porção de sementes de milho de pipoca entregue a cada aluno.

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS MATEMÁTICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

CMEF Pedro Júlio Mäler - Ituporanga/SC

Pesquisador: João Emanoel e Zaira

Orientadora: Luciana Haveroth Costa

O eixo principal deste projeto fundamenta-se em discutir e destacar a importância do ensino da Matemática na primeira infância, e necessário que esse aprendizado ocorra por meio de atividades lúdicas como jogos e brincadeiras que explorem habilidades diversas, possibilitando o desenvolvimento do raciocínio logico matemático. As brincadeiras para o aprendizado devem ser dirigidas e ter finalidades, desenvolvendo, assim, capacidades importantes como a memorização, a imaginação, a noção de espaço, a percepção o lúdico e a atenção. A Matemática é fundamental na nossa vida e, se não trabalhada desde cedo de forma divertida, pode ser a causa de grande parte de repetências no futuro.

Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós como educadores, devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas, trago assim esse tema de forma lúdica com jogos,

dinâmicas, brincadeiras, músicas, histórias e dramatização que foram convenientemente planejados como ferramentas pedagógicas eficazes para a construção do conhecimento lógico matemático. E pensando em proporcionar aos alunos um aprendizado de matemática voltado para o lúdico, sendo eles os protagonistas dessa aprendizagem, é que iniciaremos o Projeto: “Jogando, Brincando e Aprendendo”, sendo assim montamos uma pescaria com peixinhos coloridos relacionando cores aos números, uma brincadeira que tem a intensão de despertar curiosidades à cerca da matemática, levando -os a um aprendizado eficaz.

De maneira bastante lúdica, através dos jogos matemáticos (pescaria matemática), músicas e brincadeiras, vamos trabalhar para a construção do aprendizado da criança e procurar desenvolver sua capacidade de pensar com os materiais presentes durante a execução do projeto, desenvolvendo situações e envolvendo a Matemática no dia a dia, propiciando o conhecimento dos números, das cores, das formas geométricas, bem como noções de espaço e formas.

Estamos sempre estimulando nossos alunos, propiciando, assim, a autoconfiança das crianças ao se depararem com problemas e desafios, usando a criatividade e explorando.

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AS ÁGUAS DO RIO BATALHA

CMEF Prof. Curt Hamm - Ituporanga/SC

Pesquisadoras: Camile Vitória Cardoso e Yasmin Coelho

Orientadora: Andresa Franco

Os rios são essenciais para compreender a evolução da humanidade. Às margens deles, civilizações se desenvolveram, utilizando suas águas para consumo próprio e para a produção agrícola.

Este projeto visa a proteção da nascente e o leito do rio que percorre a comunidade do Rio Batalha, sendo desenvolvido pelo grupo escolar do Centro Educacional Professor Curt Hamm explorando pesquisas sobre os benefícios e as formas de preservação do percurso do rio.

Assim sendo, a escola desenvolverá este projeto afim de possibilitar aos alunos, funcionários e comunidade escolar um estudo detalhado sobre a preservação das nascentes, que fornecem as águas para o rio denominado Rio Batalha, observando sua ampla utilidade e importância para a comunidade.

Ao abordar este tema pretende-se conscientizar o maior número de pessoas sobre a responsabilidade e divulgar a importância do cuidado com as águas. Visto que a poluição e contaminação da água pode trazer enfermidades tanto para pessoas, como para os animais. As águas deste rio tendem a fortalecer fontes econômicas, como irrigação que auxilia a agricultura, consumo animal e consumo humano quando em sua nascente.

PARA ONDE VAI O MEU LIXO?

EM Padre Heriberto Hartmann - Vidal Ramos/SC

Pesquisadoras: Sofia Koch Prim e Ana Beatriz Ermes

Orientadora: Guisela Backes Burg

Estudamos no 5º ano da Escola Municipal Padre Heriberto Hartmann, somos alunos (as) da prof. Guísela prof. Vanessa e Prof. Luana. Estamos desenvolvendo um projeto na disciplina de arte, ciências e matemática sobre “A ARTE DA RECICLAGEM”. E queremos iniciar lhe fazendo algumas perguntas:

O que é lixo para você? (Deixar o visitante responder) Lixo é tudo que não queremos mais e damos um fim, colocamos na lixeira para o caminhão do lixo levar embora. O lixo pode ser classificado em RESÍDUO e REJEITO. Você sabe a diferença? (Deixar visitante responder) • RESÍDUO é aquilo que não serve para você, mas para outros pode se tornar matéria-prima de um novo produto ou processo, ou seja pode ser reciclado, reaproveitado. O REJEITO é um tipo de resíduo, que foram esgotados todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem.

Você produz lixo diariamente? (Deixar o visitante responder). Todos nós produzimos muito lixo diariamente, desde a realização de nossas necessidades sanitárias, de higiene pessoal e no preparo de nossa alimentação. Produzimos lixo desde a hora que acordamos até o momento em que dormimos.

Como você cuida do lixo produzido semanalmente em sua casa? Separa de acordo com as orientações públicas? Todos nós respondemos que seguimos as orientações públicas, separamos o lixo orgânico, o lixo seco e o rejeito. E na segunda e sexta-feira colocamos o rejeito e orgânico para o caminhão

A ação humana é a principal responsável pela poluição da água. As principais fontes de poluição da água são as atividades agrícolas, atividades industriais e atividades domésticas. O que podemos melhorar em nossas ações do dia a dia em relação a questão da poluição de nascentes e cursos do rio?

Através de rodas de conversa, pesquisa e entrevista com as famílias da comunidade escolar, vista a nascente Rio Batalha, construir barreira ecológica e instalá-la próximo a escola, realizar a análise da água, idealizar formas de amenizar a poluição do rio em nossa comunidade, promover pesquisa científica com as famílias, para que através de ações conscientes haja a mudança de hábitos e atitudes.

Com o aumento da população mundial, dos avanços industriais e tecnológicos, a demanda por água só tenderá a aumentar e, se não a consumirmos de forma consciente, ela será um recurso cada vez mais escasso, o que aumentará os conflitos pelo seu acesso, assim, é preciso cuidar desse bem precioso, para que ele não falte no futuro e continue propiciando o funcionamento dos ecossistemas. Afinal, a água é um recurso finito.

Todos podem e devem ajudar a cuidar da água, para que ninguém sofra como consequência dos seus próprios atos.

levar e nas quartas feiras o lixo seco.

Você sabe para onde vai o lixo produzido em sua casa? Quando a professora nos fez esta pergunta demos várias respostas: para o lixão; para o centro de triagem; aterro sanitário.

Em nosso município não temos lixão, todo o lixo coletado vai para o centro de triagem, e lá é deparado e dado o destino correto. Analisando os dados podemos ver que a quantidade destinada ao aterro sanitário é o triplo da quantidade reciclada.

COMPARATIVO LIXO RECICLADO E DESTINADO AO ATERRO SANITÁRIO

Quantidade de lixo reciclado (Toneladas)

Quantidade de lixo destinado ao aterro sanitário (Toneladas)

Fonte: Secretaria do Meio Ambiente 24% do lixo coletado é vendido e 76% ainda precisa ser destinado ao aterro sanitário.

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31,05 27,12 40,37 28,67 34,91 162,12 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO TOTAL 11,104 14,956 6,039 7,421 11,442 50,962

ERVA MATE E OS BENEFÍCIOS QUE NOS PROPORCIONA

EM Alminda A. Andrade - Piên/PR

Pesquisadoras: Augusto José Blaskovski e Maysa Kurovski

Orientadora: Maria Aparecida Hummelgen

Escola M. Alminda A. de Andrade, situada na Avenida PR, no bairro de Trigolândia, município de Piên PR. Conta com 304 alunos e 26 colaboradores. Estamos em parceria com o Verde é Vida a vários anos.

Esse ano a pesquisa cientifica surgiu a partir de uma aula de história o Ciclo da Erva Mate. Iniciamos com a coleta de dados para saber quais famílias tem o hábito de tomar chimarrão, qual a marca da erva preferida, quanto em média cada família gasta para comprar o produto e se conhecem os benefícios que ela proporciona a saúde, pois além de ser remédio homeopático em uma roda de conversa pode aliviar o estresse e melhorar o humor.

Partiu o interesse em saber qual é a forma do cultivo, manejo e preparo. Onde foi possível descobrir que em todo o município existe apenas dois carijos criolos para o manejo da erva. Tivemos a oportunidade de conhecer um dos carijos podendo observar como os agricultores fazem a moagem. Tivemos a parceria da ervateira Ervas Tupã do município vizinho de Campo Alegre SC, que forneceu alguns vídeos onde os alunos puderam conhecer todo o processo desde a chegada da erva até a ervateira e o empacotamento do produto. Após todo conhecimento adquirido os alunos produziram uma réplica em miniatura

ÓLEO, PRA QUE TE QUERO?

EM Marciano de Carvalho - Piên/PR

da ervateira e do carijo para melhor observação e comparação da qualidade da erva mate.

Também fomos atrás das famílias que utilizam a erva mate para outros fins e as mesmas contribuíram com receitas onde introduzem a erva mate em seus alimentos como o pão da erva mate, brigadeiro, mousse, chás, sucos. Toda essa receita tem benefícios a saúde, e sob a orientação da nutricionista e da professora, os alunos fizeram a receita do pão e mousse, e na hora do lanche puderam degusta-lo. Ainda aproveitando os dados da pesquisa foi produzido um telejornal com as informações sobre o preço da erva mate e os seus benefícios. O mesmo foi apresentado em forma de teatro repassando assim para comunidade escolar todas as informações da pesquisa de forma lúdica e criativa.

E para finalizar visitaram o grupo Conviver da melhor idade, localizado no bairro de Trigolândia onde puderam aprender a preparar um bom mate, aprender mais sobre os benefícios da erva, repassar conhecimentos científicos e ouvir boas histórias, daquelas que só os avós sabem contar.

Com essa pesquisa pudemos dinamizar o ensino e contextualiza-lo conectando o currículo à realidade dos alunos.

Pesquisadoras: Ana Luiza Lesniovski e Isabelli Correia de Oliveira

Orientadora: Cleonice Aparecida Stal Kobsczinski

A população mundial cresceu de forma acelerada, as grandes cidades apresentam altos índices de crescimento. Em consequência, ocorreu um maior consumo dos recursos naturais e ao mesmo tempo, uma maior quantidade de detritos passou a ser lançada no meio ambiente. Paralelamente ao consumo excessivo e ao aumento de detritos, começou a surgir uma consciência de que a natureza tem recursos finitos e limitados e que é preciso preservá-la visando melhores condições de vida para os seres vivos e gerações futuras.

Dessa forma, o mundo atual ampliou o debate sobre as questões ambientais em todos os níveis da sociedade, em busca de alternativas para reduzir o desperdício e minimizar as consequências devastadoras como, por exemplo, as mudanças climáticas. Nesse contexto, sabemos que o óleo utilizado para fritura aparece como um resíduo gerado diariamente em nossas residências, indústrias, restaurantes, etc.

Diante dessa situação e da conversa que os educandos tiveram com o Professor Leon quando o mesmo veio visitar nossa escola, realizou-se uma análise de como poderíamos contribuir ainda mais para amenizar impactos tão prejudiciais ao meio

ambiente viu-se então, a necessidade de se ampliar a coleta de óleo saturado que já acontece na escola e que tem como fundamental parceira a empresa Afubra que recolhe o óleo coletado na escola dando a destinação correta.

A partir daí surgiu o problema da Pesquisa Cientifica: Como fazer sabão em barra caseiro aproveitando óleo de cozinha saturado? Com a pergunta por responder os educandos foram as pesquisas e com a ajuda dos familiares o que mais se destacou foi o retorno dado pelas alunas Ana Luiza e Isabelli que com o auxílio das mães encontraram uma receita de sabão caseiro comprovadamente com um bom resultado do produto. A partir de então com o auxílio de uma das colaboradoras da escola testamos a receita exposta pelas meninas que realmente funcionou. O óleo de cozinha usado pode ser reaproveitado a partir do processo de saponificação, que é de grande valia na utilização da limpeza doméstica. Pudemos perceber que o sabão feito pelas alunas está despertando cada vez mais o interesse das pessoas pois vem facilitando a vida dos discentes, melhorando muito as condições de limpeza no ambiente escolar, pois acreditamos que com isso estamos conseguimos sensibilizar toda a comunidade escolar quanto à importância da conservação ambiental.

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SUCULENTAS

ERM de Gramado - Piên/PR

Pesquisadora: Leniza Clarisse Minickovski Hollerweger

Orientadora: Maria Zenir Malinovski

No ano de 2023 a professora Maria Zenir junto com os do quarto ano deu início a pesquisa cientifica com a turma, despertando a curiosidade em nossos alunos sobre o cultivo das suculentas. Iniciaram fazendo levantamento com a turma quem cultivava a planta em casa. Observou se que muitos das crianças realizavam o cultivo junto de suas famílias, enquanto que algumas crianças não conheciam, mas despertou a curiosidade nas mesmas.

As crianças ficaram mais curiosas ainda ao ver todas as mudas plantadas. Resolveram então fazer a campanha com a escola toda para arrecadar os potinhos estes recicláveis, foi comprado substrato, realizado campanha de mudas, o qual muitos colaboraram. Ao começarem a chegar as mudas, observou se grande variedade delas.

Então resolveram pôr as mãos na massa e realizar o preparo e plantio das mudas.

Todos os dias chegavam com informações sobre o clima que as plantas eram mais adeptas, os tipos de suculentas, o solo mais adequado, os cuidados com as mesmas e as curiosidades. A professora realizou um seminário na escola para os alunos apresentarem as suas descobertas.

As crianças cuidavam das plantas molhando quando necessário e foram acompanhando o desenvolvimento, foram realizando o registro de suas observações.

Para melhor conhecer depois de todas estas informações coletadas, descobriram uma família da escola estava realizando uma estufa com diversas qualidades. Este rapaz tinha inclusive algumas suculentas raras.

Muitas das mudas ele havia trocado com outros pesquisadores, outras havia comprado em outras cidades.

REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR

EMEF José de Lima - Rio Negro/PR

Orientadora: Karina F. F. De Assumpção

A Educação Ambiental é algo que deve estar presente no cotidiano dos alunos, assim como a conscientização da preservação do Meio Ambiente para a nossa vida e todos os seres vivos. Uma questão primordial para a preservação do meio ambiente é a reciclagem, pois através dela é possível tirar do meio ambiente coisas que levariam décadas para se decompor.

Com o projeto 3R’s Reduzir, Reutilizar e Reciclar (3Rs) pretende-se despertar nossa responsabilidade enquanto cidadãos responsáveis por contribuir de forma positiva com a comunidade e futuramente com nosso planeta através de práticas educativas dentro e fora do ambiente escolar. O presente projeto iniciou por meio de pesquisa bibliográfica, debates, palestras, aula de vídeo, atividades práticas na sala de aula e amostra dos trabalhos aos alunos de outras salas e à comunidade. Foi desenvolvido com 23 alunos do 5° ano da Escola Rural Municipal José de Lima, comunidade que fica localizada no interior da cidade, onde havia um local com uma quantia significativa de lixo jogada no solo. O primeiro passo foi refletir sobre como conscientizar as pessoas, então surgiu a 1ª ação que foi sair as ruas recolhendo todos os materiais reciclados e para conversar com os moradores e orientá-los sobre o mal que o lixo faz para o nosso meio ambiente e sobre a

Houve a apresentação da pesquisa cientifica, o qual foi votado os alunos que estariam apresentando na Câmera de Vereadores e concorrendo com as demais pesquisas.

As crianças plantaram muitas mudas diferenciadas e as famílias foram contribuindo. Ao chegar o dia da Mostra Pedagógica, as crianças apresentaram algumas das suas suculentas que vinham sendo cultivadas e foram colocadas à venda. Muitas famílias compraram, dinheiro este gasto com as crianças fazendo o dia do sorvete.

Pesquisadores: Gabrielly Morretes Maneira e Luciano Jaros

possibilidade que temos de REDUZIR os produtos industrializados, optando por produtos a granel, utilizando caixa de papelão para guardar as compras. A 2ª etapa foi refletir sobre o tema REUTILIZAR, assim reaproveitando as garrafas pet para criar uma horta e com o papel coletado originou-se um adubo “orgânico” no qual tivemos resultados muito positivos as plantas cresceram firmes e fortes.

A 3ª etapa do projeto nos fez refletir sobre o tema RECICLAR e após muitas pesquisas implantamos “o papel semente” ao qual foi confeccionado em sala de aula e utilizado para fazer crachá para a turma e para oferecer aos visitantes que vieram conhecer o projeto no dia da mostra científica etapa escolar e após utilizar o crachá para plantar.

Ao realizar esse trabalho percebemos um grande entusiasmo por conta dos alunos em conversar com a comunidade e em fazer o bem para o meio em que vivem, houve grande participação dos alunos nas atividades desenvolvidas tanto dentro da sala quanto fora possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de novos saberes.

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ESCOLA LIMPA: UM ATO DE CIDADANIA

EMEF Olavo Bilac - Rio Pardo/RS

Pesquisadoras: Larissa Santos e Raunan de Linhares

Orientadora: Marília de Barros Marques

A forma como nos relacionamos com o meio ambiente à nossa volta está diretamente ligada à qualidade de vida que temos. Observa-se no cotidiano da Escola Olavo Bilac atitudes que precisariam ser refletidas e reestruturadas, como lixo espalhados no chão das salas de aula, corredores, refeitório e banheiro da escola ocasionando um aspecto visual desagradável o que despertou interesse em estudar sobre esta temática. Com tudo, este projeto visa a necessidade de desenvolver uma análise na comunidade em geral, incluindo a comunidade escolar, professores, funcionários, alunos, pais e familiares, entre outros. Entendemos que precisamos explorar este contexto, analisando o ambiente escolar após atividades em sala de aula, no pátio da escola e nos banheiros e trazer a família e a comunidade para desenvolver este projeto juntamente, pois só assim entendemos que conseguiremos ter um maior alcance e que será mais satisfatório o resultado a curto e longo prazo.

O Projeto “Escola limpa: um ato de cidadania” tem como objetivo refletir sobre a problemática do lixo na

CENOURA E SUAS PECULIARIDADES

EMEF Cardeal Leme - Santa Cruz do Sul/RS

escola visando promover a mudança comportamental dos alunos, com a formação de novos hábitos no exercício da cidadania. Em sua metodologia, tem a preocupação de contemplar questões relacionadas ao lixo produzido na escola e a importância do trabalho colaborativo dos alunos em conservar o ambiente escolar limpo e agradável. Assim, no decorrer do Projeto, espera-se modificar de forma significativa o modo de pensar e a postura dos alunos para a melhoria da qualidade de vida na escola, na família e na comunidade.

São objetivos deste trabalho:

Refletir sobre a problemática do lixo na escola visando promover a mudança comportamental dos alunos, com a formação de novos hábitos no exercício da cidadania;

Incentivar a prática de atitudes de conservação do ambiente limpo para uma vida saudável; Identificar os tipos de lixo que são gerados na escola; Estimular o hábito de jogar o lixo nas lixeiras; Valorizar o trabalho dos serventes da escola.

Pesquisadoras: Julia Emanuele Kelzenberg e Juliana Maitê Furtado

Orientadora: Ândrea Betina Lauschner

O tema Cenoura, durante os anos de 2022 e 2023, foi definido como proposta de pesquisa devido ao alto consumo e cultivo de Cenoura pelas famílias da região, acreditou-se que seria importante apresentar alternativas de manejo, bem como curiosidades gerais. Assim, o trabalho objetivou estudar sobre a importância do consumo de Cenoura e seus benefícios, apresentando mais da hortaliça para os alunos, e levando assim, consequentemente, para suas famílias. Para responder às questões levantadas no projeto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e levantamento de dados com os alunos da EMEF Cardeal Leme.

Com as pesquisas realizadas, concluiu-se que as Cenouras têm suas folhagens verdes que podem ser comestíveis, sua outra parte laranja que fica no subsolo. Também é comestível cru, em saladas, podem ser cozidas, em sopas e refogados. Sua raiz é do tipo tuberculosa, sem ramificação, ela pode ser curta, média ou longa, sua forma pode ser cilíndrica ou cônica e sua cor na maioria das vezes é alaranjada, mas também pode ser branca, amarela, vermelha ou roxa.

Além disso, também ficou evidente que ela se adapta

melhor no solo em temperatura média, humoso, profundo e bem drenados, que são ricos em matéria orgânica e com pH próximo à 6,0. É importante ressaltar que existem vários benefícios que a Cenoura trás para a nossa saúde, e um deles é que ajuda na visão por conta que o betacaroteno presente na Cenoura, estimula a produção de rodopsina, que é um pigmento roxo que nos ajuda a ver em situações de pouca luz, sendo assim importante para a saúde dos nossos olhos principalmente por conta do alto uso de telas, que a prejudica.

Existem muitas variedades de Cenoura, das quais escolhemos duas variedades, a redonda e a danvers, para fazer o experimento de cultivo nas propriedades, assim podemos observar e conhecer ainda mais a hortaliça, desde a sua germinação até sua colheita, e aprendendo melhor o seu manejo e no final ver qual adubação e solo ela melhor se desenvolveu, com isso ficou comprovado seu pleno desenvolvimento na nossa região. Ainda com o projeto, tivemos a oportunidade de conhecer diversas receitas de Cenoura, sendo importante para possuirmos mais maneiras de introduzi-la na nossa alimentação.

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O CULTIVO DA MANDIOCA

EMEF Emanuel - Santa Cruz do Sul/RS

Pesquisadoras: Rozelane Rathke e Helen Yasmin Lopes Dias

Orientador: Alex Luis Finkler

Por que a mandioca é encontrada em diferentes regiões do Brasil? A mandioca é planta de origem brasileira. A sua cultura é das antigas e tradicionais do Brasil. Já era cultivada pelos índios, por ocasião do descobrimento do Brasil. Hoje em dia, é explorada em todo o território brasileiro, em todos os países sul e centro-americanos e nas Antilhas. Em outras regiões do mundo de clima tropical e subtropical cultivam igualmente a mandioca, principalmente em Java, nas Filipinas, no Ceilão, na Tailândia, em grande parte da África e em Madagascar.

A sua cultura é das antigas e tradicionais do Brasil. Já era cultivada pelos indígenas, por ocasião do descobrimento do Brasil, fez a mandioca se espalhar por nosso território.

Tendo como objetivo principal descobrir a importância da mandioca desde sua origem até os dias atuais, passando por sua expansão e desenvolvimento pelas regiões do Brasil. Salientando a sua importância socioeconômica cultural que a cultura constitui a partir da sua existência.

Objetivos específicos a serem destacados, pesquisar variedades de mandioca; descobrir a origem; pesquisar a produção de mandioca nas regiões e estados do Brasil; estudar sobre sua toxicidade; fazer um livro de receitas; observar e mapear a área de mandioca produzida no Brasil e sua importância socioeconômica; importância da mandioca nas pequenas propriedades.

Realizamos uma pesquisa teórica, sobre a cultura da mandioca em diferentes sites e artigos para ampliarmos o conhecimento desta cultura. Além da observação prática na horta da escola.

Também confeccionamos um livro de receitas à base de mandioca. Escolhemos a receita de ‘’ Rosquinha de mandioca’’ para fazermos na escola.

Por ser uma cultura que se desenvolve nas mais diversas regiões do país e se adapta aos mais diversos tipos de solo e de fácil cultivo, sua importância socioeconômico-cultural, se destacando nos diversos subprodutos para alimentação humana e animal, se tornando um alimento energético extremamente barato para a alimentação em geral.

MELIPONICULTURA: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL

EMEF Felipe Becker - Santa Cruz do Sul/RS

Pesquisadores: Milena Watte e Alan De Melo

Orientador: Marcia Maria Rodrigues

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Felipe Becker, situada em Alto Paredão,12º distrito de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, é um ponto de luz no coração da comunidade rural de Alto Paredão. Acreditamos que a preservação do meio ambiente é uma responsabilidade que todos devemos compartilhar. Observando nossa comunidade, identificamos a necessidade de um projeto que não apenas contribua para a preservação ambiental, mas também gere renda para as famílias locais. É aqui que entra nossa iniciativa da Meliponicultura: uma Alternativa Viável.

A Meliponicultura, ou a criação de abelhas sem ferrão, é uma alternativa economicamente viável e ecologicamente correta. Requer investimentos mínimos e demanda pouco acompanhamento diário, tornando-a ideal para nossas famílias que já dependem principalmente da agricultura do tabaco. Além disso, a produção de mel e enxames oferece oportunidades adicionais de renda, alinhando-se perfeitamente aos conceitos de diversificação.

Nosso projeto visa não apenas preservar essas abelhas nativas e sua importância ecológica, mas também oferecer uma solução concreta para a diversificação das fontes de renda nas propriedades. Acreditamos que a Meliponicultura é uma alternativa vantajosa e segura,

capaz de proporcionar benefícios econômicos, ambientais e sociais para nossa comunidade.

Sensibilizar as famílias sobre a importância das abelhas sem ferrão para a polinização e a biodiversidade local, destacando os benefícios econômicos de sua criação.

Realizar pesquisas locais para identificar a espécie de abelha sem ferrão mais adequada às condições da região, levando em consideração fatores climáticos e de floração. Estudar o ciclo de vida das abelhas sem ferrão e identificar a época ideal para capturar enxames e iniciar a criação.

Pesquisar e desenvolver iscas eficazes para a captura de enxames de abelhas sem ferrão.

Identificar os possíveis predadores das abelhas sem ferrão na região e criar estratégias de proteção.

Confeccionar iscas de captura em atividades práticas, envolvendo os alunos em projetos de artesanato relacionados. Este projeto teve um impacto significativo na conscientização da comunidade escolar sobre as abelhas sem ferrão e suas implicações ambientais e econômicas. Esperamos que as informações e experiências compartilhadas ao longo deste projeto inspire mais famílias a se envolverem na preservação das abelhas.

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CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA

EMEF Guilherme Simonis - Santa Cruz do Sul/RS

Pesquisadoras: Júlia Hilbig e Manuela Hilbig

Orientadora: Karen Veber de Melo

A água é um recurso finito de vital importância para todos os seres vivos. Além de garantir a vida, a água também exerce grande relevância em vários outros setores, desde atividades agrícolas até atividades industriais, definindo valores culturais e sociais de diferentes regiões. Isso faz com que a população em geral busque alternativas para diminuir o uso de água potável, principalmente para usos menos nobres. E a utilização da água da chuva tem se tornado uma ótima alternativa principalmente para o Brasil, pois esta conta com um relevante volume de chuva anual. A escola Guilherme Simonis foi fundada no ano de 1884, é composta por 56 alunos da educação infantil (pré) e ensino fundamental (1º ao 9º), a área da escola é de 562,72 m². A escola está localizada no interior do município de Santa Cruz do Sul na localidade de Boa Vista (2º distrito). Com coordenadas geográficas: 29°36'28.7"S 52°25'36.6"W.

O projeto de captação e aproveitamento de água de chuva na escola mostra-se uma alternativa sustentável e tecnicamente viável, uma vez que já existe nas edificações as calhas e uma disponibilidade de volume de chuva durante alguns meses do ano.

A razão de ser deste projeto é construir um espaço

educador sustentável na escola e mostrar aos educandos e toda comunidade escolar a importância de aproveitar água da chuva além de promover a aprendizagem em educação ambiental.

Os benefícios trazidos ao meio ambiente, com a captação da água da chuva, visam a preservação da água na natureza e evita um possível racionamento de água. É importante que os estudantes se sensibilizem com a questão ambiental, pois é necessário criarmos um hábito, em nosso dia a dia, na maneira de pensarmos e reduzir os danos que causamos ao meio que vivemos, como: redução no consumo de água e recursos naturais em geral. Outra meta também a ser alcançada com esse projeto é o incentivo de outras ideias que visem a sustentabilidade, servindo como exemplo para uma conscientização ambiental da comunidade escolar. A tendência é que com a obtenção de bons resultados, os estudantes e suas famílias que possuam um sistema de captação de água da chuva divulguem a utilização do mesmo, consequentemente difundiram esse tipo de sistema, propiciando maior conhecimento e aumentando a utilização do reuso de água da chuva.

PLANTAS MEDICINAIS NATIVAS E EXÓTICAS DA REGIÃO DE SINIMBU/RS

EMEF N. Senhora da Glória - Sinimbu/RS

Pesquisadora: Rosalia Henn

Orientador: Marcel Luiz Pabst

O Projeto “Plantas Medicinais Nativas e Exóticas da Região de Sinimbu/RS” é uma iniciativa criada com o objetivo de familiarizar e conscientizar os estudantes do anos finais do Ensino Fundamental principalmente, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Glória acerca da flora local, no que tange à riquezas de propriedades medicinais apresentadas pelas espécies- em especial as nativas, mas também as espécies exóticas que já estão consolidadas na utilização como medicina natural pela população.

A idealização deste projeto é resultado de uma série de diálogos junto aos alunos sobre as riquezas naturais de Sinimbu e região, sejam elas a fauna, flora, recursos hídricos e mesmo geológicos. Os estudantes são convidados para saídas de campo, onde utilizam novas tecnologias para a identificação das espécies encontradas. Faz-se uso do celular para a devida documentação das plantas através de fotografias, que posteriormente são submetidas à uma ferramenta de identificação e, então, levadas à discussão no grupo para se validar ou retificar a identificação realizada pelo estudante.

Paralelamente aos estudantes são apresentados os métodos de utilização e informações sobre o cultivo

destas ervas. Os encontros do grupo ambiental ocorrem no laboratório científico da Escola, no turno inverso que os alunos estudam, e lá também é estimulado a montagem de um herbário vivo, com as principais espécies encontradas e seu posterior beneficiamento do laboratório (coleta, secagem, fabricação de tinturas, extração de óleo essencial, etc).

Após a catalogação das plantas encontradas, deseja-se reunir todas as informações consolidadas e imagens adquiridas na pesquisa, em uma publicação informativa impressa, robusta e bem ilustrada com pelo menos 50 espécies, para distribuição à comunidade em geral, a fim de que este conhecimento adquirido pelos estudantes possa ser levado e utilizado para o benefício de todos.

Ainda estima- se a possibilidade de distribuir mudas das plantas e/ou sementes para alunos, corpo docente e colaboradores da Escola, juntamente com a cartilha impressa.

O conhecimento adquirido com projetos como este, tende a aprimorar habilidades diversas que contribuem para a aprendizagem dos alunos, além de conscientizar esses estudantes. Da importância de conhecer e preservar o ambiente e as riquezas nele existentes como forma de auxílio para uma vida melhor.

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ACIDENTES DE TRABALHO NO MEIO RURAL

EMEF Felipe dos Santos - Vale do Sol/RS

Pesquisadoras: Katieli Isabel Muller e Jaqueline da Silva Orientadora: Cíntia Marisa Kern

“A prevenção de acidentes se define pelo anagrama da palavra COR: Conscientizar, opor-se ao errado e Responsabilidade”. (Thais Nunes)

Com esta frase queremos apresentar nosso estudo sobre a problemática em torno dos acidentes de trabalho, mais especificamente dos acidentes envolvendo trabalhadores rurais da nossa cidade, Vale do Sol. Este que é essencialmente agrícola com grande extensão territorial, e voltada principalmente ao cultivo de tabaco, soja e milho, além de alimentos de subsistência como: feijão, arroz, batata, mandioca e agricultura familiar.

Dada essa importância econômica e social para o nosso município, esse setor agrícola abrange grande quantidade de trabalhadores, os quais estão expostos a vários riscos de acidentes, que podem ser associados a fatores químicos (como o uso de agrotóxicos), máquinas agrícolas, ferramentas manuais, insolação, excesso de trabalho, doenças respiratórias, exposição a animais peçonhentos, entre outros fatores.

Segundo o estudo do Centro de Estudo Avançado em Economia Aplicada (Cepea), o agronegócio emprega cerca de 19 milhões de pessoas no Brasil, o que corresponde a quase 10% da população brasileira. No mundo, a produção

agropecuária do Brasil alimenta cerca de 1 bilhão de pessoas. Para gerar alimentos para essa população, são usadas inúmeras máquinas agrícolas, animais, agrotóxicos e mão de obra qualificada.

Com isso a ocorrência envolvendo acidentes de trabalho provocados pelos riscos ambientais (biológicos, físicos e químicos) e de segurança (ergonômicos e de acidentes) vem aumentando em ambientes de zona rural.

De acordo com o exposto acima, o presente projeto busca conscientizar a comunidade escolar sobre os problemas causados pelos acidentes de trabalho no meio rural, bem como alertar sobre meios de prevenção. O objetivo deste estudo foi apresentar a problemática dos acidentes no trabalho rural, buscando entender os fatores que aumentam o risco de acidentes.

EMEF Willibaldo Michel - Vale do Sol/RS

Orientador: Mauro Martim Quoos

Durante muitos anos os agricultores da região serrana de Vale do Sol obtiveram sua água de nascentes e cacimbas. Havia um cuidado especial com elas, tanto que se tornou um costume preservá-las, passando de geração a geração. Elas serviam para suprir as necessidades dos animais e humanos. Então, foi ofertado pela prefeitura municipal, água encanada, “água da rede”. Muitas famílias da zona rural da nossa região gostaram da oferta e aderiram a essa ideia. Ocorreu que ao contarem com esse recurso, diversas delas fecharam e ou desativaram suas cacimbas e nascentes. Afetado por uma seca severa nos anos de 2021 e 2022, o nosso município enfrentou problemas no abastecimento de água e muitas famílias que não contavam mais com nascentes e cacimbas se viram numa situação difícil. Como o abastecimento restou prejudicado pela falta das chuvas regulares, a prefeitura teve de diariamente, com caminhões-pipa, levar água a diversas localidades durante o dia e à noite. Com isso, as famílias tiveram de mudar suas rotinas, pois às vezes não havia água para tomar banho, cozinhar ou tratar os animais na hora em que gostariam. Assim, percebeu-se que seria muito útil à

Sendo assim, constatou-se que, embora o processo tecnológico tenha contribuído para modernização do setor, ainda há muitos trabalhadores rurais que trabalham à mercê do empregador ou por conta própria e sem nenhum amparo legal, seja por falta de informação ou por negligência. Ainda há muito que se aprender, mas um ambiente de trabalho seguro é um dos primeiros pilares para um processo produtivo eficiente.

REVITALIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DAS NASCENTES E CACIMBAS

Pesquisadores: Évelin Hilana Stumm e Willian Gustavo da Silva Quoos

comunidade escolar uma pesquisa sobre o assunto para possíveis sugestões.

Procurou-se identificar quantas famílias possuíam cacimbas e nascentes, se estavam em uso ou não e incentivá-las no sentido de preservá-las e ou revitalizá-las caso estivessem esquecidas. Além desse diagnóstico, pretendeu-se orientar a comunidade quanto às técnicas que poderiam ser utilizadas para que essa água pudesse ser usada para matar a sede dos animais e para o consumo humano. Técnicas essas que tornariam a captação higiênica e segura, as quais são simples de realizar, como a limpeza das nascentes, a colocação de tijolos e cimento para um cano, tampas bem vedadas para as cacimbas etc. Também se trabalhou o incentivo consciente da água, pois muitos a usam como se ela nunca fosse faltar. Pretendemos dar continuidade ao projeto no ano seguinte devido à relevância do assunto.

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O USO DE BIOINSETICIDAS NAS HORTALIÇAS

EMEF São João Batista - Vale do Sol/RS

Pesquisadores: Ygor Bacchi Morsch e Jordana Letícia da Silva

Orientador: Mauro Martin Quoos

Este projeto dedicou-se a enfrentar o desafio das pragas na agricultura por meio de abordagens sustentáveis, com ênfase em bioinseticidas à base de plantas. O objetivo principal foi reduzir a dependência prejudicial de produtos químicos sintéticos na agricultura, promovendo simultaneamente a preservação da biodiversidade local. A escolha por bioinseticidas naturais representou uma alternativa eficaz para diminuir os impactos das pragas em cultivos de hortaliças, proporcionando benefícios substanciais. Ao optar por soluções naturais, o projeto não apenas enfrentou os desafios práticos associados às pragas, mas também destacou a importância de preservar a diversidade biológica e a qualidade dos alimentos produzidos. A escolha de ingredientes como alho, cebola e pimenta para a preparação de caldas inseticidas revelou uma abordagem fundamentada em compostos sulfurosos, conhecidos por afastar e reduzir a população de insetos prejudiciais. Um ponto significativo foi a ênfase na calda de alho, reconhecida por sua eficácia contra pulgões e moscas brancas. Além disso, sua vantagem adicional de

O MUNDO DOS MICROORGANISMO

EMEF José Bonifácio - Vera Cruz/RS

Orientadora: Daniela dos Santos

Os fungos possuem um papel ecológico muito importante para os seres humanos e a vida no planeta terra, pois realizam a decomposição da matéria orgânica com ajuda de algumas bactérias, fundamentais no equilíbrio da natureza. Além de ajudar as plantas a obterem nutrientes, como o fósforo.Os fungos também são muito importantes na indústria alimentícia e de bebidas, na indústria farmacêutica, na produção de antibióticos como a penicilina. Os alunos do 4º ano, orientados pela professora Daniela dos Santos, realizou um estudo sobre Fungos. Inicialmente foram pegos pães frescos e industrializados e os alunos tocaram neles, deixando apenas uma fatia intocada. Alguns tocaram com as mãos por lavar, outros com álcool nas mãos, outros ainda, com as mãos lavadas com água e sabão. Por fim, decidimos esfregar uma peça em todos os nossos Chromebooks da sala de informática.

Então ensacamos os pães em sacos com fecho congelador bem selados e ficamos observando diariamente durante, 60 dias. Com esta experiência podemos observar que devido à quantidade de conservantes no pão industrializado, a proliferação de fungos só aparece depois de semanas e ou

ser economicamente acessível e facilmente produzida em ambientes domésticos ressalta a praticidade dessa abordagem.

O projeto transcendeu questões práticas, provocando uma reflexão mais ampla sobre a necessidade de adotar práticas agrícolas sustentáveis e responsáveis. Ao fazê-lo, sublinhou não apenas os benefícios para as plantas cultivadas, mas também os impactos positivos na saúde humana e no meio ambiente. A promoção da agricultura sustentável através do uso de bioinseticidas à base de plantas emerge como uma solução viável e comprometida, marcando um passo significativo em direção a sistemas agrícolas mais equilibrados. Este trabalho ofereceu uma perspectiva promissora para o futuro da produção de hortaliças, alinhando-se com a necessidade crescente de práticas agrícolas mais conscientes e sustentáveis. A integração de abordagens sustentáveis não apenas enfrenta os desafios imediatos das pragas, mas também contribui para a construção de sistemas agrícolas mais resilientes e benéficos para o meio ambiente e a sociedade como um todo.

Pesquisadores: Felipe Gabriel Schmidt e Bruna Emaueli Claas

meses, identificamos também a transformação de matéria orgânica, causada pela ação de fungos e bactérias, percebemos ainda a ação da umidade, calor e oxigênio como partes importantes do processo de decomposição e a importância de higienizar as mãos adequadamente e antes de manusear os alimentos. Após discutirmos todos esses assuntos, a professora levou a turma até a sala de ciências, onde, com o auxílio do microscópio, foi realizada a observação de fungos e bolores. Concluímos o projeto, realizando pesquisa na sala de informática, onde descobrimos que as bactérias, os vírus e alguns tipos de fungos são micro-organismos, ou seja, só podem ser vistos com a ajuda de um microscópio. Os microrganismos estão por toda a parte: no solo, na água, no ar, dentro das plantas e dos animais.

Os fungos são confundidos com as plantas porque eles não se locomovem, e alguns até se parecem com vegetais, porém, eles não produzem seu próprio alimento como as plantas fazem. A maioria dos fungos se alimenta de restos de seres vivos como folhas ou animais mortos. Os fungos são importantes para o ser humano de diversas formas. Muitos cogumelos são comestíveis, outros fungos podem ser usados na produção de alimentos como pães e na fabricação da penicilina.

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ESCOLA, FAMÍLIA E COMUNIDADE JUNTOS

EMEF Heitor Soares Ribeiro - Canguçu/RS

Pesquisadora: Débora Treichel

Orientadora: Carla Mantovani

Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Soares Ribeiro, localizado na Florida, segundo distrito do município de Canguçu, somos um educandário de educação integral desde 2018, temos turmas desde a educação infantil até o nono ano, atualmente atendemos uma clientela de 237 alunos.

temos um tema amplo "Escola, família e comunidade juntos" e partir daí temos os subtemas.

Além da distribuição do componente curricular fornecido pela BNCC temos uma carga horaria semanal diferente das demais escolas, onde a nossa carga horaria semanal é maior, onde desenvolvemos projetos com os alunos tanto na escola como na propriedade dos alunos, trabalhamos com a pedagogia da alternância. Trabalhamos com alunos na escola de terça a sexta das 8h até as 15h e na segunda os alunos desenvolvem atividades práticas na sua localidade e propriedade, incluindo muitas vezes os pais e familiares na execução destas tarefas.

No início do ano letivo ouvimos as sugestões dos alunos sobre temas que eles têm a necessidade de aprender e ampliar o seu conhecimento, pois acreditamos que quando os alunos têm a curiosidade sobre algum assunto ele acaba se dedicando mais, obtendo ideias e sugestões de ampliar o conhecimento e até mesmo ampliar as atividades desenvolvidas na sua propriedade, na escola

Neste ano letivo de 2023 tivemos vários temas abordados e estudados pelos alunos que foram: Abelhas (mel, cuidados com seu habitat, comercialização, tipos de abelhas, extinção, alimentação do mel, construção de caixas e manutenção das mesmas, transporte e locomoção das abelhas, entre outros); alimentação saudável, tecnologias do campo, a cultura alemã, evolução dos maquinários agrícolas, fases da lua na agricultura, plantio de morango e fumo, leis ambientais, turismo rural, caprinocultura, robótica, entre outros.

Entre vários assuntos pesquisados e trabalhados vou detalhar mais sobre um assunto especifico desenvolvido por dois alunos que foram atrás e construíram um conhecimento bem legal e tiveram a oportunidade de compartilhar esse assunto com seus colegas, professores, equipe diretiva e comunidade que foi sobre o gado de corte e o gado de leite. Esse assunto levou os alunos a conhecer de perto como funciona as atividades na pratica, onde visitamos propriedades, vimos questões de gasto lucro, área que precisa de ocupação, mercado, além de toda pesquisa cientifica feita pelos alunos.

MEMÓRIAS AFETIVAS: DO BAKÅWE PARA A VIDA

EMEF Francisco Fromming - São Lourenço do Sul/RS

Pesquisadoras: Gabriele Barz Klumb e Carolina Luckow Klug

Orientadora: Carla Rejane Bartz Redmer Schneid

O projeto consiste em ações que promovam a salvaguarda da memória e da história de uma pequena construção feita de pedras e tijolos, muito conhecida pela comunidade do entorno da escola, chamada na língua pomerana de “bakåwe”, ou no alemão “backofen”, “forno de assar” na tradução literal. O forno de rua foi muito utilizado pelos imigrantes alemães e pomeranos que se instalaram no interior do município de São Lourenço do Sul, desde 1858.

Na atualidade, com o surgimento acelerado de novidades tecnológicas e produtos industrializados, o uso do forno de rua está sendo substituído por outras formas de produção e consumo, muito mais “fáceis” e cada vez mais ao alcance de todos. Dessa forma, tem-se a preocupação com o desaparecimento da forma original com que eram preparados os deliciosos pães caseiros, bolachinhas de Natal, bolachinhas de polvilho, pêssego seco, os assados de carne de porco, patos e frangos entre várias outras que fazem parte da tradição culinária dos descendentes de imigrantes da região.

O forno de rua, “bakåwe”, pode ser considerado como patrimônio cultural por sua importância para os costumes e modos de viver dentro da cultura dos imigrantes alemães e pomeranos da qual são descendentes a maioria dos alunos da escola.

Patrimônio material: a edificação.

Patrimônio imaterial: saberes (receitas, modos de fazer, controle de temperatura do forno e costumes).

O objetivo é promover o reconhecimento e a salvaguarda do “Bakåwe” como um bem cultural de grande relevância para a comunidade escolar, através de ações de pesquisa e interação com a comunidade e familiares antes que seu uso desapareça completamente.

O projeto foi desenvolvido através da metodologia da Educação Patrimonial: a observação, o registro, a pesquisa e a apropriação do bem material analisado, nesse caso, o forno de rua.

Pela pesquisa buscou-se resgatar aspectos da cultura que fazem parte da História e da memória da comunidade do entorno da escola. O envolvimento através das pesquisas orais dos alunos com seus familiares proporcionou uma maior proximidade e interesse por parte dos jovens em aspectos culturais do cotidiano dos seus antepassados. Além disso, prioriza a linha metodológica da escola que tem em seu viés pedagógico a valorização da cultura de seus alunos. Sem a pesquisa e o devido registro da História e memórias do “bakåwe”, certamente seria esquecido em breve.

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PROJETO: ESCOLA SOLAR ENERGIA RENOVÁVEL

EMEF Martinho Lutero - São Lourenço do Sul/RS

Pesquisadoras: Isadora Bergmann Witte e Larissa Denzer Hartwig

Orientadora: Adriana Mailan Bandeira

A preocupação com os constantes problemas ambientais causados pela utilização de energias não renováveis, aliados ao esgotamento dessas fontes, têm despertado o interesse pela utilização de fontes alternativas, grande parte da energia que utilizamos no dia a dia é proveniente de recursos finitos, isto é, não se renovam e têm um limite de disponibilidade. Repensar nossos hábitos e as fontes de energia que utilizamos se faz necessário para minimizar os impactos socioambientais que ameaçam o planeta, contribuindo para um mundo mais sustentável. O projeto eficiência energética se faz necessário para que os estudantes possam compreender como a energia é produzida, o que é eficiência energética, e como aliar produtos e energias mais eficientes, para que reduzam os custos e energia em suas próprias residências e na escola. Para realizar o estudo e as pesquisas do projeto a turma do 5º ano analisou as contas de energia de suas residências e também a da escola, para poderem traçar estratégias para redução do consumo de energia, e adotar todas as medidas necessárias para economizar e contribuir com o meio ambiente. O projeto de eficiência energética busca não apenas reduzir o consumo de

BEBIDA KOMBUCHA

EMEB Padre José de Anchieta - São Miguel Do Oeste/SC

energia, mas também educar e capacitar os estudantes a serem agentes de mudança em prol de um futuro mais sustentável.

O presente projeto está sendo desenvolvido na turma do 5º ano. Foram realizadas pesquisas sobre as fontes de energias alternativas, que ajudam na preservação do meio ambiente, bem como o uso de energias limpas. Sendo assim, durante todo o primeiro trimestre está sendo abordado as diferentes formas de energias alternativas, como: a energia eólica, energia solar, biogás e outros. Dentre as citadas, é dado destaque a questão da energia solar, pois pretende-se fazer o uso dessa fonte de energia em nossa escola. Para realizar as tarefas do projeto, as professoras organizaram as atividades em momentos nas aulas de ciências e educação física. O projeto não apenas ofereceu uma compreensão mais profunda do ciclo da energia e do conceito de eficiência energética, mas também capacitou os estudantes a agirem como agentes de mudança.

Ao desenvolver estratégias realistas para a redução do consumo, os alunos demonstraram uma notável capacidade de pensamento crítico e criativo.

Pesquisadoras: Gabrielly Fries e Giovana Stedile Cavalheiro

Orientador: Ademar Graeff

A bebida Kombucha é probiótica e produzida à base de chás de plantas, açúcar e uma colônia de microrganismos do bem, conhecida como Scooby, que remonta a milênios antes de empórios e lojas de produtos naturais começarem a comercializá-la. Normalmente, se os processos de produção e armazenamento forem adequados, a bebida não deve apresentar teor alcoólico superior a 0,5%. Porém, alguns estudos feitos com amostras de kombucha no exterior mostraram que a bebida pode ultrapassar esse teor alcoólico.

A partir do exposto, tivemos como objetivo a divulgação de uma nova bebida pouco conhecida na nossa região, para que as pessoas optarem por ela ao invés de ingerirem refrigerantes que causam mal a nossa saúde, visto que poucas pessoas sabem conhecem essa bebida. Dos sabores testados, todos apresentaram bons resultados, porém alguns ficaram mais fortes e outros mais fracos, dependendo do tempo de fermentação. O cheiro da bebida nem sempre era atraente, porém os sabores apresentaram bom desempenho. Dessa forma, a Kombucha pode ser uma alternativa de dieta mais saudável, natural, fermentada

naturalmente e rica em probióticos, vitaminas e minerais. Nossa bebida produzida pode substituir por exemplo o refrigerante quem possui altas concentrações de sódio e açúcar, além disso a bebida que produzimos não contém conservantes. Sabemos que o consumo de sódio e açúcares em altas quantidades (especialmente pelo consumo excessivo de refrigerantes) prejudica a circulação sanguínea e contribui para a retenção de líquidos. Ainda, podemos substituir os sucos que compramos em mercados que fazem mal a nossa saúde. Inicialmente, acreditamos que a aceitação da bebida não seria grande, pois imaginávamos que a população acharia a Kombucha uma bebida estranha, porém as degustações realizadas na escola mostraram que há um interesse pelo consumo da bebida no lugar de outras industrializadas.

Por fim, a partir da experiência de produção de nossa própria Kombucha saborizada queremos futuramente testar a produção de outros sabores, ampliando a variedade de sabores e cada vez mais substituir outras bebidas industrializadas que fazem mal a nossa saúde.

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PRODUÇÃO DE SAL TEMPERADO ARTESANAL

EMEB Waldemar A. Von Dentz - São Miguel Do Oeste/SC

Pesquisadoras: Emilly Rothmann e Gabrieli Vivan

Orientadora: Roseli Gava Barp

O sal temperado é um produto alimentício que consiste na adição de especiarias e ervas aromáticas ao sal comum, proporcionando um sabor diferenciado e enriquecendo a experiência gastronômica. A popularidade desse produto tem crescido nos últimos anos devido ao aumento da demanda por alimentos mais saborosos e à procura por alternativas saudáveis para realçar o sabor dos pratos. Existem diversas vantagens na produção e utilização do sal temperado. Em primeiro lugar, a combinação de especiarias e ervas proporciona uma ampla variedade de sabores, permitindo a personalização das preparações de acordo com as preferências individuais.

Além disso, o sal temperado pode substituir o sal comum em diversas receitas, reduzindo assim a ingestão excessiva de sódio, um fator associado a problemas de saúde como hipertensão. O mercado de alimentos gourmet e produtos diferenciados tem se expandido significativamente nos últimos anos. O sal temperado possui um apelo gastronômico e pode ser utilizado tanto por cozinheiros profissionais quanto por amadores, ampliando seu público-alvo.

empreendedores no setor alimentício. O objetivo principal do projeto "Produção de Sal Temperado Artesanal" é desenvolver uma receita exclusiva de sal temperado, feito de forma artesanal, que seja saboroso, diferenciado e de alta qualidade. O projeto visa a explorar combinações únicas de ingredientes e técnicas de preparo para criar um sal temperado que se destaque no uso pelas famílias de nossos estudantes, na cozinha da escola e até mesmo na comunidade. A produção de sal temperado foi uma forma saborosa de adicionar um toque especial a nossa merenda. Ao seguir os passos básicos de preparação, criamos um condimento versátil que realça o sabor dos alimentos de maneira única.

Ademais, a produção desse produto oferece oportunidades de inovação e diferenciação para

Lembrando de armazenar o sal em um recipiente adequado como um saco plástico ou hermético e mantê-lo protegido da umidade e da luz, você garante a qualidade e a durabilidade do condimento ao longo do tempo. O uso do sal temperado é simples e versátil, podendo ser aplicado em carnes, vegetais, massas, saladas e uma variedade de pratos. Ele oferece não apenas o sabor do sal, mas também os aromas e sabores adicionais das ervas e especiarias incorporadas. A produção de sal temperado é uma oportunidade de explorar sua criatividade na cozinha.

TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DAS EMBALAGENS E CONSUMO

EMEF Ervino A. G. Konrad - Arroio do Tigre/RS

Pesquisadores: Diulio Henrique Bernardy e Kleber Juliano Souza

Orientadora: Elisonete Tavares Ebert

O tempo de decomposição das embalagens e o consumo, tendo em vista que o crescimento do lixo é o reflexo do nosso aumento de consumo. Quanto mais adquirimos mercadorias, mais embalagens que descartamos. O objetivo principal desta pesquisa cientifica é identificar o tempo de decomposição de diversas embalagens descartadas no ambiente e compará-la com nosso consumo diário. Desta forma realizou se o levantamento de dados para compreender o que é consumo, bem como o tempo de decomposição de certas embalagens. Sugestões serão apontadas de como podemos contribuir para a redução de resíduos em nosso Planeta.

O consumismo está ligado ao consumo excessivo, ou seja, à compra de serviços e produtos de modo excessivo, onde muitas vezes está inserido na chamada: “Sociedade do Consumo”, onde ocorre o consumo enorme e acelerado de bens e serviços com a intenção de gerar lucro para as empresas visando o desenvolvimento econômico, fazendo que desta maneira ocorra o consumo excessivo de produtos industrializados, que cresceu enormemente após a Revolução Industrial mudando as relações entre o ser humano e suas necessidades materiais. O aumento do lixo no Planeta é o reflexo do nosso crescimento no consumismo. Quanto mais compramos

mercadorias, mais embalagens descartamos.

Frequentemente os meios de comunicação chamam a nossa atenção para esse problema, tentando convencer a população a diminuir a produção de lixo, porém, ainda há muito a ser feito. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), para acomodar os 8 bilhões de moradores do mundo, suprir o uso de recursos e absorver o lixo gerado, seria necessário 70% de outro planeta Terra. Em nossa escola viemos tentando de certa forma contribuir para o descarte correto de embalagens a mais de 20 anos, pois realiza a gincana do lixo. Já foram retiradas do meio ambiente várias toneladas de materiais recicláveis.

Com essa pesquisa concluímos que a necessidade de repensar a produção de resíduos que produzimos é urgente, pois é muito tempo que os materiais levam para se decompor. O que mais podemos fazer para contribuir com a redução da produção de lixo no planeta? Reutilizar objetos e embalagens, com habilidade manual usando sua criatividade através da redução, reutilização e reciclando são os 3R’s mais importantes atualmente. Repense se seus hábitos de consumo pois, uma simples reflexão, pode mudar muita coisa.

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O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO COMBATE A ANSIEDADE

EMEF Jacob Rech II - Arroio do Tigre/RS

Pesquisadoras: Dafinyn Eduarda da Silva e Júlia Eduarda Bulsing

Orientadora: Lení Furlan Limberger

O trabalho de pesquisa aborda o uso de plantas medicinais no controle da ansiedade. No século XIX o uso de plantas medicinais foi totalmente esquecido devido ao aumento do avanço dos medicamentos sintéticos e da indústria farmacêutica. Uma nova etapa de estudo para as plantas medicinais inicia na década de 1980, através da medicina alternativa, como a fitoterapia e a homeopatia que utiliza exclusivamente a matéria ativa vegetal (plantas e suas partes frescas ou secas). Podemos utilizar as plantas medicinais frescas que são aquelas coletadas no momento do uso e as plantas secas que passam pelo processo da secagem para que mantenham suas propriedades por mais tempo.

Nos dias atuais o estilo de vida do ser humano faz com que a população fique exposta ao estresse, desencadeando sérios problemas, entre elas o mal do século: a ansiedade. A pessoas ansiosa desenvolve comportamentos que atrapalham a rotina, gerando prejuízos no trabalho, na vida social e profissional em geral. Diante dessa realidade, o interesse em conhecer mais as plantas medicinais no tratamento da ansiedade aumentou, pois, a utilização das mesmas são

KOMBUCHA - UMA BEBIDA SAUDÁVEL

EMEF Jacob Dickel. - Arroio do Tigre/RS

aparentemente mais seguras, de baixo risco de intoxicação, de baixo custo e produzem menos efeitos colaterais comparados com os fármacos comercializados.

A escolha do tema da pesquisa além de ser de interesse da população nos dias atuais tem diferentes objetivos para conscientizar as pessoas sobre a importância das plantas medicinais, um pouco esquecida com o aumento ao acesso a medicamentos farmacêuticos e também com o relato de muitas pessoas que sofrem de ansiedade de diferentes idades. Diante da realidade atual em que muitas pessoas sofrem de ansiedade, buscou-se na pesquisa respostas sobra a importância das plantas medicinais na prevenção de doenças.

Acreditamos que conhecer as plantas medicinais utilizadas no controle da ansiedade é muito importante e também que sofre com esse mal do século, podendo conciliar o uso de das mesmas associadas com atividades físicas, terapias, alimentação saudável, ouvir música, praticar o voluntariado e desenvolver inteligência emocional e todas essas práticas ajudam as pessoas a desfrutar de uma melhor qualidade de vida.

Pesquisadores: Allan Nilson Renato Kautzmann e Jocelei Gonçalves Pantalião

Orientadora: Daniela Cossul Nunes

O trabalho teve como intenção desenvolver hábitos sustentáveis, teve assim a ideia de pesquisar sobre a kombucha e seus benefícios, sabendo que esta bebida pode contribuir para a nossa saúde através de bactérias boas.

Visando novos hábitos alimentares, os alunos desenvolveram a pesquisa procurando conscientizar a comunidade em geral dos benefícios da kombucha, trazendo receitas inovadoras que possam ser desenvolvidas pela comunidade escolar.

O trabalho surgiu devido a curiosidade de conhecer os benefícios do Socoby, buscando uma bebida saudável e com propriedades medicinais. Teve como objetivo geral desenvolver uma kombucha a partir da fermentação de chás e posteriormente saborear a bebida com frutas regionais, conscientizando a comunidade sobre a importância e os seus benefícios.

A primeira ação realizada foi a pesquisa científica sobre o tema, onde os benefícios são a melhora da microbiota intestinal, a fortalecimento do sistema imunológico, limpeza do organismo, proteção

das células, combate bactérias, alivia inflamações e combate a queda de cabelo; a segunda foi a preparação da kombucha, seguindo os seguintes passos: colocar a água para ferver e desligar o fogo assim que ela entrar em ponto de ebulição, depois adicionar as folhas do chá e açúcar deixando em infusão por dez minutos, como o chá já frio coar e colocar a bebida em um recipiente de vidro grande e de boa largura e adicionar o Socby, o mesmo se refere a uma colônia de bactérias e leveduras responsável por promover a fermentação da kombucha; a terceira a saborização com suco de frutas regionais, existem diversos modos de deixar a kombucha com um sabor especial, variando na intensidade e dando mais opções ao consumo, alguns dos sabores mais comuns na hora de saborizar a bebida são de frutas, temperos e extratos e sucos integrais prontos.

O projeto teve uma ótima aceitação por toda a comunidade escolar, pois percebemos que todos os envolvidos se conscientizaram dos inúmeros benefícios que a kombucha pode nos trazer, sendo uma bebida versátil e de fácil preparo.

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INSETICIDAS CASEIROS À BASE DE EUCALYPTUS CITRIODORA

EMEF Balduino Thomaz Brixner - Arroio do Tigre/RS

Pesquisadores: Riquelme Eduardo Paranhos e Isadora Librelloto Mohr

Orientadora: Magda de Almeida

O presente trabalho tem como objetivo realizar pesquisa bibliográfica sobre o princípio ativo da planta Eucalipto citriodora, a qual obtemos com facilidade em nossa região, e seu uso como inseticida. Produzir e testar receitas de inseticidas caseiros com extrato de Eucalipto citriodora, de maneira a oferecer uma alternativa para substituir inseticidas industrializados tendo assim um produto natural e seguro. Estudos apontam o óleo essencial do Eucalipto citriodora como um verdadeiro pesticida natural. Em seu óleo está presente o para-mentano-3,8-diol (PMD), este ingrediente ativo é usado para fabricar produtos que são aplicados com a finalidade de repelir insetos, principalmente mosquitos.

Quando usado corretamente, não se espera que o inseticida cause danos aos seres humanos ou ao meio ambiente. Foram produzidas e testadas três receitas de inseticidas, na primeira foram utilizados um maço de folhas de Eucalipto citriodora, vinagre branco e suco de limão, os ingredientes foram aquecidos e depois de resfriados a solução foi coada e colocada em frasco borrifador. Para a segunda receita foi utilizado um maço de folhas de Eucalipto citriodora e suco de limão, os

AÇÕES AMBIENTAIS E A

ingredientes foram aquecidos e depois de resfriados foram colocados em frasco borrifador.

Para a terceira receita foi utilizado um maço de folhas de Eucalipto citriodora e álcool 96%, os ingredientes ficaram em repouso por algumas horas e depois a solução foi coada e colocada em frasco borrifador. Os extratos foram testados dentro das casas (paredes, teto e chão) onde havia a presença de insetos. Os inseticidas também foram testados em aparelhos de repelentes elétricos líquidos. Ambas as receitas demonstraram eficiência mantendo os mosquitos afastados. O presente trabalho também realizou teste da mancha no pano de algodão.

Para este teste foram borrifados os três repelentes em um pedaço de pano de algodão, depois de seco nenhuma delas apresentou mancha. Assim, as três receitas demonstraram eficiência para afugentar os insetos, sendo que a segunda e a terceira possuem aroma mais agradável. Pode-se assim, concluir que os inseticidas caseiros à base de Eucalipto citriodora são eficazes, de fácil preparo, podendo ser utilizados de diferentes formas, além de não trazer riscos à saúde humana e a animais domésticos, sendo um produto natural e sustentável sem malefícios ao meio ambiente.

RESSIGNIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS DA ESCOLA RURAL

EMEF João Gonçalves Vieira - Salto do Jacuí/RS

Pesquisadoras: Kauane Zancanaro e Yasmin dos Santos Vieira.

Orientador: Cristiano Biscubi da Silva

O Grupo "Geração Jovem" é formado por alunos do sexto e sétimo anos, que auxiliam a escola em diversas atividades, na área cultural, educacional e socioambiental. O mesmo é liderado pelo professor Cristiano Biscubi da Silva, que ministra a disciplina de Ciências na escola. Apesar de o professor ser responsável por apenas uma disciplina, com o apoio da escola conseguiu-se durante o ano realizar diversas atividades interdisciplinares. Na área cultural, foi realizado um evento de integração com outras escolas do município, EMEF Siegfried Heuser, da cidade e EMEF Euclydes Kliemann, do interior. Os alunos dos anos finais realizaram uma visita a essas escolas, onde conheceram suas dependências, realizaram um lanche coletivo e praticaram esportes no ginásio, no turno inverso. Essa atividade gerou reflexões por parte dos alunos sobre outras realidades e desmistificou muitos preconceitos com outras partes da cidade. Na área social, os alunos participaram da Festa Junina da escola, realizando apresentações culturais para a comunidade escolar.

Na área educacional, os alunos desenvolveram um jardim em frente à escola, plantando flores ao longo do passeio e realizando a sua manutenção, melhorando o aspecto paisagístico da mesma. Assim, por meio do trabalho prático e coletivo os estudantes motivaram-se a

valorizar a sua escola, deixando-a mais agradável a frequentadores e visitantes. No terreno localizado nos fundos da escola, construíram uma horta, composta por três canteiros, cercados de tijolos e cobertos por sombrite. Neles foram plantadas hortaliças como alface e rúcula, destinadas principalmente à complementação da merenda escolar. Com este trabalho, a escola recebeu o convite para participar de uma feira na cidade de Espumoso, apresentando os trabalhos realizados e tendo a oportunidade de comercializar seus produtos. Na área ambiental, os alunos realizaram a coleta, separação, limpeza e empacotamento de sementes de árvores nativas, a fim de colaborar com o programa Bolsa de Sementes.

Durante todo o processo aprenderam a reconhecer diversas espécies e puderam desenvolver uma percepção maior da importância da flora nativa para a região. Também realizaram a coleta e armazenamento de óleo saturado proveniente da escola e suas casas, o qual será destinado para o programa ambiental. A meta para o próximo ano é desenvolver novas atividades em benefício da escola.

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PROJETO GERMINANDO CONHECIMENTO 2023

EMEF Euclydes Kliemann - Salto do Jacuí/RS

Pesquisadores: Julio Cesar de Matos Ferreira e Guilherme Augusto Hermes

Orientadora: Verônica Ananda Hartmann

O grupo ambiental Germinando conhecimento, da EMEF Euclydes Kliemann, do distrito de Tabajara, interior de Salto do Jacuí, conta com alunos do 6º a 9º ano, que juntamente com as professoras de Ciências e mais o apoio de outras professoras da instituição, realizaram diversas atividades ao longo do ano de 2023. Nas atividades diretamente relacionadas ao projeto Bolsa de sementes, o grupo ambiental pesquisou, investigou, coletou, limpou, selecionou e enviou mais de 30 espécies de sementes de árvores nativas para a Afubra.

No processo foram feitas pesquisas, saídas a campo, no interior e na cidade, para limpeza uso de ferramentas como peneiras, bacias, baldes, podão, sacolas, martelo, entre outros. Foram realizadas palestras sobre o projeto, investigação da formação cultural e da formação da flora da região.

Nas atividades indiretamente ligadas ao projeto, foram realizadas ações para preservação do meio ambiente e para estimular o contato direto dos alunos com a natureza, como a construção de uma horta na escola e uma composteira para os resíduos da cozinha, recolhimento,

COMPOSTAGEM:

limpeza e venda de materiais recicláveis ao longo de todo ano, produção de ervas medicinais e venda de chás orgânicos em saches artesanais e biodegradáveis em feira, na cidade de Espumoso, produção de conservas com cultivares da horta e produção de mudas reutilizando rolos de papel higiênico.

Já as atividades culturais e sociais auxiliaram os estudantes do interior e acreditar mais em seu potencial produzindo materiais e mídias, a valorizar a cultura local, tendo contato com dados históricos e pontos turísticos e a socializar com outros jovens estudantes do município, conhecendo inclusive outras realidades.

O projeto Germinando conhecimento demandou tempo, trabalho e dedicação no ano de 2023, mas demonstrou ser um projeto capaz de envolver os estudantes e a comunidade e levá-los a refletir sobre o mundo ao seu redor. Programas como o Verde é vida, quando direcionados para escolas do interior, não apenas resgatam a preocupação com o meio ambiente e geram ações de proteção à natureza, mas são capazes de dar voz a comunidades normalmente esquecidas.

DESTINO ECOLOGICAMENTE CORRETO DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS

EMEB Dr. Adolpho Sebastiany - Sobradinho/RS

Pesquisadoras: Maria Gabriela Nunes. e Mina Erdoglija Keller

Orientadora: Anilda Dorneles

Diariamente grande quantidade de matéria orgânica proveniente de restos de cascas de frutas, legumes, verduras, resíduos de jardim vão parar em lixões ou aterros sanitários, gerando, através do seu processo de decomposição, sérios problemas tanto para saúde humana quanto para o Meio Ambiente, tais como: contaminação do solo, lençóis subterrâneos, liberação de maus odores que favorecem a proliferação de vetores de doenças, tais como insetos e roedores, emissão de metano, um importante gás que contribui para o aquecimento global. Neste sentido, buscou-se encontrar soluções ecologicamente corretas a fim de dar um destino adequado para estes resíduos, diminuindo assim os custos com o seu recolhimento, obtendo através do resultado do seu processo de transformação, benefícios tanto para a saúde humana, através do consumo de produtos mais saudáveis, e da economia gerada com a obtenção de um biofertilizante natural e sem custo para o produtor de verduras, legumes e flores em geral, quanto para a qualidade ambiental do Planeta que ficará livre dos resíduos descartados.

Com a finalidade de

solucionar os problemas gerados com o descarte incorreto dos resíduos orgânicos, iniciou-se uma pesquisa bibliográfica sobre meios alternativos de reaproveitar a matéria orgânica, gerando com isto, menos impactos ao meio ambiente. Constatou-se que o processo de Compostagem seria a maneira mais correta de destinar os resíduos orgânicos, diminuindo assim o depósito dos mesmos em lixões ou aterros sanitários. Além de produzir através desse processo de transformação de matéria orgânica em húmus, um fertilizante natural sem custo para a produção de hortaliças, verduras, temperos em geral.

Percebemos com a realização desta pesquisa que podemos utilizar meios alternativos para aumentar a produtividade do solo e das plantas inseridas nele, com recursos naturais, livres de aditivos químicos e que apresentam o mesmo resultado, trazendo com isto benefícios para a saúde humana, através da ingestão de produtos saudáveis e para o produtor rural que economizará com o sistema de produção através do reaproveitando de resíduos orgânicos que seriam descartados em locais onde não apresentariam resultados positivos.

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BARRAGEM SUBTERRÂNEA

EMEB Seomar Mainardi - Sobradinho/RS

Pesquisadoras: Maria Luisa Selau Lopes e Vitória Eduarada dos Santos Rosa

Orientadora: Mariléia Ferraz Ceretta

A busca de alternativas sustentáveis para os produtores rurais vem sendo estudada em sala-de-aula como forma de incentivar os alunos do interior a permanecerem nas suas residências e, com isso garantirem a sobrevivência de todos. O uso de novas técnicas, que ao mesmo tempo que ajudam o agricultor não ferem o meio ambiente, tem chamado a atenção para a sustentabilidade, eixo temático proposto na BNCC. Além disso, a pesquisa sobre esse assunto proporciona aos alunos uma visualização de propostas de aplicações sustentáveis em sua região. Diante do exposto, o presente trabalho de pesquisa visa aplicar no conteúdo de sustentabilidade, atividades práticas sobre assuntos relevantes, como a seca que afeta gravemente a agricultura, levando os alunos a buscarem opções de como se sobrepor a esse desafio, aliando os saberes teóricos a prática proposta pela BNCC, além de auxiliar os produtores para uma alternativa de sobrevivência.

A barragem subterrânea, tema da pesquisa, é uma tecnologia de captação e armazenamento da água de chuva para produção de alimentos e vem sendo adotada

DO LIXO À FLOR

EMEF Arlindo Back - Arroio do Meio/RS

por diversos agricultores, contribuindo para a produção agropecuária familiar e minimizando os riscos da agricultura dependente de chuva. Possui a função de reter a água da chuva que escoa em cima e dentro do solo, por meio de uma parede impermeável construída dentro da terra e que se eleva a uma certa altura acima da superfície, no sentido contrário à descida das águas.

A barragem subterrânea forma uma vazante artificial temporária na qual o terreno permanece úmido por um período de dois a cinco meses após a época chuvosa, permitindo a plantação mesmo em época de estiagem. Sua construção é feita escavando-se uma vala no sentido transversal das descidas das águas até a rocha ou camada impermeável. Dentro da vala, estende-se um plástico de polietileno com espessura 200 micras por toda sua extensão, fechando-a em seguida com a terra que foi retirada na sua abertura. A água retida, então, irá irrigar o solo e favorecer o plantio de diferentes culturas, amenizando os prejuízos causados por longos períodos de seca e permitindo o sustento das famílias envolvidas.

Pesquisadoras: Vitória Telöken Fischer e Larissa Roberta Mallmann

Orientadora: Cáren Rockenbach

A preocupação com o meio ambiente tem se tornado cada vez mais presente na vida das pessoas, também sendo cada vez maior o engajamento social, político e econômico em torno da preservação ambiental. Portanto, uma das formas de amenizar impactos ambientais é a reciclagem, onde um resíduo descartável é transformado em um novo produto através de processos que alteram sua constituição física, química ou biológica, sendo o caso de plásticos, alumínios, vidros e papeis.

Atualmente, em razão do aumento constante do consumo de papel, a indústria papeleira gera grandes impactos ambientais devido ao grande consumo de recursos naturais, como madeira, água e energia; à utilização de produtos tóxicos em algumas etapas da fabricação do papel; e à emissão de poluentes na atmosfera.

Portanto, os estudantes do Grupo Ambiental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Arlindo Back, do município de Arroio do Meio, Rio Grande do Sul, desenvolveram um processo prático de reciclagem de papel com a intenção de demonstrar a importância de reciclar como forma de contribuição social para a preservação ambiental e garantir a

sustentabilidade.

Para a produção do material reciclado, os estudantes coletaram caixas de ovos que foram trituradas e passaram por um processo artesanal resultando num produto reciclado. A escolha de caixas de ovos de papelão resultou pela grande quantidade de famílias que criam galinhas e vendem ovos, possuindo muitas caixas em suas casas, tendo o Grupo Ambiental encontrada uma solução de descarte e reaproveitamento.

Por fim, o Grupo Ambiental recortou o papel reciclado composto de sementes de flores, e fez a entrega de recortes aos estudantes e suas famílias, professores e funcionárias para ser plantado em jardins, garantindo a formação de novas plantas e a sobrevivências das espécies.

Diante da investigação científica, os estudantes do Grupo Ambiental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Arlindo Back concluíram que reciclar é uma maneira de aproveitar resíduos descartáveis que são colocados no lixo, consistindo na elaboração de um novo produto.

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SEMENTES

DE SUSTENTABILIDADE: SAÚDE EM NOSSAS MÃOS

EEEF Adolfo Mânica - Boqueirão do Leão/RS

Pesquisadores: Marisa Ristow e Bernardo Chemin Soares

Orientadora: Julia Tomazi

A escola Adolfo Mânica, conta com um espaço de cerca de um hectare, onde estão plantadas árvores frutíferas e espécies nativas que vêm sendo cultivadas no âmbito do educandário já há algum tempo, em decorrência do trabalho que a mesma desenvolve em prol do meio ambiente e dos problemas que afetam a comunidade, sendo o mais relevante deles, a escassez de água.

Neste amplo espaço da escola, cerca de 150 metros quadrados são reservados para a horta escolar, com a qual a escola vinha tendo ajuda de membros da comunidade. No corrente ano, o olhar voltado para este espaço foi um pouco diferente, visto que a contribuição da comunidade não foi mais possível, dessa forma a comunidade escolar acordou em tomar conta do espaço e transformá-lo em um local produtivo 100% sustentável, como parte integrante das atividades já desenvolvidas pela escola.

Para alcançar este objetivo muitas ações foram pensadas em conjunto, especialmente com alunos e responsáveis, por meio de entrevistas e reuniões. Neste sentido, muitas ações foram programadas e muitos

GENTILEZA GERA GENTILEZA

EMEF Marino da Silva Gravina. Boqueirão do Leão/RS

Pesquisadoras: Riane Luisa Muniz Marchi e Michele Lithe

Orientadora: Magali A. Tozzetto Vedoy

Através desse projeto, desenvolveu-se na escola um ambiente onde os educandos tenham um senso de respeito ao próximo, de gentileza e boas maneiras no dia a dia escolar, e estendendo esse tipo de comportamento para outras vertentes do meio social.

Conviver é um exercício diário de cidadania. Viver em sociedade é, acima de tudo, uma necessidade humana. Torna-se simples quando se depende uns dos outros para viver melhor. Esse exercício social se inclina, principalmente, ao respeito, às diferenças e ao ato de obedecer às regras de conduta moral, ética e sempre com comportamentos visando um ambiente escolar saudável.

Palavras como: Bom dia! Boa tarde! Obrigado! Agradecido! Por favor! Desculpe! Com licença! São palavras que estão praticamente esquecidas e precisam ser resgatadas e cultivadas em casa e na escola a fim de criar relações e ambientes saudáveis.

O projeto Gentileza gera gentileza vem então resgatar em nossa escola e na comunidade escolar gestos simples, valores esquecidos e atitudes diárias que façam refletir e transformar comportamentos.

Conviver é um exercício diário de cidadania. Viver em

assuntos foram estudados para chegar a um consenso sobre quais ações poderiam ser desenvolvidas, considerando a infraestrutura do local. Assim sendo, o presente projeto visa tornar o espaço reservado para a horta no educandário, um espaço de produção sustentável com a utilização de adubação orgânica por meio de composteira construída próxima ao local. A compostagem contribuirá também para a correção e preparação do solo em razão dos húmus que será produzido.

Além do já disposto, a irrigação do espaço será realizada com a água coletada e armazenada em cisternas, coletada a partir de calhas do telhado da escola e distribuída nos canteiros através do sistema de gotejamento. Esse processo deve contribuir em muito para a economia de água, bem precioso na região.

Dessa forma o desenvolvimento do projeto visa, além de produzir alimentos saudáveis para a merenda escolar de forma sustentável, ainda dar exemplo e incentivar a captação de água como forma de economia e também como forma de evitar a falta deste recurso em caso de estiagem.

sociedade é, acima de tudo, uma necessidade humana. Torna-se simples quando se depende uns dos outros para viver melhor. Esse exercício social se inclina, principalmente, ao respeito, às diferenças e ao ato de obedecer às regras de conduta moral, ética e sempre com comportamentos visando um ambiente escolar saudável.

O objetivo principal desse projeto resgatar em nossa comunidade escolar gestos simples, valores esquecidos, atitudes diárias que façam refletir e transformem comportamentos, i incentivando os alunos a terem atitudes mais gentis que tornam a vida bem melhor.

Conviver é um exercício diário de cidadania. Viver em sociedade é, acima de tudo, uma necessidade humana. Torna-se simples quando se depende uns dos outros para viver melhor. Esse exercício social se inclina, principalmente, ao respeito, às diferenças e ao ato de obedecer às regras de conduta moral, ética e sempre com comportamentos visando um ambiente escolar saudável.

Estudos comprovam que pessoas que praticam a gentileza aumentam o seu grau de felicidade. Isso porque a gentileza está ligada ao gene que libera a dopamina, neurotransmissor que proporciona bem-estar. Aqueles que ajudam os outros regularmente têm mais saúde mental e menos depressão.

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DO AMOR A DOR

EMEF Dom Pedro II - Venâncio Aires/RS

Pesquisadoras: Silvania Inês de Carvalho e Franciélle da Rosa

Orientadora: Silvania Inês de Carvalho

O projeto “Do amor à dor: como romper o ciclo? ” Foi desenvolvido pela turma do 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Pedro II, localizada em Linha Hansel, interior do município de Venâncio Aires, estado do Rio Grande do Sul, orientado pelas professoras de Língua Portuguesa e de História. A iniciativa de uma pesquisa com essa temática surgiu após palestra feita por policiais na escola no ano de 2022. O tema da referida palestra foi “O uso de drogas e suas consequências”, quando foi comentado brevemente sobre o feminicídio e a violência contra mulher.

A partir disso, violência contra a mulher passou a ser um assunto sempre trazido pelos estudantes e debatido nas aulas. Assim, o tema passou a ser considerado de grande importância pela turma, já que a todo momento surgem novas notícias trazendo à tona casos de mulheres que são violentadas por seus parceiros, familiares, conhecidos ou outros homens e os índices de mortes aumentam consideravelmente, o que gerou o questionamento "como conscientizar a comunidade escolar e venâncio-airense quanto às diferentes formas de violência cometidas contra a mulher de modo a promover ações preventivas e de valorização feminina?".

PROTEGENDO NOSSOS ANIMAIS

EMEF Coronel Thomaz pereira - Venâncio Aires/RS

Pesquisadora: Vitória Gabrielly Martini Landim

Orientadora: Fabiola Fridolina Griessang

O projeto é desenvolvido pelos alunos de nossa escola que se localiza no interior, onde encontramos muitas matas. Nas aulas de Ciências foi feito o levantamento dos mamíferos de médio e grande porte de nossa região. Entre os animais identificados temos o gato maracajá, o gato-do-mato-grande e o gato-mourisco, que são animais ameaçados de extinção. Essas espécies podem atacar os animais domésticos de nossas propriedades. Mas também são importantes para a manutenção do ecossistema. E assim surgiu o nosso problema: como fazer para preservar os animais silvestres, sendo que temos espécies ameaçadas de extinção e evitar que sejam atacados nossos animais domésticos? Realizamos uma pesquisa com os agricultores e descobrimos que uma alternativa encontrada por eles para resolver esse problema, é deixar uma luz ligada durante a noite, contudo isso gera um gasto muito alto de energia elétrica. Além disso, a luz em excesso prejudica as aves na fase adulta.

Como alternativa de preservação da vida dos dois grupos de animais, propomos a construção de um dispositivo para espantar as espécies silvestres, evitando que se aproximem das casas. Criamos, na rede social mais acessada pelos nossos agricultores, uma página para fazer uma campanha sobre a importância da preservação dos animais

Os objetivos do projeto foram pesquisar os tipos de violência, estudar o ciclo da violência, conhecer os números de violência que foram cometidos contra mulheres nos últimos anos em Venâncio Aires, analisar a legislação que protege as mulheres vítimas de violência, conhecer o ciclo da violência, alertar as mulheres que estão sendo vítimas, mostrando formas de pedirem ajuda e denunciarem seus agressores, promover palestra sobre a temática para os alunos pesquisadores, criar página na rede social Instagram para divulgar dados da pesquisa e ações do projeto para a comunidade escolar e público em geral, entrevistar mulheres vítimas de violência e relacionar os relatos aos artigos da Lei Maria da Penha, elaborar documento solicitando a criação de uma Sala das Margaridas e entregá-lo às autoridades responsáveis.

As pesquisas foram feitas em sites na internet, inclusive sites de referência como o da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, do Planalto do Governo Federal, em jornais online, folders, livretos de divulgação e livro. Também foram realizadas muitas discussões em aula, promovendo a análise do que foi pesquisado, palestras sobre o assunto e elaboração de materiais.

silvestres para o ecossistema. Criamos um protótipo de um dispositivo, utilizando elementos do kit de robótica Aventura STEAM.

O objetivo é espantar os animais silvestres noturnos, pois é a noite que acontece a maioria dos ataques nas propriedades rurais. Construímos um protótipo de um dispositivo que, quando houver a aproximação de algum animal para atacar, ligue uma luz, e após algum tempo, caso o animal não se afastar irá emitir um som, para espantá-lo. Entendemos que nossa ideia será muito vantajosa para os agricultores, pois estariam economizando energia elétrica, cuidando da saúde dos seus animais domésticos e preservando os animais de diferentes espécies. Além disso, a emissão do som aliado à luz torna o nosso método mais eficiente, evitando a perda de animais usados para seu sustento familiar.

Acreditamos que nosso projeto contribui com a solução de uma problemática que é relevante à nossa sociedade, tanto pela questão econômica quanto pela preservação da fauna. Esperamos ainda que nossa iniciativa consiga auxiliar e conscientizar a população para além de nossa comunidade.

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ÓLEO SATURADO: UM ATO CONSCIENTE TRANSFORMADO EM SABÃO

EMEF Alfredo Scherer - Venâncio Aires/RS

Pesquisadoras: Livia Gabriela de Carvalho e Ana Carolina Jandrey da Rosa

Orientadora: Deise Cristina Weschenfelder

O projeto ”Óleo saturado: um ato consciente transformado em sabão” foi desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Scherer no município de Venâncio Aires- RS, com os alunos participantes do grupo ambiental Mãe Terra e busca desenvolver através da coleta de óleo saturado a conscientização de preservação do meio ambiente.

A fabricação do sabão utilizando óleo saturado, que vem através de campanha de recolhimento entre as famílias dos estudantes da nossa escola, é produzida pelos alunos em turno oposto com supervisão das professoras. O problema da pesquisa foi: Como a gordura do óleo saturado vira o sabão? Alunos pesquisaram e descobriram que, quimicamente, a reação que ocorre nessa receita é chamada de reação de saponificação. A base (soda cáustica) reage com os triglicerídeos (triésteres) que formam os óleos e, como produtos, o glicerol (glicerina) e sais de ácidos graxos que são as moléculas responsáveis pela limpeza.

Com a produção de sabão na escola foi possível

envolver os alunos de forma prática na reutilização de óleo saturado. Na primeira receita que fizemos o sabão ficou com uma cor mais amarelada e percebemos que o motivo foi de ter mexido pouco tempo. Nas outras receitas, mexeu-se com mais força e constante, ficando bem mais branca sua tonalidade. Distribuíram amostras do sabão para a comunidade escolar, que aprovou e utiliza nas suas casas. Essa ideia foi além da escola e conseguimos parcerias com empresas do município que nos doaram muitos litros de óleo saturado. Essa contribuição é reconhecida pela Secretaria do Meio Ambiente e a empresa recebe um Selo Verde. O óleo que não é usado no sabão é encaminhado para a AFUBRA de Venâncio Aires.

Acreditamos que ao conscientizar os alunos e pais da nossa escola, estamos trabalhando com educação ambiental e passando valores de familiares que já fazem a produção de sabão caseiro para os seus filhos e netos. Atividades práticas, como essa, fazem muito mais sentido na aprendizagem dos estudantes.

78.378,5 litros de óleo saturado coletados por 386 parceiros em 84 municípios

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Foto: Arquivo Afubra

ASSOCIAÇÃO

DOS FUMICULTORES

DO BRASIL - AFUBRA

Diretoria

• Marcilio Laurindo Drescher – Presidente

• Romeu Schneider – Vice-Presidente

• Marco Antonio Dornelles - Secretário

• Carlos Joel da Silva - II Secretário

• Fabricio Murini - Tesoureiro

• Benício Albano Werner - II Tesoureiro

Conselho Deliberativo

• Enivalda Pereira Furbringer

• Geraldo Back

• Gilmar Damaso da Silveira

• Hilário Kuneski

• João Francisco Bortoli

• José Sirlei Dias de Araújo

• Mário Ilo Grützmacher

• Nilson Braz Loch

• Ornélio Sausen

• Thadeu Wensing

• Valdir Storer

Suplente do Conselho Deliberativo

• Giovane Luís Weber

• Ibanês Roggia

• Marcelo da Silva Leite

Conselho Fiscal

• Alceu Romar Mergen

• Cláudio Fengler

• Heitor Álvaro Petry

Suplentes do Conselho Fiscal

• Agnaldo Soares Martins

• IIvo Alberto Bartzen

• Sérgio Luiz Reis

VERDE É VIDA

COORDENAÇÃO GERAL

Imbituva e Irati: Carlos Roberto Stadler, Gerson Gomes da Silva e Lazaro Ramon Bock

Adalberto Sidnei Huve (Coordenador Geral), José Leon Macedo Fernandes (Coordenador Pedagógico), Márcio Castro Guimarães (Coordenador Operacional), Vivian Padilha Nardi (Assessora Administrativa).

COORDENAÇÃO REGIONAL

Araranguá: Lédio Motta Bento e Alexandre Marchesini

Arvorezinha: Jonas Hermes e Juliano Luiz Landim

Cachoeira do Sul, Candelária e Agudo: Carlos Alberto Loewe , Márcio Vasconcelos da Rosa, Renato Arthur Roos, Guilherme Cardoso, Juliano Berri e Juliano Carlos Rohers

Camaquã: Claudiano Bender Schmechel e Maicon Konrad Colognese

Francisco Beltrão: Cássio Voese e Atacir Nicolodi

Herval do Oeste: Alceu Hoffamnn e Mariza Lamperti Buffon

Jaguari: Fábio Igor Fuchs e Nataniel Maria Sampaio

Rio do Sul e Ituporanga: Geison José Schmoeller, Rafael da Silva, Zeli de Lurdes Mees e Patric Marciano Barp

Rio Negro e Mafra: Edemar Pedro Konkel, Henrique Felczak e Andreia de Melo Soares

São Lourenço do Sul e Canguçu: Geber Conrad Ehler, Marcos Efraim

Lessa Jung, Emerson Luís Padilha Cardoso e Daniel Holz Prestes

Sobradinho e Arroio do Tigre: Jonimar Moura de Oliveira, Rodrigo Eichelberger e Leandro Muniz Schafer

São Miguel do Oeste: Jandir Stock e Cleuze Fachin Martins Pinto

Tubarão e Braço do Norte: Hilário Boing, Laércio Heidemann, Jayson de Medeiros Mendes e Venício Aguiar Ascari

Venâncio Aires: Luiz Carlos da Silva e Tiago Dutra Maracci

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