As consequências do peido

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ESTE FOLHETO É PARTE INTEGRANTE DO ACERVO DO BEHETÇOHO EM FORMATO DIGITAL, SUA UTILIZAÇÃO É LIMITADA. DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS.


INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO O Acervo Eletrônico de Cordéis do Behetçoho é uma iniciativa que pretende dar consequências ao conceito de (com)partilhamento dos artefatos artísticos do universo da oralidade, com o qual Behetçoho e Netlli estão profundamente comprometidos.

INFORMAÇÕES SOBRE A EQUIPE A equipe de trabalho que promoveu este primeiro momento de preparação e disponibilização do Acervo foi coordenada por Bilar Gregório e Ruan Kelvin Santos, sob supervisão de Edson Martins.

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE Isabelle S. Parente, Fernanda Lima, Poliana Leandro, Joserlândio Costa, Luís André Araújo, Ayanny P. Costa, Manoel Sebastião Filho, Darlan Andrade e Felipe Xenofonte


EXPEDITO SEBASTIÃO DA SILVA

AS CONSEQUÊNCIAS DO PEIDO

1990



Eu conheço um rapazinho que numa noite peidou na festa dum casamento na sala ninguém ficou o que foi de carrapato que tinha ali se acabou Chegando ele em casa afrouxou o “fiofó” com o fedor, todo mundo deu ali no “mocotó” a bufa saiu matando aranha, mosca, potó

Numa noite ele se achava bebendo num botiquim numa tossida que deu o fiofó fez: fu... im... im... um fiota estava ao lado sorrindo respondeu: sim... im... im!


Um senhor que tinha um jegue que no peido era voraz um dia fez uma aposta com esse dito rapaz só ganhava a aposta quem no final peidasse mais Então no dia marcado diante do povo gentil o jumento dando pôpas de peidos soltou uns mil disseram logo: o rapaz vai entrar pelo funil!

Mas quando cujo rapaz entrou para se apresentar posou ele as mãos no chão botando os quartos pro ar se firmando abriu as pernas e começou a peidar


E ele soltava peidos em tão grande carretia que uma metralhadora na ligeireza perdia e para somar-lhe os peidos computador não havia

Com aquela carretia o jegue se assombrou murchou as duas orelhas soltando pôpas rinchou depois correndo aos pulos numa mata escura entrou

E quando findou o tempo todo mundo em confusão dizia qu’ele soltou de peidos mais dum milhão foi ele classificado dos peidões o campeão


Num comício um tal soltou uma bufa tão nojenta quando ela se espalhou que chegou em minha venta quis vomitar, por sentir uma coisa “gasturenta”

Olhando eu para traz vi demudando de cor uma mulher que estava sufocada no fedor vendo eu olhando-a disse: não fui eu não meu senhor

Vendo eu a mulher se achava em confusão eu para tranquilizá-la disse na ocasião: dona, fiz só olhar pra traz mas não pensei nisso, não!


Uma moça conversava na porta com o namorado escutando se achava uma criança de lado olhando pra eles dois num silêncio prolongado

numa grande gargalhada aquela moça ganfina soltou um peido tão grande como apito de usina com vergonha ela virou-se e repreendeu: menina! Mas a criança inocente Se vendo no sururu Olhou para ela e disse: Quem peidou aqui foi tu Invez de dizer: menina Porque tu não diz: meu cu!


Um rapaz em um escuro se achava namorando abraçado com a noiva dizia a ela beijando; esse nosso casamento não achas que está custando?

-Sim, meu bem; respondeu ela dando no rapaz um beijo o meu amor é tão grande que toda vez que te vejo o meu coração palpita ansioso de desejo Ele ai beijou-a e disse: meu bem, quando nos casar eu quero dois filhos homens pois eu desejo os botar num colégio, pra seguirem a carreria militar


Ela o beijou dizendo: acho o seu plano legal o meu desejo é que um deles, seja um general ele ai beijou-a e disse: já eu quero um marechal

Ambos ali se abraçaram se beijando com ardor mas naquele beijo a moça talvez devido ao amor soltou um peido tão grande que o moço teve pavor O rapaz ouvindo o peido dela se afastou ligeiro dizendo: você, querida misturou todo tempêro invés dum oficial vamos ter um corneteiro!


Uma mulher numa banca Pra comprar fumo cheirou Como o fumo era forte Ao cheirar, espirrou no espirro um grande peido sem ela querer, soltou Ela com vergonha disse: se tem um mais forte, traga disse o homem: tenho um que bem o dinheiro paga esse ai é o de peidar porem eu tenho o que caga

Uma moça numa festa quando tossia peidou ela pra “tirar a suja” a goela temperou mas dum lado um velho disse: mocinha, nem imitou


Um sujeito ao receitar-se disse ao doutor que queria um remédio para um mal que há muito tempo sentia pois peidava sem parar logo que adormecia

Disse o doutor: meu amigo isto muito lhe complica o seu mal é couro curto você dormindo ele estica para ir fechar os olhos e o cu sem prega fica Um rapaz solto um peido tão grande em uma sala um gaiato disse: esse ronca que a terra abala pode botar uma lingua que esse danado fala


Moça e rapaz se estiverem em um idílio amoroso tenham cuidado na bunda e em peido vergonhoso desses que começam finos e findam num tom penoso

Se este cordel, amigo você leu em hora vaga achou ruim e sem graça no fim me cobriu de praga é porque seu cu sem prega quando você peida, caga

FIM



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