Um Amor, um Verão e o Milagre da Vida

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Capítulo XII

Mudando os hábitos Acabara de tocar o pequeno despertador que Maria Paula havia colocado sobre o criado-mudo de madeira clara, que combinava harmoniosamente com toda a decoração refinada do quarto que ocupava. Eram sete e meia e uma luz dourada entrava pela fresta da cortina entreaberta, iluminando o ambiente. Todos ainda dormiam. Bárbara, a sua melhor amiga, na outra cama; Xirua, a cadelinha, sob o edredom ao seu lado, e os demais, nos outros aposentos, igualmente grandiosos e de bom gosto. Ainda sonolenta, procurou o botão para desligar o despertador. Esfregou os olhos com as mãos fechadas e dedicou o primeiro olhar a Xirua, que observava os seus movimentos, cheia de preguiça. — Não me olhe assim! Acha que sou um E.T. por acordar tão cedo? Ao ouvir sua voz, a cadelinha se apressou em aconchegar a cabeça no ventre de sua dona. — Vou deixar você quietinha aí, querida. Agora, afaste-se um pouco, vou me levantar, comer alguma coisa e dar um passeio. Não me demoro, tá? Esticou as pernas, deu um grande bocejo levantando Um Amor, um Verão e o Milagre da Vida... | 79


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