Revista 21 - nº 5 jan/fev13

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Os bons ventos da inovação Articulação estratégica de empresas, universidade e governo identifica novas vocações para a economia regional


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VISÃO ACIJ A PALAVRA DA ENTIDADE

Revista 21 Publicação bimestral da Associação Empresarial de Joinville (Acij) Conselho editorial ANDRÉ DAHER ADVOGADO (PRESIDENTE DO CONSELHO DOS NÚCLEOS) DINORÁ NASS ALLAGE CAJADINA (VICE-PRESIDENTE) DIOGO HARON ACIJ (DIRETOR EXECUTIVO) MARIA REGINA LOYOLA RODRIGUES ALVES LEPPER (VICE-PRESIDENTE DA ACIJ) SANDRA TRAPP SOCIESC (INTEGRANTE DO NÚCLEO DE ESCOLAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL) SIMONE GEHRKE EDM LOGOS (ASSOCIADA)

O caminho sem volta da inovação Há quase 18 milhões de referências no Google à palavra inovação, perto de 5 milhões se conjugada à indústria. São inúmeros livros, artigos e pesquisas, entre outras tantas fontes, debatendo a necessidade de “fazer diferente” para se sobressair, seja na vida pessoal, seja no meio corporativo. Está escrito ali, por exemplo, que inovação vem do latim (innovatio) e designa uma ideia, método ou objeto que pouco se parece com padrões anteriores. Inovação tecnológica, em outro verbete, seria “tudo que acontece na fronteira do conhecimento”. A boa notícia que a Revista 21 traz em sua reportagem de capa é que, nesse terreno, Joinville caminha a passos largos: foi o primeiro município catarinense a aprovar a Lei da Inovação e investe na criação de parques tecnológicos que assumem o desafio de levar o conceito para o campo prático. São esforços que vão tornando cada vez mais sólida a economia regional.

TAMBÉM NESTA EDIÇÃO

Jornalista responsável JÚLIO FRANCO (REG.PROF. 7352/RS)

ABRE ASPAS

Produção MERCADO DE COMUNICAÇÃO

BRIEFING

4 A perda de competitividade da indústria

14 Sobram vagas para pessoas com deficiência

Editor GUILHERME DIEFENTHAELER (REG. PROF. 6207/RS)

Reportagem FERNANDA LANGE LETÍCIA CAROLINE ANA RIBAS DIEFENTHAELER LAÍS MEZZARI

22 Em busca da “economia criativa”

Diagramação, ilustrações e infográficos FÁBIO ABREU Fotografia PENINHA MACHADO, ELTON COSTA, BANCO DE IMAGENS E ASSESSORIAS DE IMPRENSA Impressão IMPRESSORA MAYER Tiragem 4 MIL EXEMPLARES Contato REVISTA21@MERCADODECOMUNICACAO.COM.BR

CONJUNTURA

PERFORMANCE

30 Rede privada de saúde em franca expansão CASE

32 Uso racional da água e o sucesso da Docol ENTRE NÓS

38 O que é notícia na Acij PONTO E CONTRAPONTO

48 O impacto da indústria automotiva

Publicidade CÉSAR BUENO (47) 9967-2587 E 3801-4897

HAPPY-HOUR

Endereço para correspondência AV. ALUISIO PIRES CONDEIXA, 2550 SAGUAÇU, JOINVILLE/SC

3 PERGUNTAS

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50 Nos palcos da vida 54 César Souza fala sobre sonhos e pesadelos 3


ABRE ASPAS UMA BOA CONVERSA COM QUEM TEM O QUE DIZER

“Medidas estruturais para retomar a competitividade” Presidente da Fiesc afirma que a indústria catarinense sentiu o peso do Custo Brasil e o impacto da crise internacional É duro o páreo da empresa nacional perante a concorrência externa – e esse panorama tornou-se ainda mais ácido em 2012, com fatores como o retrocesso da economia internacional e o consequente desembarque ostensivo de importados para disputar as atenções do consumidor brasileiro. São algumas das explicações apresentadas pelo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, para o desempenho acanhado do setor de manufatura no ano que passou, com a produção industrial do Estado encolhendo 2,6% sobre o exercício anterior (dados de novembro). Nesta entrevista, ele reconhece que a perda de competitividade tem raras exceções – fabricantes de madeira e móveis, por exemplo, registraram crescimento – e atribui o problema a um punhado de fatores estruturais. As causas, segundo o dirigente, vão da baixa qualificação média do trabalhador ao ambiente pouco propício a investimentos, ao lado da falta de regras claras por parte do setor público e do eterno peso dos impostos sobre a produção.

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Como se comportou a economia estadual no ano passado e o que se pode esperar de 2013? Não foi um bom ano. O Estado, como o país, sentiu a retração na economia internacional e a indústria local teve dificuldades de competir com os importados, que absorveram parte relevante do consumo interno. O desempenho da indústria catarinense foi muito abaixo do potencial – o que naturalmente se refletiu na economia. Outro fator foi o agravamento do Custo Brasil. Com padrões internacionais de custo, tivemos dificuldades para competir com países emergentes, como os asiáticos, sobretudo, que não


FERNANDO WILLADINO/FIESC

pagam os mesmos custos e tributos. Daí que nos tornamos menos competitivos. Em Santa Catarina, houve problemas com os segmentos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos – que sofreu uma queda bastante grande na produção –, plástico, vestuário, alimentos (atingido também pela crise nos insumos), têxtil, de metalurgia básica, entre outros que, em suma, ou produziram menos ou apresentaram baixo crescimento. Alguma surpresa positiva neste quadro? Os casos dos setores de madeira

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e móveis, que iniciaram um processo de recuperação exemplar, depois da crise de alguns anos, e de máquinas e equipamentos. Ambos projetam para 2013 uma continuidade nesse desempenho. Tivemos um crescimento importante das vendas de compressores, o que influenciou muito. A indústria moveleira vendeu quase 5% a mais do que no ano anterior, devido ao aumento do consumo das famílias em 2012. Resultado mais modesto, mas bastante positivo, baseado no mercado interno. Já em madeiras, o incremento foi nas exportações, com avanço de quase 10%.

Qual foi o resultado final do ano, na média da produção industrial catarinense? Até novembro, último dado disponível, a produção industrial caiu 2,6%, em linha com o que ocorreu no Brasil. No ano anterior, a redução havia sido de 4,5%. Mesmo com um resultado negativo, vale frisar que a queda foi menor que a do ano anterior. A surpresa ficou com as vendas, que cresceram 8% no setor. Isso porque parte do portifólio do setor industrial diz respeito à participa­ção dos importados (de 22%). Também houve desova de produtos no primeiro semestre, já que muitas empre5


CÂMARA DOS DEPUTADOS

sas haviam entrado o ano com estoques elevados, na expectativa de um crescimento econômico expressivo. Qual foi o grande vilão da economia brasileira em 2012? A falta de competitividade. Há um fator estrutural relevante: a baixa escolaridade do trabalhador brasileiro e catarinense. Isso não era muito visível quando a competição não se mostrava tão acirrada quanto agora. Precisamos investir em tec­no­logias e estamos encontrando dificuldades em função desse problema, que representa um enorme desafio para a indústria. Outro aspecto: o baixo nível de investimento. O país tem investido pouco, sobretudo em infraestrutura de transportes, cujo custo é elevado. Teríamos que reduzir o custo de logística para melhorar a competitividade. Cabe lembrar ainda a falta de regras claras 6

do setor público, que possam dar segurança ao investidor em relação à participação em projetos do setor público. O governo se esforçou em medidas para desonerar a folha de pagamento, mas essas não mudaram a operação industrial. São medidas pontuais que não trazem a repercussão necessária na economia como um todo. O que se espera para 2013 é que se tomem essas medidas estruturais. Quais as mais emergentes? A primeira é a redução da carga tributária, que se encontra acima da de países emergentes e dos mais desenvolvidos. Esperamos a simplificação dos custos dos setores econômicos. O segundo ponto, em relação a Santa Catarina, são obras de infraestrutura. Temos um complexo portuário muito bom, poucos Estados dispõem dessa condição, mas o acesso aos portos é precário, as

Presidente da Fiesc espera atenção da classe política a fatores que emperram a economia e afirma que o avanço da reforma tributária é “questão de sobrevivência”

condições das rodovias são ruins, o que ocasiona custos de frete elevados – e isso nos distingue dos vizinhos do Sul e da região Sudeste. Somos o Estado que apresenta as piores condições de infraestrutura nas duas regiões. Observa-se que o governo do Estado tem anunciado projetos importantes nessa área, que trarão resultados significativos. Precisamos de investimentos em ferrovias que aliviarão a pressão sobre as rodovias. O sr. acredita que, finalmente, as ferrovias receberão investimentos como um modal alternativo rele-


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vante para os transportes? Temos expectativa positiva em relação à consciência que o governo federal tomou de que é necessário investir em ferrovias. Estamos esperançosos, assim, de que se retome o investimento em ferrovias. Precisamos ter olhar para o longo prazo e investir em alternativas. Toda a estrutura exigirá uma revisão. O sr. afirmou, em artigo recente, que a reforma tributária virou questão de sobrevivência para as empresas e que, se esta não vier, a indústria brasileira corre sérios riscos. Que riscos são esses? Da desindustrialização. O setor tem capacidade de investir muito mais do que está investindo, mas há insegurança em relação ao futuro próximo do país e descompasso entre nossos custos e os dos concorrentes. Não é só responsabilidade do governo. O setor privado tem que investir mais, também, em qualificação do trabalhador, entre outros aspectos. A modernização da legislação trabalhista conduziria a um ambiente melhor para investimentos. O sr. vê perspectivas de que a reforma ocorrerá em breve? Mesmo que não seja do agrado do setor público, teremos que discutir um novo modelo tributário para que o país não se transforme em um mercado em que as importações sejam mais importantes que a produção local. Existe esse risco. Não defendemos fechar o país, adotar políticas de proteção. Temos que manter concorrência para que as indústrias sejam competitivas, mas precisamos de condições isonômicas com nossos competidores. Além do peso dos impostos, que 8

outros obstáculos a indústria brasileira enfrenta hoje e que caminhos devem ser trilhados para superá-los? Primeiro, a carga tributária. Depois, a infraestrutura. Simplificação da

“Não há país que tenha conseguido se desenvolver sem uma indústria forte. Quando o setor não vai bem, a tendência é de que isso se reflita na economia” legislação trabalhista em seguida, com a questão da burocracia – estamos sentindo as dificuldades para iniciar novos empreendimentos. Finalmente, precisamos melhorar os marcos regulatórios para que o setor privado se sinta seguro em fazer investimentos. Especialmente no caso da infraestrutura – portos, aeroportos, o transporte nos seus diferentes modais. A indústria ainda preenche uma fatia relevante da economia catarinense, maior até do que a proporção média em âmbito nacional. Isso é bom ou ruim? E que tendências há de, nos próximos cinco anos, essa participação decrescer – talvez com o incremento do setor de serviços? Isso é bom. Não há país que tenha conseguido se desenvolver sem uma indústria forte. Mas o setor vem perdendo representatividade no PIB. No caso dos três Estados do Sul, isso é menos ostensivo,

pela vocação evidente. Em Santa Catarina, a participação é próxima de um terço do PIB, o que é bastante relevante. Em casos como esse, quando a indústria não vai bem, a tendência é de que isso se reflita negativamente na economia do Estado. Por isso, nestes últimos anos, houve estagnação. A redução da participação do setor deve continuar ocorrendo, mas esperamos que não de forma abrupta. A indústria tende a se especializar, a se automatizar, a buscar melhoria de produtividade e competitividade. O cenário para Santa Catarina é bom para os próximos anos. Se conseguirmos melhorar o investimento em infraestrutura de transportes, Santa Catarina tenderá a ter um crescimento acima da média nacional. Contribuem nesse contexto as indústrias automotivas que estão chegando e que estimularão novos investimentos no Estado. Como o sr. avalia a performance da indústria catarinense, em seus principais polos de desenvolvimento? Quais são, hoje, os carros-chefes, em termos de inovação tecnológica e excelência? E que ramos poderão emergir? Essa é uma questão vital. Santa Catarina precisa fazer um esforço no sentido de buscar investimentos em setores com vantagens comparativas e uso de tecnologia intensiva, como a indústria automotiva. É o que está se vendo, também, na formação de um polo de saúde, já que a indústria de remédios tem um componente tecnológico avançado. Por fim, estamos em vias de consolidar o início de um polo aeronáutico. Dos setores tradicionais, a indústria têxtil tem se sobressaído, como também a agroindústria. Igualmente, os segmentos de papel


DIVULGAÇÃO FIESC

e celulose e plástico se situam nesse contexto de investimentos que priorizam a qualidade do produto em relação ao aumento da capacidade de produção. Olhando para o mercado externo, a aparente estabilização do dólar, na faixa dos R$ 2, já permite a retomada efetiva de exportações para as maiores indústrias do Estado? O dólar vai ajudar neste processo de recuperação do setor exportador. As exportações se tornaram muito mais difíceis por causa da crise nos países da Europa e Estados Unidos e o acirramento da competição. Na hora em que os mercados desses países encolhem, a competição fica muito mais intensa. O Brasil tem condições de recuperar o seu espaço e manter uma boa posição no mercado internacional. Mas o governo precisa estar atento às questões que dificultam as exportações, especialmente a tributária. Qual sua posição sobre a Resolução 13 e a chamada “Guerra dos Portos”? A decisão foi tomada, temos que nos ajustar. Esse é um dos aspectos do que chamamos de insegurança jurídica. Até o momento, as empresas não sabem como as coisas vão ficar. Espera-se que tudo seja convalidado, mas a verdade é que ainda não foi. Há inúmeras dúvidas com relação aos procedimentos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Isso está na ordem do dia e mostra que a burocracia é mais preponderante do que a racionalidade. É preciso que o empresário saiba como proceder. Em certos casos, a situação estimula mais a importação do que

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Mesmo com um crescimento de 8% nas vendas, balanço da indústria foi tímido em 2012; setor de linha branca (foto) exibiu resultado positivo

a produção local. E a complexidade que sempre envolve o cumprimento das obrigações impostas ao setor produtivo, com um custo acessório bastante elevado. Outra queixa sistemática do empresariado diz respeito à qualidade dos serviços oferecidos pelo Estado, na contrapartida dos impostos pagos. Nesse departamento, há melhorias à vista, concluída metade da gestão Dilma Rousseff? Avançamos quase nada em relação a isso. O Brasil não está conseguindo se soltar das amarras da burocracia que tornam todas as questões que envolvem o setor público muito demoradas – e a indústria não pode se sujeitar a isso, pois está competindo com países que não têm a mesma estrutura burocrática que enfrentamos aqui.

E como o sr. tem visto os esforços pela maior eficiência dos gastos públicos, tanto no nível federal quanto no estadual? Que nota dá para o governo Dilma e para o governo Colombo? Prefiro não dar notas. Vejo que há um grande esforço no sentido de tornar as contas mais transparentes. Mas, no final do ano, o governo fez uma certa engenharia para fechar suas contas e, nisso, quebrou algumas regras. O problema do setor público é controlar a máquina pública, incluindo as do Judiciário e do Legislativo. O gasto para manter toda essa estrutura é desproporcional à qualidade dos serviços prestados. Se os propósitos são sempre positivos, percebe-se a dificuldade de avançar para a melhoria efetiva do quadro. A questão política é um dos componentes, mas cabe aos gestores cumprir a 9


sua missão, isso não pode servir de explicação para justificar a baixa eficiência do setor. O Custo Brasil vai subir em 2013? Espera-se que não. Com a diminuição das tarifas de energia, a tendência é de haver até uma redução no Custo Brasil. Isso, somado à desoneração da folha e à redução das taxas de juros, deve resultar em um quadro mais favorável. Qual a posição da Fiesc sobre as isenções de tributos a determinados setores industriais, como ocorreu em 2012? O que produz efeito são medidas horizontais, não verticais. Redução de tributos não deveria privilegiar somente determinados segmentos. Essa tese encontra respaldo nos re-

sultados modestos alcançados com as medidas do governo no ano passado: boa parte dos segmentos que receberam essas isenções não fez novos investimentos. Simplesmente houve movimentos para recuperação de margens que já estavam bastante reduzidas. Um desafio relevante para a indústria está na qualificação profissional. Que respostas o industrial pode dar a essa questão? A qualificação tem que estar incorporada à estratégia da empresa. A melhoria do nível de escolaridade é a chave da solução de grande parte dos nossos problemas. Não exige nem tempo nem investimentos desproporcionais. Em dois ou três anos, é possível qualificar o trabalhador com custos reduzidos. O “Sistema S” está profundamente

comprometido com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Pela primeira vez, o governo adotou, de fato, uma política de valorização do ensino profissional. Em 2012, a Fiesc promoveu o evento intitulado “A Indústria pela Educação”, que passou por oito regiões do Estado. Fomos surpreendidos pela boa adesão do setor empresarial. Em 2013, isso terá consequências práticas positivas, com o início de uma verdadeira revolução no setor. Como o sr. avalia a ação social das empresas catarinenses? Santa Catarina se destaca por essa preocupação do empresário de su­ prir parte do encargo que seria do setor público. Faz parte de um programa de retribuição à sociedade pelas oportunidades usufruídas.

O TERMÔMETRO DA CONFIANÇA NA ECONOMIA BRASILEIRA O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) é uma pesquisa mensal baseada na opinião sobre as condições econômicas atuais e expectativas. O índice varia de 0 a 100. Acima de 50, indica confiança. Abaixo, falta de confiança. O último levantamento foi feito pela Fiesc e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre 7 e 17 de janeiro, com 148 indústrias de SC, da transformação e construção civil. Comparação com o industrial brasileiro Na avaliação das condições gerais da economia, o industrial catarinense estava mais cético em meados de 2012. Agora, além da elevação do índice, demonstra mais otimismo que o industrial nacional, apesar da queda em janeiro.

Presente e futuro Duas opiniões são coletadas para a elaboração do ICEI: sobre o momento atual e sobre as perspectivas para os meses seguintes. O industrial de SC tem estado cético com o presente, mas acredita o futuro próximo será melhor.

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PAINEL ESPAÇO PARA O BOM HUMOR E A INTERAÇÃO COM O LEITOR

CURSOS & EVENTOS

25 E 26 DE FEVEREIRO Curso ”Importação e Benefício Fiscal” Acij, Joinville www.acij.com.br

4 DE MARÇO

Reunião do Conselho Acij, com presença do prefeito Udo Döhler Auditório Acij

5 A 7 DE MARÇO O JOINVILENSE Diogo Cesar É ILUSTRADOR RADICADO EM CURITIBA, JÁ TEVE SEU TRABALHO PUBLICADO EM REVISTAS COMO ÉPOCA E MAD. TAMBÉM É AUTOR DA WEBCOMIC “PEDRO”, PUBLICADA NO SITE WWW.POCOTOMICS.COM

Programa “Excelência no Atendimento ao Cliente” Acij, Joinville www.acij.com.br

19 DE MARÇO A Revista 21 demonstra alinhamento com as melhores práticas de comunicação. É uma honra saber que nossa associação produz um material com este nível técnico e estético. Já se tornou uma referência para entender melhor a economia de Joinville e do país. Parabéns. Wilmar Cidral GESTOR DA SUSTENTARE ESCOLA DE NEGÓCIOS

Ficamos contentes com a nota publicada sobre o setor de eventos e gastronomia em Joinville. Nossa cidade é um polo industrial muito forte, e esse destaque aquece o mercado de eventos, que necessita cada vez mais de estrutura e profissionais capacitados, à altura das feiras e congressos que recebemos. Janara Ziliotto GERENTE DA BOKITOS

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Parabéns à equipe de comunicação e aos gestores da Acij. Recebi a última edição da revista e fiquei impressionado com a qualidade do material. Viajo pelo país ministrando aulas e palestras e posso citar poucas entidades com uma revista desta qualidade. Ganha Joinville, mas, sobretudo, ganham os leitores com mais esse canal de comunicação empresarial. Ricardo Della Santina Torres PROFESSOR DA SUSTENTARE ESCOLA DE NEGÓCIOS

Erramos. Ao contrário do que registra título de nota publicada na edição de novembro/dezembro da Revista 21, a empresa Brunswick, recém-instalada no Perini Business Park, é de origem norte-americana. Críticas ou sugestões para a Revista 21 são bem-vindas. Os meios de contato estão na página 3.

8º Prêmio Fiesp de Conservação e Reúso de Água www.fiesp.com.br/ premioagua

19 A 21 DE MARÇO

Evento Brazil Road Expo Transamérica Expo Center, São Paulo www.transamericaexpo. com.br

26 DE MARÇO

Palestra “Sonhos e Pesadelos dos Líderes Empresariais”, César Souza Hotel Bourbon www.acij.com.br

5 A 14 DE ABRIL

10ª Feira do Livro de Joinvile Centreventos Cau Hansen www.institutofeiradolivro. com.br


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BRIEFING INFORMAÇÃO BREVE E SOBRE TUDO

DIVULGAÇÃO

CAPACITAÇÃO

Tem vaga sobrando para pessoas com deficiência Já tem mais de 20 anos a lei que exige a contratação de portadores de deficiência em empresas com mais de 100 funcionários, de acordo com cotas mínimas. Mas não é nada fácil cumprir a determinação, tamanha a falta de profissionais qualificados com esse perfil. A saí­ da tem sido multiplicar cursos. É o que faz o Programa de Desenvolvimento Profissional para Pessoas com Deficiência do Senai. “Apenas cumprir a cota, sem dar a produtividade e qualidade de trabalho que se espera, leva esses colaboradores a querer sair da empresa”, explica Raphael da Silveira Geremias, diretor adjunto da escola do Senai Joinville. Criado em 2010, o programa busca atender às demandas da indústria na formação técnica com cursos adaptados. A própria estrutura do curso é adequada para o público, com equipe pedagógica capacitada em Libras (linguagem de sinais) e técnicas de ensino, acessibilidade por meio de rampas, elevadores e sanitários, além de recursos didáticos para diferentes tipos de deficiência. “O programa cria oportunidades para as pessoas com deficiência (PCDs), como carreira profissional, melhoria da qualidade de vida, independência social e financeira”, sublinha Raphael.

Senai dispõe de estrutura adaptada para cursos especiais; na foto, aluno de tecnologia da informação

Inserção no mercado Todos os cursos do Senai preveem estágio obrigatório – o primeiro passo para inserção dos estudantes no mercado de trabalho. De acordo com Sergio Luiz Celestino da Silva, presidente do Conselho Municipal do Direitos da Pessoa com Deficiência (Comde), para aumentar a inclusão social deste público, ainda é necessária uma maior fiscalização do governo e a “própria mudança de paradigmas da pessoa com deficiência, que muitas vezes tem medo de perder o Benefício de Prestação Continuada (BPC) caso o trabalho não dê certo”. Hoje, se isso ocorre, a pessoa automaticamente volta a receber o benefício. “As empresas muitas vezes procuram os PCDs qualificados para trabalhar em áreas que não exigem qualificação”, registra Sergio. Há nove empresas parceiras do programa mantido pelo Senai, que colaboram por meio de patrocínio, contratação de estagiários e até no desenvolvimento dos cursos. Seu principal auxílio, porém, é com a elaboração técnica do projeto, sugerindo competências necessárias para ocupação das funções de trabalho e contribuindo com a definição do perfil profissional de saída dos cursos.

NÚMEROS EM ASCENSÃO

Mais de 1.000 pessoas com deficiência participaram da formação profissional em SC nos últimos três anos

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Cerca de 120 PCDs

em Joinville tiveram aulas de qualificação profissional e nos cursos técnicos promovidos pelo Senai

17 e 18 anos

é a idade média dos alunos com deficiência que buscam o primeiro emprego


EVANDE DA SILVA/SENAI

Parceria fundamental Para as empresas, o Senai pode apoiar na identificação de pes­ soas com deficiência e no processo de seleção. “É um projeto desenvolvido com as empresas, e não para as empresas”, explica Raphael Geremias. Como reconhecimento da iniciativa, dois prêmios já foram conquistados: o Prêmio Nacional de Educação e Direitos Humanos de 2010, referente ao Laboratório de Acessibilidade, e o Prêmio Elpídio Barbosa de 2011, concedido pelo Conselho Estadual de Educação. Para os portadores de deficiência, o curso é gratuito. Paralelo às ações do Senai, o Comde tem rea­ lizado seminários de empregabilidade, fóruns com agências de RH e fiscalização nas empresas, como também discussões nas conferências municipais com ela­ boração de propostas que contemplem as pessoas com deficiên­cia no mercado.

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CONSULTORIA

Interpretação contratual: cuidado nunca é demais Tropeços na elaboração de contratos são mais comuns do que se imagina nas relações empresariais – e podem dar aquela dor de cabeça para as partes. Uma das explicações recorrentes é a simples falta de atenção na análise do documento. A advogada Carolina dos Santos afirma que os equívocos mais frequentes se referem à aplicação e verificação dos direitos e deveres dos envolvidos. “Um caso comum é o da aplicação de juros e multa, muitas vezes acima da média legal. Quando isso não é observado pela parte aderente ao contrato, pode trazer prejuízos”, complementa. Ao

APRENDA A INTERPRETAR UM CONTRATO

lidar com grandes empresas, o pequeno e médio empresário por vezes se sente inseguro na hora de assinar o contrato – e toma essa atitude com medo de perder o negócio. Se a relação acaba na justiça, a interpretação contratual deve ser feita da forma mais segura para as partes, mas o Código Civil Brasileiro diz que, caso haja cláusulas contraditórias ou com dupla interpretação nos contratos de adesão – aqueles elaborados unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços –, a análise deve ser favorável à parte que recebe o documento para assinatura.

Há dois tipos de interpretação contratual

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Interpretação objetiva Deve examinar o contrato sob o ponto de vista da vontade das partes. O legislador ajuda a parte mais fraca à medida que considera princípios como o da boa-fé.

No Código Civil A partir do artigo 104 no Livro III, intitulado “Dos fatos jurídicos”, estão as leis referentes aos negócios jurídicos, onde se explicita, por exemplo, a interpretação baseada na boa-fé e nos costumes da localidade. Consulte um profissional O que se indica sempre é a análise do contrato por um

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Interpretação subjetiva O legislador também analisa a vontade das partes, mas questiona primeiramente qual foi a intenção comum das partes, e não a vontade de cada um.

advogado que tenha conhecimento na área, antes da sua assinatura, pois ele irá interpretar as cláusulas de acordo com a lei. De olho no contrato Mas, se isso não for possível, é interessante que as partes discutam as cláusulas do contrato antes da assinatura, de forma que fiquem claras e concisas evitando uma futura discussão.

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OBRAS NO AEROPORTO

COMO FUNCIONAM OS EQUIPAMENTOS

Mais gente no ar

O ILS é um sistema de aproximação baseado na transmissão de sinais de rádio, da pista para a aeronave. Auxilia no posicionamento de aterrisagem. É composto de dois equipamentos, o localizer e o Shelter glide. O Papi também será instalado.

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1

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Localizer

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Shelter Glide

Papi MUITO ALTO LIGEIRAMENTE ALTO POSIÇÃO CORRETA LIGEIRAMENTE BAIXO MUITO BAIXO

Equipamento que mostra através de ondas VHF a orientação lateral ideal em relação à pista, possibilitando ao piloto a correção do avião

Equipamento que simula uma rampa de aproximação através de ondas UHF. Mostra a orientação vertical que a aeronave deve tomar

Sistema auxiliar, com quatro caixas de luzes vermelhas, que indica a posição vertical de aproximação. Funciona com visibilidade reduzida

A posição dos equipamentos na pista do aeroporto

ONDE FICA Bairro Cubatão

AEROPORTO Rio Cubatão

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Em se tratando de segurança, o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, de Joinville, começa a assumir ares de gente grande. Dentro de cerca de quatro meses, estará instalado, na cabeceira 33, o equipamento ILS, também chamado de Sistema de Aproximação de Precisão, abastecido por informações de localizador em VHF e Glide Slope em UHF, que exibem a orientação lateral e o ângulo de descida, ajudando no alinhamento da aeronave com o eixo da pista e com a correta trajetória para pouso. Na cabeceira 15, a pista recebe outro equipamento que ajudará na aproximação para as aeronaves chegarem ao solo. Chamado de Papi, o sistema é um indicador de rampa de aproximação desenvolvido pela Organização de Aeronáutica Civil Internacional (Oaci) – e é integrado por uma barra lateral com quatro caixas de luzes, instalada, normalmente, do lado esquerdo da pista. O Papi vai informar, com precisão, a posição ideal para a aeronave pousar. Associadas à ampliação do aeroporto – que está em fase de desapropriação das áreas vizinhas, para chegar aos ideais 2 milhões de metros quadrados, ou 150% maior que o atual –, as mudanças acenam para um cenário novo e promissor. O superintendente Rones Haidemann aposta que os números de voos – e também de passageiros – devem crescer bastante. Operando com pouco mais de metade de sua capacidade de movimentação de passageiros, o Aeroporto de Joinville deve ver cair para algo em torno de 0,5% o índice de voos sem autorização para pouso, beneficiando enormemente o usuário.

250 METROS

A movimentação do aeroporto Passageiros

484.305

Pousos e decolagens 421.593

289.161

9.902

10.106

8.315 5.831

208.492

2009

2010

2011

2012

2009

2010

2011

2012


GARUVA 4KM

ITAPOÁ Jaca

O QUE FOI FEITO

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Trecho entre o Cubatão e a Vigorelli

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Trecho entre o Gibraltar e o Estaleiro

3 4

5 Cubatão

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Gibraltar

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Vigorelli

Estaleiro

Trecho entre Laranjeiras e a BR-280

JOINVILLE ZONA URBANA

Projeto executivo para Salinas, em Barra do Sul

Trecho entre o Estaleiro e a Comunidade de Jaca

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Pavimentação do acesso ao Ervino

JARAGUÁ DO SUL

Enseada SC-301

3

Laranjeiras SÃO FRANCISCO DO SUL

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PARA 2013

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Porto

ARAQUARI Praia do Ervino

BR-280

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GUARAMIRIM

BARRA DO SUL

BR-101

ÁREA AMPLIADA Oceano Atlântico

BARRA VELHA

LITORAL

A quantas anda da Costa do Encanto Ainda não foi neste verão que os turistas puderam desfrutar da total integração viária dos municípios praianos do Litoral Norte, como prevê o projeto Costa do Encanto, do governo estadual. Mas as obras vão avançando. O projeto, que envolve oito regiões – entre elas, Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Garuva, Itapoá, Joinville e São Francisco do Sul –, sustenta-se em um tripé formado por estrutura de transporte, incentivo e resgate das culturas populares e preservação ambiental. Segundo dados da Secretaria

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de Desenvolvimento Regional de PENHA Joinville (SDR), foram despendidos R$ 2,3 milhões na pavimentação de um trecho de dois quilômetros, do bairro Cubatão à praia da Vigorelli, em Joinville. Em 2012, foram entregues os 6,3 quilômetros que ligam os trechos Gilbratar/Estaleiro e os 3,9 quilômetros que unem Laranjeiras à BR-280, ambos em São Francisco do Sul, em um investimento total de mais de R$ 10 milhões. Para 2013, a previsão é iniciar obras no pedaço que vai do Estaleiro, em São Francisco do Sul, à localidade de Jaca, em Itapoá,

em um total de R$ 24,5 milhões. O término da pavimentação do acesso à Praia do Ervino, em São Francisco do Sul, também está previsto para este ano. Para completar, o projeto executivo das obras entre a praia de Salinas, em Balneário Barra do Sul, e a BR-101, em Araquari, já foi finalizado, com um recurso estimado em R$ 56,3 milhões. A primeira fase da Costa do Encanto está sendo executada pelo governo do Estado, por meio de um financiamento com a Cooperação Andina de Fomento (CAF). 17


INFRAESTRUTURA

Santos Dumont perto da duplicação O intenso trânsito para chegar aos principais centros universitários de Joinville e ao aeroporto passa pela Avenida Santos Dumont. Para aliviar o movimento, a proposta é duplicar o trecho a partir do final da Rua João Colin, em uma extensão total de 8.100 metros. Recentemente o tema foi discutido entre a Acij, o prefeito Udo Döhler e o secretário estadual da Infraestrutura, Valdir Cobalchini. A previsão da Secretaria de Infraestrutura é de que as obras se iniciem em março, mas o projeto ainda necessita a aprovação da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) e da desapropriação de um total de 96 imóveis, pertencentes a 78 donos. A Infrasul venceu a licitação, com proposta de R$ 47,9 milhões, valor 22% menor do que o estipulado pelo edital, de R$ 61 milhões, e a autorização para o início dos trabalhos deve ser concedida neste 18 de fevereiro pelo governo estadual. A duplicação foi anunciada bem antes, no final de maio de

2012, pelo governador Raimundo Colombo, que revelou que os recursos seriam obtidos pelo BNDES. O valor, porém, não pode ser destinado a desapropriações, ficando o pagamento a cargo da prefeitura, que afirma não ter dinheiro para esse fim. Para contornar a situação, o prefeito Udo e a Acij buscam a doa­ção das faixas de terreno necessárias à duplicação junto a proprietários de grandes áreas. O argumento é a importância do desenvolvimento da região, e, por consequência, da cidade, além da valorização imobiliá­ria. O primeiro a ceder a faixa de terreno, com testada de 150 metros e total de 880 metros quadrados, foi o Perini Business Park, por meio do diretor Marcelo Hack, A Transtusa também cedeu 100 metros de testada, além das empresas Campeã e Duque. A Acij, que atua como facilitadora, está em contato com a prefeitura para buscar incentivos fiscais às empresas que doarem seus terrenos.

Trecho da Santos Dumont próximo ao centro universitário, em uma das regiões mais movimentadas de Joinville: previsão é de que as obras comecem em março, mas ainda falta resolver a desapropriação de áreas

GESTÃO DE RISCOS

Solução da OpenTech controla jornada de caminhoneiros Em nome da segurança do trânsito e dos motoristas, o Brasil tem, desde meados do ano passado, uma legislação específica para os profissionais do volante, com ênfase aos transportadores de carga que, diariamente, cruzam este país continental. Hoje, motoristas e empresas têm de se submeter à regulamentação, que indica, por exemplo, períodos ininterruptos máximos de quatro horas – é necessário parar por pelo menos 30 minutos a cada in18

tervalo – e identificação de paradas para refeição, descanso e espera. Foi de uma empresa joinvilense que surgiu uma das mais completas soluções para o desafio de cumprir a legislação e ajudar a proteger os profissionais, seus veí­culos e cargas – além de todo o trânsito, nas movimentadas estradas verde-amarelas. Batizado de OpenJornada, o software exclusivo da OpenTech já ajuda a monitorar cerca de 12 mil veículos por dia.

A empresa, criada em 2001, é especializada em gerenciamento de riscos – e recentemente incorporou novos sócios: a Jequitibá Participações, liderada por Jorge Steffens e Paulo Caputo. Com novos diretores contratados e um forte conselho de administração – Alfredo Zattar, Sérgio Trauer, Jorge Steffens, Paulo Caputo Uhdre e Miguel Abuhab –, a OpenTech pretende ser a “número um” do Brasil em gestão de riscos ainda em 2013.


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SANTOS DUMONT TEM 8 KM E É O PRINCIPAL ACESSO AO AEROPORTO Jardim Paraíso AEROPORTO ÁREA AMPLIADA

UNIVILLE

Av. Santos Dumont

TERMINAL NORTE

Rua João Colin

1 km Centro

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INDICADORES ACIJ

Importações superam exportações pela primeira vez no século As importações de Joinville bateram recorde em 2012. E foi também a primeira vez, desde 2000, que superaram as exportações em um ano. Foram R$ 213,6 milhões a mais de compras. É um resultado anunciado. Desde 2008, início da crise internacional, Joinville registrava a cada ano saldos menores em favor das exportações. Saldo da balança comercial joinvilense

999,4

745,7

1.047,2 943,2

723,4 565,8

554,1 445,5

VALORES EM US$ MILHÕES POSITIVO PARA AS EXPORTAÇÕES POSITIVO PARA AS IMPORTAÇÕES

391,2

387,7 231,2

213,6 24,2

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

A mudança no fluxo

De quem compramos

Abaixo, as linhas de desenvolvimento do valor total da balança comercial de Joinville, entre 2000 e 2012. Até 2008, a balança pendeu para o lado das exportações. Mas a queda de 2009, acompanhada da explosão nas importações em 2010, inverteu a tendência. Desde 2010, as importações crescem em ritmo constante e as exportações apresentam queda.

O gráfico abaixo mostra o desempenho percentual dos 20 primeiros países na lista de importações de 2012, em relação a 2011. Treze deles tiveram desempenho positivo de uma ano para o outro. China, líder na vendas para Joinville, teve crescimento de 4,65%. Chile, Cingapura, Japão, México e França se destacam. Argentina apresenta queda.

Evolução da balança comercial joinvilense

Os 20 países de quem mais compramos em 2012

VALORES EM US$ MILHÕES

VALORES EM US$ MILHÕES VARIAÇÃO EM%, DE 2011 P/ 2012

2.000

1.824,0 1.712,4

1.500

1.610,4 EXPORTAÇÕES

1.000

769,2 600,3 500 IMPORTAÇÕES

156,8 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

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1º CHINA 2º CHILE 3º ALEMANHA 4º EUA 5º ARGENTINA 6º PERU 7º CINGAPURA 8º COREIA DO SUL 9º TAIWAN 10º JAPAO 11º ITALIA 12º MEXICO 13º FRANCA 14º REINO UNIDO 15º ÍNDIA 16º SUÍÇA 17º ESPANHA 18º AFRICA DO SUL 19º FINLÂNDIA 20º MALÁSIA

656.444.891 4,65 231.862.179 90,04 168.189.051 -0,61 114.750.168 6,14 74.250.233 -20,10 59.843.352 -3,52 59.091.168 168,50 51.326.248 -3,33 42.873.574 0,98 41.922.185 64,32 35.654.655 -11,29 35.517.964 111,20 24.700.866 76,66 23.990.175 2,80 21.688.389 -7,03 13.179.767 -29,18 12.433.635 15,52 12.374.723 30,35 11.828.137 19,69 11.311.394 40,27

FONTE: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR


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SINAL DE ALERTA

Um monstro de duas cabeças Não é apenas a chamada desindustrialização que preocupa o empresariado brasileiro, com a participação cada vez menor do setor industrial no bolo da economia e o desestímulo recorrente a novos investimentos. Para Carlos Pastoriza, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), há outro fantasma à espreita: a desnacionalização. Em palestra na Acij, Pastoriza comparou esses fenômenos a um “monstro de duas cabeças” que só poderia ser combatido com medidas palpáveis, da parte do governo federal, para resgatar a competitividade da indústria verde-amarela. Entre elas, citou aspectos como câmbio e tributos, “que criam um cenário de insegurança ao empresariado brasileiro”, além da necessidade de criar “regras claras que atendam aos interesses do Brasil”, a exemplo da restrição de investimentos estrangeiros em setores estratégicos e a obrigatoriedade de “conteúdo local” em produtos manufaturados, “para que o país não se transforme

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Pastoriza, da Abimaq: “A desnacionalização é um processo que corre solto, sem qualquer limite à compra de empresas por estrangeiras”

em maquiador ou produtor de itens com baixo valor agregado”. À Revista 21, o diretor da Abimaq afirmou que o governo Dilma tem dado mostras de que está preo­ cupado com a desindustrialização, mas que não se pode dizer o mesmo da desnacionalização: “Esse processo corre solto, sem qualquer

limite à compra de empresas nacionais por grupos estrangeiros”. Quanto ao futuro, não é lá muito otimista: “Infelizmente, se é que a história serve de base, não se farão mudanças importantes antes que uma grande crise nos assole, como se pode ver com o exemplo da Europa hoje”.

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CONJUNTURA TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS SOB O OLHAR JOINVILENSE

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A virada da inovação Com parques tecnológicos e incubadoras, Joinville acena para o advento da economia criativa A união de forças entre universidades, iniciativa privada e governo é uma fórmula consolidada mundialmente como essencial para alavancar a inovação. Criado em 1990 por Henry Etzkowitz, diretor do Instituto de Política Científica da Universidade do Estado de Nova York, o modelo sugere um movimento cíclico, espiral e cumulativo do processo criativo e inovador – por isso chamado de tríplice hélice. Nesse

ciclo, as universidades geram o conhecimento e capacitam os profissionais, os governos contribuem com políticas públicas de fomento e as empresas levam isso tudo para o campo prático, promovendo o desenvolvimento regional com responsabilidade social. No caminho que, defendem os teóricos, vem fazendo a transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento, Join­ville percebe a importância da assim chamada “economia criativa”. Foi o primeiro município catarinense a aprovar a Lei da Inovação (nº 7170/2011), tem um Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Comciti) e está desenvolvendo dois parques tecnológicos: o

Parque Tecnológico do Norte Catarinense – com a chancela da Acij, e que se encontra em fase de planejamento – e o o Inovaparq, em atividade desde 2011. Parques tecnológicos são uma das principais iniciativas que representam a aplicabilidade da tríplice hélice. Normalmente sem fins lucrativos, criam um espaço onde empresas de inovação se hospedam e realizam a intermediação entre tais empreendimentos com as universidades e o governo. Nesse sentido, o Inovaparq se sobressai por ser o único no Brasil que é gerido por quatro entidades de ensino e ainda de esferas diferenciadas: Universidade da Região de Joinville (Univille), Universidade Estadual de

FÁBIO ABREU

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Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Pontifícia Universidade Católica (PUC). “Na sociedade do conhecimento, o almejado desenvolvimento econômico e social sustentável somente será possível a partir da interação efetiva entre esses atores que compõem a tríplice hélice da inovação”, sustenta Sandra Furlan, reitora da Univille. Para a universidade, a idealização do projeto tomou como base a necessidade cada vez maior de as empresas pautarem seu desenvolvimento tecnológico a partir da inovação em produtos e processos, sem deixar de lado a inovação organizacional. Localizado em terreno da Uni­ ville, onde antigamente era sede do Sesi, o Inovaparq tem 63 mil metros quadrados disponíveis para construção, mas hoje ocupa somente seis mil. A ideia é disponibilizar às empresas instaladas o acesso ao ambiente de conhecimento das univer­ si­ dades, oferecendo outras possibilidades, como a realização de projetos de pesquisa e desenvolvimento e a captação de recursos para apoio à inovação, com o suporte de professores, pesquisadores e estudantes de diversas áreas. Hoje, o Inovaparq abriga uma incubadora tecnológica e outros três empreendimentos, com destaque para a Sonda IT, empresa âncora do complexo. O termo “empresa âncora” designa uma grande organização que se instala no parque em sua fase inicial e que irá promover a atração de outras empresas por meio da credibilidade que empresta e por trazer consigo um conjunto de demandas que podem ser supridas por outras instituições. Walter Lohmann, gestor da operação da Sonda IT Joinville, conta que o principal motivo para a instalação no Inovaparq foi a possibili24

dade de desenvolver um plano de capacitação envolvendo alunos de diferentes cursos e a proximidade do conhecimento técnico e teórico, que colabora na melhoria dos processos internos. “Estávamos em um prédio no centro de Joinville, bem instalados, mas resolvemos mudar para mostrar que essa parceria é algo definitivo, que não temos a distância física como desculpa para não realizar esse tipo de procedimento”, ressalta o gestor. Fundada no Chile em 1974, a Sonda IT tem mais de 12 mil colaboradores, seis mil destes no Brasil, onde atua há 20 anos. É a quarta maior empresa de tecnologia da informação da América Latina, segundo o International Data Corporation (IDC). Em Joinville, com 40 funcionários, atua no segmento de aplicativos. As empresas maiores que se instalam em parques tecnológicos também podem fazer negócios com empreendimentos iniciantes, mantidos em incubadoras dentro do próprio parque. Como o nome indica, as Incubadoras de Base Tecnológica (IBT) têm o objetivo de apoiar o desenvolvimento de novas empresas, especialmente por meio de treinamentos e consultoria em gestão. “Quando se trata do setor de inovação, os empreendedores têm uma formação técnica muito boa, mas geralmente não possuem conhecimento de mercado e de aspectos de gestão”, explica Vanessa Collere, da diretoria do Inovaparq, que mantém sete empresas abrigadas na incubadora. Sob a mesma ótica do Inovaparq, Joinville espera pela vinda de mais um parque tecnológico, conduzido pela Acij. A intenção é implantá-lo às margens da BR-101, próximo ao campus da UFSC. O Parque Tecnológico do Norte Catarinense vai se concentrar nas áreas de economia verde, biotecnologia,

Vanessa Collere, do Inovaparq: complexo dá suporte em mercado e gestão; na foto de cima, Lineu, da EcoBabitonga; na de baixo, Walter, da Sonda IT

fármacos e saúde, logística (mobilidade), materiais e tecnologia da informação e comunicação, que são consideradas estratégicas para a cidade e para a economia. Concebido como um complexo de clusters mutissetoriais – uma concentração de empresas de diferentes setores que colaboram entre si –, o parque visa estimular o desenvolvimento regional a partir da interação entre


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empresas e ICTI. A proposta surgiu em 2007. Com o apoio da Fundação Certi, a primeira etapa, que consiste em rea­ lizar um planejamento e estudo detalhados, já foi finalizada. De acordo com Mohana Faria de Sá, coordenadora de Projetos do Centro de Empreendedorismo Inovador da Fundação Certi, os critérios utilizados para avaliação do terreno foram proximidade do campus da UFSC Joinville, acessibilidade e análise ambiental, fundiária e da tipologia do terreno. “Para as próximas etapas, é necessário que sejam feitos estudos técnicos detalhados e aprofundados, principalmente quanto à sondagem do terreno e à hidrologia”, complementa. Para o projeto deslanchar, a

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Acij espera a aprovação da Lei de Ordenamento Territorial (LOT), que tramita na Câmara de Vereadores. “A LOT determina que o espaço destinado ao parque passe de área rural para área de transição, possibilitando o investimento, com aproveitamento de até 20% do terreno e preservação permanente do restante”, explica Mario Cezar de Aguiar, presidente da Acij. As áreas de transição são consideradas zonas de amortecimento entre o urbano e o rural, com a ocupação controlada pela prefeitura. Para o parque, estão previstos 30 milhões de metros quadrados dessa área, mas a taxa de ocupação será de 600 mil metros quadrados, considerando três pavimentos. O espaço receberá laboratórios de

pesquisa, incubadoras, áreas de teste, entre outros elementos necessários para o desenvolvimento de inovações, e o restante será destinado à conservação ambiental. Atentando ao caráter re­ gional embutido no título do projeto, o presidente da Acij ainda afirma que outras cidades devem ser contempladas pelo empreendimento, por meio da rede de Associações Empresariais do Norte Catarinense. “Com o desenvolvimento da economia em áreas de inovação, incrementado pelo Inovaparq, e a constituição desse novo parque, a população terá benefícios no surgimento de mais empresas, que geram empregos, renda e impostos para os municípios. A médio prazo, o benefício será na criação de conteúdo e tecnologia, preciosos para o desenvolvimento da região com independência e na vanguarda tecnológica”, prevê Aguiar. O aval institucional para esses esforços virá, também, do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia e Inovação (Comciti), criado em março de 2012 e que conta com 25 representantes do poder público, setor privado, associações e instituições acadêmicas. Sua função é propor e fiscalizar políticas públicas de desenvolvimento técnico-científico, além de promover a democratização do conhecimento das novas técnicas e incentivar sua adaptação à realidade local. “Join­ ville ocupará posição de relevância nacional, a partir da estruturação dos projetos idealizados pelo Comciti e da Lei da Inovação, tendo as instituições de ensino papel fundamental”, observa o economista Marcos de Oliveira Vieira, diretor executivo da Secretaria de Integração e Desenvolvimento Econômico, que passa a presidir o conselho neste ano. 25


Da academia para o empreendedorismo Ao tomar conhecimento do edital que abria vagas no Inovaparq, o professor doutor Gilmar Erzinger e o mestre Lineu Fernando Del Ciampo encontraram o lugar certo para desenvolver um produto voltado à área de bioen­saios. Engajados em pesquisas sobre mudanças climáticas globais e ecossistemas aquáticos, em parceria com a Friedrich-Alexander Universitat Erlanger-Nurnberb/ Fauen, da Alemanha, resolveram se aventurar no empreendedorismo e lançar um instrumento para medição de radiação ultravioleta e um biossistema para análise de parâmetros de poluição ambiental em ecossistemas aquáticos. A empresa deles se chama EcoBabitonga. O ImagingTox System M reali­

26

za bioensaios automaticamente, usando técnicas de análise de imagem em tempo real, com o auxí­ lio de uma alga unicelular. “Procura alterações no comportamento do movimento do organismo, induzidas por substâncias tóxicas que afetam seus parâmetros fisiológicos”, explica Lineu. A iniciativa já conquistou prêmios internacionais, como o “InfoDev Top 50 SMEs”, recebido em 2011, no Fórum Global de Inovação e Tecnologia, na Finlândia. No mesmo ano, um artigo sobre o tema foi apresentado no 6º Congresso Brasileiro de Biossegurança e alcançou reconhecimento como melhor trabalho na seção “Descarte e descontaminação”.

Para Gilmar Erzinger, a instalação em uma incubadora tem sido “uma experiência excelente, ao permitir a interação com outras empresas de perfil semelhante, empreendedores que acreditam em inovação”. Outro ponto positivo é a proximidade com a universidade e a indicação de fornecedores confiáveis. Lineu chama atenção para o acesso facilitado a editais de fomento para uma série de atividades. Os professores já pensam nas próximas ideias, que devem levar em consideração a mesma tecnologia de análise e imagens de vídeo em tempo real com o apoio de um aeromodelo com controle remoto, além de pesquisas para tratamento de efluentes.


COMO FAZER PARTE DO INOVAPARQ

1

As “incubadas” são escolhidas por edital, devem apresentar diferencial inovador e pertencer às seguintes plataformas tecnológicas: biotecnologia, design, químico farmacêutico, materiais, meio ambiente, metal mecânico ou tecnologia da informação e comunicação

2

É necessário que as empresas interessadas montem um plano de negócios, no qual seja demonstrada a viabilidade do empreendimento, o cenário do setor de atuação e a solução desenvolvida para o mercado

3

As empresas se instalam na incubadora, em uma das salas de 15 m2, e podem usar o restante da estrutura do parque. A utilização de laboratórios ou equipamentos específicos mantidos pelas universidades também é facilitada pelo parque

“Estado máximo da inovação” Joinville segue o movimento estadual da inovação e do surgimento de parques tecnológicos. Além do Inovaparq, já existem três parques em Florianópolis (Parque Tecnológico Alfa, Sapiens Parque e Corporate Park) e um em Tubarão (Uniparque). De acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação no Estado de Santa Catarina (Fapesc), outros 12 empreendimentos estão em fase de implantação, com apoio do programa Inova@SC, desenvolvido pelo governo estadual e que busca tornar Santa Catarina o “Estado máximo da inovação”. As incubadoras também alcançam destaque. Um levantamento realizado pela Fapesc no ano passado apontou 38 incubadoras de base tecnológica em atividade no Estado. Ao todo, 300 micro e pequenas empresas empregam em torno de 1.900 profissionais de

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múlti­ plas áreas de conhecimento. No período de 2002 a 2011, a entidade investiu R$ 6 milhões em 31 dessas incubadoras, apoiando projetos de implantação, estruturação ou fortalecimento das unidades. Mais de 200 empresas já foram graduadas, cresceram e se consolidaram, tornando-se autônomas, com endereço próprio, e expandindo produtos e serviços até junto ao mercado internacional. Para Randolfo Decker, coordenador de projetos técnico-científicos da Fapesc, o futuro das cidades depende cada vez mais da oferta de serviços e produtos relacionados à economia criativa. O coordenador avalia que Joinville, pela localização estratégica e estrutura político-econômica, é o lugar apropriado para atrair empreendimentos inovadores. A cidade será um dos 12 polos regionais que integram o Inova@SC. A ideia é levar em conta

a vocação econômica regional, envolvendo instituições de pesquisa, empresários e governo, para criar um modelo que atraia e retenha empreen­ dimentos, atendendo às demandas dos municípios que farão parte desses distritos. A meta do governo é investir R$ 40 milhões. O Inova@SC foi criado em 2011 como parte do plano de ação para a Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), traçado pelo secretário Paulo Bornhausen. “Ouvindo os setores da indústria e do comércio e a sociedade, ficou claro que tínhamos que construir uma nova economia baseada na inovação”, comenta. Num primeiro momento, foram mapea­das todas as iniciativas existentes em Santa Catarina para estímulo da inovação e foi diagnosticada a importância da criação desses ambientes, para os quais se deu o nome de distritos 27


DIVULGAÇÃO

de inovação. Em um ano, foram lançados os distritos de Itajaí, Chapecó e Joaçaba. Em Joinville, o centro de inovação será implantado junto ao Inovaparq e terá as obras iniciadas ainda neste ano. Paralelamente, o governo tem se colocado como parceiro para a implantação do Parque Tecnológico do Norte Catarinense, liderado pela Acij. “Após esses primeiros passos, o projeto Inova@SC entra em uma fase de consolidação e instituciona­lização. Nossa meta é criar esses ambientes de inovação e, a partir daí, entrar numa nova etapa de geração de valor para a economia que é o fomento aos negócios”, complementa Bornhausen. A articulação do Inova@SC também já tem gerado a captação de recursos junto às esferas do governo, como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e acordos internacionais para transferência de conhecimento e tecnologia, e de intercâmbio comercial. Para Francilene Procópio Gar­ cia, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), os parques tecnológicos beneficiam as empresas nele abrigadas, além da região e da economia como um todo, por gerar um ambiente de cooperação entre organizações inovadoras de todos os portes e instituições de ciência e tecnologia. “Os serviços oferecidos são de alto valor agregado, facilitam o fluxo de conhecimento e tecnologia, possibilitam a geração de empregos qualificados e o aumento da cultura e da atividade empreendedora”, complementa. O Brasil conta com 90 projetos de parques tecnológicos, sendo que aproximadamente 30 estão em operação. A Anprotec iniciou 28

Paulo Bornhausen é o mentor do Inova@SC: meta é criar “ambientes de inovação” espalhados por todo o Estado

estudo para detalhar e atualizar o perfil dessas instituições, das empresas e entidades que estão baseadas nelas, além de identificar quantos parques existem em cada região. “Nossa base de dados indica que as regiões Sul e Sudeste apresentam números bastante semelhantes em relação ao total de parques tecnológicos em operação”, afirma Francilene Garcia. São 24 projetos no Sul, dos quais 13 estão em operação, e 52 no Sudeste, com 12 empreendimentos

em funcionamento. A presidente da Anprotec aponta como os principais benefícios dos parques tecnológicos a integração entre instituições de pesquisa, empresas nascentes e organizações de grande porte, o desenvolvimento de um ambiente favorável à troca de experiências e parcerias, geração de empregos e criação de demanda para terceirização de serviços. “Esses mecanismos de apoio à inovação contribuem de forma relevante para consolidar a formação de uma indústria forte e competitiva baseada no conhecimento, bem como para criar condições mais favoráveis à agregação de tecnologia e inovação ao setor industrial, agrícola e de serviços já estabelecidos em nosso país”, atesta. Outro ponto que a entidade percebe é o crescente interesse de investidores


estrangeiros no país e nas empresas inovadoras aqui sediadas, das quais muitas têm base em parques tecnológicos. Para as incubadoras, a Anprotec presta apoio e orientação ao desenvolvimento de novos projetos. São oferecidos treinamentos, seminários, cursos e outros subsídios para aprimorar a gestão dos empreendimentos. Uma das ferra­ mentas utilizadas é o “Cerne”, modelo que visa promover a melhoria dos resultados em termos quantitativos e qualitativos e que está se consolidando como importante item para a profissionalização da gestão das incubadoras brasileiras. De acordo com estudo realizado pelo MCTI, em parceria com a Anprotec, são 384 incubadoras no país, que abrigam 2.640 empresas, gerando 16.934 postos de trabalho. O Brasil também se encontra em momento propício para o in-

vestimento no setor da inovação, com o tema ganhando destaque em pautas estratégicas do governo. O plano Brasil Maior, concebido no governo da presidente Dilma Rousseff, por exemplo, tem como foco “a inovação e o adensamento produtivo do parque industrial brasileiro, objetivando ganhos sustentados da produtividade e do trabalho”. Os investimentos, porém, ainda são tímidos se comparados a outros países. No mais recente levantamento do MCTI, de 2010, o Brasil investe no setor de Pesquisa e Desenvolvimento cerca de 1,16% do seu Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a aproximadamente U$ 55 bilhões. Israel, Coreia e Estados Unidos, por sua vez, investem respectivamente 4,4%, 3,74% e 2,9% de seus PIBs na área. Uma boa demonstração do quanto Joinville ainda pode se destacar no segmento.

Joinville

São Bento do Sul Jaraguá do Sul

Chapecó

Itajaí Blumenau

Concórdia Florianopolis Lages Tubarão

R$ 40mi

é a previsão de investimentos pelo governo na implantação desses pólos

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A Lei 7170, de 19 de dezembro de 2011, estabelece medidas de incentivo à inovação, à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico, atribuindo à Secretaria de Integração e Desenvolvimento Econômico (Side) a responsabilidade pela Política Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (PMCTI). Entre os benefícios relacionados, destacam-se incentivos à isenção fiscal, instituição do prêmio “Inovação Joinville”, encontros para discussão do tema com a sociedade e criação do Fundo Municipal de Inovação Tecnológica. A lei também prevê estímulos a inventores independentes e sinaliza a priorização de ações que visem dotar a pesquisa e o sistema produtivo local de maiores recursos humanos e capacitação tecnológica.

Diversificação e desenvolvimento de novos parques

POLOS REGIONAIS QUE FAZEM PARTE DO INOVA@SC

Joaçaba

Joinville foi o primeiro município a criar lei

Criciúma

Para estimular os interessados que ainda se encontram na fase mais embrionária, do plano de negócios, o Inovaparq, sediado na Univille, está implantando o processo de pré-incubação, com a intenção de apoiar o em­preen­ dimento efetivamente “antes do início”. Na mira, geralmente, recém-graduados que fizeram um trabalho de conclusão de curso com potencial para se transformar em empresa. Dessa forma, assessorando também o processo de pré-incubação, o parque tecnológico atinge empresas de inovação em todos os níveis de desenvolvimento. 29


PERFORMANCE O DESEMPENHO DOS PRINCIPAIS SETORES DA ECONOMIA

Expansão saudável Instituições privadas investem em novos

complexos hospitalares, ampliando estrutura local De 1980 até hoje, a população de Joinville mais que dobrou, saltando de 235.612 para cerca de 515 mil pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento causa preocupação devido a possíveis gargalos em áreas que necessitam de boa infraestrutura, como é o caso da saúde. Para suprir essa demanda, instituições privadas têm se mobilizado na construção de novos complexos, que aos poucos vão entrando em funcionamento e beneficiando os usuários. É o caso do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, que avança com o projeto de um novo prédio de 10 mil m2, previsto para ser inaugurado neste primeiro semestre. A estimativa é de que a nova sede, na Avenida Marquês de Olinda, amplie em 70% a capacidade atual de atendimento já nos primeiros anos e crie cerca de 100 novos postos de trabalho a médio prazo. Após 70 anos de atividade na Rua Abdon Batista, a nova estrutura vai oferecer 43 consultórios, quatro salas de cirurgia, departamentos específicos para diagnósticos, lentes de contato e cirurgias a laser, além de centro de 30

pesquisas, área social e estacionamento. Enquanto isso, o Hospital Dona Helena começou a ocupar o edifício de 12 andares, localizado ao lado da sede atual, na Rua Blumenau. Com área total de 26 mil m2, o prédio é voltado para o pronto-atendimento, serviços e clínicas médicas. Já estão alocados ali emergência adulta e infantil, Centro de Diagnóstico Ortopédico (CDO), Núcleo de Atendimento Integrado à Mulher (Naim), Serviço de Neurologia, Serviço de Oncologia, Centro Cirúrgico Ambulatorial (CCA) e estacionamento. A administração e a direção do hospital passaram para o 11º andar no início deste ano. O objetivo principal do empreen­ dimento é atender pacientes externos ambulatoriais e para exames complementares – além do atendimento como “hospital-dia” –, com o setor de quimioterapia e centro cirúrgico ambulatorial. Os planos incluem a aquisição de um aparelho de tomografia PET-Scan e um acelerador linear, equipamentos que contribuirão para o aprimoramento tanto na área do diagnóstico como do acompanhamento do tratamento de câncer. Já a Fundação Pró-Rim planeja para abril o início das obras do Complexo Hospitalar Vida. O projeto prevê um espaço com 160 leitos, sendo 32 para a UTI, além de um prédio de 18 andares com clínicas e consultórios das mais diversas es-

De cima para baixo, projetos da Unimed e da Pró-Rim, novo prédio do Dona Helena e obras do Hospital de Olhos: crescimento acelerado

pecialidades. Para completar o ciclo das maiores instituições locais que investem em expansão, o Hospital da Unimed anunciou um novo centro hospitalar orçado em R$ 140 milhões. No primeiro momento, será criado o setor de oncologia. Mais adiante, estão previstos 150 leitos, um novo pronto-atendimento, UTI, centro cirúrgico e área de medicina nuclear. Quando o prédio atual da Unimed foi construído, há 12 anos, havia 96 leitos. Hoje, são 164, localizados em áreas que eram destinadas a outras finalidades. O pronto-


FOTOS DIVULGAÇÃO

FICHA TÉCNICA Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem NOVA ESTRUTURA

43 consultórios, quatro salas de cirurgia, departamentos para diagnósticos, lentes de contato e cirurgias a laser, centro de pesquisas, área social e estacionamento. PREVISÃO DE INAUGURAÇÃO ÁREA INCREMENTO NA CAPACIDADE INVESTIMENTOS

18/2/2013 10.000 M2 70% R$ 40 MILHÕES

Hospital Dona Helena NOVA ESTRUTURA

12 andares que incluem prontoatendimento, clínicas e serviços PREVISÃO DE INAUGURAÇÃO

2016

ÁREA

26.000 M2

Complexo Hospitalar Vida NOVA ESTRUTURA

Centro de especialidades, hospital, centro comercial e de serviços e estacionamento PREVISÃO DE INAUGURAÇÃO ÁREA INVESTIMENTOS

2016 29.400 M2 R$ 60 MILHÕES

-atendimento, que atendia cerca de cinco mil pessoas por mês, agora recebe 15 mil.“Na área da saúde, um bom atendimento é fundamental, mas essa qualidade exige infraestrutura adequada”, explica Pedro Geraldo Nunes, diretor presidente

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da Unimed. “Há cerca de quatro anos, estamos rea­ lizando estudos sobre as nossas necessidades atuais e de serviços futuros. Com o planejamento pronto, queremos iniciar as construções ainda no início deste ano.” O paciente agradece.

Hospital da Unimed NOVA ESTRUTURA

150 leitos, novo pronto-atendimento, UTI, centro cirúrgico, medicina nuclear e setor de oncologia PREVISÃO DE INAUGURAÇÃO 2019 ÁREA 68 MIL M2 INCREMENTO NA CAPACIDADE 90% INVESTIMENTOS R$ 140 MILHÕES

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CASE NA MIRA DA EXCELÊNCIA EMPRESARIAL

MISTURADOR GENIUS FLEX

DISPENSADOR ELETRÔNICO DE SABÃO

MISTURADOR DE MESA COMFORT FLEX

O bom negócio da sustentabilidade Tradicional no mercado, Docol Metais Sanitários é pioneira no nicho de produtos que geram economia de água Nos anos 90, antes mesmo da Eco92 – a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, que introduziu o conceito de desenvolvimento sustentável no mundo –, uma empresa sediada em Joinville já se preocupava com o uso racional da água. Nascida em 1956, em Jaraguá do Sul, a Docol 32

Metais Sanitários foi responsável pela introdução de um novo conceito no mercado: os produtos com fechamento automático. Derivados da válvula de descarga, os itens foram produzidos com tecnologia hidromecânica e conduziram a empresa à posição de liderança. Sempre prezando pela inovação e pela necessidade de apresentar diferenciais, nos anos 2000, a Docol voltou a se sobressair, utilizando sensores eletrônicos, que vieram aprimorar ainda mais o sistema de fechamento automático. “Na época em que a maioria pensava que a água jamais seria problema, já tínhamos um produto pronto, que começou a tomar lugar no mercado, a partir da discussão sobre meio ambiente”,

ressalta Levi Garcia, diretor de tecnologia e produção. Hoje, a empresa é a principal exportadora de metais sanitários no Brasil. Em 2012, a produção se dedicou a suprir as demandas surgidas entre 2010 e 2011, com o boom de lançamentos no ramo imobiliário. Na área de construção, a Docol entra em dois momentos: no início da obra, quando é procurada para os itens básicos, que constituem a área de instalação hidráulica predial, e no final, quando é preciso incorporar os produtos de acabamento, aqueles que o usuário vê, como torneiras e chuveiros. “Com base nesse ciclo da construção, conseguimos saber o quanto vamos vender no futuro”, explica Levi.


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ANDRÉ KOPSCH/DIVULGAÇÃO

Entre os lançamentos – foram 21 produtos novos, no total –, os destaques de 2012 ficaram por conta das linhas Genius Flex e Comfort Flex, integrando torneiras e misturadores que possibilitam tanto o fechamento automático quanto o sistema giratório tradicional. Os itens têm por objetivo levar ao consumidor residencial a ideia de economia de água, já bastante difundida e aceita em empreendimentos públicos, como bares, restaurantes e estádios. Até ser apresentados ao mercado, os itens da marca passam por longo processo de pesquisa e desenvolvimento, para que sejam integrados às famílias de produtos. O diferencial e a inovação são sempre as premissas nos projetos e fazem parte da filosofia da empresa. Assim, a equipe se baseia em normas brasileiras e internacionais. Levi afirma que, para um produto ter status de alta qualidade, é preciso se balizar por regras internacionais, já que a legislação brasileira ainda é muito básica e simples. Por isso, a Docol trabalhou para obter o certificado de normas da Austrália, um dos mais rígidos do mundo. Nesse sentido, a pesquisa e a tecnologia são muito valorizadas

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na empresa. Em 1984 foi montada a área responsável por todo o processo de desenvolvimento – desde a pesquisa técnica até os estudos para o design da peça. “Se você não pesquisar, será sempre o seguidor. Por isso, estamos em permanente busca por novidades, entendendo as necessidades dos clientes e, muitas vezes, antecipando-as”, analisa. De acordo com o diretor, o mercado precisa de um tempo

de maturação para acolher novos conceitos de produto, como foi o caso dos economizadores de água. “Hoje, as pessoas já não estão tão preocupadas em quanto vão gastar, mas, sim, no benefício que o item vai trazer, em relação ao meio ambiente e ao planeta”, avalia. Os laboratórios de teste, elaborados com base em modelos alemães, estão equipados para realizar testes exaustivos nos produtos


em desenvolvimento. As análises são feitas em duas etapas: a primeira testa o uso e a segunda, a vida do produto. A norma brasileira exige que um registro de pressão chegue a 100 mil ciclos. Já a norma internacional, utilizada pela Docol, parte de 200, chegando a 500 mil ciclos. Até os banheiros da empresa funcionam como laboratórios, onde são incorporadas novidades, que podem ser experimentadas diretamente pelos funcionários. Desse modo, é possível observar os pontos positivos e o que ainda precisa ser melhorado. O novo ano chega à Docol prometendo bons resultados. Com as obras para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas no Brasil, a equipe já se vale do grande histórico na área de uso racional de água e em produtos anti-vandalismo, para ganhar seu espaço. Feiras em São Paulo e na Alemanha também são esperadas. Em Frankfurt, a ISH é a maior feira desse setor no mundo e contará com estande da Docol, única empresa latinoamericana a partici-

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Acima, sede administrativa da companhia e área de pesquisa e desenvolvimento; na outra página, Levi Garcia, diretor de tecnologia e produção: “Estamos sempre em busca de inovações, muitas vezes nos antecipando às necessidades dos consumidores”

par. Nesses eventos, a organização procura apresentar os produtos da linha luxo e arte. “Nosso maior desafio é continuar investindo para comportar o aumento da produção que temos experimentado nos últimos três anos”, afirma Levi. Para 2013, a empresa reserva um orçamento de R$ 40 milhões, a maior parte destinada à aquisição de máquinas que concluirão a conversão da fábrica no sistema lean manufacturing, de “produção enxuta”. Nos últimos dois anos, a Docol vem implementando o modelo que, na montagem, já resultou em ganhos

de 50%. A equipe prevê que as áreas transformadas gerem 28% de ganhos no total. Tudo isso com base na meta de mais de 25 lançamentos para este ano. Da fundação da empresa, nos anos 50, por Edmundo Doubrawa, Egon Doubrawa e Amandus Colin, à mudança para Joinville, dois anos depois, até chegar a um patamar de destaque no mercado nacional e internacional com a válvula de descarga de alta perfomance, a Docol se orgulha de sempre ter aliado inovação ao cuidado com o meio ambiente. Para Levi Garcia, o joinvilense tem o privilégio de receber água de ótima qualidade das nascentes. O problema, segundo ele, é que, depois de extraí­ da, a água vira produto, que passa por processos que geram um custo alto para a população. Assim, cada vez mais, a conscientização para o uso racional desse bem será necessária – com providências simples como banhos menos demorados e torneira fechada na hora de lavar a louça. 35


FEITO EM JOINVILLE EMPRESAS QUE CRESCEM E APARECEM

Espaço para o talento empresarial Os destaques vão para uma empresa de tecnologia da informação, uma ferramentaria, uma consultoria financeira e uma associação corporativa. Para participar da seção, envie e-mail: revista21@mercadodecomunicacao.com.br WEBHAUS

BIAVA

Com foco na pequena e média empresa, a WebHaus oferece serviços de hospedagem e realiza consultoria no desenvolvimento de soluções para as áreas de tecnologia da informação e telecomunicações. Os serviços ainda abrangem a instalação de servidores, redes internas, conexão com a internet e contratos de manutenção de ativos em tecnologia.

Há 20 anos no mercado, a Biava atua com soluções corporativas, baseada em serviços de consultoria na inovação, expansão e recuperação de empresas de diferentes portes e segmentos da economia. Focada no planejamento, implantação e monitoramento desses serviços, a empresa é especialista em liderança, gestão e finanças, oferecendo cursos de tratativa técnica e embasamento ético.

Rua Dona Francisca, 1700. Sala 26. (47) 3028-4462 ou (47) 9704-1119. www.webhaus.com.br

(47) 3029-0202. www.biava.com.br

3R FERRAMENTARIA

AMCHAM

Projetos e fabricação de moldes de injeção de termoplásticos para linhas automobilísticas, conexões, embalagens e eletrodomésticos. Atua com usinagem técnica com fresadoras CNC e em peças de grande porte. Experiência de mais de 20 anos.

Atua nas relações bilaterais entre Brasil e EUA, na promoção de serviços para o meio empresarial e na diversificação do setor privado nacional. Presente em 11 cidades brasileiras, reúne mais de 5 mil sócios e agrega diversos segmentos do empresariado nacional.

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NOVOS ASSOCIADOS, EM JANEIRO E FEVEREIRO CHEF A DOMICILE STÚDIO CRIAÇÃO NIVELAR IMÓVEIS GRUPO SIMES DATAMED SAÚDE OCUPACIONAL BIAVA CONSULTORIA DE NEGÓCIOS ARMAZÉM DA NATUREZA LOJA E RESTAURANTE TRADE SUMMIT EVENTOS JD CALÇADAS E TRANSPORTES CRÉDITO Y CAUCIÓN SEGURADORA DE CRÉDITO E GARANTIAS MERCADO PREÇO BOM

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(47) 3429-5377 (47) 3445-0833 (47) 3227-8280 (47) 3029-2955 (47) 3432-8242 (47) 3029-0202 (47) 3422-4684 (48) 3207-5447 (47) 3448-3461 (47) 3028-3547 (47) 3029-3225

STARK-VILLE SEGUROS IDHERA ADMINISTRADORA DE BENS SMA ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE TRENDRH CONSULTING MOLDTOOL FERRAMENTARIA AMCHAM BRASIL - JOINVILLE VOLTRIX - GESTÃO EMPRESARIAL AMPLA CURSOS PARCEIROS CLEAN GERA COMUNICAÇÃO VISUAL DANNY RYOS MUSIC SCHOOL

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ENTRE NÓS O QUE É NOTÍCIA NA ACIJ PENINHA MACHADO

SESSÃO DE NEGÓCIOS

Agende-se

Funcionários da Acij participaram de treinamento em fevereiro: estrutura oferece segurança para a equipe, capacitada a operar extintores TRADIÇÃO DA CASA

Equipe capacitada para combate a incêndio A exemplo de anos anteriores, a equipe de colaboradores da Acij passou por treinamento de combate a incêndio no mês de fevereiro. A ação foi coordenada pela área administrativa, em conjunto com bombeiros da Corporação de Bombeiros Voluntários de Joinville. “Esse treinamento já é uma tradição

na casa. Como a nossa sede ficava nos dois últimos andares do Edifício Manchester, sempre tivemos essa preocupação, mantida no prédio atual, que oferece mais segurança e tranquilidade para toda a equipe, associados e demais visitantes”, comenta Rubem Landmann, responsável pela área de qualidade da Acij.

FIQUE ATENTO Veja algumas dicas recolhidas pelos funcionários que participaram do treinamento l Desça as escadas sempre pelo lado direito, deixando a direita de quem sobe livre para o acesso dos bombeiros. l Nunca tire suas roupas em um incêndio. Se for o caso, procure molhá-las. l Procure os andares mais baixos, pois o

l Caso ocorra um incêndio no prédio da Acij, o ponto de encontro e fuga será a Recepção. A porta para o estacionamento não se tranca com a eventual falta de energia e a porta principal se abrirá automaticamente.

ar é mais fresco. l Nunca jogue água em panelas que contenham óleo. Umedeça um pano e jogue sobre a panela. l Não dê água para pessoas que levaram choque elétrico.

l Ao manusear um extintor de incêndio, procure sempre retirar o lacre que envolve o gatilho corretamente, girando-o até romper. l Jamais volte para ajudar pessoas, deixe este trabalho com os bombeiros.

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Em maio, está programada uma nova edição da Sessão de Negócios. O evento anterior, em novembro de 2012, foi um sucesso – e já está consolidado no calendário da Acij. Em 2013, a associação planeja realizar também uma rodada de negócios, contemplando o setor metal mecânico. O êxito da Sessão de Negócios deve-se muito ao apoio das empresas patrocinadoras: Badesc, Ectas Saneamento, Financilar Consultoria Habitacional, Gourmet Restaurante e Pizzaria, iGo Gestão Inteligente, Midas Office Solutions, Segkar Corretora de Seguros, Sig Softwares Corporativos, Vilage Marcas e Patentes e Voük Comunicação. A avaliação da maioria dos participantes é extremamente positiva. A Acij está analisando as sugestões e também as críticas, para promover a melhoria constante nos eventos que realiza. A empresa Ectas Saneamento, por exemplo, recomendou que, no futuro, os segmentos empresariais possam ser mais subdivididos, em áreas que tenham envolvimento ou fins comuns, o que remete a uma rodada de negócios, que também está nos planos da entidade. A Telealarme elogiou a rapidez e a competência com que foi organizado o evento, em conjunto entre Acij e Sebrae. “Acho que os crachás deveriam conter o nome do participante, para poder facilitar a comunicação e a interação”, comentou Alexandre Simas, proprietário de clínica de beleza. Para a Rise Consultoria, faltou força no ar condicionado: “Em alguns momentos estava bastante quente”. 39


AGORA É LEI EM SC

Proibição de cobrança pela emissão de boletos bancários é sancionada Como forma de reforçar a proibição já determinada pelo Código de Defesa do Consumidor, mas nem sempre verificada na relação entre fornecedores e clientes, o governador Raimundo Colombo sancionou a lei 15.975 que proíbe o fornecedor de produtos ou serviços de cobrar ao consumidor o ônus sobre a emissão de carnês e boletos bancários. Desta maneira, o cliente só deverá pagar o valor da confecção do boleto se houver concordância por parte dele, o que deverá constar no contrato assinado, com identificação do valor correspondente. Caso contrário, o custo da emissão deve-

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rá ser do fornecedor, que deverá, ainda, fixar no estabelecimento placas informativas sobre a proibição. A lei 15.975 estabelece que a proibição se estende também às concessionárias e permissionárias de serviços públicos. “A lei é mais uma forma de restringir a cobrança indevida ao consumidor”, afirma o assessor jurídico do Procon de SC, Gabriel Meurer. De acordo com ele, o Procon Estadual sempre entendeu que a cobrança era ilegal. “Caso o consumidor seja cobrado e não conseguir resolver diretamente com o fornecedor que emitiu o boleto, deverá procurar o órgão de defesa estadual ou muni-

cipal para que seja instaurado um processo administrativo em desfavor do fornecedor”, explica Meurer. Caso descumpra a lei, o fornecedor receberá advertência por escrito, multa de R$ 2.000 por infração, com valor dobrado a cada reincidência, podendo ocorrer a suspensão do alvará de funcionamento a partir da terceira reincidência. O Código de Defesa do Consumidor também prevê uma autuação que pode chegar a R$ 6 milhões dependendo do caso. Mais informações Procon/SC fone 151 ou (48) 3224-4676.


NOVOS CLIENTES

Mais credenciados no cartão Útil Card A Acij começou 2013 com novos credenciados no cartão Útil Card, um serviço diferenciado da casa para a gestão de benefícios da sua empresa. Dois exemplos desses novos credenciados são a Oceano, fabricante de pranchas de surf, roupas e calçados no estilo surfwear, e a DB Telecom, agente autorizado de telefonia celular Vivo.

Totalmente informatizado e online, o sistema facilita as operações de controle dos setores de RH e financeiro da empresa, tornando a gestão de benefícios simples e ágil. “Dessa forma, a empresa proporciona mais qualidade de vida aos colaboradores e promove o desenvolvimento do comércio local. Tudo isso sem perder a sua tranqui-

lidade”, comenta Karina Mousse, da área de relacionamento com o associado. Ela sugere ainda que as empresas procurem conhecer as vantagens do Útil Alimentação e o Útil Refeição.

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845

Mais informações Telefone: (47) 3461-3372 email: karina@acij.com.br

NÚMEROS DE 2012

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novas empresas foram credenciadas

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novas empresas foram conveniadas

é a ampliação no número de cartões

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ORIENTAÇÃO JURÍDICA

Atualidades legislativas e do Poder Judiciário A utilização do novo Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT) tornou-se obrigatória no dia 1° de fevereiro. Desde essa data, a CEF exige a apresentação do modelo atualizado para o pagamento do seguro-desemprego e do FGTS. O prazo foi estabelecido pela Portaria 1.815, de 1º de novembro de 2012. Os Termos de Homologação e o Termo de Quitação são impressos em quatro vias, uma para o empregador e três para o empregado – duas delas são utilizadas pelo trabalhador para sacar o FGTS e solicitar o recebimento do seguro-desemprego. Outras mudanças: Horas extras devidas no mês do afastamento

Rescisão

Férias vencidas

NOVO (PORTARIA 1.057/2012)

NOVO (PORTARIA 1.057/2012)

NOVO (PORTARIA 1.057/2012)

O novo TRCT é segmentado: tem a parte que concentra os valores credores e os descontos e o espaço para homologação (quando o contrato é sujeito à assistência) ou quitação (quando o contrato não é sujeito à assistência).

Cada período aquisitivo vencido e não quitado é informado separadamente, em campos distintos. São informados também a quantidade e o valor de duodécimos devidos.

São informadas em campos específicos a quantidade de horas trabalhadas, o respectivo percentual (50%, 75%, 100% etc.) e o valor devido. ANTIGO (PORTARIA 302/2002)

As horas-extras devidas no mês de afastamento eram totalizadas e informadas em um único campo, agregando os valores relativos a todos os percentuais (50%, 75%, 100% etc.).

ANTIGO (PORTARIA 302/2002) ANTIGO (PORTARIA 302/2002)

O TRCT englobava em um único formulário a parte informativa de verbas credoras e devedoras e a parte de quitação e homologação.

Se devido mais de um período aquisitivo, o valor total era lançado em um único campo. 13º salário de exercícios/anos anteriores NOVO (PORTARIA 1.057/2012)

É informado separadamente, em campos específicos, cada exercício vencido e não quitado. São informados também o exercício, a quantidade de duodécimos e o valor de duodécimos devidos. ANTIGO (PORTARIA 302/2002)

Se devido mais de um exercício/ano de 13º salário, o valor total era informado em um único campo. Verbas credoras NOVO (PORTARIA 1.057/2012)

Há campos suficientes para informar todas as verbas credoras, discriminadamente. ANTIGO (PORTARIA 302/2002)

Havia apenas 17 campos para informar todas as verbas rescisórias devidas. Descontos/Deduções NOVO (PORTARIA 1.057/2012)

As deduções (pensão alimentícia, adiantamento salarial, de 13º salário, vale-transporte etc.) são informadas discriminadamente em campos específicos. ANTIGO (PORTARIA 302/2002)

A empresa dispunha apenas de sete campos no TRCT para informar os descontos/deduções. FONTE: MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

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PROGRAMAÇÃO

COMUNICAÇÃO

Agenda está definida

Portal mais moderno

Já começam neste mês de fevereiro as reuniões coordenadas pela Consultoria Coletiva da Acij (Nú­cleos e Gestão Compartilhada). São 25 reuniões – 22 estão agendadas para fevereiro, desde o dia 18 até o dia 28. Em março, serão três reu­niões, nos dias 5, 7 e 12. Acompanhe a lista de reuniões no cronograma abaixo, agende-se e participe.

O Portal Acij e as mídias digitais utilizadas pela casa, como Facebook e Twitter, estão em constante evolução, com o objetivo de oferecer ao associado informações atualizadas da maneira mais acessível e amigável possível. Em parceria com a A2C, a casa está modernizando o seu site, para facilitar a visualização dos conteúdos mais procurados pelo empresário. Em destaque, os materiais de cursos e palestras, que ficarão na página principal nas terças-feiras, logo após sua apresentação no Conselho, e também os indicadores, que estão sendo redefinidos pela ordem de importância. Além

Em fevereiro Dia 18 Supermercados l Dia 19 Postos de Combustíveis Imobiliárias Jovens Empresário Segurança e Saúde do Trabalho l Dia 20 Gestão Ambiental Concessionárias Usinagem e Ferramentaria Mulheres Empresárias l Dia 21 Empresas Contábeis Reparação Automotiva Meio Ambiente Escolas de Educação Profissional Jurídico Comércio Exterior Agências de Propaganda e Marketing l Dia 25 Gestão Norte Gestão Empresarial l Dia 26 Indústrias Plásticas l Dia 27 Decoração e Interiores Gestão Vila Nova l Dia 28 Gestores da Saúde

Site passa por reformas para facilitar navegação

disso, as redes sociais passam a trazer ainda mais informações úteis ao dia a dia do empresário, mescladas com dicas de gestão e atualidades do mundo empresarial.

Em março l Dia 5 Gestão Leste l Dia 7 Automação l Dia 12 Gestão Sul

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CAPACITAÇÃO

Canal de qualificação Acompanhe a nova programação de cursos, seminários, workshops e palestras. Os assuntos de interesse têm foco variado, nas áreas técnica, de gestão, liderança e comportamental. São 19 eventos, entre 19 de fevereiro e 22 de abril. Entre em contato e reserve a sua vaga. NR35 - trabalho em altura REALIZAÇÃO: D-Edge Comércio e Serviços 19 de fevereiro, 8h às 17h30 Treinamento Siscoserv REALIZAÇÃO: Banco Brasil 19 de fevereiro, 13h30 às 18h

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Importação própria, por conta e ordem de terceiros por encomenda venda de benefício fiscal REALIZAÇÃO: Aduaneiras 25 e 26 de fevereiro, 8h30 às 17h30

Televendas - técnicas de negociação por telefone REALIZAÇÃO: PROFATT Marketing & Vendas 11, 12, 13 e 14 de março, 19h às 22h

Negociação eficaz, resultado eficaz. Compras REALIZAÇÃO: Marcio Magalhães 25, 26 e 27 de fevereiro, 18h30 às 22h30

Cobrança por telefone e negociação com inadimplentes REALIZAÇÃO: MatFin – Prof.Bellio 12 de março, 8h30 às 17h30

Não adianta enganar, seu cliente sabe quando você está atendendo de boa vontade. E você sabe? REALIZAÇÃO: Marcio Magalhães 4, 5 e 6 de março, 18h30 às 22h30

Liderança e delegação: mobilizando forças na organização REALIZAÇÃO: Sincrony 12 e 13 de março, 8h30 às 12h

Excelência no atendimento ao cliente REALIZAÇÃO: MM Consultoria e Treinamentos 5, 6 e 7 de março, 18h30 às 22h

Tributos e benefícios incidentes na importação (I.I.,IPI,PIS/Pasep, Cofins e ICMS) REALIZAÇÃO: Aduaneiras 25 de março, 8h30 às 17h30


CURSOS EM DESTAQUE Novo RH “em módulos” REALIZAÇÃO

Comunicação empresarial escrita REALIZAÇÃO: Domínio Comunicação Cursos e Treinamentos 25, 26, 27 e 28 de março, 8h às 12h

Santo Emprego/Grupo ABRA DATA

18 de março a 6 de junho HORÁRIO

18h30 às 21h30 Eneagrama - aplicado dia a dia

Desenvolvendo o potencial do representante de vendas para melhores resultados REALIZAÇÃO: Marcio Magalhães 25, 26 e 27 de março, 18h30 às 22h30

REALIZAÇÃO

Instituto Eneagrama PRIMEIRA OPÇÃO

28 de fevereiro de 2013 19h às 22h45 SEGUNDA OPÇÃO

19 de março de 2013 8h às 11h45

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Treinamento gestão da força de vendas REALIZAÇÃO: Marcio Magalhães 9, 10, 11 de abril, 18h30 às 22h30 Trabalhador e vigia de espaço confinado - NR33 REALIZAÇÃO: D-Edge Comércio e Serviços 16,17 de abril, 8h às 17h30 Empretec REALIZAÇÃO:

Sebrae 22 a 27 de abril, 8h às 18h

Oratória avançada REALIZAÇÃO: MM Consultoria e Treinamentos 2,3 e 4 de abril, 18h30 às 22h30 Empresas familiares: potencializando forças da família empresária REALIZAÇÃO: Sincrony 9 e 10 de abril, 8h30 às 12h

Mais informações com Cleide Telefone: 3461-3344 e-mail: capacitacao@acij.com.br

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DOS NÚCLEOS O FOCO NOS GRUPOS SETORIAIS DA ACIJ

INDÚSTRIA E TECNOLOGIA

Joinville vem azeitando o motor da sua economia GM CORP

Inovação e tecnologia caminham juntas no desenvolvimento industrial do Norte de SC, cada vez mais “contaminado” com as tendências trazidas pelas empresas de atuação internacional que chegam a cidade e à região nos últimos anos. Montadoras como General Motors e BMW trazem práticas de gestão, processos produtivos e produtos de classe mundial, contribuindo para a evolução da indústria local, que está alinhada com o que há de melhor. Somam-se a estas as subsidiárias de líderes mundiais instaladas no Perini Business Park, complexo industrial que se vale da tecnologia e do pioneirismo para tor-

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GM inaugura fábrica em fevereiro. Nova unidade permanece nos planos

nar-se um case de sucesso. “Há 10 anos, inovávamos na construção de galpões, com um sistema produtivo automatizado de pré-fabricados que garantiu uma vantagem competitiva

construída com prédios desenvolvidos com agilidade, eficiência e qualidade que asseguram segurança e conforto”, conta o diretor de operações da Perville, Emerson Edel.


USINAGEM E FERRAMENTARIA

Retomada no setor de caminhões traz otimismo PENINHA MACHADO

Para o presidente do Núcleo de Usinagem e Ferramentaria da Acij, Sérgio Oliveira, o momento é de otimismo, mas com cautela. Na sua avaliação, 2013 poderá ser um bom ano para o setor, impulsionado por medidas como o Inovar-Auto, novo regime automotivo lançado para promover a competitividade da indústria automotiva nacional. “A indústria metalmecânica está reagindo bem e o setor de veículos novos, com destaque para os caminhões, vai alavancar bastante o setor industrial em 2013. Esse é o motivo maior para estarmos otimistas”, avalia Oliveira, advertindo que é preciso ter cautela com algumas ações do go-

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Sérgio Oliveira: “Indústria metalmecânica está reagindo bem”

verno em favor das importações. “O setor das ferramentarias está presente no Brasil há mais de 50 anos. Temos desenvolvimento tecnológico. Não perderemos para a China.

É necessário formarmos uma massa crítica no setor, em todo o país”, enfatiza Paulo Braga, diretor da Associação Brasileira da Indústria do Ferramental (Abinfer).

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AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Busca por tecnologias inovadoras e produtividade O presidente do Núcleo de Automação, Marcelo Teixeira, afirma que o setor industrial de Joinville vem passando por um conjunto de transformações que têm por objetivo a modernização de seu parque industrial. “O que se nota, nos últimos três anos, é a existência de uma série de planos de investimento da indústria na melhoria e automatização, para o aumento da sua produtividade, e que tornem os seus produtos mais competitivos”, destaca. No entanto, adverte, boa parte desses planos vêm sendo postergados devido a crises como a do setor de caminhões, no ano pas-

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sado, que afetou toda a sua cadeia produtiva, ou o cancelamento de projetos para o aumento de capacidade da indústria automotiva. Marcelo Teixeira avalia que os planos de incentivo do governo contribuíram para que alguns desses investimentos fossem rea­lizados em 2012, principalmente em máquinas operatrizes em algumas indústrias de Joinville. Para ele, uma transformação profunda no chão de fábrica ainda se faz necessária, seja por meio da implantação de novas tecnologias de controle de materiais e processos, seja no investimento em máquinas e equipamentos,

movimentação e armazenagem. A indústria já encontrou algumas respostas para este aumento da produtividade: a automação de seus processos é condição imprescindível para a redução de custos fixos. “Temos um grande potencial para melhorar ainda mais o que a indústria joinvilense já faz tão bem. Precisamos, claro, que o governo federal também faça a sua parte, melhore a gestão de seus recursos, incentive a entrada de tecnologias inovadoras no país, invista mais em inovação, e faça uma reforma profunda na área tributária”, recomenda o presidente do Núcleo.


ROBÔ MANIPULADOR

Projeto mostra nível de automação industrial A solução desenvolvida pela associada Geometric, junto com as demais empresas do Núcleo de Automação, consiste em um robô manipulador que pega os produtos diretamente de dentro do molde da injetora, entrega para a empacotadora, que embala os produtos, sem a necessidade de contato ou supervisão humana. A Geometric alcançou a marca de 1,5 segundos por extração de produto. Nesse tempo, o robô consegue entregar todas as peças, interferindo muito pouco no ciclo completo de injeção, que ocorre em oito segundos. Essa operação normalmente é feita de forma ma-

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nual. Com o robô, a produtividade aumenta consideravelmente e as etapas do processo de produção são reduzidas, eliminando manipulação de produtos e espaço físico. Como se trata de um produto nacional, foi desenvolvido utilizando componentes avançados porém encontrados no mercado local, reduzindo assim o custo de manutenção e a dependência tecnológica. Esse projeto contou com a parceria de algumas empresas do Núcleo de Automação – Famak, Festo, Proelt, Casa Faísca e Jav – além do programador de máquinas Ricardo Carboneri.

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Projeto, que envolveu diversas empresas do núcleo, tem componentes avançados e é produto 100% nacional

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PONTO E CONTRAPONTO UM TEMA, DUAS PERSPECTIVAS

O impacto da indústria automotiva na economia regional

Interiorização promove um círculo virtuoso

Cledorvino Belini PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (ANFAVEA)

A indústria automobilística brasileira tem sua base de produção descentralizada no país, tanto no que se refere às montadoras e fabricantes dos produtos finais quanto à indústria fornecedora de autopeças. No caso da indústria montadora de veículos e máquinas agrícolas, são 28 empresas com 53 unidades industriais e outras sediadas em 39 municípios de nove Estados brasileiros, do Centro-Sul ao Centro-Oeste e ao Norte-Nordeste, ou seja, em todas as regiões do território nacional. A regionalização da indústria automobilística no Brasil, marcada48

mente a partir da década de 1990, levou também à descentralização da indústria fornecedora de autopeças, principalmente por meio da criação de condomínios industriais que integram fornecedores e montadoras, como os polos automotivos de Gravataí (RS), de Camaçari (BA), além de outros polos industriais automotivos em Betim (MG), São José dos Pinhais (PR) e Resende (RJ). Os investimentos programados pela indústria automobilística para os próximos anos priorizam a descentralização da produção pelo interior do país. São inegáveis os efeitos da interiorização dos investimentos automotivos, mudando radicalmente, e para melhor, o cenário socioeconômico das regiões onde se instalam. Em consequência, múltiplos investimentos são gerados em infraestrutura e serviços públicos nas comunidades e nas regiões, ao mesmo tempo em que ocorre efeito multiplicador de investimentos privados em paralelo para aten-

dimento de novas necessidades de consumo de bens e serviços locais. A descentralização dos investimentos automotivos cria novas economias locais e regionais, agregando empregos, renda, consumo e qualidade de vida, num círculo virtuoso. A interiorização da indústria automobilística atua como fator de sustentabilidade local, regional e nacional. Inicia-se agora um novo ciclo de investimentos da indústria automobilística brasileira, com aportes da ordem de R$ 60 bilhões no perío­do 2012-2017, com a construção de novas unidades industriais por parte das montadoras já instaladas e outras novas que chegam ao país. O Estado de Santa Catarina estará recebendo parte desses investimentos, tornando-se também um novo polo automotivo brasileiro. Os impactos em sua economia e nos meios sociais regionais serão altamente positivos, com geração de mais empregos, renda e qualidade de vida.


FÁBIO ABREU

Acelera, Santa!

Hugo Ferreira PRESIDENTE DA CÂMARA DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA/FIESC E DIRETOR REGIONAL DO SINDIPEÇAS

Em 2007, para comemorar os 15 anos da revista AutoData, seu editor escolheu, para artigo sobre a geografia da produção automotiva no país, uma provocativa manchete aos catarinenses: “Calma Santa!”. O texto versava sobre as possibilidades de outros Estados participarem do setor automotivo, na instalação de fábricas para a demanda prevista de 5 milhões de veículos em 2011 ou 2012. Nosso Estado figurava como o primeiro da lista de potenciais participantes dessa expansão. Repliquei imediatamente com “Calma, Santa? Não mesmo!” porque nos acreditava mais proeminentes que Espírito Santo e Pernam-

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buco. Primeiro pelo nosso setor de autopeças, segundo por estarmos entre os já montadores Paraná e Rio Grande do Sul, terceiro por sermos uma região de alto consumo e poder aquisitivo e quarto por ter uma universidade que se destaca como formadora de engenheiros disputados pela indústria da mobilidade. Mas nossos rivais em atrair esses investimentos não se restringiam aos dois mencionados e eram, também, os Estados que já dispunham de suas fábricas. Ou seja, pesava muito na decisão a existência de uma base estabelecida. Cinco anos depois, acredito ser oportuno revisar alguns fatores importantes daquela ocasião. O primeiro diz respeito à demanda: ainda não chegamos a 4 milhões de veículos nas vendas do mercado brasileiro. O que pode ter arrefecido o apetite das montadoras. O segundo é para destacar que a logística foi decisiva para quatro empresas escolherem nosso Estado para instalar fábricas. Não que os demais fatores tenham sido deixados de lado, mas proximi-

dade dos portos e estradas foram preponderantes. Foi o que ocorreu com a General Motors em Joinville, com a LS Mtron em Garuva, com a Sinotruk em Lajes e agora com a BMW em Araquari. E a tudo isso se acrescentou a cultura europeia e a tradição metal-mecânica do Estado. A recompensa pelos incentivos concedidos pelo Estado virá na criação de mais de 2 mil empregos diretos até 2015. Mas grandes desafios começarão por aí. Precisamos treinar a nossa mão de obra. E os níveis salariais mudarão também de patamar. Para o setor de autopeças, será uma oportunidade de crescer. O programa Inovar-Auto vai demandar um maior nível de conteúdo regional de autopeças, abrindo as portas dessas montadoras para fornecedores locais. Mas a competitividade será acirrada, porque várias das empresas que são fornecedoras nos seus países de origem serão atraídas para se estabelecer em nosso Estado. E aí residirá o maior desafio: pisar o pé no fundo, para ultrapassar os concorrentes, ou perder a corrida. 49


HAPPY HOUR O QUE É NOTÍCIA NA ACIJ COMPORTAMENTO CULTURA, GASTRONOMIA,

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O ator e produtor Cristovão Petry, em ação: “Não há nada que pague o aplauso ao fim de um espetáculo”

Palco como terapia ou opção de vida Para seguir carreira ou se desenvolver como pessoa, muita gente descobre o poder transformador da arte teatral

Quando se fecham as cortinas, finalizando um espetáculo, artistas, alunos e professores percebem o impacto que a arte teatral tem na vida. Os aplausos, as críticas e as mensagens do público revelam o poder transformador dessa prática – que é cada vez mais difundida, seja como profissão, hobby, meio de comunicação ou estilo de vida, até mesmo no ambiente corporativo. O empresário Luiz Carlos Scheffer de Mello se vale do teatro para buscar influências em seu trabalho como joalheiro. “A experiência tem

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ajudado a despertar minha criatividade, além de trazer mais segurança para falar em público e no trato com os clientes”, afirma. A paixão pela arte apareceu na adolescência, o que o levou a buscar um curso de teatro na Casa da Cultura em 1991. Depois de 21 anos parado, retornou às aulas, agora no Studio Escola de Atores. No ano passado, participou da peça “É Batata”, com textos de Nelson Rodrigues, e ficou extasiado. “Estar no palco é um turbilhão de emoções, um misto de alegria, prazer e satisfação. É fantástico”, encanta-se. Lucinir Pereira Ferreira, funcionária pública federal aposentada, também tem uma atração especial pelos palcos, onde, literalmente, se sente a “rainha da cocada”. Para não se tornar refém do ócio que, segundo ela, gera tédio, foi em busca de ocupação. Depois de 25 anos de trabalho, optou pela arte e encontrou no teatro uma forma de fortalecer a autoestima, adquirir conhecimento,

experiência, fazer novas amizades, aprender a conviver, entender e respeitar as pessoas. “Realizei peças na minha igreja sem conhecimento técnico, só com o gosto e o prazer que essa atividade me proporcionava”, revela, explicando que a vontade de montar um grupo de teatro evangélico fez com que buscasse aprimoramento em uma escola profissional. Hoje, Lucinir participa do grupo “Teatro Novo Tempo”, que conta com oito participantes, sendo sete aposentados. A trupe é filiada à Associação Joinvilense de Teatro (Ajote) e à Federação Catarinense de Teatro (Fecate). “O grupo tem como foco principal promover ao público da terceira idade o acesso aos bens culturais e à produção teatral, estimulando a participação social e a melhoria da qualidade de vida”, explica. A aposentada apresentou 35 vezes, desde 2007, a peça “Uma Festa para Eulália”, escrita por Jura Arruda, e 11 vezes “A Mais Forte”, com texto de August Strindberg. A 51


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peça mais atual, que estreou em 2012, “Meu Nome é Herbert”, de Anderson Robert, já contabiliza 21 apresentações. “Acredito no poder transformador da arte”, afirma Cristovão Petry, que foi fisgado pela prática há 20 anos, quando começou a trabalhar no bairro Itinga, na Comunidade Menino Jesus. Artista profissional, Cristovão também é produtor e consultor de projetos culturais, pois, segundo ele, ainda é difícil viver só de bilheteria no Brasil. “O teatro é feito para as pessoas. O retorno do público é o melhor presente para o ator. 52

Não há nada que pague o aplauso ao fim de um espetáculo”, ressalta. Foi com o teatro que também encontrou uma maneira de melhorar a comunicação, a autoestima e a desinibição. Para Fernanda Moreira, o teatro também foi uma escolha pessoal. Diretora do Studio Escola de Atores, a atriz “ganha a vida” com as artes cênicas, dando aula, atuando e repassando o estímulo cultural aos filhos. “Com o teatro, tornei-me uma pessoa mais sensível. O fazer teatral é um ato libertador, você se conecta consigo mesmo e com ou-

Nas fotos, do alto, a aposentada Lucinir, o joalheiro Luiz Carlos, Valmir e o grupo teatral da Embraco (bem à esq.) e Fernanda Moreira, da Studio (acima): procura pelo “fazer artístico” é crescente

tras pessoas diferentes, aumentan­ do as possibilidades de troca como ser humano”, assume. Nos quase 20 anos de carreira, Fernanda já viu muitas pessoas não darem importância para sua


atividade ou tentarem desestimulá-la. Por outro lado, tem recebido o retorno de alunos que procuram a escola, seja por questões artísticas, aperfeiçoamento profissional, melhora na comunicação pessoal e interpessoal ou, simplesmente, para sair da rotina e se divertir. “É gratificante vê-los depois de uma peça, declarando superação e descrevendo as mudanças significativas no cotidiano”, ressalta. No meio empresarial, o teatro tem sido incorporado para auxiliar na comunicação e no repasse de orientações aos funcionários. É assim na Embraco, em Joinville, que mantém o “Grupo de Teatro Embraco”, formado em 1998. Desde a criação, o grupo já fez 1.029 apresentações, dentro e fora da empresa, para um público de 229.185 pessoas. Surgida a partir de uma ideia do Círculo de Controle da Qualidade (CCQ), a

equipe trabalhou dois anos sozinha até contratar a consultoria da Dionisos Teatro. “Recebemos feedback de pessoas que levam os exemplos positivos para suas vidas”, conta Valmir Dorner, coordenador do grupo na empresa. Em encontros semanais, os integrantes montam peças sobre segurança do trabalho, prevenção de acidente, educação no trânsito, ecologia, entre outros temas. O sucesso é tanto que recebem convites de outras empresas, escolas, associações de moradores e asilos para encarar o público. Para Valmir, o valor do trabalho é imensurável, uma vez que muitos personagens ficam marcados, sendo lembrados na fábrica por longo tempo. Além disso, a ideia contribui para a integração, produzindo uma interface muito forte com os colegas.

Uma arte em desenvolvimento Qualificação contínua, reconhecimento pela comunidade e investimento público são alguns dos pontos citados para promover a arte teatral em Joinville. Cristovão Petry entende que é preciso “extrapolar as fronteiras da cidade”, não só em relação ao teatro, mas à arte em geral, para que o trabalho daqui seja reconhecido em outros lugares. “O teatro comunitário também pode avançar muito, e isso vem ocorrendo aos poucos. É preciso desenvolver pequenos espaços culturais na periferia. Isso faz a diferença”, alega. Para Lucinir Ferreira, é essencial desenvolver uma cultura de ir ao teatro, pois as pessoas não têm o costume de se informar sobre os espetáculos que ocorrem na cidade. “Campanhas em escolas e

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universidades seriam ideais para incentivar as crianças e os jovens a consumir produtos culturais de qualidade”, explica. As principais dificuldades, de acordo com Fernanda Moreira, ainda estão relacionadas ao preconceito das pessoas em aceitar a carreira de ator como uma profissão. “Para a maioria, ainda é um fazer muito superficial, mas o número de profissionais tem aumentado em Joinville, o mercado cresce”, analisa. Cristovão se vale da frase do pensador Ernest Fischer para enfatizar a importância do incentivo à arte: “A arte é necessária para que o homem se torne capaz de conhecer e mudar o mundo. Mas a arte é também necessária em virtude da magia que lhe é inerente”.

ABRAM-SE AS CORTINAS Para quem se interessa em entrar para o mundo do teatro, Joinville tem sete instituições que oferecem cursos Casa da Cultura Fausto Rocha Jr. 3433-2266 Curso Livre de Teatro da Dionisos Teatro 3432-6654 Espaço Cultural Avá Ramin 3207-1710 Espaço Cultural Casa Iririú 9614-9140 Studio Escola de Atores 3422-0360 Cursos livres nos bairros/Costa e Silva 3418-0293 Conservatório Belas Artes 3026-1816

Teatro se difunde pelo Estado Em Joinville, são 17 grupos associados à Ajote, que mantém um espaço cultural, com o Galpão de Tea­ tro na Cidadela Cultural. Nos 10 anos de atuação, já envolveu mais de 100 mil pessoas. As trupes joinvilenses também são filiadas à Fecate, que congrega 152 grupos de todas as regiões, mantendo um festival anual itinerante. A entidade integra grupos de cidades como Florianópolis, Joinville, Itajaí, Blumenau, Jaraguá do Sul, Chapecó, Lages, São Bento do Sul, São José e Concórdia. De acordo com levantamento da Fecate, tais regiões se valem de incentivos municipais e federais para as produções. 53


3 PERGUNTAS

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UM PAPO RÁPIDO E DIRETO AO PONTO

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Quais são os principais sonhos e os maiores pesadelos do empresário brasileiro? Imagino que, entre os maiores sonhos estão o de ser líder de mercado, ter alta rentabilidade, um mercado sem competição, alta liquidez, regras claras e estáveis. Entre os piores pesadelos, a burocracia excessiva, a carga tributária, a legislação trabalhista, a infraestrutura ineficiente e a falta de mão de obra qualificada.

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Considerando o momento atual, o líder empresarial brasileiro sonha mais ou tem mais pesadelos? Tem mais pesadelos. Empreender, no Brasil, é um ato heroico de superação de obstáculos. Mas os empresários de maior sucesso são aqueles que acreditaram e lutaram pelos seus sonhos. Importante não é apenas sonhar, mas transformar sonhos em realidade, fazer acontecer. Planejar, portanto, é a melhor apólice de seguros, a saída. Preparar-se, não se precipitar, amadurecer o sonho e ter sempre um plano B. Muito importante é tentar entender – e considerar – os sonhos dos clientes e dos parceiros. Não dá para sonhar sozinho.

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E é possível sonhar com os pés no chão? Não só é possível como é preciso. Precisamos da cabeça nas nuvens, mas os pés bem plantados no chão. Esse é o maior segredo dos realizadores de sonhos, a capacidade de sonhar com os olhos bem abertos. Isto porque não adianta apenas ser um bom sonhador. É preciso ser um bom realizador de sonhos.

César Souza O consultor César Souza é um dos mais requisitados palestrantes do Brasil, quando se trata de gestão, estratégia, inovação e, sobretudo, motivação. Um de seus livros, “Você é do Tamanho de seus Sonhos” foi, durante muito tempo, o quinto entre os mais vendidos do país em sua categoria. Sua vasta experiência como executivo em várias corporações – residiu durante 11 anos em Washington, quando ocupou a vice-presidência da Odebrecht Of America Inc., por exemplo – e sua expertise em varejo, setor em que se destaca como consultor nas maiores redes do país, o guindaram a uma privilegiada posição de referência no mundo empresarial. Convicto de que os únicos sonhos irrealizáveis são os devaneios – justamente aqueles que não são voltados a realizar os sonhos dos clientes –, César Souza desembarca em Joinville dia 26 de março, a convite da Acij, para proferir palestra sobre “Sonhos e Pesadelos dos Líderes Empresariais Brasileiros“. Inscrições abertas pelo e-mail capacitacao@acij.com.br .


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