Contato Março 2021: Sal da terra

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MUDE SUA VIDA. MUDE O MUNDO.

SUA VEZ DE AMAR

Retribuindo um favor

Jolly Roger ou Senhor Rogers? Um conto de dois homens

Sopa de pedra Atendendo à necessidade


Volume 23, Número 3

Contato pessoal Sendo a diferença “Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos assaltantes, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto”.1 Assim começa a Parábola do Bom Samaritano, uma das histórias bíblicas mais conhecidas e talvez da literatura. Nessa narrativa, vários judeus piedosos passam pelo infeliz viajante, mas não fazem nada para ajudá-lo. Por fim, um samaritano, membro de um grupo étnico e religioso evitado pelos judeus à época, tem compaixão da vítima, trata suas feridas e a leva para uma pousada, onde promete cobrir todas as despesas necessárias para cuidado do homem. Com a história do Bom Samaritano, Jesus ensinou que nosso próximo é qualquer pessoa que precise de nossa ajuda, independentemente de raça, credo, cor, nacionalidade e condição socioeconômica ou onde viva. Várias passagens nos Evangelhos relatam episódios em que Jesus demonstrou compaixão pelas multidões ou pelos indivíduos e os ajudou. Você deve conhecer a história de como Ele ressuscitou o filho da viúva de Naim. “Vendo-a, o Senhor sentiu grande compaixão por ela, e lhe disse: Não chores. Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o levavam, disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. O defunto assentou-se, e começou a falar, e Jesus o entregou à mãe dele.”2 Lucas situa esse milagre nos dizendo que Jesus estava pregando em Cafarnaum e que “no dia seguinte” estava em Naim. Isso lembra algo? Se a resposta for negativa, estamos na mesma situação. Às vezes, elementos dessas histórias podem não ter relevância para os leitores de hoje. Acontece que Naim fica a quase 50 quilômetros de Cafarnaum, com uma diferença de altitude de 400 metros. Essa caminhada árdua em aclive leva de 10 a 12 horas hoje – em estradas pavimentadas – então pode imaginar o tempo e o esforço que Jesus e Seus seguidores fizeram no trajeto. Suspeito, contudo, que Seu coração já estava “transbordando de compaixão” pela viúva antes mesmo de deixar Cafarnaum. Ele sabia o que estava fazendo e não “simplesmente aconteceu” de Ele estar em Naim naquele dia específico. “Qual é a aparência do amor?” Santo Agostinho perguntou. “Tem olhos para ver o sofrimento e a necessidade; ouvidos para ouvir os suspiros e as tristezas dos homens; mãos para ajudar os outros; pés para se apressar para socorrer os pobres e os necessitados.” O compassivo adiciona ações às suas orações e combina atos de bondade com suas palavras bondosas. Foi o que o Bom Samaritano fez. Foi o que Jesus fez. E é isso que cada um de nós deve se esforçar para fazer em nossas vidas e relacionamentos. 2

Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos. Para obter informações sobre a Contato e outros produtos criados para a sua inspiração, visite nossa página na internet ou contate um dos distribuidores abaixo.

www.activated.org/pt revistacontato.mail@gmail.com Editor executivo: Ronan Keane Editor: Mário Sant'Ana Design: Gentian Suçi © 2022 Activated. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e Hebe Rondon. A menos que indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada”– Tradução de João Ferreira de Almeida– Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida. 1. Lucas 10:30 2. Lucas 7:13–15


SUPERE MAL O

COM O

BEM

O apóstolo Paulo escreveu para os cristãos em Roma:

“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.”1. É importante atentar para algumas semelhanças entre o clima social da Roma do primeiro século e o de grande parte do mundo de hoje. A maldade corria solta em Roma e sua atração era forte. O Império Romano não conquistou o domínio absoluto do mundo ocidental pela compaixão, bondade ou humildade. A riqueza estava nas mãos de poucos, que a usavam para controlar o resto da população. Os ricos e os poderosos viviam extravagantemente enquanto as massas lutavam para sobreviver. Perversões e devassidão eram praticadas por alguns e ignoradas por outros. O cristianismo era apenas uma das muitas religiões que existiam 1. Romanos 12:21 2. João 14:6

Por Marie Story

então; e Cristo, mais uma divindade. Considerando o panteão de deuses que os romanos adoravam, deve ter sido difícil convencer alguém de que Jesus era “o caminho, a verdade e a vida.”2 Começando a soar familiar? É fácil se sentir oprimido pelo mal e pelo sofrimento do mundo. Todos os dias ouvimos sobre crimes horríveis ou injustiças sendo cometidas. A mídia parece ter uma capacidade infinita de trazer notícias sobre violências, tristezas, desastres e maldades. Parece que a vida deixou de ser sagrada para muitos. O que podemos fazer a respeito de um mundo que às vezes parece dominado pelo mal? Foi o mesmo dilema que os cristãos em Roma enfrentavam, para o qual Paulo ofereceu um conselho que me parece muito válido para estes dias: “Vence o mal com o bem”. Se um prato estiver sujo, ficar zangado não vai limpá-lo; ignorá-lo, tampouco. A única solução é expor

aquele prato sujo ao poder de um pouco de água e sabão. Se um quarto estiver escuro, você pode amaldiçoar a escuridão e reclamar de como ela é desagradável, ou acender uma lâmpada, abrir as cortinas e deixar a luz entrar. É o mesmo com os males da sociedade. Podemos ficar desanimados, irados ou deprimidos–“vencidos pelo mal”–ou podemos ser uma força para o bem por meio de nosso exemplo pessoal e pela disseminação da luz do Evangelho para as outras pessoas. Nem todo prato sujo ficará limpo, nem todo coração entenebrecido será iluminado, mas cada um pode fazer sua parte dia a dia, pessoa a pessoa, decisão a decisão. Marie Story mora em San Antonio, no Texas, onde trabalha como ilustradora freelance e é conselheira voluntária em um abrigo local para moradores de rua. ■ 3


Por Maria Fontaine

ENCORAJAMEN CELESTIAL Eu estava com frio. Sair da

cama quentinha e aconchegante naquela manhã fria não parecia a maneira ideal de começar o dia. Não tinha dormido bem e estava cansada. Apesar da fome que sentia, eu só poderia comer mais tarde, depois de ir ao laboratório para um exame de sangue. Estava ocupada com alguns artigos para escrever e cartas para responder. Além disso, eu estava um pouco relutante em ir a uma unidade de saúde durante a pandemia.

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Fico sem graça de dizer, mas, resumindo, eu não estava nada agradecida pelo dia maravilhoso que o Senhor havia criado. Quando entrei no carro, tive de fazer um grande esforço para dizer: “Senhor, por favor, faça de mim uma bênção”, pois estava pensando mais em mim mesma do que em ser uma bênção. A primeira parada foi no laboratório, onde havia uma longa fila de espera do lado de fora porque só podiam entrar duas pessoas de cada vez. Meu amigo, que tinha me dado uma carona, sugeriu que eu ficasse no carro, onde estava

mais quente, e ele ficaria na fila guardando o meu lugar. Observei que as pessoas em pé na longa fila também pareciam cansadas, fracas, com frio, com fome e, como eu, nada felizes por estarem ali! Então, senti Deus falar ao meu coração, ajudando-me a sentir compaixão por aqueles coitados, muitas dos quais provavelmente não conheciam Jesus. Tenho problemas e desafios, mas conheço Jesus e podia orar, não só por mim, mas também por aquelas pessoas. A oração exige esforço, mas pode ajudar em qualquer


NTO situação, por isso, fechei os olhos para orar. Subitamente, uma batida na janela do carro. Surpresa, vi uma linda mulher com um sorriso amável. Quando abaixei o vidro, ela explicou que havia uma cadeira vazia ao lado do meu lugar na fila, onde meu amigo estava e que eu poderia sentar ali se quisesse. Agradeci muito, mas disse que preferia ficar mais um no carro, onde estava mais quente. Ela sorriu e saiu para ajudar outras pessoas. Fiquei muito interessada no que mais ela fazia. Aparentemente, conversava com quem estava na

fila, tentando encontrar cadeiras para alguns e ajudar no que fosse possível. Ia e voltava para falar com uma jovem; pareciam estar juntas. Mas depois de alguns momentos ela saía de novo e andava pela fila. Tive a impressão de que estava tentando animar as pessoas. A mulher sorria, parecia muito disposta e feliz. Decidi lhe dar um folheto do Evangelho quando tomasse meu lugar na fila. Mas quando voltei para a fila, a mulher já havia entrado no laboratório. Quando chegou minha vez, ela estava saindo e só tive tempo de lhe dizer algumas palavras. Ofereci-lhe um folheto e disse: “É para você. Muito obrigada por me oferecer o assento e por animar e alegrar as pessoas. Tenho certeza de que todas também estão gratas”. Acrescentei: “Você parece ter um verdadeiro dom de Deus”. Esperava que ela ficasse um pouco perplexa ou talvez um pouco sem graça com isso, mas respondeu prontamente: “Acredito muito nisso”. Não deu para prolongar a conversa porque chegou minha vez de ser atendida, mas fiquei muito feliz por poder lhe dar aquele folheto que poderia expressar o que não tive tempo de dizer. Saímos do laboratório rumo ao consultório odontológico, para pegar uma radiografia. Mais uma vez, tivemos de esperar um pouco, havia algumas pessoas no balcão e outras aguardando sua

vez. Isso me deu tempo de falar umas palavrinhas para várias delas e encorajá-las. Não dá para dizer muito em um ou dois minutos, mas Deus quase sempre nos dá um pensamento ou algo para animar os outros. Qualquer demonstração de interesse sincero pode alegrar o dia de alguém. Palavras de encorajamento quase sempre animam quem as ouve. Voltando para casa, eu me sentia muito melhor e o mau humor tinha desaparecido. Muitas vezes, Deus chama nossa atenção para pessoas ou pequenos grupos para quem Ele deseja que falemos ou ofereçamos um folheto. Podemos ter nossos compromissos planejados, mas, às vezes, Deus tem a Sua agenda que quer que cumpramos também. Ele nos dará oportunidades para compartilharmos Seu amor e mensagem, não porque, por um acaso, estamos em algum lugar, mas porque Ele quer que toquemos o coração de alguém com Seu Espírito. Vamos deixar Jesus feliz, fazendo a nossa parte para encorajar e guiar outros a Ele. Maria Fontaine e seu marido, Peter Amsterdam, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. Adaptado do artigo original. ■ 5


Por Keith Phillips

TROCA DE JUGOS Eu havia lido aquela passagem bíblica não sei quantas vezes e a memorizei anos atrás. Jesus

disse: “Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Pois o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve”.1 Recentemente, porém, li algo que me ajudou a ver esses versículos sob uma nova luz. Philip Yancey escreveu: “Eu pensava que o cristianismo resolvia problemas e tornava a vida mais fácil. Hoje e cada vez mais, entendo que minha fé deixa minha vida complicada, como deveria ser. Por ser cristão, não posso deixar de me preocupar com o meio ambiente, com o problema dos sem-teto e a pobreza; com o racismo e a perseguição religiosa, com a injustiça e a violência. Deus não me dá essa opção”.

1. Mateus 11:28–30 2. Philip Yancey, O Deus (In)visível (Editora Vida) 3. Mateus 22:37–39 6

Yancey então cita e explica a tão conhecida passagem: “Jesus oferece um conforto que requer que assumamos um novo fardo, o dEle. Oferece uma paz que envolve uma nova turbulência, um descanso que requer novas tarefas”.2 Que novas tarefas? Jesus as resumiu quando explicou de forma sucinta a fé cristã: “Respondeulhe Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”3 — onde nosso “próximo” é qualquer pessoa que possamos ajudar. Amar os outros tanto quanto a nós mesmos não é algo natural e raramente é fácil, mas é um dos segredos para a felicidade, realização e sucesso na vida. Troque o seu jugo pelo que Jesus oferece. É o melhor negócio que existe. Keith Phillips foi editorchefe da Contato por 14 anos, de 1999 a 2013. Ele e sua esposa Caryn agora trabalham com os sem-teto nos EUA. ■

ENQUANTO PODEMOS Dormi e sonhei que a vida era alegria. Acordei e vi que a vida era serviço. Agi e descobri que servir era uma alegria.–Rabindranath Tagore (1861–1941) Somente durante os poucos anos desta vida temos o privilégio de servir uns aos outros e a Cristo. Teremos o céu para sempre, mas pouco tempo para servir aqui e, portanto, não devemos perder a oportunidade.– Sadhu Sundar Singh (1889–1933) Mesmo se eu soubesse que amanhã o mundo iria se despedaçar, ainda plantaria minha macieira. — Martinho Lutero (1483–1546)

Se parar para pensar, provavelmente se surpreenderá com quantos pequenos atos de bondade pode fazer pelos outros que custarão quase nada e não tomariam muito tempo. Torne-se um mestre do favor de cinco minutos.–Shannon Shayler


Por Uday Paul

PROPAGAÇÃO LIVRE

“A palavra de Deus não está presa.”1 Foi o que o apóstolo Paulo escreveu a seu jovem amigo, Timóteo, enquanto, em uma prisão em Roma, aguardava sua execução. Após o Grande Incêndio de Roma em 64 d.C., houve rumores de que Nero ordenara o incêndio para liberar espaço na cidade. Para desviar a atenção, acusou os cristãos de incêndio criminoso e os perseguiu com violência. Paulo foi preso novamente e condenado à morte. Lembrei dessas palavras do apóstolo durante o lockdown resultante da pandemia de COVID-19, quando tive de passar muito tempo em casa. Animei-me com o fato de que Paulo escrevera sua segunda carta a Timóteo e quatro outras epístolas que se tornaram parte no Novo Testamento enquanto estava em prisão domiciliar ou encarcerado. Determinado a contar aos outros sobre Jesus a 1. 2 Timóteo 2:9 2. 2 Tessalonicenses 3:1

qualquer custo, não deixou que as no mundo — assim como em face circunstâncias físicas o limitassem na das perseguições mais brutais e busca por seu objetivo. desumanas, o cristianismo se espalhou Fiquei grato porque a Internet rapidamente por todo o Império ainda estava funcionando durante Romano até que metade de sua o lockdown e pude entrar em população cresse em Cristo. contato com outras pessoas usando a tecnologia. Percebi que, com Uday Paul é um escritor a turbulência e a incerteza que a freelance, voluntário e pandemia havia criado, muitos de professor que mora na Índia. ■ meus amigos e familiares estavam procurando respostas e estavam mais receptivos à mensagem do Evangelho do que antes. Pedi orientação a Deus sobre como trazer essas pessoas para “ mais perto dEle, e Ele me mostrou Vocês são o sal da terra. Mas para começar sessões online de oração se o sal perder o seu sabor, como e leitura da Palavra de Deus para restaurá-lo?... Vocês são a luz do aqueles que estavam isolados e não mundo. Não se pode esconder uma tinham muito contato com os outros. cidade construída sobre um monte. Além disso, foi um bom tempo para E, também, ninguém acende uma renovar minha própria vida espiritual. candeia e a coloca debaixo de uma Paulo também orou para que vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar “a Palavra do Senhor se propague apropriado, e assim ilumina a todos os e seja glorificada”.2 A Palavra que estão na casa. Assim brilhe a luz de Deus sempre se propagará de vocês diante dos homens, para que livremente e realizará seus propósitos, vejam as suas boas obras e glorifiquem independentemente da situação ao Pai de vocês, que está nos céus.” — Jesus, Mateus 5:13–16 NVI

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Por Curtis Peter van Gorder

JOLLY ROGER OU SENHOR ROGERS?

Para saber onde algo está,

muitas vezes é preciso descobrir onde não está. Esse contraste me chamou a atenção recentemente, depois de assistir a dois docudramas. Um deles, O Reino Perdido dos Piratas, sobre a “Idade de Ouro da Pirataria” no início do século 18, e o outro era Um Lindo Dia na Vizinhança, estrelado por Tom Hanks, no papel de Fred Rogers, o ministro presbiteriano que criou e apresentou a série de TV para crianças Mister Rogers’ Neighborhood de 1968 a 2001. Primeiro, vamos falar sobre os bucaneiros. As pessoas parecem não se cansar de histórias de piratas. Sua crueldade e vida dura são frequentemente esquecidas, e esses aventureiros são romantizados como sendo figuras do tipo “Robin Hood”

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que roubam os ricos para dividir com os pobres. Parece que muitos piratas justificavam sua violência apresentando-se como vingadores de injustiças: “Eles [os ricos] roubam os pobres sob a cobertura da lei e nós saqueamos os ricos sob a proteção de nossa própria coragem.”1 Apesar dessas falas altruístas, eram degoladores, assassinos e saqueadores.2 Sam Bellamy (1689-1717) foi considerado pela revista Forbes o pirata mais bem-sucedido, com um patrimônio líquido de 142,5 milhões de dólares. Aos 28 anos, apenas um ano após ingressar na carreira de pirata, havia saqueado 53 navios, inclusive o Whydah, navio negreiro inglês de primeira linha que, depois de entregar 312 escravos,

voltava carregado com uma fortuna em ouro, índigo, marfim e outras mercadorias preciosas. Seu navio e outros dois que ele havia capturado navegavam lentamente ao longo da Costa Leste, a caminho de visitar sua amada, Mary Hallet, que morava em Eastham, Massachusetts. Então, o tempo virou e logo o céu era cortado com relâmpagos. A chuva e a neblina tornavam a visibilidade impossível e, o pior de tudo, os ventos fortes empurrando os navios em direção à costa traiçoeira e aos rochedos do Cabo Cod. Ondas de dez metros inundaram o convés, levando tudo o que estivesse desprotegido.


Depois de várias horas em que a tripulação desesperada tentou de tudo para se salvar, o Whydah foi a pique e despedaçou-se ao pé dos penhascos. Posteriormente a ressaca levou tudo de volta para o mar. Samuel Bellamy e cerca de 160 outros homens morreram. Então, onde estão essas vastas riquezas agora? Em 1984, 267 anos depois do naufrágio, os destroços da embarcação foram encontrados. Hoje, cerca de 100 mil artefatos do naufrágio podem ser vistos no Expedition Whydah Center em Provincetown, Massachusetts. A recuperação e a conservação do tesouro ainda estão em andamento.3 Um forte contraste com a existência de Samuel Bellamy pode ser visto na vida e obra de meu conterrâneo Fred Rogers, nascido em

Pittsburgh, na Pensilvânia. Em uma visita à casa, na Páscoa, Fred assistiu a um programa de entretenimento infantil na TV, no qual as pessoas jogavam tortas na cara umas das outras. Sendo um eterno otimista, ele tinha certeza de que a TV poderia ser muito mais do que aquilo! Foi um momento de revelação que conduziu sua vida em uma nova direção. Rogers acreditava ter a missão de ajudar as crianças a desenvolverem empatia, compreensão e bondade. Seus programas lidavam com assuntos difíceis que as crianças enfrentam, como bullying, famílias recompostas, controle de raiva, emoções negativas e cultivar emoções positivas. Ele era um ministro cristão, mas não pregava em seu programa, preferindo compartilhar o amor

de Deus por meio de seu exemplo, em vez de sermões. O que Dwight L. Moody chamava de “Evangelho encadernado em couro de sapato” era, no caso de Fred, “o Evangelho encadernado em um suéter vermelho”. Ao longo dos anos, permaneceu profundamente comprometido com os valores que aprendeu no Novo Testamento. Seguiu o exemplo de Jesus de acolher as crianças tal como são, encorajá-las a amar a si mesmas e ao próximo de todas as maneiras possíveis. Como o próprio Fred ensinava: “Há muitas maneiras de dizer ‘eu te amo’”. A personalidade de Fred fora da tela não era diferente do personagem e dos fantoches em seu programa. Por muitos anos, respondeu pessoalmente a cada uma das 50

1. Samuel Bellamy falando com o Capitão Beer, comandante de um navio que acabara de capturar. 2. Nota do editor: “Jolly Roger” é o nome tradicional inglês para as bandeiras piratas usadas em seus navios, no início do século 17. Cortesia da Wikipédia. 3. Nota do editor: você pode fazer um tour virtual pelo Museu Whydah em https://www.youtube.com/ watch?v=iJqii1-2_xs. 4. Robert Thompson, da Syracuse University

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às 100 cartas que recebia todos os dias de seus jovens espectadores. Trabalhou com penitenciárias para criar espaços adequados para as crianças durante as visitas da família; participou de conselhos de hospitais para reduzir os traumas sofridos pelas crianças em tratamento; visitou doentes e escreveu inúmeras cartas para os solitários. Em tempos de tragédia, as pessoas costumavam buscar conforto nos conselhos de Rogers. “Ele ajudou as crianças americanas — e acho que os americanos em geral — a superar momentos muito turbulentos e difíceis: como a guerra do Vietnã, o assassinato de Robert Kennedy, em 1968, e os ataques de 11 de setembro em 2001.”4 Um de seus conceitos-chave era que é normal ter todos os tipos de 5. Nota do editor: você pode assistir a um episódio de Mister Rogers’ Neighborhood em https://www. youtube.com/watch?v=e19QPakOGb0. 6. Caitlin Gibson, The Washington Post 10

emoções, mas que os sentimentos negativos nunca são uma desculpa para o mau comportamento. Podemos aprender a enfrentar a raiva e a compartilhar nossos sentimentos com nossos entes queridos para não machucar a nós mesmos ou aos outros. Rogers chamou isso de “crescimento interior”.5 Fred Rogers faleceu em 2003, aos 74 anos, mas seu legado ainda vive: “Rogers se tornou uma fonte de conselhos sobre como criar filhos. Foi um oráculo atemporal em uma era em que filosofias efêmeras sobre criar filhos e tendências culturais estavam em constante mudança.”6 Duas vidas, com anos de diferença e polos opostos em seu impacto, que nos permitem refletir e nos perguntar qual será nosso legado. Pergunto-me o que Rogers teria a nos dizer hoje. Sem dúvida o que ele já disse: “Não são as honras, os prêmios e as extravagâncias da vida que, em última análise, nutrem nossas almas. É saber que podemos confiar, que

nunca devemos temer a verdade, que o alicerce do nosso próprio ser é uma coisa boa. Como seres humanos, a obra de nossas vidas é ajudar as pessoas a perceberem quão raro e valioso cada um de nós realmente é, que cada um de nós tem algo que ninguém mais teve ou jamais terá, algo interior que é único em todos os tempos. É nosso trabalho encorajarmos uns aos outros a descobrir essa singularidade e oferecer meios de desenvolver sua expressão. Todos temos dons diferentes, então temos maneiras diferentes de dizer ao mundo quem somos.” Curtis Peter van Gorder é um roteirista e mímico. Passou 47 anos realizando atividades missionárias em dez países diferentes. Ele e sua esposa Pauline moram atualmente na Alemanha. ■


UMA VIDA MULTIPLICADA

Não ajuntem tesouros aqui na terra, onde as traças e a ferrugem os destroem, e onde ladrões arrombam casas e os furtam. Ajuntem seus tesouros no céu, onde traças e ferrugem não destroem, e onde ladrões não arrombam nem furtam. Onde seu tesouro estiver, ali também estará seu coração. — Mateus 6:19–21 NVT

Autor desconhecido

O reverendo H. Merriweather, missionário da

Missão Geral de Sri Lanka e Índia estava visitando os Estados Unidos. A diretoria da Missão lhe pediu para visitar uma senhora que sustentava um missionário com dedicação integral à obra. Ao chegar à casa da apoiadora, ficou um tanto surpreso ao ver uma residência tão simples em um bairro nada chique. Pensou que talvez tivesse o endereço errado. Bateu à porta e foi recebido por uma senhora de idade, com olhar maternal, que o saudou com uma expressão radiante. Enquanto se apresentava à anfitriã, o missionário observava a sala. Os móveis modestos daquela trabalhadora estavam impecavelmente limpos e certamente não seriam considerados de luxo. Incapaz de conter a curiosidade, perguntou sem rodeios como

ela, com poucos recursos para viver, conseguia doar tanto para o trabalho de missão? Sem dizer nada, o visitante comunicou que os valores doados não eram compatíveis com as condições em que a mulher vivia. A senhora sorrindo disse: “Ora, Sr. Merriweather, sustento quatro missionários. Um na Índia, um na África, um na China e um na América do Sul”. O homem ficou chocado. “Você mantém quatro pessoas pregando? Como consegue?” Com profundidade e olhos brilhantes, a generosa apoiadora da causa cristã explicou que sempre acreditara em dar a Deus dez por cento da sua renda. Então Deus a abençoou e alguém lhe deixou alguns imóveis de herança, o que aumentou bastante sua renda.

Consequentemente, o “Fundo de Deus” também aumentou. Venha até a janela e lhe mostrarei minhas casas. Apontando para uma sequência de casas magníficas, disse: “Para que uma idosa como eu precisa de casas tão grandes? Tenho tudo o que preciso nesta casinha onde moro e com o aluguel dessas propriedades sustento os meus missionários. Eu sabia que nunca teria condições de pregar o Evangelho em outros países, por isso decidi que possibilitaria que outros o fizessem por mim”. O Sr. Merriweather concluiu: “Um dia, quando Cristo julgar a Terra, o missionário Merriweather vai estar ao lado desta gentil ajudante dos Estados Unidos, e tenho certeza de que a recompensa dela vai ser muito maior do que a minha. Ela sabia doar com alegria e o Senhor, que ama os que assim fazem, a abençoou.” ■ 11


SUA VEZ DE AMAR Por Alex Peterson

Você tem pais, avós ou outros entes queridos que sofrem de algum dos problemas de longo prazo que ocorrem naturalmente na velhice? Aqui estão cinco maneiras de retribuir o amor e o apoio que recebeu deles:

piorar e não tiverem ninguém que cuide deles, e temem se tornar um fardo para os outros. Compreensão e empatia têm um grande efeito para atenuar as dificuldades e aliviar esses temores.

1. Seja empático. Coloque-se no lugar deles. Talvez ache que você tem problemas, mas se parar para pensar como seria ter a idade deles, provavelmente valorizará muito mais as dificuldades que os idosos enfrentam. Muitos idosos não têm mais a capacidade física de fazer algumas coisas que sempre fizeram, o que pode ser desanimador e os deixar se sentindo inúteis. Alguns perderam a visão ou a audição, ou não conseguem nem comer ou caminhar sozinhos, pelo que se sentem envergonhados, humilhados e roubados de sua dignidade. Há também os que sofrem dores e desconfortos contínuos. Por terem o sistema imunológico enfraquecido, os menores males podem se transformar em problemas graves. Porque seus ossos estão mais frágeis e seus órgãos mais delicados, quando sofrem uma fratura ou algum outro tipo de dano, o processo de cura é mais demorado. Dependendo das circunstâncias, é possível que se preocupem com o que lhes acontecerá se sua condição

2. Demonstre interesse. Alguns idosos podem não ser mais tão fortes ou atentos quanto costumavam ser, mas os aspectos intangíveis mais importantes, isto é, as qualidades individuais que torna cada pessoa única, não diminuíram. Na verdade, muitas vezes, é na velhice que o amor, a consideração pelos outros, a lealdade, o bom humor, o otimismo e a sabedoria atingem sua plenitude. É por isso que muitos idosos são tão fascinantes. Como viveram uma época que os mais jovens jamais conhecerão em primeira mão, dedicar tempo para desenterrar os tesouros dessas experiências proporcionará descobertas maravilhosas, capazes de surpreender até mesmo os próprios idosos.

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3. Demonstre amor e apreço. Às vezes, simplesmente saber que somos amados pode fazer toda a diferença na maneira como vemos nossas atuais circunstâncias e lidamos com elas. Quando


os idosos entendem que seus esforços passados são reconhecidos, têm mais facilidade para entender os contextos de suas vidas e combater os sentimentos de remorso por erros e fracassos, tanto reais quanto imaginários. Algumas das palavras mais tristes que é comum serem ditas em funerais são: “Espero que ele sabia quanto era importante para mim”, ou “Gostaria de lhe haver dito mais vezes quanto a amava.” Demonstre amor e apreço enquanto é tempo. 4. Ajude-os a permanecerem ativos. Numerosos estudos indicam que a atividade física retarda o processo de envelhecimento e melhora a qualidade de vida. A vida sedentária, por outro lado, aumenta os riscos de doenças típicas da velhice e antecipa a morte. Até mesmo caminhar por pouco tempo ao ar livre diariamente é benéfico. Outros estudos mostraram que a estimulação intelectual pode fortalecer a mente e evitar a perda de memória, da mesma forma que o exercício físico fortalece e protege o corpo. Quando questionados sobre o motivo de não serem mais ativos física e intelectualmente, muitos idosos afirmam não terem ninguém com quem se exercitar ou com quem realizar atividades mentalmente estimulantes. 5. Ore por eles. Nossas orações podem fazer a diferença na vida de outros. O simples fato de você orar pelas pessoas mostra seu interesse pela felicidade e bem-estar delas, o que o ajuda a entender melhor o plano amoroso de Deus para suas vidas e como você pode contribuir para realizá-lo. Quando você pede a Deus que alguém não se sinta sozinho, por exemplo, é possível que Deus lhe dê algumas ideias de alternativas para aliviar essa solidão, tais como visitar a pessoa, convidá-la para um passeio à tarde, ligar para ela, ou lhe enviar um e-mail ou um cartão. ■

AMOR MAIOR Jesus disse: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a própria vida pelos seus amigos”.1 Amor maior significa tomar a iniciativa de estender a mão; sentir o que a outra pessoa está sentindo; secar suas lágrimas; carregar seus fardos; compartilhar de suas angústias; ministrar àqueles que estão enfermos e ajudá-los a se recuperar; escutar com amor e atenção; ser um amigo atencioso e compreensivo para aqueles que precisam de um amigo; orar pelos necessitados; ter empatia pelas suas angústias. Muitas vezes, subestimamos o poder de um toque, um sorriso, uma palavra gentil, um ouvido atento, um elogio sincero ou o menor ato de carinho, todos os quais têm o potencial de mudar uma vida. — Leo Buscaglia (1924–1998)

1. João 15:13 13


Por Iris Richard

SOPA DE PEDRA Em maio de 2020, os efeitos da pandemia COVID-19 criaram graves condições para milhares de famílias que vivem em assentamentos informais no Quênia e dependem de empregos diários. Junto com o medo de contrair o vírus, muitas pessoas também tiveram de lidar com as ameaças reais da fome e até da inanição. Para piorar as coisas, um volume atípico de chuva provocou inundações repentinas em muitas regiões do país, causando deslizamentos de terra, mortes e perdas materiais, além de doenças transmitidas pela água contaminada. Uma amiga me relatou uma matéria na televisão sobre uma viúva com quatro filhos pequenos que morava em um vilarejo no litoral. As imagens mostravam as crianças choramingando em uma esteira, enquanto a mãe preparava uma 1. 1 João 5:14–15 14

bebida fermentada aguada em um minúsculo fogão a carvão. Olhando para a câmera, a mulher explicou que estava cozinhando pedras, pois não tinham o que comer naquele dia. Esperava que seus filhos pensassem que ela estava preparando o jantar, parassem de chorar e adormecessem enquanto esperavam. Minha amiga não conseguiu dormir naquela noite, pensando na pobre mãe cozinhando pedras para os filhos famintos. Na manhã seguinte, pediu ao seu advogado que localizasse a pobre mulher. Quando descobriu onde a família estava, enviou dinheiro para ajudá-la. Emocionada, aquela mãe ligou para minha amiga e chorando, agradeceu profundamente, repetindo que Deus tinha ouvido suas orações e resgatado seus filhos, graças àquela doação. Apesar de a maioria de nós não ter passado necessidades durante a pandemia, a fome tem sido um sério desafio para muitos. E assim como

Deus respondeu ao apelo daquela pobre mãe, também podemos ter a confiança de que Ele atenderá as nossas petições. “Esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que lhe pedimos, sabemos que já alcançamos os pedidos que lhe fizemos.”1 E Ele pode agir por nosso intermédio em resposta às orações de outra pessoa, como fez com minha amiga. Nesses tempos difíceis, o desespero se espalha em todo o mundo, inclusive perto de nós. Algumas pessoas precisam de uma refeição; outras, de uma palavra de apoio. Que diferença podemos fazer como seguidores de Cristo ao compartilhar Seu amor com os necessitados! Iris Richard é conselheira no Quênia, onde atua ativamente na comunidade como voluntária desde 1995. ■


Por Marie Alvero

VERDADEIRA JUSTIÇA

A verdadeira justiça começa com uma verdade:

todo ser humano é feito à imagem de Deus. É o que nos dá valor, nos torna semelhantes, apesar das diferenças de raça, gênero, habilidade, capacidade, religião, política, situação socioeconômica e educação. Sem dúvida uma lista de tópicos nada triviais! Há muitas mensagens sugerindo que as pessoas de fé têm um senso de justiça prejudicado, que os crentes aderem a uma visão de mundo que atende aos privilegiados e exclui os fracos ou carentes. Não é verdade. Dizem que a natureza favorece o forte, a sobrevivência do mais 1. Mateus 5:5 2. Veja Mateus 19:14. 3. Miqueias 6:8

apto. Essa lógica pode ser usada para justificar todos os tipos de atrocidades e tolerar a ganância, o abuso e a manipulação. Tudo que você precisa fazer é simplesmente ser mais forte do que o outro. Jesus inverteu essa lógica com o Sermão da Montanha, onde disse: “Bem-aventurados os mansos”.1 Ou quando Ele disse para deixar as crianças virem a Ele, pois a elas pertence o reino dos céus.2 E o que dizer sobre quando Ele tomou sobre Si o peso do pecado da humanidade, o seu castigo e morreu por nós? Ele era o mais forte, mas deixou-Se matar. Os fracos, os oprimidos e os perdidos têm valor para Deus, porque foram criados à Sua imagem. Fala-se muito da justiça social hoje em dia. É fácil até mesmo para os crentes sinceros discordarem sobre a resposta à pergunta “O que Jesus

COMECE AQUI Você pode fazer a diferença na vida dos outros, mas Jesus em você pode fazer uma diferença maior. Se ainda recebeu Jesus, pode fazê-lo agora mesmo por meio de uma oração simples como esta: Jesus, acredito em Você e O convido para participar de minha vida como meu Salvador e companheiro constante. Por favor, perdoe-me pelas coisas erradas que fiz. Encha-me com o Espírito Santo e ajude-me a aprender mais sobre Você, pela leitura da Bíblia. Amém.

faria?”. Um bom ponto de partida é lembrar que somos todos iguais aos olhos de Deus. A história mostra que independentemente da raça, religião, cultura ou sexo que detenha o poder, todos somos igualmente capazes de praticar o mal. O que realmente está no cerne da injustiça e da opressão que vemos no mundo é simplesmente a natureza pecaminosa da humanidade. Os corações precisam mudar, e isso começa comigo e com você. “E o que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?”3 Marie Alvero foi missionária na África e no México. Atualmente, ela vive com o marido e os filhos no centro do Texas, EUA. ■ 15


Com amor, Jesus

A GENEROSIDADE Aproveite novas oportunidades para contribuir. Se não usado, o músculo da generosidade fica rapidamente flácido. Todos os dias, tente dar algo: um sorriso, um elogio, um pouco do seu tempo. Escute alguém. Cozinhe para alguém, doe um objeto do qual não precisa, ou dirija a alguém uma palavra gentil. Há sempre algo que podemos compartilhar com os demais. Nunca se contente com o que deu de coração ontem. Veja cada dia como uma oportunidade inédita de dar o máximo possível. Até mesmo seus pequenos gestos de amor e afeição podem ajudar muito para levar Meu amor e Minhas bênçãos para as vidas dos outros. Faça o que puder para levar um pouco da Minha alegria àqueles com quem tem contato. O amor que você dá não é desperdiçado nem passa despercebido. Cada pequena ação e gesto de amabilidade faz a diferença. É assim que pode deixar a sua luz brilhar para que outros sejam atraídos a Mim. Espalhe o Meu amor liberalmente a todos ao seu redor, na forma de ânimo, elogios e de todo tipo de ajuda que estiver ao seu alcance. Diga para alguém hoje quanto está agradecido por essa pessoa. Diga como ela é especial. Cada um é especial para Mim, e você pode ajudar outros a vivenciarem o Meu amor.


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