O vale das borboletas

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INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO O Acervo Eletrônico de Cordéis do Behetçoho é uma iniciativa que pretende dar consequências ao conceito de (com)partilhamento dos artefatos artísticos do universo da oralidade, com o qual Behetçoho e Netlli estão profundamente comprometidos.

INFORMAÇÕES SOBRE A EQUIPE A equipe de trabalho que promoveu este primeiro momento de preparação e disponibilização do Acervo foi coordenada por Bilar Gregório e Ruan Kelvin Santos, sob supervisão de Edson Martins.

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE Isabelle S. Parente, Fernanda Lima, Poliana Leandro, Joserlândio Costa, Luís André Araújo, Ayanny P. Costa, Manoel Sebastião Filho, Darlan Andrade e Felipe Xenofonte


ABRAテグ BATISTA

O VALE DAS BORBOLETAS 2ツェ Ediテァテ」o

JUAZEIRO DO NORTE 1982



Há muitos séculos passados no sertão do Ceará muito antes de Cabral haver andado por cá existiu uma nação sobre a qual eu vou falar. No tempo da existência do reino de Salomão quando ele era tão Sábio resolvendo qualquer questão havia uma grande cidade onde hoje tudo é sertão. No centro do Ceará se me falha a memória existia um grande povo o mais rico da história onde saúde e conforto eram pioneiros da glória.


Em toda a redondeza não existia um Esmoler o mais pobre era igual como hoje, um rico é a educação e nobreza eram testemunhas da fé. Dirigindo este país havia um chefe tão bom que o seu conceito era tal que o chamavam de Oriom; bendizer e o elevar em toda parte era tom. Oriom era filho de um rei chamado Aquias que tinha morrido há tempos contra umas tribos vadias e por ter sido o eleito substituto ao Elias.


Elias era um moço adestrado, muito valente de certa capacidade mais apto do que serpente tinha uma força tamanha como nenhuma outra gente. No tempo que o rei Aquias lutava em triste guerra continuou a esse Elias a tutela da terra pois os filhos lutavam em outras bandas da serra. O rei Aquias era o pai de quatro filhos, então um se chamava Chalum e o outro Roboão o terceiro ema garota de formosura e ação.


O quarto era o mais moço pelo povo batizado pois na época do seu pai outro nome tinha dado mas, Oriom ficou o nome pela qual foi chamado. No tempo do rei Aquias nessas lutas que falei a guerra era tamanha que exigia do próprio rei a presença, e dos seus filhos como já mencionei. Nessa época Oriom tinha treze anos de idade e a sua irmãzinha mimosa como a saudade ainda estava no berço precisando de caridade.


A rainha estava presa escondida num salão arrodiada de perigos e um forte batalhão guardava-a como refém garantindo a questão. A eidade de Aquias estava assim sitiada só se ouvia a tinir e os golpes rudes da espada parecendo o fim do mundo prenunciado por fada. E tanta gente rebelde não se sabe de onde vinha quanto mais o rei matava ai mais é que tinha depois de quarenta dias a cidade estava sozinha.


Seiscentos guerrilheiros caíram em cima do rei trezentos bem montados tato tudo anotei afora muitos arqueiros que contar, hoje não sei. Como uma fera ferida o rei espada tombava sangrando por todos poros mesmo assim ele rasgava e quem chegasse por perto de um golpe ele cortava. As forças se esgotavam o rei Aquias esmoreceu sobre os cadáveres de mil como um guerreiro morreu quando deu o ultimo suspiro todo chão estremeceu.


A partir desse momento os rebeldes se retiraram levando preso os dois filhos do rei Aquias que mataram como também a rainha que dela se embelezaram. Sendo Elias um general de louvor e muita ação tomou conta e firmeza de desolada nação criando os dois meninos como pai e como irmão. Ensinou Elias um general de louvor e muita ação tomou conta e firmeza de desolada nação criando os dois meninos como pai e como irmão.


Ensinou a Oriom todas as ciências, em fim mandou-o para o Egito fazer estágios, assim deixou o capacitado para o que é bom e ruim. A menina, também todos dotes ensinou lis foi o seu nome que no batismo chamou e depois dela crescida todo mundo encantou. Então Lis e Oriom viviam desiludidos pensando nos dois irmãos e nos seus pais tão queridos fazendo cálculos em vão com esses tempos perdidos.


Com vinte anos completos quando Oriom cresceu Elias, o general Disse-lhe: isto tudo é seu continuo o servidor do rei Aquias que morreu. A partir esse momento Oriom foi estudar uma maneira mais certa dos seus pais encontrar mas não sabia por onde começasse a procurar. Conversou com o general para ter orientação porem este vassalo também não sabia não qual o destino da rainha no infindável sertão.


Oriom disse pra Lis num ato comovedor você fica com Elias não aguento mais a dor de ter os meus ausentes e os encontro onde for. O nosso povo está bem goza de imensa fartura a defesa de cidade por nos, se ache segura mas só a ausência dos meus a minha alma atura. Obedeça ao Elias que é nosso general você é ainda jovem ele livra-a do mal seguindo os conselhos dele estará tudo legal.


Escolheu sete valentes entre jovens de valor atletas de mil destrezas sem pantins, e sem temor preparou os mantimentos para a busca do ardor. Reuniu toda a cidade fazendo declaração do anterior acontecido vitima da traição e não se ouvia cochicho da espantosa multidão. Quando estava Oriom com o povo reunido ouviu sair da mata naquele grande alarido um moço que a cavalo fugia como seguido.


Do local que Oriom estava em reunião era um alto estratégico que visava a multidão e o horizonte sem fim que acaciava a visão. Em assim melhor dizer era por fora da cidade pois o povo era tanto um numero sem igualdade para ouvir do jovem rei aquela realidade. Pois o rio Jaguaribe nesse tempo era colosso era ele o maior rio cuja largura, eu só posso declarar que um navio navegava sem remorso.


O moço na disparada a cavalo vinha chegando separando a multidão com o ginete afastando chegando aos pés do rei foi assim exclamando. Oriom, meu rei amigo pelo rio já vem subindo uma esquadra de navios cujas galeras rugindo se vem fazer um ataque o nosso tempo esta findo. Oriom disse:---o medo é que se faz todo mundo se prepare porque nós somos de paz mas se for de guerra, mostro como é meu cartaz.


Com 15 minutos disso a frota lá despontou com uma fila de navios e me disse quem contou eram doze grandes fragatas de beleza que encantou. No meio do rio ancoraram por questão de segurança quando desceu a comitiva para todos foi esperança já que esperavam por guerra e eles mostravam bonança. Um grupo de almirantes procurou falar do rei dizendo ser enviado dum outro mundo, não sei, queriam comprar minérios mirra e madeira de lei.


Estavam naquelas bandas mas vinham de Oriente eles construĂ­am uma obra da mais bela e imponente como disseram que ali tinha a frota estava presente. Para a troca eles traziam muito bom material o trigo principalmente armamentos outros e sal remĂŠdios de outras terras etecetera e coisa e tal. Oriom depois das trocas sentiu-se muito seguro armou bem o seu povo para a defesa do futuro construindo para cidade um alto e grosso muro.


A esquadra do Oriente deu volta e foi embora deixando aquela cidade fortalecida em boa hora permitindo a Oriom que saísse de mundo afora. Depois desse acontecimento Oriom passou um ano instruindo o seu povo Sem esquecer o desengano de ter sobre os seus pais aquele tão negro pano. Nesse caso o novo rei tomou outra direção dizendo assim consigo; para o Leste não vou, não se os meus lá estivessem a noticia eu tinha em mão.


Aquela esquadra de lá nenhuma noticia deu, agora vou ao Oeste; com os poderes do céu saberei se minha família está viva ou já morreu. Da mesma maneira fez que da última ensaiou ao despedir-se do seu povo a sua irmã desmaiou e não conto o cidadão que por ele não chorou. Com sete homens apenas seguiu rumo do Oeste para ele como homem era um grande teste seguindo pelo sertão e pela mata do agreste.


A principio o matagal de espinhos no couro cru o sol ardente escaldante de matar até urubu depois veio a floresta de vez em quando, o paú. Vinte dias de pelejas ardendo de mata a dentro seguindo só o roteiro de um misterioso vento quando se acabou de tudo que faziam de alimento. Oriom disse assim: para nós não há problema existem peixes no rio e na mata muita ema ninguem morre de fome caça e pesca é nosso tema.


Mesmo assim todos fizeram cada qual o mais matreiro se um era bom na espada o outro um bom arqueiro abatiam qualquer caça com um só tiro certeiro. Mais ou menos onde é hoje da Gurgueia o planalto Oriom e seus vassalos avistaram em sobressalto uma misteriosa cidade de muro negro e bem alto. Pelo aspecto que tinha a sua forma exterior dava aqueles visitantes uma sensação de horror parecia malassombrada de tristeza e de pavor


Oriom disse: amigos façamos acampamento amanhã ao sol nascer vamos ver que instrumento envolve aquela cidade e dormiram ao relento. Não fizeram fogo, nada que chamasse a atenção até os seus cavalos guardaram numa grutilhão ficando dois de vigias prestando toda atenção Era noite de lua cheia ouviram grandes sussurros como se fossem umas feras dando tremendos surros o vento açoutava tanto parecendo coices de burros.


Devido o cansaço imenso profundamente dormiram quando foi jå sol bem alto e os seus olhos abriram viram uns vinte guerreiros que deles alto, sorriam. Oriom ao acordar-se olhou para os companheiros vendo que todos eles estavam então inteiros deu um pulo de felino cortando golpes ligeiros. Os amigos de Oriom vendo aquela valentia levantaram-se num instante com fÊ e sem covardia cortando as armaduras como se corta ventania.


Do castelo negro, eram soldados que estavam ali logo no primeiro instante ficaram seis sem piqui e o resto morreu na luta como jamais descrevi. Os vassalos de Oriom lutavam de qualquer jeito cortavam com as espadas a couraça e o peito e de cada cutilada ficavam três num só eito. A luta não durou muito o tempo foi dez minutos viam-se cabeças rolando e os rapazes todos enxutos mas por detrás de uma árvore Oriom viu certos vultos.


Avisou pros companheiros que estava havendo pantim mas como a mata era grossa ficou pelo mesmo assim sem saber o significado se era bom ou ruim. Dos vinte soldados negros porque assim eram vestidos não ficou nenhum intato mortalmente feridos estirados pelo chão um após outro, seguidos. Oriom disse: valentes a brincadeira começa quem estiver com receio dê meia volta e me peça para voltar, pois não culpo por incerteza como essa.


Os sete gritaram: presente, não nascemos covardes nós morreremos consigo sem mesquinhez e alardes vingaremos o rei Aquias em qualquer uma das tardes Oriom disse: obrigado já esperava a decisão valentes como vocês não se encontram mais não eu não sou só vosso rei sou também o vosso irmão. Depois enterraram os corpos retirando as vestimentas trocando até os sapatos como todas ferramentas Olharam um para o outro perguntando: o que inventas?


Vestidos daquelas roupas todos pretos como tição com uns capacetes de aço tudo de preto de pé a mão marcharam para o castelo temerários, mas com atenção. Não houve qualquer problema entraram na grande porta ficaram de sobressalto ao avistar uma mulher morta estendida, logo na entrada todo em trapos e torta. Os oito companheiros saíram sempre andando pelas ruas da cidade o com ninguem falando: não viram nenhuma criança pelas calçadas brincando.


Ficaram desconfiados com as alturas das casas sobrados e bangalôs como se fosse as asas de urubus denegridos tudo de preto nas rasas. Mais adiante num canto eles ouviram um assobio de uma velha feiticeira de aspecto sombrio acenando para eles com um sorriso vazio. Pois nesse mesmo momento ia passando um pelotão de soldados bem fardados fazendo todos, instrução mas, Oriom e seus amigos não deram a minima atenção.


A feitiçeira insistiu chamou Oriom novamente para uma casa esquisita que tinha uma serpente no canto da sala uma onça mostrando todos os dentes. Quando ele e seus amigos entraram na casa, ouviram que a porta e as janelas de uma só vez rangiram fechando com os ferrolhos mas eles nada insistiram. A velha os fez sentar em uma circunferência formando com o círculo para ter clarividência e ela sentou no meio com a maior reverência


Trajada de violeta descalça e de cachecol tinha na mão uma espada e na outra um caracol e um brilhante vermelho que ofuscava o arrebol. Pronunciou umas palavras num dialeto esquisito ouvindo vozes nos ares dando monstruoso grito, e na da circunferência uma fumaça azul bonito. A velha disse: Oriom esta cidade foi condenada; de quinze anos para cá não se vê festas nem nada como sabe, toda cidade está de preto calada.


Depois da guerra que fez o rei Zabutoculom contra o rei Aquias acabou-se o que era bom trouxe os prisioneiros mas tudo mudou de tom. O reino de Zabutoculom era forte e de regalias tinha 500 mil soldados e noventa cavalarias porem andou praticando injustiças e selvagerias. Vencendo o rei, ele trouxe a tua mãe para cá teus dois irmãos numa praça ele mandou torturar tua mãe numa masmorra ele mandou-a trancar.


Sem amor sem coração Zabutoculom fez isso tudo deixando todo o reinado extasiado e mudo por assistir aquela cena de quem trajava veludo. A prece de tua mãe foi tanto que comoveu a metade da cidade a nobre rainha e eu então mandei um recado para os Potestades do céu O rei nesse circulo aqui com toda a minha vontade logo veio uma ventania trazendo dura verdade levando a filha do rei deixando em todos, saudade!


Mirela a filha do rei foi levada a um lugar a sete dias daqui dificil de se encontrar nem ajoelhada, nem sentada sem comer e sem falar. Zabutoculom fez tudo para a filha trazer de volta enviou o exército todo mas de lá ninguem a solta e só restou nessa cidade um batalhão e uma escolta. Segundo a clarividência pude ver uma visão: Mirela está encantada num grandioso salão nem sentada nem de joelhos segurando um jarro na mão.


Por cima do jarro está uma enorme borboleta suspensa, imovel no ar mais bela que um cometa …...... é que está o segrêdo da faceta. Quem segurar com ela o jarro e não tiver qualquer malícia olhando pros olhos dela como criança em carícia da borboleta sairá um néctar que é delícia. Quem estiver, nesse caso segurando o dito jarro não tenha medo, pois terá sob os pés, tremendo o barro e se o cabra não for valente não dará pra meio sarro.


Deixe o jarro com o néctar extravassar o chão lembre que a sua pose é de Mirela a posição cuidado para os detalhes pra não fazer confusão. Acontecendo dessa maneira levante-se com bom cuidado dê do néctar a princesa sem ouvir nenhum chamado e a partir desse momento o castelo é liberado. Oriom disse: e mamãe onde é que ela está? A feiticeira disse – o rei deve consigo negociar vá falar com aquele infame para ver o que é que há.


Oriom disse: eu vou não tenho medo de nada vestiu-se com suas roupas e recebeu a grande espada da mesma maneira fez a sua rapaziada. A espada, para Oriom com agrado ele entregou com um sorriso agradeceu e na cintura ele amarrou nunca vira outra igual feliz o rei que a sagrou. Essa espada, disse a velha é do reino da solidão onde o homem encontrará o saber de Salomão faça tudo para ela não cair de sua mão.


Tome este cachecol para proteger a princesa dos ventos e tempestade da madrugada e frieza faça como estou dizendo para ter sempre a certeza. Oriom com seus amigos pro palácio se dirigiram porém logo de saida …........ guardas feriram nenhum arranhão, porem os adversários conseguiram! Para a guarda do palácio Oriom então falou: eu sou o filho de Aquias diga ao rei que estou para com ele tratar de tudo que já passou.


Mostrou as credenciais a guarda os fez entrar e num salão para nobres começaram a esperar por Zabutoculom, o rei que não tardou a chegar. Zabutoculom com simpatia forçado, porém, mas foi ofereceu vinho e café e uma banda de boi para os recem chegados ao lado do general Heloi. Heloi era o conselheiro que conselho bom nunca dera por isso mesmo o castelo parecia que já morrera das más lutas inglórias que o conselho dele fizera.


Heloi não foi com a cara de Oriom que era belo e a propósito deixou cair no seu prato, um cutelo e ao apanhar a sua arma chamou-o de amarelo. Escarrou sem ninguém cer na cara de Oriom ele limpou na bruta calma como quem limpa batom dizendo consigo mesmo: isto aqui deve ser bom! Apesar da arrogância que o rei demonstrava um grande padecimento ninguem não ignorava por ter perdido a familia e a filha que mais amava.


Oriom disse: ó rei eu sou filho de Aquias eu vim buscar minha mãe que negastes regalias e os irmãos que maltratastes por teres falsas manias. Eu sei que tu vencestes aquela guerra atrás mas perdestes a familia e Mirela que era …..; vou te mostrar a bondade como é que ela faz. Vou buscar a tua filha embora seja raivoso mas, como pagamento eu quero tudo mimoso alegria, paz e amor neste castelo inditoso


Nisto Heloi foi entrando! Em Oriom deu empurrão e os vassalos de Oriom saltaram todos no chão mas o principe disse: amigos eu tomo conta desse cão. Puxou uma grande espada com destreza e valentia então começou a luta com Heloi, na covardia querendo pegar Oriom na sua argúcia sombria. Oriom disse: meu chapa nunca vi cabra valente deu-lhe um tique de espada que arrancou-lhe o dente decepou-lhe uma orelha perguntando: estás contente?


Heloi que era guerreiro dificil como ninguem derrubou dum ponta-pé os cabeçotes do harém desfazendo todo enfeite que em um palácio tem A luta durou então hora e meia sangrenta Oriom com a espada arrancou a enorme venta; e o crânio de Heloi de cutilada arrebenta. Heloi caiu sobre o chão se retorcendo, maluco deixando molhar o salão com um vermelho muco até que no final das contas soltou um tremendo uco.


Oriom falou pro rei: voltamos ao trato agora vou buscar a sua filha e depois eu vou embora com a minha pobre mãe que você soltará na hora. O rei afirmou: está certo dou-lhe ainda toda a fortuna juro lhe perante a coroa e esta alta tribuna você trazendo Mirela dou-lhe até a comuna. Partiu Oriom ciente com os seus sete vassalos para o Vale das Borboletas sofrendo todos abalos e no sétimo dia então chegavam sem sofrer malos.


O Vale das Borboletas tinha uma beleza sem fim era verde, era florido com cravo, rosa e jasmim tinha de todas as flores naquele imenso jardim. No meio daquele vale estava uma linda mansão de mármores e de vitrais em simbólica construção era uma cousa tão bela como vê a imaginação Voando por todos os lados borboletas de todas cores grandes, médias e pequenas soltando silvos e odores num cenário que lembrava a lenda dos mil amores...


Aproximando-se da porta daquela casa t茫o linda as borboletas soltavam lindos sussurros, ainda parecendo com um coral de uma tarde que finda! Os vassalos de Oriom at么nicos, embevecidos entraram de casa a dentro sem haver esmorecidos e ao lado, uma sala grande estava para eles servidos. Numa grande mesa de ouro em forma hexagonal os pratos mais variados se comecem, era o mal da princesa e do castelo que teriam o seu final.


Oriom se aproximou de Mirela encantada que não estava de joelhos nem de cócoras e assentada segurando um lindo jarro fitando-o extasiada. Naquela mesma posição Oriom se colocou e com a sua mão direita o jarro ali segurou nos olhos da princesa com ternura fixou. Com tres minutos apenas daquela aproximação começou um vendaval e de tremores no chão mas Oriom não tremia nem batia o coração


Por cima do jarro tinha uma borboleta suspensa de um perfume tão grande e de beleza imensa que a beleza da princesa fortificava a presença. Com sete minutos da prova começou a gotejar da borboleta para o jarro um nectar cor de nacar com um perfume tão grande que dava pra embriagar. Ouviram-se grandes açoites ecos bruscos, gemidos retinir, quedas de espadas rasgos de membros partidos era uma coisa medonha com estourados bramidos.


Passava por cima deles toda espécie de “ser” dragões, fantasmas, sacis que é impossível se crer nas sete horas de suplícios era o que devia conter. De gota em gota o jarro ia se enchendo, porem com o néctar perfumado que representava o alem amor, paz e pureza cousas que poucos tem Se por acaso Oriom não tivesse o que exigia o que a feiticeira disse ali na certa morria e a princesa ficava encantada e sem valia


Tudo o que aparecia se desfazia no momento em que Oriom demonstrava nenhum constrangimento pois ele tinha coragem como tem pouco rebento Quando o jarro se encheu e pelas bordas extravasou e as mãos de todos dois com o perfume molhou a princesa estremeceu e depois se levantou Por toda parte do vale as borboletas bailavam como que festejando e os vassalos choravam diante desta vitória eles se abraçavam.


Oriom levou aos labios de Mirela, aquela linda no momento ela bebeu como se fosse uma ninfa desencantando por completo das correntezas do infa. Mirela era uma moça de 17 anos de idade de olhos azuis do mar como quem guarda saudade de olhar tão penetrante que não suporta a maldade. Tinha a pele tão fina como a …... açucena nos lábios tinham a doçura da misteriosa falena a sua voz era assim como a brisa serena.


Os cabelos eram loiros como a cor do alfinim parecendo com os ….... do canavial, digo assim ondulados e sedosos como o aroma de jasmim! Tão bem feita e delgada tão bonita e faceira que depressa, em Oriom deu lhe uma coisa ligeira e disse, tão bela assim estou vendo a vez primeira! Ficou caido por ela e ela por ele ficou ele contou sua historia então ela a sua contou e nos oito cavalos a riqueza transportou.


De couro de animais preparou 16 malas enchendo-as de diamantes esmeraldas e de opalas e cada soldado fez carregadores de talas... Apanharam o que puderam de toda aquela riqueza Oriom saiu na frente com sua linda princesa pensando que sua mãe seria solta com certeza. Chegando com nove dias no castelo, o rei Oriom foi dizendo – agora cumpra o que disse, Zabutoculom eu já fiz o que pude agora faça o que é bom.


Zabutoculom era rei de mal carater, enganoso respondeu para Oriom: nunca o vi mais fanhoso dou-lhe meia hora para Sair – por ser carinhoso. Oriom disse: o que é isso rei sem palavra é ruim como é que trouxe tua filha e ainda és contra mim?! vou te dar uma lição e fazer-te comer capim! Nisso o velho bateu palmas e apareceram cem soldados Oriom e seus amigos pularam por todos lados cortando os pescoços deles como se corta a machados.


Foi uma luta tremenda de soldados n達o ficou um o rei fugiu para uma sala onde se ouvia um zunzum do rei chamando os outros como quem chama anum. A princesa Mirela muito decepcionada gritava para seu pai toda encabulada desejando que estivesse naquele vale encantada. Por que o senhor fez isso dizia a garota: Meu pai! N達o v棚s que ele me salvou por que da maldade n達o sai; escuta meu pai, escuta vou morrer ai! ai! Ai!


Diante daquele choro o rei se compadeceu mandou parar o exército que prontamente cedeu e para a sala dos negócios às pressas ele desceu. Os amigos de Oriom também acompanharam a princesa Mirela e Oriom também chegaram e na sala dos negócios todos ali falaram. A princesa Mirela foi quem primeiro falou dizendo para os presentes como Oriom a salvou e todos bateram palmas quando ela terminou.


O rei ouviu tudo calado como algoz mas Oriom estudava com o seu olho veloz o que estava acontecendo como um albatroz. Oriom pediu a palavra e disse: agora, seu rei se vai soltar minha mãe é cousa que eu não sei mas, dizer que eu a levo eu já disse e já falei. Quero tambem meus irmãos custe o que custar dessa vez o senhor não venha me tapear agradeça a sua filha por eu não lhe matar.


Com essas rudes palavras um valente oficial de Zabutoculom que era guarda real levantou-se e foi dizendo: peça desculpas, chacal. Oriom deu um pulo com a espada sem bainha passou no pescoço dele como quem corta uma linha e a cabeça do oficial caiu nos pés da rainha. E gritou – quem mais agora quer fazer confusão aqui sou rei tambem não quero reclamação principalmente partindo de quem age como ladrão!


Zabutoculom estremeceu mas não saiu do lugar pediu para os presentes o ambiente acalmar pois queria a questão ali mesmo solucionar. Eu quero saber também aonde estão meus irmãos solte-os, são inocentes porque vocês são poltrões fizeram guerras aos meus pais que eram a paz dos sertões. O rei com a mão no rosto contraiu-se e chorou expressão que a criadagem jamais viu ou notou levantou-se da cadeira e para o príncipe falou:


Eu peço perdão então pelo mal que já fiz daquí para eu morrer farei o bem que não quis leve sua mãe e irmãos e viva sempre feliz! Voce já se esqueceu de Mirela também sei que me caso com ela porque ela me quer bem diga-me se é do contra ou impecilio me tem? Zabutoculom disse: melhor que você não há com minha querida filha você pode casar vou lhe dar tanta riqueza que você não contará


Nisso eles seguiram descendo escadarias abrindo portas de ferro de salas úmidas, sombrias e Oriom soltava todos dando roupas e pedrarias Zabutoculom ao ver aquilo queria se indignar mas a princesa e Oriom com um discreto olhar fazia o velho rei forçosamente aceitar. Tinha tanta gente presa que a todos admirou e numa sala esquisita os seus queridos encontrou fazendo cena tão bela que todo mundo chorou


Devido os tempos passados ninguem se conhecia mas o coração da rainha por traz do tempo ela via Oriom em seu bercinho brincando de alegria Os irmãos de Oriom ficaram todos espantados durante os tempos todos nunca foram visitados a não ser naquela época quando foram torturados A mãe de Oriom tinha uns sessenta anos de idade mas deixava aparecer aquela realidade beleza, fome e miséria na dura lei da verdade


Os irmãos de Oriom estavam abandonados magros, fracos sem forças naquele quarto, entocados sem ver a luz do sol há vinte anos trancados Foram abraços comoventes que a história registrou o amor vencendo o ódio que a cobiça desarmou o perdão esquecendo aquele que o próprio pai matou Não ficou um só preso que Oriom não soltasse deu roupa e muita comida e o dinheiro que contasse e na hora da partida não houve um que ficasse


Zabutoculom fez uma festa como nunca tinha feito mandou pintar a cidade reconstruindo direito dizendo – Oriom é o principe que por mim já foi eleito Durou sete dias a festa do casamento sem igual a alegria era tanta no estupendo festival e ninguem não pensava que ainda existisse mal Oriom se lembrou da velha feiticeira fez um buquê de flores de sua melhor maneira e com Mirela e os seus foi a casa da conselheira


Foi outra alegria imensa quando eles apareceram a feiticeira sorrindo - foram vocês que mereceram pois só a bondade vence o que eles padeceram O ódio é passageiro o amor só permanece a injustiça campeia e o inocente padece; mas a bondade vence a tudo que embrutece Se você venceu a luta foi porque mereceu tudo aquilo que se passa é permitido no céu agora com a sua bondade tudo se esclareceu


A feiticeira n達o quis qualquer valor ou quantia pois a sua riqueza era a sabedoria explicando que aquilo n達o lhe tinha valia Oriom bem satisfeito depois do casamento despediu-se dos pais dela com o maior contentamento para no outro dia cedo partir com todo sustento Pela manh達 bem cedinho quando ia alvorecer a cidade j叩 acordada somente para ver Oriom e a princesa que eram o seu bem querer


Para a surpresa de todas uma enorme multidão a pé e a cavalo na proximidade do portão esperava a comitiva para seguir pelo sertão A multidão que estava esperando pra viajar correspondia aos presos que Oriom fez soltar mostrando a alegria que a gente pode mostrar. Mais ou menos se contavam cinco mil criaturas cantando hinos de glórias naquelas grandes alturas descrevendo de Oriom todas as aventuras.


Cavalos, bois e jumentos carregavam a riqueza e num cavalo branquinho Oriom e a princesa noutro cavalo fidalgo completando a beleza. Sob gritos e rosas o castelo eles deixaram pelo sertão bravio muitos dias andaram até quando em sua casa Oriom e os seus chegaram. Chegando na cidade que era do rei Aquías foi a maior festa com danças e alegrias que a festa foi pra valer durante quarenta dias.


A partir de ent達o Oriom e sua gente foram viver na fartura na santa paz e contentes aprendendo do exemplo todos aqueles presentes. Aqui eu deixo ent達o essa historia sem rival raz達o do amor ser ainda que seja o mal; e a bondade 辿 arma onde impera o desigual.

FIM



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